00:00:14
foi uma luta muito
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grande fiquei 11 meses tratando sem
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saber o que que eu estava
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tratando porque lá eles dizia que era
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izipela
00:00:25
e quando na verdade não era depois de 11
00:00:30
meses eu procurei uma dermatologista lá
00:00:34
perto da minha casa posto de saúde
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quando ela olhou minha perna ela disse
00:00:39
porou tric
00:01:04
a esporotricose é uma micose que a gente
00:01:06
chama de profunda e micose é causada por
00:01:09
fungo
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e ela comete qualquer tipo de pessoa
00:01:14
Independente de idade ou sexo e é a
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micose profunda mais comum que a gente
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tem no Brasil e na América Latina a
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esporotricose classicamente e e mais
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antigamente aí ao longo da história ela
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é transmitida muito em em zonas rurais
00:01:31
ou em pessoas que lidam com planta e
00:01:33
terra seja por profissão ou por lazer Ah
00:01:36
eu estou aqui
00:01:37
porque vim pegar remédio para uma
00:01:40
dificuldade que eu estou enfrentando no
00:01:42
momento que chama-se
00:01:43
esporotricose que no caso eu contraí
00:01:47
espetando o dedo numa planta chamada
00:01:51
romanzeira esse fungo que chama
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e espécies que estão sendo ainda
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descritas com os avanços da tecnologia
00:02:04
dos exames e ele tá presente na no solo
00:02:07
assim como diversos fungos por exemplo
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um cogumelo é um fungo gigante né esse
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fungo é um fungo que a gente não enxerga
00:02:14
o
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esporotricosis e ele vive na terra e
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associado muito a materiais em
00:02:22
decomposição então galho podre folha que
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cai na terra isso tudo o fungo vive ali
00:02:28
e não necessariamente causando doença
00:02:30
ele faz parte da população do ambiente
00:02:33
assim como a gente em geral para
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acontecer esporotricose é necessário que
00:02:38
haja um contato traumático a pessoa se
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fura com graveto ou com um espinho E aí
00:02:44
O fungo entra nas camadas mais profundas
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e médias da pele da pessoa iniciando o
00:02:50
processo de doença você teve uma
00:02:52
arranhadura ou Você machucou com a flor
00:02:55
ou então com animal que que que que te
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arranhou isso vai demorar né amanhã que
00:03:00
vai surgir a lisão vai demorar em torno
00:03:02
de 15 dias pro o quadro começar a
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aparecer até um mês então é uma coisa L
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saiu aqui a primeira aqui aí sai uma
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pequena outra aqui assim foi espalhando
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no que foi espalhando foi
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infeccionando chegou até dar aquela
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aquele ma cheiro da afecção que não
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sabia o que que era tomava tomar isso
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que começou se espalhar isso que o Senor
00:03:25
fo espalhar chegou até aqui em cima do
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meu braço aqui ó tem a forma fixa que é
00:03:29
uma que é um caroço um nódulo e que pode
00:03:33
estourar e virar uma úlcera né uma um
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aspecto de uma ferida e ficar restrita a
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uma região única Surgiu uma bolinha de
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PIS E estourou e depois começou a doer
00:03:44
depois começou a ficar
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vermelho e foi estourando muito em
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volta e foi estourando as bolhas e foi
00:03:52
emendando uma na outra e foi se se
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estendendo ou se localiza na pele ou dá
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várias lesões como a gente diz
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num parecendo um Rosário parecendo um
00:04:04
cordão cheio de nódulo cheio de de de
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tumorzinho mas que também isso regride
00:04:10
né Isso não significa que é uma espora
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tricosa mais grave ou não pessoas que
00:04:13
têm algum problema de imunidade
00:04:16
problemas que estão tomando algum eh
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remédio que baixa a
00:04:21
imunidade isso pode fazer com que esse
00:04:24
fungo que só fique na pele tem uma outra
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característica fique mais agressivo Vá
00:04:29
para outros locais do nosso corpo tem um
00:04:32
potencial de se tornar uma doença grave
00:04:34
e até mesmo letal alguns pacientes
00:04:36
morreram por conta da esporotricose
00:04:38
porque foram afetados no momento que o
00:04:40
seu organismo seu corpo não estava com a
00:04:43
imunidade bem estabelecida o ideal
00:04:46
diagnóstico de esporotricose a gente
00:04:48
fazer exames micológicos ou seja de
00:04:50
cultura do Fungo a gente vai tentar ver
00:04:52
e se aquela lesão tem o fungo pro
00:04:56
tratamento da
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esporotricose em geral é tratamento
00:05:00
simples porém prolongado Então a
00:05:02
primeira coisa a gente tem que explicar
00:05:03
ao paciente que ele não vai ser curado
00:05:06
em uma semana que é o que às vezes a
00:05:08
expectativa do paciente é essa o índice
00:05:10
de de cura é mais de 90% né considerando
00:05:14
os pacientes que tomam direitinho
00:05:16
remédio tudo é mais de 90% que isso é
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alto isso é uma coisa muito boa agora se
00:05:21
esse indivíduo ele volta a ter uma nova
00:05:24
exposição ao fungo ele pode ficar doente
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de novo existem alguns casos que a gente
00:05:30
não consegue tratar completamente ou não
00:05:33
pode tratar com remédio por exemplo um
00:05:36
idoso que use vários tipos de
00:05:38
medicamento ou uma grávida que não vai
00:05:40
poder tomar qualquer tipo de remédio na
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época a gente achou que era Lest maniose
00:05:45
por ser uma ferida característica por
00:05:48
não tá muito Profunda o médico preferiu
00:05:50
deixar eu chegar até o final da gravidez
00:05:53
mas uma semana depois eu ganhei e a
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gente ele passou um tratamento que eu
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não podia tomar o medicamento porque eu
00:05:59
ia amamentar ele queria que eu amament
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asse pelo menos um
00:06:04
pouco a partir de
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1998 começamos a observar casos de
00:06:11
esporotricose que eram com o gato
00:06:13
entrando na cadeia epidemiológica
00:06:16
pessoas que tinham acidente por
00:06:17
arranhadura ou mdura com gato e
00:06:20
apresentava a esporotricose isso foi
00:06:23
crescendo ao ponto de no nos dias atuais
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o de três casos por ano passou para 50
00:06:30
para 100 e ter no momento quase 5000
00:06:34
casos no período já detendo de espor
00:06:38
tricosa aqui no hospital evand Chagas de
00:06:40
um surto passou pra epidemia e é uma
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epidemia que tem se mantido no Rio de
00:06:45
Janeiro desde o ano de
00:06:47
1998 vem acontecendo uma epidemia que é
00:06:51
conhecida hoje como a maior epidemia de
00:06:52
esporotricose da história
00:06:56
[Música]
00:07:09
aqui no Brasil além do Rio de Janeiro a
00:07:11
região metropolitana de São Paulo
00:07:14
algumas cidades de Minas como Juiz de
00:07:16
Fora o triângulo mineiro eh Vitória na
00:07:19
capital do Espírito Santo e também no
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Rio Grande do Sul particularmente em
00:07:24
duas cidades Pelotas e Rio Grande são
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cidades que já apresentaram casos
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parecidos com o que a gente observa no
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Rio de Janeiro em muito menor quantidade
00:07:33
É verdade mas já já eh estabelece pra
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gente um alerta de que lá pode acontecer
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o problema que vem acontecendo no Rio de
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Janeiro se não existisse um serviço de
00:07:43
referência Como existe no no antigo
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Hospital Evandro Chagas hoje Instituto
00:07:49
Nacional de infectologia um centro de
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referência preocupado com as micoses a
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gente jamais conheceria esse surto foi
00:07:58
graças a um serviço de vigilância
00:08:01
eh epidemiológica estruturada dentro do
00:08:04
hospital que a gente conseguiu entender
00:08:06
de fato que tava acontecendo do ponto de
00:08:08
vista coletivo da distribuição da doença
00:08:12
na delimitação espacial a gente vê que
00:08:14
isso tá concentrado aqui na região
00:08:17
metropolitana do Rio de Janeiro né então
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a gente pegou é uma casuística em 10
00:08:23
anos de 97 a 2007
00:08:26
1848 casos com uma concentração de 98%
00:08:31
na região metropolitana do Rio de
00:08:33
Janeiro quando eu fiz o
00:08:34
georreferenciamento o que que é isso
00:08:36
localizar no mapa pelo endereço do
00:08:38
paciente Aonde esse paciente residia
00:08:41
cada ponto Rosa desse é um caso de
00:08:44
esporo tricose todos concentrados no
00:08:47
limite do município do Rio de Janeiro
00:08:50
com os municípios da Baixada Fluminense
00:08:53
Nilópolis São João de Meriti e Duque de
00:08:56
Caxias com o passar do tempo essa doença
00:08:59
vai caminhando começa a chegar a
00:09:01
Mesquita a Nova Iguaçu e começa a subir
00:09:04
a região serrana vai pro médio Paraíba
00:09:07
começa atravessa a Bahia de Guanabara
00:09:09
vai para Niterói Tauá Campos a gente vai
00:09:13
ter casa em Cardoso Moreira já chegou em
00:09:15
Mangaratiba médio Paraíba né E já tem
00:09:19
casas na baixada Litorânea grande parte
00:09:21
da população tanto em Anchieta nessa
00:09:25
periferia de Anchieta como num dos
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bairros de do que de Caxia na divisa com
00:09:29
mun do Rio que é um um lugar de de
00:09:32
pobreza extrema inclusive as pessoas
00:09:35
estavam criando gato para controlar a
00:09:37
população de
00:09:38
rato por quê Você tem uma situação
00:09:42
naquela região de precariedade extrema
00:09:46
de saneamento principalmente em relação
00:09:48
ao esgotamento Então o que favorece o
00:09:51
aumento da população de de rato a gente
00:09:55
identificou já que a doença estava
00:09:57
relacionada com arranhadura de gato não
00:10:01
era uma doença que tava ligada aos
00:10:04
profissionais de pet que trabalhavam com
00:10:07
animais por exemplo que essa era uma
00:10:08
outra hipótese não estava ligada com
00:10:11
trabalhador rural pegava população de
00:10:14
quase todas as idades mas principalmente
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mulheres pessoas
00:10:19
aposentadas num ambiente doméstico tinha
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um gatinho na rua que tava olhando pra
00:10:24
gente por favor me ajuda aí a gente
00:10:26
pegou para ajudar e ele contaminou Ó
00:10:29
gente todo todo todo cheio de ferida a
00:10:32
carinha toda ferida horrível a gente
00:10:35
achou que ele tava sofrendo né mas a
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gente eu não esperava que ele fosse me
00:10:39
arranhar né a gente cuidou limpou como
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eu trabalho no banho tosa né foi
00:10:43
limpando lavando limpando para cuidar aí
00:10:46
a veterinária fez o exame deu acusou
00:10:49
esporotricose
00:10:51
né aí a gente ficou dando remédio para
00:10:54
ele mas eu me me contaminei também
00:11:03
E agora tem em torno de sete pacientes
00:11:06
por dia que vem pro ambulatório novos
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Dois a três então para quem via de Dois
00:11:11
a três no ano aumentou
00:11:14
bastante e no e o município de Duque de
00:11:17
Caxias pelo que eles falam tem muito
00:11:18
gato então a doença tá bem disseminada
00:11:21
começou no Rio de Janeiro e tá vindo
00:11:22
para os municípios temos um veterinário
00:11:25
que já há algum tempo faz palestras
00:11:27
falando sobre zoon nos postos de saúde
00:11:31
às vezes é em escolas Mas é com o
00:11:33
pessoal da comunidade tá mostrando as
00:11:37
zoonoses e a esporotricose entra nisso
00:11:41
daí é até em função disso que a
00:11:44
população começou a nos procurar falando
00:11:47
da tal doença do gato já é uma coisa boa
00:11:50
porque nós conseguimos descobrir aonde
00:11:52
tá a doença tá agora combater a doença
00:11:57
que é o que nós estamos pensando com
00:11:59
serviço de castração e quando nós
00:12:03
pudermos realmente tratar e acompanhar
00:12:05
os casos nas áreas aonde nós temos né
00:12:09
mais casos são áreas de de uma renda né
00:12:14
baixa então as pessoas sentem uma
00:12:16
dificuldade muito grande em fazer o
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tratamento do animal e muitas vezes não
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fazem o tratamento todo porque Melhorou
00:12:24
a lesão Ah já tá bom não preciso mais né
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dar o medicamento e não é assim o
00:12:30
medicamento é é é caro e o tratamento é
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longo a esporotricose ela é uma zoonose
00:12:38
de importância em saúde pública e os
00:12:41
gatos são a principal fonte de infecção
00:12:43
de
00:12:44
1998 a
00:12:46
[Música]
00:12:47
2012 nós temos diagnosticados aqui no no
00:12:51
in eh cerca de
00:12:54
4.300 animais né Essa é morca aísa de
00:13:00
esporotricose felina e no
00:13:04
[Música]
00:13:09
mundo o gato pode adquirir a infecção
00:13:14
através do contato com a terra com o
00:13:17
solo
00:13:18
eh onde o fungo está presente através da
00:13:22
e também da matéria vegetal aqui na
00:13:25
nossa região
00:13:26
as a transmissão do
00:13:32
esporotricosis de briga com animais
00:13:35
doentes o gato fugiu Ficou dois dias
00:13:39
sumido quando ele voltou ele voltou todo
00:13:42
machucado arranhado com briga de gato 15
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dias depois começou a aparecer a bolinha
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no nariz dele aí foi aumentando só que
00:13:50
eu não liguei Falei pô deve ser um um
00:13:53
negocinho ali vai sair vai sarar só que
00:13:55
foi piorando então eu levei para um umaa
00:13:58
lá de de gato veterinário tudo bem O
00:14:02
médico só o veterinário Só olhou e já
00:14:03
falou é esporotricose mas vou fazer um
00:14:06
exame para confirmar mas essa doença se
00:14:09
ele te arranhou ou te mordeu você também
00:14:11
tá conforme que tava aparecendo a já
00:14:14
tava aparecendo no meu dedo normalmente
00:14:17
apresentam essas úlceras né pelo corpo
00:14:21
Podendo acometer também o nariz essa
00:14:24
úlcera aqui pegando nariz e plano nasal
00:14:27
e muitos animais também aenta um um
00:14:29
quadro respiratório que tem apresenta
00:14:33
diminuição de luz né das narinas
00:14:35
secreção acosa muitos espirram muito e
00:14:39
esse sinal respiratório normalmente é o
00:14:41
sinal que chama mais atenção do
00:14:42
proprietário pega membros também muito
00:14:44
comum nos membros você vê que ela tá
00:14:48
apresentando lesão ela não ele tá
00:14:50
apresentando lesão nas Patinhas algumas
00:14:54
cicatrizes porque já tá tratando há dois
00:14:56
meses então algumas lesões já cicatriz
00:14:59
Aram inicialmente eu vi uma uma pequena
00:15:02
ferida fazendo carinho nela assim mesmo
00:15:05
né e mas eu não dei muita importância
00:15:10
como ela é meia peluda a ferida Aumentou
00:15:13
e eu não percebi quando eu fui notar ela
00:15:17
já tava
00:15:18
bastante já tinha desenvolvido bastante
00:15:21
é porque eu levei ela para castrar e a
00:15:24
veterinária disse que não castrar né
00:15:27
agora hoje ela já é castrada Porque ela
00:15:29
tava com essa doença e não podia castrar
00:15:32
Bom dia ele começou fazendo tratamento
00:15:35
nele sem ser aqui já tem vai para TR
00:15:37
anos porque ele começou a espirrar então
00:15:39
ele não parava de espirrar e eu me
00:15:41
desesperei no segundo dia levei no
00:15:43
veterinário né aí comecei já fazer o
00:15:45
tratamento fui pesquisar né a descobri
00:15:48
que era que fazer tratamento e após
00:15:51
disso eu faz tratamento consegui a
00:15:53
consulta para ele aqui
00:16:05
hoje todas as unidades de atenção básica
00:16:08
realizam o atendimento né Ou seja faz o
00:16:11
diagnóstico Clínico faz a notificação e
00:16:14
dá medicação a gente tem nas áreas
00:16:16
cobertas pela atenção pela estratégia de
00:16:18
saúde da família os agentes comunitários
00:16:21
que vão aos domicílios E aí fazem uma
00:16:24
orientação dos cuidados no ambiente e
00:16:27
fazem a cap também dos possíveis casos
00:16:31
de esporotricose seja em humanos seja
00:16:34
nos animais os casos com os animais a
00:16:37
gente faz um encaminhamento né faz as
00:16:39
orientações Gerais e faz um
00:16:41
encaminhamento pros centros de
00:16:43
tratamento das zoonoses o indivíduo ele
00:16:45
tem um gato observa lesões ele vem aqui
00:16:49
ele vai ter o diagnóstico clínico e
00:16:52
Laboratorial sem custos vai receber o
00:16:57
tratamento no tempo necessário com o
00:17:01
antifúngico específico para paraa doença
00:17:04
no período
00:17:06
necessário com o acompanhamento do
00:17:08
Veterinário se por acaso esse animal eh
00:17:12
vier a óbito ele também tem o serviço de
00:17:15
cremação após o tratamento se esse
00:17:18
animal não for castrado ele é
00:17:20
encaminhado paraa castração todos esses
00:17:23
serviços são sem custos pro proprietário
00:17:27
muitas vezes você você tem um grupo de
00:17:30
animais que estão saudáveis e o
00:17:33
proprietário com muito medo da doença
00:17:36
faz a pior coisa que pode ser feita que
00:17:38
abandonar o gato doente no logradouro
00:17:42
público em praças porque aquele grupo
00:17:45
que não estava doente com a introdução
00:17:46
de um
00:17:48
doente vai contaminar também aquele
00:17:50
grupo E aí a gente vai espalhar a doença
00:17:53
hoje em dia tem 120 130 gatos nós temos
00:17:57
hoje em dia um trabalho
00:17:59
de pegar esses gatos abandonados no
00:18:01
campo Santana eles são vacinados
00:18:02
vermifugados recebem o remédio contra
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felina e são castrados que é mais
00:18:08
importante e aqui no campo Santana nós L
00:18:11
damos nós temos 30 jardineiros
00:18:12
trabalhando aqui a espora tric é doença
00:18:15
do Jardineiro Então ela acaba
00:18:17
contaminando a planta e um jardineiro
00:18:19
nosso mexer na planta ele vai se
00:18:20
contaminar com esporo então nós temos
00:18:22
uma preocupação grande em relação a
00:18:24
porot tricose no Campo de Santana de não
00:18:26
ter para não contaminar os nossos
00:18:28
funcionários até a população que aqui no
00:18:29
campo Santana são 100.000 pessoas que
00:18:32
passam por mês por aqui Aqui tem um
00:18:33
grupo de 24 cuidadoras elas são
00:18:36
independentes não não representam ONG
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não representam nada o que a gente faz
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aqui normalmente é cuidar da alimentação
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a gente não consegue dar brigo a todos
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então cuidar da alimentação que eles
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tenham água que eles tenham acesso a
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essas coisas básicas e tentar achar um
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lar para esses
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gatos e agora a gente tá tentando
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castrá-lo também numa numa operação com
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um órgão da prefeitura para que eles
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sejam castrados para acabar com a
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superpopulação que é o maior problema
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que a gente tem nos gatos do Rio de
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Janeiro cuidei de um gato há um tempo
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atrás que tinha esporotricose né esse
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gato ele como a gente não sabia o que
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ele tinha ele acabou passando a
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esporotricose para mim o meu tratamento
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foi super simples é um remédio você toma
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todo dia tomei e passou e agora já tô
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bem não tive nenhuma sequela da doença
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ela pro ser humano eu achei ela bem mais
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tranquila que pro pro gato acho que pro
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gato é muito mais sofrimento né eu se
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tiver esporotricose tiver uma ferida de
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esporotricose eu não vou passar para uma
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outra pessoa por quê Porque o homem por
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definição tem muito pouco fungo na na
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sua lesão já o animal Não o animal o
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gato Ele tem muito fungo até hoje a
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gente não entende porque o gato é tão
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suscetível à infecção a esporotricose eh
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e não sei se a gente vai conseguir
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descobrir alguma coisa no sistema imune
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dos gatos que deixa ele muito fraco
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frente a esse fungo particularmente
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frente a esse fungo porque por exemplo
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os cachorros adoecem também mas em
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quantidade muito menor e quando a gente
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faz a biópsia ou colhe algum material
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para diagnóstico a gente vê que nos
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cachorros o fungo ele não se multiplica
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tanto nos gatos ele se multiplica mais o
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meu o meu olhar é o olhar epidemiológico
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né então eu tô olhando pra doença do
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ponto de vista da produção coletiva né
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mas antes disso tem o cuidado com os
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indivíduos né então eu acho que os
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profissionais de saúde no estado do Rio
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de Janeiro no município do Rio de
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Janeiro tem que est preparado para
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identificar a doença e a rede tem que se
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preparar para distribuir medicamento
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porque as pessoas estão adoecendo e elas
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precisam ser cuidadas trabalho com com a
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população local e eu acho que tem que
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fazer isso não é só fazer pressão eh os
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cientistas irem cobrar isso do Estado
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mas mas é como é que a gente pode se
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articular com as diversas entidades da
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organização da sociedade civil para que
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de fato isso se transforme em um
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problema porque você só ataca um
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problema quando eles de fato se tornam
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um problema social tem que tratar as
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pessoas tem que orientar tem que e eu
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acho que é é um tratamento que tem que
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ir em todos o níveis não é só dentro do
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hospital é nas escolas é a posse
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responsável que é fundamental a posse
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responsável quer dizer o indivíduo que
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tem um animal doente ele não pode
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despejar ele como despeja um lixo não
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pode Isso não pode acontecer isso a
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gente sabe o animal vem para ficar com a
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gente para melhorar a saúde a
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efetividade do homem então a gente tem
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tem que ter esse respeito às vezes a
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pessoa Ah eu quero ter um bichinho mas
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não sabe que um bichinho exige cuidado
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exige tratamento de levar sempre no
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veterinário de dar as vacinas as pessoas
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Olha você parece que você tá
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com uma coisa que não tem cura
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no início eu passei por isso mas agora
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não tá um processo de finalização quando
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eu falo que agora que é gato as pessoas
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se espanta né a pessoas ficar se
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espantado o gato fez isso é por mais DCE
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que ele seja tem que ter muito cuidado
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mas eu sei que muita gente aqui quando
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se fala isso ela fala Não essa é a
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doença do gato porque foi o gato que
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botou em mim não não é porque ela vem
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ela tá morando na terra ela não tá
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morando no gato é isso que as pessoas
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teriam que entender
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o gato passou a ser uma vítima ele é uma
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vítima passando a ser um vilão que não é
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n e as pessoas entenderem que se tiver
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um gatinho assim ela tem que cuidar e se
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o bichinho morrer tem que cremar porque
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quando joga ele o esporo que tá morando
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nele vai pro solo vai vai vai aumentar
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né a contaminação isso aqui é ruim
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a partir do momento que a pessoa tem uma
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suspeita de que ela tá com a
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esporotricose ela precisa no caso do Rio
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de Janeiro da região metropolitana do
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Estado do Rio procurar um posto de saúde
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ou programa de saúde da família mais
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próximo a sua residência que os médicos
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hoje em dia já tem eh treinamentos
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periódicos para poder reconhecer e saber
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fazer o diagnóstico da doença e nessas
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mesmas unidades o medicamento principal
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ele é fornecido de forma gratuita para
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as pessoas
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E aí as pessoas vão começar a fazer o
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tratamento e nessas unidades os casos
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mais complicados vão ser encaminhados
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para as unidades de referência que em
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geral são os hospitais universitários e
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a a própria Fundação Osvaldo Cruz que
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vão aí fazer essa investigação
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complementar e completar o tratamento
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dos casos mais complicados por exemplo
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gestantes pacientes com com HIV ou com
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outras causas de de eh sistema imune eh
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comprometido e casos mais complicados
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que não não estão respondendo não estão
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melhorando com tratamento tradicional
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