A Ponte do Rio Gramame = João Pessoa 434 ANOS (Bloco 03)

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https://www.youtube.com/watch?v=RvYec3CE0YU

Zusammenfassung

TLDRO vídeo analisa a história de João Pessoa, começando pela época da colonização, quando a cidade era cercada por aldeamentos indígenas e dependia da agricultura local, especialmente da produção de mandioca. Detalha como era o comércio da época, com boticas e açougues, e a forma como as pessoas obtinham água, principalmente de chafarizes e cacimbas. A insegurança pública, a vida cotidiana sem modernidades, como geladeiras, e o abastecimento de água por aguadeiros também são discutidos. Além disso, menciona a importância de preservar a história e a natureza da cidade, refletindo sobre as escolhas atuais que moldarão seu futuro.

Mitbringsel

  • 📜 A história de João Pessoa é rica e complexa.
  • 🌾 A mandioca era vital para o mercado urbano.
  • 💧 O fornecimento de água dependia de chafarizes e aguadeiros.
  • 🍖 A dieta era restrita, sem os produtos que temos hoje.
  • 🚱 A saúde pública enfrentava sérios desafios sanitários.
  • 🌿 A preservação do meio ambiente e da história é crucial.
  • 🧑‍🤝‍🧑 A relação entre a sociedade e o meio ambiente é interdependente.
  • 🗞️ As notícias circulavam lentamente, ao contrário do que vemos hoje.
  • 🏙️ O comércio era limitado, focado em produtos locais.
  • 🚧 As escolhas atuais vão moldar o futuro de João Pessoa.

Zeitleiste

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    A narrativa inicial explora a história de João Pessoa, destacando a importância de suas raízes indígenas e a colonização portuguesa. A ponte do rio Gramame é mencionada como um ponto crucial para o abastecimento urbano desde os tempos coloniais, evidenciando a interdependência entre a zona rural e a urbana, com uma rede complexa de comércio e suprimentos que envolvia produtos como mandioca e carne. Conflitos indígenas e a dinâmica do comércio são abordados, enfatizando a vida e as condições sociais da época.

  • 00:05:00 - 00:10:00

    O foco se desplaza para a segurança e a infraestrutura do comércio na região em torno da ponte. Documentos históricos revelam a violência e os assaltos que ocorreram, além das limitações de comércio em um contexto de poucas lojas e um sistema de abastecimento precário. A escassez e o controle estatal sobre produtos essenciais, como a carne, bem como as formas de transporte da época são discutidos, proporcionando um panorama da vida cotidiana em João Pessoa.

  • 00:10:00 - 00:15:00

    A questão do abastecimento de água é tratada, com explicações sobre como os habitantes conseguiam água. As cacimbas e chafarizes eram fundamentais, e a figura do aguadeiro se destaca como um personagem importante da época. Conflitos socioeconômicos relacionados ao acesso à água também são mencionados, revelando a complexidade da vida social em João Pessoa, com instituições religiosas e estruturas comunitárias desempenhando papéis significativos.

  • 00:15:00 - 00:23:30

    Por fim, a discussão se amplia para a evolução histórica social e ambiental de João Pessoa. O entrevistado reflete sobre a relação entre passado, presente e futuro, enfatizando a importância de preservar a história e o meio ambiente. O compromisso com um desenvolvimento sustentável e inclusivo é destacado, sugerindo que escolhas feitas hoje impactarão o futuro da cidade, encerrando com uma homenagem aos 434 anos de João Pessoa.

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Video-Fragen und Antworten

  • Qual era a importância da mandioca para João Pessoa?

    A mandioca era fundamental para abastecer o mercado urbano, fornecida por aldeamentos indígenas e regiões rurais.

  • Como era o abastecimento de água em João Pessoa antigamente?

    As pessoas dependiam de chafarizes, cacimbas e aguadeiros, que vendiam água de fontes privadas e públicas.

  • Que tipo de comércio existia em João Pessoa na época colonial?

    O comércio era restrito, com boticas, açougues e pequenas lojas, e se baseava principalmente na agricultura local.

  • Como era a dieta das pessoas 200 anos atrás em João Pessoa?

    A dieta era limitada, sem acesso a laticínios e produtos enlatados, e a carne era consumida de forma salgada ou fresca.

  • Qual era a situação sanitária na cidade no passado?

    A situação sanitária era precária, sem esgoto adequado, levando a doenças endêmicas e alta mortalidade infantil.

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    longe do que hoje nós conhecemos como
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    centro histórico de joão pessoa
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    nós vemos até aqui a ponte do rio
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    gramame que é uma ponte importante na
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    história de uma pessoa não é professores
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    em si porque as pessoas tendem a
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    imaginar o município apenas como sua
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    área urbana é mais um município de uma
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    vasta área rural e desde sua início da
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    colonização por exemplo havia uma série
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    de aldeamentos indígenas em torno da
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    antiga filipéia né esses aldeamentos
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    estavam ligados à vida na cidade muitos
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    forneceu inclusive mandioca farinha
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    enfim outros mantimentos pra abastecer o
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    mercado urbano toda a questão também
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    muitas vezes quando você tinha guerras
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    que algumas tribos indígenas aliadas
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    acabavam participando ao lado dos
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    colonos enfim é tem uma complexa rede
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    web presença de colonial em toda essa
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    região então os suprimentos que chegavam
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    a joão pessoa que abasteciam o comércio
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    de joão pessoa viu de onde a maioria de
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    recife a partir de recife de uma parte
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    com navegação de cabotagem pelo mar é do
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    porto do recife
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    mas você tinha por exemplo as chamadas
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    freguesias da mata sul para a banda e do
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    norte de pernambuco
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    então é já coca taquara facão que nessa
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    área sua a via muito plantio de mandioca
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    até onde a gente tem as informações
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    e essa mandioca era justamente é
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    fundamental para abastecer o mercado
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    urbano há inclusive um dos documentos da
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    câmara no qual o presidente da província
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    notifica câmara que a ponte era uma
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    ponte enfim primitiva de madeira ela
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    estava em vias de cair e caso caísse é
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    um caos no abastecimento da cidade
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    como é que era o comércio nessa época há
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    registros nos documentos encontrados na
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    câmara poucos registros né
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    enfim bastante limitado pra as condições
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    da cidade para as condições técnicas
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    quer dizer transportes a transportes
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    você fazer as coisas a pé ou em carros
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    de
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    tração animal em lombo de burro ou mesmo
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    em carroças enfim é carro de tração
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    animal e todo mundo passava por aqui
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    aqui era um dos pontos principais na na
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    ponta primitiva então tanto é que é um
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    dos lugares onde mais aparecem
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    documentação porque era vital para o
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    abastecimento da cidade e na cidade quer
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    dizer um pessoa que está vendendo o
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    documentário hoje né tem que fazer um
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    exercício de pensar o que seria a dieta
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    de 200 anos atrás não havia geladeira
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    nas casas então a carne louca ela era
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    batida ou era consumido imediatamento
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    salgada é o acesso a uma série de
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    produtos que se tem hoje em dia na
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    despensa de casa era impensável neste
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    monte de laticínios enlatados nada disso
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    havia até então era tudo bastante
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    restrito em termos de condição da dieta
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    professor entre esses documentos
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    encontrados na câmara
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    um deles refere-se azzuro bambas o que
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    era bom
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    o linguajar da época o problema grosso
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    modo uma peneira de neve de palheira
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    diária trançada enfim mas era um
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    linguajar também que servia para
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    designar um algo que era comum nas
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    cidades que era um tipo de uma treliça
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    que ficava nas portas e janelas para
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    manter a ventilação mas de certa maneira
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    isolar o ambiente interior do ambiente
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    externo é e aparece esse documento a
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    gente conhece certos estudos de história
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    sobre salvador rio de janeiro e tal e
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    aparece esse documento confirmando enfim
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    que isso havia na paraíba que era
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    europeias nas portas e janelas das casas
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    e aquilo ali fazer com que as pessoas de
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    dentro vice o que acontecer fora e quem
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    estava fora não percebi que era
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    observado na isso era considerado um
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    foco de de fofoca de cochicho então é o
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    documento muito sugestivo é o presidente
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    da província dizer assim é esse uso
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    antigo em político da surpi mas deve ser
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    combatido
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    elas devem ser retiradas da cidade da
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    paraíba porque isso é uma coisa de um
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    tempo arcaico então imagine alguém no
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    começo do século 19
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    falando que é algo que dá lá mais para
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    trás e arcaico e justo
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    o que nós temos aqui da ponte é de
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    concreto a primeira ponte eu disse que
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    era de madeira
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    a imagem que a gente tem gente olha que
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    linda né porque a preservação do verde
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    da mata ciliar tudo que tem aqui hoje
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    ainda são resquícios do que foi
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    preservado desde o passado
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    aqui era um lugar perigoso existem
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    registros por exemplo de violência
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    assalto daquela época é a um registro um
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    dos documentos
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    exatamente do presidente da província
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    notificando a câmara que estava vendo
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    uma série de assaltos justamente na
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    região da ponte de gramame porque era a
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    região onde se praticava as mercadorias
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    que eu e voltavam pernambuco net um
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    tráfego intenso para os padrões da época
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    então um lugar bem apropriado como
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    agente chinês roubos de cargas em certas
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    estradas
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    então aqui era um ponto delicado é do
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    ponto de vista da segurança pública na
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    cidade
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    o professor como era o comércio o senhor
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    fala que os suprimentos viam
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    especialmente de pernambuco pra cá mas
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    como é que funcionava o nosso comércio é
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    que a gente tinha de lojas na época olha
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    encontramos poucos documentos a respeito
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    disso mas sabe-se que tem boticas que
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    normalmente eram como se fosse farmácias
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    hoje em dia é que vender um produto é o
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    açougue público na câmara controlava
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    muito essa questão do açougue porque se
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    faltasse carne ea carne era um gênero
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    alimentício é essencial
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    enfim um comércio muito restrito
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    bastante limitado a algumas lojas de
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    fazendas
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    a notícia de um documento informando que
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    havia pequenos teares para a fabricação
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    de tecidos caseiros devils em tecidos
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    grosseiros a pesca né então era limitada
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    região do rio paraíba ea pesca que vinha
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    de tambaú
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    ali na região da cruz
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    o peixe que havia um tipo isso no
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    mercado de peixe em de cruz do peixe
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    cali onde tem estação da nagis em frente
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    ao colégio lourdinas ali deve ter
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    existido um primitivo mercado de peixe e
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    na parte baixa da cidade
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    o paradouro a gente encontrou também
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    referências a existência de olarias
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    aplicação enfim de objetos de barro
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    pescarias coleta de mariscos enfim de
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    crustáceos e plantio de capim que era
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    justamente para abastecimento do das
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    montarias não é que fazem o transporte
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    na cidade
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    professor há grande uma pessoa mas
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    tecida o gramame mamuaba que tem a
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    capacidade de mais de 56 milhões de
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    metros cúbicos marés mais de 2 milhões
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    de metros cúbicos nós temos água ea
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    gente sabe
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    segundo a esa 650 postos são registrados
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    pela esa que captam água pra empresas
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    condomínios casas que não utilizam a
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    água pública a água que é tratada pela
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    cagepa antigamente como é que essa água
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    como é que a água as pessoas tenham
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    acesso à água em joão pessoa
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    eram chafarizes eram vistas como é como
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    é que isso funcionava existe um dos
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    donos da água
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    sim água um capítulo bem complexo
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    inicialmente até cabe destacar uma tese
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    de doutorado de um colega da ufpb da
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    área de geografia que tentou entender
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    como era a questão da definição do no
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    sítio da cidade foi construído da
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    relação deles com a geologia ea presença
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    de água que era capital você não vai
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    conseguir estabelecer uma cidade onde
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    você não tem recurso hídrico ea filipéia
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    né ela
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    tenha uma boa capacidade de abastecer a
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    sua população porque tem uma série de
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    olhos d'água naturais né muitas cacimbas
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    e tal
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    as que ficaram registradas na gente
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    ainda hoje a bica do parque arruda
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    câmara que enfim é mais conhecida e
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    preservada ainda havia uma biquinha
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    chamada maria feia que ela ficaria ali
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    na região que vai pra mandacaru
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    a abih são francisco a de santo antónio
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    é não fica num convento franciscano a
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    dos milagres na famosa praça da sócia
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    que ela ainda tem o registro dela na
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    parede filha tem uns vestígios delas a
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    do gravatá que ficaria ali na maciel
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    pinheiro na próxima do do terminal de
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    integração ea cacimba do povo que
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    ficaria mais ou menos próximo das
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    trincheiras na descida para o distrito
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    mecânico então havia essas as principais
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    cacimbas particulares você vai achar
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    notícias por exemplo de pessoas vendendo
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    água nessas cacimbas particular e as
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    pessoas carregavam essa água em latas no
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    lombo de burro era assim é havia
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    inclusive uma profissão à época né
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    em todo o brasil evidentemente na cidade
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    da paraíba quer o aguadeiro né
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    normalmente uma pessoa que tinha burro
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    barris
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    nela abastecer muitos desses barris e
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    sair vendendo água nos domicílios
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    obviamente depois de um tempo essa
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    profissão desaparece quando a água
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    encanada havia disputa o dono da água
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    vende essa água de que maneira isso era
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    feito
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    olha basicamente o seguinte quem tinha
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    recursos a água chegava essa pessoa que
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    não tem recurso clique atrás da água
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    princípio é mais ou menos isso
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    então você tinha proprietários de
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    grandes sobrados e tal casas grandes que
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    muitas vezes têm um cacimbas
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    particulares no fundo das suas casas
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    daqueles postos que ele escavava então a
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    casa era abaixo
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    esse de internamento e tinha empregado e
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    agravos enfim quando era a situação de
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    pessoas de outras condições elas se
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    dirigiam enfim aos chafarizes públicos
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    às bicas e fim e ali elas obtinham à
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    água e às vezes havia conflitos né
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    um dos documentos mais interessantes que
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    nós localizamos ele é um documento com
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    um vereador na época josé gomes pessoa
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    isso em 1825 ele é chamado no lugar das
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    convertidas para apartar uma briga
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    literalmente é isso que tá vendo o que
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    era esse lugar mas convertido num lugar
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    das convertidas hoje em dia é a rua
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    maciel pinheiro existiu ali uma casa que
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    era chamada casa das convertidas para
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    mulheres que tenham deixado a
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    prostituição é considerada assim e
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    próximo desse lugar
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    havia uma cacimba até um documento nos
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    permite entender essa cacimba tinha uso
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    público e é a esse padre chamado antónio
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    lourenço certo essa região ele alegava
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    ser o dono que ali seria uma propriedade
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    privada vai existir uma disputa o
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    vereador vai lá pra tomar ciência enfim
  • 00:12:36
    tomar um posicionamento e ele faz um
  • 00:12:38
    relatório para a câmara dizendo que
  • 00:12:40
    tinha ido acusa o padre está fazendo
  • 00:12:43
    aquele indevidamente inclusive e diz
  • 00:12:45
    assim ele cercou makiavélicamente a
  • 00:12:48
    cacimba e está cobrando pelo uso das
  • 00:12:51
    pessoas que moram no lugar até duas
  • 00:12:54
    mulheres apelidadas as melancias né a
  • 00:12:57
    gente ficou curioso e margen turno quem
  • 00:12:59
    seriam essas personagens nelas existiram
  • 00:13:03
    em algum tempo na nossa cidade e sobre
  • 00:13:05
    esse nome as renúncias cabe a qualquer
  • 00:13:08
    um de nós imagina crianças devem ter
  • 00:13:10
    sido professor
  • 00:13:11
    o documento dá juro vendas traz a
  • 00:13:14
    proibição do uso no tema mas pedi que a
  • 00:13:18
    fofoca circulasse o que as informações
  • 00:13:20
    vindas por exemplo do império as
  • 00:13:22
    decisões da cidade circo mas em quais
  • 00:13:25
    são os locais que esses documentos
  • 00:13:28
    revelam em que isso acontecer com
  • 00:13:30
    mais freqüência assim o primeiro
  • 00:13:32
    seguinte
  • 00:13:33
    as pessoas hoje em dia pegam o celular
  • 00:13:36
    internet enfim se a coisa demora mais
  • 00:13:38
    que cinco segundos já dá um ataque de
  • 00:13:40
    ansiedade generalizada cidade das coisas
  • 00:13:44
    eram bem diferentes
  • 00:13:45
    você vê o documento que fala da do
  • 00:13:49
    nascimento do dom pedro 2º
  • 00:13:51
    só é notificada câmara já fazer 40 dias
  • 00:13:55
    que havia nascido o herdeiro do trono
  • 00:13:59
    então você imagina demorar 40 dias por
  • 00:14:02
    uma notícia quero dizer grande
  • 00:14:04
    importância às coisas eram bem mais
  • 00:14:05
    lentas e os meios de difusão também eram
  • 00:14:09
    outros mercados públicos fontes bicas
  • 00:14:13
    chafarizes eram lugares onde as pessoas
  • 00:14:15
    a cruzavam e falavam as notícias
  • 00:14:18
    chegavam se imagine uma tropa de burros
  • 00:14:22
    saindo e de pernambuco chegando na velha
  • 00:14:25
    paraíba trazendo as notícias e um para o
  • 00:14:29
    mercado descarregá-la farinha e junto
  • 00:14:31
    com a farinha e eu vi notícias e ouvir
  • 00:14:33
    fofocas também nas bicas nas fontes né
  • 00:14:37
    eram lugares às vezes complicados porque
  • 00:14:40
    chegamos de manhã cedo acumulava gente
  • 00:14:43
    na nas filas empregados escravos enfim
  • 00:14:46
    pra pegar em água levarem para as casas
  • 00:14:49
    e alguém furar a fila então era sempre
  • 00:14:51
    um lugar certo atenção de briga de
  • 00:14:54
    disputas quer dizer hoje em dia a gente
  • 00:14:56
    usa a internet para circular a notícia
  • 00:14:58
    para brigar mas não faltava lugares nem
  • 00:15:01
    ocasiões para que essas coisas
  • 00:15:03
    acontecessem em séculos passados a gente
  • 00:15:06
    está falando das fontes nos locais onde
  • 00:15:08
    as pessoas buscavam água ea gente não
  • 00:15:11
    tem como esquecer dos esgotos não
  • 00:15:15
    existia o esgotamento sanitário que nós
  • 00:15:17
    temos hoje obviamente que se fala de um
  • 00:15:20
    beco chamado beco do inferno que estava
  • 00:15:25
    situado próximo à hoje que a gente
  • 00:15:27
    conhece como terceirão existem registros
  • 00:15:31
    de documentos lá na câmara de pedidos
  • 00:15:34
    por exemplo da população para a limpeza
  • 00:15:36
    ou como é que isso acontecia desses
  • 00:15:40
    documentos encontrados não mas a gente
  • 00:15:42
    tem por intermédio
  • 00:15:44
    em outros autores que localizaram caso
  • 00:15:47
    desse beco do inferno por exemplo ele
  • 00:15:50
    ficava entre as casas que tinham frente
  • 00:15:53
    para duque de caxias atual que era o
  • 00:15:55
    direito ea general osório que a rua nova
  • 00:15:58
    entraram em um beco a gente chamaria
  • 00:16:00
    servidão nos fundos das grandes casas
  • 00:16:03
    ali que se usava para enfim jogar jetos
  • 00:16:07
    circular baldes com incrementos e essa
  • 00:16:10
    coisa toda é escolhido determinados
  • 00:16:14
    lugares né
  • 00:16:16
    onde isso aí era descartado ocorria
  • 00:16:18
    literalmente a céu aberto então as
  • 00:16:21
    notícias que se tem das crônicas e tal é
  • 00:16:24
    que a situação sanitária não só da
  • 00:16:26
    cidade da paraíba se liga mais de das
  • 00:16:29
    cidades brasileiras em geral a situação
  • 00:16:31
    sanitária era muito precária no entanto
  • 00:16:34
    como o cep de mias certas doenças que
  • 00:16:37
    hoje em dia são relativamente fáceis de
  • 00:16:40
    ser debelados e tratadas eram doenças
  • 00:16:44
    endêmicas e constantes né
  • 00:16:47
    enfim mortalidade infantil bem mais alta
  • 00:16:49
    a expectativa de vida bem mais baixa
  • 00:16:52
    enfim esses dados
  • 00:16:54
    sem dúvida houve um um avanço não avanço
  • 00:16:59
    que tivesse contemplar toda a população
  • 00:17:00
    a gente sabe ainda que grande parte da
  • 00:17:02
    população padece de precariedades mas do
  • 00:17:07
    ponto de vista técnico houve sim avanço
  • 00:17:09
    que permitiu que na média essa condição
  • 00:17:12
    fosse bem mais equacionado
  • 00:17:14
    agora vê outros becos outros lugares de
  • 00:17:17
    descarte e devia ser uma situação muito
  • 00:17:20
    quando a gente vê essas imagens antigas
  • 00:17:23
    de cidades as imagens às vezes fica
  • 00:17:27
    fascinado
  • 00:17:28
    só que as imagens não registram cheiros
  • 00:17:31
    e se alguém se der ao trabalho de
  • 00:17:33
    cheirar uma cidade dessa imagine hoje em
  • 00:17:36
    dia a gente reclama da poluição do cano
  • 00:17:39
    de escape de carros caminhões e ônibus
  • 00:17:40
  • 00:17:41
    você não tem um cano de escape dos
  • 00:17:43
    carros mas você tem burros e cavalos
  • 00:17:45
    andando pela cidade e descartando enfim
  • 00:17:49
    sólidos e líquidos nas vias públicas
  • 00:17:52
    então a cidade devia ter um cheiro muito
  • 00:17:55
    peculiar esgoto correndo a céu
  • 00:17:57
    aberto no início do programa o senhor
  • 00:18:00
    falou da função dos vereadores na época
  • 00:18:04
    que eles não tinham a função que a gente
  • 00:18:06
    conhece hoje de legislar de fiscalizar e
  • 00:18:09
    acompanhar o que é feito pela
  • 00:18:11
    administração é pelo executivo os
  • 00:18:16
    vereadores passam um tempo na história
  • 00:18:18
    do nosso país com as casas fechadas
  • 00:18:21
    depois eles retomam ea gente comemorou
  • 00:18:24
    aí os 70 anos da volta das casas
  • 00:18:26
    legislativas sim mudou muita coisa
  • 00:18:30
    o comportamento da população o dom a
  • 00:18:33
    postura do político mudou
  • 00:18:36
    olha um dos mestres da historiografia
  • 00:18:39
    marc bloch ele disse que o tempo da
  • 00:18:41
    história o tempo de permanência se
  • 00:18:43
    mudanças né então a determinadas
  • 00:18:46
    permanências ao longo do tempo em termos
  • 00:18:48
    de relações de poder
  • 00:18:50
    em termo de exclusão social há muitos
  • 00:18:53
    desafios aí pela frente
  • 00:18:54
    há também outras mudanças sem dúvida
  • 00:18:57
    quer dizer se você for pensar nesses
  • 00:19:00
    documentos recém localizados lado por
  • 00:19:03
    volta de 1800 e 24/25 era um país e era
  • 00:19:08
    uma cidade onde 20 mil pessoas à
  • 00:19:09
    escravidão era legal né
  • 00:19:12
    hoje em dia a gente sabe que enfim mas
  • 00:19:14
    que alguns queiram até é uma prática
  • 00:19:17
    ilegal
  • 00:19:18
    néné é nós tivemos avanços sociais sim
  • 00:19:21
    ao longo desses dois séculos nós tivemos
  • 00:19:24
    mudanças talvez não tantas quanto alguns
  • 00:19:27
    gostariam talvez não tão rápido quanto a
  • 00:19:30
    maioria de nós esperaria mas é a gente
  • 00:19:34
    quando compara o tempo histórico e pensa
  • 00:19:37
    na nossa cidade a 200 a 300 anos atrás e
  • 00:19:39
    pensa nela hoje tem que perceber
  • 00:19:41
    exatamente ponderar essas dinâmicas de
  • 00:19:45
    permanência de mudanças
  • 00:19:46
    o professor nesse pequeno momento que a
  • 00:19:49
    tv câmara em homenagem à cidade de joão
  • 00:19:51
    pessoa a gente fala de história mas aí a
  • 00:19:54
    gente percebe que o que há de mais forte
  • 00:19:57
    na nossa cidade
  • 00:19:58
    além do povo pessoense é o que os
  • 00:20:03
    colonizadores perceberam quando chegaram
  • 00:20:05
    nessa terra o verde os rios a nossa
  • 00:20:09
    natureza
  • 00:20:11
    a localização da nossa cidade
  • 00:20:14
    é importante preservar o meio ambiente
  • 00:20:19
    também a nossa história fazer o nosso
  • 00:20:21
    povo conhecer a nossa história
  • 00:20:24
    sim com certeza veja a ação humana isso
  • 00:20:29
    os melhores historiadores sempre dizem
  • 00:20:32
    ela pode ser pensado em dois níveis das
  • 00:20:35
    relações entre os seres humanos entre si
  • 00:20:39
    e das relações entre os seres humanos e
  • 00:20:41
    um natural né
  • 00:20:43
    então é com base nesse conjunto de
  • 00:20:45
    relações que a gente consegue entender
  • 00:20:47
    né como essas coisas funcionam
  • 00:20:50
    não há cidade ambientalmente saudável
  • 00:20:53
    se ela não for socialmente saudável não
  • 00:20:55
    a sociedade socialmente saudável também
  • 00:20:58
    não for ambientalmente saudável essas
  • 00:21:01
    coisas acabam se interpenetrando né
  • 00:21:03
    então a cidade de joão pessoa tá
  • 00:21:07
    chegando próximo de um milhão de
  • 00:21:08
    habitantes é um momento de inflexão e é
  • 00:21:11
    um momento no qual se precisa pensar nas
  • 00:21:14
    escolhas não é porque a gente costuma
  • 00:21:17
    pensar a história de uma maneira errada
  • 00:21:19
    como a ciência do passado não é história
  • 00:21:23
    é a condição que a gente tem que
  • 00:21:25
    entender o nosso presente na perspectiva
  • 00:21:28
    do tempo passado e consegui olhar um
  • 00:21:31
    pouco para o futuro
  • 00:21:32
    as escolhas que agora em 2019/2020 nos
  • 00:21:36
    próximos anos nós fizemos não determinar
  • 00:21:39
    o que vai ser o futuro da cidade
  • 00:21:41
    ela pode ser um lugar agradável para
  • 00:21:44
    todos nós podemos transformar num lugar
  • 00:21:48
    absolutamente insuportável para cada um
  • 00:21:51
    então as escolhas têm que ser feitas
  • 00:21:54
    pensadas né ea gente estudar e entender
  • 00:21:58
    a nossa cidade é fundamental dar
  • 00:22:01
    palpites a torre fica gritando uns
  • 00:22:03
    contra os outros não vai ajudar muita
  • 00:22:06
    coisa inteligência ainda um grande
  • 00:22:08
    patrimônio e conhecer ainda é o melhor
  • 00:22:12
    caminho mas ainda ainda e é com essa
  • 00:22:15
    reflexão sobre o presente o passado as
  • 00:22:18
    decisões de hoje as perspectivas para o
  • 00:22:21
    futuro que nós encerramos essa homenagem
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    que a tv câmara faz a capital paraibana
  • 00:22:27
    aos 434 anos de aniversário da nossa
  • 00:22:31
    cidade
  • 00:22:35
    [Música]
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    [Música]
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    [Música]
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    [Música]
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