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[Música]
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E aí pessoa beleza bom mais uma vez com
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vocês aqui Professor Guga Valente aqui
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do Brasil escola e hoje eu vou falar de
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um gênero vou dar uma se na verdade é
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uma sequência de gêneros né mas hoje
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especialmente eu vou dar início a essa
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sequência de gêneros com um dos meus
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prediletos que é a crônica esse gênero
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super famoso super Popular muito comum a
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maioria de nós tem contato com esse
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gênero às vezes sem ter noção disso e
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hoje eu vou falar um pouquinho desse
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gênero com
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[Música]
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vocês Bom a palavra crônica aqui como
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você tá vendo na tela né com h e tal é
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na verdade uma referência a quando esse
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texto surgiu Então essa palavra crônica
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tem o mesmo radical que a gente usa por
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exemplo para falar cronômetro né ou seja
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tem a ver com tempo então o registro a
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crônica Na verdade essa crônica antiga
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ela significava isso o registro dos
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acontecimentos dentro de um dado tempo
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né como se fosse um texto que reportase
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esses acontecimentos então provavelmente
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você já ouviu falar aí de algumas
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crônicas que na verdade não se parecem
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com as crônicas que você conhece por
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exemplo a gente tem um romance famoso
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chamado As Crônicas de Nárnia né quando
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você compara isso a crônica do jornal
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você vê que não tem nada a ver porque a
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crônica a As Crônicas de naria São um
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Romance na verdade é outro gênero
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textual né outro texto é outra pegada
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Então por que que chama crônica é
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exatamente por conta de que esse gênero
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antigamente era um registro dos fatos
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como eles tinham acontecido dentro de
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uma sequência temporal Tudo bem então
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por exemplo a gente vai pensar na
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crônica Ahã antiga e eu poderia citar
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para você como exemplo a famosa carta de
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de peiro vaso de Caminha né também
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conhecido como Nossa certidão de
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nascimento a certidão de nascimento do
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Brasil né em que o peiro vaso de Caminha
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enviado pelo Rei Dom Manuel em Portugal
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ele escreve né Ele conta como é que foi
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quando ele chegou aqui no Brasil né que
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não era Brasil ainda aquele momento ele
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chegou junto com os portugueses teve
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contato com os indígenas e toda aquela
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coisa né então ele vai registrar vai
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descrever como é que era aquilo ali
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então ele tava narrando o que ele estava
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vendo narrando e escrevendo assim foi
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durante muitos anos a crônica teve essa
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mesma pegada de ser narrativa e
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descritiva ela passa a ter essa
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característica que a gente vê hoje nas
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crônicas cotidianas a partir do século
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XIX beleza aqui no Brasil Mais
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especificamente no século XIX a gente
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vai ver escritores Como Machado de Assis
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escritores Como José de Alencar famosos
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romancistas brasileiros nós vamos ver
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esses caras dando início à produção
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dessa nova crônica no Brasil bom bom a
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gente tem que pensar num contexto
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histórico né século XIX a gente já tem o
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desenvolvimento da Imprensa nós já temos
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jornais né Isso já tá bem bastante
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popularizado então a gente não tem mais
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grandes feitos históricos para ser
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contados para ser registrados ali porque
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na época não havia livros ou imprensa né
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não tem mais grandes descobertas no
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mundo a se fazer então aquele gênero vai
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deixando de ter importância e aí esse
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novo gênero crônica surge né então a
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crônica ela passa a ser um texto curto
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sobre relatos de situações do cotidiano
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não mais de feitos históricos grandiosos
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mas agora de coisas pequenas do
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cotidiano de coisas assim do dia a dia
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de temas ali que estão na boca do povo
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vamos dizer assim né a respeito disso O
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Machado de Assis né um grande escritor
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já com uma
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preênsil de que jeito é essa crônica e
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eu vou mostrar para vocês um trechinho
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dessa crônica né vou mostrar para vocês
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a introdução dela para vocês terem uma
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noção de como é que o machado pensou
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isso aí Acompanha comigo bom a crônica
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chama-se o nascimento da crônica Olha só
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né O cara naquele naquela época no
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século XIX já tava tendo essa noção E aí
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a crônica dele começa da seguinte
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maneira Há um meio certo de começar a
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crônica por uma trivialidade é dizer que
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calor que desenfreado calor disse is
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agitando as pontas do Lenço bufando como
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um touro ou simplesmente sacudindo a
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sobrecasaca resvala se do calor aos
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fenômenos atmosféricos fazem-se algumas
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conjecturas acerca do sol e da lua
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outras sobre a febre amarela manda-se um
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suspiro a Petrópolis e la Glass é rompi
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está começada a crônica então percebe
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como o machado começa a crônica dele
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falando de uma coisa extremamente
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trivial comentando Exatamente isso nossa
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que calor Sabe aquela conversa de
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elevador não Nossa como tá quente né a
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fica sem graça ali no elevador aquilo
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ali é motivação para escrever uma
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crônica né quando você tá no ônibus ali
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naquele calor aquele tanto de gente
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Acontece uma coisa né alguém tá ouvindo
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música sem fone de ouvido é o famoso DJ
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de ônibus né aquela música autona lá
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todo mundo incomodado Aquilo é motivo
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para escrever uma crônica né uma pessoa
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sentada num bar sozinha bebendo uma
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cerveja olhando pro mundo é motivo para
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escrever uma crônica uma pessoa andando
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pela rua e percebendo né as coisas ao
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redor percebendo o mendigo percebendo as
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vitrines percebendo as pessoas indo e
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vindo né pessoas com trajes de trabalho
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outras com trages casuais turistas etc
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tudo isso se misturando né é motivo para
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escrever uma crônica pensar uma história
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sobre uma coisa que poderia ter
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acontecido no cotidiano é motivo para
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escrever uma crônica ou seja o gênero
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permite que nós façamos de um tudo desde
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que nós tenhamos em mente que o o
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cotidiano é o principal mote o principal
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ponto de partida da produção da crônica
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E aí a gente vai ter vários tipos de
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crônica eu vou selecionar alguns desses
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tipos para falar com você de Out em
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outras aulas né mas basicamente a gente
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tem crônica que conta histórias algumas
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são histórias reais né que os autores
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contam histórias de si mesmos outras
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vezes eles estão na verdade fazendo um
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debate discutindo um tema ah político ou
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um tema social e aí não tem história
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nenhuma é um texto argumentativo a gente
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vai ter algumas crônicas que são muito
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engraçadas né então a gente vai ter
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crônicas que são basicamente para fazer
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a gente rir outras crônicas já visam
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fazer com que a gente reflita sobre
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aquela questão mais profundamente né o
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autor tá num momento ali de introspecção
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pensando alguma coisa do dia a dia e
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tentando se aprofundar Então as
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motivações para você escrever uma
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crônica são as mais diversas e as
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maneiras de se fazer isso também então
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eu eu eu costumo dizer aí É Guga Guga
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Valente falando isso mesmo eu costumo
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dizer que a depois da poesia a crônica é
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o gênero mais livre que existe não tem
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uma única forma de se escrever uma
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crônica né eu posso escrever uma crônica
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que se assemelha tanto a um artigo de
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opinião quanto posso fazer uma crônica
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que se assemelha a um conto por exemplo
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então faz o seguinte vem comigo pras
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próximas aulas de crônica que eu vou dar
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uma geral a gente vai falar de porque
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são muitos tipos de crônica eu não vou
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falar de todos eles mas eu vou tentar
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agrupá-los para poder falar um pouquinho
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de como é que essas crônicas se
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manifestam no nosso cotidiano beleza
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procure crônicas todos os dias os
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jornais publicam crônicas há vários
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autores que publicam esses textos fazem
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reuniões de crônicas que foram
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publicadas muito tempo em jornais e
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revistas e lançam livros nós temos
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excelentes cronistas no Brasil
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excelentes e eu vou fazer isso em cada
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aula vou sempre sugerir para você alguns
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cronistas para que você possa se tornar
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mais íntimo desse gênero e não só paraa
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sua produção textual mas também para
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você começar a apreciar a escrita né e a
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a leitura desses textos porque eles
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Realmente são textos que refletem muito
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na nossa vida tiram um sorriso da gente
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no momento que às vezes a gente não tava
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nem esperando né são textos que fazem a
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gente eh voltar a pensar sobre uma coisa
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que a gente deixou de pensar então é
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muito bacana vale muito a pena a gente
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ter contato com o gênero crônica tudo
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bem bom eu vou ficando por aqui né
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Gostaria que você se inscrevesse no
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nosso canal se você ainda não se
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inscreveu eu não deixe de se inscrever
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no nosso canal Siga a gente nas redes
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sociais os links Estão todos aqui
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embaixo tá aproveita para ver as nossas
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outras aulas também e manda recadinho
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pra gente comenta aí diz o que que você
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achou manda sugestões a gente tá aberto
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a sugestões também tá bom Vejo você na
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próxima aula valeu
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[Música]
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obrigado