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aqui comigo está a doutora silvia stor
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pits que é professora e farmácia clínica
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e bill farmácia na faculdade de ciências
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farmacêuticas da universidade de são
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paulo
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nós vamos falar basicamente sobre
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estudos clínicos sobre a bioequivalência
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dos fármacos e vamos falar sobre os
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medicamentos genéricos
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se houver uma droga quando vai entrar na
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parte na fase clínica por onde ela já
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passou
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antes de ser usado em gent por agarrar
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jogando é um processo longo
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na verdade a pesquisa clínica é uma
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pesquisa científica muito regulamentada
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o que é extremamente necessário e antes
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de um candidato a novo medicamento ser
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testado em seres humanos
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já foram realizados vários testes em
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animais de várias espécies em várias
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condições porque isso se refere é um
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aspecto fundamental em relação à
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segurança
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com base nesses resultados então a
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equipe de pesquisa que é
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multidisciplinar como protocolos muito
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bem estabelecidos vai iniciar a pesquisa
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clínica em seres humanos que têm vários
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várias etapas a primeira etapa a a fase
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1 se caracteriza por administrar uma
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pequena dose a um grupo pequeno de seres
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humanos voluntários sadios
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eles não tenha doença porque porque é a
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primeira vez que aquele candidato a
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fármaco vai ser administrado em seres
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humanos
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então é necessário conhecer a forma como
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cinética características de absorção de
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distribuição de eliminação
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e são vários os estudos que complementam
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essa fase e essas pessoas que não tem
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doença nenhuma bom joga pela primeira
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vez só voluntários são voluntárias são
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pagas normalmente sim porque é a
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pesquisa clínica ela está sendo
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realizada em institutos de pesquisa em
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centros que seguem normas bastante
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rigorosa assim o que acontece é que
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evidentemente esse valor que as pessoas
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recebem não é um valor que possa ser
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significativo de ser como um sub emprego
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um salário isso a própria legislação
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protege né
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os indivíduos que participam de estudos
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para que isso não aconteça uma ajuda de
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custo eles têm uma ajuda de custo para
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ressarcir né
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o seu tempo as despesas que possam ter
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tido deslocamento
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aí essa fase 1 então você pegou
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voluntários saudáveis sim e administrou
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a droga para ver quais são as
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características do dose que dá para usar
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na como é que se o secretário maurílio
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exatamente reconhecer erros o que
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acontece no organismo humano
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terminada essa fase de fase do exato
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se tudo foi bem na fase 1 num então a
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fase 2 vai envolver pacientes com a
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doença alvo ou seja a doença para a qual
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aquele medicamento está sendo
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desenvolvido como uma alternativa
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terapêutica válida
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então é um grupo ainda pequeno de
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pacientes também se testa uma pequena
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variação de doses é possível fazer esse
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escalonamento qual é o objetivo de
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determinar a eficácia e segurança e uma
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primeira relação entre o efeito esperado
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ea dose administrada para determinar as
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condições ideais que só vão ser
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realmente obtido
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vidas na fase 3 na fase 3
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então são estudos multicêntricos onde
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vários pesquisadores responsáveis vão
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seguir o mesmo protocolo de tratamento e
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aí geralmente se testa contra o
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tratamento padrão que já é conhecido no
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seu obrigado a dividir o grupo dividir
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em grupos em pacientes existe uma
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randomização ou seja um procedimento
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estatístico existe a questão do segmento
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explica miguel chega o saneamento é você
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organizar o estudo distribuir os
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pacientes e o paciente não sabe se ele
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está recebendo o tratamento padrão ou ou
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seja o que é o tratamento padrão é o que
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já está no mercado e que se tem dados de
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eficácia e segurança
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então o paciente não sabe se ele está
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recebendo o tratamento padrão ou esse
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novo tratamento com o candidato a um
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novo medicamento né
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na verdade e danilo melo que está com
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nenhum médico que acompanha sabe
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exatamente essa viu a outros usam se
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códigos né então ao final os
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pesquisadores vão ter dados para fazendo
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uma análise estatística muito bem
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elaborada e poder decidir realmente se o
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novo medicamento ele traz vantagens em
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relação àquele tratamento padrão fazer
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só um resumo você pega droga primeiro
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teste voluntário só pra ver com elas se
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distribuem como excretado etc
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aí eu fazia a gente passa por fase 2 não
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pegou a droga
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é legal por exemplo eu descubro uma que
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pertence à série c se abaixa a pressão
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melhor do mundo do que os que estão no
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mercado
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aí pega pessoas normais sem pressão
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normal testo foi fácil fácil fazer dois
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já vou pegar um grupo com pressão
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alterada
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eu vou verificar se o meu remédio com
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enquanto por cento deles ele controla a
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pressão câncer condições de dizer mas já
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estou interessado nos resultados a
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exemplo da eficácia na eficácia
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aí deu certo onde não parece que
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funciona bem fazer fase 3
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eu comparo o remédio é um comprimidinho
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que a pessoa toma de 12 em 12 horas
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compara com o tratamento estabelecido um
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comprimento de 12 em 12 horas também
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comprimidos são iguais em direitos e 12
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preparado se o médico que receita não
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sabe não sabe qual é o remédio está
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sendo testado e qual é o tratamento
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clássico
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no final o meu remédio é um resultado
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muito melhor do que um tratamento
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clássico
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a representante da anvisa uma visita à
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prova depois de estudar tudo direitinho
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a prova e aí eu ganho tão regência o
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registo ea patente no leme e essa pobre
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episódio por conta por 20 anos de
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serviço é um tempo longo é um tempo
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longo
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as empresas é justificação esse tempo
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longo de patente em função do
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investimento porque são anos de pesquisa
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e o custo também é bem elevado
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existem dados a respeito disso então
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você pode ter que usar de 7 a 10 anos
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nessa nesse processo completo até o samu
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dos fatos até passar por tudo isto é
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obter o registro e o gasto é muito
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elevado são milhões de reais né
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falando de de brasil dessa forma como a
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empresa trouxe uma inovação terapêutica
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a patente permite que essa empresa
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explore comercialmente de forma
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exclusiva
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a justificativa é estar tendo recursos
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para investir em novas pesquisas
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isso é uma das questões das empresas
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inovadoras né
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o problema que eu vejo é que algumas
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vezes em algumas circunstâncias
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existem até pedidos de extensão de
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patentes por alguma modificação que foi
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feita no mesmo momento né
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na molécula se usou um outro polimórfico
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uma enfim houve um melhoramento né
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na molécula e se pede uma extensão do
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ponto de vista da empresa isso pode ser
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justificado e termos de custos mas eu
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acho que a gente deve avaliar em termos
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de saúde pública em termos de saúde
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pública quando vence a patente é muito
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interessante que outras empresas
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fabriquem cópias com qualidade
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assegurada que são os genéricos né que
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desde que tenham a comprovação da
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qualidade eficácia e segurança vão ser
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uma alternativa para melhorar o acesso
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das pessoas
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aquele medicamento de qualidade eficácia
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e segurança quando eu vou comprar um
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genérico na farmácia
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eu quero que ele tem as suas
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características e quero que ele seja
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igualzinho ou remédio com o nome
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fantasia
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quais são as medidas que se toma
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normalmente para garantir qualidade e
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eficácia ele segredo de segurança ao
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medicamento genérico
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sim aqui no brasil nós podemos dizer que
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a regulamentação técnica para produção e
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registro de genéricos
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ela não perde tecnicamente para qualquer
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regulamentação dom de qualquer
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país do mundo em primeiro lugar em
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termos de qualidade
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a regulamentação técnica é muito clara e
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as empresas
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ela tem que desenvolver o seu genérico
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de acordo com normas muito bem
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estabelecidas além de ou seja ela tem
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que produzir um equivalente farmacêutico
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do medicamento de referência
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quem é o medicamento de referência é
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aquele medicamento de marca o inovador
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que lá anteriormente né há vinte anos
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passados nem por exemplo desenvolveu
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como uma inovação esse medicamento quem
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indicou referência à anvisa porque ela
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tem os dados do produto quando foi
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registrado
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se eu tenho quer fabricar o genérico
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eu monto uma fábrica de golo eu sei
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fazer esse genérico e se outros não mas
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eu sei fazer esse sal que é um
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medicamento aqui agora o que quero visa
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vai exigir de mim pra dizer pode colocar
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os comprimidos não vendem o gênero
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vamos dar um exemplo antes se eu tivesse
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cloridrato de propranolol 40 miligramas
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o genérico deveria ter cloridrato de
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propranolol 40 miligramas por comprimido
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ou seja tem o mesmo fármaco na mesma
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dosagem e na mesma forma farmacêutica e
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deve cumprir com os mesmos requisitos da
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farmacopéia brasileira ou de outros
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códigos aceitos pela anvisa
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esse é o primeiro passo é o que nós
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chamamos de uma equivalência em vitro é
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equivalência farmacêutica depois de
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cumprir com equivalência farmacêutica
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deve se fazer como mesmo lote
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o teste de bioequivalência como ao
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perceber o que vale mesmo é um ensaio em
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seres humanos
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que não são pacientes são voluntários
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sadios
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porque na verdade com o teste de
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bioequivalência nós só queremos comparar
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a biodisponibilidade do candidato a
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genérico porque ainda não foi aprovado
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com a biodisponibilidade do medicamento
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de referência
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então por que nós fazemos isso em seres
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humanos porque a biodisponibilidade se
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refere a como o fármaco é absorvido no
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organismo
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se ao final do ensaio se concluir que a
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bioequivalência significa que os dois
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medicamentos vão entregar o medicamento
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entregar o fármaco desculpe né
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da mesma forma o perfil de absorção será
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o mesmo será comparável é o que mede a
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biodisponibilidade havia disponibilidade
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se refere à velocidade ea quantidade
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absorvida do fármaco a partir da forma
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farmacêutica do comprimido
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os brasileiros podem confiar no mercado
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gênero posso informar se a dizer ao
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genérico qualquer destes que eu tenho
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segurança de que esse genérico é
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comparável a população pode confiar no
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genérico
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eu acredito que em função de uma
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regulamentação técnica comparável a
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qualquer país a um processo de registro
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muito bem avaliado pela anvisa
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e aí ao fato de existir a inspeção ea
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farmacovigilância não é
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nós temos muitas empresas que fabricam
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genéricos tanto nacionais quanto
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multinacionais não é nós temos empresas
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não vou citar nomes mas enfim empresas
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multinacionais que passaram a ter suas
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linhas de genéricos de
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mantém esse mercado porque é um mercado
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muito interessante quando se lança o
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primeiro genérico já uma competição com
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referência o que é um benefício para a
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população porque essa competição de
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preços faz com que todos os preços caiam
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é inclusive de referência
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esse também é o papel do genérico como
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uma política de acesso a medicamentos o
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que as pessoas ficam um pouco dos
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conselhos de concertada que vão à
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farmácia com a receita do medicamento de
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referência em fantasia
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aí o medicamento custa 85 reais a caixin
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a informações mas que é evangélico é
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mais barata é ó o genérico de 17 no
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primeiro momento físico é que pode
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custar 80 e tantos outros 17 como é que
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tá pra será que esse 17 merece confiança
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o preço tem alguma coisa a ver com isso
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eu acredito que o preço ele tem é uma
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relação direta com as regras de mercado
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aqui no brasil não só no brasil mas
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vamos ao nosso exemplo não é porque o
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que acontece se a adfer ensa em termos
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de quando a empresa do genérico vai
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registrar o genérico já existe uma
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diferença mínima de 40%
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então é ela não investiu em todos
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aqueles anos desenvolvimento nem aquele
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custo com os ensaios não clínicos e
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clínicos certo então é isso que
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justifica os genéricos chegar ao mercado
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com no mínimo 40% a menos do preço
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à medida que se lançam outros genéricos
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e isso é bastante comum pode estender se
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começa a competição entre eles e caem os
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preços de todos essa competição
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é que faz essa grande alteração nos
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preços é uma realidade do brasil
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qualquer medicamento sintético desses à
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venda nas farmácias podem ver genéricos
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desde que não haja mais patente
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sim os genéricos eles são dedicar em tuz
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para essa categoria dos fármacos de
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origem sintética uma exceção que eu
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considero importante é apenas itaqui por
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exemplo não podemos falar de genéricos
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dos medicamentos manipulados
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não podemos falar em genéricos em
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relação às vacinas e as a uma nova
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categoria de medicamentos que são os
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biológicos os biotecnológicos
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mas os de origem sintética em princípio
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podem ter genéricos
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obrigado se vê conversei com a doutora
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silvia estou perto skibbe falar com a
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gente sobre genéricos estudos clínicos
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a professora silvia dá aulas na
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faculdade de ciências farmacêuticas da
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universidade de são paulo