00:00:00
E aí
00:00:01
[Música]
00:00:03
[Aplausos]
00:00:07
G1
00:00:11
E aí
00:00:14
[Música]
00:00:23
E aí
00:00:27
[Música]
00:00:28
E aí
00:00:30
oi oi
00:00:33
o quê
00:00:34
[Aplausos]
00:00:35
o
00:00:38
bucetar
00:00:40
Sunny
00:00:42
super se
00:00:44
tira grita
00:00:48
mais um
00:00:54
E aí
00:00:56
E aí
00:00:57
[Música]
00:00:59
Oi
00:01:00
[Música]
00:01:02
Dani Nei de
00:01:06
tomar a Chiara com ar ao iria rir de
00:01:15
tudo
00:01:19
isso não ela não é
00:01:24
isso aqui é o programa feminista
00:01:27
[Música]
00:01:31
feminismo vamos ver como é que o
00:01:34
feminismo é vivido é é atuado nas
00:01:39
aldeias e na cultura indígena né você do
00:01:42
que a gente conversou um pouquinho antes
00:01:43
você já disse que feminismo Não é bem
00:01:45
assim então explica para gente é porque
00:01:48
você perguntou né se eu era feminista já
00:01:51
assim de primeiro Mas respondendo assim
00:01:54
é porque o feminismo
00:01:56
eu acho que as parentes vão concordar
00:01:58
comigo se a gente e
00:02:00
as mulheres vão falar que não existe
00:02:02
essa coisa de feminismo
00:02:04
[Música]
00:02:08
E aí é um pouco e aí eu conhecendo o
00:02:11
feminismo é que eu fui pensar um pouco
00:02:13
sobre também o que que é isso para gente
00:02:15
né e para a gente nem o feminismo não é
00:02:17
o que essa questão né que era o fruto e
00:02:20
anel não-indígena gosto muito do
00:02:21
conceito né conceito feminista isso não
00:02:25
se a DECO dentro da nossa da nossa
00:02:26
Cultura a gente fala da luta da mulher a
00:02:29
luta da Mulher indígena então a gente
00:02:32
não ia isso a gente em vários movimentos
00:02:34
em vários encontros de mulheres que a
00:02:37
gente
00:02:38
fala que a gente defende não é e é isso
00:02:42
que nos diferencia talvez desse
00:02:43
feminismo do produto Oi Ana é Europeu
00:02:47
ocidentalizado é que a nossa luta a
00:02:49
gente não fala a luta da mulher ela
00:02:51
nunca vai falar dela Oi Ângela fala dela
00:02:53
não é sobre a eu quero ser Pajé a eu
00:02:57
quero ser Cacique não é assim claro que
00:03:00
essas coisas fluem ao longo né do
00:03:02
movimento Mas a nossa luta poder lutar
00:03:04
junto pelo nosso bem comum que a terra e
00:03:08
aí ela tá junto voltar com os homens
00:03:10
poder dar nossa contribuição a nossa
00:03:13
visão não tem uma divisão de poder entre
00:03:16
homens e mulheres nas tribos
00:03:19
não é de poder são coisas diferentes e
00:03:23
aí ela possa até compartilhar uma
00:03:24
experiência que uma vez tive na minha
00:03:26
graduação eu conheci entrei na
00:03:28
universidade comecei a conhecer o
00:03:30
feminismo E aí comecei a pensar tanto da
00:03:32
minha cultura quando outras culturas
00:03:34
diferentes que eu vi eu pensava a gente
00:03:35
nossas culturas são muito machistas
00:03:37
muito machista porque o homem não pode
00:03:39
uma indígenas
00:03:41
quando era mais jovem pensava assim e aí
00:03:45
eu fui fazer minha pesquisa com os
00:03:46
parentes lá do Xingu nessa kamaiurá E aí
00:03:49
quando eu tava lá no kuarup ele tem um
00:03:52
ritual é Mas podem ficar do lado de fora
00:03:54
da né na aldeia porque ele tem um
00:03:56
momento de reza e as mulheres têm ficar
00:03:59
trancada dentro de casa e aí quando isso
00:04:01
aconteceu né alto que fala assim avó que
00:04:04
tava que me acolheu na casa dela ou tu
00:04:07
ou tu não é música maior alto que me
00:04:10
acolheu na casa dela ela me procurou na
00:04:12
aldeia para me encontrar para botar
00:04:14
dentro de casa e ficar trancada E aí
00:04:17
dentro de casa e eu escutando os homens
00:04:18
cantando gritando e eu doida para sair
00:04:22
curiosa a gente que que tá acontecendo
00:04:23
lá fora e aí as mulheres todas dentro de
00:04:26
casa tranquila desenho de como se nada
00:04:28
tivesse acontecendo agentes estão
00:04:30
curiosas para saber o que que tá
00:04:32
acontecendo lá fora assim ao que quer só
00:04:34
dos homens nunca tiveram curiosidade
00:04:37
aí a outra falou para mim ela virou para
00:04:40
mim ela falou ela mas tem curiosidade
00:04:42
que não cabe a gente aí ela falou eu não
00:04:45
tenho curiosidade para saber o que os
00:04:46
homens tão fazendo porque só coisa dos
00:04:48
homens Assim como nós mulheres temos
00:04:50
coisas do nosso universo
00:04:52
e as mulheres não é dos homens Aí vai
00:04:55
então da mesma forma que eu não quero
00:04:56
que usar uma mensagem umas coisas do
00:04:57
nosso universo os homens também tem as
00:04:59
coisas dele a gente tem que respeitar
00:05:01
mulher de novo servem aos homens não não
00:05:05
é eu diria que é mais uma relação de
00:05:08
parceria de complementaridade os homens
00:05:11
têm uma função que as mulheres Concordo
00:05:13
eu duvido
00:05:16
das mulheres mas aí a gente pode entrar
00:05:20
no outro ponto que é um processo
00:05:22
histórico que pode falar mais com essa
00:05:24
questão de idade porque porque a gente
00:05:26
vai falar né Mas fala que os nossos eu
00:05:28
tenho machismo na aldeia aí a gente
00:05:30
teria ser a cultura indígena ela é são
00:05:34
dois universos sabe são dois universos o
00:05:36
indígena indígena então eu não posso
00:05:38
querer que o universo indígena é
00:05:42
cerveja e do universo região e
00:05:49
e é como ela disse é a como ela disse
00:05:53
não existe o feminismo existe ela 70 é o
00:05:56
feminino na luta a luta da Mulher
00:06:00
indígena tudo tanto você falar você
00:06:01
feministas não eu sou guerreira então a
00:06:04
uma uma identidade da mulher guerreira
00:06:07
aquela que vai aquela que faz então quê
00:06:10
que ocupa o seu espaço na verdade o
00:06:13
feminismo tem um outro uma outra
00:06:15
conotação para a população aliada
00:06:19
[Música]
00:06:21
e
00:06:23
a população aldeadávila exatamente como
00:06:26
elas estão colocando né que a coisa que
00:06:29
é mais importante é a demarcação da
00:06:31
terra tanto é que agora nós estivemos em
00:06:34
Brasília na marcha primeira marcha de
00:06:37
mulheres indígenas do nosso país gente
00:06:39
duas mil mulheres indígenas do Brasil
00:06:42
inteiro Estavam estavam lá e as suas
00:06:44
mulheres vieram das Aldeias ou ela não
00:06:46
tá então desde das cidades cidades
00:06:48
exatamente de todas as minhas aí o nome
00:06:51
do coleiro o nome da Marcha território
00:06:53
nosso corpo nas espírito porque
00:06:57
exatamente isso território ele garante a
00:07:01
gerações futuras a cultura a língua
00:07:04
porque a primeira coisa que a gente
00:07:05
perde
00:07:10
todas as mulheres que precisam entender
00:07:12
o que que tá acontecendo e nós estamos
00:07:14
aqui em Brasília
00:07:15
justamente para dizer que nós somos
00:07:17
parte desse país e
00:07:21
e
00:07:23
[Música]
00:07:24
quando vocês vem para a cidade tá
00:07:28
Oi como é que vocês viram com os homens
00:07:31
trazendo é muito diferentes não
00:07:34
indígenas ou mesmo os indígenas nas
00:07:36
cidades tem uma diferença grande
00:07:39
na cidade até fala
00:07:43
é porque daí é uma as problemáticas né
00:07:47
resposta falar das que você tá falando
00:07:50
que na cidade não é bem assim né na
00:07:52
cidade a gente tem eu acho que o
00:07:55
principal problema que aquela você
00:07:58
comentou né a gente sabe pouco dos
00:08:00
indígenas mas o que a gente sabe né o
00:08:03
que que esse material que as pessoas
00:08:05
sabem né E aí uma destas questões é o
00:08:08
que que pesa para as mulheres
00:08:09
principalmente a questão principalmente
00:08:11
daí pensa
00:08:12
hipersexualização da mulher indígena né
00:08:15
É isso sim então quando uma mulher
00:08:17
indígenas chegando à cidade Os homens
00:08:19
vão tem aquela
00:08:22
indígenas que já estão aqui não
00:08:24
indígenas e não-indígenas principalmente
00:08:27
os homens indígenas e não tem isso não
00:08:29
tem essa imagem é porque eles não tem
00:08:31
nenhuma outra tem uma outra relação
00:08:33
agora os não-indígenas que você pensa
00:08:36
que as vezes não tiveram nenhum contato
00:08:37
sobre cultura indígena nem sabe nada de
00:08:39
cultura indígena e o que te vi foi na
00:08:41
escola falando da época da colonização
00:08:43
venha olhar indígena eles ficam com ele
00:08:46
como que põe Imaginário deles né Letícia
00:08:50
tish ficaria o fetiche da mulher
00:08:53
indígena então quero molhar indígena a é
00:08:56
Selvagem o pouca roupa vai andar desnuda
00:09:00
vai mexer 12 vai me levar para rede dela
00:09:02
então são vários tabus não é feito isso
00:09:05
não estereótipos que você crê em cima da
00:09:08
mulher indígena então quando a gente
00:09:09
chega na cidade em uma cidade grande
00:09:12
além da gente ter isso né tem que também
00:09:14
a questão do preconceito né porque Qual
00:09:17
o papel a gente falou da invisibilidade
00:09:18
Mas qual que é o papel da mulher
00:09:20
indígena tem na cidade grande Quem é a
00:09:22
mulher indígena na cidade grande que
00:09:24
lugar que a gente ocupa aqui existe um
00:09:26
lugar para gente aqui só que o conceito
00:09:29
de poder não nos é dado o direito de ser
00:09:31
quem somos na cidade né na cidade a
00:09:34
gente tem que se adaptar ao que o branco
00:09:36
quer que a gente seja então quando a
00:09:38
gente coloca os nossos artesanatos ela
00:09:40
tem uma forma de enfrentar um pouco esse
00:09:42
esse esse mundo assim certa forma de nos
00:09:45
fortalecer também na verdade eu também
00:09:47
essa
00:09:48
hipersexualização da mulher indígena
00:09:50
também vem muito do Imaginário social
00:09:53
que coloca aquela a minha família é eu
00:09:58
tenho uma bisavó uma tataravó pega no
00:10:00
laço o que que é você pega no laço que
00:10:04
não é você ser sequestrada e estuprada
00:10:07
na e você pare os filhos do homem que te
00:10:10
esquecer que sequestrou né Então essa
00:10:15
questão que é uma consequência Now de
00:10:17
nascida na aldeia na cidade na cidade de
00:10:20
não existe o isto não é com o estupro
00:10:23
não existe o homem o homem diz não tá
00:10:26
estuprando quer tá fazendo isso pra e
00:10:28
aqui invadir exatamente para te dar no
00:10:31
início vídeo que estupre não que eu
00:10:34
saiba ser não tô idealizamos não acho
00:10:37
que a gente pode falar que de vez eu não
00:10:40
deve é porque aí também a gente não é
00:10:42
para alimentar uma imagem de um bom
00:10:43
selvagem né Mas falar assim Ah deve
00:10:45
existir deve Mas se a gente se conhecer
00:10:49
não é a cultura não é modelar outra
00:10:51
estatística perfeitamente natural não é
00:10:54
um não é casa que a gente fique sabendo
00:10:56
que não pode negar que que tem né só que
00:10:59
tempo conta de várias influências por
00:11:01
conta de pessoas de fora e aí a gente eu
00:11:04
falo isso por conta da Juventude né como
00:11:06
as mulheres indígenas Qual a perspectiva
00:11:07
da da jovem mulheres que eu tô falando
00:11:10
de indígena com indígena não é de uma tô
00:11:13
falando na Perspectiva da Aldeia ipods
00:11:15
usados né na aldeia você tem que tipo de
00:11:18
violência violência externa que são
00:11:20
desses prestam invadindo mas EA
00:11:23
violência também que é porque por
00:11:25
exemplo na nossa região tem muitas o
00:11:28
exemplo da alcoolismo né então o que
00:11:31
acontece é a essa violência cidade duas
00:11:35
formas né tanto na nossa cultura que aí
00:11:38
você envenena o nosso povo né você torna
00:11:42
os homens dependente de um álcool como
00:11:45
você também destrói aquela família
00:11:47
indígena né porque o alcoolismo ele não
00:11:49
pode negar que existe o alcoolismo
00:11:51
indígena nas comunidades né E aí nesse
00:11:54
nessa questão a mulher ela acaba
00:11:56
sofrendo porque a mulher como ela tem
00:11:57
esse cuidado com a família ela vai ter
00:11:59
essa preocupação né com o seu homem com
00:12:02
seu com seus filhos né o que que vai
00:12:04
acontecer o que que acontece quando eles
00:12:06
vão para cidade né então acho que isso é
00:12:08
importante a gente fala também que a
00:12:09
mulher indígena ela tá ali na
00:12:12
vulnerável a vários tipos de violência à
00:12:15
violência externa a violência do do seu
00:12:18
próprio às vezes companheiro por conta
00:12:20
né de um
00:12:22
problema da da colonização que chega na
00:12:25
nossas aldeias e perde uma estrutura e o
00:12:28
tipo de violência que a violência
00:12:29
ambiental que aí a gente também não
00:12:31
tinha comentado né que a violência do
00:12:34
seu território a violência na
00:12:36
funcionando direito a ter uma água limpa
00:12:38
a violência da gente não tem uma terra
00:12:40
para plantar então a mulher indígena ela
00:12:42
tá cercada por vários tipos de
00:12:44
violências assim que eu acho que o
00:12:46
importante a gente entender que são
00:12:48
diversos né experiência de vocês três na
00:12:51
universidade como é nossa é a
00:12:59
porque o conhecimento e
00:13:05
eu
00:13:12
ouvi
00:13:14
falar mesmo da minha orientadora que meu
00:13:17
conhecimento é recipiente para eu estar
00:13:21
naquele nível de Mestrado né troquei de
00:13:24
orientação nunca falei estou falando
00:13:26
isso agora troquei de orientação eu ia
00:13:29
conseguir fazer Tive que fazer tudo de
00:13:31
novo que eu não fiz um ano tipo que tive
00:13:34
fazendo um ano foi quando eu conheci
00:13:35
Amélia Regina Professora Doutora em
00:13:39
Geografia cultural e a gente seja tudo
00:13:43
de novo e eu fiz o e eu fui fazer a
00:13:46
pesquisa que foi reta territorialização
00:13:49
e identidade do Povo mago Cambeba na
00:13:51
aldeia turno carioca que me odeia que
00:13:53
fica próximo à Manaus do Povo Cambeba E
00:13:56
aí eu fui fazer e a gente a gente
00:13:59
conseguiu digo a gente porque a gente
00:14:00
nunca faz só né o olho tá gostei de tá
00:14:01
junto a gente conseguiu 10 da banca um
00:14:04
trabalho que foi feito em Londres mas
00:14:06
até nisso eu tive muita enfrentamento
00:14:08
porque a gente vem com uma base para
00:14:09
explica né porque você vai ser muito
00:14:12
antropologia tem um vídeo no canal você
00:14:14
tá vendo Claro na cabeça é o seu
00:14:18
orientador deve ser outro ponto pico
00:14:19
então e essa relacionado fala marido não
00:14:24
é por exemplo eu não nascia na aldeia
00:14:27
bom então quando eu fui para o para para
00:14:29
Universidade fazer o mestrado meu
00:14:32
mestrado em educação escolar indígena no
00:14:35
estado do Rio de Janeiro políticas
00:14:37
públicas e racismo institucional
00:14:39
então quando eu levei isso para dentro
00:14:41
do mestrado na Rural A professora falou
00:14:46
nossa eu quero muito ver a sua
00:14:48
dissertação
00:14:49
terminada porque isso é um tema que Me
00:14:52
interessou muito eu fui no banheiro
00:14:54
quando eu fui ao banheiro veio uma
00:14:57
professora
00:14:57
que também era aluna do mestrado
00:15:00
virou para mim perguntou assim você
00:15:03
entra de verdade aí
00:15:05
eu olhei para ela sorrir e perguntei a
00:15:10
ela que o que que era para ela ser índio
00:15:13
de verdade
00:15:14
Aí ela disse não aqui não é dependente a
00:15:17
quem nasceu
00:15:19
na aldeia Eu perguntei a ela o que que
00:15:22
você se alto declara e
00:15:24
ela assim da minha cor com cabelo assim
00:15:29
cara coladinho cor Castanha e olhos cor
00:15:33
de mel ela disse eu Me declaro Negra eu
00:15:37
disse mais você não nasceu na África
00:15:39
portanto você também é descendente então
00:15:42
eu quero te perguntar porque você tem o
00:15:45
direito de se autodeclarar Negra e a mim
00:15:48
você dá o direito do não-lugar
00:15:50
porque cê Pardo é um lugar
00:15:56
é muita das vezes as pessoas falam que
00:15:59
quando a gente sai da Aldeia a gente
00:16:01
perde a nossa a nossa cultura
00:16:05
perde
00:16:06
dentro desse índio né muitas vezes a
00:16:10
gente chamada na rua de and Paraguay em
00:16:12
né então isso é uma é uma afronta
00:16:15
praticamente para gente porque o
00:16:18
indígena quando ele sai da sua odeia ele
00:16:20
vem busca de algo para retornar a pessoa
00:16:23
Aldeia levando conhecimento foi o que eu
00:16:25
fiz né A minha vinda para cá para o Rio
00:16:29
de Janeiro foi em busca de conhecimento
00:16:31
para levar para o meu povo para as
00:16:32
mulheres da minha tia para as mulheres
00:16:34
na minha Aldeia
00:16:35
e o sangue o sangue o nosso sangue o que
00:16:40
corre não é para verem sempre grita mais
00:16:42
alta
00:16:43
e a discriminação na cidade grande para
00:16:47
gente eu vou falta de conhecimento uma
00:16:49
ignorância a gente não liga para isso
00:16:50
não é interessante para gente a gente se
00:16:53
15 que a gente é é praticar aquilo que a
00:16:57
gente veio fazer é conseguir aquele
00:16:59
objetivo que a gente vem atrás então é a
00:17:03
minha vida para o Rio de Janeiro foi
00:17:06
buscar tudo isso e levar para o meu povo
00:17:09
de novo é
00:17:15
e a pergunta desse programa é Afinal o
00:17:19
que querem as mulheres
00:17:21
para de falar dos homens quero saber o
00:17:23
que que é ai que mulheres indígenas e
00:17:25
não me enrole em que o que que acha
00:17:28
querem ajuda a já pergunta do Frozen
00:17:31
vende lá de longe o mesmo do céu tá
00:17:35
lutando ao lado dos homens
00:17:38
e elas querem protagonismo também elas
00:17:43
querem é poder ser o que elas quiserem
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agonia de não tem
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então tenho que estão conquistando mais
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protagonismo fazer na cidade eu não tô
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falando eu tô falando das duas coisas
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porque é que é o seguinte quando você
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tinha cultura sem a interferência do
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homem branco nas aldeias essa mulher ela
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tinha pelo menos isso que elas muitas me
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disseram elas eram iguais elas eram
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tratadas com o mesmo importante elas
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saíram juntos do os homens da para a
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cidade para lutar para defender para
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falar quando isso começou
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a ser levado o tipo de pensamento da
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igreja católica para dentro das Aldeias
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Isso mudou
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e Isso mudou porque igreja católica ela
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leva valores completamente antagônico
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europeu vivendo você faz dizendo que o
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povo indígena não conseguiu
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preservar 100% por quê que já católica
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vê já tem uma aculturação dentro da
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própria Aldeia assim também tem mas
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também hoje tem uma resistência e uma
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consciência de que é um movimento
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confirmar para trás e volta para frente
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não eu penso assim com relação que na
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minha dos meus escritos sobre mulher
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indígena eu digo que Abrace o novo um
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novo cenário para essa mulher indígena
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onde ela é a nova mulher indígena do
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Século 21 quem é a nova mulher indígena
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do Século 21 é justamente essa mulher
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que é
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desbrava esses novos territórios que são
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os territórios da da educação outra que
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vai para Universidade que estuda que vai
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volta lá com seu povo que faz a
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diferença essa mulher que é a
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Disneylândia e da Aldeia dentro da
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Aldeia ela ela sai da Aldeia para cidade
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para estudar mas ela ela volta para ela
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ela fica fazendo o caminho da volta logo
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abandonou de boa
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ou não ela vai para a cidade Ela estuda
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e quando ela volta né que a gente volta
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diferente a gente volta com novos
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conhecimentos novas repertório que a
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gente pode dizer aqui onde pode fazer
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dessa forma bora fazer essa Como se
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organizar em associações para que o
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nosso artesanato
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tenha um valor diferenciado lá fora eu
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sei como fazer isso daqui chegar ali não
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ser tão vamos nos organizar Mulherada
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vamos fazer diferente olha você tem que
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fazer uma antologia eu aprendi na
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universidade que a escrita é a é a nossa
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flecha hoje nosso arco e flecha ou suar
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completa de lugar nenhum dele tá Sábado
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é o lugar caneleira e internet essas
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coisas a internet também a gente
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descobre que a internet é um ver é uma
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eu veículo de divulgação você não vai
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escapar da minha p o que não quer calar
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não que querem as mulheres indígenas bom
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É acho que essa resposta não é apenas
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para as mulheres indígenas não acho que
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procuram perguntando por um judeu alemão
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Mas é claro que a gente quer que os
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nossos filhos possam viver né isso
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fazendo aquela posição do viver e
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sobreviver tem você já são os nossos
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filhos mas os filhos dos outros né que
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na aldeia né mas pra gente vai concordar
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a gente não tem só um filho assim né se
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não cuida diamante toda criançada
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criançada tá solta assim e você tem uma
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criança perto de você você vai cuidar
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dessa criança né Então essa relação que
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nossos filhos as nossas futuras gerações
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elas possam sobreviver elas possam viver
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na maneira como diz a filosofia indígena
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dos parente o Bem Viver e o Bem Viver a
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ideia que a gente entra em equilíbrio em
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relação a isso qual que é equilíbrio que
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a gente gera e quando a gente fala por
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exemplo da da fica sendo Feminina ou Bem
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Viver onde que e na questão do feminino
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tá no equilíbrio das funções dos homens
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das mulheres de Respeitar o espaço do
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homem e da mulher né de respeitar o
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universo do homem da mulher aí tá o Bem
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Viver também mas e que você quiser
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escrever
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isso existe
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de uma forma já desenvolvida na nossa
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filosofia isso é a filosofia indígena
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claro que os parentes aí Mary Kay at a
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digamos assim que deram fama digamos
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assim pressa essa esse termo mas todos
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os povos tem a sua forma de Bem Viver né
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que aí a gente traduz como o nosso modo
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de ser uma coisa assim na cidade vista
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de na semana não né então assim aqui
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porque para mim isso é representação do
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seu lugar de fala em dia a gente pode
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tem um empoderamento nossa mente traz
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uma curiosa desde você chegar o vermelho
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para nós é o momento é representa a luta
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o né e na rua vocês não mandou assim
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é
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mas quando a gente está numa mesa a
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gente sempre
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vou sair daqui eu vou andar na rua né eu
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tiro uma nova você
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vai para o Museu Nacional assim ter aula
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não pintada Mas é porque também a
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pintura para gente é Sagrada né Então
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essa daqui específica para mim tem um
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significado para o meu povo né filha
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Então essa é a pintura das mulheres
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porque o nosso povo terena a gente como
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tá na fronteira de perto do Paraguai na
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época que teve a guerra do Paraguai a
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gente lutou na guerra né temos Terenas
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tanto que foram para a guerra do
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Paraguai Quando possível foram enviados
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para a segunda guerra mundial escrever
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tirar os parentes do nosso território
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para mandar uma guerra que nem enfim
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mas é que nem era nossa e é na guerra do
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Paraguai aí foi para a gente momento
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muito emblemático na nossa história
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porque era na fronteira era nosso
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território e as mulheres foram ser e é
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isso aqui foi depois da guerra então
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isso daqui é uma pintura Depois da
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Guerra por o que ganhou né é o Brasil
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território brasileiro ganhou e a gente
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tanto é que as nossas as nossas digam se
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referências da nossa cultura são da
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Guerra a nossa música nossa dança Como
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dança no mato e aí a pintura aqui é para
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honrar esses ancestrais que foram então
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vermelho é para representar o sangue
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deles o preto é para representar o luto
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e o branco por fora para representar
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aqui um novo vai vir então né você ou
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nosso sangue que foi derramado você
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respeita o que morreu né momento de luto
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e você começa de novo e eu sozinha sabe
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porque a pintura da mulher
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isso aqui a pintura da mulher o homem
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deixou nem aquela tá ela tá usando que
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une os olhos e olha para cá o Cambeba
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usa também a mulher que tem grafismos
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que eles são por isso União dos povos
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esse gráfico aqui chama união dos povos
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Então esse aqui na frente você vai ver
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com vários povos não sei se conta Arena
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Aí eu pergunto aparelhos ou com Guarani
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e essa esse universo Nossa ele tá tá um
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grito no nosso artesanato na nossa
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pintura né é essa questão das Gerações
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do tempo que a gente tem na nossa
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filosofia tá no nosso artesanato também
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né pensar a cultura indígena como o
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tempo o tempo da cultura indígena tempo
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circular é o tempo da espiritualidade
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também nossa né então por isso colocar
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ele faz essa referência da identidade da
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ancestralidade da cultura da forma de
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representatividade que aquela liderança
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tem naquele momento então isso aqui não
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é fantasia
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colocar não é fantasia colocar é
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elemento espiritual elemento de
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identidade de representatividade e
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usando a linguagem mais própria daqui de
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empoderamento gente eu não vou tirar o
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seu tambor nunca vou acabar aqui não tem
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mais perguntas e
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e as prioridades do feminismo indígena
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me surpreendem o protagonismo em lutas
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com a demarcação das terras EA denúncia
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de genocídio dos seus povos eram até
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pouco tempo nos tradicionalmente
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masculinas hoje ao contrário vejo que
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são as jovens que defendem o valor da
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centralidade da cultura indígena elas
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batalha sobretudo pela importância
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feminina dentro da Aldeia e pela
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visibilidade no contexto Urbano eu venho
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de uma geração de antropólogos e
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sertanistas Mas assim mesmo tudo isso é
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novo para mim
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E aí
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[Música]
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Oi e aí ele nasce cartão é o Grande
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Otelo né mas o pai é a mãe dele não a
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mãe é mãe mas é um homem
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é simbologia não Parece coisa de cavalo
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marinho simbologia
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