O Trabalho do Psicólogo nas Políticas Públicas dentro das Redes e com Visitas Domiciliares.
Zusammenfassung
TLDRA PUC Goiás é uma universidade que combina tradição e inovação, oferecendo uma infraestrutura moderna e um corpo docente qualificado. Com mais de 70 cursos de graduação e diversas opções de pós-graduação, a instituição se destaca na formação de profissionais preparados para o mercado. Durante um evento online, professores discutiram a atuação da psicologia nas políticas públicas, enfatizando a importância das visitas domiciliares e a necessidade de uma abordagem integrada e comunitária para resolver problemas sociais. A PUC Goiás também se compromete a ampliar o acesso ao ensino superior por meio de bolsas e financiamentos.
Mitbringsel
- 🎓 A PUC Goiás oferece mais de 70 cursos de graduação.
- 🏫 A universidade combina tradição e inovação no ensino.
- 👩🏫 O corpo docente é altamente qualificado e experiente.
- 💡 A psicologia atua nas políticas públicas para promover o bem-estar.
- 🏠 As visitas domiciliares são essenciais para entender o contexto do paciente.
- 🤝 A rede socioassistencial integra diversos profissionais para garantir direitos.
- 📚 A PUC Goiás oferece bolsas e financiamentos para acesso ao ensino superior.
- 🌍 A formação na PUC prepara os alunos para o mercado de trabalho.
- 🔍 A psicologia deve olhar para o grupo e a comunidade em suas intervenções.
- 💪 O trabalho em equipe é fundamental para o sucesso nas políticas públicas.
Zeitleiste
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Na PUC Goiás, tradición e innovación van de man da man para transformar vidas, con infraestrutura moderna e un corpo docente altamente cualificado. Ofrecen máis de 70 cursos de grao e posgrao, así como un forte apoio á investigación e á comunidade, garantindo o acceso á educación superior a través de bolsas e financiamento.
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O profesor Thago, do curso de psicoloxía, dá a benvida aos participantes da sétima edición do circuito de Ciencia en Casa, agradecendo a paciencia e comprensión ante problemas técnicos. Presenta á profesora Prisciane, que falará sobre a psicoloxía nas políticas públicas e a importancia da colaboración e aprendizaxe entre profesionais.
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A profesora Prisciane comparte a súa experiencia profesional en psicoloxía, destacando a importancia de traballar en políticas públicas e a intervención grupal. Comenta que a psicoloxía debe ir máis alá de apagar incendios e centrarse en accións preventivas e estruturadas para abordar problemas de forma integral.
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Prisciane reflexiona sobre a importancia do traballo en grupo e a influencia das comunidades, comparando a intervención psicolóxica coas prácticas das tribos indígenas, onde a cura é un proceso colectivo que implica a toda a comunidade, non só ao individuo con problemas.
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A intervención psicolóxica debe considerar non só ao individuo, senón tamén á súa familia e á comunidade, xa que todos forman parte do contexto que inflúe no comportamento. A profesora destaca a importancia de entender a rede social e a súa influencia na vida das persoas.
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A rede social é definida como todas as persoas que forman parte da vida do individuo, incluíndo familia, amigos e profesionais. A comprensión desta rede é esencial para abordar problemas e promover cambios positivos na vida das persoas.
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A rede socioasistencial é composta por profesionais que traballan para garantir o benestar dos individuos na comunidade. Esta rede é fundamental para a implementación de políticas públicas que protexen os dereitos e melloran a calidade de vida das persoas.
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A profesora explica a diferenza entre o SUS (Sistema Único de Saúde) e o SUAS (Sistema Único de Asistencia Social), destacando que o SUS se centra na saúde física, mentres que o SUAS aborda o desenvolvemento social e os dereitos das persoas.
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A visita domiciliaria é unha ferramenta clave para a intervención, permitindo aos profesionais comprender o contexto do individuo e a súa rede de apoio. A profesora enfatiza que a colaboración entre profesionais é esencial para o éxito destas visitas.
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A importancia de traballar en equipo e integrar diferentes profesionais na intervención psicolóxica é subliñada, xa que a colaboración permite abordar problemas de forma máis efectiva e evitar o desgaste do psicólogo que traballa illado.
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A sesión conclúe cunha reflexión sobre a importancia de comprender as políticas públicas e a necesidade de que os psicólogos se involucren activamente na súa implementación para garantir un traballo de calidade e evitar o esgotamento profesional.
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Video-Fragen und Antworten
Que cursos a PUC Goiás oferece?
A PUC Goiás oferece mais de 70 cursos de graduação, especializações, mestrados, doutorados e pós-doutorados.
Qual é a abordagem da PUC Goiás em relação ao ensino?
A PUC Goiás adota metodologias modernas e possui uma infraestrutura atualizada para transformar vidas através da educação.
Como a psicologia atua nas políticas públicas?
A psicologia atua nas políticas públicas através de intervenções em saúde e assistência social, focando na prevenção e no desenvolvimento comunitário.
O que é a visita domiciliar na psicologia?
A visita domiciliar é uma estratégia de intervenção que permite ao psicólogo entender o contexto social e familiar do paciente.
Qual a importância da rede socioassistencial?
A rede socioassistencial é crucial para garantir o bem-estar e os direitos dos indivíduos, integrando diversos profissionais e serviços.
Como a PUC Goiás apoia o acesso ao ensino superior?
A PUC Goiás oferece bolsas e financiamentos para ampliar o acesso e garantir a permanência dos estudantes.
Quais são os principais desafios enfrentados pelos psicólogos nas políticas públicas?
Os psicólogos enfrentam desafios como a falta de recursos, a necessidade de trabalho em equipe e a integração com outras áreas.
Qual é o papel do grupo na psicologia?
O grupo é fundamental na psicologia, pois proporciona suporte e influência nas intervenções e no desenvolvimento individual.
Como a PUC Goiás se destaca no ensino superior?
A PUC Goiás se destaca pela excelência no ensino, infraestrutura moderna e um corpo docente altamente qualificado.
O que é o SUAS?
O SUAS é o Sistema Único de Assistência Social, que visa garantir direitos e promover o desenvolvimento social.
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Bloque 2. Conceptos de Programación - Tutorial 4 Paso de referencias
- 00:00:00[Música]
- 00:00:01Na PUC Goiás, tradição e inovação
- 00:00:03caminham juntas para transformar vidas.
- 00:00:08A primeira universidade do Centro-Oeste
- 00:00:10possui infraestrutura atualizada e adota
- 00:00:12o que há de mais moderno em metodologias
- 00:00:15de
- 00:00:16ensino. Soma-se a isso um quadro docente
- 00:00:19altamente qualificado, ampla estrutura
- 00:00:21de ensino e pesquisa, laboratórios de
- 00:00:24ponta, clínicas de escola, teatros,
- 00:00:27auditórios, complexo poliesportivo e um
- 00:00:31moderno centro de
- 00:00:32convenções. A Excelência é a marca do
- 00:00:35ensino oferecido na PUC Goiás, da
- 00:00:38graduação a
- 00:00:40pós-graduação, numa jornada de
- 00:00:42conhecimento que prepara o estudante
- 00:00:44para o mundo. São mais de 70 cursos de
- 00:00:47graduação nas modalidades presencial e à
- 00:00:50distância, especializações, mestrados,
- 00:00:53doutorados e
- 00:01:00pós-doutorados. E uma ampla estrutura de
- 00:01:02suporte à pesquisa. com centros e
- 00:01:05institutos, que faz da universidade
- 00:01:07campo fértil para o desenvolvimento
- 00:01:09científico, tecnológico e de inovação
- 00:01:12nas mais diferentes áreas do saber.
- 00:01:18Fiel a sua identidade comunitária e
- 00:01:20católica e seu propósito de educar para
- 00:01:23a vida, a PUC Goiás dispõe de bolsas e
- 00:01:26financiamentos próprios e governamentais
- 00:01:29que visam ampliar o acesso e garantir a
- 00:01:32permanência do estudante no ensino
- 00:01:34superior. A PUC Goiás é ensino, é
- 00:01:37pesquisa e é comunidade. É conhecimento
- 00:01:40a serviço da vida que segue
- 00:01:43transformando histórias.
- 00:01:50Muito boa noite, enfim, online, né? Eh,
- 00:01:55meu nome é Thago, sou professor do curso
- 00:01:57de psicologia da PUC Goiás. Tenho a
- 00:01:59honra, né, de participar desse dessa
- 00:02:02live de hoje, né, dando seguimento aqui
- 00:02:04ao sétimo, sétima edição, né, do
- 00:02:06circuito de eh Ciência em Casa da PUC
- 00:02:09Goiás, né? Quero já de antemão agradecer
- 00:02:11a espera, a paciência, a compreensão de
- 00:02:13todos vocês. Tivemos um pequeno problema
- 00:02:16técnico, mas vamos dar seguimento, tá?
- 00:02:19Quero também cumprimentar aqui, né, a o
- 00:02:22professor Divino de Jesus, diretor da
- 00:02:23nossa escola, professora Lil Espadoni,
- 00:02:26coordenadora do curso de psicologia da
- 00:02:27PUC Goiás. Tá aí também a professora
- 00:02:30Prisciane Fernanda, que vai dar
- 00:02:32seguimento aqui à nossa live, a nossa
- 00:02:34palestra, tá? Hoje nós vamos ter um
- 00:02:37trabalho muito interessante, sobretudo
- 00:02:39falando aí da atuação da psicologia nas
- 00:02:41políticas públicas, né, dentro das
- 00:02:44redes, né, que acredito das redes de
- 00:02:45atenção, né, de saúde, da área mais do
- 00:02:48SUAS, né, do SUS, do SUS, e bem como
- 00:02:50também as visitas domiciliares. Um
- 00:02:52momento aí de grande oportunidade para
- 00:02:54aprendizado, para troca de experiências,
- 00:02:57né? E ao final, caso vocês tenham alguma
- 00:03:00consideração, alguma pergunta, nós vamos
- 00:03:02abrir para um a reação, né, e
- 00:03:05considerações da professora Pressane.
- 00:03:07Então, mais uma vez, né, agradecendo
- 00:03:09aqui a presença daqueles que conseguiram
- 00:03:12esperar e que esperamos que divulguem,
- 00:03:14né, compartilhe esse link com outros
- 00:03:16colegas, outros profissionais e vou
- 00:03:19pedir pra professora Prisciane n se
- 00:03:21apresentar e tomar a palavra, tá? Mais
- 00:03:24uma vez, muito obrigado aqui a todos.
- 00:03:31Oi, boa
- 00:03:33noite. Eu acho que a gente tá com um
- 00:03:35pouquinho de atraso, né, do áudio, mas
- 00:03:38eu tô aqui acompanhando. Eh, peço
- 00:03:41desculpa ao atraso, é sempre com muita
- 00:03:45eh aventura, né, pra gente que é um
- 00:03:48pouquinho da área aí das humanas, saúde,
- 00:03:51a gente acaba enfrentando uma
- 00:03:53dificuldade ou outra com os eletrônicos,
- 00:03:56mas estou aqui. Eh, agradeço a
- 00:03:58participação, agradeço quem esperou, né,
- 00:04:01para para acompanhar. Meu nome é
- 00:04:04Prisciane, eu sou psicóloga, já sou
- 00:04:07psicóloga há um bom tempo, né? e venham
- 00:04:11atuando por diversas formas através das
- 00:04:14redes, redes eh de privadas, pelas redes
- 00:04:21sociais e venho desenvolvendo o meu
- 00:04:23trabalho como psicóloga ao longo de toda
- 00:04:26a criação da da própria psicologia, né,
- 00:04:29nos
- 00:04:30municípios, no Brasil, em toda a
- 00:04:33atualização. Eh, eu sou especializada em
- 00:04:36psicologia
- 00:04:38jurídica, desenvolvo atendimentos
- 00:04:41clínicos, eh faço mentorias,
- 00:04:44supervisões, sempre voltado muito para o
- 00:04:47lado de políticas públicas, de direitos,
- 00:04:51de interesse, eh, do ser humano dentro
- 00:04:55da nossa sociedade, da nossa comunidade.
- 00:04:58E hoje eu quero falar com vocês
- 00:05:00exatamente sobre a minha experiência de
- 00:05:03vida profissional, né? A psicologia
- 00:05:06sendo a minha
- 00:05:07paixão, ela me trouxe muitas
- 00:05:11construções, me trouxe muitas
- 00:05:14possibilidades, mas também muita
- 00:05:16vivência, né? Então, venho aqui trocar
- 00:05:20com vocês informações do dos meus
- 00:05:22estudos e de todas as vivências que eu
- 00:05:25realizei e aprendi um pouquinho mais da
- 00:05:29psicologia. Vamos lá. Eu começo falando
- 00:05:33sobre o trabalho com política pública,
- 00:05:35né, assim, a o que a gente olha de
- 00:05:40prática e de teoria na expectativa,
- 00:05:43quando a gente entra para atuar com
- 00:05:46políticas públicas, em
- 00:05:47instituições, em locais, né, aonde a
- 00:05:52gente sente que as pessoas precisam da
- 00:05:54nossa atuação, que elas precisam, né, da
- 00:05:58nossa eh do nosso olhar,
- 00:06:02Muitas vezes a gente espera chegar numa
- 00:06:05instituição, num local com pessoas
- 00:06:08trabalhando, aonde nós psicólogos,
- 00:06:10poderemos trazer nossos conhecimentos,
- 00:06:13nosso olhar, nossa intervenção, sentindo
- 00:06:18como uma grande somatória, né? Quantas
- 00:06:20vezes eu entrei em locais, empresas,
- 00:06:24instituições para trabalhar, tendo a
- 00:06:27expectativa de que pudesse eh me unir a
- 00:06:31uma equipe, me unir a um grupo onde eu
- 00:06:34pudesse trazer todo o conhecimento da
- 00:06:36psicologia para contribuir com o
- 00:06:39desenvolvimento tanto das pessoas como
- 00:06:42do local de
- 00:06:43trabalho. E para quem já atuou na rede,
- 00:06:47para quem já atuou em
- 00:06:48instituições, para quem já atuou em
- 00:06:51grandes centros, né, mesmo grandes
- 00:06:54indústrias, grandes empresas, a gente
- 00:06:57acaba vivendo a realidade do psicólogo
- 00:07:00como um grande bombeiro, né? Eu costumo
- 00:07:03brincar muito com os meus alunos, com os
- 00:07:06meus colegas, que a gente entra para
- 00:07:09fazer um trabalho e acaba se vendo
- 00:07:12apagando o incêndio o tempo todo, né?
- 00:07:15Então, geralmente a rotina do psicólogo,
- 00:07:18ele se programa para começar, né, o dia
- 00:07:21atualizando, atualizando às vezes o
- 00:07:24prontuário,
- 00:07:26atualizando algum trabalho,
- 00:07:28desenvolvendo alguma proposta e assim
- 00:07:31que coloca o pé na instituição, na
- 00:07:34empresa, ele começa a ser a ser
- 00:07:37demandado, né? é chamado, é pedido
- 00:07:40socorro, é sinalizado que existe uma
- 00:07:43questão ou outra que precisa ver. E o
- 00:07:47psicólogo, se ele começa a desenvolver
- 00:07:50esse trabalho para socorrer as demandas,
- 00:07:54ele acaba o dia dele de trabalho, né? o
- 00:07:58dia que ele executou todas as
- 00:08:00atividades, se sentindo como um grande
- 00:08:02bombeiro. E o nosso trabalho precisa ir
- 00:08:06além dessa realidade, né, dessa
- 00:08:10compreensão de que a gente não tá ali só
- 00:08:14para diminuir o conflito, diminuir as
- 00:08:18dificuldades, diminuir os problemas, que
- 00:08:21a psicologia ela deve ser realmente
- 00:08:24integrativa. O nosso olhar profissional,
- 00:08:27ele deve realmente desenvolver ações
- 00:08:31estruturadas, ações que tenham
- 00:08:33estratégia, ações que não vão só
- 00:08:37remediar e sim vão fazer todo um
- 00:08:40processo de prevenção, de estrutura,
- 00:08:43para que os problemas não fiquem
- 00:08:46retomando, né,
- 00:08:50eh, revivendo, né, assim, que a equipe
- 00:08:53não fique revivendo todas as
- 00:08:54dificuldades. Então, por isso que é
- 00:08:57importante a gente olhar e entender que
- 00:09:00essa realidade de bombeiro a gente não
- 00:09:03pode aceitar. E falando, né, da equipe,
- 00:09:08olhando para a realidade, olhando para o
- 00:09:10ser humano, olhando para as demandas,
- 00:09:12primeiro de tudo, o que eu venho falar
- 00:09:16sobre a os meus estudos, a minha
- 00:09:18referência sobre a importância do grupo.
- 00:09:20Desde quando eu começo minha formação
- 00:09:22como psicóloga, lá como estágio, eu
- 00:09:25sempre tive um olhar voltado para os
- 00:09:28grupos, para as pessoas, né, para a
- 00:09:33intervenção grupal de adolescentes,
- 00:09:37crianças, equipe de trabalho, porque eu
- 00:09:40sentia que o grupo tinha uma força e
- 00:09:43muitas vezes uma força que trazia alívio
- 00:09:47ou que trazia grande influência muito
- 00:09:50muito estress. Então, o grupo sempre foi
- 00:09:53o meu
- 00:09:54olhar. Compreendendo a força do grupo,
- 00:09:58busquei aí olhar como são os principais
- 00:10:03grupos, né? os grupos mais primitivos,
- 00:10:06os grupos mais que vivem a essência, o
- 00:10:10que podem trazer como nos como
- 00:10:12referência pra gente. E encontrei aí o
- 00:10:16conceito do grupo tribal e com o olhar
- 00:10:20da psicologia fui entender como que
- 00:10:23acontece os problemas, como que
- 00:10:26acontecem a busca das soluções dentro de
- 00:10:31uma tribo indígena. Porque a gente sabe
- 00:10:35que é uma comunidade que dá muito certo,
- 00:10:38que existe as regras, que existe todo um
- 00:10:41funcionamento e que também é muito
- 00:10:43diferente de tudo aquilo que a gente
- 00:10:46vive em nossa cultura, em nossa
- 00:10:48sociedade. E é super interessante, a
- 00:10:52cura tribal, ela parte sempre do
- 00:10:55princípio que todos os membros compõem
- 00:10:59aquele grupo, né? Então, todas as
- 00:11:01pessoas que residem, todas as pessoas
- 00:11:04que convivem, todas as pessoas que
- 00:11:07pertencem, elas são forte influência no
- 00:11:11grupo. Elas realizam ações, elas
- 00:11:15realizam atitudes que influenciam e são
- 00:11:20influenciadas.
- 00:11:22Com isso, quando alguém de uma tribo
- 00:11:25indígena tem um problema, quando alguém
- 00:11:28sofre algum problema ou apresenta algum
- 00:11:32comportamento desviante, a tribo
- 00:11:35indígena, ela entende que isso faz parte
- 00:11:39de um todo, que a tribo não vai
- 00:11:42responsabilizar aquele índio, aquele
- 00:11:44membro, aquele integrante como o único
- 00:11:48culpado. a tribo indígena vai entender
- 00:11:51que se ele traz aquela dificuldade,
- 00:11:54aquela demanda, é por um reflexo de toda
- 00:11:59a estrutura dessa tribo indígena. Então,
- 00:12:02toda a tribo se movimenta para o
- 00:12:04processo de resolução, para o processo
- 00:12:07de cura, para o
- 00:12:09processo de integração, entendendo que a
- 00:12:14cura de um é a cura de todos. Então, se
- 00:12:18eu tenho uma tribo, se eu tenho um grupo
- 00:12:21aonde eu tenho uma pessoa com um
- 00:12:25problema, com um conflito, com uma
- 00:12:27dificuldade, ela traz isso para a
- 00:12:30existência dos demais. Então,
- 00:12:33trabalhando essa pessoa, todo o grupo se
- 00:12:36organiza, toda o grupo volta para o seu
- 00:12:40funcionamento, paraa sua neutralidade,
- 00:12:43paraa efetivação dos dias das
- 00:12:46atividades. Tendo isso como referência,
- 00:12:50eu fui buscar os trabalhos que a gente
- 00:12:53mais se aproxima, como esse conceito da
- 00:12:56tribo. E aí a gente vê muitos trabalhos
- 00:13:00de intervenções feitos pela área da
- 00:13:04psicologia, aonde visava olhar pro pro
- 00:13:08indivíduo dentro do território, né?
- 00:13:10Então, por exemplo, ã, quando temos aí
- 00:13:14menores infratores, como quando temos,
- 00:13:17eh, pessoas com comportamento tidos como
- 00:13:21inadequados para aquele nosso meio, para
- 00:13:23aquela nossa
- 00:13:25cultura, eles precisam de um olhar, de
- 00:13:29uma intervenção que não é só dentro de
- 00:13:32um sistema, de uma instituição. a gente
- 00:13:35precisa compreender como um todo,
- 00:13:38compreender que aquele membro ele
- 00:13:41interfere e sofre interferências da sua
- 00:13:46realidade para apresentar tamanha
- 00:13:49dificuldade, tamanhos eh problemas e por
- 00:13:53aí vai. Então, esse tipo de trabalho
- 00:13:56buscou, né, foi eh tentando
- 00:14:00compreender qual seria a possibilidade
- 00:14:03de
- 00:14:04transformação. Porque pela experiência,
- 00:14:07se eu pego alguém que comete um crime,
- 00:14:10que comete algo desviante e coloco a
- 00:14:14pessoa dentro, né, de uma instituição
- 00:14:17para eh trazer uma punição para aquele
- 00:14:21ato, né, independente de que tipo de
- 00:14:24instituição, mas que seja punitiva,
- 00:14:27geralmente quando essas pessoas voltam
- 00:14:29para a sua comunidade, que voltam para
- 00:14:32sua família, que voltam para o seu
- 00:14:34espaço, eles encontram encontram tudo
- 00:14:35aquilo que trouxe como problema que
- 00:14:38resultou naquele comportamento
- 00:14:40desviante. Então, entendeu-se que
- 00:14:44trabalhar apenas o indivíduo não dava,
- 00:14:46assim como foi observado na na tribo
- 00:14:49indígena. Só que o nosso trabalho como
- 00:14:52psicólogo passa a olhar também para as
- 00:14:56relações da família, né? Também para as
- 00:14:59dificuldades da família, também as
- 00:15:02demandas que eram trazidas. e que
- 00:15:05culminava em todo o problema.
- 00:15:09Então, olhando para isso, né, indo para
- 00:15:12o território, vendo a família quanto uma
- 00:15:16desestrutura, como algo eh negativo para
- 00:15:20aquele para aquela pessoa, quanto
- 00:15:23gerando problemas e demandas e
- 00:15:27expectativas, percebeu que às vezes não
- 00:15:30dava para trabalhar só a família, porque
- 00:15:32a família tinha uma certa organização,
- 00:15:35mas o bairro, o vizinho
- 00:15:38as pessoas, a comunidade também tinham
- 00:15:42uma certa influência sobre aquela
- 00:15:44pessoa, né? Quantas vezes a gente vê
- 00:15:47esse tipo de situação, esse tipo de eh
- 00:15:50história, principalmente em cidades
- 00:15:53menores aqui como a minha. A gente vê
- 00:15:56muitas eh pessoas, vizinhos, contando
- 00:16:00casos ou às vezes falando: "Olha, a mãe
- 00:16:02não sabia, mas esse menino tava fazendo
- 00:16:05isso, isso e aquilo". E às vezes a mãe
- 00:16:08não sabia mesmo, às vezes a família não
- 00:16:11sabia. E aí a comunidade traz uma
- 00:16:15intervenção, a comunidade também tem um
- 00:16:19olhar. Temos casos aí, né, de forma
- 00:16:24muito conhecida, muito divulgada, em que
- 00:16:27as
- 00:16:28crianças dentro da família elas eram ou
- 00:16:32vítimas ou muitos muito silenciadas. E
- 00:16:37aí eram os vizinhos, eram as escolas,
- 00:16:41eram outros lugares que
- 00:16:44conseguiam enxergar, conseguiam perceber
- 00:16:48as questões mais difíceis daquele
- 00:16:51indivíduo. Então, entendeu-se que é
- 00:16:56essencial a gente voltar o olhar para os
- 00:16:59grupos como uma tratativa, como uma
- 00:17:02estratégia de intervenção. E esse grupo,
- 00:17:06além da família, também é importante
- 00:17:09olhar quanto eh moradores, sociedades,
- 00:17:13comunidade, eh qualquer
- 00:17:17qualquer agrupamento de pessoas que
- 00:17:20possam fazer causar uma intervenção,
- 00:17:23trazer uma modificação pro comportamento
- 00:17:26daquela
- 00:17:27pessoa. E aí a gente fala um pouquinho
- 00:17:31de rede social. Não dá para falar de
- 00:17:34políticas públicas sem falar de rede
- 00:17:36social. Eh, o mais importante, eu que eu
- 00:17:41gosto de considerar é que a rede social
- 00:17:45hoje em dia, a gente considera que são
- 00:17:47aquelas redes que a gente conversa, que
- 00:17:51vemos fotos, que atualizamos sobre a
- 00:17:54vida das pessoas que que seguimos. Mas a
- 00:17:58rede social é muito mais antiga que
- 00:18:00isso, né? A rede social são todas as
- 00:18:03pessoas que fazem parte da minha rede, a
- 00:18:06minha rede de segurança, a minha rede
- 00:18:09protetiva, a minha rede de amigos, a
- 00:18:12minha rede de família. Então, rede
- 00:18:15social não são só esses aplicativos,
- 00:18:18esses meios da gente acompanhar a vida
- 00:18:20do colega, né? O conceito, a ideia de
- 00:18:23rede social, de fato, é a gente lembrar
- 00:18:27todas as pessoas que fazem parte da
- 00:18:30nossa rede, que compartilham com a gente
- 00:18:34nossa comunidade, que compartilham com a
- 00:18:36gente nosso
- 00:18:38cotidiano. Porque quando eu entendo
- 00:18:41minha rede social, eu entendo quem é meu
- 00:18:44grupo, eu entendo quem é a minha tribo,
- 00:18:46eu entendo tudo aquilo que precisa ser
- 00:18:49olhado e trabalhado para assim eu
- 00:18:53conseguir grandes transformações,
- 00:18:55transformações de dores, de traumas, de
- 00:19:00comportamentos, daquilo que eu tiver
- 00:19:02demandando.
- 00:19:04Eh, e aí eu apresento para vocês
- 00:19:06basicamente, né, um apanhado que não
- 00:19:09podemos esquecer que nossas redes
- 00:19:11sociais são compostas
- 00:19:14basicamente por por essas categorias,
- 00:19:18né? Se vocês olharem o as redes sociais
- 00:19:21de vocês, as aquelas que vocês mais
- 00:19:24gostarem, vão ser esse, essas pessoas
- 00:19:27vão ser esses membros que estarão lá,
- 00:19:29né? Família, sociedade, profissionais.
- 00:19:34eh pessoas da comunidade e pessoas
- 00:19:36relacionadas à saúde. É claro que às
- 00:19:39vezes conseguimos, né, assim, eh ter uma
- 00:19:44compreensão de uma certa restrição de
- 00:19:46privacidade e aí a nossa rede social lá
- 00:19:49do aplicativo vai ser composta
- 00:19:51exatamente por essas pessoas, né? eh um
- 00:19:56pouquinho mais extenso às vezes quanto o
- 00:19:59amigo do amigo, né, o colega do colega,
- 00:20:02mas basicamente composta por essa, né?
- 00:20:06Só em casos de que a gente agrega em
- 00:20:09nossas redes pessoas que não conhecemos,
- 00:20:12que não tivemos, né, nenhum encontro na
- 00:20:15vida pessoal, eh nenhum contato na vida
- 00:20:19pessoal que não estará composta nessa
- 00:20:22turma, né, nessas categorias. Então,
- 00:20:25nossa rede social, sem dúvida nenhuma,
- 00:20:28vai ser composta por família, eh,
- 00:20:30relações sociais, profissionais, membros
- 00:20:32comunitários e pessoas da nossa
- 00:20:35saúde, relacionado à nossa saúde.
- 00:20:39A rede
- 00:20:40[Música]
- 00:20:42socioassistencial. A rede
- 00:20:44socio-assistencial ela é chamada assim
- 00:20:47porque é o nosso a nossa rede, nosso
- 00:20:51aplicativo do município, digamos assim.
- 00:20:55A rede socioassistencial já é aquela
- 00:20:58rede, já é a aquela formação às pessoas,
- 00:21:03não só de pessoas participantes, não
- 00:21:06estou falando mais só dos membros, dos
- 00:21:08indivíduos de uma comunidade. A rede
- 00:21:12socioassistencial é a rede de
- 00:21:15pessoas, profissionais envolvidos com o
- 00:21:20desenvolvimento e o bem-estar do
- 00:21:23indivíduo na comunidade, na sociedade,
- 00:21:26né? Ah, as pessoas que compõem as redes
- 00:21:31socioassistenciais, elas geralmente
- 00:21:33estão aí agindo, estão olhando, estão
- 00:21:37executando trabalhos de leis e de
- 00:21:41políticas públicas para que o direito da
- 00:21:44pessoa, para que o desenvolvimento da
- 00:21:47pessoa, para que a saúde da pessoa ela
- 00:21:49seja garantido e que você consiga a a
- 00:21:54melhor a melhor vida. a melhor forma de
- 00:21:57vida mesmo naquele seu espaço, naquele
- 00:22:01seu grupo, naquela sua existência.
- 00:22:04Então, a rede
- 00:22:06socioassistencial, ela já deixa de ser
- 00:22:08essa ideia de rede de pessoas aberta e
- 00:22:12passa a ser uma ideia de rede
- 00:22:15direcionada, né, de profissionais, de
- 00:22:18pessoas envolvidas para ações, para
- 00:22:24executar ações, atividades que garantam
- 00:22:29alguma relação do que esteja aí em
- 00:22:33dificuldade.
- 00:22:34da pessoa, né? Então, que a gente fala
- 00:22:37algum direito rompido, alguma algum
- 00:22:40conflito aí no seu desenvolvimento,
- 00:22:44esses profissionais são aí os
- 00:22:46responsáveis por uma
- 00:22:49intervenção. Bons profissionais a gente
- 00:22:52chama, né, a gente reconhece eles como
- 00:22:54os atores da rede socioassistencial.
- 00:22:57E basicamente, né, de forma ampla, eu
- 00:23:01posso falar para vocês da rede SUS e
- 00:23:04SUAS. Neles, a gente, nessas duas redes,
- 00:23:07a gente vai ter os principais atores das
- 00:23:10redes
- 00:23:12socioassistenciais, né? Hã, Rede SUS,
- 00:23:16Sistema Único de Saúde, Rede SUS, eh,
- 00:23:20ai, esqueci, me perdoe. Eh, a gente, eh,
- 00:23:26eh, Sistema Único da Assistência Social,
- 00:23:28me perdoem, ã porque o SUS ele é voltado
- 00:23:32exatamente paraa saúde, para questões de
- 00:23:36doença, de qualidade de vida, né, de de
- 00:23:41eh qualidade de saúde. suas. Ele já é um
- 00:23:46um viés aonde ele vai pensar além da
- 00:23:50saúde física, da saúde orgânica, ele vai
- 00:23:54pensar sobre eh a saúde do
- 00:23:59desenvolvimento, sobre a qualidade de
- 00:24:02vida, sobre a qualidade das relações,
- 00:24:06sobre os direitos daquelas pessoas
- 00:24:09pertencentes, né? é no suas que a gente
- 00:24:12vai considerar, que a gente vai refletir
- 00:24:15sobre eh as estruturas familiares, sobre
- 00:24:19os direitos das crianças ali garantido,
- 00:24:23sobre o
- 00:24:25adolescente estar desenvolvendo o um uma
- 00:24:29noção de sociedade de forma qualidade de
- 00:24:33qualidade, né? É através do SUS dessa
- 00:24:37dessa forma de assistência que a gente
- 00:24:40olha o todo, né? O SUS ele olha a
- 00:24:45questão de saúde, de
- 00:24:48eh a gente vai ver de orgânico, de até
- 00:24:53de vacina, de alimentação, de algumas
- 00:24:56coisas que garantem o funcionamento da
- 00:24:59nossa máquina, do nosso corpo. E o SUAS
- 00:25:02é sobre a nossa existência.
- 00:25:06E tá aí, né? Essa eu coloquei para vocês
- 00:25:10quais são os atores da rede
- 00:25:15assistencial,
- 00:25:16socio-assistencial do SUS. Esses são os
- 00:25:20principais atores que estão aí
- 00:25:24executando o trabalho pelo
- 00:25:27SUS. Eh, coloco de uma forma
- 00:25:31generalizada, aberta, né, para vocês
- 00:25:33poderem ver.
- 00:25:35Às vezes a gente até se surpreende, né,
- 00:25:38assim, quando a gente fala sobre
- 00:25:42profissionais que a gente imagina que
- 00:25:45podem ser do SUS, mas que nem não é algo
- 00:25:50muito corriqueiro e que deveriam ser,
- 00:25:52né, em algumas pessoas com alguns
- 00:25:55grupos, com algumas palestras, quando eu
- 00:25:58trago, né, essa questão até dos
- 00:26:00profissionais eh
- 00:26:02sanitaristas de de combate redemias,
- 00:26:05eles trazem questões de, olha, né, nunca
- 00:26:09considerei que isso fosse uma composição
- 00:26:11do SUS, né, pensava que era sobre
- 00:26:14qualquer outro tipo de política, mas não
- 00:26:17em relação à saúde, né? Mas temos aí uma
- 00:26:21grande gama de profissionais que
- 00:26:24exercem, que realizam suas atividades
- 00:26:27pelo SUS. E aí um pouquinho menor
- 00:26:31quantidade temos as pessoas que
- 00:26:34desenvolvem o trabalho no suas, né?
- 00:26:38Acabam sendo profissionais que a gente
- 00:26:41vê que tem aí uma diferença, né? Que tem
- 00:26:45um olhar pelo desenvolvimento social,
- 00:26:48que tem um olhar pra comunidade, pra
- 00:26:51cultura, pro direito, né? até para o
- 00:26:56funcionamento ali da
- 00:26:59pessoa. Geralmente esses profissionais
- 00:27:02eles também são membros que compõem
- 00:27:05instituições, né? Então quando a gente
- 00:27:07fala de cuidadores,
- 00:27:09auxiliares, são pessoas que estão dentro
- 00:27:12de instituições e aí, mas que também
- 00:27:16podem fazer eh o trabalho através de eh
- 00:27:21projetos, programas, né? aquilo que for
- 00:27:24desenvolvido e dentro do município,
- 00:27:26dentro da
- 00:27:31proposta. Contudo, né, entendendo que
- 00:27:34toda essa composição de pessoas, eu
- 00:27:38chego aí meio rapidinho, né, na ideia de
- 00:27:42visita domiciliar.
- 00:27:45Eh, a visita domiciliar, eu entendo, eu
- 00:27:49aprendi que ela é um meio de
- 00:27:53exploração, é um meio que a gente se
- 00:27:56aproxima disso tudo. Na visita
- 00:27:59domiciliar é quando a gente vai pro
- 00:28:01território, é quando a gente vai olhar
- 00:28:04pra tribo, é quando a gente vai olhar
- 00:28:06para aquela rede eh social da pessoa
- 00:28:10assistida. Então, vamos pensar, né? Se
- 00:28:13eu tô falando de SUS e SUAS, pelo SUS,
- 00:28:17eu posso ter, por exemplo, um idoso que
- 00:28:20tá internado e que precisa sair do
- 00:28:22hospital e voltar para casa, né? Porque
- 00:28:25ficar ali no hospital vai garantir um
- 00:28:28acompanhamento à sua saúde, mas também
- 00:28:30vai deixar o exposto algumas questões,
- 00:28:33né? uma vulnerabilidade de algumas
- 00:28:36infecções, algum alguns outros quadros
- 00:28:38que não seria interessante. E aí eu
- 00:28:40preciso voltar esse idoso para casa. E
- 00:28:44quando eu preciso voltá-lo para casa, eu
- 00:28:47também tenho que entender qual é o
- 00:28:49recurso que ele vai ter lá, né? Eu
- 00:28:51preciso entender quais são as pessoas
- 00:28:54que estarão envolvidas no cuidado dele,
- 00:28:57entender quem são as pessoas que vão
- 00:29:00fazer o cuidado da saúde, quem vai fazer
- 00:29:02o cuidado financeiro, quem vai fazer o
- 00:29:05cuidado até do lúdico, né, da distração,
- 00:29:11do acompanhamento de assistir uma TV, de
- 00:29:13brincar, de conversar, porque todas as
- 00:29:17pessoas formarão a rede de apoio desse
- 00:29:21esse idoso que tá voltando para casa,
- 00:29:23né, e que quando ele foi acompanhado,
- 00:29:28quando ele foi olhado no hospital, né,
- 00:29:31cuidado de sua saúde, tá cuidando do
- 00:29:34físico e mantê-lo, vai cuidar, cuidar e
- 00:29:38por risco o físico, né, do idoso lá no
- 00:29:41hospital. Então, para trazer o hospital
- 00:29:45para casa, ah, geralmente existem
- 00:29:47possibilidade de todo o tratamento do
- 00:29:49homecare, aonde a saúde vai est sendo
- 00:29:52prevista, mas também preciso das pessoas
- 00:29:56monitorando, também preciso de pessoas
- 00:29:59envolvidas, também preciso ter uma ideia
- 00:30:02de quem vai se responsabilizar um
- 00:30:04pouquinho mais ou com quem eu vou ter
- 00:30:07mais acesso de conversa, de comunicação
- 00:30:10para eu garantir
- 00:30:12a qualidade da recuperação daquele
- 00:30:14idoso. Então, esse é um exemplo de
- 00:30:17visita domiciliar quando eu olho pelo
- 00:30:20SUS, né? Quando eu olho do por que eu
- 00:30:24vou para a casa de
- 00:30:26alguém investigar o que ele vai
- 00:30:29encontrar lá pro cuidado da sua saúde,
- 00:30:32pro quadro de
- 00:30:33saúde por para a frente suas, né? Quando
- 00:30:38eu vou pensar na visita domiciliar em
- 00:30:40relação ao SUAS, eu também vou fazer
- 00:30:44trabalhos eh voltados para os egressos,
- 00:30:47por exemplo, né? Ou às vezes até as
- 00:30:50crianças que estão em acolhimento, em
- 00:30:53alguma forma de acolhimento, né? Eh,
- 00:30:55familiar,
- 00:30:57institucional, eh, porque para eu voltar
- 00:31:01aquela pessoa, né? para eu voltar aquele
- 00:31:04egresso, para eu voltar aquela criança
- 00:31:07paraa sua casa, aonde ou teve o direito
- 00:31:12ferido ou teve ações que feriram
- 00:31:16direitos, eu preciso ter uma ideia do
- 00:31:19que a pessoa vai encontrar lá, porque
- 00:31:21nem sempre é interessante voltar a
- 00:31:24pessoa para aquele meio, né? O meio
- 00:31:26também vai precisar de uma
- 00:31:28reorganização e não é na entrega, não é
- 00:31:32na saída, não é na rota final que eu vou
- 00:31:35fazer essa estratégia de intervenção de
- 00:31:38uma visita domiciliar. ela tem que ser
- 00:31:41exploratória, ela tem que ser para
- 00:31:43constituir mesmo eh um plano de
- 00:31:47trabalho, um plano de de
- 00:31:50estratégias a a para ajudar a pessoa a
- 00:31:54transformar tudo aquilo que não foi
- 00:31:55legal, né? Mesmo sendo em crianças que
- 00:31:59são passivas, né? que não são pessoas,
- 00:32:03não são pessoinhas que estariam
- 00:32:05executando algum tipo de comportamento,
- 00:32:08mas sim trabalhamos com a rede envolvida
- 00:32:10dela, né, a rede social dela no sentido
- 00:32:13de família, os pais e tudo aquilo que
- 00:32:17veio romper o vínculo ou trazer algum
- 00:32:19prejuízo, mas também pro egresso, né?
- 00:32:23Porque às vezes eu preciso olhar e
- 00:32:25entender que essa pessoa vai voltar
- 00:32:28paraa sua comunidade e ali vai encontrar
- 00:32:31tudo aquilo que já tinha de dificuldade,
- 00:32:33né, que aquilo que já trouxe muito
- 00:32:36transtorno. Então, a visita domiciliar é
- 00:32:39uma
- 00:32:40ferramenta super importante de
- 00:32:43estratégia de
- 00:32:46intervenção na visita domiciliar.
- 00:32:49Para que esse olhar seja realmente
- 00:32:52efetivo, a gente precisa lembrar lá
- 00:32:55daqueles atores. A gente precisa
- 00:32:58entender que uma andorinha não faz
- 00:33:01verão. Então não adianta o psicólogo aí
- 00:33:05envolvido com todo esse trabalho, com a
- 00:33:08política pública, com o interesse do seu
- 00:33:10atendido, pegar as suas coisas e ir
- 00:33:13fazer sozinho essa visita domiciliar.
- 00:33:16Porque primeiro de tudo, dentro de uma
- 00:33:19visita, a gente sempre tem a demanda de
- 00:33:22múltiplas pessoas, de múltiplas eh
- 00:33:25intervenções, né? Então, ah, geralmente
- 00:33:27quando a gente vai para uma casa, mesmo
- 00:33:29pela proposta SU ou suas, existe muita
- 00:33:32gente querendo conversar com o
- 00:33:34profissional e aí um profissional
- 00:33:36sozinho vai ter dificuldade de fazer
- 00:33:39toda essa gestão. E se eu tô entendendo
- 00:33:43que para eu conseguir ótimo resultado,
- 00:33:47eu preciso envolver toda a rede social
- 00:33:51daquela pessoa assistida. Eu tenho que
- 00:33:55entender que a minha força também estará
- 00:33:59no meu grupo, que aí seria a minha rede
- 00:34:04socioassistencial, porque é nessa rede
- 00:34:06que eu também me fortaleço, que eu
- 00:34:09também me completo, né? O psicólogo
- 00:34:11muitas vezes, como eu falei lá, é
- 00:34:13chamado para ser o bombeiro, mas ele
- 00:34:17sozinho vai morrer queimado, né? Ele
- 00:34:20precisa da parceria. Ele precisa da
- 00:34:24parceria de um
- 00:34:26enfermeiro. Ele precisa da parceria de
- 00:34:29um assistente social. Ele precisa da
- 00:34:31parceria de seus colegas que desenvolvem
- 00:34:35as estratégias. E também não podemos
- 00:34:37esquecer dos líderes comunitários,
- 00:34:40porque quando vamos paraa visita, aquela
- 00:34:43comunidade às vezes tem regras. Tem
- 00:34:46regras que a gente deve seguir tanto de
- 00:34:48comportamento ou de respeito aos
- 00:34:52moradores ou de ter noção até com a
- 00:34:55segurança das pessoas que estão ali
- 00:34:58envolvidas. Então, os líderes
- 00:35:00comunitários, eles fazem eh esse
- 00:35:03direcionamento, eles trazem pra gente a
- 00:35:07clareza de tanto da questão do
- 00:35:09funcionamento ali, né, daquela tribo,
- 00:35:12daquela daquele grupo, como também eles
- 00:35:16garantem que a gente tenha uma boa ação,
- 00:35:19que a gente tenha os comportamentos
- 00:35:22coerentes à aquele espaço. Então, a
- 00:35:25nossa rede deve ir estruturada para
- 00:35:29cuidar da rede do outro. É assim que a
- 00:35:32gente consegue validar o nosso
- 00:35:35trabalho. Então, eh, nessa ideia que eu
- 00:35:41entendo a importância de, ó, acabou meus
- 00:35:44slides, me perdoem. Eh, eu ia ali teria
- 00:35:48um slide falando
- 00:35:50sobre a composição, né, sobre a questão
- 00:35:54da rede ela trazer um uma um
- 00:35:59quebra-cabeça, né, a montagem de um
- 00:36:02quebra-cabeça. Quando eu vou para uma
- 00:36:04visita domiciliar com a minha rede de
- 00:36:08trabalho, com a minha rede sócio
- 00:36:10assistencial composta, eu entro naquela
- 00:36:14casa, com todo o respeito, com toda a
- 00:36:17compreensão do do que eu tô sendo
- 00:36:21eh do trabalho que eu tô
- 00:36:23desenvolvendo. E aí, pós visita, eu vou
- 00:36:28pegar os meus colegas que estiveram ali
- 00:36:30comigo e vou montar um grande
- 00:36:33quebra-cabeça que muitas vezes, enquanto
- 00:36:36eu tenho um profissional, né, ou
- 00:36:38psicólogo, assistente social, quem seja
- 00:36:40o profissional, fazendo a entrevista, eu
- 00:36:44tenho um outro colegas percebendo às
- 00:36:47vezes uma demanda secundária, né? Às
- 00:36:51vezes eu tô ali fazendo uma entrevista
- 00:36:54para eh
- 00:36:56retornar um idoso paraa sua casa, pro
- 00:36:59comoquer e eu, enquanto eu estou voltado
- 00:37:02para esse olhar, às vezes minha colega
- 00:37:05assistente social consegue perceber uma
- 00:37:08criança que deveria estar num horário de
- 00:37:09aula e não tá está ali, né? Tem outros
- 00:37:13fatores que a hora que eu estou
- 00:37:16realizando esse tipo de trabalho, eu
- 00:37:18consigo olhar para o meu e que os demais
- 00:37:22profissionais também façam suas
- 00:37:24observações dentro de todo o estudo
- 00:37:27desenvolvido que seja coerente na
- 00:37:30integralidade do paciente, né, de todo o
- 00:37:34trabalho que é desenvolvido. Então, de
- 00:37:37forma geral, o que eu trago para vocês,
- 00:37:39né, tudo que eu tô falando aí para
- 00:37:41vocês, é a ideia de que o profissional
- 00:37:46do o psicólogo, ele deve olhar para para
- 00:37:49as políticas públicas, entendendo que
- 00:37:52ele tem um norteador, ele tem um papel,
- 00:37:56ele tem um trabalho de
- 00:37:58compreensão, um trabalho de
- 00:38:02eh compartilhar mesmo, de ouvir vir de
- 00:38:07conseguir fazer manejos de formas mais
- 00:38:10delicadas, né,
- 00:38:13mais sensíveis, mas que se ele não se
- 00:38:18entender, se ele não se perceber como um
- 00:38:21membro composto de uma rede, ele também
- 00:38:24vai conseguir fazer muito pouco. Ele
- 00:38:27volta lá para aquela ideia do psicólogo
- 00:38:30bombeiro, né? A partir do momento que eu
- 00:38:33me ponho para ficar resolvendo as
- 00:38:35dificuldades de forma individual, né, eu
- 00:38:39sempre vou ficar apagando fogo. Quando
- 00:38:42existe uma demanda, quando chega alguma
- 00:38:44queixa, quando um coordenador, quando um
- 00:38:48gerente me traz uma necessidade, eu
- 00:38:50psicólogo, né, fico, se sou questionado
- 00:38:54sobre a dificuldade daquela pessoa e eu
- 00:38:58integro os demais envolvidos, né, mesmo
- 00:39:01se eu tô falando, por exemplo, de um
- 00:39:03trabalhador de uma grande indústria, né?
- 00:39:06Se eu tenho aí um chefe, um superior que
- 00:39:10vem para mim, né, para eu psicólogo
- 00:39:13dessa dessa empresa, reclamar, sinalizar
- 00:39:17alguma dificuldade do seu funcionário,
- 00:39:20eu, psicólogo, consigo entender a
- 00:39:22importância de integrar meu olhar com os
- 00:39:26demais supervisores, os demais chefes
- 00:39:29envolvido, eh, com a o serviço social,
- 00:39:33quando eu integro, monto uma equipe para
- 00:39:37considerar a questão daquele
- 00:39:39funcionário, o meu olhar ele vai ser
- 00:39:42mais efetivo, né? Porque às vezes vem
- 00:39:45sim pela contaminação de uma uma
- 00:39:48situação ou de um só olhar, né? Quando
- 00:39:50eu abro essa questão da rede, eu consigo
- 00:39:54olhar pra pessoa com essa questão do
- 00:39:57360. Eu consigo olhar paraa pessoa na
- 00:40:01integralidade. O psicólogo que olha pela
- 00:40:04política pública, o psicólogo que atua
- 00:40:07na política pública de forma individual,
- 00:40:11ele vai entrar e sair muito desgastado,
- 00:40:15com pouco resultado, com muitas
- 00:40:18dificuldades, né? Não podemos
- 00:40:20esquecer que aí agora já é um pouco eh
- 00:40:26um acho que vai até um pouquinho além de
- 00:40:28conselho, né? Eu sou psicóloga desde
- 00:40:322003. Eu tô atuando na com a psicologia
- 00:40:36e em toda esse todos esses anos no meu
- 00:40:39trajeto, eu lembro que houve um período
- 00:40:43em que aqui no meu município a nossa
- 00:40:46rede socioassistencial ela tava super
- 00:40:49composta, né? Todos os membros tinham eh
- 00:40:54reuniões estruturadas. A gente tinha
- 00:40:56planejamento de reuniões por diversos
- 00:40:59assuntos, mesmo reunião SUS, mesmo
- 00:41:03reunião suas, elas estavam previstas no
- 00:41:05calendário anual de toda de todas as
- 00:41:09pessoas, de toda a rede
- 00:41:10socioassistencial do meu município. E
- 00:41:13quando isso acontecia, os nossos
- 00:41:15trabalhos eles eram efetivos, porque se
- 00:41:18eu tinha, né, um olhar de instituição,
- 00:41:21eu tinha uma reunião com pessoas que
- 00:41:24trariam o olhar Creias, o olhar Cras, o
- 00:41:28olhar de outros órgãos, né,
- 00:41:31UBS,
- 00:41:32eh, o qualquer outra, né, mesmo escolar,
- 00:41:36mesmo a compreensão da escola em relação
- 00:41:40à criança e adolescente ou a própria
- 00:41:42família. família, né? Trazíamos debates
- 00:41:46e observações e compreensões que eram
- 00:41:49tão completas, aonde nosso trabalho
- 00:41:52sempre ficava muito coerente, muito
- 00:41:54homogêneo, com resultados muito rápidos.
- 00:41:58Quanto mais a gente desmonta a nossa
- 00:42:01rede de assistência, mais a gente
- 00:42:04desmonta a nossa política pública,
- 00:42:06porque a política pública, ela olha
- 00:42:09sempre para o grupo, ela olha sim para o
- 00:42:12indivíduo dentro de um grupo, dentro de
- 00:42:14toda uma estrutura. E se eu consigo
- 00:42:17olhar para essa estrutura, se eu consigo
- 00:42:19olhar para esse grupo, eu consigo
- 00:42:22executar a política pública. Então,
- 00:42:25acima de tudo, o psicólogo, ele
- 00:42:27realmente precisa lembrar que ele não é
- 00:42:29bombeiro e entender das inúmeras
- 00:42:33ferramentas que ele pode ter, né? sendo
- 00:42:36as reuniões de equipe, sendo os
- 00:42:39matriciamentos, sendo uma visita
- 00:42:41domiciliar para ele conseguir
- 00:42:44assessorar, para ele conseguir
- 00:42:46compreender e aí sim em equipe
- 00:42:49desenvolver uma estratégia aí de
- 00:42:52intervenção
- 00:42:54efetiva. É isso, pessoal. Falei meio
- 00:42:57rapidinho até por causa do atraso, mas
- 00:43:00gostaria de saber, né? Estou abertas
- 00:43:02paraa pergunta. Como foi? alguma dúvida
- 00:43:05de algum ponto específico?
- 00:43:11[Música]
- 00:43:15Boa noite novamente, né? O Rodolfo aqui
- 00:43:19nos colocou aqui em visibilidade, né?
- 00:43:23Fico muito feliz. Queria já de antemão,
- 00:43:25professora Cristiane, eh, agradecer, né,
- 00:43:27aqui a sua participação. Vamos abrir
- 00:43:30aqui, né, para perguntas, né, tô
- 00:43:31tentando acompanhar aqui no chat
- 00:43:34e também assim, né, reagir um pouco. Eu
- 00:43:37tô assim muito feliz porque me provocou
- 00:43:41uma série de reflexões, né, enquanto
- 00:43:42psicólogo, né, enquanto professor e
- 00:43:45enquanto o pessoal não coloca nada aqui
- 00:43:47no chat, né, mas acredito que todas as
- 00:43:49pessoas ficaram muito assim eh eh
- 00:43:52surpresas e também, né, estimuladas, né,
- 00:43:55com esse com várias provocações e
- 00:43:57reflexões que você nos colocou. Eh, uma
- 00:44:00das considerações que eu faço e é que
- 00:44:03uma vez eu ouvi uma frase que eu achei
- 00:44:05muito interessante: "O tratamento começa
- 00:44:08depois do
- 00:44:09tratamento, né? Eu achei bem
- 00:44:11interessante isso, eh, a ideia de que,
- 00:44:14eh, aquilo que acontece após o
- 00:44:17atendimento
- 00:44:18institucional, após todo aquele
- 00:44:20contexto, aquele enquadre, né, dentro
- 00:44:23ali do serviço de saúde, o serviço ali
- 00:44:25dentro de um centro de referência, né,
- 00:44:27entre outros dispositivos da atenção de
- 00:44:30saúde ou da atenção social, né, muito
- 00:44:32interessante, né, que ah, esses
- 00:44:34compromissos, esses vínculos, esses
- 00:44:37arranjos, acordos que são feitos ali na
- 00:44:40família família, na comunidade, né, com
- 00:44:42lideranças sociais. Isso é de uma
- 00:44:44importância enorme, né? E lembrando um
- 00:44:47pouco das visitas domiciliares que eu
- 00:44:49acabava que nós fazíamos aí no CAPS AD,
- 00:44:51né, do CAPS Casa. Maravilhoso, local
- 00:44:53trabalho assim fantástico, de um
- 00:44:55aprendizado maravilhoso, né, um centro
- 00:44:57de referência eh da atenção psicossocial
- 00:45:00com usuários e substâncias psicoativas
- 00:45:02em Goiânia. E enfim, me chamava muita
- 00:45:04atenção porque às vezes a gente chegava
- 00:45:07em casa e na casa das pessoas, né,
- 00:45:09fazendo ali as visitas domiciliares e às
- 00:45:12vezes o pessoal chamava de buscativa.
- 00:45:14Eu, nossa, esse nome achava muito
- 00:45:15inadequado, né, buscativa. as a a ideia,
- 00:45:19né, de que você ter essa boa vontade e
- 00:45:23essa preocupação, né, de conhecer a
- 00:45:26realidade da pessoa, ao mesmo tempo que
- 00:45:29a gente poder ali eh tentar, né, não só
- 00:45:33entender melhor aquilo que a pessoa
- 00:45:35passa cotidianamente, mas formar alguns
- 00:45:38compromissos, alguns vínculos, né,
- 00:45:40algumas mudanças, né, encorajamentos que
- 00:45:43às vezes pode acontecer ali, né, enfim,
- 00:45:46tô reagindo mais uma coisa Coisa que me
- 00:45:48chamou muita atenção são os centros pops
- 00:45:50hoje, né? Os centros de atenção à
- 00:45:51população em situação de rua, né? Como a
- 00:45:54gente fazer? Acho que eu acho que a
- 00:45:55gente vai ter que reinventar essa
- 00:45:56visita, né? Essa visita aí. Como é que a
- 00:45:59gente pode fazer isso? Porque é uma
- 00:46:00população carente que precisa de tanto
- 00:46:02tipo de eh todos esses atores sociais
- 00:46:06precisa entender que é é uma reinvenção
- 00:46:09do dispositivo, né? Pra gente poder
- 00:46:12realmente alcançar essas pessoas. Muitas
- 00:46:14dessas pessoas estão profundamente
- 00:46:16conflitadas e envergonhadas com as suas
- 00:46:18famílias, né, ou com a sua comunidade
- 00:46:21que outrora pertenciam, né, e aí eles
- 00:46:24acabam criando uma outra comunidade um
- 00:46:26tanto errante, né, e vulnerável em
- 00:46:30situações muito precarizadas, das mais
- 00:46:32variadas, né, enfim. Então, se você
- 00:46:35puder reagir um pouco, eu fiquei
- 00:46:36pensando nisso, como é que a gente
- 00:46:37poderia fazer um trabalho nesse sentido,
- 00:46:39né, de aproximação,
- 00:46:42de eh conexão, né, principalmente com
- 00:46:46uma população dessa tão vulnerável, né,
- 00:46:49Thago, eles formam também a rede deles,
- 00:46:53né, algo super interessante, algumas
- 00:46:56coisas aí que eu tive um olhar um
- 00:46:58pouquinho mais voltado, mas a gente
- 00:47:00consegue ver que eles também compõem a
- 00:47:03trib deles, né? A gente vê que aqui em
- 00:47:07São Paulo, eu sou de São Paulo, né? Era
- 00:47:10muito famoso toda cracolândia, né? Que é
- 00:47:13dentro lá no no centro de São Paulo, uma
- 00:47:16comunidade gigantesca de pessoas em
- 00:47:19situação de rua, né? Assim, muitas
- 00:47:22pessoas vivendo ali e mesmo com um
- 00:47:26número gigantesco, eles se reconhecem,
- 00:47:29se chamam pro apelido, se protegem, né?
- 00:47:33tem toda uma estrutura, existe uma
- 00:47:37necessidade, né? Olha que interessante,
- 00:47:39quando eu falo de visita domiciliar, a
- 00:47:42visita domiciliar não é para estudar a
- 00:47:46casa, nem o prédio, nem para saber
- 00:47:48quantos banheiros tem, né? A gente nunca
- 00:47:51olhou para isso, né? A criança, ela não
- 00:47:54precisa ter um quartinho dela, com uma
- 00:47:57caminha dela, com um guarda-roupa dela.
- 00:47:59Ela precisa ter eh um lar, ela precisa
- 00:48:02ter uma estrutura, né? Então, às vezes
- 00:48:05as pessoas acham, né? Mesmo quando a
- 00:48:08gente vê, por exemplo, casais buscando
- 00:48:11adoção, que vão viver a experiência de
- 00:48:13uma visita domiciliar, eles sentem o
- 00:48:16medo de que não esteja perfeito, né? Com
- 00:48:18uma cozinha perfeita, com toda a pia
- 00:48:20lavada, né? com o quartinho todo
- 00:48:23montado, a gente quanto psicólogo vai
- 00:48:26ter o olhar pro espaço da pessoa, né,
- 00:48:29paraa existência da pessoa naquele
- 00:48:31espaço. Então, quando a gente olha, né,
- 00:48:34para pessoas que não têm esse lar, elas
- 00:48:37têm alguma coisa que organiza, elas têm
- 00:48:41alguma coisa que traz, porque a
- 00:48:44residência, o lar nada mais é que um
- 00:48:47meio de proteção. é onde a gente se
- 00:48:49sente seguro, é onde o dia que foi
- 00:48:52pesado a gente sente que que ele acaba a
- 00:48:55hora que a gente põe o pé dentro da
- 00:48:57casa. Então mesmo as pessoas em extrema
- 00:49:00vulnerabilidade, elas vão reconhecer o
- 00:49:03espaço delas dessa forma. E aí tem sim,
- 00:49:06né, quando a gente olha para pessoas
- 00:49:08nessa situação de vulnerabilidade, elas
- 00:49:11estão em situação extrema, né? os
- 00:49:13direitos dela, delas tá numa demanda que
- 00:49:17precisa de muito olhar, de muita
- 00:49:19intervenção, de muito respeito,
- 00:49:21entendendo que não é pegar essas pessoas
- 00:49:24e enfiarem casas, colocar em lares,
- 00:49:27porque isso também não é uma solução,
- 00:49:29né? Porque às vezes isso desrespeita
- 00:49:31toda a estrutura, a família, desrespeita
- 00:49:35à própria história, mas é sim, né?
- 00:49:38Quando a gente vem com um líder
- 00:49:41comunitário que consegue entrar naquele
- 00:49:44espaço daquele agrupamento de pessoas,
- 00:49:46também consegue desenvolver ótimos
- 00:49:49trabalhos. Thago, existe coisas assim
- 00:49:53que as redes hoje em dia elas estão, né,
- 00:49:56essas redes que a gente usa, elas estão
- 00:49:59agregando tanta informação que quando a
- 00:50:02gente procura, né, sobre as pessoas que
- 00:50:05vivem, né, assim, sem um lar, sem uma
- 00:50:08casa
- 00:50:10fixa, está sendo possível ver eh líderes
- 00:50:14comunitários fazendo trabalhos ótimos e
- 00:50:17tentando fazer alguma coisa com essa
- 00:50:19essas pessoas, né? E aí, se eu posso
- 00:50:22trazer um olhar um pouquinho mais de
- 00:50:24crítica, falta o entrosamento desses
- 00:50:28líderes comunitários com as com as
- 00:50:31possibilidades do município, né, com as
- 00:50:33políticas públicas do município. Muitas
- 00:50:35vezes, eh, existe uma rede já composta,
- 00:50:39uma rede sócioassistencial composta no
- 00:50:42município que não agrega, né, essa
- 00:50:45pessoa, esse líder comunitário, que não
- 00:50:47traz para dentro, que não ajuda
- 00:50:49desenvolver um trabalho e que quando
- 00:50:51esse líder comunitário tem acesso, muita
- 00:50:54coisa muda, né? muita estrutura muda,
- 00:50:58muitas possibilidades.
- 00:51:04Perfeito. Nossa, reflexões assim
- 00:51:07importantíssimas, né, para nós que vamos
- 00:51:09atuar. E eu acredito que o o psicólogo,
- 00:51:12né, a formação em psicologia atual, a
- 00:51:14pessoa deve ter isso em mente, né, esse
- 00:51:16trabalho
- 00:51:18eh em loco, né, ali no cotidiano, ali
- 00:51:22muito próximo, né, da vida ordinária,
- 00:51:26onde onde a coisa acontece, onde a
- 00:51:28realidade, né, se instala. Acho que
- 00:51:30assim, o psicólogo ele tem que ter isso
- 00:51:32em mente, né? Nós vamos trabalhar ali
- 00:51:34muito provavelmente, né? E a ideia de
- 00:51:37constituir redes, né? Fiquei pensando
- 00:51:39aqui como quando como você o poder
- 00:51:40público, outros agentes de forma direta
- 00:51:44ou indireta, né? Ah, até agentes de
- 00:51:48segurança, né? Que é preciso ter um
- 00:51:50trabalho de conscientização, um trabalho
- 00:51:52diferenciado com determinadas
- 00:51:54populações, enfim, é uma comerciantes, a
- 00:51:57população em geral, né? Enfim, é um é um
- 00:52:00trabalho um trabalho também de de a
- 00:52:02sociedade entender que todo problema
- 00:52:04social ele é coletivo, né? Ele não é um
- 00:52:06problema dos outros, né? Não é um
- 00:52:08problema nosso, né? Então, enfim, tô
- 00:52:10muito, tô muito assim, realmente muito
- 00:52:13feliz e muito agraciado. Espero que,
- 00:52:16acredito que todos também, né, com
- 00:52:18tantas informações, eh, preocupações,
- 00:52:22né, que você nos colocou e também, eh,
- 00:52:26provocações para que a gente possa
- 00:52:27pensar aí a nossa atuação profissional,
- 00:52:29tá? Muito, muito obrigado mesmo.
- 00:52:34Eu
- 00:52:35receio ah, ó, nós temos uma reação aqui,
- 00:52:38ó,
- 00:52:39a Ingrid, né, colocou a apresentação
- 00:52:42muito informativa, não sabia da
- 00:52:44existência do SUAS, né? Eh, por incrível
- 00:52:46que pareça, né, eh, eh, reagindo um
- 00:52:49pouco aqui, né, talvez até pelo avançado
- 00:52:51da hora, mas, eh, muitas pessoas não
- 00:52:53sabem, né, isso não é
- 00:52:56um eh eh a uma uma forma de eh criticar,
- 00:53:01não, tá, gente, só no sentido mesmo
- 00:53:03assim de alertar o quanto o poder
- 00:53:06público e a esses dispositivos sociais,
- 00:53:09né, não é não chegou ao conhecimento da
- 00:53:11população. Isso é muito é muito
- 00:53:13interessante isso, né? Eu a gente
- 00:53:14trabalhava num CAPS AD que tinha um CRES
- 00:53:16em frente e a gente praticamente não
- 00:53:18conseguia fazer muitos trabalhos
- 00:53:20coletivos em conjunto, né? E era muito
- 00:53:22necessário. Então o Sistema Único da
- 00:53:24atenção social é muito interessante.
- 00:53:26Muitas pessoas não conhecem, né? Não
- 00:53:28conhecem a ideia de que só conhece quem
- 00:53:30precisa, né? Não, todo mundo deveria
- 00:53:32conhecer, né? E o quanto, Thago,
- 00:53:35aproveitando, né, que eu acho que vale
- 00:53:37muito a pena e a gente tem que sim
- 00:53:40tentar se envolver, né? tem alguns
- 00:53:42núcleos que desenvolvem, né, quando a
- 00:53:45gente olha, por exemplo, a psicologia
- 00:53:48jurídica, ela acaba trazendo muito a
- 00:53:50isso, né, esse olhar. E é por isso que é
- 00:53:53essa a minha formação, porque é desta
- 00:53:56forma, é a gente querendo saber, a gente
- 00:53:59tendo esse olhar que a gente consegue
- 00:54:02começar a ter noção de de toda a
- 00:54:05política pública, né, de tudo aquilo que
- 00:54:07às vezes é desconhecido, né? Existe, por
- 00:54:10exemplo, coisas muito muito comuns que
- 00:54:14são leis que já estão estabelecidas e
- 00:54:17que levam anos para ser implantada, né?
- 00:54:21Então, a gente tem programas mesmo,
- 00:54:23programas da UBS, né? Saúde da família,
- 00:54:27né? Existe município grande, com muita
- 00:54:29estrutura, que não tá executando esse
- 00:54:32trabalho dentro de uma OBS, né? Puxando
- 00:54:35a sardinha pro meu lado, que eu gosto
- 00:54:36bastante da criança, do adolescente, a
- 00:54:39gente também tem, por exemplo, eh, a lei
- 00:54:42de escuta qualificada, né, assim, essa
- 00:54:45coisa de que precisa ter um núcleo paraa
- 00:54:47assistência e ela é uma lei de 2020 e
- 00:54:50quantos municípios não tão executando,
- 00:54:53né? E aí a hora que você procura, você
- 00:54:56até acha um telefone, mas que você liga
- 00:54:58e também é bastante difícil. Isso não
- 00:55:00tem a ver com os profissionais que estão
- 00:55:04envolvidos, isso tem a ver com o olhar
- 00:55:07do poder público em relação às verbas
- 00:55:10que são destinadas, ao respeito a esse
- 00:55:13tipo de trabalho, né? Então,
- 00:55:15infelizmente, como eu tava falando,
- 00:55:18acaba tendo muitos profissionais dentro
- 00:55:20desses polos, dentro dessas questões,
- 00:55:22dentro desses serviços, apagando
- 00:55:25incêndio
- 00:55:27desesperadamente, porque o que precisava
- 00:55:29de uma equipe composta por 20, né,
- 00:55:32integrantes, acaba tendo um ou dois e
- 00:55:36fazem milagre de ficar enxugando o gelo
- 00:55:38o tempo todo, né? E aí tá tudo perdido,
- 00:55:42né? Aí muitas vezes é uma questão que é
- 00:55:47o o enterrado mesmo ali em questão da da
- 00:55:51política pública.
- 00:55:56Nossa, muito pertinente você colocou,
- 00:55:59né? Eu gostei muito também dessa
- 00:56:01metáfora do quebra-cabeça. Nossa, dá
- 00:56:02para falar tanta coisa, né? Essa ideia
- 00:56:04de a gente não monta um quebra-cabeça
- 00:56:06complexo sozinho, né? Tem quebra-cabeça
- 00:56:08que precisa de várias pessoas ali, né? E
- 00:56:11também a ideia de que nós psicólogos e
- 00:56:13os profissionais nas nos seus mais
- 00:56:15variados domínios, né, enfim, eh não são
- 00:56:19heróis, né, ninguém faz nada sozinho,
- 00:56:21né, senão a gente morre ali mesmo, né,
- 00:56:24queimado, né, tentando acudir o que é
- 00:56:26impossível fazer sozinho, né?
- 00:56:29Enfim, fiquei muito feliz aqui com as
- 00:56:32considerações. Eh,
- 00:56:34eu estou acompanhando aqui o o no
- 00:56:39YouTube aqui, me parece que a já
- 00:56:42colocaram a lista de presença, né, ali
- 00:56:44para as pessoas que acompanharam.
- 00:56:46Eh, agradecer a participação aqui de
- 00:56:48todos, né? A Ingrid, né, fez um
- 00:56:50comentário, né, bem bem importante.
- 00:56:53Gostei também aqui, né, que chamou
- 00:56:54atenção nossa, né, enfim, né, a gente
- 00:56:57espera muito, né, professora, que a
- 00:56:58gente tenha, né, conseguido aí chegar a
- 00:57:00todos vocês aí com informações, com
- 00:57:02ideias, né, e fica aí mostrando a
- 00:57:05riqueza da atuação profissional,
- 00:57:07principalmente nas políticas públicas,
- 00:57:08né?
- 00:57:10Exato. Sim, muito perdão, muito obrigada
- 00:57:13pela oportunidade. É, eu vim com a ideia
- 00:57:16de provocar um pouquinho, de levantar a
- 00:57:19ordem, a organização, né, para que as
- 00:57:22pessoas entendam um pouquinho da
- 00:57:24importância daquela forma de trabalho e
- 00:57:27que é só uma pitadinha, né, faz parte
- 00:57:31também da nossa atuação profissional que
- 00:57:33as pessoas procurem, né, assim, vamos
- 00:57:35estudar mais as visitas domiciliares,
- 00:57:38vamos estudar mais o funcionamento, os
- 00:57:40grupos, as intervenções para que a
- 00:57:43transformação aconteça, né? né? Então,
- 00:57:45que seja assim o dia de hoje um tantinho
- 00:57:48de provocação para que as pessoas entrem
- 00:57:51em contato com essas informações e
- 00:57:54aprimorem o olhar, né, e aprofundem
- 00:57:57mesmo e busquem a a execução de um
- 00:58:00trabalho de mais qualidade, porque senão
- 00:58:02o psicólogo morre afogado no problema do
- 00:58:05local.
- 00:58:06Sim, o nosso trabalho é muito
- 00:58:07desafiador, tá? Professora, mais uma vez
- 00:58:10queria agradecer muito aí, tá, o
- 00:58:12compartilhamento da sua experiência, tá?
- 00:58:14Dos seus suas preocupações
- 00:58:15profissionais, agradecer as pessoas que
- 00:58:18puderam compartilhar aqui também, né?
- 00:58:21Eh, enfim, né? E fica aí mais uma vez o
- 00:58:23agradecimento, né, pela compreensão aí
- 00:58:25dos problemas técnicos que tivemos, né?
- 00:58:27Acredito que, enfim, todos aí puderam
- 00:58:30aproveitar bastante, tá? E fiquem
- 00:58:32atentos que amanhã também, hoje
- 00:58:34acredito, e amanhã ainda tem mais
- 00:58:35palestras, né? Continuando aí o circul o
- 00:58:39circuito aí do Ciência em casa, tá
- 00:58:41gente? Gente, mais uma vez muito
- 00:58:42obrigado, tá? Desejo uma boa noite a
- 00:58:44todos. Obrigada. Boa noite.
- 00:58:49Sabia que na PUC o seu certificado de
- 00:58:51especialização tem renome internacional?
- 00:58:54Pois é, pós-graduação é na melhor,
- 00:58:56vencer PUC. A PUC Goiás oferece mais de
- 00:58:5921 cursos de pós-graduação Lato Censo em
- 00:59:02todas as áreas do conhecimento e
- 00:59:04antenados com as principais tendências
- 00:59:06do mercado, preparando o aluno para
- 00:59:08disputar as melhores vagas. A PUC também
- 00:59:11preza pela flexibilidade, oferecendo
- 00:59:13cursos 100% presenciais na estrutura de
- 00:59:16ponta da universidade. Tem os cursos
- 00:59:18semipresenciais com aulas online ao vivo
- 00:59:21e disciplinas práticas presenciais. E o
- 00:59:23aluno também pode estudar de onde
- 00:59:25estiver nos cursos online ao vivo em
- 00:59:28contato direto com os professores e
- 00:59:30colegas de turma. E por falar em
- 00:59:32professores, as especializações da PUC
- 00:59:34contam com um corpo docente altamente
- 00:59:37qualificado e com experiência na
- 00:59:39prática, abrindo muito mais
- 00:59:40possibilidades de networking e
- 00:59:42aprendizado. Quer saber mais? Acesse o
- 00:59:45site e confira os cursos de
- 00:59:46especialização que a PUC tem para você.
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