Veja o discurso de Marcelo Rebelo de Sousa na íntegra nas cerimónias dos 50 anos do 25 de Abril

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Ringkasan

TLDRO texto aborda os 50 anos passados desde a Revolução de 25 de Abril de 1974, que pôs fim a uma ditadura de 48 anos e ao império colonial português. Reflete sobre as dificuldades enfrentadas durante a transição para a democracia e integração na União Europeia, com ênfase em três ciclos de mudanças políticas e econômicas. Destaca-se o papel dos jovens capitães de Abril, que foram cruciais para o sucesso da revolução. Além disso, menciona-se como o período pós-revolucionário foi repleto de incertezas e que a revolução, ao contrário de outros movimentos europeus, acumulou desafios complexos em um curto período.

Takeaways

  • 📅 50 anos desde a Revolução de 25 de Abril.
  • ⚔️ Jovens capitães derrubaram a ditadura.
  • 🌍 Descolonização simultânea à democratização.
  • 🇪🇺 Entrada na União Europeia foi crucial.
  • 📈 Três ciclos de estabilização pós-revolução.
  • 🎓 Importância da memória coletiva de Abril.
  • 🕊️ Democracia versus ditadura, preferência clara.
  • 🗳️ Diversos protagonistas na transição política.
  • 📜 Constituição de 1976 como marco democrático.
  • 🌏 Única resposta portuguesa a múltiplos desafios.

Garis waktu

  • 00:00:00 - 00:05:00

    Comemoração dos 50 anos desde o fim do império colonial e da ditadura em Portugal. Reflete-se sobre as mudanças políticas e econômicas desde então, questionando por que a Revolução de 25 de Abril de 1974 ocorreu tão tardiamente e analisando a resistência tanto de opositores quanto de apoiadores do regime anterior, bem como a falha das tentativas de transição antes daquele momento.

  • 00:05:00 - 00:10:00

    O papel fundamental dos jovens capitães na Revolução de 25 de Abril, que conseguiram mobilizar mudanças significativas, derrubando a ditadura militar que existia até então. Reflete sobre a condição militar em África e conclui que, apesar da guerra, não havia solução política possível naquele contexto. Os militares, em menos de um ano, entenderam a necessidade de ação e organizaram o golpe.

  • 00:10:00 - 00:15:00

    Exploração dos eventos agitados após o 25 de Abril, destacando o processo revolucionário e as inevitáveis disputas internas entre várias facções e líderes, tanto militares quanto civis. Foi um período de intensa transformação onde novas constituições e pactos foram formados e desfeitos, culminando na transição da revolução para uma democracia estável.

  • 00:15:00 - 00:20:00

    Discussão sobre as mudanças subsequentes na política econômica e social de Portugal desde a Revolução. Considera os marcos, como a adesão à União Europeia, as privatizações e a evolução do sistema partidário. A referência ao crescimento interno e aos desafios enfrentados durante o processo de democratização, traçando paralelos com outras nações que passaram por transformações similares.

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    Consideração sobre os 50 anos após a revolução, enfatizando a continuidade e a evolução da democracia. Reflete sobre como desafios passados informam o presente, destacando a importância da democracia, mesmo imperfeita, em comparação com regimes autoritários. Afirma a necessidade de continuar a avançar em liberdade e igualdade, honrando o espírito do 25 de Abril e reforçando a trajetória democrática de Portugal.

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Pertanyaan yang Sering Diajukan

  • O que aconteceu no 25 de Abril de 1974?

    Foi a data da Revolução dos Cravos, que derrubou a ditadura em Portugal.

  • Quem foram os principais responsáveis pela revolução?

    Os jovens capitães do exército, conhecidos como os Capitães de Abril.

  • Por que o 25 de Abril foi tardio?

    Devido à ilusão da eternidade dos impérios coloniais que persistiu até depois da Segunda Guerra Mundial.

  • Quais foram os desafios enfrentados após a revolução?

    A transição para a democracia, a descolonização e a integração na União Europeia.

  • Como foi o período pós-revolucionário?

    Foi um período agitado com várias mini revoluções internas e reformas estruturais.

  • Qual era a situação de Portugal antes da Revolução de 25 de Abril?

    Portugal era governado por uma ditadura e sustentava um império colonial.

  • Como foi a influência da Revolução dos Cravos na história política de Portugal?

    Ela possibilitou a transição para a democracia e variadas mudanças econômicas e sociais.

  • Qual foi a importância dos jovens capitães?

    Eram os únicos com poder real para derrubar a ditadura devido ao controle militar.

  • Quais elementos diferenciam a Revolução de 25 de Abril de outros movimentos históricos europeus?

    Conjugou descolonização, democratização e mudanças econômicas simultaneamente.

  • Qual foi o impacto da adesão à União Europeia?

    A adesão impulsionou a estabilização econômica e política de Portugal.

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Gulir Otomatis:
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    50 anos passaram desde que um império de
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    cinco séculos acabou uma ditadura de 48
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    anos foi deposta do império nos viramos
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    para a Europa mudamos quatro vezes de
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    regime
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    económico Parece que foi ontem ou
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    anteontem mas não foi foi há meio século
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    dei hoje comigo a verme há 48 anos
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    sentado neste hemiciclo
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    na Assembleia constituinte e não
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    encontro aqui a não ser dois antigos
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    presidentes da Assembleia da república e
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    um antigo primeiro-ministro também
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    Conselheiro de estado constituintes e
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    alguns capitães de Abril não encontro
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    muitos mais desse tempo nesta sala é a
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    lei da
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    vida Decididamente até por isso vale a
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    pena tentar compreender o 25 de Abril
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    porque não foi antes foi foi o que uniu
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    mas dividiu os seus tempos e modos e
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    como chegamos até hoje primeira questão
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    porque foi tão tarde o 25 de Abril
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    porque vários impérios coloniais ainda
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    eram tidos por quais eternos até ao fim
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    da segunda guerra porque esse sonho
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    ilusão durou entre nós nos anos 50 e
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    para uma ditadura em queda após a
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    campanha presidencial de 58 se converteu
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    com as guerras da África na última
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    narrativa libi para tentar sobreviv e
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    porque o sucessor do chefe do regime só
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    em 72 tornou totalmente visível a
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    impossibilidade de democratizar sequer
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    de liberalizar e sobretudo de
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    descolonizar assim as tentativas
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    militares e civis de abreviar o império
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    de obrigar à sua transi de preparar o
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    seu fim falharam todas as da oposição
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    sempre severamente reprimidas as da
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    situação sempre
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    ignoradas o império mesmo já sem futuro
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    agarrou-se e com ele a ditadura à ilusão
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    da Sobrevivência
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    impossível segunda questão porque foi
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    como foi porque só assim teria sido
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    possível a ditadura nascera pela mão das
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    Forças Armadas dos jovens oficiais
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    revoltados com diferença política
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    perante a sua quase solitária luta na
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    grande Guerra a ditadura cairia pelas
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    mãos de outros jovens capitães com uma
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    duas TR qu CCO comissões
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    africanas livres conhecedores do terreno
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    e da situação nele vivida
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    descomprometidos o mesmo opositores à
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    ditadura em menos de 1 ano passaram da
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    luta pela dignidade da condição militar
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    aos da sociedade portuguesa para a
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    análise do que se vivia em África e para
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    duas conclusões não se anevia solução
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    política para a guerra e apesar do
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    corajoso combate centenas de milhares de
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    jovens não havia Vitória militar
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    possível nessa guerra num tempo em que
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    as Guerras não duravam décadas e num
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    país com mais de 1 Milhão portugueses a
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    emigrar em pouco mais de 10
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    anos se não responsabilizasse o poder da
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    ditadura acabariam por ficar os únicos
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    responsáveis por aquilo que não tinham
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    decidido e não tinham tido condições
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    para mudar em menos de um ano aqueles
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    jovens militares organizaram-se
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    prepararam-se
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    concluíram que a ditadura devia cair e
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    que deveriam ser eles a derrubá-lo
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    não os políticos que governavam não os
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    grupos económicos mesmo os mais abertos
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    à Europa mas ainda ligados à África não
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    apenas os abnegados partidos sindicatos
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    movimentos militantes de décadas de
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    resistência não apenas os estudantes a
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    cultura aquela parte da igreja católica
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    já é mudança só eles ligados a todos os
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    mais mas os únicos com poder
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    para depor um regime desde sempre
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    assente no poder militar que controlava
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    e fizeram sem sangue a não ser recordou
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    vossa excelência muito bem e muito
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    justamente o do desespero da polícia
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    política da ditadura que fez derramar
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    num dia de revolução sem sangue sangue
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    de vítimas inocentes daqui saú com
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    gratidão escreve os jovens capitães de
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    Abril os únicos a poderem ter feito o
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    que fizeram em 25 de abril de 74 e Saúdo
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    os a
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    todos
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    aqueles que temos hoje connosco e
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    aqueles que
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    partiram durante este meio século
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    terceira questão porque foi tão agitado
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    o pós 25 de Abril o chamado processo
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    revolucionário de cerca de 2 anos porque
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    o movimento Militar se
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    converteu pela presença massiva do Povo
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    em revolução porque dentro de qualquer
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    revolução não há uma há inúmeras
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    revoluções com projetos diferentes e
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    líderes diversos militares e civis já
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    que aos partidos vindos da
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    clandestinidade se juntaram outros
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    entretanto formados e como em todas as
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    revoluções e como em todas as
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    constituintes e constituições há quem
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    ganhe e há quem perca e Isso mudou ao
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    longo da
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    revolução uns queriam primeiro levar
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    mais longe a sua revolução outros
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    abreviá-la com a sua
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    Constituição e Dentro de uns e de outros
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    e dos pactos assinados entre os jovens
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    e partidos muito foi mudando entre 74 75
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    e
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    76 sendo então presidentes dois
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    destacados chefes militares e
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    governantes na ditadura um destemido
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    detonador de consciências pela sua obra
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    de 73 nas vésperas de Abril o outro
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    viria a ser decisivo para evitar um
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    confronto civil em novro de 7
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    no fim ganhou um setor político
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    militar protagonizado de algum modo pelo
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    documento dos no de que sairia o nome do
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    candidato a primeiro presidente da
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    república eleito aqui hoje conosco
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    essencial na transição da revolução para
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    a democracia que Saúdo muito
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    efusivamente sempre teimosamente avesso
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    na sua humildade
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    a todas as homenagens incluindo a do
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    Maral
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    também também ganhou um partido que
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    liderou por várias vezes uma frente
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    Ampla na Revolução e arbitrou fui disse
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    testemunha os dificílimos compromissos
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    na constituinte um partido liderado por
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    um homem que acabou por ser de facto o
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    imediato vencedor civil da revolução já
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    não está entre nós mas este ano
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    celebra-se o Centenário do seu
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    nascimento e é justo evocá-lo até por
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    ter somado Um percurso singular na
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    Revolução e na democracia a uma longa
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    luta contra a ditadura
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    [Aplausos]
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    ele foi o imediato vencedor civil mas a
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    história
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    recorda com o devido
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    relevo três outros principais pais
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    fundadores do sistema partidário desde
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    logo que numero pelo peso dos seus
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    partidos na
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    constituinte aquele que foi o primeiro
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    primeiro-ministro do Hemisfério oposto
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    Ao Vencedor civil imediato
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    e que teve um papel muito marcante na
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    génese da Democracia apesar de ter
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    estado meia revolução afastado por
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    doença e depois tragicamente morto muito
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    no começo de uma carreira Notável
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    o segundo seguindo a ordem do Peso na
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    constituinte o mais antigo e mais
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    persistente lutador contra o salazarismo
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    com mais provas de resistência na prisão
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    na clandestinidade e no exílio
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    e o terceiro o líder da formação mais
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    conservadora que votou mesmo contra a
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    constituição mas que
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    garantiu em tempos muito difíceis a
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    existência de um mais amplo leque de
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    pluralismo
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    em portug não o podemos também
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    esquecer muitos muitos e muitos outros
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    como eles batalharam e tantas vezes
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    venceram e outros batalharam e perderam
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    pouco ou muito e alguns se desiludiram
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    uns no próprio 25 de Abril outros no 28
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    de Setembro outros no 11 de Março outros
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    no verão quente outros no crucial 25 de
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    Novembro que acabou por definir o
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    desfecho da
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    revolução e por isso a justo título tal
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    como a constituinte e a constituição
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    desde sempre foi pensado para integrar
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    as celebrações de
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    Abril que só terminarão em em
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    2026 outros ao longo dos últimos 50 anos
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    é assim a história Face e refaz de altos
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    e baixos a miúdo mais de baixo do que de
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    Altos quarta questão e esses altos e
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    baixos terão comparação com qualquer
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    outro movimento político militar social
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    na nossa história contemporânea na
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    história dos nossos parceiros europeus
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    mais antigos ou dos nossos parceiros foi
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    os mais recentes não não tem comparação
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    o 25 de Abril implicou ao mesmo tempo
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    fim de um império de cinco séculos fim
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    de uma ditadura de 48 anos integração
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    económica e política na hoje União
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    Europeia e quatro mudanças de regime
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    económico de uma economia meio Colonial
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    meio europeia para a firmad m europeia
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    nacionalizações e expropriações
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    revolucionárias reprivatização
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    mais tardias e lentas para mãos
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    portuguesas e anos volvidos numa parte
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    de mãos portuguesas para mãos
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    estrangeiras e tudo num tempo
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    concentrado Desolação nacionalizações
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    expropriações 74
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    75 fora os efeitos decorrentes
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    democratização só verdadeiramente
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    completada com o fim do período
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    transitório
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    em2 entrada na Europa em 86
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    reprivatização dos setores chaves da
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    economia a partir de 92 e quais Até ao
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    presente cplp em
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    96 nenhuma outra revolução o golpe
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    militar foram comparáveis na nossa
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    história contemporânea
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    1820 1910
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    1926 nenhum outro império europeu
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    moderno enfrentou todos estes desafios
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    ao mesmo tempo em menos de 30 ou 40 anos
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    o
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    espanhol findara no século X o britânico
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    ou francês no termo da Segunda Guerra e
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    estes dois já eram democracias
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    consolidadas e Integradas na
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    Europa nenhum dos nossos parceiros de
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    Leste tivera impérios
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    extra-europeus nem vivera
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    descolonização com democratização com
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    integração europeia e com mudança de
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    regime económico como nós por isso é
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    injusto comparar o incomparável
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    esquecer os custos globais daquilo que
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    vivemos e até os custos da revolução que
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    só existiu porque a ditadura não soube
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    ou não quis fazer uma
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    transição ao contrário da vizinha
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    espanhol quinta questão E como foi com
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    esses custos com tão complicados prazos
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    o só ser democracia plena 8 anos depois
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    de 74 só ser integração na Europa 12
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    anos depois só ter economia como
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    europeia 18 anos depois só constituir a
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    cplp 22 anos depois como foi sabemos
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    três ciclos se sucederam muito diversos
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    o ciclo da estabilização do regime
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    político de 76 a 86 nascido à esquerda
  • 00:15:26
    terminado à direita o da estabilização
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    do regime económico de 86 A 96 à direita
  • 00:15:34
    o ciclo dos novos desafios externos e
  • 00:15:37
    internos de 96 até hoje esmagadoramente
  • 00:15:41
    à esquerda com duas janelas à direita
  • 00:15:45
    primeiro ciclo da estabilização do
  • 00:15:48
    regime político com dois protagonistas
  • 00:15:51
    cimeiros o presidente saído dos
  • 00:15:53
    vitoriosos militares que pilotou a
  • 00:15:56
    transição da revolução para a democracia
  • 00:15:58
    e o primeiro-ministro saído dos
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    vencedores civis da revolução que lhe
  • 00:16:03
    sucederia em Belém em
  • 00:16:06
    1986 entre governos partidários governos
  • 00:16:10
    presidenciais cumprimento escrupuloso
  • 00:16:13
    pelos militares da Promessa de regressar
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    aos quartéis em 82 abertura do acesso ao
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    poder executivo do Hemisfério de direita
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    foram 10 anos agitados de executivos
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    Breves de indefinição de modelo
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    económico culminando na adesão às
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    Comunidades europeias em 86 assim
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    acabando por escolher modelo económico
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    Para o Futuro segundo ciclo o da
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    estabilização do regime económico também
  • 00:16:43
    com dois protagonistas
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    cimeiros o Presidente da República
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    primeiro presidente civil como fora o
  • 00:16:53
    primeiro primeiro-ministro em democracia
  • 00:16:56
    e o mais duradouro primeiro-ministro em
  • 00:16:58
    democracia
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    ciclo este que beneficiou da Adesão
  • 00:17:03
    europeia e dos seus Fundos e da
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    permanência do mesmo partido no governo
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    desde
  • 00:17:10
    79 até 96 embora com 2 anos partilhados
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    de
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    primeiro ciclo que reforçou a
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    estabilidade governativa introduzi o
  • 00:17:21
    equilíbrio financeiro e no quro do
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    regime econmico lanou as privatizações
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    primeir
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    mais tarde a ser o quarto presidente da
  • 00:17:32
    república e o primeiro do Hemisfério de
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    Dire terceiro ciclo com múltiplos novos
  • 00:17:57
    protagonistas
  • 00:17:59
    com especial relevo para o terceiro
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    presidente da
  • 00:18:02
    república fundamental na crise Timor
  • 00:18:05
    Leste e que desempenhou ao longo da sua
  • 00:18:09
    vida
  • 00:18:10
    política em particular um duplo papel de
  • 00:18:14
    concertação dos hemisférios de esquerda
  • 00:18:16
    e direita e de convergência de toda a
  • 00:18:19
    esquerda também ele merece a nossa
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    Evocação
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    e
  • 00:18:37
    depois inúmeros primeiros
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    ministros de que cito apenas dois pelos
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    cargos internacionais o futuro
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    secretário Geral das Nações Unidas e o
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    já passado presidente da Comissão
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    Europeia
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    iniciado com o tempo porventura mais
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    esperançoso quanto ao mundo à Europa e
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    Portugal foram os anos de meados de 90
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    até ao final da década de
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    pararia depois com crises económicas com
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    crises sociais com crises sanitárias
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    externas e
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    internas mas também com o envelhecimento
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    da sociedade portuguesa
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    com a repercussão em antigas e novas
  • 00:19:32
    desigualdades coexistindo com mudanças
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    estruturais novas exigências de
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    qualificação novos modelos energético e
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    digital e internacionalização
  • 00:19:44
    económica SB o manto da persistência da
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    Matriz governativa vinda dos primórdios
  • 00:19:50
    da
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    Democracia regime político e sistema
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    partidário começavam a conhecer
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    alterações sensíveis
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    sexta questão e mais
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    recente 50 anos passaram mundo Europa e
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    Portugal
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    mudaram aquilo tudo que foi sumariamente
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    evocado não ficou
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    ultrapassado os mais
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    novos desconhecem parte destes 50
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    anos muitos dos menos
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    novos ele tem recordações distantes
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    apareceram novas ideias novos movimentos
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    novos partidos novos parceiros novos
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    fenómenos mediáticos novos problemas
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    sociais A somar aos antigos desafios
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    externos a agravar os do foro doméstico
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    Noca correu bem ou muito bem no após 25
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    de Abril na saúde na educação nos
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    direitos fundamentais no papel da mulher
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    na atenção aos excluídos na
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    solidariedade social na mobilidade na
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    abertura
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    na tolerância tanto mais muito parece
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    ser já de outros tempos ou precisado
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    impulso de novas gerações ideias e
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    pessoas é inevitável e é bom que assim
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    seja antes que
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    Abril que os estudos recentes da opinião
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    mostram que é partilhado como um Marco
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    histórico único na nossa vivência
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    coletiva em percentagem
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    fique o ac purificante saudosismo
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    nostalgia mais passado do futuro o que
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    fazer como fazer tomar aquilo que de
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    mais forte mais durador mais Redentor
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    mais promissor tem abril e com isso ir
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    recriando Portugal esse valor único
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    singular que nunca morreu nunca se
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    apagou nunca se enfraqueceu chama
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    democra e vontade do
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    povo Então reconheçamos essa força vital
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    da democracia e tenhamos a humildade e a
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    inteligência de preferir sempre a
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    democracia mesmo imperfeita à
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    ditadura são democracias mesmo
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    inacabadas as sociedades mais fortes e
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    [Aplausos]
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    ambientalmente mais avançadas como são
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    as mais Livres mais plurais mais abertas
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    menos repressivas menos persecutórias
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    menos intolerantes
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    mais menos avessas à diferença mais
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    abertas a todos a mesmo a todos
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    incluindo aqueles que contestam no todo
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    ou em parte essa democracia as na
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    qualidade mais democráticas e menos
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    democrá
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    consa qualid económica social e cultural
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    no fundo igualdade mas ninguém quer
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    trocar uma democracia menos perfeita por
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    uma ditadura ainda que sedutora ou
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    escondida por detrás de liberais nós em
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    Portugal não
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    queremos é
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    qualidade política
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    excelências
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    portugueses comecei as minhas palavras
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    recordando o constituinte de 20 e Poucos
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    Anos que eu era a votar a 48 levantado
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    na última fila do hemiciclo além entre o
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    centro e a direita a Constituição da
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    República Portuguesa em
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    liberdade com uns a maioria esmagadora a
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    aprovarem
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    com outros em liberdade a rejeitarem
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    termino com uma memória uns anos mais
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    antiga no final dos anos 60 sentado na
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    terceira fila da galeria irónicamente
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    por detrás da futura bancada de
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    76 acompanhado de colegas estudantes
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    universitários olhando para os que
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    falavam e todos eles escolhidos um a um
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    por uma pessoa
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    e só ela Líder vitalício ou Líder sem
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    prazo do partido único não assumido aqui
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    chegados por vontade do chefe não pela
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    vontade do povo um hemiciclo tão
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    diferente tão oposto ao de 76 ou dos
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    últimos 50 anos ou de hoje um hemiciclo
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    de escolha Popular seria impossível de
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    encontrar em 35 em 45 em 55 em 65 em 24
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    de Abril de
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    74 definitivamente o caminho que
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    queremos Não é esse o da ditadura é
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    outro da Democracia mas o de cada vez
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    melhor muito melhor democracia pelo
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    futuro de Portugal Viva o 25 de Abril
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    viva a liberdade viva a democracia viva
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    Portugal
  • 00:25:36
    Muito obrigado
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