AMÉLIE POULAIN VAI FAZER DE VOCÊ UM HOMEM

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https://www.youtube.com/watch?v=3x8l-WECk7c

Sintesi

TLDRIn deze video wordt de film 'Le Fabuleux Destin d'Amélie Poulain' geanalyseerd als een metafoor voor persoonlijke groei en verbinding. De spreker bespreekt hoe de hoofdpersoon, Amélie, leert om moed, kracht en wijsheid te ontwikkelen door goede daden te verrichten en de behoeften van anderen te begrijpen. De video benadrukt dat zelfs in eenzaamheid en isolatie, het omarmen van avontuur en het helpen van anderen kan leiden tot positieve veranderingen in het leven. De spreker maakt ook vergelijkingen met andere films en biedt inzichten in de thema's van de film, zoals de impact van muziek en de rol van relaties.

Punti di forza

  • 🎬 'Amélie' als metafoor voor persoonlijke groei.
  • 💔 Eenzaamheid en de impact op relaties.
  • 🌍 Goede daden leiden tot positieve veranderingen.
  • 🧠 Begrijp de behoeften van anderen.
  • 🎶 Muziek versterkt de emotionele impact.
  • 📖 Vergelijkingen met andere films zoals 'Up'.
  • 💪 Moed en kracht zijn essentieel voor groei.
  • 🤝 Empathie als sleutel tot verbinding.
  • 🌱 Leer van Amélie's ervaringen.
  • 💡 Openheid voor verschillende perspectieven.

Linea temporale

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    In het begin van de video wordt de spreker geïntroduceerd, die zijn afwezigheid op Twitter bespreekt en de waarde van diversiteit in communicatie benadrukt. Hij verwijst naar de film 'Le Fabuleux Destin d'Amélie Poulain' als een manier om de verwarrende moderne mannelijkheid te verkennen. De spreker nodigt de kijkers uit om te leren van Amélie, die ondanks haar eenzaamheid en moeilijke jeugd, een positieve impact op de wereld om haar heen probeert te maken.

  • 00:05:00 - 00:10:00

    De spreker bespreekt de unieke esthetiek en de emotionele impact van de film 'Amélie', die in 2001 werd uitgebracht. Hij legt uit hoe de opening van de film de karakters en hun voorkeuren introduceert, wat later cruciaal zal zijn voor Amélie's ontwikkeling. De opening toont de eenzaamheid van Amélie en haar moeilijke relatie met haar ouders, wat leidt tot haar isolatie en de ontwikkeling van haar karakter.

  • 00:10:00 - 00:15:14

    In het vervolg van de video worden de lessen die Amélie leert besproken, zoals moed, kracht en wijsheid. De spreker benadrukt het belang van het begrijpen van anderen om hen te kunnen helpen. Amélie's acties leiden tot positieve veranderingen in haar leven en dat van anderen, wat de boodschap versterkt dat goede daden goede daden voortbrengen. De video eindigt met een oproep tot openheid en leren van verschillende perspectieven.

Mappa mentale

Video Domande e Risposte

  • Wat is de centrale boodschap van de video?

    De video benadrukt dat goede daden positieve veranderingen in het leven van mensen kunnen teweegbrengen, zoals geïllustreerd in de film 'Amélie'.

  • Hoe wordt de film 'Amélie' beschreven?

    De film wordt beschreven als uniek in zijn esthetiek en narratief, met een sterke focus op de emoties en de ontwikkeling van de hoofdpersoon.

  • Wat zijn de belangrijkste lessen die uit de film worden gehaald?

    Belangrijke lessen zijn moed, het omarmen van avontuur, en het begrijpen van de behoeften van anderen.

  • Hoe wordt de relatie tussen Amélie en haar ouders beschreven?

    Amélie had een afstandelijke relatie met haar ouders, wat bijdroeg aan haar eenzaamheid en sociale angst.

  • Wat is de rol van muziek in de film?

    De muziek in de film speelt een cruciale rol in het creëren van emotionele diepgang en het versterken van de thematiek.

  • Hoe verhoudt de opening van 'Amélie' zich tot andere films?

    De opening van 'Amélie' wordt vergeleken met die van 'Up', waarbij beide films emotionele impact hebben zonder dialoog.

  • Wat is de betekenis van de 'Triforce' in de context van de video?

    De 'Triforce' symboliseert de drie kwaliteiten van moed, kracht en wijsheid die in de video worden besproken.

  • Wat is de boodschap voor mannen in de video?

    De video moedigt mannen aan om te leren van Amélie's ervaringen en om empathie en verbinding met anderen te zoeken.

  • Waarom is de video provocerend voor sommige kijkers?

    De video daagt traditionele opvattingen over mannelijkheid en relaties uit, wat sommige kijkers kan irriteren.

  • Wat is de afsluitende boodschap van de spreker?

    De spreker moedigt openheid en het leren van verschillende perspectieven aan, vooral in verwarrende tijden.

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Sottotitoli
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    [Música]
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    Qual é o cara mais beta do Twitter na
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    sua opinião? Álvaro Borba. Mas acho que
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    ele não está aqui. Sou eu. E muito
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    obrigado, Gisele, pela foto em que eu
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    apareço vivendo. Coisa que fica muito
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    mais fácil quando a gente de fato não tá
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    no Twitter. Mas embora eu tenha saído do
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    Twitter, o Twitter não saiu de mim. Tem
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    gente por aí sentindo algum prazer
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    esquisito ao mear print desse tipo de
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    coisa. E sinceramente, eu não julgo. Se
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    faz bem para alguém e não faz mal para
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    mim, tá tudo certo. Aliás, tá mais do
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    que certo. É esse tipo de coisa que me
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    mantém em contato com as pessoas que são
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    diferentes de mim. É um canal de
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    comunicação aberto com essa diversidade
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    psicológica que existe nesse mundo. Uma
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    diversidade às vezes meio sombria, né?
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    Então é até uma coisa boa e eu quero
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    retribuir. Retribuir a ofensa não com a
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    ofensa, mas com a dubiedade, com a
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    confusão, com esse bait safado da capa,
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    que pode ser coisa séria ou irônica, né?
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    Sei lá. Então, hoje você vai aprender a
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    ser homem com o fabuloso destino de
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    Ameli Polan, que me disseram, me
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    disseram: "É só um filme de mulherzinha,
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    filme que eu adoro, aliás, eu sou árvore
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    e essa é a minha tentativa
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    descaradamente forçada de transformar o
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    filme de mulherzinha num manual de
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    autoajuda pra nossa masculinidade
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    confusa e perdida dos dias de hoje. Fala
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    comigo, seus Betos. Seguinte, chega aqui
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    que vou te ensinar a ser alfa. Eu te
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    amo, cara, mas não termina comigo por
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    conta disso. Já não quer transar comigo
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    agora? Vem querer terminar,
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    Vamos dar uma rapidinha antes da
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    minha mãe acordar. Dormi em casa. Não
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    tinha problema com isso. No outro
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    quarto. Era meu amigo. Era meu amigo.
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    [Música]
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    O fabuloso destino de Amelie Polan é um
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    filme com muita identidade. A estética é
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    bem diferente de qualquer coisa que
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    tivesse fazendo sucesso em 2001, que é o
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    ano em que o filme foi lançado. A trilha
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    sonora é lembrada até hoje. E alguma
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    coisa no ritmo desse filme também parece
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    muito diferente de qualquer outra coisa
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    que pudesse receber cinco indicações ao
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    Oscar, incluindo pro roteiro original,
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    que é o que dá ritmo, a cadência suave
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    que esse filme tem. Muito mais francesa
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    que Hollywoodiana essa cadência,
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    diga-se. Basta rever a sequência que
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    abre o filme. Não tem diálogo, é só uma
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    narração apresentando a história da Meli
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    e outros personagens que estão em volta.
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    O texto dá muito destaque pro que cada
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    um gosta ou desgosta. O pai dela gosta
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    de esvaziar a caixa de ferramentas,
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    limpar tudinho e depois guardar tudo de
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    novo. E ele detesta sentir a sunga
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    colando na pele quando ele sai da
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    piscina. Já a mãe da Ameli gosta de
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    esvaziar a bolsa dela, limpar e depois
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    colocar tudo dentro de volta. Ela não
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    gosta de sentir o rosto marcado pelo
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    travesseiro quando acorda. Essa abertura
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    mostrando do que cada um gosta e
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    desgosta vai fazer todo sentido mais
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    tarde, porque nesse filme a Ameli vai
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    aprendendo a descobrir o que cada um
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    gosta e desgosta, o que cada um precisa
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    e tem que evitar para viver melhor. Ao
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    longo do filme, ela vai descobrir essa
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    capacidade de identificar os desejos e
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    as repulsas dos outros e isso vai virar
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    um super poder de algum tipo para ela. A
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    gente até vai falar disso, mas só depois
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    de desse abertura bem direitinho. É que
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    na sequência de abertura a gente
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    descobre que a Ameli foi uma criança
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    muito sozinha e que o único amigo dela
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    era um peixe que a mãe jogou fora porque
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    esse peixe aí pulava do aquário de
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    quando em quando. Essa era a mãe da
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    Amelie, meio neurótica, perdia o
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    controle por causa de um peixinho
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    qualquer, esse tipo de gente. Já o pai
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    era um médico frio e distante, só
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    chegava perto da menina para fazer ali
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    uns exames de rotina. Aí, como ela não
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    tinha muito essa vivência do afeto, da
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    proximidade física, ela sentia o
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    coraçãozinho disparar. Nisso o pai
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    achava que ela tava doente. Piorou tudo,
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    né? A menina foi tratada como doente
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    cardíaca a vida inteira. E o resultado é
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    que ela acaba ainda mais isolada, né?
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    Sem amiguinhos, com uma relação distante
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    com os pais. Ela só podia ali brincar
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    com uma câmera, o que, como peixinho
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    também acabou não durando muito. Um
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    vizinho diz para ela que a câmera era
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    amaldiçoada. A cada foto um acidente. Aí
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    ela passou a acreditar que com a câmera
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    ela tinha provocado todas as tragédias
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    que se vê no noticiário. Eventualmente
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    ela descobre que não é bem assim, né? Aí
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    quando ela chega nessa verdade, ela se
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    vinga do vizinho, tira o acesso dele à
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    televisão. É uma vingança que ela comete
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    sozinha, né? Tudo que a Meli faz, ela
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    faz sozinha. E a vida fica ainda mais
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    solitária depois de uma sequência de
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    tragédias. é que alguém pula do topo da
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    catedral e essa pessoa cai justo em cima
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    da mãe dela. Ameli perde a mãe. Essa
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    cena mostra uma tragédia gerando a
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    outra. Alguém pula da catedral e por
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    tabela tira a vida de uma outra pessoa.
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    É absurdo, é bizarro, mas tem uma
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    mensagem: tragédia gera tragédia. Mais
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    tarde, o roteiro desse filme vai
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    reprisar essa mensagem com um tom bem
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    mais positivo e vai dizer pra gente que
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    boas ações geram boas ações. A sequência
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    de abertura termina aí e só depois disso
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    tudo a gente é apresentado ao presente
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    da Amelie, jovem. Ela é uma garçonete,
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    vive solitária, a pessoa mais próxima a
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    ela é aquele pai que no fundo não se
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    interessa por ninguém nem por nada na
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    vida. E essa abertura de Ameli Polan é
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    famosa por fazer com que o Beta e a
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    mulherzinha chorem muito nesse filme. Dá
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    para fazer um bom paralelo com a
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    sequência de abertura de Up da Pixar que
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    foi lançado 8 anos depois, em 2009. Em
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    up, a gente vê o cotidiano de um casal
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    começando a vida deles, tentando
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    construir alguma coisa para si mesmo,
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    tentando tirar algo de bom da vida,
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    vendo coisas boas e ruins se alternarem
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    de surpresa em surpresa até que esse
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    casal se desfaz e o marido fica viúvo.
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    Aí, só depois disso o filme começa
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    mostrando o presente do homem que viveu
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    aquela vida ali. Essa abertura de
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    Upamosa e muito comentada também.
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    Quantas aberturas de quantos filmes tem
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    sua própria página na Wikipédia? A
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    sequência aí tem até nome, chama Married
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    Life, Vida de Casado. E como a abertura
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    de Ameli Polan, essa abertura aí de Up
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    também não tem diálogo, só tem uma
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    música emotiva que ficou gravada na
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    cultura para sempre.
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    E o mesmo poderia ser dito da trilha da
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    [Música]
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    Amelie. Essas duas aberturas têm outra
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    coisa em comum, além da música emotiva e
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    da ausência de um diálogo. Elas fazem
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    chorar antes mesmo de mostrar os
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    acontecimentos trágicos. A morte da mãe
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    em Ameli e a morte da esposa em Up. Os
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    fóruns de discussão estão cheios de
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    gente, tentando entender como é que um
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    filme pode fazer chorar antes mesmo de
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    mostrar aquilo que de fato é triste. Eu
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    arriscaria dizer que as duas aberturas,
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    mostrando o cotidiano dos personagens ao
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    longo de vários e vários anos, fazem a
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    gente contemplar a vida como um todo.
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    São sequências que fazem a gente ver
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    tudo bem de longe, no sentido temporal.
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    Aí fica aquela sensação de, pô, a vida é
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    só isso, que também poderia ser a vida é
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    tudo isso, mas obviamente também tem
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    diferenças entre Up e Ameli. A abertura
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    de Upresenta um filme que rapidinho muda
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    de tom e vira uma aventura com momentos
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    muito frenéticos. Já a abertura de Ameli
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    não, ela apresenta um filme a sua imagem
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    e semelhança, porque depois dessa
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    abertura Ameli Polan passa a ter
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    diálogos. OK? Mas o sabor geral desse
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    filme não muda. E vai ver, o filme não
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    muda porque a protagonista também
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    continua a mesma. A Ameli jovem que
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    trabalha como garçonete continua sendo
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    como aquela criança abandonada. Ela não
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    se abre pro mundo porque sente que o
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    mundo também não se abre para ela. Mas
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    aí vem um acontecimento que na famosa
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    jornada do herói é conhecido como o
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    chamado aventura, aquele que tira a Meli
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    do mundo comum, um mundo que, aliás, não
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    tá muito bom para ela. Esse
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    acontecimento, como tudo no filme, é bem
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    singelo. Ela se assusta com uma notícia
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    na TV, se distrai. Aí as leis da física
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    fazem o resto. Uma pequena avaria no
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    rodapé do banheiro revela um tesouro
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    escondido por alguém que morou ali
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    naquele apartamento uns 40 anos antes. É
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    uma caixinha com lembranças de uma
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    infância que se foi. E essa é a primeira
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    lição que o Betinha aqui ousaria dizer
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    que todo Alfa deve aprender com Ameli.
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    Coragem, não recuse o chamado à
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    aventura. Porque a Amelie, nesse filme
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    de mulherzinha, ela não recusa ao
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    chamado, não. Ela resolve entregar o
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    tesouro pro dono. Ela quer fazer aquela
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    boa ação que pode gerar novas boas
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    ações. E para isso, ela tem que
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    interagir com outros seres humanos até
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    descobrir quem é o cara. Essa é uma
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    coisa muito difícil para essa moça que é
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    solitária e talvez até antissocial, mas
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    o desafio faz bem pra Ameli e ajuda ela
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    vencer essa timidez meio patológica que
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    é típica de quem passou a infância sendo
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    negligenciado. No caminho, a Ameli acaba
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    encontrando outros solitários como ela
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    que também podem se beneficiar da
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    companhia da Ameli. Ela resolve ser
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    legal com o mundo, o mundo começa a ser
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    legal com ela. E eu sei que, a princípio
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    essa coisa de ser melhor com os outros,
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    para receber o melhor dos outros parece
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    um exercício de fé, de abnegação, só que
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    tem uma certa lógica, né? Você é parte
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    inalienável do mundo que você habita.
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    Então, quando você se torna um pouquinho
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    melhor, o mundo melhora junto. Mais uma
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    lição aí pro nosso alfa. Lição da Ameli,
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    que tá sintetizada naquela famosa frase
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    do Gandhi, que a gente cita muito, mas
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    pratica pouco. Força, seja você a
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    mudança que você quer ver no mundo. E
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    olha que funciona, hein? Pelo menos no
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    filme, o cara para quem a Ameli devolve
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    a caixinha com as lembranças de infância
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    se emociona ao ver aquilo. Aí ele
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    resolve retomar o contato com a família,
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    com uma filha que ele tem, que sente a
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    falta dele. Então, o dono da caixinha se
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    beneficiou, a família dele se
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    beneficiou, a Ameli se beneficiou
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    também. E depois disso, pode ter
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    certeza, a Ameli não vai parar de tentar
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    ser o seu melhor e não vai parar de ser
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    retribuída pelo mundo também. Ela ajuda
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    um vizinho velhinho a pintar um quadro e
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    aí ela descobre alguma coisa, não apenas
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    sobre pintura, mas também sobre ela
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    mesma. Vai ajudar muito ela. A Amelia
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    ruma um romance para uma colega de
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    trabalho. Aí passa a trabalhar num
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    ambiente mais saudável por causa disso.
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    O mundo vai sabendo retribuir para Ameli
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    cada um dos atos de bondade dela. Mas o
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    negócio é que a Ameli não pode fazer o
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    melhor pelos outros sem primeiro
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    entender os outros. Lembra da abertura
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    do filme relatando que cada um gosta e
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    desgosta? A Meli tem que saber daquelas
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    coisas, tem que entender isso bem
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    direitinho. Ela tem que saber enxergar
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    as esperanças e os sonhos dos outros
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    para poder realizar essas esperanças e
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    esses sonhos. O pai da Ameli, por
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    exemplo, a princípio, ele parece um
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    sujeito que não se interessa por nada na
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    vida, só que com um olhar mais atento,
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    Ameli percebe que ele é obsecado por um
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    anão ou um gnomo ali do jardim. Ameli
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    rouba o gnomo, envia fotos desse gnomo
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    pro pai, o gnomo em tudo quant é lugar
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    do mundo. E aí tá feita a mágica aí na
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    vida desse homem. Agora ele tem um
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    mistério pelo qual se interessar, uma
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    coisa para entender, para resolver. Com
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    uma simples brincadeirinha meio inóqua,
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    ela deu sentido à vida desse cara. A
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    lição aqui é sobre enxergar aquilo que
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    os outros precisam. E nada pode ser mais
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    importante pro nosso
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    autoproclamado macho alfa que quer ser
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    um líder, que quer ser um provedor. Como
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    é que alguém pode liderar e prover sem
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    saber enxergar as necessidades dos
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    outros? Sabedoria. Quem só sabe de si,
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    sabe muito pouco. E note que as três
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    qualidades que foram atribuídas aqui, as
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    lições da Ameli, coragem, força e
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    sabedoria, correspondem aos três poderes
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    do Triforce, da franquia Zelda, num
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    claro sinal de que eu não tiro o meu
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    conhecimento dos manuais de autoajuda,
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    eu retiro meu conhecimento dos
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    joguinhos, eu sou um homem sério. Seja
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    como for, é esse olhar atento ao outro
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    que faz com que a Meli encontre alguém
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    igual a ela. Um cara que para fazer uma
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    boa ação, para devolver os pertences de
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    alguém, até chega a perder as próprias
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    coisas. Ele estaria se prejudicando se
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    ele não tivesse a certeza de que alguém
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    vai fazer por ele aquilo que ele já fez
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    por alguém. Conclusão, quando era
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    triste, solitária, a Amelia até poderia
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    ter ido direto atrás de um cara
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    igualzinho a ela. Só que se ela fizesse
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    isso, ia rolar, talvez um relacionamento
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    disfuncional entre dois deprimidos, um
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    inflando a mágoa do
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    outro. Mas não quis o fabuloso destino
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    que a Melis se colocasse no caminho da
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    grandeza. E aí, por sorte ou por justiça
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    cósmica, vai saber, ela acaba
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    encontrando alguém que é parecido não
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    com aquilo que ela era, mas com aquilo
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    que ela gostaria de ser. Essa me parece
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    uma mensagem valiosa para qualquer um
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    que não tem a arrogância de se
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    considerar perfeito e em não se
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    considerando perfeito, queira melhorar.
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    Nada mal para um filme de mulherzinha.
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    [Música]
  • 00:14:30
    Muito obrigado por ver esse vídeo até o
  • 00:14:32
    final e um agradecimento especial a você
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    que pensa de maneira muito diferente
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    dessa exposta aí no vídeo, pode até se
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    sentir provocado por esse texto, mas que
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    apesar disso chegou até aqui. Olha, isso
  • 00:14:48
    diz uma coisa muito boa a seu respeito.
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    Você continua com a cabeça aberta, que a
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    gente sempre possa aprender junto,
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    porque sinal dos tempos estamos todos
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    meio confusos, não é mesmo?
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    [Música]
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    Valeu, listen. M.
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