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O que é a felicidade?
Por acaso é possuir boa saúde,
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beleza e ter refeições regulares?
Mesmo um Imperador tem inúmeros
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sofrimentos, ainda que ele tenha tudo isso.
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A felicidade real está no Autoconhecimento.
O resto é efêmero, passa com o tempo. Qual
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será a utilidade do conhecimento de tudo
o mais, se você não conhece quem você é?
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Os homens evitam essa investigação
em direção ao verdadeiro eu,
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mas o que mais pode valer a pena se fazer?
O que resta para se conhecer quando o próprio
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Ser, o Atman, é conhecido?
Conhecer seu próprio Ser,
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é estar sempre no estado de felicidade.
Quase todos os seres humanos são mais
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ou menos infelizes porque quase
todos desconhecem o verdadeiro Ser.
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Se a mente está feliz, não apenas o corpo,
mas o mundo inteiro ficará feliz. Portanto,
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é preciso descobrir como se tornar feliz.
Todos buscam aquilo que lhes trará felicidade.
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A sua mente divaga em direção aos objetos externos
pois você acredita que encontrará felicidade
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neles; mas descubra de onde a felicidade realmente
vem. Então, você perceberá que toda felicidade vem
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apenas do Ser e, dessa forma, você será capaz de
permanecer no Ser. Essa é a verdadeira felicidade.
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A Verdadeira Felicidade.
Ramana Maharshi.
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Aquilo que é infinito é a felicidade.
Não há felicidade nas coisas finitas.
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Não existe felicidade em nenhum objeto do
mundo. Imaginamos, através da nossa ignorância,
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que obtemos a felicidade dos objetos.
Quando a mente vai para fora,
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ela experimenta miséria. Na verdade,
quando os seus desejos são satisfeitos,
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ela retorna para o seu lugar e goza de felicidade,
que é o Ser. Da mesma forma nos estados de sono,
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samadhi e desmaios, e quando o objeto desejado
é obtido ou o objeto indesejado é removido,
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a mente fica voltada para dentro, e goza da
pura Felicidade-do-Ser. Assim, a mente se
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move sem descanso, alternadamente
saindo do Ser e retornando a ele.
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Sob a árvore a sombra é agradável, a céu aberto,
o calor é escaldante. Uma pessoa que vem andando
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sobre o sol sente o frescor quando atinge a
sombra. Alguém que continua indo da sombra
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para o sol e, em seguida, de volta para a sombra
é um tolo. Um homem sábio permanece sempre na
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sombra. Da mesma forma, a mente de quem conhece a
Verdade não deixa Brahman. A mente do ignorante,
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ao contrário, gira no mundo, sentindo-se
miserável, e por um pouco de tempo retorna
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ao Brahman para experimentar a felicidade.
Não vagueie no exterior, comendo a areia
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escaldante dos prazeres mundanos, que não são o
Ser; volte para casa, para o Coração, onde a Paz
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está brilhando, como uma sombra vasta, eterna e
fresca, e disfrute do banquete do êxtase do Ser.
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Na verdade, o que é chamado de mundo é só
um pensamento. Quando o mundo desaparece,
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ou seja, quando não há pensamento,
a mente experimenta felicidade,
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e quando o mundo aparece, ela passa por miséria.
Todos os pensamentos são sofrimento. Pois os
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pensamentos levam sua atenção para longe
do Ser, o qual é pura Felicidade. A mente,
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uma vez que encontre a sua felicidade
interior, não irá mais vaguear no exterior.
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O mundo e os acontecimentos nele são meras
ideias em você. As ideias estão na mente,
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e a mente está dentro de você,
assim, o mundo está dentro de você.
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Todo ser no mundo anseia
por ser feliz, no entanto,
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devido a ignorância da natureza Real de seu
próprio Ser, que é a própria felicidade,
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as pessoas se debatem no vasto
oceano da existência material.
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O que é a felicidade, se não, o seu próprio Ser?
Você não está separado do Ser que é felicidade.
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Neste momento você pensa que você é a mente ou o
corpo, que são mutáveis e transitórios. Mas você é
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imutável e eterno. Isto é o que você deve saber.
A felicidade é a sua natureza. Não é errado
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desejá-la. O que é errado é procurar
fora quando ela está dentro.
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A felicidade não é algo a ser obtido.
Por outro lado, você é sempre felicidade.
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O desejo por felicidade nasce
do sentimento de incompletude.
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Para quem é este sentimento de incompletude?
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Investigue. No sono profundo você
estava feliz, agora você não está.
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O que se interpôs entre essa
felicidade e esta não-felicidade?
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É o ego, o falso eu. Procure sua fonte
e descubra que você é a felicidade.
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Você não deve confundir o ego
ou a ideia do corpo com o Ser.
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A felicidade é a própria natureza do Ser,
a felicidade e o Ser não são diferentes.
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A felicidade é o nosso estado natural.
O sofrimento ocorre quando se deixa o
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Ser e pensa que o corpo e a mente são o “eu”.
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O ego, o pensamento “Eu sou este
corpo”, foi fortalecido ao longo
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de muitos nascimentos. O que resta depois
deste pensamento ser destruído é a felicidade.
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Que grande lucro nós temos ao renunciar ao ego?
A morte do ego é a revelação
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da suprema Bem-aventurança.
Alcançamos este Ser infinitamente grande, mas esse
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preço insignificante tem que ser pago. Contudo,
acontece que os homens têm medo desse estado.
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Os homens não temem a existência dominada
pelo ego, que é a fonte de todos os temores,
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porque acreditam que tal ego é eles
mesmos e desconhecem o Ser Real.
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Temem que se perderem o ego deixarão de existir,
temem o que não deveriam temer e não temem o que
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deveriam temer. Isso é cômico pois ninguém
tem medo de dormir. E no sono não há ego.
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No estado de libertação não existe
ego, o mesmo acontece no sono profundo.
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No sono profundo o homem é desprovido
de posses, incluindo o seu próprio
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corpo. Ao invés de ser infeliz, ele é bastante
feliz. Todos desejam dormir profundamente. A
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conclusão é que a felicidade é inerente ao homem e
não provêm de causas externas. Essa felicidade do
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Ser está sempre com você e você a encontrará
por si mesmo, se a buscar diligentemente.
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O Ser deve ser procurado e encontrado pelo
afastamento do mundo, através da introspecção,
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a mente deve retornar a sua fonte.
Quando a mente retorna ao Coração,
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ela não pode mais projetar sobre o Ser
a aparência mundana, que oculta o Ser.
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É a mente que encobre a nossa felicidade.
Você deve encontrar a natureza real da mente,
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e então, reconhecerá que não existe uma mente.
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Quando se busca o Ser, a mente não
aparece, ao permanecer no Ser, não haverá
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necessidade de se preocupar com a mente.
Você é o Ser, nada além do Ser. Qualquer
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outra coisa é apenas imaginação,
então seja o Ser – aqui e agora.
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Não há necessidade de fugir para uma
floresta ou fechar-se em um quarto,
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continue com suas atividades essenciais,
mas livre-se da associação com quem as faz.
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Quaisquer que sejam os meios adotados,
você deve finalmente retornar ao Ser.
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Então, por que não permanecer como o Ser?
Apenas seja o Ser – aqui e agora.
