COLEÇÃO GRANDES EDUCADORES LEV VYGOTSKY

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https://www.youtube.com/watch?v=T1sDZNSTuyE

Zusammenfassung

TLDRO vídeo discute as contribuições de Vygotsky para a psicologia da educação, destacando sua ênfase na importância da escola e do professor na formação do sujeito. Vygotsky propõe a ideia de planos genéticos de desenvolvimento, que incluem filogênese, ontogênese, sociogênese e microgênese, enfatizando que o desenvolvimento psicológico é influenciado tanto por fatores biológicos quanto culturais. Ele também discute a mediação através de signos e instrumentos, a relação entre pensamento e linguagem, e a importância da aprendizagem na promoção do desenvolvimento. O conceito de zona de desenvolvimento proximal é central, sugerindo que a aprendizagem impulsiona o desenvolvimento, e a intervenção pedagógica é crucial nesse processo.

Mitbringsel

  • 📚 Vygotsky enfatiza a importância da escola e do professor na formação do sujeito.
  • 🧠 O desenvolvimento psicológico é influenciado por fatores biológicos e culturais.
  • 🔍 Os planos genéticos de desenvolvimento incluem filogênese, ontogênese, sociogênese e microgênese.
  • 💡 A aprendizagem é o motor do desenvolvimento, segundo Vygotsky.
  • 🗣️ A relação entre pensamento e linguagem é fundamental para a compreensão do desenvolvimento.
  • 🎓 A intervenção pedagógica é essencial para guiar o desenvolvimento do sujeito.
  • 🌍 A cultura molda as experiências de aprendizagem e o desenvolvimento psicológico.
  • 🧩 O jogo simbólico promove o desenvolvimento cognitivo ao explorar significados e regras.
  • 👶 A fala egocêntrica ajuda a criança a organizar seu pensamento.
  • ⚖️ Vygotsky e Piaget têm visões diferentes sobre o desenvolvimento: interno vs. externo.

Zeitleiste

  • 00:00:00 - 00:05:00

    O vídeo discute a importância de Vygotsky na psicologia da educação, contrastando suas ideias com as de Piaget. Vygotsky foca na escola, no professor e na intervenção pedagógica, destacando o papel fundamental da escola na formação do sujeito. Ele propõe que o desenvolvimento psicológico não é inato nem recebido como um pacote pronto, mas sim um processo interativo que envolve a cultura e o ambiente.

  • 00:05:00 - 00:10:00

    Vygotsky introduz o conceito de ontogênese, que se refere ao desenvolvimento individual dentro de uma espécie. Ele argumenta que o desenvolvimento segue um caminho específico, ligado à filogênese, e que as crianças passam por etapas de desenvolvimento, como aprender a sentar, engatinhar e andar, em uma sequência determinada.

  • 00:10:00 - 00:15:00

    O terceiro plano genético de Vygotsky é a sociogênese, que aborda a história cultural do sujeito. Ele argumenta que a cultura amplia as potencialidades humanas e que diferentes culturas interpretam o desenvolvimento de maneiras distintas, como a adolescência e a terceira idade, que são compreendidas de forma diferente em várias sociedades.

  • 00:15:00 - 00:20:00

    A microgênese, o quarto plano genético, refere-se à história individual de cada fenômeno psicológico. Vygotsky sugere que cada experiência de aprendizado é única e que a singularidade de cada pessoa é moldada por suas experiências, mesmo em contextos semelhantes.

  • 00:20:00 - 00:25:00

    Vygotsky discute a mediação, que é a intermediação entre o sujeito e o mundo, através de instrumentos e signos. Ele enfatiza que a relação do ser humano com o mundo é mediada, e que a mediação pode ser tanto concreta (como ferramentas) quanto simbólica (como signos).

  • 00:25:00 - 00:30:00

    A linguagem é um aspecto central na teoria de Vygotsky, que distingue entre a função comunicativa da linguagem e a função de pensamento generalizante. A linguagem permite a classificação e a abstração, sendo fundamental para o desenvolvimento do pensamento humano.

  • 00:30:00 - 00:35:00

    Vygotsky argumenta que a relação entre pensamento e linguagem se desenvolve ao longo do tempo, começando com a comunicação socializada e evoluindo para o discurso interior. A fala egocêntrica, que aparece na infância, é um indicador de que a linguagem está sendo internalizada e se tornando um instrumento de pensamento.

  • 00:35:00 - 00:44:39

    O conceito de zona de desenvolvimento proximal é crucial na teoria de Vygotsky, que sugere que o desenvolvimento ocorre de fora para dentro, e que a aprendizagem impulsiona o desenvolvimento. A intervenção pedagógica é essencial para guiar o desenvolvimento do sujeito, que depende da interação com o ambiente e com outras pessoas.

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Video-Fragen und Antworten

  • Quem é Vygotsky?

    Vygotsky foi um psicólogo russo que contribuiu significativamente para a psicologia da educação, enfatizando a importância da escola e do professor.

  • Quais são os planos genéticos de desenvolvimento propostos por Vygotsky?

    Os planos incluem filogênese, ontogênese, sociogênese e microgênese, que abordam diferentes aspectos do desenvolvimento psicológico.

  • O que é a zona de desenvolvimento proximal?

    É a faixa entre o que a criança já sabe e o que pode aprender com ajuda, onde a intervenção pedagógica é mais eficaz.

  • Qual a relação entre pensamento e linguagem segundo Vygotsky?

    Vygotsky argumenta que a linguagem é fundamental para o desenvolvimento do pensamento, permitindo a abstração e a generalização.

  • Como a aprendizagem influencia o desenvolvimento?

    Para Vygotsky, a aprendizagem é o motor do desenvolvimento, pois o sujeito se desenvolve à medida que aprende.

  • Qual a importância da intervenção pedagógica?

    A intervenção é essencial para guiar o desenvolvimento do sujeito, ajudando-o a alcançar seu potencial.

  • Como Vygotsky vê a cultura no desenvolvimento?

    Ele acredita que a cultura molda o desenvolvimento psicológico, influenciando as experiências de aprendizagem.

  • O que é fala egocêntrica?

    É a fala da criança que ocorre quando ela fala sozinha, ajudando-a a organizar seu pensamento.

  • Qual a diferença entre Piaget e Vygotsky?

    Enquanto Piaget vê o desenvolvimento como um processo interno, Vygotsky enfatiza a influência externa da cultura e da aprendizagem.

  • Como o jogo simbólico contribui para o desenvolvimento?

    O jogo simbólico permite que a criança explore significados e regras, promovendo o desenvolvimento cognitivo.

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    na área de psicologia da educação o piag
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    tem sido a nossa principal referência
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    historicamente então o aparecimento do
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    do vigotski trouxe uma outra alternativa
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    e o piag não é um autor que se preocupe
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    particularmente com a escola com o
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    professor com a intervenção pedagógica
  • 00:00:32
    o aparecimento do vigotski eh atrai os
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    educadores porque é um autor que fala da
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    escola fala do professor e valoriza a
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    ação pedagógica e a
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    intervenção é um autor que valoriza
  • 00:00:49
    muito a escola valoriza muito o
  • 00:00:51
    professor a intervenção pedagógica o
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    papel desse educador na formação do
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    sujeito quer dizer o sujeito que passa
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    pela Escola tem na escola uma
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    instituição fundamental seu paraa sua
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    definição pro seu funcionamento
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    psíquico nasci em
  • 00:01:10
    1896 na Belarus país que fez parte da
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    extinta União Soviética e morri em
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    1934 de tuberculose aos 37
  • 00:01:23
    anos eu era membro de uma família com
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    uma situação econômica bastante
  • 00:01:28
    confortável e uma da das mais cultas da
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    cidade formei-me em Direito trabalhei
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    como professor e pesquisador nas áreas
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    de Psicologia pedagogia filosofia
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    literatura deficiência física e mental
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    com leontiev e lúria formei um grupo de
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    jovens intelectuais da Rússia
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    pós-revolução que buscavam uma nova
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    psicologia embora minha produção não
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    tenha sido um sistema explicativo
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    completo Ela foi vasta escrevi ser de
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    200 trabalhos científicos que foram
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    pontos de partida para inúmeros projetos
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    de Pesquisas posteriores os temas dessas
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    publicações vão desde a neuropsicologia
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    até a crítica literária passando por
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    deficiência linguagem psicologia e
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    educação uma forma muito interessante da
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    gente entrar na concepção do vigot sobre
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    desenvolvimento é uma questão que ele
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    chamou de planos genéticos de
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    desenvolvimento que é uma ideia de que
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    assim a o o mundo psíquico o
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    funcionamento psicológico não não está
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    pronto previamente quer dizer não é
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    inato não nasce com as pessoas mas
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    também não é recebido pelas pessoas como
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    um pacote pronto do meio ambiente então
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    o vigotsky é um autor como outros por
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    exemplo o piag o valon que é um autor
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    chamado interacionista Porque ele leva
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    em conta eh coisas que vê de dentro do
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    sujeito e coisas que vêm do ambiente e
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    tal mas a postulação interacionista do
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    vigot que ganha vida se a gente prestar
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    atenção nesta questão dos planos
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    genéticos que ele postula porque ele
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    fala em quatro entradas de
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    desenvolvimento que juntas
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    caracterizariam o funcionamento eh
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    psicológico do ser humano né então uma é
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    a filogênese que é a história da espécie
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    humana outra é a ontogênese que é a
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    história do indivíduo da espécie outra é
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    a sociogênese que é a história cultural
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    do Meio cultural onde o sujeito tá
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    inserido e outra é a microgênese que é
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    um aspecto mais microscópico do
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    desenvolvimento
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    a filogênese diz respeito à história de
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    uma espécie animal né todas as espécies
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    animais TM uma história própria e essa
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    história da espéce define limites e
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    possibilidades de funcionamento
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    psicológico então tem coisas que a gente
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    é capaz de fazer Tem coisas que a gente
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    não é capaz de fazer então por exemplo a
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    gente é bípede tem as mãos portanto
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    liberadas para outros tipos de
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    atividades tem uma determinada formação
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    da mão que permite movimentos finos em
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    pinça por exemplo que é uma coisa
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    particular da espécie humana e muito
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    importante tem a visão por dois olhos
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    que é a visão binocular então tem uma
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    série de características do corpo humano
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    do organismo que vão servir de de
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    fundamento pro funcionamento psicológico
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    depois e tem coisas como eu falei que a
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    gente faz e tem coisas que a gente não
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    faz a gente anda mas não voa por exemplo
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    né e uma das características muito
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    importantes da da espécie animal humana
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    é a plasticidade do cérebro di a gente
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    tem um cérebro que é extremamente
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    flexível ele se adapta a muitas eh
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    circunstâncias
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    diferentes e isso tá ligado ao fato de
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    que a nossa espécie é a que é menos
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    pronta ao nascer quer dizer o membro da
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    espécie humana é aquele que é menos
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    pronto ao nascer Então porque a gente
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    tem uma parte do desenvolvimento tão em
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    aberto é que também a gente tem um
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    cérebro tão flexível Porque dependendo
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    do que o ambiente fornecer o cérebro vai
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    se adaptando e vai eh funcionando de um
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    determinado jeito
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    o segundo plano genético de que vi got
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    fala é o chamado ontogênese que
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    significa o desenvolvimento do ser quer
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    dizer de um indivíduo de uma determinada
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    espécie então em cada espécie o o ser o
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    membro da individual daquela espécie tem
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    um caminho de desenvolvimento então
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    nasce se desenvolve se reproduz morre e
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    tal num determinado ritmo de desenv
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    movimento numa certa sequência e tal e
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    este plano genético da ontogênese está
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    muito fortemente ligado ao da filogênese
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    porque os dois são de natureza muito
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    biológica diz respeito à à pertinência
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    do homem à Espécie a gente é membro de
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    uma determinada espécie
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    e por ser membro dessa determinada
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    espécie passa por Um percurso de
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    desenvolvimento que é um certo percurso
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    e não outro né Então aí entra por
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    exemplo a criança nasce eh e só fica na
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    posição deitada depois ela ela aprende a
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    sentar depois engatinhar depois andar
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    por exemplo nessa sequência e assim por
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    diante quer dizer tem várias coisas que
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    são determinadas pela passagem daquele
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    indivíduo da espécie por uma certa
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    sequência de
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    desenvolvimento o terceiro plano
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    genético postulado pelo vigot que é
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    chamado sociogênese ou história cultural
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    que é assim a a a história da culturaa
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    onde o sujeito está inserido mas não a
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    história no sentido a história do Brasil
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    a história do mundo ocidental e tal mas
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    mais a as as formas de funcionamento
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    cultural que interferem no funcionamento
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    psicológico ou que definem de certa
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    forma o funcionamento psicológico então
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    Eh essa questão da significação pela
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    cultura tem dois aspectos uma que a a
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    cultura funciona como um alargador das
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    potencialidades humanas né como eu tinha
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    falado por exemplo o homem anda mas não
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    voa agora voa porque criou o avião e um
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    outro aspecto dessa da história cultural
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    é como cada cultura organiza o
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    desenvolvimento de um jeito diferente né
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    então a passagem pelas fases do
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    desenvolvimento é eh relida também ou
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    lida e relida pelas diferentes culturas
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    de formas diferentes quanto a isso um
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    exemplo bem importante é o da
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    adolescência a puberdade é um fenômeno
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    biológico todos os seres humanos passam
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    pela puberdade né amadurecem sexualmente
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    aparecem caracteres sexuais secundários
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    possibilita reprodução etc mas a
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    puberdade é compreendida historicamente
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    de formas diferentes em cada cultura
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    então o conceito de adolescência é um
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    conceito cultural Embora esteja
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    assentado sobre um conceito biológico
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    que é a puberdade na nossa cultura por
  • 00:07:44
    exemplo cada vez mais a adolescência é
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    um período bastante estendido né hoje
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    ela é muito mais estendida do que ela
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    era há 30 anos atrás hoje talvez é uma
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    menina de 9 anos esteve já preocupada em
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    se arrumar em ter namorado não sei o que
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    e ela pode morar com os pais até aos 30
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    anos e ter uma relação de filha de
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    adolescente outro exemplo interessante é
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    o da a terceiraidade como categoria que
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    a nossa cultura criou há muito pouco
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    tempo quer dizer a gente tinha o sempre
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    teve o velho sempre teve o idoso mas a
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    categoria terceiraidade como uma
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    categoria que que tem produtos de
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    mercado especiais para ela tem
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    atividades especiais tem instituições
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    que cuidam disso e tal e que é consumido
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    assim é uma categoria claramente
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    cultural ela não diz respeito ao
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    envelhecimento do corpo da pessoa ela
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    diz respeito ao modo como a cultura Olha
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    o
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    oso a microgênese diz respeito ao fato
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    de que cada fenômeno psicológico tem sua
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    própria história também por isso que é
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    micro no sentido não de necessariamente
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    pequeno mas de com foco bem definido
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    assim Então em vez da gente pensar a
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    história da do Brasil a história das
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    famílias de classe média em São Paulo
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    uma coisa maior a micro é assim entre
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    saber uma coisa e não saber por exemplo
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    entre primeiro uma criança não sabe
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    amarrar sapato depois de um tempo ela
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    sabe amarrar sapato entre não saber e
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    saber algo aconteceu e um tempo passou
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    então eu posso interessado em
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    compreender o desenvolvimento olhar de
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    uma forma micro para estee fenômeno pra
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    história desse fenômeno Então como a
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    criança aprendeu amarrar sapato é a
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    microgênese do aprender a amarrar sapato
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    O que é bem interessante a respeito da
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    microgênese é que eu eu diria que ela é
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    a porta aberta dentro da teoria para o
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    não
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    determinismo porque a filogênese é a
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    ontogênese de certa forma carrega um
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    certo determinismo biológico quer dizer
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    o sujeito tá atrelado Às possibilidades
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    da sua espécie do seu momento de
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    desenvolvimento como ser daquela espécie
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    e tal na sociogênese tem uma certa tinta
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    determinista em termos culturais quer
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    dizer a cultura tá definindo por onde
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    você pode se desenvolver né tá dando
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    também limites e possibilidades
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    históricos de desenvolvimento e a
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    microgênese
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    eh faz a gente olhar pro fato de que
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    como cada pequeno fenômeno tem a sua
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    história e como ninguém tem uma história
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    igual ao do outro é aí que vai vai
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    aparecer a construção da singularidade
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    de cada pessoa e da heterogeneidade
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    entre os seres humanos quer dizer você
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    não encontra duas histórias iguais mesmo
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    coisas tão que podem parecer tão
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    parecidas resultam diferentes né Então
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    você tem duas crianças na sala de aula
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    as duas tem 7 anos as duas vem de
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    família de classe média as duas tem pai
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    sei lá com
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    cursos de Ensino Médio as duas estão
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    naquela escola naquela sala moram
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    naquele bairro é tudo tão parecido e as
  • 00:10:43
    crianças não são iguais porque elas têm
  • 00:10:44
    experiências diferentes uma tem mais
  • 00:10:46
    irmãos outras tem menos irmãos uma
  • 00:10:48
    assiste muita televisão outra não
  • 00:10:49
    assiste uma teve foi pra escola outra
  • 00:10:52
    não foi quer dizer tem fatos na história
  • 00:10:54
    de cada um que vão definir a
  • 00:10:56
    singularidade a cada momento da vida do
  • 00:10:58
    sujeito
  • 00:11:07
    a invenção e o uso dos signos como meios
  • 00:11:10
    auxiliares para solucionar um dado
  • 00:11:12
    problema psicológico tais como lembrar
  • 00:11:14
    comparar relatar escolher é análoga a
  • 00:11:18
    invenção e o uso de instrumentos só que
  • 00:11:21
    agora no campo
  • 00:11:23
    psicológico a ideia de mediação eh é a
  • 00:11:27
    ideia mesmo de intermediação de ter uma
  • 00:11:29
    coisa interposta entre uma coisa e outra
  • 00:11:32
    né E no caso do ser humano a ideia
  • 00:11:36
    básica do vigos é que a relação do homem
  • 00:11:38
    com o mundo não é uma relação direta Mas
  • 00:11:40
    é uma relação mediada a mediação pode
  • 00:11:43
    ser feita através de instrumentos e de
  • 00:11:45
    signos a mediação por instrumentos é o
  • 00:11:47
    fato de que a gente se relaciona com as
  • 00:11:49
    coisas do mundo eh usando Eh ferramentas
  • 00:11:53
    ou instrumentos intermediários então por
  • 00:11:55
    exemplo eu vou cortar um pão eu uso uma
  • 00:11:57
    faca para cortar o pão Claro posso tamb
  • 00:11:59
    também arrebentar com a mão mas eu uso
  • 00:12:01
    uma faca para cortar o pão ou eu vou
  • 00:12:02
    cortar uma árvore eu uso um um machado
  • 00:12:04
    ou uma motosserra e tal então esses
  • 00:12:06
    instrumentos da tecnologia estão fazendo
  • 00:12:09
    uma mediação entre a minha ação concreta
  • 00:12:11
    sobre o mundo e o mundo os signos eh são
  • 00:12:17
    formas posteriores de mediação que eh
  • 00:12:20
    fazem uma mediação de natureza semiótica
  • 00:12:23
    que a gente chama ou simbólica né que
  • 00:12:25
    faz uma interposição entre o sujeito e o
  • 00:12:27
    objeto de conhecimento por exemplo entre
  • 00:12:29
    o sujeito humano a o psiquismo eu mundo
  • 00:12:32
    o eu e o objeto o eu e o mundo de uma de
  • 00:12:36
    uma forma que não é concreta como a
  • 00:12:38
    gente faz com os instrumentos mas é de
  • 00:12:39
    uma forma simbólica né então eh tem uma
  • 00:12:43
    primeira forma de signos que ainda é
  • 00:12:46
    ainda tem uma existência concreta por
  • 00:12:48
    exemplo banheiro feminino e masculino
  • 00:12:50
    nas portas de sanitários tem um
  • 00:12:52
    chapeuzinho para homem e uma um
  • 00:12:54
    guarda-chuvinha paraa mulher isso é um
  • 00:12:56
    signo quer dizer é uma coisa que
  • 00:12:58
    representa a ideia de de feminino e
  • 00:12:59
    masculino
  • 00:13:01
    e todo mundo compartilha dessa
  • 00:13:04
    representação quer dizer os usuários do
  • 00:13:06
    sistema sabem que aquilo quer dizer
  • 00:13:07
    homem aquilo quer dizer mulher e acertam
  • 00:13:09
    eh a informação né tomam posse da
  • 00:13:12
    informação de uma forma adequada o fato
  • 00:13:15
    de eu trocar o o anel de dedo para
  • 00:13:17
    lembrar que que eu tenho que Telefonar
  • 00:13:19
    para alguém por exemplo não é o próprio
  • 00:13:21
    ato de telefonar não tá ligado
  • 00:13:23
    diretamente ao ato de telefonar é uma
  • 00:13:24
    informação de natureza simbólica que tá
  • 00:13:26
    interposta entre a a intenção de fazer
  • 00:13:30
    alguma coisa e a própria ação né então
  • 00:13:32
    ainda é concreto ainda tá visível por
  • 00:13:35
    outros eh tá marcado no mundo fora de
  • 00:13:37
    mim mas não é de natureza instrumental é
  • 00:13:40
    de natureza simbólica no sentido de que
  • 00:13:42
    não não age direto concretamente sobre
  • 00:13:44
    as coisas mas agem num plano simbólico
  • 00:13:46
    né bom e um outro plano em que aparecem
  • 00:13:50
    os signos é o plano totalmente simbólico
  • 00:13:53
    mesmo internalizado as coisas são postas
  • 00:13:55
    para dentro do sistema psicológico da
  • 00:13:57
    gente e funcionam como adores semióticos
  • 00:14:00
    ou simbólicos dentro do nosso sistema
  • 00:14:03
    eh psicológico então para isso aparece
  • 00:14:08
    uma característica que é tipicamente
  • 00:14:10
    humana que é a possibilidade de
  • 00:14:12
    representação mental a possibilidade de
  • 00:14:14
    transitar por um mundo que é só
  • 00:14:15
    simbólico né então por exemplo eu vou me
  • 00:14:18
    relacionar com quando eu encontro pela
  • 00:14:21
    frente um objeto qualquer por exemplo
  • 00:14:23
    uma mesa quando eu vejo aquela mesa eu
  • 00:14:25
    não tô me relacionando com ela de uma
  • 00:14:27
    forma não mediada direta Então eu só
  • 00:14:30
    sinto ela perceptual por exemplo dou uma
  • 00:14:32
    trombada na mesa ou encosto nela e sinto
  • 00:14:34
    que ela tem uma aresta pontuda ou eu
  • 00:14:36
    apoio coisa sobre ela fisicamente só eu
  • 00:14:40
    olho para aquele objeto e vejo mesa
  • 00:14:42
    imediatamente ela me remete a uma coisa
  • 00:14:44
    de natureza simbólica que tá dentro da
  • 00:14:46
    minha cabeça já que é o conceito de mesa
  • 00:14:49
    a ideia de mesa a palavra mesa a imagem
  • 00:14:51
    mesa Daí depende de como a gente vai
  • 00:14:54
    compreender essa forma de representação
  • 00:14:56
    na mente mas seja qual for a forma
  • 00:14:59
    tem uma representação das coisas do
  • 00:15:01
    mundo que tá dentro de mim que não não
  • 00:15:03
    são o próprio mundo são representações
  • 00:15:05
    do mundo né e isso é uma coisa
  • 00:15:08
    tipicamente humana exclusivamente humana
  • 00:15:11
    que permite o trânsito do ser humano por
  • 00:15:13
    dimensões do simbólico eu posso
  • 00:15:15
    transitar entre dimensões de tempo eu
  • 00:15:17
    posso pensar em coisas que já
  • 00:15:18
    aconteceram posso antecipar coisas
  • 00:15:20
    futuras posso pensar em coisas em que
  • 00:15:22
    estão num outro espaço tudo por meio de
  • 00:15:25
    do trânsito simbólico desses mediadores
  • 00:15:28
    que fazem intermediação entre a minha
  • 00:15:30
    pessoa e o
  • 00:15:34
    mundo o ato de pô o dedo no na chama da
  • 00:15:38
    vela e sentir dor é um ato de relação
  • 00:15:41
    Direta com o mundo não mediada porque é
  • 00:15:43
    até o fogo o meu dedo eu põe o dedo no
  • 00:15:45
    fogo queima pronto É não mediado numa
  • 00:15:48
    segunda vez numa próxima experiência a
  • 00:15:50
    criança
  • 00:15:51
    pode ver a vela chegar com o dedo perto
  • 00:15:55
    tirar antes de queimar só por sentir o
  • 00:15:57
    calor e ela vai est sendo então a ação
  • 00:16:00
    dela vai est sendo mediada pela
  • 00:16:02
    lembrança da experiência passada com a
  • 00:16:04
    dor né
  • 00:16:05
    ã ou pela lembrança da mera visão da
  • 00:16:08
    vela ou Quando ela começar a sentir o
  • 00:16:10
    calor ela vai lembrar da dor e tal e
  • 00:16:11
    tira então na primeira vez é uma relação
  • 00:16:15
    direta vela criança na segunda vez é uma
  • 00:16:18
    relação mediada mediada pela experiência
  • 00:16:22
    anterior a mãe que chega e fala não põe
  • 00:16:24
    a m a mão na vela porque queima e a
  • 00:16:27
    criança não põe obedecendo a mãe mã ela
  • 00:16:29
    ela tem uma ação uma relação mediada
  • 00:16:32
    entre ela e a e a chama da vela mas não
  • 00:16:35
    foi mediada pela própria experiência
  • 00:16:37
    pela dor sentida eh efetivamente Mas
  • 00:16:39
    pela informação que ela recebeu de uma
  • 00:16:41
    outra pessoa né isso é uma coisa que na
  • 00:16:43
    em termos educacionais é extremamente
  • 00:16:45
    importante quer dizer grande parte da
  • 00:16:47
    ação do homem no mundo é mediada pela
  • 00:16:49
    experiência dos outros né não a gente
  • 00:16:51
    não precisa viver tudo de primeira mão
  • 00:16:53
    isso é essencial para os processos de
  • 00:16:56
    crescimento histórico de desenvolvimento
  • 00:16:58
    histórico senão cada ser humano estaria
  • 00:17:00
    começando tudo do
  • 00:17:08
    zero na ausência de um sistema de signos
  • 00:17:12
    linguísticos ou não somente o tipo de
  • 00:17:15
    comunicação mais primitivo e limitado
  • 00:17:19
    torna-se
  • 00:17:20
    possível um ganço amedrontado
  • 00:17:23
    pressentindo subitamente algum perigo ao
  • 00:17:26
    alertar o bando inteiro com seus gritos
  • 00:17:29
    não está informando aos outros aquilo
  • 00:17:31
    que viu mas antes contagiando com seu
  • 00:17:40
    medo são construídos culturalmente quer
  • 00:17:43
    dizer não é que o sujeito inventa signos
  • 00:17:45
    por si próprio ele desenvolve a
  • 00:17:48
    capacidade de representação simbólica
  • 00:17:51
    inserido numa cultura que fornece para
  • 00:17:53
    ele material para ele desenvolver esse
  • 00:17:55
    campo do simbólico e a
  • 00:17:57
    principal principal lugar cultural onde
  • 00:18:00
    isso acontece é na língua quer dizer
  • 00:18:02
    todos os grupos humanos TM uma língua e
  • 00:18:05
    a língua é o principal instrumento de
  • 00:18:07
    representação simbólica de que os seres
  • 00:18:08
    humanos dispõem aqui é importante a
  • 00:18:10
    gente fazer uma digressão porque a gente
  • 00:18:12
    geralmente fala em linguagem eh na
  • 00:18:14
    verdade quando a gente fala em linguagem
  • 00:18:16
    no no pensamento do vigos nas relações
  • 00:18:18
    pensamento e linguagem e tal o termo
  • 00:18:20
    melhor Na verdade seria língua porque
  • 00:18:22
    não é de qualquer linguagem que ele tá
  • 00:18:23
    falando não é por exemplo a linguagem da
  • 00:18:25
    dança a linguagem dos gestos a linguagem
  • 00:18:27
    facial mas é a língua mesmo a a fala o
  • 00:18:30
    discurso como todos os grupos humanos TM
  • 00:18:33
    uma língua esta língua é um objeto de
  • 00:18:36
    atenção primordial do vigotski né E vai
  • 00:18:38
    ser muito importante para ele para
  • 00:18:39
    pensar o desenvolvimento do pensamento e
  • 00:18:41
    tal ele trabalha com duas funções
  • 00:18:43
    básicas da linguagem primeira função é a
  • 00:18:46
    função de de comunicação quer dizer as
  • 00:18:48
    pessoas primeiramente desenvolveram a
  • 00:18:51
    língua para se comunicar para resolver
  • 00:18:53
    problemas de comunicação Esse aspecto da
  • 00:18:56
    da
  • 00:18:57
    língua eh a já está presente nos animais
  • 00:19:00
    Os animais também se comunicam por algum
  • 00:19:02
    tipo de
  • 00:19:03
    eh linguagem que é gestual ou ou sonora
  • 00:19:07
    também e tal eh com o objetivo explícito
  • 00:19:11
    de comunicação de de troca entre os
  • 00:19:13
    membros da espécie é assim que pro ser
  • 00:19:15
    humano também a linguagem nasce quer
  • 00:19:17
    dizer ela nasce como forma de
  • 00:19:19
    comunicação então o bebê a primeira
  • 00:19:21
    coisa que ele faz é chorar a primeira o
  • 00:19:23
    primeiro ato de eh língua dele é chorar
  • 00:19:26
    ou de linguagem né chorar E isso tem uma
  • 00:19:29
    função comunicativa ele não tem uma
  • 00:19:31
    pretensão de transmissão de uma
  • 00:19:33
    informação muito precisa muito amarrada
  • 00:19:37
    muito conceitual nem nem seria possível
  • 00:19:40
    uma segunda função da linguagem que vai
  • 00:19:42
    aparecer mais tarde no desenvolvimento é
  • 00:19:44
    o que o vigotski chama de pensamento
  • 00:19:46
    generalizante que é onde a língua
  • 00:19:49
    eh encaixa com o pensamento quer dizer é
  • 00:19:52
    nesta segunda função que a relação
  • 00:19:54
    pensamento linguagem é muito forte né
  • 00:19:57
    que é assim o fato de que ah o uso da
  • 00:20:01
    linguagem implica uma compreensão
  • 00:20:04
    generalizada do mundo quer dizer a ao
  • 00:20:06
    nomear alguma coisa eu estou realizando
  • 00:20:09
    um ato de classificação ao chamar um
  • 00:20:11
    cachorro de cachorro eu tô colocando
  • 00:20:13
    aquele cachorro numa classe de objetos
  • 00:20:16
    do mundo que são
  • 00:20:28
    de todas as outras o cachorro não é um
  • 00:20:30
    gato não é uma girafa não é um sapato
  • 00:20:32
    não é uma cadeira então se eu tiver uma
  • 00:20:34
    palavra já ela já serve para eu
  • 00:20:36
    classificar o mundo em duas grandes
  • 00:20:38
    categorias né se eu tenho a palavra copo
  • 00:20:40
    eu tenho já tudo que é copo e tudo que é
  • 00:20:42
    não copo né então o ato de nomear é um
  • 00:20:45
    ato de classificar isso é uma coisa
  • 00:20:47
    extremamente importante porque é o
  • 00:20:50
    a a o grande salto
  • 00:20:53
    eh qualitativo na na forma de relação do
  • 00:20:56
    homem com o mundo que é o a a gente é
  • 00:20:58
    capaz de abstrair de generalizar de
  • 00:21:01
    classificar e tal e isto é possível
  • 00:21:03
    porque a gente dispõe o sistema
  • 00:21:04
    simbólico articulado compartilhado
  • 00:21:07
    organizado por regras e tal como a
  • 00:21:09
    língua que nenhuma outra espécie animal
  • 00:21:12
    eh
  • 00:21:14
    tem o significado de uma palavra
  • 00:21:17
    representa um amálgama tão Estreito do
  • 00:21:20
    pensamento e da linguagem que fica
  • 00:21:22
    difícil dizer se se trata de um fenômeno
  • 00:21:25
    da fala ou do pensamento do ponto de
  • 00:21:28
    vista da Psicologia o significado de
  • 00:21:31
    cada palavra é uma
  • 00:21:32
    generalização ou um conceito e como as
  • 00:21:36
    generalizações e os conceitos são atos
  • 00:21:39
    de pensamento podemos considerar o
  • 00:21:41
    significado como um fenômeno do
  • 00:21:44
    pensamento pro vigotsky então a a
  • 00:21:47
    relação entre pensamento e linguagem ele
  • 00:21:49
    vai postular como sendo muito forte
  • 00:21:51
    muito tipicamente humana e muito
  • 00:21:53
    importante pra definição do que é o
  • 00:21:54
    funcionamento psicológico humano né mas
  • 00:21:57
    essa relação que ele postula como tão
  • 00:21:59
    forte não não nasce com sujeito ela não
  • 00:22:02
    aparece pronta ela é uma coisa que é
  • 00:22:04
    desenvolvida ao longo da do
  • 00:22:05
    desenvolvimento psicológico tanto na
  • 00:22:08
    história da espécie na filogênese como
  • 00:22:10
    na história do próprio indivíduo na
  • 00:22:11
    ontogênese então na filogênese para
  • 00:22:15
    começar por ela eh primeiro há linguagem
  • 00:22:19
    existe linguagem e existe pensamento
  • 00:22:23
    separados né então existe linguagem com
  • 00:22:26
    aquela função primeira de comunicação
  • 00:22:29
    em todas as espécies animais Mas vamos
  • 00:22:31
    pegar por exemplo os chimpanzés que são
  • 00:22:32
    a espécie mais próxima do humano onde a
  • 00:22:34
    gente pode olhar melhor para coisas que
  • 00:22:37
    provavelmente pertencem à história
  • 00:22:38
    humana né quer dizer olhando os
  • 00:22:40
    chimpanzés a gente pode imaginar um
  • 00:22:41
    pouco Como foi o o homem antes do do
  • 00:22:44
    momento atual de desenvolvimento
  • 00:22:45
    filogenético então a a os chimpanzés
  • 00:22:50
    usam linguagem para se comunicar ela tem
  • 00:22:52
    só a função comunicativa ela tem só
  • 00:22:54
    aquela primeira função de intercâmbio
  • 00:22:56
    social tem comunicação ali tem gestos
  • 00:22:59
    tem expressões faciais tem sons e tal só
  • 00:23:02
    a linguagem separada e tem alguma coisa
  • 00:23:06
    que a gente poderia chamar primórdio de
  • 00:23:08
    pensamento Já que é o que é chamado na
  • 00:23:10
    psicologia de inteligência prática né os
  • 00:23:12
    chimpanzés são capazes de resolver
  • 00:23:14
    problemas no mundo concreto
  • 00:23:17
    hh de uma forma já que a gente poderia
  • 00:23:20
    chamar de inteligente no sentido de que
  • 00:23:22
    ele atua sobre o ambiente ele resolve
  • 00:23:24
    problemas ele busca soluções e tal mas
  • 00:23:26
    de uma forma eh
  • 00:23:29
    inserida num contexto perceptual
  • 00:23:31
    imediato então ele é capaz por exemplo
  • 00:23:32
    tem esses experimentos bem conhecidos na
  • 00:23:34
    psicologia o chipanzé é capaz de
  • 00:23:36
    empilhar uns caixotes para alcançar umas
  • 00:23:39
    bananas que ele não alcança eh só com o
  • 00:23:41
    corpo dele ele é capaz de pegar uma vara
  • 00:23:43
    e puxar uma fruta que tá fora da jaula
  • 00:23:45
    com a ajuda da vara quer dizer ele tá
  • 00:23:47
    usando o instrumento ele tá agindo eh
  • 00:23:50
    ativamente sobre o ambiente para
  • 00:23:51
    solucionar um problema então ele tá
  • 00:23:54
    usando uma inteligência prática mas
  • 00:23:56
    eh que é chamada de prática porque ela
  • 00:23:59
    não não tem nenhum componente simbólico
  • 00:24:01
    então por exemplo o chimpanzé se ele não
  • 00:24:03
    tiver a banana e a vara no mesmo campo
  • 00:24:06
    visual ele já não resolve o problema ele
  • 00:24:08
    não é capaz de imaginar que ele precisa
  • 00:24:10
    para alcançar daquela banana ele precisa
  • 00:24:12
    mais do que o próprio corpo então ele
  • 00:24:14
    vai à busca de uma solução ele não é
  • 00:24:16
    capaz de fazer isso então isso é um
  • 00:24:17
    indicador de que ele não tá funcionando
  • 00:24:19
    num plano simbólico ele tá funcionando
  • 00:24:21
    num plano só concreto na criança pequena
  • 00:24:24
    no bebê pequeno também aparece isso quer
  • 00:24:26
    dizer aparece a comunicação
  • 00:24:28
    eh com fins de intercâmbio social
  • 00:24:31
    através de choro gestual outros tipos de
  • 00:24:34
    sons expressões faciais e tal
  • 00:24:36
    eh e aparece uma a construção de uma
  • 00:24:40
    inteligência prática similar a do
  • 00:24:42
    chimpanzé a criança pré-linguística
  • 00:24:44
    antes da aquisição da linguagem tem uma
  • 00:24:46
    ação no mundo parecida com o que o
  • 00:24:47
    chimpanzé tem mesmo ela é capaz de pegar
  • 00:24:49
    um banquinho para alcançar um brinquedo
  • 00:24:50
    que ela não alcança
  • 00:24:51
    eh sozinha ela é capaz de procurar uma
  • 00:24:55
    bola que caiu atrás do sofá ela é capaz
  • 00:24:58
    de eh usar uma coisa para puxar outra
  • 00:25:00
    quer dizer ela age
  • 00:25:02
    eh inteligentemente vamos dizer no
  • 00:25:05
    ambiente resolvendo problemas eh usando
  • 00:25:08
    instrumentos e tal num plano concreto
  • 00:25:11
    sem mediação simbólica né então tanto na
  • 00:25:15
    história da espécie como na história da
  • 00:25:16
    criança há um momento em que existe
  • 00:25:19
    linguagem com com esta função primeira
  • 00:25:21
    de intercâmbio social e existe
  • 00:25:23
    pensamento ou primórdios de pensamento
  • 00:25:25
    que seria essa inteligência prática num
  • 00:25:28
    determinado momento do desenvolvimento
  • 00:25:30
    esses dois
  • 00:25:31
    eh essas duas potencialidades se unem e
  • 00:25:35
    daí pamento e linguagem se atrelam e não
  • 00:25:38
    se
  • 00:25:41
    desatrelar uma parte substancial do
  • 00:25:43
    funcionamento psicológico humano né
  • 00:25:46
    então na história da espécie isso
  • 00:25:48
    aconteceu num determinado momento da do
  • 00:25:49
    desenvolvimento da espécie que na
  • 00:25:51
    verdade significa o ingresso da espécie
  • 00:25:53
    humana na espécie humana propriamente né
  • 00:25:55
    quer dizer no momento que nasce a
  • 00:25:57
    espécie humana que é o momento
  • 00:25:59
    claro que espalhado ao longo de milhares
  • 00:26:01
    de anos aí mas o homem passa a ser capaz
  • 00:26:04
    de se comunicar pela linguagem como um
  • 00:26:06
    sistema articulado e tal e a
  • 00:26:09
    inteligência dele então passa a ser uma
  • 00:26:11
    inteligência abstrata ele pode funcionar
  • 00:26:14
    em planos simbólicos como a gente estava
  • 00:26:15
    falando antes ele passa a ser capaz de
  • 00:26:17
    circular por momentos e espaços ausentes
  • 00:26:21
    do espaço atual perceptual presente ele
  • 00:26:24
    pode ser capaz de imaginar inventar
  • 00:26:26
    criar
  • 00:26:28
    recuperar coisas que aconteceram no
  • 00:26:30
    passado e tal então ele tem uma
  • 00:26:33
    inteligência ele passa a ter uma
  • 00:26:34
    inteligência um pensamento eh de
  • 00:26:36
    natureza simbólica isso é permitido pela
  • 00:26:39
    linguagem inicialmente por aquela função
  • 00:26:42
    segunda da linguagem que é de pensamento
  • 00:26:44
    generalizante mas também por várias
  • 00:26:46
    outras características da linguagem que
  • 00:26:48
    a gente pode imaginar por exemplo o fato
  • 00:26:51
    da gente ter verbos do presente passado
  • 00:26:53
    futuro permite que a gente transite pelo
  • 00:26:55
    tempo em termos simbólicos né o o fato
  • 00:26:58
    da gente ter termos para negação
  • 00:27:00
    permitem que a gente negue no discurso
  • 00:27:03
    que a gente conceba o não conceba A
  • 00:27:07
    negação conceba a a inexistência o zero
  • 00:27:10
    o nenhum e tal Porque a língua permite
  • 00:27:13
    isso na ausência da língua seria muito
  • 00:27:14
    difícil a gente conceber a ausência a
  • 00:27:17
    presença até sim mas a ausência não a
  • 00:27:21
    relação entre o pensamento e a palavra é
  • 00:27:24
    o movimento contínuo de vai vem do
  • 00:27:26
    pensamento para a palavra e Vera o
  • 00:27:29
    pensamento não é simplesmente Expresso
  • 00:27:31
    em palavras é por meio delas que ele
  • 00:27:34
    passa a existir como é que eu faço então
  • 00:27:38
    eu vou pegar aquela primeira segunda à
  • 00:27:42
    direita aí eu faço a volta na
  • 00:27:46
    praça
  • 00:27:48
    subo subo
  • 00:27:51
    não é eu pego por ali né Aí eu faço
  • 00:27:55
    aquela volta bom
  • 00:27:58
    legal a língua é uma coisa que está fora
  • 00:28:02
    da pessoa inicialmente quer dizer quando
  • 00:28:04
    a criança nasce ela nasce num meio
  • 00:28:06
    falante já que já tem uma língua e que
  • 00:28:08
    ela vai se apropriar dessa língua ao
  • 00:28:10
    longo do seu desenvolvimento Então esse
  • 00:28:13
    é um movimento que vai acontecer de fora
  • 00:28:15
    para dentro então a pro vigotski a
  • 00:28:18
    primeir o primeiro uso da linguagem é o
  • 00:28:21
    que ele chama de fala socializada quer
  • 00:28:23
    dizer a fala da criança com os outros
  • 00:28:26
    para os outros só do do lado de fora
  • 00:28:28
    dela como se fosse com essa função
  • 00:28:30
    comunicativa Inicial então é na
  • 00:28:32
    interface dela com o outro que a língua
  • 00:28:35
    aparece primeiro e o ponto de chegada da
  • 00:28:38
    língua o mais desenvolvido de todos é o
  • 00:28:41
    chamado discurso interior quer dizer o
  • 00:28:43
    fato de que a gente incorpora um sistema
  • 00:28:46
    simbólico no nosso aparato psicológico e
  • 00:28:49
    é capaz de ter
  • 00:28:52
    internamente esse plano simbólico do
  • 00:28:55
    funcionamento psicológico com o suporte
  • 00:28:57
    da L mas ele tá lá dentro de mim então
  • 00:28:59
    eu não eu não preciso falar alto quer
  • 00:29:01
    dizer é como se o meu pensamento
  • 00:29:03
    acontecesse em grande medida apoiado nas
  • 00:29:05
    palavras nos conceitos certamente
  • 00:29:08
    H mas eu não preciso externalizar isso
  • 00:29:11
    ele funciona dentro da minha cabeça
  • 00:29:13
    Então eu penso sozinho com o suporte das
  • 00:29:15
    palavras com o modo de pensar da minha
  • 00:29:17
    língua com as possibilidades de de
  • 00:29:20
    trânsito pelo mundo do simbólico que a
  • 00:29:21
    língua me dá e tal mas tudo isso dentro
  • 00:29:23
    da minha cabeça então as coisas começam
  • 00:29:25
    do lado de fora e acabam internalizadas
  • 00:29:28
    né e o vigotsky propõe que entre uma
  • 00:29:32
    coisa e outra entre o que acontece lá
  • 00:29:33
    fora e o que acontece dentro acontece eh
  • 00:29:35
    ocorre um momento do desenvolvimento eh
  • 00:29:39
    que é a chamada fala egocêntrica que é
  • 00:29:41
    quem tem contato com criança sabe disso
  • 00:29:43
    a criança por volta de 3 4 anos fala
  • 00:29:46
    sozinha ela fala alto mas ela tá falando
  • 00:29:49
    para ela mesma ela não precisa de um
  • 00:29:50
    interlocutor ela pode estar sozinha no
  • 00:29:52
    ambiente ela fala também este fenômeno
  • 00:29:54
    foi identificado pelo piag e o vigot que
  • 00:29:57
    se apropria da da ideia do piag para
  • 00:29:59
    discutir essa ideia mas eles usam com
  • 00:30:02
    concepções bem diferentes justamente
  • 00:30:04
    porque o vigot que tá trabalhando as
  • 00:30:06
    coisas de fora para dentro e o piag de
  • 00:30:08
    dentro para fora então pro piag existe
  • 00:30:10
    fala egocêntrica Mas ela é um indicador
  • 00:30:14
    de que o desenvolvimento tá saindo de
  • 00:30:16
    dentro do sujeito e indo para fora e no
  • 00:30:18
    vigos é exatamente o oposto a existência
  • 00:30:21
    da fala egocentrica indica que a fala tá
  • 00:30:23
    sendo posta para dentro ela aquela
  • 00:30:25
    comunicação que era entre as pessoas vai
  • 00:30:28
    tá sendo internalizada pelo sujeito para
  • 00:30:30
    se tornar um instrumento dele né interno
  • 00:30:34
    Então essa fala egocêntrica é o esse
  • 00:30:37
    falar sozinho da criança então é como se
  • 00:30:39
    ela tivesse usando um formato ainda
  • 00:30:43
    socializado da língua que é falar alto
  • 00:30:46
    mas com uma função já do discurso
  • 00:30:48
    interior que é a fala para mim né então
  • 00:30:51
    é a criança quando ela tá fazendo uma
  • 00:30:53
    tarefa dizer por exemplo Ah agora eu vou
  • 00:30:56
    pegar o lápis azul ih não tem o azul
  • 00:30:57
    Então vou pintar de preto mesmo então
  • 00:30:59
    não seii o qu e eu eu vou pegar um
  • 00:31:00
    brinquedo mas eu não alcanço Ah eu
  • 00:31:03
    preciso de um banquinho então ela vai
  • 00:31:04
    procurar o banquinho e tal então ela
  • 00:31:05
    fica é como se ela ficasse falando para
  • 00:31:07
    ela mesmo explicitando para ela mesmo
  • 00:31:10
    passos de raciocínio necessidades na na
  • 00:31:13
    sequência de solução de problema e tal a
  • 00:31:15
    linguagem egocêntrica aparece muito mais
  • 00:31:17
    quando a criança tá posta em situação de
  • 00:31:19
    dificuldade cognitiva né então ela o que
  • 00:31:22
    evidencia de a o fato de que a linguagem
  • 00:31:26
    é um instrumento de pensamento Então ela
  • 00:31:28
    tá se usando Como suporte mesmo ela usa
  • 00:31:31
    a língua para ajudar ela a resolver um
  • 00:31:43
    problema as relações entre
  • 00:31:45
    desenvolvimento e aprendizagem são um
  • 00:31:47
    aspecto bem importante da teoria do
  • 00:31:49
    vigotsky porque ele trabalha muito nesta
  • 00:31:52
    área de psicologia ligada à educação e
  • 00:31:55
    tal e por causa de uma um um postulado
  • 00:31:59
    básico da teoria dele que é o fato de
  • 00:32:01
    que desenvolvimento Se daria de de fora
  • 00:32:03
    para dentro né o desenvolvimento humano
  • 00:32:05
    por causa da importância da cultura por
  • 00:32:07
    causa da importância da imersão do
  • 00:32:08
    sujeito num mundo humano em volta dele e
  • 00:32:12
    tal
  • 00:32:13
    a a ideia de que o desenvolvimento C dá
  • 00:32:16
    de fora para dentro é tão importante
  • 00:32:17
    para ele e portanto a aprendizagem
  • 00:32:19
    aparece como uma coisa extremamente
  • 00:32:21
    importante na definição dos rumos do
  • 00:32:23
    desenvolvimento né então pro vigotski a
  • 00:32:28
    aprendizagem é que promove o
  • 00:32:30
    desenvolvimento é porque o sujeito
  • 00:32:32
    aprende porque ele faz coisas no mundo
  • 00:32:34
    que fazem com que ele aprenda é que ele
  • 00:32:36
    se desenvolve então é como se a
  • 00:32:38
    aprendizagem puxasse o desenvolvimento
  • 00:32:40
    do sujeito e isso também tá atrelado à
  • 00:32:43
    ideia de que o caminho do
  • 00:32:44
    desenvolvimento
  • 00:32:46
    eh está em aberto né quer dizer como a
  • 00:32:49
    cultura em grande medida vai definir por
  • 00:32:51
    onde o sujeito vai e também a
  • 00:32:53
    especificidade de cada sujeito vai ser
  • 00:32:56
    definida na sua interface com o mundo
  • 00:32:59
    nas suas experiências de aprendizagem
  • 00:33:00
    nos seus
  • 00:33:02
    ã procedimentos microgenético como a
  • 00:33:04
    gente viu anteriormente então o fato de
  • 00:33:07
    aprender é que vai definir por onde o
  • 00:33:10
    desenvolvimento vai se dar né é
  • 00:33:12
    interessante a gente pensar que este é
  • 00:33:14
    um ponto bem forte de contraponto entre
  • 00:33:16
    o vigot e o Pag porque pro Pag como o
  • 00:33:18
    desenvolvimento se dá mais de dentro
  • 00:33:20
    para fora tem um motor endógeno de
  • 00:33:23
    desenvolvimento que impulsionaria o
  • 00:33:25
    desenvolvimento psicológico
  • 00:33:28
    pro piag esse movimento é o oposto quer
  • 00:33:31
    dizer é a por desenvolver se é que o
  • 00:33:34
    sujeito pode aprender né então ele ele
  • 00:33:36
    aprende porque ele está em determinado
  • 00:33:37
    estágio de desenvolvimento e pro vigote
  • 00:33:39
    que é mais ao contrário que ele ele se
  • 00:33:41
    desenvolve porque ele aprende cachorro
  • 00:33:45
    verdadeiro teu amigo cachorro
  • 00:33:50
    au Yes agora vamos ver queem se era se
  • 00:33:55
    um é maior e outra ver tamanho é um
  • 00:34:03
    [Música]
  • 00:34:05
    amigo e o meu
  • 00:34:14
    peixi uma atividade interessante da
  • 00:34:17
    gente focar com relação a isso é o
  • 00:34:18
    brinquedo a brincadeira ou o jogo
  • 00:34:21
    simbólico como é chamado ou jogo de
  • 00:34:23
    papéis que é a brincadeira de faz de
  • 00:34:25
    conta e este jogo de papéis pro vigot
  • 00:34:27
    que é muito importante como um um lugar
  • 00:34:31
    de desenvolvimento exatamente por causa
  • 00:34:33
    dessa relação entre desenvolvimento e
  • 00:34:35
    aprendizagem na brincadeira no jogo de
  • 00:34:37
    papéis a criança tá ao mesmo tempo
  • 00:34:41
    fazendo transitando pelo mundo do
  • 00:34:43
    Imaginário porque ela tá ela é a
  • 00:34:45
    professora Claro que ela não é uma
  • 00:34:46
    professora de verdade ela tá brincando
  • 00:34:48
    de ser professora então é Imaginário né
  • 00:34:50
    mas ao mesmo tempo tá regido por regras
  • 00:34:53
    né se ela vai brincar de escolinha ela
  • 00:34:55
    tem que tá ela tá restrita pelas regras
  • 00:34:58
    de funcionamento de uma escola seja a
  • 00:35:00
    escola verdadeira ou a escola imaginária
  • 00:35:01
    da criança mas tem regras não pode ser
  • 00:35:03
    qualquer coisa né então a a imposição de
  • 00:35:07
    regras é uma imposição que vem do
  • 00:35:10
    funcionamento da cultura justamente como
  • 00:35:12
    o jogo os jogos de papéis jogos
  • 00:35:14
    simbólicos jogo de faz de conta ele é
  • 00:35:16
    uma mímica vamos dizer das atividades do
  • 00:35:19
    mundo adulto ele traz para dentro do
  • 00:35:21
    Mundo da Criança as regras de
  • 00:35:23
    funcionamento do mundo adulto então é um
  • 00:35:25
    jeito de realizar uma aidade tipicamente
  • 00:35:29
    infantil que envolve aprendizagem e
  • 00:35:32
    promove desenvolvimento quer dizer como
  • 00:35:34
    se a criança fosse puxada para diante
  • 00:35:35
    daquilo que ela é capaz de fazer como
  • 00:35:37
    criança no momento da brincadeira então
  • 00:35:39
    ela ela se aproxima do papel de mãe e
  • 00:35:42
    ela Claro não é mãe na vida cotidiana
  • 00:35:44
    dela no brinquedo a criança se relaciona
  • 00:35:47
    com o significado das coisas e não com
  • 00:35:50
    os próprios objetos por exemplo ela pode
  • 00:35:52
    pegar um toquinho de madeira e fingir
  • 00:35:53
    que é um carrinho Então ela está se
  • 00:35:56
    relacionando com o significado de carro
  • 00:35:58
    e não com o objeto toco de madeira então
  • 00:36:01
    isso também promove para ela um
  • 00:36:03
    descolamento do mundo perceptual
  • 00:36:05
    imediato e faz com que ela se relacione
  • 00:36:07
    com o mundo dos significados então
  • 00:36:09
    também ajuda ela a entrar nesse trânsito
  • 00:36:11
    do mundo simbólico das representações da
  • 00:36:13
    língua e das relações daí entre
  • 00:36:16
    pensamento e linguagem etc então o
  • 00:36:18
    brinquedo é um bom exemplo de como
  • 00:36:20
    atividades realizadas do lado de fora
  • 00:36:24
    que constituem aprendizagem promovem o
  • 00:36:26
    desenvolvimento num caminho tipicamente
  • 00:36:28
    humano definido por Um percurso que tá
  • 00:36:30
    atrelado à cultura desenhar e brincar
  • 00:36:34
    deveriam ser estágios preparatórios para
  • 00:36:36
    o desenvolvimento da linguagem escrita
  • 00:36:39
    das crianças os educadores devem
  • 00:36:41
    organizar todas essas ações e todo o
  • 00:36:44
    complexo processo de transição de um
  • 00:36:46
    tipo de linguagem para outro deve
  • 00:36:49
    acompanhar esse processo através de seus
  • 00:36:52
    momentos críticos até o ponto da
  • 00:36:54
    descoberta de que se pode desenhar não
  • 00:36:57
    só ente objetos mas também a
  • 00:37:12
    fala um aspecto muito importante da
  • 00:37:14
    teoria do vigotsky com relação a
  • 00:37:16
    desenvolvimento é a ideia dele de que o
  • 00:37:18
    desenvolvimento deve ser olhado de
  • 00:37:20
    maneira prospectiva e não retrospectiva
  • 00:37:23
    Isto é deve ser olhado pra frente para
  • 00:37:24
    aquilo que ainda não aconteceu
  • 00:37:26
    normalmente a gente olha para para
  • 00:37:27
    aquilo que já aconteceu que já passou
  • 00:37:29
    então a gente pergunta seu filho já sabe
  • 00:37:31
    amarrar sapato esse bebê já senta essa
  • 00:37:34
    criança já aprendeu aer escrever então a
  • 00:37:36
    gente se refere ao já aquilo que já tá
  • 00:37:38
    consolidado que já terminou Já tá pronto
  • 00:37:40
    na criança mas aquilo que tá em processo
  • 00:37:43
    que está por acontecer é ali que vai
  • 00:37:45
    acontecer a intervenção pedagógica a
  • 00:37:47
    ação Educacional de qualquer tipo e
  • 00:37:51
    também é ali onde o o desenvolvimento
  • 00:37:54
    eh tá efervescente tá fervendo termos de
  • 00:37:57
    um fenômeno a ser compreendido pelo
  • 00:37:59
    estudioso do desenvolvimento né então
  • 00:38:02
    para para esta questão quer dizer a esta
  • 00:38:04
    ideia básica do vigos que na verdade
  • 00:38:06
    toma corpo num conceito que é típico da
  • 00:38:09
    teoria dele que é muito conhecido que é
  • 00:38:10
    o conceito de zona de desenvolvimento
  • 00:38:12
    proximal ou potencial para explicar essa
  • 00:38:14
    zona ele ele trabalha com dois outros
  • 00:38:16
    conceitos ele fala no nível de
  • 00:38:18
    desenvolvimento real que é o nível de
  • 00:38:22
    desenvolvimento até o o qual a criança
  • 00:38:24
    já chegou que é o tal do desenvolvimento
  • 00:38:26
    passado ou olhar retrospectivo quer
  • 00:38:29
    dizer aquilo que ela já tem na outra
  • 00:38:30
    ponta a gente teria o que ele chama de
  • 00:38:32
    nível de desenvolvimento potencial que é
  • 00:38:35
    aquilo que a criança ainda não
  • 00:38:38
    tem mas que a gente pode imaginar que
  • 00:38:42
    está próximo de acontecer né que tá num
  • 00:38:44
    Horizonte eh próximo não muito longin
  • 00:38:47
    geralmente a gente sabe que estão tão
  • 00:38:49
    próximas porque a criança consegue se
  • 00:38:52
    relacionar com aqueles objetos de
  • 00:38:54
    conhecimento e de ação não autonomamente
  • 00:38:56
    ainda mas com ajuda com instrução do
  • 00:38:59
    outro com a intervenção de de um
  • 00:39:01
    parceiro mais experiente então o fato de
  • 00:39:03
    que ela não faz sozinha mas faz com
  • 00:39:05
    ajuda identifica que aquilo pertence a
  • 00:39:07
    um plano de desenvolvimento que tá
  • 00:39:10
    próximo de se consolidar né E daí entre
  • 00:39:13
    aquilo que já tá pronto e aquilo que tá
  • 00:39:15
    presente em semente é que o vigotski eh
  • 00:39:19
    localiza essa chamada zona de
  • 00:39:21
    desenvolvimento proximal que é um pedaço
  • 00:39:23
    do
  • 00:39:24
    desenvolvimento que permite quer di que
  • 00:39:27
    é o mais interessante em termos de
  • 00:39:29
    desenvolvimento porque é onde o
  • 00:39:30
    desenvolvimento tá acontecendo agora e é
  • 00:39:32
    o que permite a intervenção quer dizer é
  • 00:39:34
    ali que a gente pode pôr o dedo para
  • 00:39:36
    operar transformações a zona de
  • 00:39:39
    desenvolvimento proximal define aquelas
  • 00:39:41
    funções que ainda não amadureceram mas
  • 00:39:44
    que estão em processo de maturação
  • 00:39:47
    funções que amadurecerão mas que estão
  • 00:39:50
    presentemente em estado
  • 00:39:53
    embrionário uma coisa que é bem
  • 00:39:55
    importante de falar sobre isso é que
  • 00:39:57
    este conceito PR viigo é um conceito que
  • 00:39:59
    tem um valor assim explicativo dentro da
  • 00:40:02
    teoria mas ele não é um conceito
  • 00:40:04
    instrumental quer dizer eu não posso
  • 00:40:06
    pegar o conceito de zona proximal Entrar
  • 00:40:07
    numa sala de aula e querer medir a zona
  • 00:40:10
    proximal dos alunos identificar zonas
  • 00:40:12
    proximais e tal Porque ele é um conceito
  • 00:40:14
    muito flexível e muito
  • 00:40:18
    eh complexo quer dizer ele não é visível
  • 00:40:20
    na prática ele ajuda a gente entender o
  • 00:40:23
    desenvolvimento mas ele não é visível na
  • 00:40:24
    prática porque sei lá para cada
  • 00:40:28
    de desenvolvimento para cada criança em
  • 00:40:30
    cada micr momento do desenvolvimento eu
  • 00:40:33
    teria uma zona né então se eu entro numa
  • 00:40:35
    sala de aula com 40 alunos e vou
  • 00:40:37
    trabalhar a adição com reserva hoje eu
  • 00:40:42
    tenho 40 zonas proximais em em movimento
  • 00:40:45
    porque cada vez que eu falo uma coisa eu
  • 00:40:47
    tô alterando a zona de cada criança ou
  • 00:40:49
    de uma parte delas pelo menos
  • 00:40:58
    um aspecto muito peculiar assim da
  • 00:41:00
    teoria do vigot muito Central nas
  • 00:41:02
    concepções dele sobre desenvolvimento
  • 00:41:04
    aprendizagem e tal é a importância da
  • 00:41:06
    intervenção das outras pessoas no
  • 00:41:08
    desenvolvimento de cada sujeito então
  • 00:41:10
    aqui entra uma coisa bem importante pro
  • 00:41:12
    vigot que é assim a importância desse
  • 00:41:14
    mundo humano dessa cultura do outro
  • 00:41:16
    social e tal mas não em termos de uma de
  • 00:41:19
    um ambiente onde o sujeito tá
  • 00:41:21
    simplesmente imerso né não é como se
  • 00:41:23
    fosse um um caldo onde a gente tivesse
  • 00:41:27
    lá dentro e passivamente fosse
  • 00:41:29
    absorvendo informações do ambiente ele
  • 00:41:32
    coloca uma posição muito ativa primeiro
  • 00:41:34
    pro próprio sujeito quer dizer ele tá se
  • 00:41:37
    relacionando com o mundo de informações
  • 00:41:39
    significados eh modos de ser rumos de
  • 00:41:43
    desenvolvimento e tal aonde ele também
  • 00:41:45
    age né ele não é um ser passivo que
  • 00:41:47
    recebe passivamente a informação do
  • 00:41:50
    mundo mas a cada momento da história
  • 00:41:52
    dele ele é um sujeito pleno que retroage
  • 00:41:55
    que age sobre o ambiente que dialoga que
  • 00:41:58
    impõe significados que traz a sua
  • 00:42:00
    subjetividade a sua seu modo de ver o
  • 00:42:02
    mundo a sua própria história na relação
  • 00:42:04
    com aquela situação de aprendizagem que
  • 00:42:07
    promoverá desenvolvimento né E além
  • 00:42:09
    disso a a influência do ambiente também
  • 00:42:12
    não tá se dando de uma forma
  • 00:42:14
    eh só por imersão quer dizer o sujeito
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    não não absorve informações do ambiente
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    de um ambiente que é passivo ele absorve
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    informaçõ de um ambiente que está
  • 00:42:26
    estruturado pel
  • 00:42:27
    pela cultura então por exemplo mesmo uma
  • 00:42:30
    um bebê brincando sozinho no berço ele
  • 00:42:33
    tá brincando num ambiente cultural
  • 00:42:36
    estruturado pela cultura porque é dentro
  • 00:42:38
    de um berço não é numa esteira no chão
  • 00:42:39
    porque é com aqueles brinquedos e não
  • 00:42:41
    com outros brinquedos porque é sozinho e
  • 00:42:43
    não acompanhado porque é num quarto de
  • 00:42:46
    um determinado tipo com um determinado
  • 00:42:48
    som em volta ou não e tal o vigotski
  • 00:42:50
    ainda fala de uma de um outro aspecto
  • 00:42:52
    que é extremamente importante que é o
  • 00:42:53
    aspecto da intervenção ativa das outras
  • 00:42:55
    pessoas na Definição dos rumos de
  • 00:42:58
    desenvolvimento então para ele a
  • 00:42:59
    intervenção pedagógica é essencial na
  • 00:43:02
    promoção do desenvolvimento de cada
  • 00:43:04
    indivíduo de cada sujeito né então o
  • 00:43:06
    sujeito
  • 00:43:07
    eh não percorreria caminhos de
  • 00:43:10
    desenvolvimento sem ter experiências de
  • 00:43:13
    aprendizagem resultado da intervenção
  • 00:43:16
    deliberada de outras pessoas na na vida
  • 00:43:19
    dele
  • 00:43:20
    interferir intencionalmente no
  • 00:43:23
    desenvolvimento das crianças é
  • 00:43:25
    importantíssimo na definição do seu
  • 00:43:27
    desenvolvimento então o sujeito depende
  • 00:43:30
    dessa intervenção para se desenvolver
  • 00:43:32
    adequadamente nos rumos que aquela
  • 00:43:34
    cultura supõe como os rumos adequados
  • 00:43:36
    pro desenvolvimento desenvolver-se numa
  • 00:43:39
    sociedade que tem escola é diferente de
  • 00:43:41
    desenvolver-se numa sociedade que não
  • 00:43:43
    tem escola por exemplo então a escola na
  • 00:43:45
    sociedade escolarizada é um um Locus
  • 00:43:48
    cultural extremamente importante paraa
  • 00:43:50
    Definição dos rumos de desenvolvimento e
  • 00:43:52
    a intervenção pedagógica é essencial na
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    definição do do desenvolvimento do
  • 00:43:57
    sujeito
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    [Música]
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