Os afro-riograndenses: escravidão no RS

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https://www.youtube.com/watch?v=sOstmEL5nss

Ringkasan

TLDRO vídeo discute a história dos afrodescendentes no Rio Grande do Sul, abordando a escravidão e suas consequências. O apresentador reflete sobre a violência policial contra negros, tanto nos EUA quanto no Brasil, e critica a falta de reconhecimento da história negra na formação da identidade gaúcha. Ele menciona a importância de resgatar a memória histórica e critica a forma como a história é reescrita para atender a interesses específicos. O vídeo também destaca figuras históricas e eventos que ilustram a luta e a resistência dos negros na sociedade gaúcha, enfatizando a necessidade de discutir e reconhecer essa parte da história.

Takeaways

  • 📜 A história dos afrodescendentes é crucial para entender a formação do Brasil.
  • ⚖️ A violência policial contra negros é um problema atual e histórico.
  • 📚 A reescrita da história muitas vezes ignora a contribuição dos negros.
  • 🕊️ A expectativa de vida dos cativos era extremamente baixa nas charqueadas.
  • 🏛️ O pelourinho simboliza a tortura e a humilhação dos escravizados.
  • 🎶 Artistas como Lupicínio Rodrigues e César Passarinho são parte da cultura gaúcha.
  • 🗣️ A identidade gaúcha deve incluir a história negra e suas contribuições.
  • 🔍 A pesquisa histórica é fundamental para resgatar memórias apagadas.
  • ✊ A luta pela igualdade e reconhecimento continua até hoje.
  • 📅 O apresentador promete mais episódios sobre a história negra no futuro.

Garis waktu

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    O apresentador inicia o episódio sem vinheta, abordando a importância de discutir a história do negro gaúcho em relação a eventos atuais de violência racial, como a morte de um jovem negro no Rio de Janeiro. Ele destaca a necessidade de refletir sobre a história da escravidão no Brasil, que durou 380 anos e resultou na chegada de mais de 5 milhões de africanos ao país, e a falta de reconhecimento da contribuição negra na formação da sociedade gaúcha.

  • 00:05:00 - 00:10:00

    O apresentador menciona a resistência em incluir a história negra nas narrativas tradicionais do Rio Grande do Sul, que frequentemente privilegiam a trajetória europeia e indígena. Ele critica a falta de pesquisa e documentação sobre a história negra, ressaltando que a cultura afro-brasileira é um dos pilares da identidade nacional, mas ainda é marginalizada.

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    O episódio explora a terminologia e a representação do negro na literatura e na sociedade gaúcha, destacando a expressão 'negro de alma branca' como um exemplo de aculturamento e apagamento da identidade negra. O apresentador também menciona a história do pelourinho e do tronco como instrumentos de tortura e humilhação, enfatizando a necessidade de reconhecer e preservar a memória histórica dos afrodescendentes.

  • 00:15:00 - 00:22:31

    O apresentador conclui discutindo a opressão e a desumanização dos negros durante a escravidão, citando dados sobre a expectativa de vida dos cativos e a brutalidade das charqueadas. Ele critica a forma como a história é reescrita para atender a interesses específicos, e destaca a importância de reconhecer a contribuição dos negros na formação da cultura gaúcha, além de mencionar artistas e figuras históricas que enfrentaram discriminação.

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  • Qual é o tema principal do vídeo?

    O tema principal é a história dos afrodescendentes no Rio Grande do Sul e a escravidão.

  • Como a violência policial é abordada no vídeo?

    O vídeo menciona casos de violência policial contra negros, tanto nos EUA quanto no Brasil.

  • Qual é a crítica feita em relação à história negra no Rio Grande do Sul?

    A crítica é sobre a falta de reconhecimento e a reescrita da história negra na formação da identidade gaúcha.

  • Quem é mencionado como um historiador importante no vídeo?

    Claudio Moreira Bento é mencionado como um historiador que escreveu sobre a trajetória do negro na sociedade gaúcha.

  • O que é o pelourinho mencionado no vídeo?

    O pelourinho era um instrumento de tortura e humilhação utilizado durante a escravidão.

  • Qual é a expectativa de vida dos cativos mencionada no vídeo?

    A expectativa de vida dos cativos era de 30 a 35 anos, mas em charqueadas, era de apenas 4 a 6 anos.

  • Como a identidade gaúcha é discutida no vídeo?

    A identidade gaúcha é discutida em relação à sua formação em cima de uma história de escravidão e a necessidade de reconhecer a contribuição dos negros.

  • Quem são alguns dos artistas mencionados no vídeo?

    Lupicínio Rodrigues e César Passarinho são mencionados como artistas importantes da cultura gaúcha.

  • Qual é a mensagem final do apresentador?

    A mensagem final é a importância de reconhecer e discutir a história negra na formação da sociedade gaúcha.

  • O que o apresentador promete para futuros episódios?

    Ele promete trazer mais episódios sobre a história negra e sua importância no Rio Grande do Sul.

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    o olá meus amigos nosso canal aproveita
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    para história barra marcelo valeram este
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    humilde ser que vos fala hoje nós não
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    teremos vinheta de abertura hoje nós não
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    teremos muitas piadas desse apresentador
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    o espaço que tem graça mais vendo cara
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    totalmente sem graça porque falaremos de
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    assuntos aos quais são pertinentes para
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    atualidade com um gancho em história do
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    rio grande do sul que é o negro gaúcho
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    nosso tema
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    é baseado no que baseado na indicação de
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    confrontos por aquele episódio tão
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    triste é o qual mais uma vez uma vítima
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    negra nos estados unidos foi morta por
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    um policial branco e tu não precisaria
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    ir para lá era só assistir um pouco mais
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    os telejornais que saberia que a uns 15
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    dias atrás um jovem negro da periferia
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    do rio de janeiro se não me engano
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    também foi morto por uma batida policial
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    não colocando todos os policiais no
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    mesmo patamar existem aqueles ainda que
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    servem a farda que é proteger o cidadão
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    mais algumas maçãs podres acabam
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    estragando o restante infelizmente
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    e enfim
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    o nosso episódio de hoje vai ser mais
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    uma reflexão histórica
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    fala sobre os afrodescendentes aqueles
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    tirados da áfrica no maior comércio na
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    maior imigração forçada de humanos de
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    toda a história do planeta
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    e em 380 anos nós tivemos escravidão
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    aproximadamente no brasil mais de 5
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    milhões de pessoas foram tiradas das
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    suas casas da sua terra e trazidas para
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    o novo mundo que era américa
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    bom e como rio grande do sul está dentro
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    da américa porque não falar um pouco do
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    negro no rio grande do sul mas não temos
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    uma história negra nós temos poucas
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    pessoas afrodescendentes que sim
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    destacaram na sociedade e o próprio
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    nosso momentinho só que minha caneta no
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    nível 1
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    o movimento que restaura as tradições
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    rio-grandenses causa certo desconforto
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    por não abrir materiais de pesquisas
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    sobre a trajetória negra ao qual é tão
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    importante quanto a trajetória europeia
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    trajetória indígena no estado pois ele
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    foi um dos três alicerces e formaram o
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    brasil negro e indígena e europeu
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    e infelizmente nós temos essa lacuna a
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    ser preenchida mas aqui embaixo na
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    descrição do único canal que deixa
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    descrição e fala de assuntos que os
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    outros canais não falam ou agora de uma
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    forma bastante bastante diferente certos
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    aspectos e certas cenas rio-grandenses e
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    brasileiras que é o canal nosso projeto
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    com a história deixe seu like se
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    inscreva vai deixar para vocês aqui
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    temas relevantes de universidades também
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    e de pontos onde eu fiz a minha pesquisa
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    que não precisa ser muito feita pois ela
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    é um assunto tratado na escola eu
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    resolvo as vezes dizer para vocês que
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    aqui vocês ouvem histórias que não são
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    contadas na escola essa é contada na
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    história na escola
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    bom então onde que começa em sim
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    e o aculturamento e também o apagamento
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    da história negra começa a se
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    principalmente em uma expressão muito
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    utilizada na literatura regional quando
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    tu coloca um alcunha em alguém do coloca
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    um apelido o nome alguém numa frase o
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    cara é negro de alma branca portanto ele
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    não poderia ser apenas um negro com a
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    sua alma ele ia que ter uma alma branca
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    pois a uma dele não era digna da cor da
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    pele dele claro que são pontos que nós
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    devemos estudar em certas ocasiões
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    históricas mas a partir desse momento já
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    começa a formar uma visão mais ampla de
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    determinados assuntos como esse é o qual
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    trata vocês apaga essa história de um
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    povo para reinscrever de acordo com os
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    interesses do outro povo
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    o outro ponto que a gente coloca também
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    é a palavra criou o ju ou
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    ele é um adjetivo
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    de espanhol em si pois crioulos eram
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    aqueles nascidos aqui
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    o nosso em o rio grande do sul chamamos
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    ele criou louco miojo e também temos um
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    aportuguesamento da palavra mas o
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    significado dela seria nascido naquele
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    local diferentemente da conotação aquela
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    que é dada nos estados unidos que é
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    pejorativa ou chamar alguém de e
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    também outra curiosidade histórica antes
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    de nós começarmos mesmo a falar da que
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    que vai durar umas 5 horas de episódio
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    preparem-se porque eu venho com bastante
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    sede de conhecimento para vocês é o
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    pelourinho ou então o tronco
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    e nós tivemos pelourinho aquino grande
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    do sul só que nós não tivemos tronco
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    porque o pelourinho tu não precisa ir lá
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    na bahia para tu ver um conhecer o
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    pelourinho basta tu ir em algumas
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    distâncias algumas charqueadas
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    históricas aqui hoje são monumentos da
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    preservação do passado e tu encontrar um
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    pelourinho e seria aquela haste de
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    madeira onde pretendia se o cativo e as
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    oitavas se ele com chibatadas o tronco
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    nada mais é do que um instrumento de
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    tortura da idade média onde servia
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    principalmente para humilhação ele era
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    utilizado também aqui no rio grande do
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    sul mais um pouco em fazer tronco nada
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    mais é do que uma tábua ou onde se
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    prende teus braços e teu pescoço e tu
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    passa por humilhação para isto não
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    consegue nem coçar a teu rosto não
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    consegue mente movimentar
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    o e ficava exposto também em praça
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    pública esses 3 tipos de curiosidades
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    são só para preparar vocês meus amigos a
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    entenderem o quanto que tu consegue
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    apagar a memória ea história de um pouco
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    e reescrever ela como eu já falei aqui
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    de acordo com teus interesses por isso
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    que a história ela é uma ciência em
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    constante mutação e inconstante e
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    interpretação
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    e vamos agora a um rápido passeio sobre
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    a história do grande do sul pela
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    perspectiva negra infelizmente não temos
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    também uma perspectiva negra porque os
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    escritores são brancos o que eu peguei
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    como base para fazer esse programa é um
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    historiador militar da cidade de canguçu
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    claudio moreira bento ele escreveu o
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    livro na década de 70 o qual ele faz uma
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    trajetória toda sobre o negro na
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    sociedade gaúcha é um livro que vai
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    estar também disponível a vocês aqui o
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    link para baixarem ele e infelizmente é
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    um livro também que trouxeram as lacunas
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    como ele romã cheia a história do negro
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    no rio grande do sul como sendo muito
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    pouco muito pouco violentado
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    é muito pouco castigado mas não era isso
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    que acontecia infelizmente
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    é porque nesse sentido faz-me lembrar de
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    um detalhe à parte vocês já ouviram
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    falar de rui barbosa pois é o famoso rui
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    barbosa um dos grandes diplomatas
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    brasileiros em quatorze de dezembro de
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    1890 por medo dos descendentes de
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    escravos colocarem o governo brasileiro
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    na justiça e pagar todo sofrimento de
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    seus ancestrais mandou por decreto que
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    queimasse toda a documentação existente
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    sobre a escravidão e tráfico de escravos
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    o brasil cara isso é o cúmulo nós
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    tivemos tudo apagado literalmente nós
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    tivemos tudo apagado
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    e como que se conservou através de
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    famílias através de documentos e algumas
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    partes do brasil mas aqueles documentos
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    oficiais e diziam de que parte da áfrica
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    eles viriam aqueles documentos oficiais
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    que diziam quantos realmente a cortaram
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    aqui no brasil aqueles com o decreto do
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    famoso ruy barbosa que hoje é um dos
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    heróis sem conhecer o passado dele né
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    mandou queimar e aqui no rio grande do
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    sul não foi diferente
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    ah pois o primeiro relato que nós temos
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    de cativos foi com uma bandeira de
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    raposo tavares chegando até o rio jacuí
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    1635 onde cativos africanos caçavam
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    indígenas americanos
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    o e raposo tavares levava em nosso
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    espírito são cerca de 50 cativos e mais
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    de mil indígenas ou indirecta cool 1º
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    ciclo missioneiro também já citado aqui
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    aquele ciclo das missões do tap que vão
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    d1626 até 1642 1644 um dia talvez seja
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    abordado aqui com bastante critério e
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    bastante minúcias esses detalhes desse
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    primeiro ciclo missioneiro
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    o rafael pinto bandeira também abordado
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    aqui mantinha em suas guerrilhas cativos
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    trazidos de portugal trazidos de outras
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    regiões do brasil também ah os quais as
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    milícias dele lutaram e formaram o rio
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    grande do sul português cristóvão
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    pereira de abreu também de acetado aqui
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    utilizou de escravos para abrir os
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    primeiros caminhos por terra entre a
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    capitania de são pedro até são paulo só
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    que infelizmente são apenas nomes e
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    números mas não traduzem que eram
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    pessoas que eram seres humanos
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    ah pois pela ótica da época um ser
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    humano poderia ser dono de outro
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    é um dos mais famosos episódios na nossa
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    história regional
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    e é umas acredite porongos que talvez
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    seja atrasado aqui por quê
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    a todos nós de certa forma sabemos ou
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    não sabemos que ele foi uma traição ou
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    não foi uma traição mas realmente sem a
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    ser 30 pessoas na naquele fatídico dia
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    de novembro de 1844 foram desarmados e
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    mortos sem oferecer resistência
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    literalmente foram assassinados no
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    contexto o restante ao assinatura do
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    tratado de paz fez com que os que
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    lutaram pela revolução pela
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    independência do rio grande do sul
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    frente o império brasileiro fossem
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    presos novamente e levados para o
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    mercado de escravos famoso mercado do
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    valongo no rio de janeiro e vendidos
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    como escravos para outras províncias
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    então tu deixa assim literalmente cai
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    por terra o mito
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    e o mito do próprio lanceiro negro se tu
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    fosse negro tu não iria ser da cavalaria
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    iria ser da infantaria lutar a pé ea
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    própria promessa dada aos negros que
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    lutaram do lado dos revolucionários
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    cresceriam sua liberdade não estou aqui
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    para julgar nada não estou aqui para
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    levantar o polêmica estou aqui apenas
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    para contar
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    é de uma forma bastante rasa bastante
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    resumida como que nós tratamos seres
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    humanos e como a história tratou
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    posteriormente isso numa criação uma
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    mitificação dizendo que não havia tanta
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    escravidão no brasil mário maestri 2010
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    ele fez um trabalho um trabalho
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    grandioso sobre a escravidão no rio
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    grande do sul ao qual em aproximadamente
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    o ano de 1850 nós temos quarenta por
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    cento de toda a população da província
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    de são pedro do rio grande do sul da
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    província rio grande do sul sendo de
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    cativos quarenta por cento cativos e
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    agora também nesse nesse trajeto
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    bastante simplificado nós temos o
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    purgatório dos negros
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    e a charqueadas que fizeram de pelotas a
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    cidade mais rica do estado
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    e a charqueadas que fizeram de pelotas o
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    berço da civilização europeia no rio
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    grande do sul com seus casarões com seus
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    móveis com sua cultura europeia e que
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    deixava a própria capital porto alegre
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    no chinelo
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    e como sante lerdice na sua viagem o rio
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    grande do sul essa cidade que deveria
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    ser a capital da província e não porto
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    alegre
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    e para vocês verem só a opulência que
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    tinha pelotas mas quem fez isto
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    e sofreu
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    é porque o purgatório dos negros porque
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    tu vivia de uma forma totalmente
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    desumana um exemplo
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    e o cativo no brasil império no brasil
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    colônia vive de 30 e 35 anos salvo
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    aqueles que vive que trabalhavam nas
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    minas de ouro que era também outro tipo
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    de inferno para eles hoje trabalham
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    diretamente com metais pesados
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    trabalhavam cavando de uma forma também
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    mais bestial do que propriamente humana
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    mas eles eram tratados na época como
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    bestas estamos falando aqui século 18 e
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    19 e joão pelotas seguir pelo mesmo
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    ritmo pois um cativo trabalhando numa
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    charqueada ele vivia de 4 a 6 anos no
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    máximo ele tinha de vida no máximo então
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    se era 30 35 anos a média de vida os
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    cativos em todo o brasil divide não ia
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    tranquilamente para 27 e 28 anos a
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    expectativa de vida deles pois
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    trabalhava diretamente
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    o sal e o sal em contato com a pele eles
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    racha ir consome com a carne pois ele
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    desidrata cara aí tu imagina um ser
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    humano trabalhando com roupas em trapos
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    diretamente nosso salmoura 24 horas por
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    dia seis meses por ano trabalhos de até
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    18 horas o dia
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    e é algo que tu não pode nem imaginar e
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    quando tu vai uma charqueada eu
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    aconselho você sair em um passeio ótimo
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    excelente visitarem a senhora que horas
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    tu vais ver por exemplo uma pequena
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    marca que tem um f ou então um mf
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    é que fica gravada ou guardadas nos
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    museus daquele momento histórico o que
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    que era o f marcado do lado do rosto
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    e educativo caso universo fugir e fosse
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    preso de volta era marcado como fujão ou
  • 00:16:28
    então como negro fujão na cara no rosto
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    marcado como um animal
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    é algo que hoje parece ser
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    cinematográfico mas agora há poucos dias
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    atrás como é vocês adolescente não foi
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    morto a tiros
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    oi e um cara não foi morto asfixiado
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    pelo um joelho em sua jugular apertada
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    até ele morrer também são coisas que tu
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    pode pensar e não querer entender ou não
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    entender do porque é isso o criar um
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    relativismo ah mas nós tivemos lá na
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    idade antiga na idade média escravos e
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    servos cara tivemos mas não como poder e
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    o ganho que o capitalismo trouxe as
  • 00:17:17
    grandes fortunas criadas através da
  • 00:17:20
    escravidão eo tráfico de escravos para
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    as américas principalmente
  • 00:17:27
    e tu chega por exemplo nesse ponto como
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    que ele foi retratado no início o negro
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    foi retratado por outros rio-grandenses
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    simões lopes neto em 1912 1913 ele
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    recolhe a mais famosa lenda que nós
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    temos e dentre várias lendas mais uma
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    das mais famosas que o do
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    pastoreio ele recolhe
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    bom e depois coloque em lendas do sul
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    contos gauchescos ele tem apenas um
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    conto negro bonifácio que aborda a
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    temática hoje na época era proibido
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    aquilo na época era feio um exemplo
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    machado de assis ele era mestiço e usava
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    pode arroz para embranquecer a sua pele
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    sua pele era escura mas ele não aceitava
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    a origem dele principalmente porque
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    porque quando tu rouba a história de um
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    povo ele não vai reconhecer na história
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    como sendo parte daquele corpo
  • 00:18:30
    é uma música ou separa apenas dois nomes
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    nós temos vários nomes no rio grande do
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    sul
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    o primeiro dele lupicínio rodrigues aqui
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    eu faço uma comparação não por ser
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    colorado mas eu faço uma comparação que
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    lupcínio rodrigues criou o hino do
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    grêmio e até a década de 60 o grêmio não
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    aceitava negros nem os seus jogos e nem
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    no seu quadro diretivo ou esportivo e o
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    famoso lupicínio rodrigues luppi e a
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    gente tem músicas e mortais dele foi o
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    que criou o hino para o time que não
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    aceitava ele para o ser negro
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    me desculpem é história e o outro nome
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    o césar passarinho césar passarinho com
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    músicas regionais morto precocemente
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    também temos guri tem uns negro da gaita
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    temos várias e várias músicas regionais
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    as quais ele foi um dos primeiros a ter
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    um grande assim uma grande importância
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    no meio regional pois o que acontece
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    e aí
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    e para criar uma identidade gaúcha tu
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    não pode crer uma identidade em cima de
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    uma escravidão não pode criar o
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    identidade gaúcha uma identidade
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    regional em cima daquilo que é errado na
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    cama sociedade tu tens que criar o que
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    uma identidade regional em cima do que
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    foi bonito bom glorioso valente e de
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    honra
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    é por isso que não houve uma abertura
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    tão grande para que longos e hoje são
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    reconhecidos depois de mais de 130 anos
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    da escravidão foram reconhecidos há
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    pouco tempo como pertencentes
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    remanescentes da cultura afro-brasileira
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    por isso que hoje existem formas de
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    abordar esse tema e as pessoas mesmo
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    assim ainda tem vergonha ou medo de
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    falar e nós como transmissores do
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    conhecimento devemos levar e trazer esse
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    conhecimento a todos encerrando aqui
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    nesse breve aparato pois daria várias e
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    várias episódios e eu trarei mais
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    episódios como por exemplo o peão
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    distância negro ao qual a história do
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    grande do sul não dá o seu devido lugar
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    de honra mas será em outras partes e eu
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    encerro aqui
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    é uma adaptação feita por mim de uma
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    música de neto fagundes que é um cantora
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    regional do colocar também no próprio
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    youtube ali neto fagundes tu vai
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    encontrar é escravo dos saladeiros
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    saladeiro eu mesmo que chora que a bolsa
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    chamado de espanhol escravo de saladeiro
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    medo dois saber que teu destino é o
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    mesmo que o do boi e matreiro o laço que
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    corta o vento e serra nas aspas da vaca
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    gorda te traz uma saudade da liberdade
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    que sempre te ronda
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    e a dor do gado é barata perto do solo
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    que te sangra teus garrões menor e ver
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    as tuas marcas de sangue caminhando pelo
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    chão cada boi que movem te mata um pouco
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    um pouco mais te mata meu irmão
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    e obrigado pessoal desculpe algum erro
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    algum atropelo e depois aqui vai ter o
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    dicionário regionalista de algumas
  • 00:22:21
    palavras dessas talvez vocês não estejam
  • 00:22:24
    familiarizados um grande abraço no
  • 00:22:27
    coração de cada uma e até o nosso
  • 00:22:29
    próximo encontro
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