Revisão Formação da sociedade brasileira.

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https://www.youtube.com/watch?v=JiLKA59nmzw

Sintesi

TLDRO vídeo explora as análises de Sérgio Buarque de Holanda e Gilberto Freyre sobre a colonização do Brasil, destacando a complexidade cultural e racial da sociedade portuguesa e sua influência na formação da sociedade brasileira. Ambos autores discutem a dificuldade de colonização devido à pequena população portuguesa e à falta de organização estatal. Freyre enfatiza a miscigenação e a abertura dos portugueses para relações com indígenas e africanos, enquanto Buarque analisa o personalismo e a centralidade dos desejos individuais na formação do Estado brasileiro, que se desenvolveu de maneira autoritária e antipolítica. O vídeo conclui que, apesar das violências da colonização, uma sociedade harmônica emergiu, refletindo a diversidade racial e cultural do Brasil.

Punti di forza

  • 📚 Análise de Sérgio Buarque e Gilberto Freyre sobre a colonização do Brasil.
  • 🌍 Dificuldades de colonização devido à pequena população portuguesa.
  • 🤝 Abertura dos portugueses para a miscigenação com indígenas e africanos.
  • 🏛️ Personalismo como central na formação do Estado brasileiro.
  • ⚖️ Crítica ao Estado brasileiro por ser antipolítico e autoritário.
  • 💔 Violência da colonização e suas consequências sociais.
  • 🌈 Sociedade brasileira como harmônica, apesar das violências.
  • 📖 Importância da análise cultural e racial na formação da sociedade.
  • 🧬 Influência da diversidade cultural na identidade brasileira.
  • 🔍 Reflexão sobre a história e suas implicações atuais.

Linea temporale

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    O vídeo discute a relação entre os autores Sérgio Buarque de Holanda e Gilberto Freire, focando na colonização do Brasil e as dificuldades enfrentadas devido à geografia e cultura. Ambos os autores destacam a complexidade da sociedade portuguesa e sua influência na formação da sociedade brasileira, enfatizando a falta de uma organização estatal racional durante o processo de colonização.

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    Os autores abordam a miscigenação como um elemento central na colonização, destacando que os portugueses, ao chegarem ao Brasil, já eram uma população miscigenada e estavam abertos a interações com indígenas e africanos. Essa abertura para a mistura racial é vista como um fator importante na formação da identidade brasileira, contrastando com a rigidez racial de outras nações europeias.

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    A análise de Gilberto Freire sobre o personalismo português revela uma sociedade onde as relações sociais eram baseadas em laços afetivos e individualismo, resultando em uma estrutura social complexa. Os grandes engenhos funcionavam como microcosmos autônomos, refletindo a centralidade da esfera privada em detrimento da esfera pública na formação do Estado brasileiro.

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    Sérgio Buarque de Holanda discute a dificuldade de estabelecer um Estado moderno no Brasil devido à predominância do personalismo e à falta de uma lógica impessoal nas relações sociais. Ele argumenta que a história política do Brasil é marcada por autoritarismo e mandonismo, resultantes da herança cultural da colonização e das relações de poder entre senhores de engenho e escravizados.

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    Por fim, o vídeo contrasta as visões de Freire e Buarque sobre a sociedade brasileira. Enquanto Freire vê a violência da colonização como um fator que, paradoxalmente, contribuiu para uma sociedade harmônica e democrática do ponto de vista racial, Buarque critica essa visão, apontando que a estrutura social brasileira impede o desenvolvimento de um Estado democrático baseado em leis e igualdade.

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Video Domande e Risposte

  • Qual é o foco principal do vídeo?

    O vídeo discute as análises de Sérgio Buarque de Holanda e Gilberto Freyre sobre a colonização do Brasil.

  • Quais autores são mencionados no vídeo?

    Sérgio Buarque de Holanda e Gilberto Freyre.

  • Como a colonização portuguesa é caracterizada?

    É caracterizada pela dificuldade devido à pequena população e falta de organização estatal.

  • Qual é a visão de Gilberto Freyre sobre a miscigenação?

    Freyre enfatiza a abertura dos portugueses para relações com indígenas e africanos, promovendo a miscigenação.

  • O que Sérgio Buarque diz sobre o personalismo?

    Buarque analisa o personalismo como central na formação do Estado brasileiro, que se desenvolveu de maneira autoritária.

  • Como a violência da colonização é interpretada por Freyre?

    Freyre argumenta que, apesar da violência, uma sociedade harmônica emergiu, refletindo a diversidade racial.

  • Qual é a crítica de Buarque sobre o Estado brasileiro?

    Buarque critica o Estado brasileiro por ser antipolítico e autoritário, refletindo os desejos individuais dos proprietários.

  • O que significa 'homem cordial' segundo Buarque?

    Refere-se à centralidade das relações afetivas e pessoais na sociedade brasileira.

  • Como a colonização afetou a estrutura social brasileira?

    A colonização resultou em uma estrutura social marcada por relações pessoais e autoritárias.

  • Qual é a conclusão do vídeo sobre a sociedade brasileira?

    A sociedade brasileira é vista como harmônica, apesar das violências e antagonismos da colonização.

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    E aí,
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    gente, tudo bem? Vamos falar um
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    pouquinho
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    sobre Sport de Holanda
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    e e Gilberto Freire, né, no sentido de
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    ajudar vocês a
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    a na atividade de amanhã, porque
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    infelizmente hoje não
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    teve não
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    teve tava suspenso todas as atividades
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    por causa
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    da do falecimento da Luna, né, do TSI,
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    né? Então vamos nessa, né?
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    Eh, em certo ponto, eh, os dois autores,
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    eles partem de uma de uma análise em que
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    aponta a dificuldade de de colonização
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    que foram postas
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    pela geograficamente, culturalmente,
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    etnicamente, né, de um país e de uma
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    população muito pequena, né, que veu
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    para cá, né, população diminuta,
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    segundo,
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    principalmente, é, os dois né, de certa
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    forma dizem que não houve uma uma
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    organização racional por parte do
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    estado, né, que
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    que depois a gente vai
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    ver de alguns autores que que pensou em
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    forma diferente, né, mas que nesse
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    sentido, dada a essa problemática, né,
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    foi um desafio muito grande. E esse
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    processo de constituição de um de
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    um de um país, né, do tamanho do Brasil,
  • 00:01:31
    do ponto de vista colonia populacional,
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    foi um feito que os dois chamam a
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    atenção, né? Um de uma forma mais, vamos
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    dizer assim, mais positiva e outro de
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    uma forma mais negativa, mas que ele eh
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    de certa forma ele vai apontar esse
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    fato, né? Então, eh o problema do
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    desafio foi esse, né? como colonizar e
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    dessa forma vão se desdobrar várias
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    outras outras determinações, né, outras
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    explicações para esse processo, né?
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    Quais são os outros elementos, né? Os
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    outros elementos são próprios
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    da dos aspectos culturais de Portugal,
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    né? Principalmente sua
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    posição geográfica, né? da lá na ponta
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    da Europa, hum, na ponta oeste da
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    Europa, né, de uma proximidade muito
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    grande com a África, né, de uma
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    dominação muito grande que a península
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    sofreu dos povos islâmicos. Então, tudo
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    nesse sentido levou uma uma construção
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    de a sociedade já marcadamente complexa
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    do ponto de vista racial e cultural, né,
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    que vai ser apontada por por ambos os
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    autores como construindo uma sociedade
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    que não se fundamentava numa orgulho de
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    raça, né, um orgulho de raça branco, né,
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    eles eram mais, vamos dizer assim, que
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    eram mais africanos do que europeu.
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    chegou a dizer, acho que foi Saark, né?
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    Mas os dois se aproximam dessa dessa
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    interpretação e e Gilberto Freire fala
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    que a própria a própria proximidade com
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    com o continente africano fez com que eh
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    os os portugueses amolecessem, né, no
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    sentido de não tivessem a rigidez da
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    organização social dos outros países
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    europeus, como a Alemanha, né, o que
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    vedere ser a Alemanha, né, a Inglaterra,
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    a França, etc., né? Então, ambos vão
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    passar, vão pontuar isso, né?
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    Gilberto Feri vai falar que Portugal
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    plans são territórios pontos, né, que
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    com alguns outros, né, que a Europa,
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    territórios em que a Europa se
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    se fez, né, um um ou a Europa eh
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    experimentou um processo de intercâmbio
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    cultural, né, com dos povos, né, isso
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    fez com que houvesse, obviamente uma
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    construção de uma sociedade mais
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    complexa nesse sentido, né? e dessas
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    determinações, olha, dessa proximidade
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    com a
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    África, desse da característica da Presa
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    Ibérica como território ponte, né, desse
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    processo de de dominação dos islâmicos
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    durante séculos, né, na Prensa,
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    propiciou uma organização social,
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    econômica, política, cultural,
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    religiosa, muito particular que foi a
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    Península Ambérica, principalmente
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    Portugal. Beleza? Então, é um país
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    minúsculo que teve que que colonizar um
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    território muito amplo, mas que eles já
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    tinham essas determinadas
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    características, né? E Gilberto Feira
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    vai apontar fatores muito interessantes,
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    né? Que a própria abertura para a
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    missigenação, né? Se eles vieram já
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    misturados, missigenados, né? Eles
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    quando eles vieram aqui, eles não
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    acharam nenhum tipo de dificuldade para
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    ter nenhum tipo de relações e de
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    natureza sexual com as indígenas que
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    aqui já habitavam, com as negras
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    africanas que que vinham, né? Então, a
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    centralidade desse processo vai ser
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    muito grande, né? Dessa ausência de
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    essas são palavras que disseram board,
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    dessa ausência de orgulho de raça faz
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    com que eles estejam abertos para se
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    misturar, para se missigenar. fato
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    importantíssimo no processo de ocupação
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    e colonização no Brasil, né?
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    Eh, tem uma temve uma pesquisa, acho que
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    da August, né, recentemente que falou
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    que o Brasil é o país mais missionado do
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    mundo e ocorreu a maior grau de
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    missigenação, né? Foi um resultado de
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    uma pesquisa que foi tem uns umas três
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    semanas, no máximo um mês, né? E esse
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    processo eles vão ser explicado pelos
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    seus dois atores, dos autores nesse
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    sentido, né? ele já, os portugueses já
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    tinham essa abertura, não, não era muito
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    eh vinculado essa questão do orgulho
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    racial como os franceses, como os
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    ingleses, de fazer uma separação, né, de
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    entre os brancos e os não brancos. Então
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    houve essa possibilidade,
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    né, essa mobilidade, né, essa essa
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    mobilidade do ponto de vista geográfico,
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    né, que ferei também vai apontar, né,
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    que os portugueses vão ser os pioneiros
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    nesse processo, né, e a própria e talvez
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    essa quando ele fala dessa proximidade
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    com a África, quando com quando ele fala
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    que Portugal eh ela mais eh África do
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    que Europa, talvez
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    e e também pelo fato de Portugal já ter
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    experimentado a dominação em alguns
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    tipos de feitorias, né, lá no continente
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    africano, principalmente na ilha de
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    Açores, né, então já tinha algum tipo de
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    de, vamos dizer assim, de uma herança
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    cultural, de aguentar
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    uma realidade climática, geográfica
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    muito diferente, né? Então vai ser outro
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    ponto interessante, apesar dessa
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    adversidade climática, né, eles eles já
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    tinham uma, vamos dizer assim, uma
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    experiência social de ocupação de outros
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    lugares, né, principalmente a ilha de
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    Açores, né? Então são esses elementos
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    que não são os elementos
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    eh principais ou é talvez principais, o
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    ponto de partida da análise tanto de de
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    Gilberto Ferreira quanto de Sérgio
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    Boarque, né? Imagilberto eh Sajuba, ele
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    vai trazer alguns outros elementos muito
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    importantes na análise, principalmente
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    na questão do personalismo, né?
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    Personalismo que era próprio
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    da dos portugueses, essa autonomia
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    individual, né? Esse valor extremado que
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    o indivíduo tem, em contraposição, a
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    própria realidade social, próprias
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    estruturas social, os laços sociais, né?
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    Lembram quando eu perguntei sobre o
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    Katesla, né? né? Falando que a frustidão
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    dos laços sociais,
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    então as os grandes engenhos, eles
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    acabavam sendo um universo complexo,
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    fechado em si mesmo, né? Que lá tinha eh
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    as catedrais para os cultos religiosos.
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    Lá eles também tinham um banco, segundo
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    Gilberto Freire, né? Tinham bancos
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    dentro dos
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    dos das dos grandes
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    latifúndios, né?
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    Mais outra coisa,
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    eh, havia também, não vou dizer uma
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    autossuficiência, mas havia uma
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    completude nas atividades econômicas,
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    apesar de que as outras atividades
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    econômicas elas estavam sempre
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    subordinadas ao plantil de cana de
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    açúcar e a outras culturas agrícolas,
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    né? Então essas esses latifúos eram como
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    se fosse microcosmos, era como se fosse
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    pequenas repúblicas autônomas com suas
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    próprias leis e regras, né, né?
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    um latifúo que que porventura existia lá
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    na Bahia, tinha suas próprias regras,
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    tinha suas próprias autonomias e o
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    senhor de Enginho era chefe absoluto. O
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    mesmo acontecia no Rio de Janeiro ou
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    posteriormente no Rio de Janeiro, mesmo
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    acontecia em Recife, mesmo acontecia,
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    por exemplo, no Mar, etc., né?
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    Então, esse personalismo, essa, vamos
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    dizer, essa centralidade da dos desejos
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    dos indivíduos, esse individualismo
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    extremado, né, que que Sérgio Boarque
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    vai contar como sendo uma característica
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    por excelência do povo português e que
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    de certa forma os portugueses antecipam
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    algumas características do moderno
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    capitalismo que se desenvolveu na Europa
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    a posterior, vai ser de profunda
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    importância nesse processo
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    de eh reestruturação da colonização no
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    Brasil e Portugal em alça no Brasil, né?
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    Porque ele vai explicar naquele na nesse
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    sentido de que esse
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    personalismo, né, aliado a uma falta de
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    organização por parte do Estado em
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    desenvolver a colonização do Brasil, que
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    fez com que os entes privados, as
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    famílias principalmente fossem o centro
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    irradiador desse processo de
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    colonização, fizesse com que houvesse
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    uma importância política, econômica,
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    social daquelas famílias. as
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    particulares no processo de
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    desenvolvimento do Brasil, não? Então, a
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    esfera privada, como reiteradas vezes
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    falei com vocês, a esfera privada, ela
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    vai ter uma hipertrofia muito grande em
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    relação à esfera pública, né? Então, a
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    esfera privada vai ser essa essa esfera
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    que vai ter a centralidade de um
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    determinado grau de
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    afetividade, né? A família é o espaço,
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    em tese, né, família seria o espaço da
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    efetividade, né, seria o espaço das
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    vontades privadas, né? Isso é que vai
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    caracterizar o próprio desenvolvimento
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    do Estado brasileiro para o processo de
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    colonização que vai desembocar uma
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    realidade social que Sérgio Boarque vai
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    chamar de uma de uma estrutura social e
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    política, de uma estrutura social,
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    econômica e política profundamente
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    antipública, profundamente
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    antipolítica. Hum.
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    Em paralelo a isso, ele vai tentar
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    explicar esse processo de colonização
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    com aquelas duas grandes dicotomias, com
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    aquelas duas grandes tipologias ideais,
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    né? Olunda da do pensamento sociológico
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    de Weber, que é o tipo do aventureiro, o
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    tipo do trabalhador. O tipo do
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    aventureiro, aquele tipo que busca
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    através de um trabalho sistemático
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    racional, né, através de um cálculo, né,
  • 00:11:39
    eh, a produção de riqueza, né, forma que
  • 00:11:44
    vai ser vai se desembocar no moderno
  • 00:11:47
    capitalismo eh ocidental para Marx V,
  • 00:11:51
    né? os portugueses, eles tinham essa,
  • 00:11:54
    vamos dizer assim, essa essas
  • 00:11:56
    características superindividuais do tipo
  • 00:11:59
    aventureiro, né? E você aliando essa
  • 00:12:02
    questão do
  • 00:12:03
    personalismo, né? E do tipo aventureiro,
  • 00:12:06
    o tipo aventureiro, ele vai ser um tipo
  • 00:12:09
    corajoso, um tipo responsável, né? E
  • 00:12:12
    corajoso e irresponsável, principalmente
  • 00:12:15
    o adjetivo de corajoso, né? foi de
  • 00:12:17
    superma importância para que os
  • 00:12:18
    português saíssem da Península Ibérica e
  • 00:12:22
    viessem colonizar o Brasil, né? Um ato
  • 00:12:25
    de extrema violência. Então, esse tipo
  • 00:12:28
    aventureiro
  • 00:12:29
    que nos em determinados pontos ele vai
  • 00:12:32
    ter algumas características negativas
  • 00:12:34
    como a como a lógica do do enriquecer
  • 00:12:37
    sem trabalhar, né? E isso vai dar tem
  • 00:12:41
    algumas outras consequências pra
  • 00:12:42
    sociedade brasileira nesse sentido, né?
  • 00:12:47
    Eh, por outro lado, tem essa
  • 00:12:49
    característica positiva, né? Eles se
  • 00:12:51
    tinham embuídos de um de de uma coragem
  • 00:12:55
    e essa coragem foi a mola, uma das molas
  • 00:12:58
    médicas que propiciou essa esse processo
  • 00:13:01
    de colonização. Isso tudo ainda em
  • 00:13:03
    Gilberto Freire perdão, que Gilberto
  • 00:13:05
    Freire, gente, em Séja Boarque de
  • 00:13:07
    Holanda. Isso, em Sérgio Boarque de
  • 00:13:09
    Holanda.
  • 00:13:10
    Personalismo, uma característica bem
  • 00:13:13
    particulars. Essa explicação sobre a
  • 00:13:15
    individual do desenvolvimento das
  • 00:13:17
    diferentes sociedades na colonização
  • 00:13:19
    brasileira vai ser o tipo aventureira,
  • 00:13:22
    né? E como você retoma essa discussão do
  • 00:13:26
    personalismo, da centralidade, das
  • 00:13:28
    características afetivas do processo de
  • 00:13:31
    sociabilidade mais geral, você vai
  • 00:13:33
    entender que tem uma enorme teve uma
  • 00:13:37
    enorme dificuldade de e ainda tem, né?
  • 00:13:39
    de se desenvolver um estado brasileiro
  • 00:13:42
    baseado numa lógica da impessoalidade,
  • 00:13:45
    né? O estado, ele vai falar que o estado
  • 00:13:47
    é a negação dessa desses interesses
  • 00:13:50
    privados oriundos da família. Quando se
  • 00:13:53
    desenvolve o estado há um processo de
  • 00:13:55
    ruptura, né? vai falar o estado se
  • 00:13:57
    desenvolve se desenvolve como um
  • 00:13:59
    processo de ruptura e que em muitos
  • 00:14:02
    casos históricos, ele vai apontar também
  • 00:14:04
    em muitos momentos históricos, essa
  • 00:14:05
    ruptura, ela se deu através de guerras,
  • 00:14:09
    de conflitos sangrentos, né? Porque o
  • 00:14:12
    estado pressupõe uma
  • 00:14:15
    determinada impessoalidade, né? Um
  • 00:14:17
    determinado
  • 00:14:19
    eh, vamos dizer, uma superação das
  • 00:14:22
    paixões individuais, né? Então é como se
  • 00:14:25
    você tivesse falando
  • 00:14:27
    como abstratamente fazendo uma
  • 00:14:30
    comparação, é como tivesse uma pessoa
  • 00:14:33
    que vem de fora, que tivesse vindo de
  • 00:14:37
    fora dentro de um latifúndio, grande
  • 00:14:40
    latifúndio, aquele período, falasse
  • 00:14:41
    assim: "Fulano de tal, você como seor de
  • 00:14:44
    engên agora vai ter que obedecer
  • 00:14:46
    determinadas leis que e essas leis em
  • 00:14:49
    alguns momentos vão impor limites ou
  • 00:14:52
    quçar prejudicar alguns pontos.
  • 00:14:55
    né, alguns
  • 00:14:57
    desejos
  • 00:15:00
    individuais. Mas nesse sentido, em
  • 00:15:02
    alguns momentos ocorreram, em muitos
  • 00:15:04
    momentos ocorreram essa essa ruptura,
  • 00:15:07
    essas guerras que é um é é no momento
  • 00:15:11
    histórico se que se desenvolve o estado,
  • 00:15:14
    né?
  • 00:15:16
    Então, Sérgio Barque de Holanda, ele vai
  • 00:15:17
    apontar essa problemática do Brasil,
  • 00:15:19
    esse problema do Brasil, essa
  • 00:15:20
    importância do personalismo, essa
  • 00:15:22
    importância das dos desejos individuais
  • 00:15:26
    que são um impecío para se desenvolver
  • 00:15:28
    um estado moderno, um estado democrático
  • 00:15:31
    de direito, né, que é a car uma das
  • 00:15:35
    características centrais da própria
  • 00:15:36
    modernidade burguesa, né? Então, eh, o
  • 00:15:40
    estado ele nunca, no Brasil, paraí, ele
  • 00:15:43
    nunca vai ter, vai se desenvolver no
  • 00:15:46
    sentido do desenvolvimento, por exemplo,
  • 00:15:48
    do da tradição dos Estados Unidos, da
  • 00:15:51
    tradição burguesa ou francesa, tá certo?
  • 00:15:55
    E ele vai apontar isso com a grande
  • 00:15:57
    debilidade do próprio desenvolvimento da
  • 00:15:59
    sociedade brasileira, na formação da
  • 00:16:01
    sociedade brasileira. Perceberam?
  • 00:16:04
    E por fim, ele vai falar sobre a cereja
  • 00:16:07
    do bolo dele, vai ser sobre o homem
  • 00:16:08
    cordial, questão da cordialidade, né? A
  • 00:16:11
    questão da cordialidade nada mais, nada
  • 00:16:13
    menos do que é essa quase que essa
  • 00:16:16
    transposição do personalismo que
  • 00:16:19
    caracterizava lá os portugueses quando
  • 00:16:22
    vieram para a realidade social
  • 00:16:24
    brasileira, para a estrutura social
  • 00:16:25
    brasileira. Personalismo significa
  • 00:16:28
    afetividade, significa desejos íntimos,
  • 00:16:31
    significa que a gente se comporta
  • 00:16:35
    basicamente através de comportamentos de
  • 00:16:38
    natureza
  • 00:16:39
    afetiva. E afetiva, como sempre te
  • 00:16:42
    expliquei, né? Afetiva não significa tão
  • 00:16:44
    somente comportamentos bondosos,
  • 00:16:47
    amorosos, hospitaleiros, etc. Mas
  • 00:16:48
    efetividade significa a negação de uma
  • 00:16:52
    de relações sociais baseadas numa
  • 00:16:55
    racionalidade, em uma impessoalidade.
  • 00:16:58
    Nós somos irracionais, né? Nós somos
  • 00:17:02
    afetivos, né? Calorosos, né? Nossas
  • 00:17:05
    relações sociais são fundamentadas, se
  • 00:17:08
    baseiam na centralidade de nosso
  • 00:17:10
    coração. Então, pode ser positivo pode
  • 00:17:12
    ser negativo, né? Uma roubo de de
  • 00:17:14
    violência, né? De raiva, etc. Então é
  • 00:17:18
    nesse sentido, o homem cordial vai ser o
  • 00:17:20
    desenvolvimento lógico de tudo do que
  • 00:17:23
    Sérgio Parco de Holanda tava falando
  • 00:17:25
    anteriormente, né? Gilberto Freire vai
  • 00:17:27
    muito por esse lado. Gilberto Freir vai
  • 00:17:29
    falar sobre a poligamia, a importância
  • 00:17:31
    da poligamia, a importância da
  • 00:17:33
    missiginação, a importância da
  • 00:17:35
    mobilidade geográfica do português, né?
  • 00:17:38
    Vai concordar de ou na verdade não é
  • 00:17:41
    Gilberto Frei que concorda com Sérgio
  • 00:17:43
    Boarque, né? que Gilberto Freezco,
  • 00:17:45
    credencializada antes de Gilberto de
  • 00:17:47
    Sérgio Boarque, né? Sérgio Boarque vai
  • 00:17:49
    concordar de certa maneira com Gilberto
  • 00:17:51
    Freir que a própria colonização
  • 00:17:52
    brasileira excedeu para além da
  • 00:17:54
    organização racional do estado, né?
  • 00:17:56
    Esses entes privados eles aqui eles
  • 00:17:59
    conseguiram acumular um poder muito
  • 00:18:02
    grande na no próprio processo de
  • 00:18:04
    desenvolvimento da sociedade brasileira,
  • 00:18:06
    tal como o Sérgio
  • 00:18:07
    Barquá questa do personalismo, etc. Tá
  • 00:18:11
    certo, gente? Então ele vai falar que
  • 00:18:13
    dentro dessa
  • 00:18:15
    estrutura privada da família, né, e as e
  • 00:18:20
    as relações sociais mais amplas, né,
  • 00:18:23
    como, por exemplo, as relações sociais
  • 00:18:26
    do estado, né, no Brasil, ele vai se
  • 00:18:29
    desenvolver quase que como uma
  • 00:18:31
    transposição direta entre os desejos
  • 00:18:34
    individuais, as emoções individuais dos
  • 00:18:36
    grandes proprietários de terras vai ser
  • 00:18:40
    transpostas para a esfera pública.
  • 00:18:42
    Então, eh, Gilbet Fre também vai apontar
  • 00:18:46
    essa indefinição, essa, vamos dizer
  • 00:18:49
    assim, essa interseção, né, dos desejos
  • 00:18:55
    individuais
  • 00:18:56
    enquanto organização da estrutura social
  • 00:19:00
    mais ampla do Estado, né?
  • 00:19:03
    Então o
  • 00:19:05
    estado se desenvolveu no sentido do dos
  • 00:19:08
    Estados Unidos, novamente no sentido da
  • 00:19:10
    Inglaterra, da França e de outros
  • 00:19:12
    países, né? Em tese, fazendo esse para
  • 00:19:15
    essa análise comparativa, mas o estado
  • 00:19:17
    brasileiro vai ser uma expressão
  • 00:19:19
    política do desejos individuais desses
  • 00:19:21
    grandes senhores de engêno, desses
  • 00:19:24
    grandes produtores
  • 00:19:26
    rurais, né? Então, quando ele vai
  • 00:19:29
    discutir aquela questão do sadismo, né,
  • 00:19:33
    a questão do sadomasoquismo que
  • 00:19:37
    vai fundamentar as relações na no âmbito
  • 00:19:41
    privado, no âmbito da casa grande da
  • 00:19:43
    Cizar, desse espaço privado, né, o o
  • 00:19:46
    sadismo, essa vontade de de que ter seus
  • 00:19:50
    desejos obedecidos por
  • 00:19:52
    ordens, o sadismo dos portugueses e o
  • 00:19:56
    masoquismo, essa vontade de obedecer,
  • 00:19:59
    né, das indígenas, das dos negros e
  • 00:20:02
    negras, né, escravizados. ele vai se
  • 00:20:05
    transpor para o plano
  • 00:20:08
    político com a categoria do mandonismo,
  • 00:20:11
    né? Mandonismo, autoritarismo, né? Ele
  • 00:20:14
    tá falando nesse sentido, nas formas de
  • 00:20:16
    dominação política baseadas em uma
  • 00:20:20
    autoridade que não é eleita
  • 00:20:23
    democraticamente. as relações políticas
  • 00:20:26
    no Brasil, dada essa essa profunda esse
  • 00:20:29
    profundo
  • 00:20:31
    enraizamento, né, das relações marcadas
  • 00:20:35
    pela violência e pelos desejos
  • 00:20:38
    individuais, pessoais dos grandes
  • 00:20:40
    proprietários de terras, né, ele vai se
  • 00:20:44
    desenvolver com com a lógica do Estado
  • 00:20:47
    que vai se centralizar na questão do
  • 00:20:49
    mandonismo, do autoritarismo. E ele vai
  • 00:20:52
    dizer que essa permanência, essa
  • 00:20:56
    perenidade dos governos autoritários, na
  • 00:20:59
    verdade é a própria herança cultural
  • 00:21:01
    desse período, né? Então os próprios
  • 00:21:04
    brasileiros estão acostumados, né? como
  • 00:21:06
    se uma explicação dele que é que eu acho
  • 00:21:09
    muito problemática, como se os
  • 00:21:10
    brasileiros estivessem acostumados a se
  • 00:21:12
    relacionar de forma subserviente, de ter
  • 00:21:15
    uma
  • 00:21:16
    autoridade masculina que mandasse sobre
  • 00:21:19
    ele e que politicamente a gente
  • 00:21:21
    aceitasse isso e mais do que aceitasse a
  • 00:21:23
    gente desejasse formas de governos de
  • 00:21:27
    natureza autoritária. Então ele tá
  • 00:21:29
    falando nesse sentido, tá certo?
  • 00:21:34
    Em alguns pontos, em muitos pontos,
  • 00:21:37
    essas interpretações tanto de Gilberto
  • 00:21:40
    Feira quanto Sérgio Bar de Horlando, ele
  • 00:21:41
    ele vão
  • 00:21:43
    ter conceitos parecidos, lógicas
  • 00:21:46
    parecidas, né, principalmente nessa
  • 00:21:52
    questão
  • 00:21:54
    da centralidade dos desejos individuais
  • 00:21:57
    dos grandes proprietários de ternos, né,
  • 00:22:01
    o personalismo que vai desocar
  • 00:22:04
    em Gilberto Freire, a transformação do
  • 00:22:06
    ponto de vista das rações eh privadas do
  • 00:22:09
    céu do mazoquismo no mandismo,
  • 00:22:11
    mandonismo, perdão, mandonismo político
  • 00:22:14
    dos agentes de governo autoritários, né,
  • 00:22:17
    que vão significar que os desejos
  • 00:22:20
    privados eles não têm nenhum freio,
  • 00:22:24
    né? Beleza? freio no sentido de que,
  • 00:22:27
    novamente voltando ao exemplo de de um
  • 00:22:30
    de uma pessoa hipotética, de um ít
  • 00:22:32
    hipotético falar o seguinte: "Você não
  • 00:22:34
    pode se comportar dessa maneira, né? Não
  • 00:22:37
    há limites, né? Então, a sociedade
  • 00:22:40
    brasileira trabalhou nesse sentido, só
  • 00:22:42
    que em Gilberto Freir, ele não vai
  • 00:22:45
    discutir essa questão do estado
  • 00:22:48
    burocrático patrimonialismo, que é mais
  • 00:22:50
    além de Gilberto Fre de Sérgio Boarque,
  • 00:22:54
    Sérgio
  • 00:22:55
    Boarque, que tá muito embuído de uma
  • 00:23:00
    herância do pensamento de Max Weber, o
  • 00:23:03
    desenvolvimento da sociologia
  • 00:23:05
    compreensiva de Max Web. Gilberto Fire
  • 00:23:07
    vai por outro caminho, né? Gilberto Fire
  • 00:23:10
    vai explicar que com toda essa
  • 00:23:12
    violência, com todas essas relações
  • 00:23:15
    violências, com a violência extremada do
  • 00:23:17
    colonizador português, ele vai apontar
  • 00:23:20
    tudo isso. Incrível. para apontar tudo
  • 00:23:22
    isso, mas para no final e falei falar
  • 00:23:25
    com toda essa violência, com tudo isso,
  • 00:23:28
    essa polamia,
  • 00:23:31
    essa essa inexistência de um de um de um
  • 00:23:36
    de um orgulho de raça, esse termo
  • 00:23:38
    é de Sérgio Bar,
  • 00:23:42
    mas Sérgio Freiva nesse sentido também,
  • 00:23:45
    nessa ausência de raça, nessa abertura
  • 00:23:47
    para a missão, se produz produziu um
  • 00:23:51
    país estável e que se fundamentava numa
  • 00:23:54
    lógica democrática, numa lógica da
  • 00:23:57
    democracia racial, né? Ele tá falando
  • 00:23:59
    que essa violência, mas essa essa
  • 00:24:04
    violência, né, de do senhor degenho para
  • 00:24:09
    conos que primeiramente foram
  • 00:24:11
    escravizados, os negros que foram
  • 00:24:13
    escravizados, negros negros que foram
  • 00:24:14
    escravizados, essa
  • 00:24:16
    violência, né, essa relação violência,
  • 00:24:19
    essa relação sexual
  • 00:24:22
    violenta, ela não produziu no
  • 00:24:25
    separatismo, pelo contrário, ela vai
  • 00:24:28
    produzir
  • 00:24:29
    em
  • 00:24:32
    proximidade. A gente vai falar que essa
  • 00:24:33
    violência, essa abertura para uma
  • 00:24:36
    família polégama Rilberto Fre para a
  • 00:24:40
    possibilidade da existência do da
  • 00:24:42
    atualização de um filho bastardo vai
  • 00:24:45
    fazer com que haja uma proximidade entre
  • 00:24:48
    esses dois polos do
  • 00:24:50
    colonizador e do grupo dos colonizados.
  • 00:24:53
    essa violência ela vai
  • 00:24:55
    acabar proporcionando porque o português
  • 00:24:59
    era aberto no MCG nação, ela
  • 00:25:02
    acaba ocasionando uma sociedade estável
  • 00:25:07
    em uma sociedade que tem uma dada
  • 00:25:10
    democratização do ponto de vista racial
  • 00:25:13
    para Gilberto Freire, né? Porque
  • 00:25:15
    Gilberto Freira vai fundamentar sua
  • 00:25:17
    análise sociológica em que pelos
  • 00:25:20
    contrários os antagonismos senhor do
  • 00:25:23
    escravo, do colonizador, do colonizado,
  • 00:25:26
    apesar de todos os pesares, apesar de
  • 00:25:28
    toda a violência, elas produzem
  • 00:25:30
    determinadas relações antag ou
  • 00:25:33
    determinadas relações, determinadas
  • 00:25:35
    relações sociais harmônicas.
  • 00:25:38
    Então, esse antagonismo do senhor regido
  • 00:25:41
    com os escravos indígenas e dos negros
  • 00:25:45
    produziu uma sociedade harmônica que foi
  • 00:25:47
    a sociedade brasileira, né, para além de
  • 00:25:50
    todas essas violências. Então, Sérgio
  • 00:25:52
    Guarco vai enxergar esse processo como
  • 00:25:54
    um processo que impede o desenvolvimento
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    entrada do Brasil, né, o plano de
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    desenvolvimento do Brasil na modernidade
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    capitalista, né, através de um estado
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    democrático fundado em leis do direito,
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    né, em relações pessoais, na igualdade
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    de todos perante a lei. Sérgio
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    Barilberto Freira vai falar não vai
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    nesse sentido. Bato Freira vai falar,
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    apesar de toda essa violência, apesar de
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    toda essa contradição, né, apesar de
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    todos esses antagonismos
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    sociais, deu origem a um determinado
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    estado que é democrático do ponto de
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    vista racial, ou seja, as relações
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    antagônicas ao fim
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    acabam como um resultado uma sociedade
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    harmônica, né, o antagonismo para uma
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    sociedade harmônica, né? Então, espero
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    que vocês assistam
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    e que ajude a vocês na avaliação de
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    amanhã, tá certo, gente? Muito obrigado
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    e até
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