Mini aula: Indígenas Mulheres, com a Profª Ma. Ana Manoela Karipuna

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https://www.youtube.com/watch?v=21Zel9mwZww

Ringkasan

TLDRAna Manuela Caripuna, an indigenous scholar from the Caripuna ethnic group, introduces her course on Indigenous Women, Territories, Rights, Movements, and Policies. The course will explore the unique social dynamics, challenges, and fight for rights faced by indigenous women in Brazil. It will cover various themes, including gender violence, political engagement of indigenous women, and how their struggles intersect with broader feminist movements. Through understanding the historical and cultural contexts of these movements, the course aims to give visibility to the agency and contributions of indigenous women in advocacy for their rights.

Takeaways

  • 👩‍🎓 Ana Manuela Caripuna is introducing a course on Indigenous Women's rights.
  • 📚 The course focuses on the experiences and challenges of indigenous women in Brazil.
  • ⚖️ Key themes include gender violence and political participation.
  • 🌍 Understanding cultural contexts is crucial for recognizing indigenous women's struggles.
  • ✊ Demands of indigenous women include the protection of their territories.
  • 🗣️ The course will examine the evolution of indigenous women's movements.
  • 🔍 Differences between feminist and indigenous movements will be explored.
  • 👥 The course aims to give voice to indigenous women's agency.
  • 👩‍🏫 Historical roots of indigenous movements will be discussed.
  • 📖 Reading materials will include works by indigenous researchers.

Garis waktu

  • 00:00:00 - 00:05:00

    Ana Manuela Caripuna, an indigenous woman from the Caripuna people, introduces herself and her research focus on indigenous women in her sociology and anthropology doctoral program at the Federal University of Pará. She outlines an upcoming course on indigenous women's rights and political movements, emphasizing a discussion on the differences between feminist movements and indigenous women's movements in Brazil. The first class will address indigenous women's struggles against gender violence and the historical impact of colonization on their rights.

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    In the second class focused on indigenous women and gender agency, students will explore the perspectives of female anthropologists who study gender as experienced by various indigenous groups. The third class will delve into the leading roles of indigenous women within their communities. Subsequent classes will cover indigenous women's academic journeys, the historical context of indigenous women's movements, and their political engagement, highlighting key issues and demands including land rights, health, education, and the representation of indigenous women in decision-making processes.

  • 00:10:00 - 00:16:05

    The course will critically analyze the intersectionality of gender within indigenous movements, recognizing the distinct narratives and realities faced by indigenous women. Discussions will include the limitations of applying external feminist frameworks to indigenous contexts, respecting the self-identification of women from various tribes. It aims to enhance understanding of indigenous women's roles and movements while contrasting them with broader feminist discourses, drawing on literature and studies by both indigenous and non-indigenous scholars.

Peta Pikiran

Video Tanya Jawab

  • Who is Ana Manuela Caripuna?

    Ana Manuela Caripuna is an indigenous woman from the Caripuna people pursuing a PhD in sociology and anthropology.

  • What is the focus of Ana's research?

    Her research focuses on indigenous women, particularly within her own ethnic group.

  • What will the course cover?

    The course will address the unique issues, rights, and roles of indigenous women in society, including gender violence and political participation.

  • How does the course relate to feminism?

    It explores the intersections and differences between feminist movements and indigenous women's movements.

  • What is emphasized in this course?

    The course emphasizes understanding indigenous women's experiences within their specific cultural contexts and historical experiences.

  • What are some key themes in the course?

    Key themes include gender violence, political representation, indigenous rights, and the impact of colonization.

  • What historical context will the course explore?

    It will examine the origins and evolution of indigenous women's movements in Brazil.

  • What will the assignments involve?

    Students will read works by indigenous women researchers and non-indigenous scholars studying indigenous issues.

  • Why is it important to distinguish between different movements?

    Because indigenous women's movements have unique demands and histories that differ from mainstream feminist movements.

  • What is one of the crucial demands of indigenous women?

    One of the crucial demands is the demarcation and protection of indigenous lands.

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Gulir Otomatis:
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    Olá pensadoras eu me chamo Ana Manuela
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    caripuna sou indígena do Povo caripuna
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    atualmente eu faço doutorado em
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    sociologia e antropologia na
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    Universidade Federal do Pará
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    minha temática de pesquisa com mulheres
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    indígenas
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    pesquisas especialmente com as mulheres
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    do meu povo de origem e esse ano eu
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    participo do curso de aperfeiçoamento
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    das pensadoras em abril eu irei me
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    iniciar a disciplina indígenas mulheres
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    territórios direitos movimentos e
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    políticas essa aula introdutória do
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    curso vai ser dividida em dois momentos
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    em um primeiro momento eu vou apresentar
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    brevemente a ementa da disciplina e um
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    segundo momento eu vou articular
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    proposta da disciplina com o tema da
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    nossa aula o tema da nossa aula é porque
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    estudar o feminismo E aí a gente vai
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    pensar Quais são as interpretações quais
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    são as diferenças entre o movimento
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    feminista né vários movimentos e os
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    movimentos de mulheres indígenas no país
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    não é para comparar ambos mas para
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    entendermos que são movimentos
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    diferentes Então a nossa primeira aula
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    se chama Mulheres indígenas violências
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    de gênero e a luta por direitos essa
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    aula vai ter atar sobre as consequências
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    da colonização na violação dos corpos de
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    meninas e mulheres indígenas e como isso
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    até hoje refletes nas violações de
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    direitos humanos e violências de gênero
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    para com as originárias então quando eu
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    falo originárias eu tô falando
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    especificamente das meninas e mulheres
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    indígenas porque nós povos indígenas
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    somos os povos que damos origem ao
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    Brasil
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    nessa aula a gente também vai debater
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    sobre o silenciamentos as
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    invisibilizações dos protagonismos das
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    mulheres indígenas e também sobre as
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    ausências de políticas públicas eficazes
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    que combatam racismo e a violência de
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    gênero para conosco e eu falo para
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    conosco porque eu também me coloco nesse
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    lugar de mulher indígena já que sou
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    mulher do Povo caripuna mas outro foco
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    da aula também a gente pensar as
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    visibilizações pensar os enfrentamentos
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    esse agenciamento das mulheres então a
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    gente pensar o protagonismo das mulheres
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    no movimento indígena e nas lutas por
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    direitos em tempos de retrocesso
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    já na aula 2 que se chama Mulheres
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    indígenas gênero e agência feminina a
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    gente vai tratar sobre estudos
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    destemólogas antropólogas que pesquisam
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    com mulheres indígenas não antropologia
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    e como a partir das suas perspectivas o
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    gênero é vivenciado em diferentes povos
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    especialmente as mulheres indígenas a
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    terceira aula é mulheres indígenas
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    protagonismo desde Os territórios O
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    objetivo dessa aula é pensar o
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    protagonismo e a relação das mulheres
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    originárias dentro dos papéis de
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    liderança pajés parteiras pesquisadoras
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    mães avós e mais velhas
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    a gente tem mais três aulas a quarta
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    aula é mulheres indígenas nas
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    universidades na antropologia
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    nela abordarei sobre as pesquisas que as
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    mulheres indígenas desenvolvem
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    concentrando uma Especialmente na
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    produção científica das indígenas
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    pesquisadoras antropólogas eu busco
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    compreender Quais são as vivências
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    dessas mulheres até a universidade desde
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    Aldeia até esse espaço acadêmico Quais
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    são as dificuldades de acesso e
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    permanência que essas mulheres têm os
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    cursos Quais são as expectativas não
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    somente delas mas também das suas
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    comunidades com relação a esse curso que
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    elas estão vivenciando O que é eficiente
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    o que falta nas políticas de ações
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    afirmativas para que nós mulheres
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    indígenas
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    tenhamos acesso ao curso e possamos
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    concluir ele com êxito Quais são as
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    relações que a gente tem com a escrita
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    quais são os lugares que os
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    conhecimentos que as mulheres realizam
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    na produção acadêmica tem quais os
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    desafios que enfrentamos Então a gente
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    vai ver o que essas parênteses né o que
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    essas mulheres indígenas enfrentaram de
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    dificuldades para realizar essa pesquisa
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    o que vem enfrentando no momento
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    a gente também vai pensar se os
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    conhecimentos das indígenas Estão
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    realmente sendo reconhecidos
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    académicamente como elas se expressam
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    nas publicações e como elas também se
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    expressam no lugar da oralidade a quinta
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    aula a gente vai retomar o movimento das
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    mulheres indígenas né então é movimentos
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    organizados e protagonizados por
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    mulheres indígenas o objetivo da aula é
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    compreendermos o histórico de luta do
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    movimento indígena no Brasil então
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    pensar década de 70 década de 80 e
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    especialmente os movimentos organizados
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    e protagonizados pelas mulheres
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    originárias porque lá na década de 80
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    que Começam a surgir as primeiras
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    associações e as das articulações
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    exclusivas de mulheres indígenas Então
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    como é que essas associações surgem e
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    quais que são as suas principais
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    demandas naquela época e atualmente
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    a sexta aula é uma aula de um tema que
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    tá bastante
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    na mídia no momento que são as mulheres
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    indígenas na política então a aula
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    mulheres indígenas no aldear a política
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    nele eu vou até ser uma reflexão sobre
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    estejetórias e protagonismos de
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    lideranças mulheres nas políticas
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    externas internas aos seus territórios a
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    gente vai pensar um pouquinho as
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    candidaturas delas os mandatos as
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    participações do movimento indígena e a
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    gente vai ter também uma cronologia das
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    mulheres originárias na política
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    partidária a partir disso eu busco
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    compreender Quais são as alianças as
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    demandas e as participações dessas
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    mulheres no cenário político mais
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    recente
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    toda a bibliografia disciplina conta com
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    pesquisas desenvolvidas por mulheres
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    indígenas em que nós somos as autoras e
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    conta também com pesquisas desenvolvidas
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    por mulheres não indígenas mas que se
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    dedicaram pesquisar coisas originárias a
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    disciplina é como vocês podem perceber
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    pensada a partir de uma perspectiva
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    antropológica muito também por conta da
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    minha formação né são antropóloga e nas
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    universidades nos cursos de Antropologia
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    a gente vive as bibliografias escritas
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    por indígenas pesquisadoras são pouco
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    lidas e pouco referenciadas nós
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    dificilmente lemos o que os povos
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    indígenas realizam na academia e
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    invisibilizar e não permitir que as
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    pessoas tenham acesso ao que é realizado
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    pelos povos originários como
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    pesquisadores pesquisadores é uma forma
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    de violência sistêmica desacademias para
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    conosco os povos indígenas
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    Então as mulheres indígenas Elas têm uma
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    produção extensa de pesquisa no Brasil e
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    essas pesquisas elas demonstram que nós
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    não somos mais os objetos né os objetos
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    de pesquisa mas que nós passamos a ser
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    as protagonistas as pesquisadores e
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    nessas pesquisas a gente vai articulando
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    a antropologia mas introduzindo a
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    Cosmologia dos nossos povos tanto na
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    teoria quanto na disciplina
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    antropológica
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    Mas a partir de apresentar para vocês o
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    que a gente vai estudar na disciplina
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    Quais são os contextos em que as
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    indígenas mulheres estão e exercem esse
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    protagonismo é como elas desenvolvem né
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    os seus movimentos é esse enfrentamento
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    também a gente passa a pensar o porquê
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    de ser estudadas epistemologias das
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    mulheres indígenas e também o porquê de
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    se pensar dentro de um curso de
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    feminismo então é para isso eu começo a
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    dizer importante estudar os movimentos
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    feministas nas demais disciplinas né
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    porque tem outros colegas que também vão
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    participar do curso
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    é importante estudar nas outras
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    disciplinas o movimento feminista e
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    estudar o movimento de mulheres
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    indígenas especificamente nessa
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    disciplina Primeiro para que a gente
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    possa compreender que são movimentos
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    diferentes que se constituem de uma
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    maneira diferente que tem demandas
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    diferentes uma história diferente o
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    movimento articulado e protagonizado por
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    mulheres indígenas no país é
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    frequentemente nomeado pela academia e
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    pela mídia como feminismo indígena só
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    que o próprio movimento organizado pelas
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    mulheres originárias no país não se auto
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    determina dessa forma então a gente não
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    pode confundir
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    movimentos de mulheres indígenas por
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    serem movimentos de mulheres na luta por
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    direitos são automaticamente feminismo
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    porque se a gente for esmiuçar as faltas
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    né tanto num contexto macro né Se a
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    gente for pensar articulação Nacional de
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    mulheres indígenas
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    a gente vai perceber que são demandas
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    bastante específicas E se a gente for
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    esmiuçar o que as mulheres estão fazendo
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    nas bases né então quando eu falo base
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    são as demandas específicas de cada
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    Aldeia de cada Associação a gente vai
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    ver que ele se tornam mais específicos
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    ainda então por isso que é importante a
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    gente estudar o feminismo e estudar
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    também os movimentos de mulheres
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    indígenas dentro desse curso incluindo
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    debate sobre mulheres indígenas no curso
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    é uma forma de incorporada dentro do
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    debate feminista que ocorre dentro das
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    pensadoras as teorias e o movimento de
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    mulheres originárias é uma forma de
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    ampliar o debate sobre as articulações
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    as articulações de mulheres indígenas
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    dentro de um espaço feminista e isso é
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    muito importante
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    mas é complicado falar de feminismo
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    indígena em um país em que existem 305
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    povos originários
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    e de São povos que habitam territórios
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    diferentes que possuem costumes
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    diferentes povos em que há várias
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    possibilidades de se vivenciar O que é
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    ser mulher visto que dentro de cada povo
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    a gente tem uma multiplicidade de papéis
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    e vozes e conhecimentos que as mulheres
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    vão ocupar
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    a liderança indígena Valéria paiê que
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    essa senhora é com a imagem mais acima
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    ela explica que muitas vezes nós
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    mulheres indígenas falamos o tempo todo
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    nos relacionando ao próprio povo então
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    no meu dia a dia Muitas vezes as coisas
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    que eu conto é sempre articulando ao
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    fato de eu ser caripuna e a fala da
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    Valéria paiê se articula bastante a uma
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    fala da liderança Sônia Guajajara quando
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    ela explica que as lutas das mulheres
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    indígenas não se dissociam das lutas
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    contra O Extermínio dos povos indígenas
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    e contra O Extermínio dos seus
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    territórios
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    no documento final da primeira marcha
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    das mulheres indígenas de 2019 que é um
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    documento redigido por lideranças
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    mulheres de vários povos de vários
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    regiões do país foram colocadas algumas
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    demandas né que
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    são demandas específicas do movimento
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    das originárias E aí para vocês
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    conhecerem um pouquinho essas demandas
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    eu coloquei alguns pontos aqui
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    que são sobre a demarcação de proteção
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    das terras indígenas então muitas vezes
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    as lideranças falam a mãe de todas as
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    lutas para os povos indígenas é a luta
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    pelo território então que tem de mais
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    importante para a gente é a demarcação e
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    a proteção das terras outros pontos que
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    tem esse documento da primeira marcha é
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    o combate à exploração mineratória
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    as discussões sobre as emergências
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    climáticas ou acesso à saúde o acesso a
  • 00:12:07
    uma alimentação saudável e livre de
  • 00:12:09
    agrotóxicos o acesso à educação
  • 00:12:12
    informação qualificada a proteção ensino
  • 00:12:16
    e o conhecimento né a proteção do
  • 00:12:18
    conhecimento das línguas indígenas dos
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    conhecimentos indígenas o combate ao
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    racismo Combate à violência de gênero e
  • 00:12:26
    o aumento da representatividade indígena
  • 00:12:29
    nos espaços de tomadas de decisão
  • 00:12:31
    principalmente o aumento da
  • 00:12:33
    representatividade das mulheres
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    originárias então esses são alguns
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    pontos em comum entre as mulheres
  • 00:12:39
    indígenas do país Então essas são pontos
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    né são demandas do movimento das
  • 00:12:46
    mulheres indígenas é então ao explicar
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    Quais são as demandas das mulheres
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    indígenas percebe-se demandas que se
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    interseccionam com debate de gênero e aí
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    retomando ainda Valéria payer sobre o
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    gênero a palenta aparenta Valéria paiê
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    entrevista para eles antropólogas
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    Angela Starter e Márcia grancou afirma
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    que a palavra gênero é um conceito que
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    vem de fora dos povos originários e que
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    se as mulheres
  • 00:13:15
    passam a trazer discussões sobre gênero
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    para dentro das organizações indígenas é
  • 00:13:21
    porque os conjunturas sociais os povos
  • 00:13:24
    indígenas se modificaram ao longo do
  • 00:13:25
    tempo se Antigamente os lideranças
  • 00:13:28
    mulheres não debatiam gênero hoje um
  • 00:13:31
    marcador importante nas discussões do
  • 00:13:33
    movimento então tal como trata o gênero
  • 00:13:37
    em algumas publicações Eu também venho
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    trabalhando o conceito de feminismo que
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    é algo que vem de fora do movimento
  • 00:13:43
    indígena é algo que vem de fora do
  • 00:13:46
    território então em muitas pesquisas eu
  • 00:13:49
    me apropria do conceito feminismo
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    indígena e a realizar uma análise
  • 00:13:53
    crítica das possíveis intersecções das
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    possíveis diferenças que existem entre
  • 00:13:58
    os nossos movimentos e os movimentos
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    feministas e muitas reuniões que eu
  • 00:14:03
    participei tanto como mulher caripuna
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    como pesquisadora quando conversava com
  • 00:14:09
    as mulheres indígenas com relação ao
  • 00:14:12
    feminismo ela geralmente justificava mim
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    que não não são feministas muitas vezes
  • 00:14:19
    diziam que não conheciam esse conceito
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    feminismo E aí geralmente elas
  • 00:14:24
    explicavam que é algo que é distante da
  • 00:14:27
    nossa realidade que é distante do nosso
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    território falar sobre feminismo e a
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    partir disso eu também concordo com a
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    indígena e socióloga Fabiane Medina Cruz
  • 00:14:37
    quando ela afirma que se definir como
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    feminista deve caber a cada 40 então o
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    individualmente os feminismos eles podem
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    atravessar a trajetórias de uma mulher
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    indígena de uma maneira significativa
  • 00:14:51
    por exemplo eu sou caripuna e muitos
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    momentos eu me identifico como feminista
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    sou indígena sou feminista mas eu tenho
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    que compreender que as mulheres no meu
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    povo coletivamente não se auto
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    determinam dessa forma Então
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    esse contexto Pode ser que existam
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    indígenas Mas falar de movimento
  • 00:15:15
    indígena no Brasil não é possível falar
  • 00:15:18
    disso no momento
  • 00:15:20
    o interessante dessa disciplina né é a
  • 00:15:24
    gente compreender essa histórico de como
  • 00:15:26
    vencer caracterizando se desenvolvendo
  • 00:15:28
    um movimento de mulheres indígenas no
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    país como eu relatei como surgiram as
  • 00:15:33
    primeiras associações nos anos 80 e
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    também como são as histórias dos povos
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    indígenas contadas pelas próprias
  • 00:15:42
    mulheres desses povos como elas explicam
  • 00:15:45
    esses movimentos essas demandas e como
  • 00:15:48
    elas próprios percebem o feminismo Então
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    isso é um pouquinho do que a gente vai
  • 00:15:52
    trabalhar no curso aqui são algumas
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    referências que a gente vai ler né que a
  • 00:15:57
    gente vai utilizar mas também existem
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    outras
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