Documentário UM CRIME ENTRE NÓS (íntegra do filme original)

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https://www.youtube.com/watch?v=fV1RmtYXsKU

Ringkasan

TLDRO vídeo discute a grave questão da violência sexual e da exploração infantil no Brasil, sublinhando que esses problemas ocorrem em todas as classes sociais, mas são silenciados pela sociedade. Faz-se uma crítica à impunidade que protege os abusadores e à naturalização da exploração, onde muitas vezes as vítimas são culpabilizadas. O vídeo propõe que a solução exige um compromisso coletivo e ações educativas para transformar a cultura que permite tais abusos. É enfatizada a necessidade de ouvir as experiências das vítimas e de criar políticas públicas que realmente garantam proteção e apoio.

Takeaways

  • 🚨 A violencia sexual é um problema social grave e presente em todas as classes.
  • 🤐 O silêncio da sociedade contribui para a perpetuação da exploração sexual infantil.
  • 📚 A educação é fundamental para prevenir a violência e promover o respeito.
  • ⚖️ É necessário um compromisso coletivo para enfrentar a impunidade.
  • 🗣️ As vozes das vítimas precisam ser ouvidas para entender e combater o abuso.
  • 💔 A naturalização da exploração infantil deve ser combatida por meio de políticas efetivas.
  • 💡 A cultura de responsabilização dos agressores é crucial para a mudança.
  • 👩‍👧‍👦 Famílias têm um papel fundamental na proteção das crianças da exploração.
  • 🖥️ A acessibilidade à pornografia está ligada a uma maior normalização de comportamentos abusivos.
  • 🎙️ Conversas sobre masculinidade e respeito devem ser promovidas desde a infância.

Garis waktu

  • 00:00:00 - 00:05:00

    A violencia sexual é un problema alarmante en toda a sociedade, evidenciada pola súa normalización e impunidade, que reflicte un estado de saúde social deteriorado. As vítimas, principalmente nenos, enfróntanse a un contexto onde a sociedade se amordaza e minimiza a gravidade do abuso. A impunidade e a pornografía infantil en liña son factores que agravan esta situación, mentres se fomenta unha cultura de machismo que explota aos máis vulnerables.

  • 00:05:00 - 00:10:00

    Non se pode ignorar a desigualdade de xénero e a culpabilización das mulleres e nenos na sociedade. As normas sociais perpetúan a explotación e a violencia, onde a impunidade dos agresores é causada por un contexto social que os protexe e normaliza o abuso. A educación dos valores de respectar os dereitos é crucial para cambiar esta dinámica, comezando desde a infancia.

  • 00:10:00 - 00:15:00

    As historias de vida de mulleres que sobreviveron a abusos reflecten os efectos devastadores que a violencia ten sobre a saúde mental e física. As mulleres que experimentaron a violencia desde a infancia desenvolven traumas duradeiros e dificultades para buscar axuda, especialmente cando as súas vivencias son ignoradas ou minimizadas polos seus familiares.

  • 00:15:00 - 00:20:00

    A violencia sexual, especialmente a intrafamiliar, é un tema que toca a todos os aspectos da sociedade, e é necesario que se establezan sistemas de apoio e protección para as vítimas. As historias de abuso son case sempre silenciadas, o que leva a un ciclo de revitimización e á falta de recursos para as persoas que buscan escapar dos seus agresores.

  • 00:20:00 - 00:25:00

    O papel das escolas e a educación é fundamental na prevención da violencia sexual. A educación debe centrarse na cidadanía e nas relacións de xénero, e non só en contidos académicos. É necesario ensinar aos nenos os límites do seu corpo e a importancia do consentimento, así como fomentar a empatía e a conexión entre xéneros para destronar a violencia masculina na sociedade.

  • 00:25:00 - 00:30:00

    As redes sociais e a internet son plataformas onde a explotación sexual se multiplica, e a falta de acción efectiva por parte das autoridades para erradicar a pornografía infantil é alarmante. Moitas veces, a legalidade non se aplica adecuadamente e as vítimas son culpabilizadas, o que exacerba o problema da impunidade, que moitas veces é aceptada como norma social.

  • 00:30:00 - 00:35:00

    A normalización da prostitución infantil e o abuso por parte de adultos en posicións de poder son mecanismos que perpetúan a explotación. É vital que a sociedade recoñeza e trate a explotación sexual como un crime democrático e traballe para a educación e a formación en valores, así como para a creación de leis que protexan ás vítimas.

  • 00:35:00 - 00:40:00

    A atención e apoio ás vítimas de explotación e abuso sexual deben ser holísticos, incluíndo acceso á atención psicolóxica e a educación. Non só se trata de sancionar aos agresores, senón de crear un sistema de apoio que empodere as vítimas tamén. A colaboración entre diferentes institucións é necesaria para asegurar que se está a construir un futuro sen violencia.

  • 00:40:00 - 00:45:00

    Persiste un estigma que impide que as vítimas sexan visibilizadas e atendidas adecuadamente. É de suma importancia que se traballe con todas as partes implicadas na vítima, falando tanto de responsabilidade cunha sociedade que debe educar e preparar aos seus nenos para non perpetuar a violencia.

  • 00:45:00 - 00:50:00

    É imperativo que a sociedade se una para abordar a violencia sexual e a explotación infantil. A educación e a crítica da normalización deste comportamento son primordiais para construir unha sociedade que defenda a igualdade e o respeito, así como defender os dereitos de cada individuo independentemente do seu contexto social.

  • 00:50:00 - 00:59:43

    A transformación cultural e social é posible, comezando pola educación nas escolas, que deben converterse en espazos seguros onde se traballe a empatía e a comprensión sobre xénero e igualdade. A esperanza de que un futuro sen violencia é alcanzable reside na acción combinada da sociedade para desafiar e cambiar as normas existentes.

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Peta Pikiran

Video Tanya Jawab

  • Qual é o impacto da exploração sexual infantil na sociedade?

    A exploração sexual infantil perpetua ciclos de desigualdade e miséria, afetando o desenvolvimento social e econômico do país.

  • Como a sociedade reage à exploração sexual de crianças?

    Muitas vezes a sociedade silencia e naturaliza a exploração sexual em vez de agir contra ela.

  • Qual é a relação entre pornografia e violência sexual?

    A facilidade de acesso à pornografia, especialmente violenta, está ligada ao aumento da sexualização precoce e da violência contra crianças.

  • Como a educação pode ajudar na prevenção da violência sexual?

    A educação é fundamental para formar uma nova geração que compreenda e rejeite a violência e a exploração sexual.

  • Quais são as alternativas para enfrentar a violência sexual?

    É necessário um compromisso coletivo da sociedade, incluindo apoio governamental e a criação de políticas públicas eficazes.

  • Como as vítimas de exploração sexual são tratadas?

    As vítimas frequentemente enfrentam estigmas e uma falta de apoio adequado, dificultando a denúncia e a recuperação.

  • Que papel as famílias têm na proteção de crianças contra a exploração sexual?

    As famílias devem educar sobre respeito, consentimento e proteção, mas muitas vezes falham em identificar e agir contra abusos.

  • Qual é a importância de ouvir as vítimas de violência sexual?

    Ouvir as vítimas é crucial para entender as causas do abuso e para desenvolver estratégias de prevenção eficazes.

  • Que desafios enfrentam as autoridades na luta contra a exploração sexual infantil?

    As autoridades muitas vezes enfrentam resistência social e uma falta de recursos e políticas integradas para combater a exploração.

  • Como a cultura social impacta a percepção da exploração sexual?

    A cultura muitas vezes culpa as vítimas, desconsidera a gravidade da exploração e normaliza comportamentos abusivos.

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    violência sexual ela é gritante em todo
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    lugar do Norte ao sul existe uma grande
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    diferença que é o silêncio eu acho que é
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    porque a sociedade não se interessa
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    então a gente tá falando de uma
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    sociedade adoecida né
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    você tem abusadores de todas as classes
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    sociais acho que matar uma pessoa não é
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    tão violento quanto você abusar de uma
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    criança 5 6 anos de idade n eu acho que
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    tem uma coisa aí muito importante a
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    impunidade tem muita pornografia
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    infantil na internet nas redes sociais
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    todas a gente ainda cria os nossos filos
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    para serem macho quanto mais velho você
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    for quanto mais novinha é a sua amante
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    mais maneiro você é mais garanhão o cara
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    que pagou R 20 para fazer sexo com uma
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    menina na praia com uma menina de 14
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    anos cara a hora de você v esse casal
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    andando você tem que parar falar meu
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    pega ladrão aconteceu isso porque você
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    quis você que estava lá como se a vítima
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    criança tivesse plena condição de
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    entender o que ela tava
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    fazendo tem exploração sexual no WhatApp
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    nas festas no meio político é quando há
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    uma troca Mercantil seja dinheiro seja
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    uma carona seja uma comida seja uma
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    bolagem ou seja o que for não é normal
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    mas a gente acha que é normal porque
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    ninguém faz nada As autoridades não
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    fazem nada quando alguém presencia uma
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    situação de exploração sexual ela só tem
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    duas opções denunciar ou ser cúmplice a
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    gente entender que prostituição infantil
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    que a exploração sexual da criança do
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    Adolescente não pode ser paisagem
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    Ai eu acho que a gente tem que rever as
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    nossas urgências
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    sabe assim para ontem eu queria propor
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    nacionalmente com apoio do governo com
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    apoio de de Fátima Bernardes sabe assim
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    de todo mundo que decide coisas que
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    define o que que a gente vai falar sobre
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    eu queria que todo mundo se juntasse pra
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    gente eleger uma data no calendário e
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    aquele dia vai ser um dia que a gente
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    vai se comprometer como uma nação unida
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    que somos de famílias corretas do bem e
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    a gente
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    vai ficar 24 horas sem estuprar ninguém
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    Será que a gente consegue aí nos rádios
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    vão falar assim eh está chegando a data
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    de ficar 24 horas sem estuar ninguém e
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    aí eu imagino as pessoas falando assim
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    [ __ ] tem que ter uma data para isso eu
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    acho que é porque a sociedade não se
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    interessa sabe a sociedade é uma coisa
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    tão horrível essa que eu acho que causa
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    uma uma um certo distanciamento fal não
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    quero nem ver não quero saber que essas
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    coisas acontecem né é uma forma de você
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    de alguma maneira não participar dessa
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    brutalidade
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    né porque a questão da violência sexual
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    ela não tem classe ela não tem
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    cor não dá para achar que a religião
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    está fora dessa discussão
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    que a escola está fora dessa discussão
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    que a família está fora
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    não violência sexual ela é gritante em
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    todo lugar do Norte ao sul Existe uma
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    grande diferença que é o
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    silêncio que alguns lugares isso se
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    naturaliza isso é silenciado por conta
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    de um machismo muito grande a gente aa
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    os nossos filhos para serem
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    macho e quando eu ensino isso meu filho
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    desde pequeno eu esqueço de passar esses
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    valores do da
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    permissão do que é moral do que do que
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    pode ser feito do respeitar da da mulher
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    do querer dela e acima de tudo de
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    respeitar as
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    crianças então há um elemento aí de
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    desigualdade de gênero brutal nós somos
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    criadas para favorecer tudo o que aquilo
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    que o macho não Di não dê conta na
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    sociedade ou somos culpadas ou vamos ter
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    que dar conta e aí você tem um padrão de
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    comportamento social que é coisifica a
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    mulher o homem pode fazer tudo o homem
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    branco e Rico pode fazer tudo e mais um
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    pouquinho e nós mulheres temos que ser
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    submissas e nós mulheres pobres e negras
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    mais missas
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    ainda mas eu acho que tem uma coisa aí
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    muito importante a
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    impunidade porque a gente consegue ver
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    isso em toda parte do mundo mas aonde
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    existe maior
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    responsabilização e maior defesa da
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    vítima Você tem gradualmente uma redução
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    dos casos
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    quando comecei esse trabalho na Feminina
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    eu já tinha foi 2006 tinha 17 anos de
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    experiência em cadeias de homens e Esse
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    aspecto da violência sexual contra as
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    meninas isso é uma coisa absolutamente
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    chocante porque
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    chocante é revoltante porque as sequelas
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    ficam para sempre eu tenho meninas lá
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    tem uma menina que fugiu de casa com 8
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    anos de idade e foi morar na rua na
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    Praça da Sé com 8 anos de
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    idade outras que fugiram que saíram de
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    casa com 10 12 anos 15 anos é um número
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    enorme enorme porque não não tinham
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    condição de permanecer na casa em que na
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    presença do estuprador não é mas eu
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    canso de ver elas me contarem essa
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    experiência hoje mulheres fez com 30 40
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    anos de idade e ao contar a experiência
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    ficarem trêmulas e escorrerem lágrimas
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    dos olhos é muito frequente isso quer
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    dier deve ser um trauma tão brutal que
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    se você carrega pelo resto da vida e e
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    para falar nele a dificuldade é muito
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    grande
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    minha mãe Ela me teve com 13 anos de
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    idade com 5 anos as coisas começaram a
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    piorar porque meu padrasto Ele começou a
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    beber todos os
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    dias e toda vez que ele bebia ele
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    chegava em casa ele agredia a minha mãe
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    ele batia muito nela de tantas agressões
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    que ela sofria ela começou a produzir
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    agressão também então er surras e mais
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    surras que eu
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    levava muitas noites quando ele chegava
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    eu sentia que ele me tocava
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    e eu ficava no primeiro momento eu
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    ficava com medo porque ele me ameaçava
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    ele diz olha se você contar pra sua mãe
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    eu mato sua mãe e mato você também eu
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    não tinha dúvida que ele poderia fazer
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    isso
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    né então eu comecei a fugir de
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    casa eu pegava barco não sabia ler não
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    sabia escrever entrava no barco ia
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    embora sem destino e quando eu chegava
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    Nessas cidades eu caminhava pela cidade
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    por horas e quando eu estava com fome eu
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    batia na casa de alguém falava que tava
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    com fome e contava o que tinha
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    acontecido porque eu tinha hematomas no
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    corpo Então as pessoas acreditavam E aí
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    eles falavam não posso ficar com você
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    você tem família Então me mandavam para
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    Manaus e a história foi se repetindo
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    cada vez mais forte mais
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    violenta quando eu comecei a falar para
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    ela que o que tava acontecendo ela não
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    acreditou então quando ela não passou
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    mais a acreditar em mim foi quando
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    realmente eu me eu digo eu não sou nada
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    para ela Ela prefere ficar com ele do
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    que comigo que acreditar em mim mesmo
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    foi quando eu não quis mais voltar para
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    casa a última fuga que eu fiz eu não fui
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    pr pra cidade não eu fiquei em Manaus
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    mesmo só que eu fiquei morando morando
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    no centro da cidade foi quando eu
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    conheci o outro lado da violência também
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    é da exploração sexual foi quando você é
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    usado para algo né sem saber que tá
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    sendo usado
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    a rua me causou muitas dores também
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    então eu já tinha não tinha para onde ir
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    então tinha perdido a esperança mesmo
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    chegou um momento que eu disse onde me
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    colocar eu vou ficar não saio mais e foi
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    quando me levaram pro acolhimento
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    institucional E aí eu fiquei nesse
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    abrigo por mais ou menos uns TR meses 4
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    meses porque minha mãe não tinha ido
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    mais me
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    procurar era um abrigo do estado que
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    maltratavam muito da gente também se
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    eles vissem a situação daquela eu ia
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    apanhar comecei a bater a inchada no
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    muro então em 15 dias já tinha um buraco
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    e aí foi o momento eu corri mergulhei no
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    buraco e
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    passei e foi quando eu cheguei na casa
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    mamãe
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    Margarida ela me deu banho porque eu
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    tava muito suja de Barro ainda por ter
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    passado pelo buraco e eu lembro o cheiro
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    da roupa que ela me deu porque eu nunca
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    tinha tido uma roupa
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    nova Aquele momento que eu chegava
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    escuro eu comecei a ver a luz
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    C
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    a maior parte dos casos de violência
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    sexual no Brasil eles são
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    interfamiliares
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    Então quem abusa dessa menina é alguém
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    muito PR
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    Às vezes a mãe tu para para escutar uma
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    menina a mãe dela sofreu violência na
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    infância e ela superou Então ela a filha
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    também vai
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    superar sempre a exploração ela começa
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    na
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    violência no abuso abuso e exploração
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    são coisas distintas no entanto elas
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    estão intimamente conectadas
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    quando você olha esta menina de 5 se
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    anos
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    abusada todo mundo fica conduo todo
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    mundo Olha essa menina e fala ai meu
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    Deus ai que coisa essa menina a gente
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    precisa cuidar dela quando essa mesma
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    menina tá aqui mais tarde com 13 anos a
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    sociedade olha para ela e dá de ombros
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    porque diz o seguinte ela tá aí porque
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    ela quer não tá que quer Cadê a mãe
  • 00:13:24
    dessa menina não é então esse essa visão
  • 00:13:28
    que sociedade tem de uma diferença que
  • 00:13:31
    não existe essas duas são as mesma são
  • 00:13:33
    as mesmas meninas não é é a mesma menina
  • 00:13:36
    que tá nessa situação e que tá nessa
  • 00:13:37
    situação e que tá nesse ciclo perverso
  • 00:13:40
    de naturalização de abuso de
  • 00:13:42
    objetificação então eh a gente tá
  • 00:13:45
    falando desta cultura que é uma cultura
  • 00:13:48
    permissiva com o casamento infantil com
  • 00:13:50
    a sexualização precoce
  • 00:13:52
    e E aí é natural que a exploração sexual
  • 00:13:56
    não seja vista como um
  • 00:13:58
    problema a exploração sexual é quando há
  • 00:14:00
    uma troca Mercantil Quando essas
  • 00:14:02
    crianças e adolescentes são exploradas
  • 00:14:04
    em troca de algum alguma recompensa seja
  • 00:14:08
    dinheiro seja um convite seja uma carona
  • 00:14:10
    seja uma comida seja uma bolacha seja o
  • 00:14:12
    que for
  • 00:14:25
    [Música]
  • 00:14:29
    hoje a questão da exploração sexual ela
  • 00:14:31
    não é de rua ela não é mais somente de
  • 00:14:35
    rua não é mais uma menina ou um menino
  • 00:14:38
    rodando uma bolsinha no meio da
  • 00:14:41
    rua a exploração sexual hoje ela
  • 00:14:44
    acontece no WhatsApp tem turismo tem
  • 00:14:47
    exploração sexual no cotidiano das
  • 00:14:49
    pessoas tem exploração sexual nas festas
  • 00:14:53
    tem exploração sexual no meio político
  • 00:14:57
    [Música]
  • 00:15:08
    [Música]
  • 00:15:21
    tem muita pornografia infantil na
  • 00:15:23
    internet nas redes sociais
  • 00:15:26
    todas todas não só tipo de p web que é
  • 00:15:29
    esse lugar que você não sabe muito bem
  • 00:15:31
    como você acessa mas também lugares mais
  • 00:15:33
    fáceis de acessar não é só quem é um
  • 00:15:35
    super hacker da internet que consegue
  • 00:15:38
    acessar esse tipo de conteúdo não eu
  • 00:15:40
    fico fico achando engraçado porque a
  • 00:15:43
    galera consegue derrubar página de
  • 00:15:46
    ativista que botou um mamil inho de fora
  • 00:15:49
    aí os grupos de pornografia infantil
  • 00:15:52
    ninguém consegue derrubar você derruba
  • 00:15:54
    um nasce outro nasce outro nasce vários
  • 00:15:57
    uma e tem t tem tanto mercado tem tanta
  • 00:16:00
    gente a galera que tá no poder tá usando
  • 00:16:03
    sabe assim tipo os deputados na os os Às
  • 00:16:08
    vezes o prefeito tá no rolê aí aí você
  • 00:16:11
    vai falar assim Prefeito a gente
  • 00:16:13
    gostaria de uma política que melhorasse
  • 00:16:14
    essa situação a ele vai falar eh entendo
  • 00:16:18
    a sua necessidade mas não vai dar porque
  • 00:16:21
    eu que criei a rede de exploração então
  • 00:16:23
    não vou querer que derrube tá mas se eu
  • 00:16:26
    gostaria de um poste um de faltar uma
  • 00:16:29
    rua a gente até
  • 00:16:31
    consegue
  • 00:16:34
    sabe mas acho que existe uma contradição
  • 00:16:37
    aí né de um lado os homens se revoltam
  • 00:16:40
    contra o outro que usa da violência para
  • 00:16:42
    estuprar uma moça que passa na rua e de
  • 00:16:46
    outro lado os homens toleram a
  • 00:16:48
    prostituição infantil né o número de
  • 00:16:51
    homens que acha normal uma menina de 12
  • 00:16:54
    anos que se prostitui faz parte da da da
  • 00:16:58
    rotina da vida né eles não acham que
  • 00:17:00
    isso é um estupro não acham que eles
  • 00:17:02
    estão usando da violência sexual tem Mil
  • 00:17:05
    Desculpas aí que eles se dão para ter
  • 00:17:08
    esse interesse em abusar de meninas na
  • 00:17:12
    mais tenra idade
  • 00:17:16
    né você tem abusadores de todas as
  • 00:17:19
    classes sociais né Isso é bem importante
  • 00:17:22
    porque a gente tá falando de uma cultura
  • 00:17:23
    mas a maioria das situações de
  • 00:17:25
    exploração sexual se dá com o abusador
  • 00:17:28
    eventual ou abusador ocasional o que que
  • 00:17:30
    é o abusador eventual ele não tá fazendo
  • 00:17:33
    uma viagem com o fim de exploração
  • 00:17:35
    sexual e ele não se sente um abusador
  • 00:17:39
    por quê Porque ele acha que tá ajudando
  • 00:17:40
    aquela menina que ela precisa e ela tá
  • 00:17:42
    lá para isso mesmo ele não se sente um
  • 00:17:44
    criminoso apesar do Código Penal dizer
  • 00:17:47
    que pagar para fazer sexo com uma menina
  • 00:17:50
    de 14 a 18 anos é crime de exploração
  • 00:17:53
    sexual para quem tem a relação para quem
  • 00:17:56
    agencia Quando é o caso de agenciamento
  • 00:17:58
    e pro estabelecimento que aceita esta
  • 00:18:13
    situação a legislação faz o seu papel o
  • 00:18:17
    que acontece é que muitas vezes o
  • 00:18:19
    aplicador da Lei quem está lá para fazer
  • 00:18:22
    acaba não levando em consideração aquilo
  • 00:18:24
    ou então acaba eh sendo movido por esse
  • 00:18:28
    esse sentimento de que é
  • 00:18:31
    costumeiro aceitando as desculpas do
  • 00:18:34
    agressor isso causa uma revolta né
  • 00:18:37
    porque a lei tá lá para ser cumprida
  • 00:18:40
    independentemente de quem seja o
  • 00:18:41
    agressor pobre rico empresário
  • 00:18:46
    Professor padre não não eu costumo dizer
  • 00:18:50
    o agressor o sujeito ativo do do abuso
  • 00:18:53
    sexual é é é um crime democrático
  • 00:18:55
    qualquer pessoa vai cometer qualquer
  • 00:18:57
    pessoa pode sofrer
  • 00:19:02
    [Música]
  • 00:19:10
    para esta adolescente de 13 anos o dia 7
  • 00:19:12
    de agosto ficou marcado ela foi
  • 00:19:14
    resgatada pela polícia dentro de um
  • 00:19:16
    motel o empresários de 37 anos e a tia
  • 00:19:19
    dela foram presos Ambos são investigados
  • 00:19:22
    pela polícia e pelo Ministério Público
  • 00:19:24
    por suspeita de pertencer a uma rede de
  • 00:19:26
    prostituição infantil A história da essa
  • 00:19:29
    menina ela começa com abuso aos 5 6 anos
  • 00:19:32
    de idade por um parente muito próximo ah
  • 00:19:35
    nesse lugar onde ela estava que era o
  • 00:19:38
    lugar de Cuidado a tia começou a vender
  • 00:19:43
    ela para este
  • 00:19:46
    empresário um belo dia recebemos uma
  • 00:19:49
    denúncia ela se encontraria em
  • 00:19:52
    determinado motel com uma pessoa e lá
  • 00:19:55
    dentro flagramos uma cena chocante uma
  • 00:19:58
    garota muito pequena magrinha Parecia
  • 00:20:01
    ter uns 10 anos de idade o tamanho um
  • 00:20:04
    homem né um homem adulto né com a tia
  • 00:20:09
    sentada na beira da cama vestida Ou seja
  • 00:20:11
    a tia se certificava de que ela
  • 00:20:13
    realmente ia cumprir o acordo nesse caso
  • 00:20:16
    em específico O Flagrante foi feito e
  • 00:20:19
    ele foi liberado em audiência de
  • 00:20:21
    Custódia isso gerou uma revolta popular
  • 00:20:23
    muito grande eh a imprensa noticiou foi
  • 00:20:27
    amplamente divulgada E isso também
  • 00:20:30
    ajudou muito para que a gente
  • 00:20:32
    conseguisse num segundo pedido de prisão
  • 00:20:35
    conseguisse que ele voltasse pro cárcere
  • 00:20:37
    o o processo todo caminhasse para que eh
  • 00:20:41
    agora já esteja concluso pra
  • 00:20:51
    sentença há um elemento que a gente não
  • 00:20:53
    pode deixar de pensar quanto mais eu me
  • 00:20:56
    afasto das capitais dos estados mais
  • 00:20:59
    violação de violação de direito eu
  • 00:21:01
    encontro porque menos cidadania eu vou
  • 00:21:03
    ter menos rede articulada de proteção eu
  • 00:21:06
    vou
  • 00:21:07
    ter Então se essa criança ela sofre além
  • 00:21:11
    dessa negligência uma violência física
  • 00:21:13
    isso agrava a vulnerabilidade dela mas
  • 00:21:16
    se ela sofre uma violência sexual
  • 00:21:19
    realmente ISS é um elemento que a
  • 00:21:22
    desestabiliza de uma forma que ela acaba
  • 00:21:25
    sentindo uma necessidade de buscar algum
  • 00:21:28
    tipo de recurso para evadir daquela casa
  • 00:21:31
    então nessas situações muitas vezes elas
  • 00:21:34
    vão entrar em contato com os abusadores
  • 00:21:36
    com os exploradores que vão favorec
  • 00:21:39
    lasas com trocas né porque não nem
  • 00:21:41
    sempre é o dinheiro às vezes são
  • 00:21:45
    bens e a partir das falas das meninas
  • 00:21:49
    elas dizem assim olha eu prefiro ser
  • 00:21:51
    abusada por uma pessoa que eu não
  • 00:21:56
    conheço e a e um elemento que é muito
  • 00:22:00
    forte que é baixa autoestima né então
  • 00:22:02
    ela precisa ser aceita Ela também quer
  • 00:22:05
    ser amada e aí ela também é ensinada que
  • 00:22:08
    o que a torna mais empoderada é o
  • 00:22:11
    dinheiro nós vivemos uma relação de
  • 00:22:13
    coisificação das pessoas né você é o que
  • 00:22:16
    você veste o que Você consome o que a
  • 00:22:18
    sua estética diz então geralmente essas
  • 00:22:21
    meninas elas também estão querendo serem
  • 00:22:24
    vistas como pessoas importantes
  • 00:22:27
    [Música]
  • 00:22:33
    quando você tem nas regiões urbanas mais
  • 00:22:36
    fortemente a situação da exploração
  • 00:22:39
    normalmente você não tem quadros de fome
  • 00:22:41
    extrema de né vou vou ganhar dinheiro
  • 00:22:44
    para para poder comer você tem situações
  • 00:22:47
    de
  • 00:22:48
    naturalização da venda do próprio corpo
  • 00:22:50
    como se isto não tivesse importância
  • 00:22:53
    gente aí a gente tem que olhar de novo
  • 00:22:54
    por que é que não tem importância não
  • 00:22:56
    tem importância porque essa menina vem
  • 00:22:58
    sendo fruto de uma violência
  • 00:23:00
    sistematizada desde que ela nasceu é uma
  • 00:23:03
    violência social nãoé ela tá sendo
  • 00:23:06
    vítima desta violência e aí ela não
  • 00:23:09
    reconhece como violência o que está
  • 00:23:11
    acontecendo o que ela tá se colocando a
  • 00:23:14
    posão na qual ela se coloca na verdade
  • 00:23:16
    você perde a possibilidade dela
  • 00:23:19
    construir uma história diferente para si
  • 00:23:20
    de
  • 00:23:26
    vida querido diário
  • 00:23:29
    tenho a pele escura meu apelido é preta
  • 00:23:32
    como eu sou magra e não tenho nada de
  • 00:23:34
    barriga ninguém diz que já tive
  • 00:23:37
    filhos sou muito alegre mas também muito
  • 00:23:41
    triste toda minha alegria tem o dobro de
  • 00:23:46
    tristeza perdi meu pai com 5 anos minha
  • 00:23:50
    mãe teve que deixar os filhos na casa de
  • 00:23:52
    uma senhora a Dona Maria que botava a
  • 00:23:56
    gente para vender flores no sinal
  • 00:23:58
    restaurante em todo lugar saí pra rua às
  • 00:24:02
    7 horas da noite só voltava para casa às
  • 00:24:04
    4 5 horas da
  • 00:24:06
    madrugada se não vendesse todas as rosas
  • 00:24:10
    Dona Maria não me dava nem comida e nem
  • 00:24:12
    roupa ela cansou de dar com as rosas na
  • 00:24:15
    minha cabeça quando eu voltava com as
  • 00:24:17
    flores para
  • 00:24:18
    [Música]
  • 00:24:22
    casa essa história de vender rosas foi
  • 00:24:26
    que me levou para prostituição
  • 00:24:28
    Eu me prostituía para ter o dinheiro da
  • 00:24:30
    Rosa era mais
  • 00:24:32
    rápido jogava as flores fora assim que
  • 00:24:35
    arrumava um cliente levava o dinheiro
  • 00:24:37
    paraa Dona Maria e não precisava ficar
  • 00:24:39
    vendendo mais nada podia
  • 00:24:45
    brincar quem me levou para essa vida foi
  • 00:24:48
    a irmã mais velha de uma colega minha da
  • 00:24:50
    favela ela me levou pra casa delas e
  • 00:24:53
    apontou para o pai que tinha uns 40 anos
  • 00:24:55
    e disse se você colocar a boca no pinto
  • 00:24:58
    dele
  • 00:24:59
    você ganha um pacote de macarrão e R
  • 00:25:02
    10 depois disso fui perdendo a inocência
  • 00:25:07
    naquela época comecei a conseguir
  • 00:25:09
    bastante dinheiro fazendo programa
  • 00:25:11
    dentro e fora da favela podia comprar
  • 00:25:14
    todos os brinquedos que quisesse com a
  • 00:25:17
    grana da prostituição comprei minha
  • 00:25:20
    primeira Barbie
  • 00:25:21
    [Música]
  • 00:25:30
    como as meninas de exploração são vistas
  • 00:25:32
    elas são
  • 00:25:35
    invisibilizadas você vê uma menina de
  • 00:25:37
    exploração você diz que ela é uma
  • 00:25:38
    Enxerida que ela gosta de pegar o marido
  • 00:25:40
    das mulheres casadas que ela mas você
  • 00:25:43
    não responsabiliza isso tem a ver com
  • 00:25:45
    relação de gênero os homens que muitas
  • 00:25:47
    vezes poderiam dizer não para essas
  • 00:25:49
    meninas por que que a gente não
  • 00:25:50
    responsabiliza os homens enquanto a
  • 00:25:53
    gente não olhar este homem que tem
  • 00:25:56
    relação com esta menina como um
  • 00:25:57
    criminoso
  • 00:25:58
    e não olhar esta menina como isenta de
  • 00:26:01
    responsabilidade pela situação que ela
  • 00:26:03
    tá a gente vai continuar julgando que
  • 00:26:05
    esta menina é
  • 00:26:06
    culpada e e isto ISO não se resolve
  • 00:26:10
    Então a gente tá falando de uma
  • 00:26:11
    sociedade adoecida né de uma sociedade
  • 00:26:14
    que se relaciona culpabilizando aquela
  • 00:26:16
    menina né não ela tá lá ó ó ela tá lá
  • 00:26:19
    porque ela é [ __ ] ó só tá vendo a
  • 00:26:21
    gente já tentou tudo mas ela gosta
  • 00:26:24
    daquilo então há uma incompreensão do
  • 00:26:27
    que são essas pessoas
  • 00:26:29
    do quo de sofo tem ali e da minha
  • 00:26:32
    responsabilidade enquanto sociedade iso
  • 00:26:34
    é muito importante n quando alguém
  • 00:26:37
    presencia uma situação de exploração
  • 00:26:39
    sexual ela só tem duas
  • 00:26:41
    opções denunciar ou ser
  • 00:26:50
    cúmplice se uma menina tá andando na rua
  • 00:26:52
    de saia curta e acontece alguma coisa
  • 00:26:55
    com ela de quem é a culpa
  • 00:26:59
    eu acho que ela devia usar a saia mais
  • 00:27:03
    compridinha porque chama
  • 00:27:05
    atenção metade culpa dela e metade culpa
  • 00:27:09
    da estrutura familiar entendeu dos Pais
  • 00:27:11
    né Essa parte aí a culpa é toda nossa
  • 00:27:15
    Com certeza muitas meninas provocam
  • 00:27:18
    mesmo se uma menina andar com uma mini
  • 00:27:20
    saia e um um Decinho de de sutiã Então
  • 00:27:25
    ela tá provocando aquela pessoa doente
  • 00:27:27
    dos pais que não de
  • 00:27:29
    que não vigiou como deveria que não teve
  • 00:27:31
    presente como deveria não culpa assim
  • 00:27:34
    nem quem violentou e nem quem usou nós
  • 00:27:38
    não devemos provocar né eu acredito
  • 00:27:41
    assim a culpa não é do
  • 00:27:44
    agressor culpa é do agressor mas Tem
  • 00:27:48
    situações que você não poderia deixar
  • 00:27:50
    ela vulnerável
  • 00:27:52
    também mas mais dos familiares porque os
  • 00:27:56
    familiares tem que dar apoio
  • 00:28:02
    bom do homem se ela está com a roupa
  • 00:28:06
    inadequada e acontece alguma coisa com
  • 00:28:08
    ela a culpa é unicamente do agressor a
  • 00:28:12
    vítima nunca nunca jamais deveria ser
  • 00:28:14
    culpada
  • 00:28:16
    [Música]
  • 00:28:40
    [Música]
  • 00:28:43
    E aí senhores beleza que maravilha isso
  • 00:28:48
    hein bom aqui as margens do do Rio Negro
  • 00:28:52
    né a gente tá ainda no porto de cacau
  • 00:28:55
    Pereira que Pelo que eu
  • 00:28:57
    entendi era onde era a chegada das das
  • 00:28:59
    balsas que vinham de Manaus do outro
  • 00:29:01
    lado chegavam aqui então acabou virando
  • 00:29:03
    um um centro de comércio de muita gente
  • 00:29:06
    e tal e eu acho que para mim é sempre um
  • 00:29:09
    aprendizado né quando você sente o pulso
  • 00:29:12
    do dia a dia da Rua das pessoas te dá
  • 00:29:15
    uma uma sensação uma visão E opinião
  • 00:29:19
    muito diferente de quando você lê nos
  • 00:29:20
    livros ou quando você vê no jornal
  • 00:29:21
    quando você assiste os documentários
  • 00:29:23
    quando você tá na rua te dá a sensação
  • 00:29:25
    e real do que tá aconte você vai na no
  • 00:29:30
    [Música]
  • 00:29:40
    problema
  • 00:29:41
    mas me disseram que tem muita menina
  • 00:29:44
    nova na rua hoje em dia porque ela não
  • 00:29:46
    se respeita ela o quê Ela não se
  • 00:29:49
    respeita porque ela se respeitasse
  • 00:29:51
    trabalhasse estudasse elas eram outras
  • 00:29:53
    coisas boa as meninas não se respeitam
  • 00:29:56
    Mas você acha que elas vão pra rua cedo
  • 00:29:58
    é cedo e daqui a pouco vem com filho no
  • 00:30:01
    braço pros pais criar mas a minha
  • 00:30:03
    pergunta é essa você acha que elas vão
  • 00:30:04
    pra rua cedo por falta de opção por
  • 00:30:07
    falta de oportunidade ou por falta de
  • 00:30:09
    vergonha é de vergonha você acha que é
  • 00:30:10
    falta de vergonha ou falta de
  • 00:30:11
    oportunidade que oportunidade também tem
  • 00:30:14
    M que vai pra vida mais porque é forçado
  • 00:30:17
    não é que ela es é a culpa é do Gringo
  • 00:30:19
    ou a culpa das meninas é das meninas
  • 00:30:21
    também né Por quê é falta de elas elas
  • 00:30:25
    se deixam envolver n deixam Claro por
  • 00:30:28
    conta do dinheiro mesmo também tem
  • 00:30:30
    oportunidade também então a menina de 11
  • 00:30:32
    anos que sai com o gringo aqui a culpa é
  • 00:30:33
    da menina é do gringo também né eu fceo
  • 00:30:36
    dinheiro pra Dona Ela Gosta de
  • 00:30:38
    Dinheiro programa aqui vai custar R 10 R
  • 00:30:41
    15 a menina p e que que vocês acham
  • 00:30:44
    disso
  • 00:30:45
    não mas alguém alguma vez já chamou a
  • 00:30:48
    polícia porque eu vi uma menina de ou
  • 00:30:50
    Chamou o Conselho Tutelar ou chamou
  • 00:30:51
    ajudado de menores ou chamou algum tipo
  • 00:30:53
    ou vocês acham isso com toda sinceridade
  • 00:30:55
    e respeito a esse assunto que é um
  • 00:30:57
    assunto delicado hoje já virou paisagem
  • 00:30:59
    ninguém nem percebe não é normal mas a
  • 00:31:01
    gente acha que é normal porque ninguém
  • 00:31:03
    faz nada As autoridades não fazem nada
  • 00:31:06
    mas a mudança Não começa na gente
  • 00:31:08
    será não com certeza com certeza com
  • 00:31:12
    certeza minha tem nem corpo de mulher
  • 00:31:14
    ainda criança criança e aqui porque à
  • 00:31:17
    gente tá num bar com sinuca e bebida Ou
  • 00:31:19
    seja é um lugar propício para aparecer
  • 00:31:22
    aparece com que idade 12 13 15
  • 00:31:28
    é duro não é mas é a
  • 00:31:31
    [Música]
  • 00:31:43
    [Música]
  • 00:31:48
    realidade é muito
  • 00:31:50
    complexo enquanto você não conscientizar
  • 00:31:52
    que aquele safado de 45 anos que tá
  • 00:31:56
    dando R 30 para ela na balsa tá sendo
  • 00:32:00
    pode ir pra cadeia e que el ele vai ser
  • 00:32:03
    reprimido pela sociedade e que ele vai
  • 00:32:05
    ficar envergonhado pela sociedade esse
  • 00:32:07
    problema não tem
  • 00:32:10
    [Música]
  • 00:32:24
    solução prende as cabritas que meu bode
  • 00:32:28
    tá solto sabe é tudo tudo tudo é assim
  • 00:32:34
    tudo é um alguma coisinha sempre tem um
  • 00:32:37
    um reforcinho nos pequenos detalhes
  • 00:32:41
    desde que você nasceu você escuta aí
  • 00:32:43
    como que como que não vai influenciar
  • 00:32:45
    como que você vai dizer que não vai
  • 00:32:46
    influenciar as músicas dizem isso
  • 00:32:51
    e a a as os as Produções audiovisuais
  • 00:32:55
    dizem isso
  • 00:32:58
    os livros dizem
  • 00:32:59
    isso os seus pais dizem isso seus tios
  • 00:33:03
    dizem isso as pessoas no ônibus dizem
  • 00:33:05
    isso quanto mais velho você for e quanto
  • 00:33:08
    mais novinha é a sua
  • 00:33:11
    amante
  • 00:33:13
    melhor mais maneiro você é mais
  • 00:33:18
    garanhão tem que ter muitas elas tem que
  • 00:33:20
    ser
  • 00:33:25
    novinhas é ó o Google que quem pesquisa
  • 00:33:30
    novinha bota lá novinha bota junto as
  • 00:33:34
    seguintes palavras sexo porno comendo
  • 00:33:38
    novinha novinha gostosa novinha dando x
  • 00:33:42
    vídeos novinha sexo com novinha povo
  • 00:33:48
    povo quer isso das novinhas né
  • 00:33:57
    the more Anonymous and the more
  • 00:33:59
    accessible pornography is the more You
  • 00:34:02
    Drive demand and the internet makes it
  • 00:34:05
    very affordable very accessible And very
  • 00:34:09
    [Música]
  • 00:34:20
    Anonymous many Boys All Over The World
  • 00:34:23
    their introduction to sex education is
  • 00:34:26
    pornography and It's Only violent
  • 00:34:28
    pornography because that's the only por
  • 00:34:30
    you can get for free so they haven't got
  • 00:34:32
    a credit card to go looking for
  • 00:34:33
    so-called softcore por which barely
  • 00:34:35
    exists so when you bring up a Generation
  • 00:34:38
    of Boys on Hardcore porn you are as we
  • 00:34:41
    know from the research you are
  • 00:34:44
    increasing the likelihood of them
  • 00:34:46
    sexually abusing you are limiting their
  • 00:34:49
    capacity for intimacy Connection and
  • 00:34:50
    empathy All The Things That make people
  • 00:34:53
    Human pornography is a Public Health
  • 00:34:55
    crisis
  • 00:34:57
    stealth Public Health Crisis very few
  • 00:35:00
    people know about it I mean When I go
  • 00:35:02
    and Speak to lawyers doctors parents
  • 00:35:06
    educators they've never heard this they
  • 00:35:08
    don't know that the Average Kid is
  • 00:35:10
    looking at porn by the age of 11 They
  • 00:35:12
    Don't Know What the porn is so There is
  • 00:35:14
    no adults around so the first thing we
  • 00:35:17
    have to do is we have to educate adults
  • 00:35:20
    about what's going on with pornogy
  • 00:35:27
    [Música]
  • 00:35:40
    [Música]
  • 00:35:46
    a Google né e outros outros provedores
  • 00:35:48
    de aplicação de de busca também eles
  • 00:35:52
    dizem que eles precisam de uma ordem
  • 00:35:54
    judicial para retirar o conteúdo a menos
  • 00:35:57
    que vi eles entendam que viole os termos
  • 00:35:59
    de serviço deles né deles próprios mas
  • 00:36:03
    se eles entenderem que não viola para
  • 00:36:05
    retirada desse conteúdo precisa de uma
  • 00:36:07
    ordem judicial mas sem dúvida o papel
  • 00:36:10
    dos provedores é muito relevante porque
  • 00:36:14
    os algoritmos com os algoritmos tudo é
  • 00:36:17
    possível fazer né então com a a
  • 00:36:20
    tecnologia permite que que tudo seja
  • 00:36:23
    feito agora é necessário essa discussão
  • 00:36:26
    para ver em que medida que eles devem
  • 00:36:29
    aplicar isso para evitar que esses
  • 00:36:32
    conteúdos sejam disponibilizados
  • 00:36:35
    [Música]
  • 00:36:55
    [Música]
  • 00:37:09
    é muito difícil para uma criança
  • 00:37:11
    denunciar é muito difícil para uma
  • 00:37:13
    adolescente denunciar quando ele
  • 00:37:15
    denuncia ele precisa que todo o sistema
  • 00:37:19
    seja o conselheiro tutelar seja a
  • 00:37:22
    delegacia a saúde todo mundo esteja
  • 00:37:26
    preparado para acompanhar ele para que
  • 00:37:29
    ele não
  • 00:37:32
    desista a vítima ela era indagada em
  • 00:37:35
    regra ela tinha que responder e contar a
  • 00:37:37
    história de toda a exploração Que ela
  • 00:37:39
    sofreu por em torno de 7 até 11 até 15
  • 00:37:43
    vezes dependendo da situação quando ela
  • 00:37:45
    chega na quinta na sexta vez ela nega o
  • 00:37:47
    fato ela fala não não aconteceu
  • 00:37:50
    nada não quero mais falar ela não quer
  • 00:37:52
    mais falar é uma proteção por isso que
  • 00:37:54
    teve uma uma alteração Legislativa
  • 00:37:56
    recente agora em 2017 a lei que começou
  • 00:38:00
    a entrar entrou em vigor agora em 2018
  • 00:38:02
    do depoimento especial e do depoimento
  • 00:38:04
    único em que a vítima é ouvida uma única
  • 00:38:07
    vez vai ser uma pessoa capacitada que
  • 00:38:09
    vai fazer a escuta dessa dessa vítima
  • 00:38:11
    para poder aplicar todas as medidas
  • 00:38:13
    protetivas que ela
  • 00:38:15
    necessita aqui em Manaus tinha um grupo
  • 00:38:18
    que vendia pacotes de turismo nos
  • 00:38:21
    Estados
  • 00:38:22
    Unido para americanos virem para cá para
  • 00:38:26
    pro festival de pesca de
  • 00:38:30
    tucunaré Esse barco Ele parava no porto
  • 00:38:33
    de alguma cidade Um turista descia ele
  • 00:38:37
    seduzia a menina e a menina era
  • 00:38:40
    convidada para ir pro iate e ela era
  • 00:38:42
    convidada por coisa besta como Ah você
  • 00:38:45
    quer conhecer o iate Você quer tomar uma
  • 00:38:48
    coca-cola ele leva para tomar lá no iate
  • 00:38:50
    e as meninas iam para
  • 00:38:52
    lá tinha uma garota que me chamava muita
  • 00:38:55
    atenção porque ela foi iniciada aos 11
  • 00:38:58
    anos pelo agenciador que era o dono da
  • 00:39:01
    agência de turismo dono do barco e ele
  • 00:39:06
    ele quando abusava dela ele dizia ele
  • 00:39:09
    dava aquele dinheiro para ela e ele
  • 00:39:11
    simplesmente Além da questão de ela
  • 00:39:14
    voltar ele preparava ela para receber
  • 00:39:17
    outros
  • 00:39:20
    turistas uma coisa que me chamou sempre
  • 00:39:23
    muita atenção eu acho que eu estou is
  • 00:39:25
    ainda nisso essa frase quando ela falava
  • 00:39:30
    que a eu
  • 00:39:32
    volto
  • 00:39:34
    lá toda vez porque ele disse que um dia
  • 00:39:37
    ele vai me levar para
  • 00:39:40
    Disney Então ela voltava com isso não
  • 00:39:43
    era só para pegar aquele dinheirinho mas
  • 00:39:45
    com sonho de que um dia um daqueles
  • 00:39:49
    turistas também iam levar ela para uma
  • 00:39:51
    vida melhor
  • 00:39:57
    [Música]
  • 00:40:03
    o que uma menina
  • 00:40:04
    sonha eu quero ser pedagoga ou pediatra
  • 00:40:09
    Meu sonho é fazer uma faculdade no Japão
  • 00:40:11
    sonho em fazer uma exposição de artes
  • 00:40:13
    com
  • 00:40:14
    macinha viajar PR Disney ser pediatra ou
  • 00:40:19
    veterinária J de futebol ou
  • 00:40:23
    policial ajudar em causas sociais eu
  • 00:40:26
    quero ser veterinária ou geriatra também
  • 00:40:30
    porque eu gosto muito de idosas ia se
  • 00:40:33
    formar na
  • 00:40:40
    [Música]
  • 00:40:42
    aeronáutica se essa rua se essa rua
  • 00:40:46
    fosse
  • 00:40:49
    minha eu mandava eu mandava
  • 00:40:55
    ladrilhar com pedr inhas com pedrinhas
  • 00:40:59
    de
  • 00:41:01
    brilhante para o meu para o meu amor
  • 00:41:06
    [Música]
  • 00:41:16
    passar tive que trabalhar muito cedo
  • 00:41:19
    vendendo picolé pipoca tentando levar
  • 00:41:23
    algum trocado para dentro de casa aos 12
  • 00:41:26
    anos saí de casa não aguentava a miséria
  • 00:41:30
    fazia programa e frequentava boates já
  • 00:41:33
    sofri vários tipos de violência as que
  • 00:41:35
    mais marcaram foram os estos sofridos
  • 00:41:37
    tanto dos brasileiros que me pegavam na
  • 00:41:39
    praia nas madrugadas quanto dos gringos
  • 00:41:42
    que me levavam para os hotéis e faziam o
  • 00:41:44
    que queriam de mim Estou buscando
  • 00:41:46
    trabalho Digno um trabalho onde eu me
  • 00:41:48
    sinta bem e que não me prejudique ainda
  • 00:41:51
    tenho a esperança de um dia aprender a
  • 00:41:56
    ler e a escrever e ser ainda mais feliz
  • 00:42:00
    ainda tenho esperança de um dia aprender
  • 00:42:03
    a ler e escrever e ser ainda mais
  • 00:42:11
    feliz ele foi tomar banho e quando
  • 00:42:13
    terminou me pediu a
  • 00:42:15
    toalha fui levar e quando entreguei a
  • 00:42:18
    toalha Ele me puxou para dentro do
  • 00:42:21
    banheiro quando eu entreguei a toalha
  • 00:42:23
    Ele me puxou para dentro do banheiro
  • 00:42:26
    tapou minha boca e fez o que fazia com a
  • 00:42:28
    com a minha mãe desde esse dia fiquei
  • 00:42:31
    com muito medo dele na época não sabia o
  • 00:42:34
    que era aquilo que ele fazia comigo só
  • 00:42:36
    sei que doía muito e que eu não podia
  • 00:42:38
    fazer nada para me libertar não tive
  • 00:42:41
    coragem de dizer a minha mãe mas um dia
  • 00:42:44
    quando eu tinha 10 anos ela viu meu pai
  • 00:42:46
    comigo na sua própria Daí pensei que
  • 00:42:49
    esse pesadelo iria acabar mas foi o
  • 00:42:52
    contrário ele cresceu cada vez mais
  • 00:42:54
    porque a minha própria mãe ficou calada
  • 00:42:57
    e fingiu que nada tinha
  • 00:43:06
    acontecido não tenho sonhos não espero
  • 00:43:09
    nada da vida o meu desejo é a morte não
  • 00:43:13
    acredito mais em nada em ninguém
  • 00:43:27
    Porque eu tive que trabalhar cedo
  • 00:43:29
    trabalhei com 9 anos aí não tive mais
  • 00:43:33
    oportunidade de estudar não pude
  • 00:43:35
    terminar porque dentro de dentro de casa
  • 00:43:38
    sofria violência também e quando eu fui
  • 00:43:40
    trabalhar sofri mais violência também
  • 00:43:42
    porque além disse ainda fui estrupada
  • 00:43:45
    e piorou mais
  • 00:43:50
    ainda ele me socou na
  • 00:43:53
    boca meu patrão
  • 00:43:57
    E eu perdi meus dentes cedo por causa do
  • 00:44:00
    soco que ele deu na minha boca eu tive
  • 00:44:04
    que mentir né pra esposa dele dizer que
  • 00:44:06
    eu tinha caído e ninguém acreditava em
  • 00:44:09
    mim nas coisas que eu
  • 00:44:11
    dizia pronto aí dentro de casa também
  • 00:44:15
    era a mesma coisa também a minha mãe não
  • 00:44:19
    acreditava no que eu
  • 00:44:20
    dizia eu não quis deixar que o que
  • 00:44:23
    aconteceu comigo acontecesse com meus
  • 00:44:26
    filhos não que foi muito triste até hoje
  • 00:44:29
    eu eu nunca contei para meus filhos que
  • 00:44:32
    eu
  • 00:44:33
    passei essa é a primeira vez que eu tô
  • 00:44:36
    contando para alguém
  • 00:44:38
    [Música]
  • 00:44:57
    [Música]
  • 00:45:13
    ti viradinha vamos todos cantar vamos a
  • 00:45:23
    meia é fqu
  • 00:45:29
    am ano da gente no nosso ano só esque de
  • 00:45:35
    botar o pontinho no primeiro
  • 00:45:38
    anoi do TR
  • 00:45:42
    qu todos os espaços podem ser espaços de
  • 00:45:45
    prevenção mas Sobretudo o espaço da
  • 00:45:48
    escola hoje é um espaço privilegiado é
  • 00:45:51
    um espaço onde a gente deve ter um
  • 00:45:53
    investimento nessa prevenção acho que
  • 00:45:55
    antes de falar de temas conteudistas
  • 00:45:57
    como geografia matemática a gente tem
  • 00:45:59
    que começar a falar de
  • 00:46:00
    cidadania de gênero de relações de poder
  • 00:46:03
    como é que essas relações de poder devem
  • 00:46:05
    ser trabalhadas na escola em casa como é
  • 00:46:08
    que se educa um menino e uma menina como
  • 00:46:10
    é que se respeita um menino e uma menina
  • 00:46:13
    uma adolescente e uma adolescente porque
  • 00:46:15
    muitas vezes Nós não sabemos fazer isso
  • 00:46:17
    pode ser pode entrar gente cada um
  • 00:46:19
    sentando no seu lugar vamos lá então
  • 00:46:23
    vamos aprender as partes íntimas do
  • 00:46:27
    nosso corpo todas elas Vocês precisam
  • 00:46:31
    conhecer o que são as partes íntimas do
  • 00:46:34
    nosso corpo feitos das partes íntimas
  • 00:46:38
    bumbum ela falou vuv e falou também o
  • 00:46:42
    quê pênis muito bem quando uma criança
  • 00:46:46
    se apropria de conhecimento quando uma
  • 00:46:48
    criança se se apropria de informação que
  • 00:46:51
    ela sabe o que é o corpo dela que ela
  • 00:46:53
    sabe o que ela quer ela quer brincar ou
  • 00:46:56
    ela quer
  • 00:46:58
    ela quer abraçar o pai ela tem que saber
  • 00:47:02
    como é que o
  • 00:47:04
    corpo se limita ou avança no espaço dar
  • 00:47:08
    as mãos para um adulto conhecido e
  • 00:47:12
    atravessar a rua
  • 00:47:15
    pode a gente pode
  • 00:47:18
    conhecido ninguém pode te beijar ou te
  • 00:47:21
    abraçar a força sem você permitir
  • 00:47:27
    não pode ou não pode gente não uma vez
  • 00:47:31
    eu estava indo na esquina perto da minha
  • 00:47:34
    casa aí o carro dentro tava eu pensava
  • 00:47:37
    que ele ia passar direito mas quando eu
  • 00:47:40
    tava andando ele me chamou para dentro
  • 00:47:41
    do carro e corri para contar com meu pai
  • 00:47:44
    tá vendo pensar o enfrentamento à
  • 00:47:46
    violência é pensar em desenvolver
  • 00:47:49
    habilidade de autoproteção na criança
  • 00:47:51
    mas é pensar também em como fortalecer
  • 00:47:54
    os adultos que cuidam das crianças
  • 00:47:56
    sentido a gente tem a importância de
  • 00:47:58
    trabalhar com a escola com as igrejas
  • 00:48:00
    com as organizações comunitárias todo
  • 00:48:03
    mundo que cuida da criança precisa ser
  • 00:48:05
    capaz de lidar com essa questão as
  • 00:48:07
    medidas de autoproteção são importantes
  • 00:48:08
    mas não são suficientes porque a criança
  • 00:48:11
    precisa dessa rede realmente de proteção
  • 00:48:13
    dessa Aldeia que o protege né É preciso
  • 00:48:16
    que a escola esteja conectada com a
  • 00:48:19
    comunidade com essas instituições é
  • 00:48:22
    preciso que essas
  • 00:48:23
    instituições trabalhem juntos
  • 00:48:26
    né se
  • 00:48:34
    [Aplausos]
  • 00:48:39
    fortaleçam falar de gênero e sexualidade
  • 00:48:42
    no ambiente escolar é fundamental porque
  • 00:48:45
    na escola é o lugar que a criança o
  • 00:48:48
    adolescente mais socializa faz muitos
  • 00:48:51
    amigos e
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    amigas potência que tem de construir com
  • 00:48:58
    meninos e meninas uma discussão sobre
  • 00:49:00
    sexualidade sobre gênero
  • 00:49:02
    é que meninos e meninas começam a ter
  • 00:49:06
    outro tipo de relação os meninos começam
  • 00:49:09
    a entender que falar de masculinidade é
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    necessário é importante é fundamental
  • 00:49:13
    pela vida das meninas e pela deles as
  • 00:49:16
    meninas começam a montar coletivos Isso
  • 00:49:19
    é muito bom Cadê comida aqui nessa casa
  • 00:49:21
    que não vendo
  • 00:49:24
    com
  • 00:49:25
    aa acolhimento é sempre para nós aqui o
  • 00:49:29
    melhor caminho pra gente ir descobrindo
  • 00:49:31
    o que tá acontecendo o projeto meninas
  • 00:49:34
    mulheres tem essa perspectiva e de dar
  • 00:49:36
    repertório para essas meninas do lugar
  • 00:49:39
    delas na sociedade como elas têm que se
  • 00:49:41
    colocar o que as agride o que as
  • 00:49:45
    desrespeita e como elas podem lidar com
  • 00:49:47
    isso de filme de de concreto então ainda
  • 00:49:52
    tem isso ainda tem gente algumas pessoas
  • 00:49:56
    mexem
  • 00:49:57
    com as mulheres pelo fato da roupa pelo
  • 00:50:00
    fato da maquiagem e isso não define o
  • 00:50:03
    caráter de uma mulher então a gente vive
  • 00:50:06
    isso no dia a dia eu acho que a gente
  • 00:50:08
    não devia se acostumar com isso até
  • 00:50:10
    porque isso é errado a gente também
  • 00:50:12
    percebe que elas estão começando a
  • 00:50:15
    desenvolver a ideia da
  • 00:50:17
    sororidade sabe de me preocupar e elas
  • 00:50:21
    usam sempre uma frase né que todo ato de
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    luta é um um ato de amor
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    mulheres TM medo porque existe agressão
  • 00:50:33
    estupro e outras coisas é difícil para
  • 00:50:36
    nós
  • 00:50:39
    [Música]
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    mulheres vamos começar a gente vai
  • 00:50:54
    trocar um papo aqui bem curtinho hoje
  • 00:50:57
    sobre
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    masculinidade a gente agora vai
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    construir juntos um
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    homem eu quero que vocês me falem tudo
  • 00:51:08
    que esse boneco precisa para ser um
  • 00:51:11
    homem
  • 00:51:12
    começou barba coração coração um pênis
  • 00:51:16
    um pênis existe um problema em ser homem
  • 00:51:19
    no No Brasil existe um problema em ser
  • 00:51:22
    menino no Brasil é imposto essa
  • 00:51:25
    masculinidade que é o único modelo que a
  • 00:51:27
    gente tem às crianças desde pequeno e
  • 00:51:31
    essa masculinidade é violenta ela é
  • 00:51:33
    agressiva com mulheres Então ela é
  • 00:51:35
    machista ela é misógina Ela é
  • 00:51:38
    lgbtfóbica racista racismo nenhuma
  • 00:51:40
    criança nasce racista nenhuma criança
  • 00:51:43
    nasce homofóbica nenhuma criança nasce
  • 00:51:45
    machista então assim é o exemplo que as
  • 00:51:48
    crianças recebem em volta e e acabam
  • 00:51:51
    criando homens agressivos homens que
  • 00:51:54
    querem o poder trazer os meninos pro
  • 00:51:56
    centro da discussão de violência de
  • 00:51:57
    gênero é primordial porque eles são
  • 00:52:00
    eh ou poderão ser os autores dessa
  • 00:52:04
    violência tudo isso eu acho que seria
  • 00:52:07
    bem resolvido com a educação porque
  • 00:52:09
    vamos supor alguém adulto se você chegar
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    e falar que aquilo é errado às vezes ele
  • 00:52:14
    não vai te dar ouvido porque ele é
  • 00:52:16
    adulto Ele acha que ele já é suficiente
  • 00:52:18
    e já sabe o que ele tá fazendo mas
  • 00:52:20
    quando você chega numa criança e fala
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    que aquilo é errado isso pode mudar o
  • 00:52:24
    que ela acha então tudo seria resolvido
  • 00:52:27
    no começo na educação eu não Considero a
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    gente como só um grupo então somos mais
  • 00:52:32
    uma família do que um grupo sim eu acho
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    que isso dá meio que um sentimento de
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    proteção né saber que você tem alguém
  • 00:52:38
    para quem desabafar alguém com quem
  • 00:52:40
    contar que a gente não tá sozinha que
  • 00:52:43
    elas são tipo tudo viag uma para a outra
  • 00:52:46
    assim
  • 00:52:49
    [Música]
  • 00:53:03
    é possível mundo sem violência né É
  • 00:53:06
    possível um mundo aonde eu possa
  • 00:53:10
    compreender que o outro ele é sujeito de
  • 00:53:13
    [Música]
  • 00:53:19
    direitos e esse mundo sem violência ele
  • 00:53:23
    é um mundo que ele tem que vir assim dos
  • 00:53:25
    adultos
  • 00:53:26
    [Música]
  • 00:53:31
    sabe uma menina da minha idade ela quer
  • 00:53:36
    que o seu maior sonho seja realizado e
  • 00:53:39
    quer que o mundo tenha menos preconceito
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    se ela quiser ir a lua e voltar no mesmo
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    dia pode eu imagino Agora mesmo eu tô
  • 00:53:45
    imaginando Um Mundo
  • 00:53:49
    [Música]
  • 00:53:52
    Melhor quando você fecha os olhos pra
  • 00:53:55
    situação dessas meninas exploradas
  • 00:53:57
    sexualmente desses meninos explorados
  • 00:53:59
    você na verdade perpetua esse ciclo de
  • 00:54:02
    desigualdade de pobreza de miséria desta
  • 00:54:06
    camada da sociedade então fechar os
  • 00:54:08
    olhos tem um custo social gigante este
  • 00:54:12
    custo social gigante impacta no
  • 00:54:14
    desenvolvimento do país desenvolvimento
  • 00:54:16
    econômico e social tem que andar
  • 00:54:18
    juntos uma sociedade que não investe na
  • 00:54:22
    infância ela não toma decisões
  • 00:54:24
    inteligentes e se a gente tem uma
  • 00:54:26
    sociedade onas crianças são vulneráveis
  • 00:54:28
    são vítimas a gente vai ter um grupo de
  • 00:54:33
    pessoas infelizes no final das contas n
  • 00:54:36
    todo mundo tem o direito de ser
  • 00:54:39
    feliz a minha felicidade ela não pode
  • 00:54:42
    depender do sofrimento do outro do
  • 00:54:46
    fracasso do outro e eu tenho que
  • 00:54:48
    garantir que junto a gente pode
  • 00:54:51
    construir um mundo de paz e o mundo de
  • 00:54:53
    paz é esse onde a gente não
  • 00:54:56
    roube a infância de ninguém
  • 00:55:00
    [Música]
  • 00:55:26
    de em
  • 00:55:28
    [Música]
  • 00:55:32
    mulher mulher errou de
  • 00:55:39
    caminho e o caminho da
  • 00:55:46
    desamada é o grande amor
  • 00:55:52
    aloa uma madrugada
  • 00:55:57
    [Música]
  • 00:56:05
    deixava a porta
  • 00:56:07
    [Música]
  • 00:56:12
    encostar lavava as mágoas com
  • 00:56:15
    [Música]
  • 00:56:19
    água e a tristeza nunca enxagua
  • 00:56:25
    [Música]
  • 00:56:28
    pelo nome do Bem
  • 00:56:31
    Querer mal queria
  • 00:56:39
    nada mas seu negro
  • 00:56:44
    despertou deu-lhe um beijo na
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    testa A roseira
  • 00:56:51
    rosou e a preta não quis Fer
  • 00:57:00
    [Música]
  • 00:57:03
    festa regava um estilo para
  • 00:57:09
    [Música]
  • 00:57:12
    colher colhia Mais que
  • 00:57:15
    [Música]
  • 00:57:19
    plantava no plantio de cana amarga
  • 00:57:23
    [Música]
  • 00:57:28
    que amargava o seu
  • 00:57:32
    langor quando sol
  • 00:57:35
    raiava
  • 00:57:44
    de que valerá o
  • 00:57:52
    arreb de que será
  • 00:57:55
    [Música]
  • 00:58:00
    se a inocência lhe fez
  • 00:58:06
    culpada qual rosa que
  • 00:58:09
    [Música]
  • 00:58:12
    despeta para ser
  • 00:58:14
    [Música]
  • 00:58:19
    ofertada nunca mais nego
  • 00:58:24
    voltou pros inhos da
  • 00:58:28
    preta foi a preta que
  • 00:58:31
    chegou ou a porta que
  • 00:58:42
    Estreita
  • 00:58:43
    [Música]
  • 00:58:46
    esqueceu
  • 00:58:48
    preta
  • 00:58:51
    esqueceu preta viru
  • 00:58:56
    aor
  • 00:58:57
    [Música]
  • 00:59:02
    asender
  • 00:59:08
    esqueceu
  • 00:59:10
    preta
  • 00:59:11
    [Música]
  • 00:59:13
    esqueceu preta
  • 00:59:15
    viru a
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