Shopper 60+: raio x completo de quem tem tempo e dinheiro para comprar | Martin Henkel - SeniorLab

00:47:30
https://www.youtube.com/watch?v=0LqvZOZwKSk

Zusammenfassung

TLDRO podcast aborda a relevância do público 60+ no marketing, com Martim Henrique, especialista em economia prateada. Ele explica que esse grupo é diverso, com diferentes comportamentos e necessidades, e que as marcas devem adaptar suas estratégias para se conectar com eles. O público 60+ é ativo, tem renda e busca experiências, e a tecnologia não é um obstáculo, pois muitos usam smartphones. O episódio enfatiza a importância de entender e respeitar esse consumidor, que representa uma parte significativa da população brasileira e do consumo.

Mitbringsel

  • 🎙️ O público 60+ é heterogêneo e ativo.
  • 📈 Esse grupo representa 17% da população brasileira.
  • 📱 A maioria usa smartphones e está aberta à tecnologia.
  • 🛍️ As marcas devem adaptar suas estratégias para esse público.
  • 🤝 A comunicação deve ser respeitosa e adequada.
  • 💡 O público 60+ busca experiências e não apenas produtos.
  • 📊 A felicidade tende a aumentar após os 60 anos.
  • 👩‍👧 Cuidar dos netos é uma das últimas opções de hobby para mulheres 60+.
  • 🧠 O processo de decisão de compra é mais racional nesse grupo.
  • 🌍 O Brasil está envelhecendo e as marcas precisam se adaptar.

Zeitleiste

  • 00:00:00 - 00:05:00

    O podcast dá as boas-vindas aos ouvintes e apresenta Martim Henrique, especialista em marketing para a população 60+. Martim discute a importância de entender esse público e apresenta seus livros sobre o tema, destacando a necessidade de uma comunicação eficaz com os consumidores mais velhos.

  • 00:05:00 - 00:10:00

    Martim explica que a população 60+ no Brasil está crescendo rapidamente e que existem três gerações dentro desse grupo. Ele enfatiza que, apesar das semelhanças entre as gerações, há características específicas que influenciam o comportamento de compra e a comunicação de marketing.

  • 00:10:00 - 00:15:00

    O especialista destaca que o público 60+ não é homogêneo e que existem diversas personas dentro desse grupo. Ele menciona a importância de entender as diferentes necessidades e comportamentos para aprimorar a comunicação e o posicionamento das marcas.

  • 00:15:00 - 00:20:00

    Martim fala sobre a importância de entender o papel dos avós na compra de produtos para crianças, ressaltando que muitas vezes eles são os compradores, mas não são considerados nas estratégias de marketing. Ele sugere que as marcas devem adaptar suas abordagens para incluir esse público.

  • 00:20:00 - 00:25:00

    O convidado menciona que muitos vendedores têm preconceitos em relação aos consumidores mais velhos, acreditando que eles não estão informados. No entanto, ele argumenta que esses consumidores muitas vezes já pesquisaram e estão bem informados sobre os produtos que desejam comprar.

  • 00:25:00 - 00:30:00

    Martim discute a necessidade de as marcas se comunicarem com o público 60+ de maneira adequada, evitando a gerascofobia, que é o medo de envelhecer. Ele observa que muitas marcas ainda não se sentem confortáveis em abordar esse tema, o que pode prejudicar suas estratégias de marketing.

  • 00:30:00 - 00:35:00

    O especialista explica que o público 60+ tem uma renda significativa e que não é necessário criar produtos específicos para eles, mas sim adaptar a comunicação e a forma de venda. Ele destaca que esse público já consome e viaja, e que as marcas devem reconhecer isso.

  • 00:35:00 - 00:40:00

    Martim fala sobre a relação do público 60+ com a tecnologia, afirmando que a maioria possui smartphones e utiliza a tecnologia para se conectar com amigos e familiares. Ele enfatiza que a tecnologia deve ser uma porta de entrada para experiências sociais, não um isolante.

  • 00:40:00 - 00:47:30

    Por fim, Martim conclui que as marcas devem entender melhor o público 60+, reconhecendo sua importância e adaptando suas estratégias de marketing para se relacionar de forma eficaz com esse grupo crescente da população.

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Video-Fragen und Antworten

  • Quem é o convidado do podcast?

    Martim Henrique, especialista em economia prateada.

  • O que é a economia prateada?

    Refere-se ao mercado voltado para pessoas com 60 anos ou mais.

  • Qual a importância do público 60+ no marketing?

    Esse público é heterogêneo, ativo e representa uma parte significativa da população e do consumo.

  • Como as marcas devem se comunicar com o público 60+?

    As marcas devem entender suas necessidades e adaptar a comunicação e produtos para esse público.

  • Qual a relação do público 60+ com a tecnologia?

    A maioria usa smartphones e está aberta a novas experiências tecnológicas.

  • Quais são os principais hobbies do público 60+?

    As mulheres com 60+ têm hobbies variados, e cuidar dos netos é uma das últimas opções.

  • Como o envelhecimento afeta a decisão de compra?

    O público 60+ tende a ser mais racional e busca informações antes de comprar.

  • Qual a curva U da felicidade?

    A felicidade tende a aumentar após os 60 anos, após um período de declínio na meia-idade.

  • O que as marcas estão errando ao se comunicar com o público 60+?

    Muitas marcas ainda não entendem a importância desse público e falham em se conectar com ele.

  • Qual a sugestão final para as marcas?

    Entender e se relacionar com o público 60+, que está crescendo e se tornando cada vez mais relevante.

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    podcast aqui no principal portal de
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    conteúdo sobre marketing do Brasil,
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    nosso mundo do marketing. Um prazer ter
  • 00:00:17
    você aqui com a gente. Espero que você
  • 00:00:19
    esteja gostando de todos os conteúdos
  • 00:00:20
    que a gente tá trazendo para você.
  • 00:00:22
    Aproveita, compartilha com os seus
  • 00:00:25
    colegas, manda eh comentários pra gente,
  • 00:00:28
    dicas, vai ser muito bem-vindo, tá bom?
  • 00:00:30
    Bom, bem-vindo também ao Martim Henrique
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    aqui, nosso convidado de hoje, eh,
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    especialista no mercado de dos da dos da
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    a gente chamava de terceira idade, né?
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    Agora mudou um pouquinho, já chamou de
  • 00:00:44
    melhor idade, agora a gente tá falando
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    do 60 mais, da economia prateada.
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    Martim, eh, sócio e fundador da Senior
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    Lab e lançou esses livros aqui. Eu vou
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    mostrar, mas queria te dar boas-vindas,
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    Martinho. Um prazer ter você aqui com a
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    gente. Obrigado, Bruno. Bacana tá aqui
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    no estúdio com vocês, né? Eh, e o mundo
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    do marketing sempre foi muito importante
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    para mim, né?
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    Eh, primeiro ambiente, primeiro lugar
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    profissional que eu consegui começar a
  • 00:01:14
    falar sobre essa temática em 2015, foi
  • 00:01:17
    no mundo do marketing. Por incrível que
  • 00:01:20
    pareça, né? Só 10 anos, mas rápido e tão
  • 00:01:23
    recente, um tema que eh ainda precisa
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    ser muito difundido e e colocado em
  • 00:01:30
    prática pelas empresas, né? Vamos falar
  • 00:01:31
    sobre isso. Mas queria mostrar aqui para
  • 00:01:34
    vocês o livro do Martim, ó, Shop Shopper
  • 00:01:37
    60 mais. para vocês darem uma olhada. A
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    gente foi lançado no final do ano
  • 00:01:41
    passado, né, 2024. Vamos, a gente vai,
  • 00:01:44
    vamos entrar um pouquinho aqui no, no
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    livro, vamos entrar muito no livro, né?
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    E também tem outro livro do Martim, a
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    trilha da longevidade brasileira, muito
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    interessante também, que isso aqui é
  • 00:01:53
    como é um segredo do sucesso de quem eh
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    chegou lá, né? Bem, né? Exatamente. É o
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    estilo de vida dos longevos brasileiros,
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    né? Uma pesquisa que já acontece há 30
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    anos no Brasil, na cidade de
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    Veranópolis. conduzida pelo Instituto
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    Moriguche e que a gente
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    traduziu do da linguagem
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    técnico-científica para a linguagem para
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    leigos, né? Bacana, Martim. Bom, vamos
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    falar da dessa economia prateada, né?
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    Dois, a gente tá falando quase com causa
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    aqui, mas ainda falta um pouquinho para
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    mim, falta bastante para eu chegar no
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    60. Eh, mas o cabelo já tem, né? Deixa
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    eu te perguntar, a gente tá falando
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    muito sobre essa questão das gerações,
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    né, que a gente tem comportamentos às
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    vezes semelhantes entre as gerações e
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    tudo, mas você nos seus estudos, nas
  • 00:02:44
    suas pesquisas e no dia a dia, vê que
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    esse público ele é bem específico ainda,
  • 00:02:48
    né? Ele tem características bem
  • 00:02:50
    específicas. conta um pouquinho pra
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    gente o que que você pode desmistificar,
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    que eu acho que ainda é importante a
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    gente falar sobre isso. É hoje dentro do
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    grupo 60 Mais as pessoas com 60 anos ou
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    mais no Brasil e que agora em 2025
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    chegarão a
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    35.300.000 pessoas. muita gente. Isso
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    vai dar eh arredondando da 17% da
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    população brasileira dentro dessa faixa
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    etária. Nós já temos três gerações
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    dentro desse grupo. A geração
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    silenciosa, que são os antecessores dos
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    baby boomers, né, e que eram crianças
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    quando acabou a Segunda Guerra Mundial e
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    viram os baby boomers nascerem. Os baby
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    boomers e agora os primeiros integrantes
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    da geração X, a geração Coca-Cola.
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    eh completaram o ano passado 60 anos.
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    Então já temos 60, temos dois grupos,
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    né, da geração X dentro da faixa etária
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    dos 60 anos ou mais.
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    Eh, mesmo considerando questões
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    comportamentais, é importante se ter
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    isso em conta, que a as atitudes vão se
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    misturando. As pessoas, não é porque é
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    um baby boomer ou porque é da geração X
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    ou geração Z, não é por isso que ele vai
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    ter um comportamento tão distinto e às
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    vezes são muito similares, mas existem
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    existem questões
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    naturais eh ligadas à fisiologia e à
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    biologia do envelhecimento humano. E
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    esse é o ponto que eu me especializei,
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    Bruno, desde desde que a gente começou
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    com a Corab, é entender o quanto essas
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    alterações que são naturais e acontecem
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    para todo mundo, em especial a partir
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    dos 60 anos de idade, as alterações
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    visuais, alterações auditivas, as
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    alterações dos cinco sentidos, né, e
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    também um pouco da cognição, o quanto
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    isso impacta nas ferramentas de
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    marketing, no conhecimento que a gente
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    tem aplicação dela. delas e e como isso
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    pode ser aperfeiçoado para garantir que
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    uma comunicação fluida seja
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    oferecida na relação entre marcas,
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    produtos e serviços e esse consumidor. E
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    até o comportamento de acordo com essa
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    com essa questão fisiológica que você
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    falou influencia, né? Se uma pessoa
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    chega lá com saúde, ela tem um estilo de
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    vida. Se ela chega sem saúde, ela tem
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    outro estilo de vida, né? Sim, sem
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    dúvida. E e essa é uma questão de
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    compra, por consequência. Exatamente.
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    Essa é uma questão que a gente fala
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    assim, os 60 mais, né, como se fossem um
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    grupo só único. Não são é é muito
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    matricial, assim, são centenas de
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    comportamentos diferentes. Eh, então
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    assim, não existe a fórmula, não existe
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    a persona, são várias personas. A
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    depender do e agora trazendo para
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    relação com a marca ou com o produto, a
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    gente tem que entender quem é o nosso
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    produto, né? eh, impacta mais e quem a
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    gente quer impactar com a nossa marca e
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    aí sim fazer um trabalho reverso para
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    tentar eh aperfeiçoar a comunicação,
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    posicionamento de marca e as
  • 00:05:59
    expectativas com esse consumidor. Tem
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    muitos perfis, como você falou, né? Eu
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    acho que eu em poucas ah estudos que eu
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    fiz dessa área, você vê vê eh pessoas
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    que ainda são chefes de família, né?
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    Ainda tem os filhos, os filhos estão
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    dentro de casa, né? São chefes de
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    família. Eh, ou você tem um casal que já
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    tá, os filhos já estão fora de casa, que
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    tem tempo e tem dinheiro para poder
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    aproveitar bastante, né? Se você
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    conseguiria, mesmo nessa multiplicidade,
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    nessa heterogeneidade desse público,
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    traçar as principais características
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    dele?
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    É, o que a gente tem, o que a gente
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    costuma fazer é encontrar, fazer o nosso
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    corte, né, nosso 8020, encontrar eh a
  • 00:06:43
    maior parte da população daquele grupo e
  • 00:06:46
    tentar entender ela, porque em última
  • 00:06:49
    instância ela que terá mais impacto,
  • 00:06:51
    mais contato com a nossa marca, né? Eh,
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    são pessoas que em geral já t seus
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    filhos ou adolescentes quase se formando
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    ou já saíram de casa. A maioria deles,
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    os filhos, já saíram de casa, já
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    casaram, já tão eh eh trazendo o neto,
  • 00:07:10
    né? A gente falava antigamente os netos,
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    mas é cada vez mais comum os novos
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    núcleos familiares eh terem quatro avós
  • 00:07:20
    e um neto. Esse é bom, né? bem mimado, é
  • 00:07:24
    super mimado. Ah, ao mesmo tempo, isso
  • 00:07:27
    traz desafios demográficos, né, pro
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    Brasil, como não aspecto só de consumo,
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    mas também de força de trabalho futuro.
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    Mas enxergando hoje, enxergando essas
  • 00:07:38
    questões, isso é
  • 00:07:40
    desafiador. E o mercado em geral, e
  • 00:07:43
    usando esse exemplo de crianças, né, a
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    gente tende a imaginar que o consumidor
  • 00:07:49
    de brinquedo ou produtos para crianças
  • 00:07:52
    são os pais. E aí o mercado, as lojas,
  • 00:07:56
    as estratégias estão muito focadas nos
  • 00:07:59
    pais. sensibilizar a criança pela mídia,
  • 00:08:01
    pelos canais digitais,
  • 00:08:05
    ã, tocar os pais, fazer sensibilizar os
  • 00:08:08
    pais, mas se esquece dos avós. E nós
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    temos quatro avós e dois pais, olha só,
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    né? Então, eh, o que que eu já tô aqui
  • 00:08:17
    antecipando um pouco do que a gente
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    trata no livro é entender essas
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    questões. E essa acaba sendo uma venda
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    consultiva nesse segmento de brinquedo,
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    onde os avós nem sempre acompanham todos
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    os desenhos, todos os filmes, não
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    conhecem superheróis ou os brinquedos
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    que as crianças querem. Então, ao quando
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    um 60 mais chega na loja, essa passa a
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    ser uma venda consultiva.
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    E no entanto, mas é ele que tá
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    comprando, né? É ele que tá comprando. É
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    o nome que você fala. Então é muito
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    importante você falar sobre isso, né?
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    Porque é shopper, né? Shopper é
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    comprador. Se a gente tem aqui na
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    audiência um uma vasta audiência, talvez
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    que não esteja familiarizado com esse
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    termo, né? É importante a gente saber
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    que existe o consumidor, existe
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    comprador, existe às vezes o usuário
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    final ou influenciador, enfim, tem
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    vários papéis de compra, né? E esse
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    papel de compra aqui é muito importante,
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    porque ele muitas vezes ele tem mais
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    recurso do que os próprios pais ou nem
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    às vezes nem tem mais recurso. O recurso
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    dele tá mais livre, né? Porque ele não
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    paga a escola, não paga um monte de
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    coisa que não paga mais a escola do
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    filho, não paga mais
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    a a possivelmente a sua casa já tá casa
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    própria, ou seja, já não tem outras
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    despesas. ele começa a ter uma diferença
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    na matriz de despesas deles, onde as
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    questões ligadas à saúde, plano de
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    saúde, medicamentos começam a crescer,
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    mas em geral, principalmente na
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    população A, B e até C, eh, existe a
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    muito mais possibilidade de fazer o
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    planejamento financeiro ter reservas,
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    porque ele tá aposentado, ou ele já tem
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    sua renda ou ele tem outras fontes de
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    renda ã garantidas. Então, por menor que
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    seja a aposentadoria, seja ela pública
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    ou privada, ela virá. Então, ele
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    consegue se planejar melhor nas suas
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    despesas. Você já deu um spoiler aí eh
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    de uma de do mercado de brinquedos, né?
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    Mas qual milpia que as marcas ainda têm
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    com relação a esse público? Quando a
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    gente tá falando eh é muita coisa para
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    falar, né? de de comunicação, de ponto
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    de venda, de
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    produto. Bom, de ponto de venda, o que
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    que nós percebemos, eh, por incrível que
  • 00:10:34
    pareça, quando a gente faz a alguns
  • 00:10:36
    trabalhos de diagnóstico de PDV, eh, a
  • 00:10:39
    gente faz um trabalho de observação e,
  • 00:10:42
    em geral os vendedores, os
  • 00:10:44
    atendentes não querem atender um cliente
  • 00:10:47
    de cabelo branco, um cliente sênor. Em
  • 00:10:50
    geral, assim, eles fogem principalmente
  • 00:10:52
    no segmento de eh lojas de
  • 00:10:55
    eletroeletrônicos, né, imaginando
  • 00:10:58
    erroneamente que será uma venda difícil,
  • 00:11:00
    demorada, vão ter que dar muita
  • 00:11:02
    explicação. Mal sabem eles que esse
  • 00:11:05
    consumidor muitas vezes quando ele vai
  • 00:11:07
    até a loja, ele já pesquisou o produto,
  • 00:11:12
    as características, já tem referências
  • 00:11:15
    dos seus filhos, dos seus amigos, já
  • 00:11:17
    passou no reclame aqui, já utilizou a
  • 00:11:19
    ferramenta do Google a seu favor e sabe
  • 00:11:23
    melhor as características do produto do
  • 00:11:25
    que o próprio vendedor. A gente já tá
  • 00:11:27
    encontrando esse perfil de consumidor.
  • 00:11:29
    Então, eh, o trabalho da venda vai ser
  • 00:11:33
    muito mais fácil que desde que o
  • 00:11:35
    vendedor esteja preparado. E aí a gente
  • 00:11:38
    volta pras técnicas de conversação desse
  • 00:11:42
    público, né, de usar a linguagem
  • 00:11:45
    adequada, de levar ele para um ambiente
  • 00:11:48
    com menos ruído, não atender na porta da
  • 00:11:51
    loja, principalmente se for uma loja de
  • 00:11:53
    de rua, onde tem barulho de carro,
  • 00:11:55
    trânsito, ou seja, eh alguns cuidados
  • 00:11:59
    para que a experiência de compra seja
  • 00:12:02
    agradável. Esse o consumidor 60 mais,
  • 00:12:05
    ele não compra apenas o produto, ele
  • 00:12:07
    compra o conjunto todo. E essa
  • 00:12:09
    experiência, o atendimento, se sentir
  • 00:12:12
    bem-vindo, faz parte disso tudo. E a
  • 00:12:15
    gente falou do ponto de venda e com
  • 00:12:17
    relação à
  • 00:12:18
    comunicação. Eh, e é impressionante, né?
  • 00:12:21
    A gente tem visto muitas marcas, até
  • 00:12:25
    marcas já com bastante tempo no mercado,
  • 00:12:27
    que tem por obrigação, né? Não é, não é
  • 00:12:30
    luxo eh ter que comunicar pra geração
  • 00:12:33
    alfa, pra geração
  • 00:12:35
    Y, enfim, Z, porque precisa renovar o
  • 00:12:39
    seu público. Será que com isso elas não
  • 00:12:40
    estão esquecendo também a geração eh 60
  • 00:12:45
    mais? A gente encontra situações onde
  • 00:12:48
    sim, isso tá acontecendo, né? Ah, na
  • 00:12:51
    indústria
  • 00:12:52
    criativa não é sexi falar de do
  • 00:12:56
    envelhecimento, não é sexi falar do
  • 00:12:59
    velho, né? Como se velho fosse uma
  • 00:13:02
    palavra. Ela ela acaba carregando
  • 00:13:05
    algumas questões que causam desconforto.
  • 00:13:07
    E a gente até identificou eh é muito
  • 00:13:10
    curioso, né?
  • 00:13:11
    Por vezes a gente participou de projetos
  • 00:13:13
    onde a equipe de relacionamento, o
  • 00:13:16
    cliente contratante era um time jovem e
  • 00:13:20
    e causava desconforto. Não gostavam de
  • 00:13:23
    falar dessa temática, mesmo vindo do
  • 00:13:25
    CEO, a determinação de, olha, precisamos
  • 00:13:27
    entender melhor esse público. Aí nós
  • 00:13:29
    descobrimos nesse nesses anos, Bruno,
  • 00:13:32
    tentei entender o que que pode estar
  • 00:13:33
    acontecendo. E tem uma coisa na
  • 00:13:36
    psicologia, eh, a palavra é engraçada
  • 00:13:39
    assim, se chama
  • 00:13:41
    gerascofobia. Gerascofobia é o medo
  • 00:13:45
    irracional e intenso de envelhecer.
  • 00:13:49
    Humum. O Brasil é um país jovem
  • 00:13:51
    centrista. Falar de jovem é muito mais
  • 00:13:53
    bacana, muito mais sexy do que falar de
  • 00:13:56
    consumidor maduro. Eh, e muitas vezes um
  • 00:13:59
    profissional, um decisor de 30, 25, 28,
  • 00:14:04
    35 anos, não quer falar
  • 00:14:07
    sobre nem atrelar a marca, nem chegou a
  • 00:14:10
    tanto. Ele não quer falar sobre isso
  • 00:14:12
    porque isso causa um desconforto
  • 00:14:14
    interno. Muitas vezes ele viu algum os
  • 00:14:18
    avós envelhecendo mal, algum pai
  • 00:14:21
    envelhecendo mal, porque nem sempre
  • 00:14:23
    envelhecer não é uma jornada, não passei
  • 00:14:25
    no parque para todo mundo. Tem pessoas
  • 00:14:27
    que vão ter dificuldade, mas teremos
  • 00:14:29
    cada vez menos pessoas passando por
  • 00:14:31
    isso. Só que isso ainda tá na mente.
  • 00:14:33
    Então a gerascofobia acaba fazendo as
  • 00:14:36
    marcas e os decisores e tipo assim, tá,
  • 00:14:39
    vamos falar disso depois, eu não quero
  • 00:14:41
    falar agora. Isso é
  • 00:14:43
    inconsciente. A gente já
  • 00:14:45
    percebeu. Isso impacta obviamente também
  • 00:14:48
    na comunicação, onde eh por
  • 00:14:52
    desconhecimento eh e e essa é a grande
  • 00:14:55
    causa, né? Eu não sei falar com esse
  • 00:14:58
    público, então não quero tentar falar
  • 00:14:59
    com ele. Então, por isso também que a
  • 00:15:02
    gente, eu e o Álvaro Flores, que
  • 00:15:04
    escreveu o livro comigo, fizemos esse
  • 00:15:06
    livro e de certa forma é esse que eu
  • 00:15:08
    tenho eh militado e trabalhado já num
  • 00:15:11
    cenário bem diferente de 2014, quando eu
  • 00:15:14
    comecei minha
  • 00:15:15
    empresa, onde a gente já eh temos
  • 00:15:19
    clientes, né, companhias internacionais,
  • 00:15:21
    grandes marcas que estão
  • 00:15:23
    desenvolvendo
  • 00:15:25
    estratégias de A a Z dentro da sua da
  • 00:15:28
    sua empresa para ou acrescentar no
  • 00:15:31
    portfólio ou ajustar no seu portfólio de
  • 00:15:34
    produtos a comunicação e posicionamento
  • 00:15:36
    e capacitação de venda para esse
  • 00:15:38
    cliente. E tem casos também que você tem
  • 00:15:40
    que mudar o produto, né? Será que isso
  • 00:15:43
    já tá
  • 00:15:44
    acontecendo? Depende. Cada caso é um
  • 00:15:47
    caso, tá? Se se imagina que para vender
  • 00:15:49
    pro público maduro precisa se criar
  • 00:15:52
    produtos para o público
  • 00:15:53
    maduro? Eh, isso é um equívoco, Bruno,
  • 00:15:56
    porque eles já
  • 00:15:58
    consomem, né? A renda total da população
  • 00:16:01
    com 60 anos ou mais no Brasil em 2023
  • 00:16:04
    foi de 1
  • 00:16:05
    trilhão60 bilhões de reais.
  • 00:16:09
    desse valor, 960 bilhões se transformou
  • 00:16:13
    em consumo, claro, consumo de serviços,
  • 00:16:16
    produtos, ou seja, para algum lugar esse
  • 00:16:18
    dinheiro tá indo e as pessoas compram.
  • 00:16:20
    É, basta a gente observar, vamos vá ao
  • 00:16:24
    shopping no meio do dia, no meio da
  • 00:16:25
    tarde, ao supermercado no meio da manhã,
  • 00:16:26
    no meio da tarde, e a gente vai ver
  • 00:16:29
    público sior comprando, ou seja, eles já
  • 00:16:32
    compram, eles já viajam, eles já
  • 00:16:33
    escolhem. Então, o que que eu que a
  • 00:16:35
    gente quer falar? Muitas vezes não
  • 00:16:38
    precisa se desenvolver um produto novo
  • 00:16:40
    para criar diferenciação entre meu
  • 00:16:43
    concorrente, a minha marca e meu
  • 00:16:45
    concorrente, mas sim encontrar a forma
  • 00:16:48
    de vender os atributos do meu produto
  • 00:16:51
    para ele. E esse é o ponto. Interessante
  • 00:16:54
    você falar que é um público que viaja,
  • 00:16:56
    né? E e acredito que não viaja só a
  • 00:16:58
    lazer, por mais que tenha muito, né?
  • 00:17:01
    Você eh é até estereótipo eu falar que
  • 00:17:04
    eu vou falar agora, mas você vai num
  • 00:17:05
    cruzeiro, tem bastante 60 a mais, mas
  • 00:17:09
    você pega um avião como uma uma
  • 00:17:11
    ponteérea Rio de São Paulo, como eu
  • 00:17:12
    peguei hoje, por exemplo, e a fila de
  • 00:17:15
    prioridade não é pequena não, e o
  • 00:17:18
    pessoal
  • 00:17:19
    trabalhando executivos, salto alto e
  • 00:17:21
    tudo. Então assim, eu fiquei
  • 00:17:23
    impressionado, parecia que eu tava
  • 00:17:26
    prevendo já a nossa conversa. Olha o
  • 00:17:28
    insite que eu tive, porque assim, a, ó,
  • 00:17:31
    a fila de de prioridade por idade estava
  • 00:17:36
    não tava pequena. Eu acho que acho que
  • 00:17:39
    todas as pessoas hoje que pegam avião
  • 00:17:42
    percebem isso, principalmente durante a
  • 00:17:44
    semana, nos horários mais ali de
  • 00:17:47
    trabalho, né, de manhã, final da tarde e
  • 00:17:50
    e fiquei pressionado assim e não tinha
  • 00:17:52
    me dado conta disso, a questão do
  • 00:17:55
    trabalho. Então você também tem essa,
  • 00:17:57
    esse público, esse Shopper 60+
  • 00:18:00
    economicamente ativo também, né?
  • 00:18:02
    gerando são profissionais liberais, são
  • 00:18:05
    empresários, são professores, são
  • 00:18:09
    executivos que tão eh gerando negócios,
  • 00:18:13
    eh eh construindo marcas e e tendo que
  • 00:18:18
    viajar. Realmente é eh eh ano passado eu
  • 00:18:20
    viajei bastante, eu
  • 00:18:22
    fiz eu contei o ano passado foram 140
  • 00:18:25
    Voss que eu fiz. Ah, e eu tinha
  • 00:18:29
    percebido isso também. Uma, e uma vez eu
  • 00:18:31
    me dei o trabalho de contar as pessoas
  • 00:18:34
    eh 30% basicamente da dos
  • 00:18:37
    voos. Duas vezes que eu fiz essa
  • 00:18:39
    contagem, isso é empírico, tá? Não é um
  • 00:18:42
    estudo, não é um dado, por favor. Eh,
  • 00:18:45
    eram pessoas que embarcaram por pela
  • 00:18:48
    prioridade e poucos turistas. Sim,
  • 00:18:51
    muitos executivos com
  • 00:18:53
    notebook, com salto alto, como falaste,
  • 00:18:56
    né? Então, parece que ter 60 anos de
  • 00:18:59
    idade é o novo cartão black para quem
  • 00:19:02
    viaja, quem viaja nas companhias aéreas,
  • 00:19:06
    entra antes, garante sua bagagem no
  • 00:19:08
    bagagê, não importa se tá na premium
  • 00:19:12
    economy ou no último assento. Sim, esse
  • 00:19:16
    é falando um pouquinho, pegando um
  • 00:19:18
    pouquinho do do gancho da longevidade
  • 00:19:19
    aqui que você traz, né? Eh, a gente vai
  • 00:19:22
    viver cada vez mais, né? e essa
  • 00:19:24
    questão da da economia ativa, da
  • 00:19:28
    atividade, a gente faz tá cada acho quem
  • 00:19:31
    tá com 60, com 50 hoje com 40 é o acho
  • 00:19:36
    que o 50 é os novos, sei lá, 30, né? E
  • 00:19:38
    acho que os 40 é os novos 20, não sei,
  • 00:19:41
    tô escutando aqui. E os 60 é o qu? Novos
  • 00:19:43
    40, porque tá muito, é, tá muito
  • 00:19:46
    diferente, né? É, as pessoas estão, elas
  • 00:19:49
    têm inclusive uma aparência diferente,
  • 00:19:52
    né? Fisicamente se vestem, tem atitudes
  • 00:19:55
    diferentes, tem planos para para pros
  • 00:19:58
    próximos 30 anos, planos
  • 00:20:00
    profissionais. Ou seja, isso isso
  • 00:20:03
    impacta na nossa maneira de ser, né? E
  • 00:20:06
    também, Bruno, acontece o seguinte, ó.
  • 00:20:07
    Quando a gente analisa os baby boomers,
  • 00:20:11
    quem são eles, né? Quem são eles? O que
  • 00:20:13
    que se alimentam? O que que eles viram
  • 00:20:15
    quando eram adolescentes? Eles viram o
  • 00:20:17
    nascimento do rock and roll no mundo.
  • 00:20:21
    Olha aí, Renê. Olha aí, Renê. Essa foi a
  • 00:20:24
    geração que fez a disrupção
  • 00:20:27
    comportamental. Eles iam, depois da
  • 00:20:29
    Segunda Guerra Mundial, o Elvis Presley
  • 00:20:31
    fazia três filmes por ano. E aí o cinema
  • 00:20:35
    era internet da época, era pelo cinema
  • 00:20:37
    que chegavam os estilos musicais, o
  • 00:20:39
    comportamento.
  • 00:20:40
    Ã, bom, Chuck Berry e Ol Pres são os
  • 00:20:43
    pais do rock and roll. Isso impactou no
  • 00:20:46
    comportamento dessas pessoas. As
  • 00:20:47
    mulheres começaram a usar biquíni,
  • 00:20:49
    depois encararam a pílula
  • 00:20:51
    anticoncepcional e isso foi muito
  • 00:20:54
    disruptivo. Então, a gente acha que a
  • 00:20:56
    geração alfa assim são os grandes eh
  • 00:21:00
    agentes de transformação comportamental,
  • 00:21:03
    não. Quem deu um salto mesmo foram essas
  • 00:21:06
    pessoas. E que que eu quero falar com
  • 00:21:08
    isso? dentro deles ainda tem esse
  • 00:21:11
    espírito de revolução, de eu quero fazer
  • 00:21:15
    diferente, eu não quero ser como foram
  • 00:21:17
    meus pais, não que eu não honre meus
  • 00:21:19
    pais, mas eu quero ter um estilo de vida
  • 00:21:21
    diferente deles. Assim eles pensaram e
  • 00:21:24
    assim eles estão agindo. E por isso que
  • 00:21:25
    a gente
  • 00:21:27
    vê senhores aí de 70 anos de idade, de
  • 00:21:30
    tênis, camiseta preta, parecido como eu
  • 00:21:33
    tô me vestindo aqui, né? Como o som da
  • 00:21:36
    geração X.
  • 00:21:38
    H, pensando para onde ele vai viajar no
  • 00:21:42
    próximo mês. Sim. Uma viagem de turismo,
  • 00:21:44
    por exemplo. E de novo, a gente, você
  • 00:21:47
    começou falando que existe uma
  • 00:21:48
    heterogeneidade muito grande, né? Mas é
  • 00:21:51
    possível a gente colocar, traçar talvez
  • 00:21:54
    uma linha, né, de como é o processo de
  • 00:21:56
    decisão de compra desse público? Assim,
  • 00:22:00
    ó, eu tô fazendo toda a minha cola aqui
  • 00:22:01
    do a minha pauta. Vocês vem às vezes eu
  • 00:22:05
    tirando tudo da minha cabeça ou às vezes
  • 00:22:06
    eu pegando do celular ou até uma folha,
  • 00:22:09
    mas hoje a minha cola, ou minha pauta tá
  • 00:22:11
    aqui no livro. Muito bem. Eh, esse é um
  • 00:22:15
    consumidor eh
  • 00:22:18
    experiente
  • 00:22:20
    eh eh racional. O que que acontece? Eh,
  • 00:22:25
    a partir dos 60 anos de idade, aí a
  • 00:22:27
    gente entra um pouquinho no
  • 00:22:28
    neuromarketing, Bruno. A partir dos 60
  • 00:22:30
    anos de idade, o
  • 00:22:32
    nosso o sistema límbico que é
  • 00:22:34
    responsável pelo impulso do vai compra,
  • 00:22:37
    experimenta, te joga, vai acabar, leva.
  • 00:22:41
    Eh, ele que nos conduz principalmente na
  • 00:22:44
    adolescência, na meia idade, ele vai
  • 00:22:47
    ficando menos importante à medida que os
  • 00:22:50
    60 anos vão chegando. E o nosso córtex
  • 00:22:52
    pré-frontal, que é responsável pela
  • 00:22:54
    censura e pela razão, e começa a ganhar
  • 00:22:58
    espaço. E aí, antes de cada decisão, ele
  • 00:23:00
    sempre vai perguntar: "Isso é
  • 00:23:02
    importante, eu quero? Isso vai me
  • 00:23:04
    ajudar? É barato? É bom?"
  • 00:23:06
    começa a colocar questões
  • 00:23:08
    racionais nesse processo de decisão.
  • 00:23:11
    Então, nós estamos falando de um
  • 00:23:13
    consumidor que tem renda, consumidor que
  • 00:23:16
    tá aberto a novas experiências, tá
  • 00:23:19
    aberto a trocar de marca, desde que faça
  • 00:23:21
    sentido,
  • 00:23:23
    ã, e é racional nas suas decisões.
  • 00:23:25
    Então, eu preciso convencê-lo também,
  • 00:23:28
    acrescentar junto com o apelo emocional
  • 00:23:32
    do filme ou do texto ou da da venda,
  • 00:23:36
    acrescentar quais são os atributos
  • 00:23:38
    racionais, por que que ele precisa, por
  • 00:23:40
    que que aquele produto vai ser útil e
  • 00:23:42
    importante para ele. Essa é a primeira
  • 00:23:46
    percepção. Tem uma outra questão também
  • 00:23:49
    que se chama a curva U da felicidade.
  • 00:23:52
    é um estudo que é conduzido por uma das
  • 00:23:54
    uma das faculdades que leva esse estudo
  • 00:23:57
  • 00:23:58
    tem 80 anos mais ou menos que esse
  • 00:24:01
    estudo tá acontecendo eh no mundo. E
  • 00:24:05
    eles
  • 00:24:06
    identificaram
  • 00:24:08
    que fazem a seguinte pergunta para
  • 00:24:10
    pessoas: de z0 a 10, qual é a tua
  • 00:24:12
    sensação de felicidade agora, né?
  • 00:24:15
    perguntaram isso em 118 países. E aí a a
  • 00:24:19
    felicidade tá muito próxima de entre 9 e
  • 00:24:24
    oito na
  • 00:24:25
    adolescência. E aí você imagina, nossa,
  • 00:24:27
    que legal, então a felicidade vai
  • 00:24:29
    aumentando depois de se o adolescente já
  • 00:24:32
    tá feliz assim, o que que vai acontecer
  • 00:24:34
    depois? Ela vai descendo, vai
  • 00:24:37
    diminuindo. Eh, aos 45 anos de idade, é
  • 00:24:39
    o momento que a gente tem a menor
  • 00:24:41
    sensação de felicidade aqui no Brasil,
  • 00:24:43
    inclusive.
  • 00:24:45
    H, e depois os 45 você pensa, nossa, se
  • 00:24:48
    é os 45 já tá essa curva lá embaixo, é
  • 00:24:51
    um peral agora, né? Não, não acontece.
  • 00:24:54
    Outra coisa curiosa, a sensação de
  • 00:24:57
    felicidade vai aumentando em especial
  • 00:25:00
    após os 60 anos de idade. E ela forma
  • 00:25:03
    uma curva U. Que legal. Por isso chama
  • 00:25:05
    curva U da felicidade.
  • 00:25:08
    O que que acontece a partir dos 45 anos
  • 00:25:10
    de idade? as pessoas vão ficando
  • 00:25:12
    maduras, vão resolvendo suas vidas, seus
  • 00:25:15
    filhos vão crescendo, vão se
  • 00:25:19
    estabelecendo. ah, as os desafios
  • 00:25:21
    profissionais que são importantes,
  • 00:25:24
    principalmente nesse, nessa nesse
  • 00:25:27
    ambiente que acaba sendo muito idadista,
  • 00:25:30
    né,
  • 00:25:31
    profissionalmente, eh, vão se vão se
  • 00:25:34
    resolvendo e de à medida que a gente vai
  • 00:25:36
    chegando aos 60 anos de idade, nossos
  • 00:25:39
    filhos cresceram, nossos filhos se
  • 00:25:41
    formaram, deram netos, os grandes
  • 00:25:43
    problemas insolúveis da vida se
  • 00:25:45
    solucionaram e assim que a vida e a
  • 00:25:47
    sensação de plenitude aumenta. Então,
  • 00:25:49
    temos um um grupo 60 mais com dinheiro,
  • 00:25:53
    com vontade de experimentar, que é um
  • 00:25:55
    decisor
  • 00:25:56
    racional e tem uma sensação de
  • 00:25:58
    felicidade elevada. Olha só a bomba
  • 00:26:02
    atômica, a bomba atômica que pode ser
  • 00:26:04
    isso, né? Ser bem compreendido, se bem
  • 00:26:08
    administrado e gerido pelas marcas. Sim.
  • 00:26:11
    Mas nesse contexto também ele tem
  • 00:26:12
    desejos e necessidades específicas, né?
  • 00:26:16
    Quais são elas?
  • 00:26:17
    A isso, isso depende muito do momento de
  • 00:26:21
    vida de cada um. Como eu falei, assim, o
  • 00:26:23
    envelhecimento não é linear para todo
  • 00:26:25
    mundo. Tem pessoas que envelhecem com
  • 00:26:27
    dificuldades, tem pessoas que envelhecem
  • 00:26:29
    super bem, eh tem pessoas que resolvem
  • 00:26:33
    aos 70 anos de idade mudar de casa,
  • 00:26:36
    querem sair de um apartamento de 200 m²
  • 00:26:38
    ou 300 m² e morar num apartamento 60,
  • 00:26:41
    mas bem localizado, perto do teatro,
  • 00:26:44
    onde tem uma farmácia na esquina,
  • 00:26:46
    padaria, para fazer toda a sua vida ali
  • 00:26:48
    perto. Ah, tem os que tem as pessoas que
  • 00:26:52
    resolvem voltar a estudar. A gente tá
  • 00:26:54
    vendo um fenômeno, verdade, um fenômeno
  • 00:26:57
    nas universidades onde a gente
  • 00:27:01
    espontaneamente, e as faculdades
  • 00:27:02
    perceberam isso, a gente vê grupos da
  • 00:27:05
    geração Z, Y, X e baby boomers sentados.
  • 00:27:11
    E normalmente o homenageado da
  • 00:27:14
    turma é aquele senhor Grisalho, aquela
  • 00:27:17
    senhora Grisalha que venceu os desafios,
  • 00:27:21
    que conquistou todo mundo e que também
  • 00:27:23
    ajudou a passar a experiência de vida
  • 00:27:26
    dela nas conversas, no intervalo, né?
  • 00:27:29
    acabou sendo um obra amigo. Então esse
  • 00:27:32
    também é um pouquinho desse consumidor
  • 00:27:35
    interessante. Eh, você já citou que
  • 00:27:38
    trabalha para muitas marcas grandes e
  • 00:27:41
    tudo. Quais os principais insightes, as
  • 00:27:44
    principais
  • 00:27:46
    eh percepções que elas acabam tendo
  • 00:27:49
    quando elas começam olhar para esse
  • 00:27:50
    público de uma maneira mais estruturada,
  • 00:27:53
    com lupa, eh sem preconceito, enfim, que
  • 00:27:56
    que elas mais percebem assim, eh, quando
  • 00:28:00
    e que vocês também ajudam a a a extrair
  • 00:28:03
    esse, esses insites? O que que eles
  • 00:28:05
    mais, que que essas empresas mais
  • 00:28:07
    percebem que estavam errando ou ou vendo
  • 00:28:11
    alguma coisa nova, eh, e adaptando, eh,
  • 00:28:15
    por incrível que pareça mesmo, eh, eh,
  • 00:28:19
    nesse, nessa gestão por por dados, né,
  • 00:28:22
    que não é recente, não é de agora junto
  • 00:28:24
    com a inteligência artificial, mas
  • 00:28:27
    muitas empresas ficam surpresas a ao
  • 00:28:30
    perceberem a importância desse
  • 00:28:32
    consumidor na sua carteira de clientes.
  • 00:28:35
    ou como influenciador ou como shopper,
  • 00:28:37
    como decisor direto. Então assim, a
  • 00:28:40
    gente nesse trabalho o que a gente faz
  • 00:28:42
    primeiro é
  • 00:28:43
    mergulhar na relação atual desse cliente
  • 00:28:47
    com esse consumidor e muitas vezes a
  • 00:28:49
    gente precisa extrair dados, né? por
  • 00:28:51
    exemplo, no segmento de seguros, onde a
  • 00:28:53
    gente fez um projeto muito bacana,
  • 00:28:55
    nenemos um produto que inclusive foi
  • 00:28:57
    premiado na C, na CNEG, eh um seguro
  • 00:29:03
    residencial em que o diferencial está
  • 00:29:07
    nas
  • 00:29:09
    assistências, não só na cobertura do
  • 00:29:11
    imóvel ou uma cobertura para
  • 00:29:15
    substituição de vidros, mas as
  • 00:29:18
    assistências para pessoas que querem
  • 00:29:20
    continuar morando
  • 00:29:22
    sozinhas, mesmo depois mesmo depois de
  • 00:29:25
    60, 70, 80 anos de idade. Ou seja,
  • 00:29:29
    pequenos reparos, pequenos afazeres,
  • 00:29:33
    como, por
  • 00:29:34
    exemplo, chamar assistência para mover
  • 00:29:37
    um sofá da sala e retirar o tapete que
  • 00:29:40
    precisa ser levado na lavanderia. Olha,
  • 00:29:42
    eh, fixar uma barra de segurança no box,
  • 00:29:46
    eh, trocar a lâmpada, porque os
  • 00:29:48
    eletricistas não fazem, os eletricistas
  • 00:29:50
    de de segurador não fazem esses pequenos
  • 00:29:54
    ajustes, mas se entende, se entendeu que
  • 00:29:57
    isso contribui pra segurança do
  • 00:29:59
    residente e também pra independência. as
  • 00:30:02
    pessoas, e essa aqui é a palavra, as
  • 00:30:04
    pessoas querem se manter independentes,
  • 00:30:07
    Bruno. E essa palavra pode ser expitada
  • 00:30:10
    para vários aspectos. A independência
  • 00:30:13
    para fazer a gestão da minha conta
  • 00:30:16
    bancária, ou seja, aplicativos ou
  • 00:30:19
    interfaces que sejam fáceis de serem
  • 00:30:20
    utilizadas e dependência para fazer
  • 00:30:23
    minhas decisões de compra e dependência
  • 00:30:26
    para manter a minha casa segura para que
  • 00:30:27
    eu possa morar sozinho por mais tempo.
  • 00:30:30
    Uhum. Essa questão do seguro é tão
  • 00:30:33
    importante que a Porto Seguro fez um
  • 00:30:36
    spino-Off só dessa área. E tem, por que
  • 00:30:39
    que eu tô falando da Porto Seguro aqui,
  • 00:30:41
    pessoal? Porque a gente tem um episódio
  • 00:30:42
    gravado aqui com o Head Marketing,
  • 00:30:45
    superintendente marketing da Porto, né,
  • 00:30:48
    que contou pra gente um pouquinho do que
  • 00:30:50
    eles estão fazendo de marketing lá na
  • 00:30:52
    Porto.
  • 00:30:53
    Inclusive é um link que eu tô fazendo
  • 00:30:55
    aqui para você acessar esse episódio
  • 00:30:57
    também. Tá muito bacana. tá falando aqui
  • 00:30:58
    de de sala de seguro, mas deixa eu
  • 00:31:01
    aproveitar que eu fiz um parênteses aqui
  • 00:31:03
    e vou voltar. Você já está inscrito no
  • 00:31:06
    CO Summit 2025? Eh, você que já viu o CO
  • 00:31:11
    Summit Online, ã
  • 00:31:14
    cinco edições que a gente teve do CO
  • 00:31:16
    Summit Online e acabei de ver hoje,
  • 00:31:18
    Martin, olha que interessante, um dado
  • 00:31:20
    que o maior desejo de quem viu o CO
  • 00:31:23
    Summit online era participar dele
  • 00:31:26
    presencialmente. A gente estava tava
  • 00:31:28
    olhando aqui uns dados e esse era o
  • 00:31:30
    maior desejo das pessoas. Então assim,
  • 00:31:32
    se você já viu o CO Summit online, eu
  • 00:31:35
    tenho certeza que você tem o desejo de
  • 00:31:37
    estar presencialmente nesse evento.
  • 00:31:39
    Então anota na sua agenda e busca aí
  • 00:31:42
    semolosummit.com.br dia 25, 26 de junho
  • 00:31:45
    no Expo Center Norte aqui em São Paulo.
  • 00:31:49
    Garanta já a sua vaga. Vão ser poucas
  • 00:31:52
    vagas, não, a gente vai fazer um evento
  • 00:31:54
    gigante, mas vai ser um evento grande aí
  • 00:31:56
    para milhares de pessoas. Então
  • 00:31:58
    aproveita. Voltando aqui, a gente falou,
  • 00:32:00
    tava falando da da Porto que criou um
  • 00:32:03
    seguro específico só para paraa
  • 00:32:06
    assistência do do eh doméstica, né?
  • 00:32:09
    Porque viu a importância disso e você
  • 00:32:11
    trazendo isso para pra geração 60 mais,
  • 00:32:14
    né? Eh, e quando você falou também de
  • 00:32:16
    independência, isso tá muito ligado
  • 00:32:19
    também à tecnologia, né? Porque acho que
  • 00:32:20
    é uma das áreas que e era um pouco de
  • 00:32:23
    tabu, né? Como é que tá a relação desse
  • 00:32:25
    público 60 mais com a tecnologia?
  • 00:32:28
    Bom, assim, eh, se esse grupo viu o
  • 00:32:32
    nascimento do rock and roll e fez as
  • 00:32:34
    coisas mais
  • 00:32:35
    disruptivas dos últimos e 100 anos, eh o
  • 00:32:40
    smartphone ou a tecnologia não é uma
  • 00:32:42
    coisa que assusta a maioria deles. Hoje
  • 00:32:45
    nós temos no Brasil, assim 79 76%,
  • 00:32:49
    desculpe, 76% da população com 60 anos
  • 00:32:52
    ou mais tem smartphone e
  • 00:32:55
    usa. Então assim, essa quando a gente
  • 00:32:59
    fala em tecnologia para eles, claro que
  • 00:33:00
    hoje tem diversos gadgets e diversas
  • 00:33:04
    utilizações de tecnologia, mas o
  • 00:33:06
    principal canal de relacionamento com
  • 00:33:08
    esse consumidor é uma tela de 6
  • 00:33:11
    polegadas. É o WhatsApp, uma tela
  • 00:33:14
    mobile, seja o WhatsApp ou que que for.
  • 00:33:17
    Eh, se eu quero conversar com esse
  • 00:33:19
    consumidor, seja para vender ou para
  • 00:33:22
    apresentar um diferencial do meu
  • 00:33:23
    produto, me relacionar,
  • 00:33:25
    ã, prestar contas, eu tenho que fazer
  • 00:33:28
    meu site funcionar bem numa tela de 6
  • 00:33:32
    polegadas.
  • 00:33:34
    E aí existem várias técnicas para isso,
  • 00:33:36
    né, para entender também o que que é
  • 00:33:39
    importante. E nesse
  • 00:33:41
    conceito, uma coisa que tem nos ajudado
  • 00:33:43
    bastante, assim, a gente tem ajudado
  • 00:33:45
    clientes, menos é mais, não que eles não
  • 00:33:48
    tenham
  • 00:33:49
    capacidade. Eu gosto de contar uma
  • 00:33:51
    história, Bruno, eh, que vai
  • 00:33:53
    simplificar, que vai, eh, contar, eh,
  • 00:33:56
    fácil de entender. Eh, o meu pai sempre
  • 00:33:59
    teve celular, aqueles de dobrar de
  • 00:34:02
    teclinha, né?
  • 00:34:03
    H, para discar. Um dia eu cheguei na
  • 00:34:05
    casa dele, tinha um smartphone que ele
  • 00:34:08
    tinha comprado na companhia e que tava
  • 00:34:11
    querendo ajuda para instalar o chip e
  • 00:34:15
    fazer instalar o
  • 00:34:17
    Skype. Aí eu perguntei, mas isso muitos
  • 00:34:20
    anos atrás, tá? Meu pai faleceu alguns
  • 00:34:23
    anos e perguntei: "Pai, mas que é isso?
  • 00:34:27
    Como é que tu quer, o que quer fazer com
  • 00:34:28
    isso? Se até então tu tinha um controle
  • 00:34:31
    remoto". Na verdade, ele toda vez que
  • 00:34:32
    ele comprava um televisor novo, ele
  • 00:34:35
    pegava o controle remoto dele, passava
  • 00:34:37
    fita
  • 00:34:37
    crepe em quase todos os botões e deixava
  • 00:34:41
    somente liberados. Ele customizava o
  • 00:34:45
    controle remoto dele para ligar, ligar e
  • 00:34:48
    desligar, mudar de canal e aumentar ou
  • 00:34:50
    baixar o volume. Assim eram os controles
  • 00:34:53
    remotos. E eu entendi aquilo como
  • 00:34:55
    limitação tecnológica.
  • 00:34:58
    Aí com essa do smartphone eu perguntei
  • 00:35:01
    para ele, tá? Mas por que que tu quer
  • 00:35:02
    fazer isso? É teu teu interesse? Talvez
  • 00:35:04
    tu não vai conseguir. Não é que eu vi a
  • 00:35:07
    Juliana, que é minha irmã, conversando
  • 00:35:10
    com a com a com a Márcia, que é a neta
  • 00:35:12
    do meu que era neta do meu pai e
  • 00:35:14
    mostrando o Emílio, que era o bisneto
  • 00:35:16
    dele, que tinha nascido na Austrália.
  • 00:35:19
    Meu pai nunca tinha visto pessoalmente o
  • 00:35:21
    bisneto dele, mas via na época minha
  • 00:35:24
    família interagindo pelo Skype e ele
  • 00:35:26
    queria poder falar com a neta dele para
  • 00:35:29
    interagir com o bisneto dele. A gente
  • 00:35:32
    achou aquilo desafiador. Instalamos o
  • 00:35:35
    Skype e ele conseguiu. Ele fazia as
  • 00:35:38
    chamadas, acionava a câmera, fazia tudo
  • 00:35:40
    certinho. Que que eu quero dizer com
  • 00:35:42
    isso?
  • 00:35:44
    Quando a tecnologia faz sentido, Bruno,
  • 00:35:47
    e a interface não é, não atrapalha, eles
  • 00:35:50
    conseguem, todo mundo consegue. Assim
  • 00:35:53
    como as crianças que aprendem por
  • 00:35:54
    tentativa e erro, eles também, né? E o
  • 00:35:57
    smartphone é a principal porta para
  • 00:36:00
    isso. A gente falou um pouco de
  • 00:36:02
    aprendizados e e acertos. Eh, você que
  • 00:36:05
    tá olhando esse público e e as empresas
  • 00:36:09
    todos os dias, né, estava comentando que
  • 00:36:11
    10 anos atrás a gente não tinha ainda
  • 00:36:13
    tanto essa consciência desse público 60
  • 00:36:16
    mais e que hoje todo dia tem alguma
  • 00:36:18
    informação sobre esse público. Ah,
  • 00:36:21
    também muito a partir de vocês também,
  • 00:36:23
    mas o que que você tem visto de acertos
  • 00:36:26
    das empresas nessa para esse público?
  • 00:36:30
    Bom, vários acertos, né? Eh, por
  • 00:36:33
    exemplo, no segmento de nutrição, é uma
  • 00:36:36
    das maiores companhias do Brasil hoje
  • 00:36:38
    tem lá uma divisão inteira, uma unidade
  • 00:36:40
    de de negócio focada no público com 50
  • 00:36:44
    anos a mais, mas quem mais compra são os
  • 00:36:46
    60 mais que estão buscando nutrição pro
  • 00:36:50
    bem-estar, buscando energia. E esse é um
  • 00:36:53
    ponto, né? Essa é a grande área de
  • 00:36:55
    crescimento de produtos e serviços e
  • 00:36:58
    negócios eh no segmento de turismo, né?
  • 00:37:02
    As grandes operadoras e outras
  • 00:37:05
    operadoras criaram unidades de negócio
  • 00:37:07
    também focadas no público 60 mais. Por
  • 00:37:10
    quê? Porque eles fazem o sistema de
  • 00:37:13
    turismo funcionar na baixa temporada.
  • 00:37:15
    Hum. Quando a gente não tá no resort,
  • 00:37:18
    nossos filhos estão na aula, eles estão
  • 00:37:20
    lá e eles não andam sozinho, né?
  • 00:37:24
    Sozinhos. Eles não andam sozinhos, eles
  • 00:37:26
    andam em grupo, né? Eu tenho uma tia que
  • 00:37:28
    é super ativa, ela fala que ela sempre
  • 00:37:30
    tem 40 anos, mas ela já tá já nos 70.
  • 00:37:34
    Vou mandar aqui um abraço pra tia Olga.
  • 00:37:35
    Eu já mandei algum algum programa,
  • 00:37:37
    alguma coisa que a gente já fez. Eu já
  • 00:37:39
    já falei da tia Olga, não lembro, tem
  • 00:37:42
    muitos anos, mas vou citar aqui. Ela
  • 00:37:44
    sempre fala que tem 40 e poucos, mas ela
  • 00:37:45
    já tá beando ali. Não vou falar a idade,
  • 00:37:48
    né? Mas ela já passou do 60 a mais, né?
  • 00:37:50
    E e eu vejo no no Instagram agora. Ela
  • 00:37:53
    já tá no Instagram. Já tem um tempinho
  • 00:37:55
    ela tá no Instagram, mas antes era só
  • 00:37:57
    Facebook. É só elas esse esse público
  • 00:38:01
    que eles só andam em bando. Eu eu não
  • 00:38:04
    sei se é uma um olhar meio envezado da
  • 00:38:06
    tia Olga, mas é só grupo, né? É grupo da
  • 00:38:10
    hidro, é o grupo da da dança, é o grupo
  • 00:38:12
    da viagem e o mercado de turismo também,
  • 00:38:15
    assim, eles não andam sozinhos sempre é
  • 00:38:18
    mais de um, né? Porque eles fazem
  • 00:38:19
    companhia um pro outro, né? O que que
  • 00:38:21
    acontece? A tua tia Olga, ela encontrou
  • 00:38:24
    os grupos de interesse dela e são
  • 00:38:27
    vários. Ela deve ter quatro, pelo jeito
  • 00:38:29
    ela é muito ativa, deve ter pelo menos
  • 00:38:31
    quatro grupos diferentes. O da da
  • 00:38:34
    comunidade, dos vizinhos, a da turma da
  • 00:38:36
    cozinha que ajuda a fazer marmita para
  • 00:38:39
    para distribuir eh do yoga ou da
  • 00:38:42
    ginástica, da academia.
  • 00:38:45
    Eh, e assim eles vão construindo a sua
  • 00:38:48
    rede de relacionamento por interesse.
  • 00:38:52
    Então, normalmente quando a gente é
  • 00:38:54
    criança, a gente cria os nossos amigos e
  • 00:38:57
    a gente tem acaba tendo bons, poucos
  • 00:38:59
    amigos a vida inteira, né? Mas eles
  • 00:39:02
    perceberam, e isso é bem bem bacana, que
  • 00:39:06
    sempre alguém novo pode trazer alguma
  • 00:39:08
    coisa nova, estimulante, divertida, e me
  • 00:39:10
    levar a lugares que eu nunca fui. Então
  • 00:39:13
    eles estão abertos a essas novas
  • 00:39:14
    experiências e por isso que ela acabam
  • 00:39:17
    andando em bando, né? Quando uma tá
  • 00:39:19
    desanimada, ah, pois é, eu acho que eu
  • 00:39:21
    não vou hoje. O WhatsApp deve incomodar
  • 00:39:24
    ela até que ela chame o Uber e vá se
  • 00:39:27
    encontrar com as amigas. E é assim que
  • 00:39:29
    acontece, né? Esses são os novos
  • 00:39:31
    comportamentos. É interessante isso, né?
  • 00:39:34
    Porque a gente vê talvez nas gerações
  • 00:39:37
    mais novas um isolamento, né? Um
  • 00:39:40
    isolamento nas telas inclusive, né? Eh,
  • 00:39:44
    e um comportamento às vezes um pouco
  • 00:39:46
    também hedonista, bem diferente desse
  • 00:39:48
    público, né? Que vive em comunidade e
  • 00:39:50
    que tá sempre ali e bem ativo, né?
  • 00:39:54
    assim, ó, o a internet, o as tecnologias
  • 00:39:58
    para os jovens é a forma de de eu ficar
  • 00:40:01
    em casa, de eu me me trancar em casa
  • 00:40:06
    e eh trazer o mundo,
  • 00:40:10
    ã, ir ao mundo sem sair de casa, tá?
  • 00:40:14
    Seja o mundo real, o mundo virtual, seja
  • 00:40:17
    eh e para o público maduro, o público se
  • 00:40:19
    senta mais, a internet é a porta da
  • 00:40:21
    sala. É pela internet que eu vou receber
  • 00:40:24
    e vou convidar minhas amigas para virem
  • 00:40:26
    na minha casa. É pela pela que eu vou
  • 00:40:29
    sair para uma viagem, ou seja, eh a para
  • 00:40:34
    a população mais jovem, a tecnologia, o
  • 00:40:38
    smartphone é o
  • 00:40:40
    fim. É o o falando em início meio fim,
  • 00:40:43
    né? Eh, é o fim. Não que o fim que
  • 00:40:45
    acabou, mas eh é ali e eu vou ficar ali
  • 00:40:48
    e tá bom. Sim, para o público mais
  • 00:40:50
    velho, essa telinha de 6 polegadas do
  • 00:40:53
    smartphone é o começo, é o meio, é o
  • 00:40:57
    meio para chegar ao fim que é o grupo, a
  • 00:41:01
    viagem, o restaurante, o baile. Sabe o
  • 00:41:04
    que que tá acontecendo, Bruno? tem, a
  • 00:41:06
    gente faz algumas pesquisas e participa
  • 00:41:08
    de algumas pesquisas bem interessantes.
  • 00:41:10
    Eh, e tem mães que tão dizendo: "A minha
  • 00:41:14
    filha não para de me encher o saco e
  • 00:41:17
    fica me mandando mensagem quando eu não
  • 00:41:19
    chego em casa até às 6 da tarde,
  • 00:41:23
    sábado." Olha, coisa que a gente faz,
  • 00:41:26
    fazia ou ainda faz com os nossos filhos
  • 00:41:29
    adolescentes, eh, mulheres maduras estão
  • 00:41:32
    falando, fazendo com as suas mães, né?
  • 00:41:35
    ou uma mãe separada, uma mãe viúva ou
  • 00:41:37
    até a mãe que tá que que o marido ficou
  • 00:41:39
    em casa, ficou na no grupo dele e ela
  • 00:41:42
    saiu com as amigas e foi no baile, foi
  • 00:41:45
    se divertir e daqui a pouco escureceu e
  • 00:41:47
    a mãe não apareceu ainda e começa o zap
  • 00:41:50
    a apitar. Onde é que tu tá, mãe? A é
  • 00:41:54
    impressão minha ou as mulheres são mais
  • 00:41:56
    ativas do que os homens nessa faixa
  • 00:41:58
    etária? Muito mais são mais ativas. Elas
  • 00:42:02
    foram ativas, na verdade, tempo, se a
  • 00:42:06
    gente analisar bem a vida, o tempo, né,
  • 00:42:09
    o homem pensa que ah, eu trabalho das 6
  • 00:42:12
    da manhã até às 5 da tarde e isso é
  • 00:42:16
    super exaustivo. É, é exaustivo, não tô
  • 00:42:19
    minimizando, mas as mulheres nessa faixa
  • 00:42:22
    etária, a maioria delas eh criou os
  • 00:42:25
    filhos, né? Então, as mulheres foram
  • 00:42:27
    mães do marido, foram mães dos filhos,
  • 00:42:31
    foram
  • 00:42:33
    mães dos pais do marido, mães dos pais
  • 00:42:37
    dos pais dela, ou seja, foi foram mães
  • 00:42:39
    de todo mundo. E dá um trabalho ser mãe
  • 00:42:42
    de tanta gente assim. Então, por isso
  • 00:42:45
    que até a gente percebeu eh a partir de
  • 00:42:48
    alguns dados bem interessantes que a
  • 00:42:50
    gente extraiu de uma pesquisa da Maturi.
  • 00:42:53
    Eh, nós, a pergunta era: "Quais são os
  • 00:42:56
    seus hobbies preferidos quando você pode
  • 00:42:58
    fazer qualquer coisa, né? Perguntamos
  • 00:43:00
    para mulheres com 60 anos ou mais e
  • 00:43:02
    homens com 60 anos ou
  • 00:43:04
    mais. Assim, aí, grosso modo, a gente
  • 00:43:06
    pode pensar: "Poxa vida, óbvio que deve
  • 00:43:08
    ser ficar com os netos, se agarrar nos
  • 00:43:11
    netos e não querer soltar mais. Eh,
  • 00:43:13
    cuidar dos netos, Bruno, é a 18ª opção
  • 00:43:17
    de hobby para as
  • 00:43:19
    mulheres com 60 anos ou mais, as classes
  • 00:43:21
    A, B e C.
  • 00:43:23
    Olha, ou seja, ela tem 17 coisas que ela
  • 00:43:26
    quer fazer antes para se divertir e como
  • 00:43:29
    hobby para os homens. É a 15ª opção de
  • 00:43:33
    hobby cuidar dos netos.
  • 00:43:36
    Os netos até tão melhores assim, uma
  • 00:43:39
    conta melhor com o vovô, porque o vovô
  • 00:43:41
    tava trabalhando, não viu os filhos
  • 00:43:43
    crescendo, não vira o filho dar o
  • 00:43:45
    primeiro passinho, não viram o filho
  • 00:43:47
    dizer mamãe, porque eles sempre dizem
  • 00:43:48
    mamãe a primeira vez, nunca pro pai. Ou
  • 00:43:51
    seja, estão ressignificando a
  • 00:43:53
    paternidade que eles não conseguiram. E
  • 00:43:55
    as mulheres que foram mães de todas
  • 00:43:57
    essas pessoas que eu falei, disseram:
  • 00:44:00
    "Agora é minha vez." E esse é o recado,
  • 00:44:04
    independência.
  • 00:44:06
    Agora é minha
  • 00:44:08
    vez. Eles têm dinheiro, eles têm tempo,
  • 00:44:12
    eles são críticos e a gente tá
  • 00:44:14
    aumentando aqui a potência da nossa
  • 00:44:16
    bomba atômica quando a gente fala do
  • 00:44:18
    consumo 60 mais, né? Sim. Martim Rei,
  • 00:44:22
    que sócio fundador da CNEB, um prazer
  • 00:44:24
    ter você aqui com a gente no nosso
  • 00:44:25
    podcast Mundo do marketing. Deixa um
  • 00:44:27
    recado aí final pras marcas, né? Porque
  • 00:44:30
    eu acho que são as principais
  • 00:44:31
    interessadas em entender o público, né?
  • 00:44:33
    a gente tem eh falado muito, a gente
  • 00:44:36
    fala todo, a gente fala todos os dias,
  • 00:44:38
    né, com executivo de marketing, eles
  • 00:44:40
    comentam muito do desafio de chamar
  • 00:44:42
    atenção eh da nova geração eh ou do
  • 00:44:46
    público deles em geral, porque a atenção
  • 00:44:48
    tá muito
  • 00:44:50
    eh muito difícil de captar, né, para
  • 00:44:53
    esse público, eh, qual o principal
  • 00:44:56
    desafio aí para as marcas que elas têm
  • 00:44:58
    que
  • 00:44:59
    botar uma lupa maior? Bom, assim, a
  • 00:45:03
    briga por atenção acontece também com
  • 00:45:05
    essas gerações, tá? Eh, várias
  • 00:45:08
    tecnologias competindo pela Então,
  • 00:45:10
    assim, a briga pela atenção é o lugar
  • 00:45:12
    comum mesmo no 60 mais. Mas o que que o
  • 00:45:14
    recado que eu dou pros gestores, pros
  • 00:45:17
    decisores de marcas, é vamos entender
  • 00:45:19
    como as nossas marcas estão se
  • 00:45:21
    relacionando com esse público, eh, o
  • 00:45:23
    quanto esse público já participa dos
  • 00:45:26
    nossos negócios, seja como shopper ou
  • 00:45:30
    como influenciador ou como usuário.
  • 00:45:33
    Ah, vamos ver se as nossas equipes de da
  • 00:45:38
    indústria criativa, nossas equipes de
  • 00:45:40
    venda e desenvolvimento produtos também
  • 00:45:42
    estão enxergando e entendendo como se
  • 00:45:44
    relacionar com esse público. Não, para
  • 00:45:47
    fazer um comercial focado no público
  • 00:45:49
    maduro, não adianta só botar um tiozinho
  • 00:45:52
    grisalho no filme. Então, isso pode até
  • 00:45:56
    atrapalhar muitas vezes e eh é entender
  • 00:45:59
    o que que eles querem e como que a gente
  • 00:46:01
    pode criar. H, vínculos reais na
  • 00:46:05
    linguagem adequada da forma certa com
  • 00:46:07
    esse público. Então, assim, vamos
  • 00:46:09
    mergulhar nesse nesse mercado. O Brasil
  • 00:46:12
    tá envelhecendo cada vez mais. Esse ano
  • 00:46:14
    nós vamos fechar com 53 milhões,
  • 00:46:17
    desculpa, 35 milhões 300.000 pessoas
  • 00:46:20
    dessa faixa etária. 17% da população. Em
  • 00:46:23
    algumas cidades, Bruno, como eh São
  • 00:46:26
    Paulo, Rio de Janeiro, eh, de cada cinco
  • 00:46:29
    habitantes, um tem 60 anos a mais. em
  • 00:46:32
    Porto Alegre, de cada quatro habitantes,
  • 00:46:34
    um tem 60 anos ou mais. Isso é grande,
  • 00:46:38
    isso é gigante. E esse é meu minha
  • 00:46:41
    sugestão, né, para que a gente tenha
  • 00:46:43
    começa a construir e aprender como
  • 00:46:46
    vender, como nos relacionar,
  • 00:46:48
    principalmente com eles. Muito bom,
  • 00:46:51
    muito obrigado, Martim. Obrigado por ter
  • 00:46:53
    trazido esse tema tão interessante pra
  • 00:46:54
    gente e que com certeza vamos continuar
  • 00:46:57
    falando aí pelos próximos 10, 15, 20
  • 00:47:00
    anos, né, para sempre. sempre teremos 60
  • 00:47:02
    mais. É verdade, né? Cada vez mais. É
  • 00:47:05
    isso. Um grande abraço para você,
  • 00:47:09
    habitante do mundo do marketing, que
  • 00:47:10
    teve com a gente aqui. Continue aí com a
  • 00:47:12
    gente, tem muitos conteúdos para você
  • 00:47:14
    acessar. E nos vemos no CMO Summit 2025.
  • 00:47:18
    Até lá. Tchau. Tchau.
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