00:00:01
[Música]
00:00:08
k
00:00:10
[Música]
00:00:31
Quem Somos Nós com a profunda mudança
00:00:34
proposta pela psicanálise sobre a
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compreensão de nós mesmos a formação da
00:00:39
nossa identidade tornou-se um desafio da
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publicação da Interpretação dos Sonhos
00:00:44
de Freud em 1900 até o final do século
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XX a família os laços afetivos as
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identidades sexuais mudaram bastante o
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imperativo grego conhece-te a ti mesmo
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torna-se ao mesmo tempo Liber de escolha
00:01:01
e fonte de angústias a psicanalista
00:01:03
Gisele groeninga Fala dessas mudanças
00:01:06
que atingem a nossa subjetividade essas
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angústias de quem sou da Onde Venho Ah
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para onde vou são questionamentos que
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tocam diretamente a nossa identidade
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feminina e masculina
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né as mulheres e os homens são agentes
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passivos e ativos das modificações
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sociais ao longo da história né e hoje
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em dia nós temos essas questões Ah muito
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em voga que a gente tem discutido da
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pós-modernidade e da globalização mas na
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verdade essa globalização quebra as
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nossas fronteiras não só as fronteiras
00:01:44
entre o público e o privado mas também
00:01:46
as fronteiras que estão dentro da nossa
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intimidade a cultura pode ser pensada
00:01:52
como uma contribuição ou como
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impedimento na construção da
00:01:56
subjetividade nos últimos tempos nós
00:01:59
temos pensado a cultura muito como um
00:02:01
impedimento na construção da da
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subjetividade Sobretudo com uma
00:02:05
quantidade enorme de informações com uma
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exigência muito grande aos padrões de
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comportamento e mesmo com uma
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medicalização dos afetos que nós temos
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assistido nos últimos tempos neste
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sentido a cultura ao invés de incentivar
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o pensamento o tem impedido a
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psicanálise reivindica justamente o
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espaço-tempo para que o indivíduo possa
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viver as suas angústias viver seus
00:02:33
conflitos dar lugar a um inconsciente
00:02:36
aos seus desejos que é justamente aquilo
00:02:39
que nos faz
00:02:40
[Música]
00:02:45
humanos esse território íntimo da
00:02:48
sexualidade foi trazido à luz pela
00:02:51
psicanálise e esse território íntimo dos
00:02:54
consultórios ganha finalmente esse
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espaço de discussão pública né né e das
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revoluções também que têm se dado ao
00:03:03
longo da história através destas
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discussões do que é ser homem do que é
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ser mulher e ao fim e aabo do que é ser
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um ser humano a psicanálise trouxe uma
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descoberta incômoda para a humanidade a
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de que o ser humano não conhece a si
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mesmo o próprio Freud percebeu logo que
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tinha entrado para o grupo dos que
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tiraram o sono do mundo se hoje
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convivemos bem com a ideia de
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inconsciente no início do século passado
00:03:34
a descoberta foi recebida com silêncio e
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resistência comecei minha vida
00:03:41
profissional como neurologista tentando
00:03:44
trazer alívio aos meus pacientes
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neuróticos descobri coisas novas e
00:03:48
importantes sobre o inconsciente e a
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vida psíquica destas descobertas nasceu
00:03:54
uma nova ciência a psicanálise eu tive
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que pagar um preço alto por este pequeno
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golpe de
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a resistência foi forte e implacável no
00:04:03
fim eu consegui atrair discípulos e
00:04:06
criar a associação internacional de
00:04:09
psicanálise mas a luta não acabou meu
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nome é Sigmund
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Freud hoje a psicanálise um camin
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paraentender a mente e a vida humana com
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essa nova visão do mundo nós passamos a
00:04:24
buscar um sentido para nós mesmos e para
00:04:27
nossos relacionamentos
00:04:31
[Música]
00:04:35
antes dos tempos das revoluções
00:04:36
científicas e dos paradigmas das nossas
00:04:39
visões do mundo que a gente está
00:04:40
passando né A conjugalidade Era
00:04:43
indissolúvel e a parentalidade era
00:04:46
praticamente inquestionável agora nós
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vemos que se dissociaram sexo casamento
00:04:52
e procriação e os relacionamentos e a
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Biologia não estão mais unidos para todo
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o sempre as angústias mais atuais Elas
00:05:02
têm a ver justamente com esse exercício
00:05:04
ah do ser humano via a Sexualidade via o
00:05:10
que dá um sentido aos nossos
00:05:12
relacionamentos nós não podemos esquecer
00:05:15
que sentimento né é aquilo que dá um
00:05:18
sentido a todas essas pulsões a todos
00:05:21
esses impulsos a todas essas
00:05:23
necessidades e desejos
00:05:27
[Música]
00:05:31
hoje em dia nós temos como tava dizendo
00:05:33
muitas ameaças né a ameaças da cultura
00:05:37
que trazem uma avalanche de informações
00:05:40
Ah uma avalanche que nós nem conseguimos
00:05:44
selecionar muitas vezes ou decodificar
00:05:46
né Nós temos uma cultura muito midiática
00:05:49
né onde o que o virtual passa quase que
00:05:52
a ocupar o lugar do real e o lugar da
00:05:56
experiência então nós temos a a
00:05:58
sociedade de espetáculo a sociedade de
00:06:01
consumo pressionados pela cultura Ah e
00:06:05
pela nossa natureza nós nos vemos as
00:06:08
voltas com as indefinições indefinições
00:06:10
dos papéis indefinições das funções
00:06:14
referentes ao feminino ao masculino e
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mesmo o humano cada vez mais na clínica
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psicanalítica nós vemos ah estas
00:06:22
questões emergirem né sobretudo devo
00:06:25
dizer ah da parte das mulheres né as
00:06:28
mulheres estão iando muito a a sua
00:06:31
própria identidade porque elas passaram
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estão passando pelas por uma revolução
00:06:37
que a gente pode dizer que é a revolução
00:06:39
que mais trouxe modificações nos
00:06:42
costumes que foi a revolução feminista
00:06:44
né Então as mulheres hoje em dia trazem
00:06:47
essa angústia mas ao mesmo tempo em
00:06:50
paralelo com o que as mulheres vêm
00:06:52
trazendo desta angústia também os homens
00:06:55
vem trazendo angústia do que é ser homem
00:06:58
né e a aa Como é que os homens podem se
00:07:01
colocar hoje né no espaço social e no
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exercício de funções que antes eram
00:07:08
exclusivas deles e que agora eles vêm
00:07:11
quase que invadidos ah pelas mulheres né
00:07:14
que estão exercendo agora no espaço
00:07:16
público né não mais no espaço privado
00:07:19
mas estão exercendo o seu poder no
00:07:22
espaço
00:07:23
público poder é uma palavra que a gente
00:07:26
tem uma certa alergia né poder como se o
00:07:29
poder fosse ruim né ah na verdade a
00:07:32
gente pode pensar e trago aí o filósofo
00:07:35
Michel Foucault né ah que analisou
00:07:38
justamente essa microfísica do Poder
00:07:40
como o poder se exerce e ele é constante
00:07:43
e ele está presente em todas as relações
00:07:47
então nós vemos nessas modificações ah
00:07:50
do exercício das funções e dos papéis
00:07:52
uma grande modificação na forma do
00:07:56
exercício deste poder há um tempo atrás
00:07:59
a as mulheres exerciam o poder né o
00:08:01
poder mais do afeto o poder dos
00:08:03
Sentimentos né e os homens exerciam o
00:08:06
poder público mesmo o poder da palavra
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era muito mais da palavra pública era
00:08:12
muito mais masculino do que feminino os
00:08:14
homens ficavam com a objetividade as
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mulheres com a subjetividade nós
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tínhamos este tipo de divisão agora
00:08:21
essas formas de exercício de poder por
00:08:24
vezes também perversas a gente deve deve
00:08:27
estar recordando né mas essas formas de
00:08:29
de poder estão se modificando e nós aí
00:08:33
temos uma grande angústia em função
00:08:35
dessas modificações que estão ocorrendo
00:08:38
e não são pequenas se nós foros ver as
00:08:41
modificações que foram ocorrendo a
00:08:43
partir da década de 50 né nunca na
00:08:46
história da humanidade ocorreram
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modificações tão rápidas e a questão é
00:08:52
ainda somos os mesmos e que nem diz a
00:08:54
música Vivemos Como os Nossos
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Pais todas essa mudança essa revolução
00:09:02
sexual nada mudou as pessoas continuam
00:09:06
ainda era antigamente angústia sexual
00:09:09
porque não tinham essa liberdade aí hoje
00:09:12
tem muita liberdade quer dizer o que é
00:09:14
que você percebe nesse movimento todo né
00:09:18
que nós não conseguimos chegar a um
00:09:20
equilíbrio eu só posso concordar com
00:09:23
você né a angústia faz parte do nosso
00:09:26
ser humano né Ah dessa luta de forças
00:09:30
como produto dessa luta de forças né a
00:09:32
gente tem angústia né Agora eu acho
00:09:34
preferível nós podemos compartilhar né
00:09:37
ah e essa foi uma palavra que utilizada
00:09:40
né Nós podemos compartilhar as nossas
00:09:43
angústias né ah e nos sentirmos com uma
00:09:46
capacidade de empatizar com o sofrimento
00:09:48
do outro né ao invés de em vez de ter
00:09:52
angústias nós podemos ter inibições ou
00:09:54
sintomas né aliás é um um um texto do
00:09:57
Freud né que fala inibição sintomas e
00:09:59
angústia né então acho que angústia esse
00:10:01
afeto solto né ah ok vamos deixá-la
00:10:05
aparecer e vamos encontrar um caminho né
00:10:08
em que essa angústia possa se
00:10:10
transformar possa ter um sentido né se
00:10:13
transformar num
00:10:14
sentimento que nos traga mais realização
00:10:17
né agora humanos por definição uma certa
00:10:21
angústia né Nós vamos ter em nossa busca
00:10:24
de autoconhecimento encontramos o olhar
00:10:28
do outro
00:10:29
no mundo o nosso reflexo o equilíbrio
00:10:32
entre o que está dentro de nós e o que
00:10:34
vem do mundo forma a nossa identidade
00:10:38
Então vem a psicanálise como uma
00:10:41
trincheira do indivíduo uma trincheira
00:10:44
do indivíduo frente a todas essas
00:10:46
violências que acontecem em relação à
00:10:49
nossa subjetividade É verdade que a
00:10:52
nossa
00:10:53
identidade ela é dada também pelo outro
00:10:56
né então a gente vai buscar sempre no
00:10:58
outro né no Social o reflexo de quem
00:11:02
somos
00:11:03
[Música]
00:11:07
nós e desde bebezinhos nós nos
00:11:11
constituímos assim buscando no olhar da
00:11:13
mãe no olhar do outro Quem Somos Nós
00:11:17
verdade que o espelho social muitas
00:11:19
vezes nos dá
00:11:20
a uma imagem distorcida desse Quem somos
00:11:23
nós né E aí a gente tenta né se colocar
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buscar dentro da gente e no nossos pares
00:11:30
né Ah quem somos nós quem são os
00:11:33
semelhantes essa luta entre o semelhante
00:11:37
e o diferente é constitutiva da gente
00:11:40
desde que nós somos ah bebezinhos desde
00:11:43
que nós somos crianças nós vamos ao
00:11:45
longo da vida buscando nos constituir
00:11:48
nas semelhanças e nas diferenças É
00:11:52
verdade as semelhanças Ah ameaçam menos
00:11:55
as diferenças elas pegam ah pegam fundo
00:11:59
na gente e às vezes mesmo nos violentam
00:12:02
mas também nós somos seres da
00:12:04
complementariedade nós precisamos do
00:12:07
outro para nos sentirmos um pouco mais
00:12:10
inteiro n nesta falta que é também
00:12:14
inerente ao ser humano somos seres de
00:12:16
falta somos seres incompletos estamos
00:12:19
sempre buscando no outro essa
00:12:22
complementariedade que ao mesmo tempo
00:12:24
nos ameaça
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conta a lenda que dormia uma princesa
00:12:32
encantada a quem só despertaria um
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Infante que viria de além do muro da
00:12:38
estrada a princesa Adormecida se espera
00:12:41
dormindo espera sonha em morte a sua
00:12:44
vida e Orna lhe a Fronte esquecida Verde
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uma grinalda de Era longe o Infante
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esforçado sem saber que intuito tem
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rompe o caminho fadado ele dela é
00:12:58
ignorado ela para ele é ninguém e se bem
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que seja obscuro tudo pela estrada fora
00:13:04
e falso ele vem seguro e vencendo
00:13:07
estrada e muro chega onde em sono ela
00:13:10
mora e aa tonto do que houvera a cabeça
00:13:13
em Maresia ergue a mão e encontra a era
00:13:17
e vê que ele mesmo era a princesa que
00:13:21
dormia
00:13:31
Olha o que que é a identidade a
00:13:33
identidade é aquilo que se mantém
00:13:37
razoavelmente esperamos razoavelmente
00:13:40
constante ao longo da nossa vida né
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então identidade ID entidade aquilo que
00:13:47
se mantém relativamente constante na
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entidade e como é que se forma esta
00:13:54
identidade através da aprovação ou ainda
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usando uma palavra Ah que não deve ser
00:14:00
banalizada através do amor inicialmente
00:14:04
da mãe e dos nossos pais né a da
00:14:07
aprovação e do amor constantes que vão
00:14:11
formando Então a nossa identidade quando
00:14:15
nós somos eh crianças e a e a
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psicanálise traz isso muito bem née esse
00:14:20
desenvolvimento né ah do individo da
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individualidade mas é um desenvolvimento
00:14:26
que se dá sempre né através do curso do
00:14:29
outro né E nós somos seres desamparados
00:14:32
nós nemos estão desamparados e
00:14:34
continuamos relativamente espera-se
00:14:37
desamparados ah ao longo da nossa vida
00:14:40
então nós nascemos necessitando desse
00:14:43
outro mas nós nascemos também
00:14:45
acreditando né que nós somos um com a
00:14:48
nossa mãe né então ah saindo dessa do
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útero né onde a gente teria uma situação
00:14:56
ah inteira de um sentimento Oceânico né
00:14:59
de completude né onde não se tem a
00:15:02
ciência das necessidades a gente tem
00:15:04
esse trauma né chamado um trauma uma
00:15:07
ruptura né do Nascimento né mas mesmo
00:15:10
assim a gente ainda continua um tempo né
00:15:12
acreditando que eu e a mãe né não tem
00:15:16
essa distinção né somos um né as
00:15:18
necessidades vão sendo satisfeitas porém
00:15:21
a frustração por mais que as nossas mães
00:15:25
nossos pais possam ser Ah diligentes e
00:15:29
amorosos né a frustração também é algo
00:15:31
que é inerente ao ser humano né E essas
00:15:34
frustrações vão trazendo rupturas
00:15:36
formar-se como indivíduo é viver os
00:15:39
limites e as angústias trazidas pelo
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enfrentamento desses Limites com relação
00:15:45
ao outro e com relação à sociedade ao
00:15:49
mesmo tempo que buscar a transposição
00:15:52
das nossas limitações para satisfazer os
00:15:55
desejos sabendo que esses desejos não se
00:15:59
satisfazem jamais por completo e Aliás a
00:16:02
vida toda né a gente vai passando né vai
00:16:04
sofrendo pequenas feridas narcísicas né
00:16:07
ah nossa a gente gostaria muitas vezes
00:16:09
de acreditar que a gente pode tudo né
00:16:11
que a gente é onipotente depois a gente
00:16:14
passa de se sentir onipotente para muito
00:16:17
impotente até que a gente consegue
00:16:20
retomar né a nossa potência Esse é um
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movimento que é constante no nosso
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desenvolvimento e é lógico né que no
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início da vida esse esse movimento Ah é
00:16:30
muito mais amplo né Depois a gente vai
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fazendo esse movimento ao longo da vida
00:16:35
e vai formando com isso a nossa
00:16:37
identidade né que vai se dando entre
00:16:39
fantasia entre os nossos desejos na
00:16:42
nossa busca do prazer e depois a
00:16:44
imposição da realidade que vai nos
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mostrar que nós precisamos do outro
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nossa identidade na verdade é uma
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identidade identidade sexual é uma
00:16:54
identidade que a gente pode chamar de
00:16:57
biopsicossocial então nós vamos ter
00:16:59
também uma identidade psíquica sexual
00:17:02
que vai se apoiar sim em certa medida e
00:17:05
aí vai depender também da corrente
00:17:08
psicanalítica né mas vai se apoiar em
00:17:10
certa medida neste corpo né nesta
00:17:14
biologia Mas a partir da biologia A
00:17:16
partir desses impulsos e a partir das
00:17:19
influências do Meio nós vamos
00:17:21
desenvolvendo esta Nossa identidade
00:17:26
[Música]
00:17:30
na nossa história pessoal a gente vê que
00:17:32
nós temos lacunas né ah tem questões que
00:17:35
a gente foi aceitando tem questões que a
00:17:37
gente não aceita
00:17:38
a nossa identidade Freud mostrou que ela
00:17:42
é feita em duas fases né então nós temos
00:17:45
uma sexualidade infantil que depois fica
00:17:48
de certa forma reprimida e que é
00:17:50
retomada depois na adolescência e na
00:17:53
nossa fase adulta e muitas muita muito
00:17:57
das nossas ah sexualidade muito dos
00:18:00
nossos impulsos vai ficar então no nosso
00:18:03
inconsciente aliás Vamos retomar um
00:18:05
pouquinho essa ideia de inconsciente né
00:18:07
ah
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Freud também nos mostrou ou ele ele
00:18:12
abordou a questão do nosso narcisismo da
00:18:14
a quebra da nossa vaidade nossas feridas
00:18:17
narcísicas né na história recente da
00:18:19
humanidade foram três segundo ele
00:18:22
Copérnico mostrou que a terra não é o
00:18:25
centro do universo Darwin que o homem
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não é o centro da criação e Freud
00:18:31
mostrou que o homem não é o centro de si
00:18:33
mesmo a megalomania da humanidade sofria
00:18:36
com Freud seu terceiro grande golpe
00:18:39
deixamos de ser os donos do Universo
00:18:41
para não sermos nem mesmo os donos da
00:18:43
nossa própria casa na nossa história
00:18:46
pessoal também temos uma série de
00:18:48
feridas narcísicas a criança na sua
00:18:51
onipotência acredita que ela pode tudo e
00:18:54
ela é tudo para sua mãe E aí ela vai
00:18:57
percebendo não sem dor que ela não pode
00:19:00
tudo e que ela não é tudo para sua mãe
00:19:03
isso representa uma grande ferida
00:19:06
narcísica um grande sofrimento todo
00:19:08
aquele controle que nós gostaríamos
00:19:10
muitas vezes de ter a gente Verifica que
00:19:13
é um controle impossível né então nós
00:19:16
temos um inconsciente todos temos um
00:19:18
inconsciente e acho que atualmente
00:19:21
ninguém mais duvida disto né Ah então
00:19:25
nós temos uma parte aí Nossa que nós não
00:19:28
controlamos e que Sem dúvida nenhuma nos
00:19:32
[Música]
00:19:36
influencia então nós precisamos da mãe
00:19:39
Do pai para satisfazer as nossas
00:19:40
necessidades Ah mais básicas Mas vamos
00:19:43
poderos chamar de animais né mas também
00:19:46
as nossas necessidades psíquicas
00:19:49
ah houve um psicólogo um psicanalista
00:19:52
Rene Spitz que verificou o que ele
00:19:56
chamou de a síndrome do hospitalismo
00:19:58
então Ele estudou crianças que ah não
00:20:01
tinham nenhum problema físico crianças
00:20:04
hospitalizadas né como diz o nome a
00:20:06
síndrome do hospitalismo crianças
00:20:08
hospitalizadas que não apresentavam
00:20:10
nenhum tipo de problema físico porém
00:20:12
eram crianças que ah tinham ah
00:20:15
dificuldades desenvolviam patologias ou
00:20:18
mesmo chegavam a morrer e o que ele
00:20:21
verificou é que essas crianças morriam
00:20:23
em função da falta do Cuidado da falta
00:20:27
do afeto E aí a gente vê a importância
00:20:31
que tem mesmo na nossa
00:20:34
sobrevivência sobrevivência física né
00:20:37
este afeto que nos alimenta então daí
00:20:40
nós nos diferenciamos imensamente
00:20:43
a não é só uma porcentagem pequena nós
00:20:47
nos diferenciamos imensamente dos outros
00:20:49
animais né Ah se bem que os estudos né
00:20:52
trazidos pela ideologia mostram cada vez
00:20:55
mais como os os animais também dependem
00:20:57
desse afeto dependem Mas aí seria uma
00:21:00
questão mais ligada ao apego né então o
00:21:03
apego seria a uma questão mais da nossa
00:21:07
dos animais né a necessidade do apego E
00:21:10
aí teve um Ah um outro psicólogo que fez
00:21:13
algumas experiências harl que fez
00:21:15
algumas experiências com os macacos né e
00:21:18
punham os macacos então com tipos de
00:21:20
mães né então eram mães que tinham ah
00:21:23
revestidas de pelúcia que se aproximavam
00:21:25
mais das Mães macacas ah Mães vestidas
00:21:29
de Arame né mais duras e esses macacos
00:21:32
depois reproduziam com os seus filhos
00:21:35
com a sua prol esse mesmo tipo de
00:21:38
comportamento mais frio veja só mais
00:21:41
frio a mãe de Arame né ou mais afetivo a
00:21:44
mãe de pelúcia conforme aquilo que eles
00:21:47
haviam sido criados Então essa é uma
00:21:49
experiência que mostra a importância do
00:21:52
apego mas voltemos então a aos nossos
00:21:55
aspectos mais humanos que nos
00:21:57
diferenciam então nós precisamos
00:21:59
realmente da influência para nos
00:22:01
formarmos da influência do pai do e da
00:22:05
mãe né ah da mãe Nessa situação bastante
00:22:09
afetiva e bastante ligada né ah em que o
00:22:13
bebê e a mãe se sent em Um só né e
00:22:16
também do pai né que vai influenciar vai
00:22:19
ah desfazer essa situação meio ilia meio
00:22:23
ah de sonho né do bebê com a sua mãe o
00:22:26
pai vai interferir e vai a então entrar
00:22:29
com aquele que diz deste jeito não pode
00:22:32
você vai precisar se satisfazer de um
00:22:34
outro jeito Nossa individualidade é
00:22:37
formada pelos nossos conflitos conflitos
00:22:40
internos conflitos com o mundo como
00:22:43
formar uma identidade não apenas social
00:22:46
nem apenas biológica Como navegar nesse
00:22:49
mar de desejos que é a nossa vida
00:22:54
[Música]
00:22:58
questões ligadas ao masculino e ao
00:23:00
feminino né fazem parte das
00:23:03
identificações das formas ou das cópias
00:23:06
ah conscientes e inconscientes que nós
00:23:10
vamos fazer de pai e de mãe ou dos seus
00:23:13
substitutos né que representam para o
00:23:15
bebê o quê o modelo acabado daquilo que
00:23:19
eles gostariam de ser quando crescer É
00:23:22
verdade que isso não ocorre só da parte
00:23:25
da criança para com os pais né porque os
00:23:27
pais bem quando tem seus filhos né ah
00:23:31
vem nos filhos o quê a continuidade
00:23:34
daquilo que eles gostariam de ser
00:23:37
daquilo que eles querem transmitir né ah
00:23:40
se não fosse bom ter filhos e se não
00:23:42
atendesse a uma necessidade psíquica um
00:23:45
desejo psíquico importante Nenhum de nós
00:23:47
estaríamos aqui né porque dá trabalho dá
00:23:50
trabalho né mas de qualquer jeito Ah
00:23:53
então os filhos representam também para
00:23:55
os pais aquilo do Imaginário aquilo dos
00:23:58
sonho aquilo de um amor um amor até
00:24:01
certo ponto narcísico que eles querem
00:24:04
fazer fazer perpetuar né a sua forma de
00:24:07
ser e a sua identidade e nós somos
00:24:09
constituídos então na base desse tipo de
00:24:12
trocas né então vejam que tô falando
00:24:15
aqui das questões de sexualidade mas não
00:24:19
da sexualidade entendida de uma forma
00:24:21
banal mas da sexualidade como forma de
00:24:25
ligação o estabelecimento de ligação
00:24:28
que se tem com o outro e essa
00:24:31
sexualidade ela vai ela é sempre
00:24:33
conflituosa né Ah então a Freud pensou e
00:24:37
Nós pensamos sempre né o nosso
00:24:39
desenvolvimento Aliás o conflito é
00:24:42
inerente à vida né esse é um outro
00:24:44
Aposte da psicanálise ah a vida se dá
00:24:47
por conflito e transformação deste
00:24:50
conflito né e Nós pensamos o nosso
00:24:52
desenvolvimento sempre de uma forma
00:24:54
dialética né ah entre pares de opostos
00:24:59
[Música]
00:25:03
Freud falou dos impulsos dos impulsos ou
00:25:07
pulsão como Alguns falam de do Ego de
00:25:10
autoconservação depois ele foi evoluindo
00:25:12
na teoria dele até que ele colocou como
00:25:15
pares de opostos a os impulsos de vida e
00:25:19
os impulsos de morte ou ainda se a gente
00:25:20
puder falar a em termos de ódio e de
00:25:23
agressividade e nós estamos sempre né
00:25:26
nesta luta a gente espera estamos aqui
00:25:28
ah felizmente porque os impulsos de amor
00:25:31
né Eh são mais fortes na nossa história
00:25:34
pessoal e também na história da
00:25:35
humanidade né embora as ameaças ah
00:25:38
aconteçam a toda hora né das Bombas dos
00:25:41
terrorismos né mas enquanto Eros
00:25:44
enquanto a libido enquanto os impulsos
00:25:46
de amor né ah ligados aí a uma forma de
00:25:50
exercício
00:25:51
eh interno ah da sexualidade prevalecer
00:25:55
e nós vamos estar continuando movo do
00:25:58
nosso psiquismo é sempre pensado em
00:26:00
termos de pares de oposto e dois mais
00:26:02
importantes desses são justamente o
00:26:04
impulso de vida e o impulso de morte o
00:26:06
impulso de vida se traduz pela ligação
00:26:09
pelo investimento que nós fazemos no
00:26:11
mundo nas pessoas e em nós mesmos e por
00:26:14
outro lado o impulso de morte significa
00:26:16
o desinvestimento a ruptura a a falta de
00:26:20
ligação a coisificação mesmo dos nossos
00:26:24
relacionamentos um exemplo muito claro
00:26:26
do impulso de vida é a o amor e um
00:26:29
exemplo muito claro do impulso de morte
00:26:32
são as relações de violência esses
00:26:34
impulsos não existem ah em separado eles
00:26:37
estão sempre de certa forma ah mesclados
00:26:41
e o que se espera é que o impulso de
00:26:43
vida tenha maior predomínio sobre o
00:26:45
impulso de
00:26:46
[Música]
00:26:51
morte o maior conflito que o ser humano
00:26:54
enfrenta vem da sua própria natureza
00:26:57
somos seres incompletos que buscam ser
00:27:00
inteiros nessa busca nos deparamos com
00:27:03
as diferenças que seduzem e ameaçam
00:27:07
nosso desafio é aprender a lidar com
00:27:09
elas e o que que é se a gente pegar a
00:27:12
ideia de sexo né a a palavra vem também
00:27:16
de seccionado né então sexo implica o
00:27:20
quê numa certa
00:27:22
incompletude o modelo mental que nós
00:27:25
temos é da busca da complementariedade
00:27:28
né ah mas nosso modelo biológico né é de
00:27:33
incompletude né então e o nosso modelo
00:27:35
mental também nossa Constituição mental
00:27:38
Ah é também dessa incompletude então nós
00:27:41
estamos sempre em busca desta
00:27:44
complementaridade que também nos ameaça
00:27:47
nos ameaça Em quê No nosso narcisismo
00:27:50
então quando nós descobrimos na infância
00:27:52
as diferenças sexuais são diferenças que
00:27:56
também nos ameaças ameaçam nós queríamos
00:27:59
né ser tudo para a mãe e a mãe tudo para
00:28:02
a gente aí vem o pai Fala Pera aí vocês
00:28:04
não são tudo um para o outro eu estou
00:28:06
aqui também então nós vamos ah sofrendo
00:28:09
ameaças no nosso narcisismo e vamos
00:28:13
ah aceitando né a a nossa incompletude e
00:28:19
a nossa sexualidade que Implica também a
00:28:22
num certo corte né numa certa falta né
00:28:25
ah numa certa ferida no nosso narcisismo
00:28:29
essas ligações afetivas Isso é uma outra
00:28:32
coisa que eu acho interessante a gente
00:28:33
apontar a gente fala sempre do afeto né
00:28:35
a gente tende a ver o afeto sempre como
00:28:37
algo Positivo né na verdade o afeto Ah é
00:28:41
tanto o positivo quanto O negativo né
00:28:44
então tanto o impulso de vida quanto o
00:28:46
impulso de morte tanto o amor quanto o
00:28:49
ódio nossos afetos aquilo que nos afeta
00:28:52
aquilo que dá um sentido aos nossos
00:28:55
relacionamentos é composto né tanto de a
00:28:59
amor quanto de ódio e nós vamos
00:29:02
oscilando neste balanceamento de amor e
00:29:05
de ódio nas nossas relações e daí a
00:29:08
importância da família a importância das
00:29:11
relações familiares para estar o quê
00:29:13
permitindo né que as crianças que os
00:29:16
filhos né possam viver esses afetos Ah
00:29:20
com uma certa segurança depois conforme
00:29:22
a gente vai se desenvolvendo né a gente
00:29:24
vai aprendendo a balizar um pouco mais o
00:29:27
amor e o ódio né Nós vamos
00:29:29
ah modificando a qualidade e a expressão
00:29:33
desses afetos nós vamos ah transformando
00:29:36
os fins desses afetos ou ainda a palavra
00:29:39
que é utilizada nós vamos sublimando os
00:29:41
nossos impulsos né ah e vamos
00:29:44
desenvolvendo produções culturais né ah
00:29:47
vamos nos manifestando de uma forma
00:29:49
culturalmente aceita Freud entendia a
00:29:52
própria Cultura como resultado das
00:29:54
sublimações humanas a vida em comum dos
00:29:58
homens adquiriu um importante fundamento
00:30:00
por um lado a obrigação do trabalho
00:30:03
imposta pelas necessidades exteriores
00:30:05
por outro o poderio do amor que impedia
00:30:08
ao homem prescindir de seu objeto sexual
00:30:11
a mulher de tal maneira Heros e anank
00:30:15
amor e necessidade se converteram nos
00:30:18
pais da cultura humana
00:30:24
[Música]
00:30:28
lemb que eu falei que a nossa
00:30:29
sexualidade ela se apoia em certa medida
00:30:33
no biológico mas
00:30:35
psicologicamente Todos nós temos um
00:30:37
potencial né tanto masculino quanto
00:30:40
feminino no nosso desenvolvimento nós
00:30:43
nos identificamos tanto com o pai quanto
00:30:46
com a mãe quanto com as funções próprias
00:30:48
mais do homem funções próprias mais da
00:30:51
mulher e é isto também que nos permite
00:30:54
atualmente ter essa intercambiabilidade
00:30:57
de funções né se há um tempo atrás a
00:30:59
mulher cuidava só da Maternidade ficava
00:31:02
no gineceu o homem Ah ia pro público ia
00:31:06
pra água né agora a gente tem essa
00:31:08
possibilidade essa intercambiabilidade
00:31:11
de funções que também vem desta
00:31:14
qualidade psíquica de uma bissexualidade
00:31:17
É verdade que depois uma sexualidade um
00:31:20
tipo de identidade sexuada deve
00:31:23
prevalecer sobre a outra e ah em geral é
00:31:27
essa identidade de gênero como se chama
00:31:30
né ela obedece também a Sexualidade
00:31:34
biológica mas não
00:31:36
[Música]
00:31:41
necessariamente passamos a vida né ah
00:31:44
com os Nossos amores com as nossas
00:31:46
raivas né e vivendo esses afetos aí não
00:31:49
mais só dentro da família mas aí a gente
00:31:51
vai passando pro espaço e social né e
00:31:54
depois nós construímos as nossas
00:31:56
próprias famílias de acordo com aquele
00:31:58
modelo Ah que nós recebemos na nossa
00:32:01
família de origem e procuramos até criar
00:32:04
um modelo diferente um modelo novo né
00:32:07
muitas vezes nós conseguimos e com as
00:32:09
pressões sociais que fazem com que a
00:32:12
gente adapte aquilo que a gente recebeu
00:32:15
e o que faz parte da nossa identidade né
00:32:18
a gente adapte isso ao social não é
00:32:20
pouco esforço que a gente tem na vida né
00:32:22
então que a gente vê que essa identidade
00:32:25
a identidade e a Sexualidade são
00:32:27
conquistas para toda a vida né Se a
00:32:30
criança vai tendo essa Conquista ah ao
00:32:33
longo da sua primeira infância depois a
00:32:36
época dita né ah do complexo de Édipo
00:32:39
depois um período de latência ah depois
00:32:42
a pré-puberdade Hoje em dia a gente vai
00:32:44
especificando mais né depois a puberdade
00:32:46
né onde se recupera toda aquela ternura
00:32:51
Que foi construída no relacionamento com
00:32:54
os pais né e junto com aquela ternura né
00:32:58
aquela parte da sexualidade infantil
00:32:59
quero casar com o papai quero casar com
00:33:01
a mamãe ficou um pouco reprimida né E aí
00:33:03
toda a parte dessa ternura lá de trás
00:33:06
ela permanece e quando vem os impulsos
00:33:09
próprios da puberdade e as
00:33:11
características sexuais secundárias né
00:33:13
tudo isso e novamente grande trabalho né
00:33:17
os impulsos significam trabalho pro pro
00:33:19
nosso psiquismo né então todo um novo
00:33:21
trabalho né de juntar estas duas
00:33:24
correntes que seria a corrente da
00:33:26
ternura com a cor ente da sensualidade
00:33:29
para o desenvolvimento das relações ok
00:33:32
parece que a gente chegou no céu né só
00:33:34
que até chegar aí né Nós apanhamos um
00:33:37
bocado as estatísticas mostram que
00:33:40
Metade dos casamentos né nas cidades
00:33:42
grandes acaba em divórcio é um número
00:33:45
alto né mas também ah nos mostra uma
00:33:48
possibilidade maior de escolhas em que
00:33:52
não não é mais necessário se ficar preso
00:33:55
né a uma situação insatis ória né mesmo
00:33:59
o tipo a família foi se modificando a
00:34:02
estruturação da família ah foi se
00:34:05
modificando né então da família que era
00:34:08
uma família matrimonializada né
00:34:10
matrimônio patrimonializado
00:34:13
essencialmente o patrimônio né e os
00:34:15
casamentos se davam muito né ah em
00:34:17
função da manutenção do patrimônio né e
00:34:20
uma família patriarcal né em que a
00:34:23
autoridade né o modelo Era um modelo
00:34:26
masculino né A e era o vamos dizer o
00:34:29
paradigma né o modelo padrão né era o
00:34:31
masculino né ah aliás Esse é uma questão
00:34:34
Até que a gente traz da religião né a
00:34:37
Eva foi feita da costela de Adão né
00:34:39
então o modelo é Adão depois a partir
00:34:42
disso veio Eva né então nós tínhamos
00:34:44
essa essa família ah bastante patriarcal
00:34:47
e isso tudo foi se modificando e
00:34:50
atualmente a gente tem divisão no
00:34:52
Exercício dos papéis muito diferente uma
00:34:55
divisão nas relações de poder e de força
00:34:57
[Música]
00:35:03
então nós temos essa evolução toda né ah
00:35:07
da família da estruturação da família né
00:35:11
e do exercício das funções masculinas e
00:35:15
femininas isso pode a gente pode usar
00:35:17
como paradigma a esta revolução
00:35:19
feminista Mas isso não ficou só na
00:35:22
Cultura né para inglês ver isso também
00:35:25
permeia lógico a forma das ciências né
00:35:27
né Inclusive a própria psicanálise né
00:35:30
Freud tinha Ah um padrão que era um
00:35:33
padrão de sexualidade que era o padrão
00:35:35
da sexualidade masculina né e dadas as
00:35:39
devidas modificações mutates Mutantes é
00:35:43
que ele via então a Sexualidade feminina
00:35:46
né É como se a mulher fosse sempre
00:35:49
aquela castrada né aquela quem falta
00:35:52
alguma coisa né ah e o homem não o homem
00:35:55
era mais o modelo né ah da sexualidade
00:35:59
embora lógico as angústias estivessem
00:36:00
sempre presentes inclusive na a
00:36:03
homossexualidade mas a mulher seria
00:36:05
aquela que teria então a inveja do pênis
00:36:07
né Isso é conhecido por todos né então
00:36:10
no desenvolvimento da sexualidade
00:36:12
feminina mulher invejaria o pênis a
00:36:14
gente vê isto né
00:36:15
ah socialmente né a na hipervalorização
00:36:20
realmente que tem o masculino Ah no
00:36:23
espaço social né e a gente vê também a
00:36:26
hipermat anização ou a hipervalorização
00:36:29
do feminino né Com Como a rainha do lar
00:36:32
né então o homem é o rei fora e a mulher
00:36:35
passa era como se fosse a rainha do lar
00:36:38
isso tudo felizmente tá se modificando
00:36:40
Mas voltando então ah na psicanálise
00:36:42
Freud Então tinha um modelo basicamente
00:36:45
masculino depois disso mas a questão da
00:36:49
da identidade feminina da sexualidade
00:36:51
feminina né que ele chamou até de um
00:36:53
continente negro né Ah e a pergunta
00:36:56
depois que trou trse Freud e Lacan né é
00:36:59
o que quer uma mulher o que é ser uma
00:37:01
mulher ou ainda a mulher não existe né
00:37:04
ou ainda a mulher é o sintoma do homem
00:37:06
são todos frases chavões que vão
00:37:08
mostrando né uma forma de pensar e
00:37:11
vieram lógico aí a algumas mulheres não
00:37:15
só mas algumas mulheres sobretudo
00:37:17
Melanie Klein
00:37:19
né Melanie Klein trouxe a visão feminina
00:37:22
para a psicanálise Klein conheceu o
00:37:25
mundo cultural artístico e filosófico de
00:37:28
Viena sonhou tornar-se médica mas um
00:37:32
casamento precipitado e o nascimento dos
00:37:34
três filhos a fez parecida com milhares
00:37:37
de outras mulheres de sua época a
00:37:39
psicanálise mudou o curso de sua vida
00:37:42
Klein tornou-se a mulher mais influente
00:37:44
nesse método de investigação da Alma
00:37:47
suas contribuições levaram a psicanálise
00:37:50
a uma compreensão mais profunda sobre a
00:37:53
mulher tanto para Freud quanto melan a
00:37:56
gente vê que o menino e a menina se
00:37:59
identificam ou seja ou seja Eles amam e
00:38:04
colocam dentro de si como se fosse esse
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o modelo né características tanto do
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homem quanto da mulher e vão nesse
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interjogo com pai com mãe com homem com
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mulher vão desenvolvendo sua identidade
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sexual e vão se humanizando né então
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desenvolvendo todo esse aparato psíquico
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né que nos permite toda essa capacidade
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de subjetividade de sublimação e
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espera-se né de empatia uns com os
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outros então a gente tem as modificações
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na história do indivíduo as
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influências culturais as influências dos
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pais e as influências que todos nós
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sofremos também das modificações que vão
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acontecendo na identidade de cada país
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na identidade de cada Cultura
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estão os homens neste momento como você
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os vê né Qual é a sua opinião porque eh
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realmente eu acho assim que a mulher de
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alguma forma hoje ela conquistou um
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espaço um espaço de escolha né um espaço
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de decisão enfim vários espaços eu acho
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que tem as minorias aí né várias delas
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que também estão conquistando os homens
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eu acho que historicamente sempre
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tiveram até pelo modelo patriarcal os
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seus espaços garantidos mas que hoje o
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que tá acontecendo né E aí eu olho pros
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meus filhos e falo assim
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Bom como será né O que tá
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acontecendo você tem ah muita razão com
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relação a aos homens os homens que antes
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não podiam viver as angústias como eles
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estão podendo viver atualmente as
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angústias né então o seor a gente tiver
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uma visão relativamente otimista né Ah
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nós podemos pensar que fruto dessa
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possibilidade de viver a angústia foi
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vai ser também a possibilidade de
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vivenciar a masculinidade vivenciar a
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identidade ah masculina de uma forma
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menos rígida e tão perseguida haja visto
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tantos séculos né de machismo né ah e de
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o homem se sentir tão ameaçado pela
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mulher né Ah e precisar subjulgar mesmo
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a mulher né até porque talvez ele não
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tivesse esse espaço essa possibilidade
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de viver angústia né a gente fala hoje
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em dia de crise de autoridade né Nós
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estamos passando mesmo por uma crise de
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autoridade grande né mas também pode ser
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uma possibilidade uma forma de viver a a
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autoridade de um jeito diferente né e
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não tão forçado não tão na base do
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autoritarismo
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[Música]
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a
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[Música]
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a
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[Música]
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[Música]
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espaço cultural
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[Música]
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CPFL organizar o
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conhecimento compreender o mundo
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[Música]
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contemporâneo espaços abertos
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ar ciência
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filosofia concepção e realização de três
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séries de programas semanais para
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[Música]
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TV diálogo
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reflexão luz mais
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luz espaço cultural
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CPFL uma iniciativa CPFL energia
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[Música]
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