MINI CURSO DE LITERATURA - UFSC 2024 - "SINGRADURA" - FLÁVIO JOSÉ CARDOZO

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https://www.youtube.com/watch?v=W_ua72vWhKE

Ringkasan

TLDRÎn acest videoclip, profesoara Juliane discută despre opera "Singradura" a autorului catarinez Flávio José Cardoso, evidențiind importanța sa în literatura din Santa Catarina. Ea analizează complexitatea și bogăția literară a autorului, care folosește metafore și o limbaj sofisticat pentru a explora viața în Florianópolis în anii '70. Cartea conține 20 de povestiri care abordează relația personajelor cu marea și viața cotidiană. Juliane oferă o privire generală asupra câtorva povestiri, subliniind subtilitatea și profunzimea acestora, și încurajează cititorii să se bucure de aceste lucrări literare.

Takeaways

  • 📚 Flávio José Cardoso este un autor important din Santa Catarina.
  • 🌊 "Singradura" explorează viața în Florianópolis.
  • 🖋️ Cartea conține 20 de povestiri pline de metafore.
  • 👩‍🏫 Prefața ajută la înțelegerea poveștilor.
  • 🎶 Povestirea "Em Casa de Banjoista" abordează teme de tristețe și redescoperire.
  • 💔 "Singradura" reflectă așteptările și visele unei tinere numite Marília.
  • 📖 Limbajul lui Cardoso este complex și poetic.
  • 🏝️ Florianópolis este un personaj în sine în povestirile sale.
  • 🕰️ Povestirile oferă o privire asupra vieții cotidiene din anii '70.
  • ✨ Cititorii sunt încurajați să se bucure de lectura completă a operelor.

Garis waktu

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    Professora Juliane introduce o autor catarinense Flávio José Cardoso și lucrarea sa "Singradura", care oferă o perspectivă interesantă asupra orașului Florianópolis din anii '70. Cardoso, un scriitor apreciat și membru al Academiei Catarinense de Litere, a avut o carieră prolifică în literatură, inclusiv cronică și traduceri, și a fost director al Fundației Catarinense de Cultură.

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    "Singradura" conține 20 de povestiri care explorează relația dintre oameni și mare, precum și viața cotidiană a locuitorilor din insula Santa Catarina. Cartea este o reeditare a unei lucrări din anii '70, iar stilul lui Cardoso este caracterizat printr-o limbaj bogat în metafore, ceea ce poate face unele pasaje mai dificile de înțeles pentru cititori.

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    Primul povestire, "Em casa de banjo issta", urmărește un muzician orb, Mané Flor, care își regăsește bucuria de a trăi prin muzica prietenilor săi. Povestea explorează teme de tristețe, dorință și complexitatea relațiilor umane, culminând cu o situație tensionată între Mané Flor, soția sa și prietenii săi.

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    Ultima povestire, care dă numele cărții, "Singradura", o prezintă pe Marília, o tânără care așteaptă cu dor iubirea sa, simbolizată prin mare. Această poveste abordează teme de așteptare, visuri și violență, folosind un limbaj poetic și subtil pentru a explora complexitatea relațiilor și a experiențelor umane. Cardoso reușește să capteze esența vieții pe insulă, oferind cititorilor o privire profundă asupra culturii și tradițiilor locale.

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  • Quem é Flávio José Cardoso?

    Flávio José Cardoso é um escritor catarinense, membro da Academia Catarinense de Letras, conhecido por suas crônicas e contos.

  • Qual é o tema principal do livro "Singradura"?

    O livro explora a vida em Florianópolis, a relação dos personagens com o mar e suas histórias cotidianas.

  • Quantos contos estão no livro "Singradura"?

    O livro contém 20 contos.

  • Qual é a importância do prefácio do livro?

    O prefácio, escrito por um professor de literatura, ajuda a entender a articulação do autor e prepara o leitor para os contos.

  • Como é a linguagem utilizada por Flávio José Cardoso?

    A linguagem é rica em metáforas e figuras de linguagem, o que pode tornar a leitura complexa, mas também muito poética.

  • O que significa o título "Singradura"?

    "Singradura" vem do verbo singrar, que significa navegar, percorrer ou atravessar, refletindo a ideia de navegar por histórias.

  • Qual é a relação entre o autor e a cidade de Florianópolis?

    Embora Flávio seja natural de Lauro Miller, Florianópolis inspirou sua escrita e é o cenário de muitas de suas histórias.

  • O que caracteriza o conto "Em Casa de Banjoista"?

    O conto retrata a vida de um músico cego e sua relação com a música e a sua esposa, abordando temas de tristeza e redescoberta da alegria.

  • Qual é a mensagem do conto "Singradura"?

    O conto aborda a espera e os sonhos de uma jovem chamada Marília, refletindo sobre a beleza e a dor da expectativa.

  • Como a professora recomenda a leitura das obras de Flávio José Cardoso?

    Ela recomenda a leitura atenta, pois a riqueza das histórias e a sutileza da linguagem são melhor apreciadas na leitura completa.

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    [Música]
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    Olá eu sou a professora Juliane
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    professora de literatura do curso
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    positivo Joinville e hoje mais uma obra
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    do nosso minicurso de literatura com as
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    obras da
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    ufsk e hoje em especial uma obra de
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    autor Catarinense o Flávio José Cardoso
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    esse escritor maravilhoso Ele é um
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    escritor muito querido um escritor que
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    tá aí para nos esclarecer de repente
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    algumas relações do seu conto
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    recentemente dos Seus contos né dos seus
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    livros ele eh recentemente teve lá no no
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    na na Pracinha da ufsk eh falando um
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    pouquinho da sua escrita falando um
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    pouquinho da singradura que a singradura
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    esse livro singradura ele é
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    a ele já está no seu segundo momento aí
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    de publicação né de edição do livro
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    porque ele é um livro da década de 70
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    então ele vai trazer uma visão de
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    Floripa bem interessante pra gente
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    pensar não só numa Floripa que a gente
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    imagina numa ilha como numa questão mais
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    Ampla a respeito dos seus habitantes
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    seus moradores tá então esse é um livro
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    eh que foi editado pela Editora
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    ufsk o Flávio José Cardoso ele eh é um
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    autor que faz parte da academia
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    Catarinense de letras Já escreveu muitas
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    crônicas muitas traduções eh já teve
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    muito assim da sua literatura né
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    publicada
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    trabalhou por vários anos do
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    departamento editorial da Globo de Porto
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    Alegre e foi diretora oficial dessa de
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    imprensa né oficial da de Santa Catarina
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    da Fundação Catarinense de Cultura então
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    ele tem tem eh muito muita importância
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    nesse circuito cultural catarinense né
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    membro da 23ª cadeira lá da academia
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    Catarinense de letras desde
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    1985 e a ufsk reeditou esse livro agora
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    eh então ele vai trazer uma perspectiva
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    da cidade de Florianópolis ele não o em
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    questão de nascimento ele é natural de
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    Lauro Miller mas foi o mar a cidade do
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    Florianópolis que inspirou o autor a
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    escrever esse livro A trazer né a uma
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    visão através da sua escrita da sua
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    literatura sobre Floripa que a gente
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    sabe que é muito múltipla também é
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    multicultural ali Florida tem uma fala
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    interessante que falam a respeito dele
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    que é Flávio de um ponto faz um conto e
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    de um pingo faz uma crônica ele
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    realmente tem uma escrita que gostei
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    muito da escrita dele é uma escrita
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    visivelmente nos deixa assim Encantada
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    só que ao mesmo tempo ela é complexa ela
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    é uma linguagem que ele vai utilizar de
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    muita metáfora de muitas figuras de
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    linguagem então torna uma linguagem
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    literária muito rica mas talvez para
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    algumas pessoas acabem sentindo um pouco
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    de
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    dificuldade né para poder entender o que
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    ele traz ali na narrativa mas
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    tranquilamente a gente consegue
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    transitar o título do livro eu gosto de
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    falar muito sempre porque esse título né
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    singradura vem do verbo singrar e esse
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    verbo vai trazer o sentido de navegar de
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    percorrer navegando um lugar de
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    atravessar uma uma praia cheia um mar
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    cheio então ele vai singrar por
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    histórias nesse livro né então é como se
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    fossem ali navegações
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    e personagens que vão ser trazidas nesse
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    singrar por isso ele se chama singradura
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    atravessar essa esse mar de
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    possibilidades e de histórias que a Il
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    traz quantos contos tem nesse livro
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    então nós temos a estrutura desse livro
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    com 20 contos tá são 20 contos tem um
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    prefácio que sempre é valoroso pra
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    leitura até para entender a articulação
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    do autor e como ele vai apresentar foi
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    escrito esse prefácio por um professor
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    de Literatura né Na parte de letras
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    vernáculas lá da ufsk o professor Fábio
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    Lopes da Silva um prefácio maravilhoso
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    faz a gente entender
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    eh nos prepara paraa entrada desses
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    contos no livro né então
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    Eh dentro desses 20 contos ele vai eh
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    trazer a perspectiva da relação do ser
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    humano do homem da mulher do ser humano
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    em si com o mar e as histórias do
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    cotidiano a vida simples dessas pessoas
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    que pessoas habitam a ilha né A Ilha de
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    Santa Catarina que alguns vão chamar a
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    ilha da magia como repleta de histórias
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    eh vale uma lembrança aqui que a ilha de
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    Santa Catarina chamada antes a ilha do
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    Desterro eh é a terra do poeta Cruz e
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    Souza o nosso maior poeta simbolista
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    nascido em Santa Catarina nascido em
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    Floripa mas antes ainda é chamada Ilha
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    do Desterro então a ilha Ela briga
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    muitos poetas né A Ilha ela já eh desde
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    os pescadores os as pessoas que vão lá
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    as fazendas de ostra ou como eles vão
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    chamar lá as as Ostra né as Ostra Ah
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    para urk Então esse se falar o linguajar
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    do Povo ele vai trazer só lembrar que
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    não é uma Floripa agora é uma Floripa da
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    década de 70 tá em algumas leituras que
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    eu tenha trocado já com alunos alunas né
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    em aula eu percebi
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    ã que tem uma diferença de linguagem da
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    versão agora pela edus e da primeira
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    edição da década de 70 então pode ser
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    que com a autorização como o Flávio é um
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    autor vivo enfim com a autorização dele
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    ele mesmo deva ter mudado algum termo
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    então se você de repente tem um livro
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    mais antigo e encontrar alguma diferença
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    tem aí essa ressalva que eu faço tá
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    então agora eu vou tentar assim né falar
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    um pouquinho Óbvio que não conseguimos
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    falar dos 20 contos mas de uma maneira
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    geral ao menos um ou dois ali para vocês
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    ent entenderem que perspectivas o que
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    que ele traz essas histórias são
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    histórias que vão trazer o contexto a
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    linguagem vai carregar uma pluralidade
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    de significados uma linguagem bem
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    carregada metaforicamente falando para
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    trazer essas revelações então muitas
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    vezes não não vai ter um final
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    exatamente como a gente espera não não
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    por esperarmos esse final mas não vai
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    ter um final Ah eu entendi que acabou de
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    repente vai ficar vago parece às vezes
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    um filme francês no final né então
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    acabou e e nos dá também a impressão de
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    que é pra gente também navegar naquilo e
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    pensar como aquilo continuou E também o
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    Flávio propõe né eu trago aqui através
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    da minha leitura Talvez nos deixar que a
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    vida é ess o movimento da vida é esse a
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    gente nunca sabe se aquilo é um ponto
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    final ou aquilo tem uma continuidade ou
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    é só pra gente ficar pensando tá então
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    essa Ele carrega essas imagens algumas
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    eh essa linguagem dentro de figuras de
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    imagem linguagens enfim eu trouxe vocês
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    depois vão ter acesso a algumas imagens
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    todas carregadas da da Ilha mais
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    antigamente Por trazer o a perspectiva
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    daquilo que ele notava nas pessoas em
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    Florianópolis a década de 70 porque a
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    gente sabe que a especulação imobiliária
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    em Florita ela é muito grande então cada
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    vez mais a população lá vem crescendo
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    então pode ser que algumas questões dos
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    Contos talvez Nossa isso parece muito
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    distante hoje eu conheço a ilha não é
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    assim então pensar que quando ele singra
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    nessas histórias ele singra no meio da
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    vida das pessoas comuns daquela época
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    mas sim muitas coisas a gente consegue
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    ver essa singularidade em pessoas hoje
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    também tá então nessa maré de
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    metáforas a primeira história ela se
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    chama em casa de banjo issta em casa do
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    Banjo issta esse Banjo issta para vocês
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    terem uma ideia não sei se vocês já
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    ouviram esse termo Banjo né Ele é um
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    tocador de banjo e é um tocador de banjo
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    que teve um período da vida dele em que
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    ele era soldador e ele vai perder a
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    visão por conta da solda vai ter um
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    acidente com a solda detalhe que eu vou
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    falar para vocês a gente só percebe isso
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    e eu confesso li duas vezes esse conto
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    na segunda leitura consegui perceber o
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    acidente Mas isso não é descrito tá em
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    algum momento do conto vai ser
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    mencionado isso da solda então dá para
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    perceber que a literatura dele ele nos
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    deixa muito livre também nesse caminhar
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    então você percebe que aquilo aconteceu
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    dois músicos vão chegar na casa desse
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    Banjo né
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    Eh para tocar com ele né então nós vamos
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    ter Carlos Borges e o Vicente E aí o que
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    que acontece nessa história os dois
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    músicos um toca violão os dois na
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    verdade né toca um violão descobrem esse
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    bandista que é triste pra vida ele não
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    tem muito um
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    como eu posso dizer assim uma alegria de
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    viver
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    ele se torna uma pessoa bem triste e ele
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    tem a sua companheira em casa que é a
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    Mari Alva tá a partir do momento que
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    esses meninos propõem o nome desse homem
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    que eu acabei não falando é mané flor o
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    banjo issta a partir do momento que eles
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    propõem tocar com ele Todas As Tardes
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    esse homem parece que retoma alegria de
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    viver e ele espera os os dois rapazes
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    ali para tocarem todo o final de tarde
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    na varanda da casa aí um dia esse homem
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    vai eh comentar veja veja ele não vendo
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    mas direcionando os meninos do ele re
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    assalta o quanto a mulher dele é bonita
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    do quanto ele sente o coração
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    apertado dessa mulher dele não poder ver
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    enfim que a mulher tem uma vida toda
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    pela frente ele meio que ressalta isso
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    ã o cabo que a gente lê a gente talvez
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    perceba que será que ele tá despertando
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    alguma ideia enfim mas esses meninos ou
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    ele acaba de plantar ideia Em Algum
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    deles né a mulher um dia que eles estão
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    ali tocando e inclusive uma das
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    ressalvas que ele faz é que ele tinha
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    medo dela fazer alguma coisa e de
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    repente ele porque ele não pode ver e
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    ele nem saber se ela tá fazendo fazendo
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    alguma coisa né tipo nas costas
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    dele aí um dia que eles estão tocando
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    uma canção ela vai aparecer na porta
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    Marialva e começa a cantar lindamente
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    ela tem uma voz linda e ali os meninos
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    tocando eles ficam estonados com a
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    beleza dela com a voz e ela só canta e
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    sai ela canta acaba a música e ela sai
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    você vê que mané flor fica feliz e ouv e
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    um desses guris não comete a loucura
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    levantada ali atrás dela e nisso que ele
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    vai atrás dela ele não sei se ficou Tão
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    Encantado ali por aquela situação ele
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    tenta tocar o rosto dela e ela vai dar
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    um tapa no rosto
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    dele e aquela recusa ele vai acabar
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    saindo da casa correndo ficou assustado
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    também com a situação mané flor não
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    entende porque que o Vicente não volta
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    por que que ele não vem mais porque ele
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    passa a não voltar mais para casa o
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    amigo sabe o que aconteceu e fala até
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    para ele é melhor que você não volte
  • 00:13:03
    para não fazer coisa errada mas e a
  • 00:13:06
    narrativa vai em torno daquilo Será que
  • 00:13:09
    ele o mané flor escutou mas ele não
  • 00:13:12
    escutou porque a gente sabe que as
  • 00:13:14
    pessoas né que não são dotadas ali da
  • 00:13:16
    Visão elas vão desenvolver muito mais
  • 00:13:18
    audição e tudo mas ele não escuta enfim
  • 00:13:22
    o conto desfecho do conto vai ser a
  • 00:13:25
    Maria Alva um dia que só está o Carlos
  • 00:13:30
    Borges tocando com o mané flor ela vai
  • 00:13:34
    sentar ao lado dele e vai colocar a mão
  • 00:13:37
    na perna dele a mão na na perna do
  • 00:13:41
    Carlos Borges e aí o Carlos vai assustar
  • 00:13:43
    e vai imaginar a narrativa vai nos
  • 00:13:46
    contar assim será que ela será que ele
  • 00:13:49
    percebeu ele fica morrendo de medo que o
  • 00:13:51
    mané flor tenha visto e ele tira a mão
  • 00:13:54
    dela então agora ele faz uma recusa para
  • 00:13:57
    ela que vai entrar dentro
  • 00:13:59
    né vai entrar dentro vai voltar pro
  • 00:14:02
    interior da casa assustada e também com
  • 00:14:05
    vergonha e o conto vai terminar Então
  • 00:14:09
    assim Claro é igual a gente contar falar
  • 00:14:12
    dos Contos da Clarissa Spector quando a
  • 00:14:13
    gente conta um enredo assim parece não
  • 00:14:15
    ter graça mas a graça está nos
  • 00:14:18
    pormenores que a narrativa nos traz
  • 00:14:21
    entende então ele vai trazer essa
  • 00:14:22
    sutileza ele vai trazer essas esses
  • 00:14:26
    detalhes esses essas nuances eh a
  • 00:14:30
    riqueza da construção literária né na
  • 00:14:33
    forma do do que pensar no que deu ideia
  • 00:14:36
    do quanto a mulher ouviu quando ele
  • 00:14:38
    falava a respeito ó ela tem uma vida
  • 00:14:41
    então são várias possibilidades ali que
  • 00:14:43
    a leitura traz e é uma leitura fina a
  • 00:14:46
    gente percebe a riqueza da linguagem do
  • 00:14:49
    Flávio nesses pormenores né não é nada
  • 00:14:52
    explicadinho então essa riqueza
  • 00:14:54
    literária que às vezes dificulta Ali
  • 00:14:56
    pela linguagem ser bem carregada bem
  • 00:14:59
    metafórica mas ela vai trazer Mita
  • 00:15:02
    singeleza um olhar poético a respeito de
  • 00:15:05
    moradores como no segundo conto que é
  • 00:15:08
    Felícia não vou conseguir contar todo o
  • 00:15:11
    conto mas já vai trazer uma perspectiva
  • 00:15:15
    de uma mãe vejo já uma outra Ah e um
  • 00:15:18
    detalhe importante de se pensar eh
  • 00:15:21
    lugares de flor anópolis vão ser
  • 00:15:23
    descritos ali né então por exemplo no
  • 00:15:26
    Felícia sem contar o conto mas falar o
  • 00:15:29
    temática rapidamente é uma mãe que quer
  • 00:15:32
    que a filha chame-se e eu preciso
  • 00:15:35
    procurar o nome da mulher porque é um
  • 00:15:37
    nome bem diferente o nome da vozinha que
  • 00:15:40
    ela quer colocar
  • 00:15:41
    eh restituta não sei se alguém já ouviu
  • 00:15:45
    falar alguém restituta é o nome da
  • 00:15:47
    vozinha Dona restituta ela quer batizar
  • 00:15:49
    a filha com esse nome quando o marido
  • 00:15:51
    vai lá batizar ele batiza de Felícia e a
  • 00:15:55
    mulher vai ficar muito brava no decorrer
  • 00:15:57
    dessa história o pai dá mais atenção pra
  • 00:16:00
    menina a menina é a vida dele e a mulher
  • 00:16:02
    é deixada de lado o tempo inteiro
  • 00:16:04
    deixada de lado até o dia que a avó
  • 00:16:07
    venha
  • 00:16:08
    falecer e eles vão para esse enterro mas
  • 00:16:11
    o marido assim a forma como ele trata a
  • 00:16:13
    mulher e trata filha é algo que tem
  • 00:16:16
    muita coisa para discutir muita coisa
  • 00:16:19
    que vocês podem pensar e falar indagar
  • 00:16:22
    porque a vida dele é a filha e a mulher
  • 00:16:24
    ele mal toca a mão no ombro assim mas a
  • 00:16:27
    mulher vai ter uma grande Revelação um
  • 00:16:29
    grande estalar no no enterro da Vó
  • 00:16:32
    quando a vó tá sendo enterrada ela pensa
  • 00:16:34
    poxa é só um nome né A restituta então
  • 00:16:38
    talvez assim porque ela vai ter o final
  • 00:16:40
    do conto sair de mãos dadas com a filha
  • 00:16:43
    então assim não é o enredo entende então
  • 00:16:46
    assim contando as histórias não parecem
  • 00:16:49
    ter toda a graça que tem quando a gente
  • 00:16:52
    lê nada vai substituir as leituras o
  • 00:16:56
    último conto pra gente encerrar esse
  • 00:16:58
    momento do Flávio José Cardoso o último
  • 00:17:02
    conto todo esse plano de significados
  • 00:17:05
    que eles trazem é interessante a gente
  • 00:17:08
    falar porque o último conto é o que dá
  • 00:17:10
    nome ao livro O Último conto chama-se
  • 00:17:14
    singradura e no último conto ele vai
  • 00:17:17
    trazer uma personagem chamada Marília
  • 00:17:20
    Então olha que interessante a gente
  • 00:17:23
    pensar o nome Marília ele vai trazer com
  • 00:17:26
    essa esse jogo das palavras
  • 00:17:29
    como mar e ilha a Marila é apaixonada
  • 00:17:33
    pelo mar ela Olha pelo mar Ela é filha
  • 00:17:37
    de Rendeiras então como eu disse para
  • 00:17:40
    vocês que tem vários lugares da Ilha que
  • 00:17:42
    são descritos como esse pai que desce o
  • 00:17:44
    morro para lá e batizar a
  • 00:17:47
    filha região de cacupé ele vai citar
  • 00:17:51
    nesse conto da María por exemplo as duas
  • 00:17:54
    Lagoas a lagoa do Peri a Lagoa da
  • 00:17:56
    Conceição então tu andando por Floripa
  • 00:17:59
    com ele lá né e a Marília que tem essa
  • 00:18:02
    simbologia do Marília filha de rendeira
  • 00:18:05
    O que que tem de tradição popular em
  • 00:18:08
    Floripa que a gente sempre ouve falar e
  • 00:18:11
    tá lá se vai para lá tem contato com as
  • 00:18:13
    Rendeiras de biro Então essa menina
  • 00:18:16
    também é uma rendeira então é como se
  • 00:18:18
    ela abordasse sonhos né Eh rendasse
  • 00:18:22
    esses sonhos através do que ela imagina
  • 00:18:24
    do mar e o interessante como eu disse
  • 00:18:27
    para vocês ali início que o Cruz e Souza
  • 00:18:31
    é um dos dos Poetas simbolistas nascidos
  • 00:18:35
    ali na ilha eh a Marília não vai trazer
  • 00:18:39
    uma perspectiva do Cruz e Souza mas ela
  • 00:18:43
    traz de um amigo dele que é um outro
  • 00:18:45
    simbolista que é o alfonsos Guimarães
  • 00:18:48
    eh nuances do poema ismalia em troca já
  • 00:18:53
    de leitura com alunas teve uma que me
  • 00:18:56
    disse assim cheguei a perceber até o
  • 00:18:58
    Marília deed seu na Marília no nome
  • 00:19:01
    trazido Ali pela forma como de início a
  • 00:19:05
    Marília vai ser descrita porque vocês
  • 00:19:07
    sabem que lá nessa obra arca de Marília
  • 00:19:09
    de Dirceu ela vai ser sempre vai ser
  • 00:19:12
    sempre enaltecida a beleza de Marília
  • 00:19:14
    então sim podemos dizer que
  • 00:19:17
    eh nós temos também essa nuance por isso
  • 00:19:20
    que é legal a gente sempre trocar
  • 00:19:22
    leitura vocês podem deixar nos
  • 00:19:24
    comentários também depois né alguma
  • 00:19:26
    dúvida alguma leitura que tenham feita
  • 00:19:28
    que a gente vai responder com certeza
  • 00:19:30
    Então nesse nesse eh último conto que dá
  • 00:19:35
    nome ao livro singradura é a Marília que
  • 00:19:37
    tá singrando por esse mar e ela tá em
  • 00:19:40
    frente a esse mar com esse vestido que
  • 00:19:42
    foi rendado por ela mesmo esse vestido
  • 00:19:45
    branco de renda branca e a renda de biro
  • 00:19:49
    é uma renda muito delicada e é um uma
  • 00:19:52
    das características algo que leva sempre
  • 00:19:55
    a cultura ali o peso Cultural de santa
  • 00:19:58
    Catarina né ela tá à espera do seu amor
  • 00:20:02
    do seu amado que provavelmente Parece
  • 00:20:04
    alguém que é da Marinha ficamos nessa
  • 00:20:07
    dúvida quando lemos o conto será que é
  • 00:20:10
    um amor que se foi ou é um amor que ela
  • 00:20:12
    sempre sonhou ela tá à espera do que o
  • 00:20:16
    mar vai trazer para ela mas é de uma
  • 00:20:18
    fineza de uma poesia de um lirismo o
  • 00:20:22
    conto que o tempo todo vão ter aspas
  • 00:20:25
    aspas aspas nesse ponto que é como se
  • 00:20:28
    ela tivesse Ouvindo uma voz que vem do
  • 00:20:30
    mar e a espera do Amado que na verdade
  • 00:20:33
    ele nunca chega mas a Marila é uma moça
  • 00:20:36
    muito bonita né uma moça notável uma
  • 00:20:39
    moça né que vai chegar um dia numa
  • 00:20:42
    tardezinha em que ela tá numa pedra é
  • 00:20:45
    tudo Sutil gente tá é tudo muito Sutil e
  • 00:20:49
    um dos moços que a v ali na vida real e
  • 00:20:52
    se interessa por ela ela não tem
  • 00:20:54
    interesse nenhum por ele porque ela
  • 00:20:57
    parece muito dear essa era por que que
  • 00:20:59
    eu falei a respeito da Marilha de não da
  • 00:21:01
    Marília de gceu do poema ismalia de
  • 00:21:05
    Afonso de Guimarães porque esha lembram
  • 00:21:08
    quando esmal enlouqueceu foi-se na torre
  • 00:21:10
    a cantar viu uma lua do céu viu outra
  • 00:21:12
    Lua no Mar é o poema que vai trabalhar a
  • 00:21:15
    temática do suicídio né a esalia se joga
  • 00:21:19
    no mar então a sua alma sobe ao céu e
  • 00:21:22
    seu corpo desceu bomar e a Marília vai
  • 00:21:25
    ter um desfecho que não é a questão do
  • 00:21:27
    suicídio mas Sutilmente nos vai dar a
  • 00:21:31
    entender e dá a entender porque através
  • 00:21:34
    da linguagem a gente consegue perceber
  • 00:21:36
    isso que esse menino que tem interesse
  • 00:21:39
    por ela ele mesmo com a recusa dela ele
  • 00:21:43
    vai acabar atacando essa menina então um
  • 00:21:47
    finalzinho que diz assim Pedro se
  • 00:21:50
    aproximava vem nadando de mansinho então
  • 00:21:53
    ele pegou ela de surpresa e é bicho
  • 00:21:56
    concentrado na emboscada nada então Esse
  • 00:22:00
    verso Esse verso esse trecho já nos dá a
  • 00:22:04
    certeza do que acontece um bicho na
  • 00:22:06
    emboscada prestes a atacar vê os
  • 00:22:10
    calcanhares dela recuados os joelhos
  • 00:22:12
    entre abertos uma parte do seio saltada
  • 00:22:15
    pela abertura refrescante da roupa ela
  • 00:22:18
    só respira para as promessas que chegam
  • 00:22:20
    lá de longe mas D desina no ataque
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    felino que o momento que ele ataca sem
  • 00:22:26
    um susto sem surpresa é o seu prncipe
  • 00:22:29
    chegaste e ele diz Mara marlia numa voz
  • 00:22:33
    tão sua Pedro criançola que a ilusão se
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    destrói vem forças a pressa ele quase
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    cai reage Mat endemoniada marlia se
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    recolhe em concha ol só de novo a
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    Marília o marha e quando ela se recolhe
  • 00:22:49
    para se defender na posição fetala em
  • 00:22:52
    concha para receber os arremessos da
  • 00:22:55
    cólera que que são os arremessos da
  • 00:22:57
    cólera né é o ataque dele ali não morre
  • 00:23:01
    já desfalece as pernas relaxadas Pedro
  • 00:23:04
    longe vai Pedro as pernas e o mar
  • 00:23:08
    crescente No ritual da M alta roubará
  • 00:23:11
    todo o sonho e toda a espera e esse sing
  • 00:23:15
    grá perdurará belenos ou seja os sonhos
  • 00:23:19
    Roubados aquele corpinho que o mar vai
  • 00:23:22
    levar né então só para vocês assim
  • 00:23:26
    adentrarem um pouquinho do que as
  • 00:23:28
    histórias a forma como ele coloca vejam
  • 00:23:31
    que é a descrição de uma cena de estupro
  • 00:23:34
    né alguém que tá sendo violentada mas a
  • 00:23:37
    com a sutileza das palavras da linguagem
  • 00:23:40
    literária que ele coloca então assim
  • 00:23:43
    para fechar é um livro que vai trazer
  • 00:23:46
    muitas
  • 00:23:47
    histórias muitas situações né tira
  • 00:23:51
    elementos da Ilha lugares descreve então
  • 00:23:55
    É como se você adentrasse a ilha na
  • 00:23:58
    perspectiva na vida de várias pessoas né
  • 00:24:01
    sobre o olhar ali do José Cardoso que
  • 00:24:04
    extremamente necessário ali pra gente
  • 00:24:06
    poder ter esse contato ter essa né Essa
  • 00:24:11
    volta pelo mar singrar com ele ali pelas
  • 00:24:15
    histórias Tá bom então é isso Leiam são
  • 00:24:20
    contos assim riquíssimos e vocês podem
  • 00:24:23
    depois curtir esse vídeo compartilhar
  • 00:24:26
    com quem vocês querem que acesse também
  • 00:24:28
    eh acessar o link depois para baixar o
  • 00:24:32
    material tá bom e é isso um beijo e até
  • 00:24:35
    a próxima
  • 00:24:37
    [Música]
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