O MEU AFETO TE AFETA? Famílias Homoafetivas no Brasil (LGBT+) | Documentário

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https://www.youtube.com/watch?v=i9cx72PeIBg

Ringkasan

TLDREste vídeo explora a experiencia de familias homoafetivas en Brasil, centrando a atención na aceptación da diversidade e na importancia do amor incondicional. A nai comparte a súa viaxe desde a sorpresa e a loita interna ao aceptar a orientación sexual da súa filla, destacando como esta experiencia a transformou e fortaleceu. A narrativa tamén aborda a evolución das relacións homoafetivas no contexto legal brasileiro, a adopción e a importancia da educación na aceptación da diversidade. A historia subliña que a familia é un espazo de amor e apoio, independentemente da súa composición, e que a aceptación e o afeto son fundamentais para o benestar dos seus membros.

Takeaways

  • 👩‍👧 A aceptación da orientación sexual pode ser un proceso difícil pero transformador.
  • ❤️ O amor incondicional é fundamental para a fortaleza familiar.
  • 🏳️‍🌈 As familias homoafetivas tamén son familias e merecen ser recoñecidas.
  • 📚 A educación é clave para ensinar o respecto á diversidade desde pequenos.
  • 👩‍❤️‍👩 A adopción en familias homoafetivas é un dereito legal que debe ser apoiado.

Garis waktu

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    A narradora comparte a súa experiencia como nai dunha nena que se identificou como homosexual na adolescencia. A pesar de que inicialmente tivo dificultades para aceptar a súa orientación sexual, a narradora reflexiona sobre como esta situación fortaleceu a súa tolerancia e capacidade de amar incondicionalmente.

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    A narradora define a familia como unha estrutura de amor e apoio, destacando a importancia do afecto e o respecto. Comenta sobre as diferentes formas de familia, incluíndo as familias nucleares atípicas e a crise de valores que afectou a sociedade no século XX.

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    A narradora comparte a súa experiencia de saír do armario aos 14 anos, enfrentándose a prexuízos familiares e relixiosos. A pesar das dificultades, a súa familia finalmente aceptou a súa relación e apoiou a súa decisión de casar.

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    A narradora menciona a importancia do recoñecemento legal das unións homoafetivas en Brasil, destacando como a decisión do Supremo Tribunal Federal permitiu que as parellas do mesmo sexo puidesen casar e obter os mesmos dereitos que as parellas heterosexuais.

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    A narradora fala sobre a súa decisión de casar, motivada principalmente por dereitos legais e a protección que o matrimonio ofrece, especialmente en situacións de saúde e benestar familiar.

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    A narradora describe o proceso de adopción e como a súa familia se preparou para recibir a unha nena. Comenta sobre a importancia de ter un ambiente acolledor e de apoio para a nena adoptada, así como a aceptación da súa familia.

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    A narradora reflexiona sobre a diversidade e a importancia de educar os nenos para que respecten e acepten as diferenzas. Comenta sobre a súa experiencia en escolas e como a sociedade está evolucionando para ser máis aberta e inclusiva, a pesar dos prexuízos que aínda existen.

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Peta Pikiran

Video Tanya Jawab

  • Como se sentiu a nai ao descubrir a orientación sexual da súa filla?

    A nai pasou por un proceso difícil de aceptación, loitando contra os seus propios prexuízos e os da súa familia.

  • Que cambios se produciron na familia tras a aceptación da orientación sexual?

    A familia fortaleceu os lazos de amor e tolerancia, e a nai converteuse nunha defensora dos dereitos da súa filla.

  • Como se aborda a adopción en familias homoafetivas?

    As familias homoafetivas tamén teñen dereito á adopción e a protección legal das súas relacións.

  • Que papel xoga a educación na aceptación da diversidade?

    A educación é fundamental para ensinar o respecto e a comprensión da diversidade desde unha idade temperá.

  • Como se percibe a diversidade na sociedade actual?

    A sociedade está evolucionando, pero aínda existen prexuízos que deben ser superados.

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Gulir Otomatis:
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    quando descobri que estava grávida sabia
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    que era de uma menina e que teria os
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    olhos
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    claros conforme ela crescia nada em seu
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    comportamento me levou a perceber que
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    ela era
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    homossexual apesar do gên Forte ela
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    sempre se comportou como uma menina
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    qualquer brincava de casinha de p pega
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    de bola mas quando chegou a adolescência
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    ela me chamou para uma conversa séria e
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    eu não estava parada para lidar com a
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    homossexualidade foram tempos difíceis e
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    Dolorosos não tive que lidar só com os
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    meus preconceitos mas também com os da
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    minha
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    família hoje depois de muita briga
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    comigo mesma e contra aqueles que
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    tentaram desrespeitá-lo por sua opção
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    Percebo o quanto isso ajudou a
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    fortalecer tudo que existe de melhor em
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    mim minha tolerância meu desejo de
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    justiça e principalmente minha
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    capacidade de Amar Incondicionalmente
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    para mim família é uma estruturação do
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    amor é alguma coisa que vai te sustentar
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    sempre e te direcionar na vida família
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    ao meu ver é é a base de tudo é onde eu
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    encontro carinho onde eu encontro afeto
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    onde eu encontro respeito eu vejo que
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    você constrói famílias não essa família
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    que você é obrigado a fazer parte sabe
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    eu acho que família para mim é mais
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    sinônimo de colo afeto e começando com a
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    família nuclear ela é dividida em vários
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    conceitos né tem a a nuclear simples por
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    exemplo que é pai mãe e filhos né a
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    nuclear é atípica a nuclear com pai e
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    mãe sem filhos ou nuclear com avós
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    presente que criam netos ou nuclear com
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    pai e mãe e tem filhos que não são deles
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    mas são adotados eh e essa família ela é
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    uma família moderna e a gente pode
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    considerar que modernidade a partir do
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    século X e 1 né com advento da
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    racionalidade sobre eh os credos de fé
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    há uma crise no século XX uma crise de
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    valores uma crise motivada pelas duas
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    guerras mundiais uma crise religiosa há
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    uma dessacralização do mundo e
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    consequentemente eh um menor uma menor
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    busca de religiosidade e como resultado
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    final no no nosso interesse eh uma perda
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    de identidade da família me assumi com
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    14 anos né então não foi tão lindo
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    maravilhoso quanto minha faz parecer
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    porque minha mãe sempre teve amigos gays
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    entendeu minha mãe era aquela das da
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    escola assim mais largada ela brincava
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    com os meninos ela sempre foi muito
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    tranquila mas quando foi comigo o
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    negócio foi diferente Ah não foi fácil
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    no início assim minha família toda
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    católica eles são bem rigorosos né eu
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    cresci Indo pra missa todo domingo
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    aquela pressão aquela coisa é só uma
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    fase vai passar quando a gripe no sarou
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    minha mãe não foi tão legal assim levou
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    um tempo até que chegamos ao ponto de eu
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    não pergunto e você não fala e eu fiquei
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    com muito medo de assumir então eu
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    demorei muito com 10 anos desde que eu
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    entendi que eu gostava de mulher até eu
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    assumir que eu era lbi que não bissexual
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    e definitivamente parar de namorar com
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    homens convivemos assim mais uns 2 3
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    anos até que eu comecei a namorar uma
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    garota e comecei a namorar namorar mesmo
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    no início eles não gostaram choraram
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    muito a minha mãe ela recorreu ao
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    assuntinho de Bíblia blá blá blá e eu
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    sou atéia é complicado demais Primeiro
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    vamos supor eu aprendi desde criança que
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    um determinado comportamento ou no caso
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    uma orientação sexual ela é errada ela é
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    pecado eh se a gente cometer esse pecado
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    algo de muito terrível vai acontecer e
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    eu sempre aprendi isso a minha vida
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    inteira e de repente chegam duas pessoas
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    de mão dada se beijando né e eu tenho
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    que lidar diretamente com essa minha
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    crença isso exige um exercício de
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    colocar de frente a minha crença
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    desfazer essa crença e reconstruir uma
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    nova crença né então me parece que
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    existe todo um trabalho de desconstrução
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    mesmo e que mexe com e as concepções do
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    indivíduo isso não é algo fácil de se
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    fazer e principalmente quando tá
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    atrelada a religião então para quebrar
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    tudo isso dentro de casa não foi façil
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    pra minha mãe eles precisaram conhecer a
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    Camila para para ver nossa relação de um
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    jeito mais sério e hoje eles são
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    defensores Levanta a bandeira e tudo
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    tanto que no final foi ela que me apoiou
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    a casar que né ela se D super bem com a
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    Vivan ela liga ela em casa ela fala mais
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    tempo com a Vivan do que comigo entendeu
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    Ela que organizou tudo nosso casamento
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    é uma realidade na sociedade brasileira
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    a existência de uniões estáveis ou
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    afetivas mulher mulher homem homem e não
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    entre o homem e a mulher Como dizia diz
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    até hoje a
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    constituição e injustiças estavam
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    acontecendo chegou um momento que o
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    Estado do Rio de Janeiro e mais outro
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    estado se eu não me engano ajuizaram uma
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    ação suo Tribunal Federal e dizendo olha
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    está acontecendo esse tipo de injustiça
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    repetidamente Eu gostaria que o Supremo
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    regulamentasse a questão os
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    direitos das uniões
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    homoafetivas e foi o que o Supremo
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    fez lá na Constituição também está
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    escrito Literalmente com essas palavras
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    que eu vou dizer o
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    seguinte a lei deverá facilitar a
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    conversão da união estável em casamento
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    é uma ordem da
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    Constituição se existe união estável a
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    lei deve facilitar a conversão em
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    casamento Qual é o motivo o motivo que
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    eu já expliquei porque o casamento
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    confere de forma muito mais sólida os
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    direitos à sucessão à ameaa confere mais
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    estabilidade àquela família agora no
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    momento que o Supremo Tribunal Federal
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    declara que a união estável pode ser
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    entre homem e mulher mas também entre
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    homem homem entre mulher e mulher e no
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    momento que a constituição diz que a lei
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    deve deve facilitar a conversão da união
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    estável em casamento a consequência
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    jurídica da decisão dele foi a
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    possibilidade de que pessoas do mesmo
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    sexo também pudesse
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    casar eles passam a perceber que você
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    existe
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    agora parece que é bobeira porque já
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    passou um tempo mas assim que que o STF
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    aprovou o casamento a gente sentiu
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    aceita de um jeito que eu não sabia nem
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    que podia sentir isso assim é estranho
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    eu não percebia que eu tava tão à margem
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    da lei a gente não percebe tanto isso
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    quando não mas daí assim deu aquele sim
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    né Resultado positivo daquela votação
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    toda aquela sensação foi dentro assim
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    mesmo nossa a gente pode casar ninguém
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    pode falar mais nada agora civilmente
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    né a gente pode ter o medo direito de
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    qualquer outro dá uma sensação muito boa
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    ah eu acho que que a lei só legitima
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    mesmo né O que já era realidade há
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    muitos anos eu acho que dá mais
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    tranquilidade né pr pra gente o ano
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    passado a crise teve problema de saúde e
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    e assim uma das preocupações que eu
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    tinha era de que se algum momento eu não
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    pudesse ser responsável por ela lá na
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    internação de que tivesse que ter alguém
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    por exemplo da família dela para se
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    responsabilizar Em algum momento né de
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    autorizar cirurgia essa coisa toda e aí
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    a gente decidiu o que a gente queria
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    casar mesmo eu acho
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    que mais e
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    principalmente por conta dos direitos né
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    direitos legais direito de assistência
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    médica É verdade é de cara na semana
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    seguinte né a gente já uniu a
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    assistência
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    médica direito por exemplo se ela tiver
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    fora eu eu ter todo direito sobre
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    Angelina e ela ter todo direito sobre a
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    Dara Então acho que muito mais por conta
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    do Dire porque a gente já estava unida e
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    o casamento foi uma mera formalidade mas
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    já que as pessoas TM o direito a
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    formalidade a gente também queria
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    para que duas pessoas passem a viver
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    juntas como família na mesma casa
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    Dividindo o mesmo teto dormindo junto
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    dividindo despesas responsabilidades etc
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    todos tem que pensar duas três vezes
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    todos inclusive os heterossexuais
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    né então
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    Eh Aconteceu o que eu
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    imaginava ou
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    seja vários casais homoa afetivos
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    regularizaram a sua situação
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    casaram mas olha até o o CNJ
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    retirar dos juiz a necessidade de passar
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    por crio judicial o casamento e
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    determinar que o casamento ocorra lá no
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    registre civil tal como os casais hétero
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    afetivos Que eu me lembre eu não fiz
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    mais que 15
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    casamentos e eu previa isso ninguém ia
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    sair casando a torta direito por causa
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    disso pessoas em uniões homoafetivas tem
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    que pensar para casar tanto quanto as
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    hétero afetivas aí o Mir Que nós
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    conhecemos há 11 anos atrás numa festa
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    um pouco tempo depois a gente já foi
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    morar junto e foi numa época que o mirco
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    estava mudando de Curitiba e aí com esse
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    evento a gente acabou mudando um pouco o
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    destino e e fomos morar juntos aí a
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    gente desde o início já já pensava na
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    ideia de de de de ter uma filha um filho
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    ou mais
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    e E aí a gente começou a trabalhar isso
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    são 5 anos atrás eh levamos isso pra
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    terapia pra gente criar uma estrutura
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    familiar para uma criança né aí nos
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    inscrevemos né fizemos todo o processo
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    legal ficamos Acho que uns do anos n f
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    uns dois anos na fila E aí foi
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    quando de repente aconteceu né nos
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    chamaram
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    apresentaram a Bruna e aí ela nos
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    adotou a adoção é quando uma criança sai
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    do seu núcleo familiar
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    eh e vai entrar num outro núcleo
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    familiar Toda a relação jurídica dela
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    vai mudar então os tios vão mudar os
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    pais vão mudar aos avós vão mudar isso a
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    adoção é quando ela adota uma outra
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    família ela entra num outro núcleo
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    familiar que vai dar uma outra proteção
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    jurídica para ela quando o STF traz a
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    proteção da União homoafetiva para essa
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    família falando que duas mães são sim
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    uma família dois pais são sim uma
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    família ele de alguma forma também
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    protege isso porque a Constituição
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    quando ela fala no artigo 226 a proteção
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    da da família H afetiva e em especial o
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    estado irá proteger essa relação
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    familiar ele traz também que essa
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    família irá proteger especialmente a
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    criança e também é o planejamento
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    familiar essa família pode ter o direito
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    a planejamento familiar pode ter a a
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    formação da sua da da sua família como
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    bem entender e o estado ele tem que
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    proteger essa relação eles fazem como se
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    fosse uma pequena triagem né Você vai lá
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    demonstrar a tua vontade de adoção
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    assistente social já te coloca já te
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    recebe numa sala lá já te dá mais ou
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    menos um um uma explanação geral e já te
  • 00:13:57
    faz algumas indicações de livros de
  • 00:13:59
    filmes que você pode ler e já pede para
  • 00:14:02
    você providenciar uma série de
  • 00:14:03
    documentações né
  • 00:14:06
    É aí eu eu eu fiz exatamente o que o
  • 00:14:09
    fórum indicou né que inclusive eles
  • 00:14:11
    indicaram que eu participasse de algum
  • 00:14:13
    grupo de apoio adoção e foi isso que eu
  • 00:14:15
    fiz e lá você fica eh em Convívio com
  • 00:14:18
    famílias que já adotaram e famílias que
  • 00:14:20
    pretendem adotar né então meu
  • 00:14:23
    posicionamento no fórum o tempo todo em
  • 00:14:25
    relação à minha homossexualidade foi de
  • 00:14:27
    cara desde essa triagem e todas as
  • 00:14:30
    entrevistas que eu tive eu me sentia
  • 00:14:33
    muito tranquila nas entrevistas porque
  • 00:14:35
    eu tinha o convívio do grupo de apoio
  • 00:14:37
    que a gente achava que ia ser bem
  • 00:14:38
    complicado porque duas mulheres é o
  • 00:14:40
    primeiro casal eh gay que adota em
  • 00:14:43
    conjunto em São José dos Pinhais né
  • 00:14:46
    então a gente achou que ia ser meio
  • 00:14:47
    complicado porque a gente não queria
  • 00:14:48
    fazer todo mundo falar e entra uma
  • 00:14:50
    depois vocês fazem da outra só que vai
  • 00:14:52
    tão é contra tudo que a gente acredita
  • 00:14:54
    para que que eu vou esconder ou para que
  • 00:14:56
    que eu vou omitir eu não ten nada que
  • 00:14:58
    omitir não tem nada nada que esconder
  • 00:15:00
    então a gente quis entrar as duas e
  • 00:15:02
    conseguimos foi muito fácil muito
  • 00:15:04
    tranquilo o nosso perfil era bem aberto
  • 00:15:06
    né De zero a quro cor indiferente sexo
  • 00:15:09
    indiferente aceitamos doenças tratáveis
  • 00:15:11
    aceita S positivo aceita síndrome Deal
  • 00:15:15
    então era bem
  • 00:15:17
    aberto depois que a gente foi habilitada
  • 00:15:20
    tem uns dois meses a gente estava com a
  • 00:15:22
    Laura
  • 00:15:25
    [Risadas]
  • 00:15:26
    [Música]
  • 00:15:42
    essa criança vai conviver com dois pais
  • 00:15:45
    ou com duas mães então ela não teria um
  • 00:15:47
    modelo por exemplo quem convive com dois
  • 00:15:49
    pais não teria o modelo do feminino de
  • 00:15:51
    uma mulher e vice-versa né Se fosse
  • 00:15:54
    assim as crianças que vivem só com a mãe
  • 00:15:57
    ou só com o pai também teriam problema
  • 00:15:59
    né mas hoje em dia ninguém questiona
  • 00:16:01
    isso né questiona-se o casal homossexual
  • 00:16:04
    O que que a gente diz que é importante
  • 00:16:06
    que a criança Claro tem a convivência
  • 00:16:09
    com os dois gêneros mas não precisa ser
  • 00:16:11
    um pai e uma mãe pode ser alguém que
  • 00:16:13
    seja importante para essa criança pode
  • 00:16:14
    ser uma tia pode ser um avô uma avó pode
  • 00:16:17
    ser um amigo da família que seja e
  • 00:16:19
    referência também para essa criança
  • 00:16:21
    super importante né que a família acolha
  • 00:16:23
    Claro obviamente a a essa criança essa
  • 00:16:26
    família que participe de grupos sociais
  • 00:16:29
    que seja acolhido de uma forma geral a
  • 00:16:30
    gente sempre imagina que a adoção ela
  • 00:16:32
    vem sem sentimento por parte do resto da
  • 00:16:35
    família então aceitação você pergunta né
  • 00:16:37
    como é que foi a como é que se construiu
  • 00:16:40
    essa relação ela foi perfeita desde o
  • 00:16:41
    início Eles foram pr pra nossa casa eles
  • 00:16:44
    vieram para cá para esperar ela chegar
  • 00:16:46
    ficaram com a gente naquela primeira
  • 00:16:48
    semana a minha mãe ajudando a gente na
  • 00:16:50
    aproximação com ela né que no início é
  • 00:16:52
    mais difícil fo demais para mim
  • 00:16:56
    é é um um orgulho muito grande e eu me
  • 00:17:00
    sinto assim
  • 00:17:02
    e muito feliz e muito tranquila em saber
  • 00:17:08
    que essa família tá colhendo duas
  • 00:17:11
    crianças que merecem um lar que merece
  • 00:17:15
    uma família uma casa tudo que uma
  • 00:17:18
    criança precisa elas vão ter para mim
  • 00:17:21
    acho que a melhor
  • 00:17:23
    Recompensa é sab disso a gente tá aí
  • 00:17:27
    para isso né uma família a gente tá
  • 00:17:29
    dando sequência né então agora nós
  • 00:17:32
    ficamos olhando o que ela vai fazer com
  • 00:17:34
    a dela né e apoiando sempre
  • 00:17:39
    de nosso costume nossa
  • 00:17:43
    natureza bem diferente é filha tem
  • 00:17:47
    apoiar n
  • 00:18:05
    a diversidade dentro da família ajuda
  • 00:18:07
    nesse propósito de base que a família
  • 00:18:10
    tem para te passar se você vai um dia
  • 00:18:13
    viver em sociedade vai conhecer pessoas
  • 00:18:16
    diferentes que TM métodos diferentes
  • 00:18:19
    modos diferentes você aprende isso
  • 00:18:21
    anteriormente na sua família Eu acredito
  • 00:18:24
    que que a diversidade ela seja
  • 00:18:27
    importante porque com ela a gente
  • 00:18:30
    aprende a
  • 00:18:32
    respeitar a entender o lado do outro eu
  • 00:18:36
    acho que diversidade é essa
  • 00:18:39
    abrangência de opções seja cultural
  • 00:18:42
    social de gênero racial Cara isso vai
  • 00:18:45
    dar uma noção de de respeito vai te dar
  • 00:18:47
    uma grandeza uma visão mais Ampla de de
  • 00:18:50
    como é o ser humano e o que pode
  • 00:18:52
    acontecer sabe e você aprende com isso
  • 00:18:55
    você cresce com isso eu não posso pensar
  • 00:18:57
    diversidade que a diversidade ela ela
  • 00:19:00
    teria ela seria totalmente Desprovida de
  • 00:19:03
    preconceito e como há preconceito há
  • 00:19:06
    preconceito racial a preconceito étnico
  • 00:19:08
    a preconceito eh em relação a grupos
  • 00:19:11
    sociais como é o caso da família uma
  • 00:19:13
    afetiva né então eu acho que não há só a
  • 00:19:16
    diversidade ou a pluralidade como você
  • 00:19:19
    tá dizendo eu acho que há unidade e
  • 00:19:21
    diversidade unidade e pluraridade ou
  • 00:19:24
    seja eh existe uma linha que não se
  • 00:19:27
    desgastou né com um tempo que permanece
  • 00:19:30
    independente da do regionalismo né essa
  • 00:19:33
    linha é mistérica porque ela está
  • 00:19:35
    presente e ao mesmo tempo as construções
  • 00:19:38
    ou As convenções culturais né então em
  • 00:19:41
    certo lugar por exemplo na Europa H
  • 00:19:43
    países totalmente e eh contra essa
  • 00:19:47
    novidade do casal H afetivo a própria
  • 00:19:50
    Grécia tem reticência mas a base da
  • 00:19:52
    Grécia
  • 00:19:53
    era homossexualidade eh os gregos tinham
  • 00:19:57
    prazer mesmo com homem com um homem né
  • 00:20:00
    você fala isso numa sala de aula os
  • 00:20:02
    alunos falam Ah eles são todos
  • 00:20:04
    eles são todos gays né E nem existia a
  • 00:20:06
    palavra gay porque é uma palavra muito
  • 00:20:08
    recente né mas não é isso era uma coisa
  • 00:20:10
    cultural né e não só na Grécia existi em
  • 00:20:13
    outros povos então assim e só que esse
  • 00:20:16
    filão não chegou até nós e a gente não
  • 00:20:19
    sabe entender os as motivantes daquela
  • 00:20:21
    cultura no Brasil ainda tem tá em muito
  • 00:20:24
    em contraste Aé ah o povo brasileiro não
  • 00:20:26
    é preconceito Somos sim e a gente é
  • 00:20:29
    preconceito casal tem que ser homem
  • 00:20:30
    mulher tem que ser branco e a gente é
  • 00:20:34
    excludente demais eu acho que o que muda
  • 00:20:36
    e o que dificulta muito pras pessoas que
  • 00:20:39
    faz com que sofr muito É acho que é a
  • 00:20:41
    ação delas e a forma como elas passam
  • 00:20:43
    isso você v como eu falei pra minha mãe
  • 00:20:45
    então tenho que te contar uma coisa é um
  • 00:20:47
    problema Você já faz aquilo virar uma
  • 00:20:49
    coisa eu tenho medo que você vai ficar
  • 00:20:51
    triste você quero que você me ame você
  • 00:20:53
    cria uma pressão tão grande naquilo que
  • 00:20:55
    aquilo se torna um problema todo mundo
  • 00:20:58
    que conhece se viv já sabe que nós som
  • 00:20:59
    casal primeiro porque a gente sempre é
  • 00:21:00
    manda de mão dada segundo que eu não
  • 00:21:02
    evito beijar vivo em lugar nenhum e
  • 00:21:04
    terceiro se me perguntar se ninguém
  • 00:21:05
    souber no meu trabalho né que não tem
  • 00:21:07
    muito convivo com da gente como um casal
  • 00:21:10
    eu falo com tanta naturalidade acho que
  • 00:21:12
    eu acho assim ainda tá envergonhada de
  • 00:21:14
    de ser agressivo ou ou de pensar pode
  • 00:21:17
    até chegar em casa e falar você
  • 00:21:19
    sabia que eu conheci porque a gente às
  • 00:21:21
    vezes ainda fica como um pouco de mico
  • 00:21:23
    de circo né as pessoas tem um problema
  • 00:21:25
    de mostrar acho que a é importante por
  • 00:21:29
    causa disso se você não torna Isso
  • 00:21:31
    natural é difícil que as pessoas vejam
  • 00:21:33
    como algo natural eu ouço da Laura
  • 00:21:36
    preconceito em rela à cor que me deixa
  • 00:21:38
    chocada porque chegam a dizer coisa do
  • 00:21:42
    tipo assim ah mas o Nicolas é teu de
  • 00:21:43
    verdade né porque ele é branco e que que
  • 00:21:46
    é de verdade então assim a nossa família
  • 00:21:48
    sofre esse tipo de preconceito por causa
  • 00:21:51
    da cor dela porque é que eu acho surreal
  • 00:21:54
    Eu fico às vezes pensando como que isso
  • 00:21:56
    acontece mas eu e ela não acho que
  • 00:21:59
    ninguém tem coragem de chegar pra gente
  • 00:22:01
    né porque a gente encara muita bronca
  • 00:22:03
    nosso maior receio sempre é por causa da
  • 00:22:06
    questão do S positivo da Laura se isso
  • 00:22:08
    ia ser ou não um problema pras pessoas
  • 00:22:11
    porque ainda tem muito preconceito né
  • 00:22:13
    Sempre que a gente foi procurar
  • 00:22:14
    escolinha para lora a gente foi muito
  • 00:22:15
    preparada minha filha ela é s positiva
  • 00:22:17
    tem algum problema não eles não podem né
  • 00:22:20
    na verdade eles não podem mas você sente
  • 00:22:22
    pelas respostas deles né não não tem e
  • 00:22:25
    tal tá tudo bem a gente só precisa saber
  • 00:22:27
    se ela toma algum remedinho falei não a
  • 00:22:28
    Laura não toma nenhum remédio não tem
  • 00:22:30
    nada ela toma um remédio à noite a gente
  • 00:22:32
    dá em casa não tem nenum problema ficou
  • 00:22:34
    tranquila na primeira escola da Laura
  • 00:22:36
    passou uns dois dias a gente recebeu uma
  • 00:22:38
    chamada para conversar com a
  • 00:22:39
    psicopedagoga e agora né vai ter vai ter
  • 00:22:42
    briga vai ter discussão eu vou sair
  • 00:22:43
    daqui já vou na polícia n já achamos que
  • 00:22:46
    ela ia reclamar aí ela não eu só chamei
  • 00:22:49
    vocês aqui para eu conhecer um pouco
  • 00:22:50
    mais porque nosso primeiro aluno um soro
  • 00:22:53
    positivo a gente queria saber se tem
  • 00:22:54
    algum alguma atividade que ela não possa
  • 00:22:56
    fazer alguma alimentação e eu achei
  • 00:22:59
    legal a psicopedagoga ter feito isso
  • 00:23:00
    porque ela falou a gente foi pesquisar
  • 00:23:02
    na internet se tinha alguma coisa que a
  • 00:23:03
    gente podia fazer para ajudar e a gente
  • 00:23:05
    lá achando que ia ter briga e na verdade
  • 00:23:07
    não ela foi super simpática super
  • 00:23:08
    educada com a gente a a escola também
  • 00:23:12
    ela não precisa assim Se
  • 00:23:15
    forçar a fabricar uma forma nova de
  • 00:23:19
    lidar com essa situação se ela conseguir
  • 00:23:22
    ouvir o que de novo tá vindo né ouvir e
  • 00:23:27
    entender isso n esse Panorama
  • 00:23:29
    atual e e e e ver o que que o que que
  • 00:23:33
    dentro do processo de educação desses
  • 00:23:36
    jovens desses crianças e tudo a gente
  • 00:23:40
    tem que fazer bom em relação a Angelina
  • 00:23:44
    eh eu desde a primeira vez que eu fui
  • 00:23:47
    buscar a escola para ela a minha busca
  • 00:23:49
    para ela não teve a conotação assim ah
  • 00:23:51
    eu vou buscar uma escola porque eu sou
  • 00:23:53
    homossexual para ela não foi isso não eu
  • 00:23:55
    fui buscar uma escola pequena para que
  • 00:23:58
    ela sentisse acolhida porque por conta
  • 00:24:00
    da questão da adoção eu não queria que
  • 00:24:01
    ela fosse para uma escola de milhares de
  • 00:24:04
    crianças e que ela sumisse no meio das
  • 00:24:06
    outras crianças o que eu já percebi na
  • 00:24:08
    na sala da Angelina não em relação a
  • 00:24:10
    nenhum Professor ao quadro eh de
  • 00:24:14
    funcionários da escola eu nunca tive
  • 00:24:15
    situação nenhuma mas eu já percebi como
  • 00:24:17
    a a Cris mesmo fala né percebi mas não
  • 00:24:21
    deu ouvidos paraa questão dos outros
  • 00:24:23
    pais teve um um uma questão pontual num
  • 00:24:26
    dia saindo da escola que uma amiguinha
  • 00:24:29
    foi abraçar a Angelina E aí eu falei Ah
  • 00:24:32
    filha dá um beijo né nela e aí Angelina
  • 00:24:35
    ela ela vê a gente se beijar em casa né
  • 00:24:38
    ela foi e deu um selinho né aí desse dia
  • 00:24:41
    em diante todas as vezes que eu ia
  • 00:24:43
    buscar a Angelina que essa mãe tava
  • 00:24:44
    junta ela falava só abraça amiga hein
  • 00:24:46
    filha tipo assim né não vai dar esse
  • 00:24:48
    selinho sabe então assim Isso foi uma
  • 00:24:51
    questão né não tinha como não perceber e
  • 00:24:54
    não tinha como não associar aquele fato
  • 00:24:56
    né A Laura veio a gente beijando tanto
  • 00:24:58
    que ela vê a gente beijando ela quer
  • 00:24:59
    beijar junto aí eu falo não isso é beijo
  • 00:25:01
    de namorada beijo de filha e daqui a
  • 00:25:04
    pouco ela tem que respeitar que nós
  • 00:25:05
    somos um casal nós temos o nosso momento
  • 00:25:07
    com a gente tem o momento com ela né
  • 00:25:10
    então para ela é muito natural muitos
  • 00:25:12
    casais que acham estranho a gente se
  • 00:25:14
    beijar na frente da Laura eu acho que é
  • 00:25:17
    natural seus pais não se beijam na
  • 00:25:19
    frente de vocês por que que eu não posso
  • 00:25:20
    beijar minha esposa na frente da minha
  • 00:25:21
    filha por que que eu não vou mostrar
  • 00:25:22
    para ela que é legal as pessoas terem
  • 00:25:24
    carinho uma com a outra sabe serem
  • 00:25:26
    carinhosas Eu amo a mãe dela e eu faço
  • 00:25:28
    carinho na mãe dela porque eu amo a mãe
  • 00:25:30
    dela eu não eu acho que não é algo
  • 00:25:33
    errado eu não tenho que esconder porque
  • 00:25:35
    eu não tô fazendo nada de errado esse é
  • 00:25:36
    o princípio básico existe também a
  • 00:25:38
    crença de que as crianças vão achar que
  • 00:25:40
    isso é normal que bom que as crianças
  • 00:25:43
    vão achar que isso é normal quando elas
  • 00:25:44
    forem adultas elas não vão ser
  • 00:25:45
    preconceituosas né Se a gente for pensar
  • 00:25:47
    que uma sociedade que lida bem com a
  • 00:25:50
    diversidade e com a diferença ela
  • 00:25:51
    consegue respeitar muito mais todos os
  • 00:25:53
    indivíduos acho que a escola tem tentado
  • 00:25:57
    lidar de uma forma mais natural tem se
  • 00:25:59
    surpreendido às vezes agora falando dos
  • 00:26:01
    maiores como os essas gerações que hoje
  • 00:26:05
    essa geração que hoje tá entrando na
  • 00:26:08
    adolescência e aqui mesmo no ensino
  • 00:26:10
    médio que tá no auge da adolescência eu
  • 00:26:13
    acho que de maneira geral eles estão
  • 00:26:16
    lidando
  • 00:26:19
    melhor com a questão da diversidade por
  • 00:26:22
    exemplo Ah eu nunca nunca tive nenhum
  • 00:26:26
    problema grande não acho que a última
  • 00:26:28
    coisa que aconteceu que foi Acho que a
  • 00:26:31
    única coisa que eu lembro assim foi
  • 00:26:33
    esses dias mesmo no colégio que menino
  • 00:26:36
    tava falando que a raça gay tinha que
  • 00:26:39
    morrer e ele sabe ele sabe todo mundo da
  • 00:26:42
    minha sala do que eu conheço sabe que eu
  • 00:26:45
    tenho que a minha mãe é lésbica sabe de
  • 00:26:48
    tudo mais
  • 00:26:49
    e ele falou eu não gosto eu não gosto eu
  • 00:26:52
    acho ridículo tem que morrer todo mundo
  • 00:26:54
    não não concordo com isso falou desse
  • 00:26:56
    jeito mas eu não nem falei nada né né
  • 00:26:58
    Porque para mim também é diferente o que
  • 00:27:00
    ele pensa eu acho que hoje né o mundo tá
  • 00:27:03
    muito mais aberto para qualquer assunto
  • 00:27:06
    assim tá tudo mais né tudo mais leve
  • 00:27:09
    assim a gente não não é tão tão
  • 00:27:11
    preconceituoso tão cabeça fechada para
  • 00:27:14
    PR pros assuntos eu acho que hoje tá
  • 00:27:16
    tudo mais sabe tá tudo mais liberado
  • 00:27:20
    assim não é todo mundo que se sente à
  • 00:27:23
    vontade nessa temática que culturalmente
  • 00:27:26
    ainda é tabu para algumas pessoas
  • 00:27:28
    institucionalmente a escola não coloca
  • 00:27:31
    em pilos de que esse
  • 00:27:33
    tema surja dentro da escola via aluno
  • 00:27:37
    Seja lá de que maneira forum e em que
  • 00:27:40
    idade for às vezes a gente esbarra com
  • 00:27:45
    alguns obstáculos maiores ou menores por
  • 00:27:47
    exemplo um obstáculo às vezes grande é o
  • 00:27:50
    obstáculo religioso da família né então
  • 00:27:53
    às vezes a a escola é laica não é uma
  • 00:27:56
    escola religiosa mas é uma escola que
  • 00:27:58
    tem pessoas de diversas
  • 00:28:00
    eh crenças né diversas religiões e há
  • 00:28:05
    algumas religiões que são eh eh
  • 00:28:08
    eh mais radicais com relação a isso Eu
  • 00:28:11
    frequentei durante muitos anos um centro
  • 00:28:13
    espírita em que eu tinha um trabalho lá
  • 00:28:16
    dentro também tinha feito os cursos e
  • 00:28:18
    também eu aplicava pass e tudo mais e em
  • 00:28:22
    relação ao meu grupo lá sempre foi muito
  • 00:28:24
    tranquilo né Eu acho que de todas as
  • 00:28:26
    religiões a religião espírita ela tem um
  • 00:28:29
    olhar mais humano né então assim ele não
  • 00:28:32
    faz questão de nenhuma das Diferenças né
  • 00:28:34
    então não não há exclusão eu acho que
  • 00:28:37
    talvez por isso que eu tenha me
  • 00:28:39
    Encantado tanto com a com a com a
  • 00:28:42
    questão Espírita né até porque
  • 00:28:45
    eh mesmo com a minha formação Católica
  • 00:28:48
    na
  • 00:28:49
    verdade eu sempre tive muitas perguntas
  • 00:28:52
    que a que a Igreja Católica não
  • 00:28:53
    respondia e até para minha para minha
  • 00:28:58
    questão de me assumir a a como
  • 00:29:00
    homossexual a Igreja Católica tem muito
  • 00:29:02
    culpa castigo né Muito culpa castigo
  • 00:29:06
    então
  • 00:29:08
    eu não achava que que não era aquilo que
  • 00:29:11
    eu nunca me senti pecadora né para mim o
  • 00:29:14
    amor ele nunca pode ser encarado como
  • 00:29:17
    pecado né Eu acho que a igreja ela como
  • 00:29:19
    instituição Tem que manter o papel dela
  • 00:29:22
    mas tem certas coisas que ela tem que e
  • 00:29:24
    se adequar por exemplo se descobrir por
  • 00:29:26
    exemplo um dia que a homosexual é uma
  • 00:29:28
    coisa genética como é que você vai fazer
  • 00:29:30
    então você vou falar se a
  • 00:29:32
    homossexualidade é genética então foi
  • 00:29:34
    Deus que fez a pessoa assim então ela
  • 00:29:36
    tem que mudar o pensamento dela se foi
  • 00:29:38
    Deus que fez a pessoa assim partindo de
  • 00:29:40
    uma teologia n da criação eu tenho que
  • 00:29:44
    aceitar o jeito que ela é e ela tem o
  • 00:29:45
    direito de ser feliz se realizar como
  • 00:29:47
    pessoa então portanto ela pode se unir a
  • 00:29:49
    outra e eu não posso considerar isso
  • 00:29:51
    pecado porque Deus já fez assim
  • 00:30:09
    eu acho que é simples afeto é carinho é
  • 00:30:12
    cuidado quando a gente se sente Amado se
  • 00:30:15
    sente querido isso é o afeto é o carinho
  • 00:30:19
    é o amor é o respeito é a compreensão
  • 00:30:23
    então quando quando se tem afeto se tem
  • 00:30:26
    tudo eu gosto de hum tocar eu gosto de
  • 00:30:29
    abraçar Eu gosto
  • 00:30:31
    de olhar no olho eu gosto de fazer a
  • 00:30:35
    pessoa sorrir então eu gosto eu acho que
  • 00:30:38
    a minha principal busca na vida foi
  • 00:30:41
    encontrar pessoa onde eu P poderia
  • 00:30:44
    eh descarregar todo o meu afeto mas a
  • 00:30:48
    gente vive no uma sociedade carente de
  • 00:30:50
    afeto é eente e temida por afeto o afeto
  • 00:30:54
    ele é fundamental pro estabelecimento do
  • 00:30:56
    vínculo né A o ser humano precisa de
  • 00:30:58
    afeto afeto positivo o amor o carinho e
  • 00:31:02
    a criança ela vai depender do adulto
  • 00:31:04
    desde que ela nasce e é através do afeto
  • 00:31:07
    e do vínculo que eu construo uma relação
  • 00:31:09
    de confiança com o outro e essa relação
  • 00:31:12
    de confiança que vai me permitir me
  • 00:31:14
    relacionar com outras pessoas ao longo
  • 00:31:16
    da minha vida de uma forma positiva
  • 00:31:18
    então o afeto positivo ele é fundamental
  • 00:31:21
    na vida de qualquer pessoa eu nunca quis
  • 00:31:23
    me casar um exemplo mesmo da minha casa
  • 00:31:25
    os meus pais são ótimos pais mas o
  • 00:31:28
    casamento deles não foi legal então o
  • 00:31:30
    exemplo que eu tinha de casamento era
  • 00:31:32
    aquilo né briga grito e tal então eu
  • 00:31:35
    nunca quis passar por isso sabe para ter
  • 00:31:38
    problema eu não preciso de ninguém
  • 00:31:40
    entendeu mas na vive eu acabei
  • 00:31:43
    encontrando uma companheira de
  • 00:31:44
    realização de vida mesmo a gente se
  • 00:31:47
    encaixa nos princípios básicos pra gente
  • 00:31:49
    pelo menos ah os mesmos conceitos eh
  • 00:31:52
    sobre verdade sobre comportamento
  • 00:31:55
    educação a gente concorda muito educação
  • 00:31:58
    das Crianças então o casamento para mim
  • 00:32:00
    hoje é é a união de todos os prazeres
  • 00:32:04
    que eu posso encontrar minha família é
  • 00:32:06
    realização da minha
  • 00:32:07
    vida meus filhos e a a vif para mim é a
  • 00:32:10
    realização do que eu nunca achei que eu
  • 00:32:12
    fosse querer a vive para mim é algo que
  • 00:32:15
    eu nunca achei que eu fosse querer viver
  • 00:32:17
    tudo que eu tô vivendo hoje e eu nem
  • 00:32:19
    sabia que ia ser tão feliz né não se
  • 00:32:21
    busca mais um casamento um
  • 00:32:23
    relacionamento para procriar se busca
  • 00:32:24
    sim para ser feliz para ter o afeto e
  • 00:32:26
    por isso a gente não chama quando a
  • 00:32:28
    gente traz o conceito do casamento
  • 00:32:30
    quando a gente traz o conceito da União
  • 00:32:32
    a gente não fala mais em
  • 00:32:34
    homossexualidade em heterossexualidade
  • 00:32:36
    quando a gente fala num relacionamento
  • 00:32:38
    afetivo com busca de constituir família
  • 00:32:40
    e e procriar a gente fala em afetividade
  • 00:32:42
    homoa afetividade hétero afetividade
  • 00:32:45
    exatamente para isso assim para mudar
  • 00:32:47
    esse esse conceito que a gente quer
  • 00:32:48
    tanto tirar da nossa sociedade e e não
  • 00:32:52
    não deixa de ser também fundamentado na
  • 00:32:55
    Constituição se a gente for trazer esse
  • 00:32:56
    conceito que é o patamar
  • 00:32:58
    é um patamar mínimo da Constituição é a
  • 00:33:00
    dignidade humana e a felicidade o afeto
  • 00:33:02
    eles estão subjacentes a esse conceito
  • 00:33:05
    por isso que o afeto hoje é muito
  • 00:33:07
    importante para qualquer relação Ah eu
  • 00:33:09
    acho que a gente é uma família como
  • 00:33:10
    qualquer uma outra a gente mata e morre
  • 00:33:13
    uma pela outra ao mesmo tempo que a
  • 00:33:15
    gente é capaz de ter discussões aqui
  • 00:33:17
    dentro né também
  • 00:33:20
    homéricas né então ao mesmo tempo que a
  • 00:33:23
    gente uma pega no pé da outra né a gente
  • 00:33:27
    tem o amor Incondicional eu acho que
  • 00:33:29
    transita entre as entre nós quatro
  • 00:33:33
  • 00:33:34
    mas aí de quem vier falar qualquer coisa
  • 00:33:37
    perto de mim de qualquer uma das meninas
  • 00:33:38
    que seja entendeu né porque a Dara é
  • 00:33:41
    adolescente ela já já sabe se defender
  • 00:33:43
    mas para mim A Dara é em muitos momentos
  • 00:33:46
    ela é tão criança quanto a Angelina
  • 00:33:48
    Então para mim mexe com o meu útero sabe
  • 00:33:52
    assim mexe com a minha alma não tem
  • 00:33:53
    jeito desde a família nuclear até a
  • 00:33:56
    família eh H afetiva e houve um avanço
  • 00:34:00
    né que quebrou um modelo de família que
  • 00:34:04
    é o modelo que está aí né ele subsiste
  • 00:34:07
    dentro eh dos três momentos né ele há
  • 00:34:11
    uma reviravolta nesse momento nos tempos
  • 00:34:13
    que estamos vivendo né com a
  • 00:34:15
    possibilidade da vivência afetiva da
  • 00:34:18
    homossexualidade Eu acho assim que
  • 00:34:21
    independente da da da classificação
  • 00:34:24
    sexual de casais e o importante para
  • 00:34:27
    construir uma família é você ter
  • 00:34:30
    maturidade né você ter responsabilidade
  • 00:34:33
    porque você assume uma responsabilidade
  • 00:34:35
    muito grande no relacionamento na adoção
  • 00:34:38
    e acho que esse é o fundamental assim eu
  • 00:34:41
    não esperava um dia construir uma
  • 00:34:43
    família tão perfeita quanta que eu tenho
  • 00:34:45
    sabe a gente tem que parar um pouco de
  • 00:34:47
    reproduzir a heteronormatividade os
  • 00:34:50
    papéis sexuais de ai a mulher é quem
  • 00:34:53
    cuida é quem educa o pai é o que põe o
  • 00:34:55
    dinheiro em casa mesmo nos casais
  • 00:34:56
    heterossexuais
  • 00:34:57
    papéis têm sido modificados né então a
  • 00:35:00
    gente tem que repensar esses modelos não
  • 00:35:02
    existe só um modelo de de ser pai de ser
  • 00:35:05
    mãe quem cuida melhor Quem não cuida o
  • 00:35:07
    que que importa é o vínculo que esse pai
  • 00:35:09
    ou essa mãe vai estabelecer com a
  • 00:35:10
    criança é o afeto é a colocação de
  • 00:35:13
    regras e limites orientação sexual e
  • 00:35:16
    papel sexual não tem nada a ver com
  • 00:35:19
    capacidade parental a formação de
  • 00:35:21
    família não pode ser colocada so o Pilar
  • 00:35:23
    só da sexualidade né tem outros Pilares
  • 00:35:26
    fundamentais como respito como a
  • 00:35:28
    consistência como trabalho como
  • 00:35:31
    ah ser um pai responsável uma mãe
  • 00:35:34
    responsável ou um casal um afetivo
  • 00:35:36
    responsável enfim são vários Pilares que
  • 00:35:39
    configuram a família não apenas aquele
  • 00:35:41
    caráter né unitivo procriativo voltado
  • 00:35:45
    pra sexualidade na família deixou de ser
  • 00:35:47
    isso precisamos R ver muitas coisas
  • 00:35:49
    sobre isso eu acho que a gente precisa e
  • 00:35:51
    de muito espaço para reflexão e não
  • 00:35:54
    espaço para preconceito todo mundo tem
  • 00:35:56
    que aceitar
  • 00:35:58
    todo ser humano Independente da sua
  • 00:36:01
    opção sexual da sua cor da sua origem de
  • 00:36:05
    tudo acho que todo mundo tem direito de
  • 00:36:07
    ser feliz Independente de qualquer outra
  • 00:36:10
    coisa acho que foi difícil como para
  • 00:36:12
    qualquer mãe qualquer pai perceber isso
  • 00:36:16
    mas é a vida dela ela tá inteira ela tá
  • 00:36:21
    saudável feliz eu acho que isso que
  • 00:36:25
    importa
  • 00:36:26
    né tem apoia em seus filhos
  • 00:36:32
    [Música]
  • 00:36:40
    sempre minha filha é meu porto seguro
  • 00:36:43
    minha melhor amiga ela é uma pessoa
  • 00:36:46
    feliz realizada e vitoriosa sua opção
  • 00:36:49
    sexual não afetou em nada quem ela é mas
  • 00:36:54
    mudou muito quem hoje e eu sou uma
  • 00:36:59
    pessoa muito melhor do que quando
  • 00:37:01
    cheguei
  • 00:37:03
    aqui
  • 00:37:08
    deixa correr no
  • 00:37:11
    vento a
  • 00:37:14
    canção
  • 00:37:17
    amar ao som do
  • 00:37:20
    teu violão
  • 00:37:23
    [Música]
  • 00:37:28
    em busca da
  • 00:37:31
    minha
  • 00:37:32
    verdade e
  • 00:37:37
    descobrir que o sol mora em
  • 00:37:42
    [Música]
  • 00:37:44
    meu coração
  • 00:38:00
    canta PR mim Laura canta um
  • 00:38:03
    pouquinho Qual que você gosta de cantar
  • 00:38:10
    [Música]
  • 00:38:17
    [Música]
  • 00:38:26
    [Aplausos]
  • 00:38:29
    quer mandar algum recado
  • 00:38:31
    Bruna você quer
  • 00:38:33
    falar todo mundo que vendo um beijo PR
  • 00:38:37
    todo mundo da minha família
  • 00:38:38
    [Risadas]
  • 00:38:42
    tch conta para eles como é que você
  • 00:38:44
    chama Cris de
  • 00:38:46
    mãe mãe o
  • 00:38:48
    [Aplausos]
  • 00:38:49
    qu mãe o qua mãe eu
  • 00:38:54
    de de de mão eu chamo ela de mãe que eu
  • 00:38:59
    chamo você de
  • 00:39:01
    mãe o bebê À vezes eu achoo o Pepê mas a
  • 00:39:09
    maroca
  • 00:39:11
    não
  • 00:39:13
    mas acha legal ter duas mamães acho hã
  • 00:39:17
    acho Por quê
  • 00:39:20
    Porque eu eu eu amo
  • 00:39:24
    elas você quer mandar um recado para
  • 00:39:27
    elas manda um um recado para elas do quê
  • 00:39:31
    Por quê manda um um recado que que você
  • 00:39:35
    quer dizer para
  • 00:39:36
    elas te amo
  • 00:39:39
    mamãe manda um beijo agora pra
  • 00:39:43
    câmera gostei
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