Dr Emane nos fala sobre transtornos - CAFÉPOD

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https://www.youtube.com/watch?v=8rK7r6qRrLs

Sintesi

TLDRO programa discute a relação entre saúde mental e violência, destacando a importância de cuidar da saúde mental para prevenir comportamentos violentos. O Dr. Hernando Pinheiro fala sobre como impulsividade e descontrole emocional podem levar à violência, e a necessidade de identificar sinais de problemas em pessoas próximas. Ele enfatiza a importância do tratamento psiquiátrico e do apoio familiar, além de abordar a banalização da violência nas redes sociais. O programa conclui que a prevenção da violência requer um esforço conjunto da sociedade, família e indivíduos.

Punti di forza

  • 🧠 A saúde mental é crucial para prevenir a violência.
  • 👥 Identificar sinais de violência em pessoas próximas é importante.
  • 🏠 A família desempenha um papel fundamental na saúde mental dos jovens.
  • 📚 A educação e a conscientização podem ajudar a prevenir a violência.
  • 💔 A banalização da violência nas redes sociais é preocupante.
  • 🔍 O autoconhecimento ajuda a identificar comportamentos problemáticos.
  • 💊 Tratamentos psiquiátricos são essenciais para quem precisa.
  • 🤝 A sociedade deve colaborar para promover a saúde mental.
  • 🚨 A impulsividade pode levar a comportamentos violentos.
  • 💬 Conversar sobre saúde mental é fundamental.

Linea temporale

  • 00:00:00 - 00:05:00

    O programa inicia com uma discussão sobre saúde mental e violência, destacando a importância de cuidar da saúde mental e como a violência está se tornando comum na sociedade. O apresentador menciona casos recentes de violência familiar e a necessidade de entender as causas por trás desses comportamentos.

  • 00:05:00 - 00:10:00

    O Dr. Hernando Pinheiro é convidado para discutir a relação entre saúde mental e violência. Ele explica que a impulsividade e a falta de controle emocional podem levar a comportamentos violentos, e que a infância e a adolescência são períodos críticos para moldar a personalidade e o comportamento.

  • 00:10:00 - 00:15:00

    O Dr. Hernando fala sobre transtornos de conduta em jovens e como a formação familiar e social pode influenciar o comportamento violento. Ele menciona que algumas pessoas podem mudar ao longo do tempo, mas que a personalidade se forma até os 27 anos, tornando difícil a mudança em adultos com histórico de violência.

  • 00:15:00 - 00:20:00

    O programa aborda a questão da violência contra a mulher, citando casos recentes e discutindo como algumas pessoas tentam justificar suas ações com diagnósticos de saúde mental. O Dr. Hernando enfatiza a importância de um diagnóstico correto e a responsabilidade individual em buscar tratamento.

  • 00:20:00 - 00:25:00

    O apresentador e o Dr. Hernando discutem a crescente demanda por tratamento psiquiátrico e a dificuldade de acesso a profissionais de saúde mental no Brasil. Eles ressaltam que muitas pessoas não buscam ajuda devido a barreiras financeiras e falta de recursos no sistema público de saúde.

  • 00:25:00 - 00:30:00

    O Dr. Hernando fala sobre a automutilação e a violência contra si mesmo, explicando que muitas vezes isso é um sinal de imaturidade ou falta de habilidades para lidar com emoções. Ele destaca a importância de buscar ajuda e desenvolver habilidades saudáveis para lidar com o sofrimento.

  • 00:30:00 - 00:36:48

    O programa conclui com uma reflexão sobre a necessidade de prevenção da violência, envolvendo a família, a sociedade e o governo. O Dr. Hernando enfatiza que cada indivíduo deve cuidar de sua saúde mental e buscar ajuda quando necessário, promovendo um ambiente mais saudável e menos violento.

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Mappa mentale

Video Domande e Risposte

  • Qual é a relação entre saúde mental e violência?

    A saúde mental precária pode levar a comportamentos violentos, impulsividade e descontrole emocional.

  • Como identificar sinais de violência em pessoas próximas?

    Preste atenção em comportamentos impulsivos, falta de empatia e desrespeito por normas sociais.

  • Quais são os fatores que podem influenciar a violência?

    Fatores familiares, sociais e biológicos podem contribuir para comportamentos violentos.

  • O que fazer se alguém próximo apresenta comportamentos violentos?

    É importante buscar ajuda profissional e apoio psicológico.

  • Como a sociedade pode ajudar a prevenir a violência?

    Promovendo a saúde mental, educação e apoio às famílias.

  • Qual é o papel da família na saúde mental dos jovens?

    A família deve oferecer suporte emocional e estar atenta a sinais de problemas.

  • Como lidar com a banalização da violência nas redes sociais?

    Promover discussões sobre saúde mental e conscientização sobre as consequências da violência.

  • Quais são os tratamentos disponíveis para problemas de saúde mental?

    Tratamentos incluem terapia, medicação e apoio psicológico.

  • Como a cultura pode influenciar a percepção da violência?

    A cultura pode normalizar comportamentos violentos, tornando-os mais aceitáveis.

  • Qual é a importância do autoconhecimento na prevenção da violência?

    O autoconhecimento ajuda a identificar comportamentos problemáticos e buscar ajuda.

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    Já estamos de volta aqui com o nosso
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    dia. Café pó de oferecimento da Frota
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    Gourmê já para você. Vamos conversar de
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    um assunto muito importante. Já tivemos
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    vários convidados aqui pela manhã.
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    Estávamos aguardando Dr. Hernando
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    Pinheiro, para conversar sobre as
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    questões psicológicas,
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    sobre a nossa saúde mental, que é
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    importantíssimo.
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    Amanhã, dia primeiro de agosto, a gente
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    já fala sobre a questão da violência
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    contra a mulher e existe várias
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    campanhas. Agosto lilás. Tem também o
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    Agosto Lilás por conta da amamentação,
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    ou seja, mas com tantos episódios que a
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    gente tá vendo nas redes sociais, nas
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    plataformas digitais, a gente se assusta
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    e a gente deixa banalizar o que é
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    normal,
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    é comum, mas que não é normal. E a
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    cabeça do ser humano tá uma coisa assim
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    impressionante de de dizer assim:
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    "Gente, o mundo tá doente, o que fazer?
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    O que, como detectar que uma pessoa é
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    violenta? Será que a gente conhece as
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    pessoas que estão ao nosso redor? Você
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    que é casado, você que tá namorando,
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    você que tem um irmão, uma irmã, um
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    filho com a mãe, um filho com um pai, um
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    pai com filho.
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    Antigamente a gente dizia assim, quando
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    acontecia um fato como um pai matar um
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    filho ou um filho matar um pai, teve um
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    caso essa semana em São Paulo de um
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    filho que matou a mãe e ficou calado e
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    botou a polícia para ficar atrás,
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    dizendo que a mãe tinha sido
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    sequestrada. teve toda uma história e
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    foi pro velório, foi pro sepultamento e
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    agiu friamente. Depois ele não aguentou,
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    a mente dele não aguentou, ele contou o
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    que tinha acontecido. Aí eu disse, vou
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    conversar, conversar no nosso café, pode
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    com Dr. Hernane. Não para falar de
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    violência, mas para falar de como a
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    gente precisa cuidar da nossa saúde
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    mental. Você já parou para pensar assim,
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    eh, será que eu sou capaz de matar
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    alguém? Eu falei lá para ele, disse: "Eu
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    sou, porque faça alguma coisa com a
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    minha mãe, com a minha filha, a mente da
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    gente se transforma." Tem um vídeo do
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    Pateta no trânsito, ele dirigindo, que
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    ele se transforma quando entra dentro do
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    carro,
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    se transforma, a máquina transforma a
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    mente dele. E aí a gente fica assustado.
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    Já neto veja só aqui a telinha que tá
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    aparecendo outras coisas na tela e o GC.
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    E aí quando a gente fala sobre essa
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    questão de transformação, a gente se
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    assusta. Por quê? Porque a gente não
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    controla a mente. Então você não sabe
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    qual é a sua atitude naquele momento. A
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    gente teve um caso aqui em Mossoró de
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    trânsito. Carro bateu no fundo do outro
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    carro, o cara desceu já com a faca. Os
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    dois ficaram se faqueando. Se for uma
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    agressão, caíram um para um lado, outro
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    pro outro. Parecia cena de filme. A
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    mente não estava preparada para aquilo.
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    O que que a gente precisa fazer? Quais
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    são os cuidados ao se relacionar?
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    É, é, é criança, adolescente, jovens
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    adultos, adulto e terceira idade
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    acelerados,
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    eh, sem pavio, porque a gente diz fulano
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    tem o pavio curto, não. Hoje as pessoas
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    não tm mais nem pavio. Puf, é uma bomba.
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    Olhou feio para mim, o que é? O que que
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    tá acontecendo? Tá achando ruim. Por
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    quê? É o tempo inteiro assim. Vou dar
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    bom dia para ele de forma tranquila.
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    Oi, Dra. Hernane. Bom dia. Tudo em paz?
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    Tudo em paz. Bom dia. É um prazer estar
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    aqui, César, falando por você e toda a
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    sua grande audiência. Esse é um tema.
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    Gostou dessa introdução?
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    É, é um tema complexo, né? Por mais que
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    você fale, você não consegue resumir o o
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    que é tão vasto, que é essa tema, esse
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    tema da violência, né? Porque quando se
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    fala em violência, você fala assim,
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    impulsividade, em exaltação, em
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    irritabilidade fácil, em descontrole. E
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    por que a pessoa é assim? Aí,
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    obviamente, tem que se investigar caso a
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    caso, mas como nós estamos aqui, nós
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    falamos de forma geral o que pode levar
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    uma pessoa a se tornar violenta ou
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    sempre foi violenta e como identificar
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    isso e como se sair dessa situação ou
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    dessa pessoa, né?
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    Pois é. Vamos na nas fases assim, por
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    exemplo, a criança às vezes quando tá
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    ainda iniciando a sua fase escolar, até
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    a professora diz: "Ele é muito brigão,
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    ele bate muito nas crianças, é muito
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    violento." Isso vai mudando com o nosso
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    crescimento, dependendo da da formação e
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    do que a gente tem das plataformas da
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    nossa família. Ou então é porque ali vê
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    alguém em casa já praticando algum ato
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    violento. O que leva já esse primeiro
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    olhar para uma criança?
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    Nós sofremos influências de para nos
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    violento ou não. Por exemplo, imagine,
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    eu tenho cuidado da minha saúde mental
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    para que eu não me torne violento, mas
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    eu não sofro influência somente da minha
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    pessoa que sou um adulto. Eu sofro
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    família da minha escola, todo mundo pode
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    colaborar de alguma forma para moldar a
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    pessoa, mas existe algo que às vezes é
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    muito físico, é muito biológico, que já
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    vem desde criancinha, né? Por exemplo,
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    na psiquiatria, nós temos alguns casos
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    que nós chamamos de transtorno de
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    conduta. É uma pessoa que se conduz mal.
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    Você já ouviu falar fulano é mal
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    conduta, né? Ele se conduz errado.
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    Então, algumas pessoas desde jovem tem
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    essas alterações de comportamento e são
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    agressivos e cometem crimes. Então,
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    essas pessoas não necessariamente vão
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    ser adultos também assim violentos. Eles
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    podem, com decorrer dos anos, a
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    construção da personalidade, depois de
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    adultos, eles mudam o comportamento. Mas
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    na juventude é muito comum, pensando em
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    doenças psiquiátricas, um transtorno de
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    conduta, como nós chamamos aqueles
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    adolescentes que não tem freio, ele não
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    tem aqueles freios morais, ele ele tem
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    uma impulsividade e chega a cometer
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    crimes violentos. E então esse é um
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    ponto de partida. Mas existe outras
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    situações que a pessoa não é tão
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    violento, mas é inquieto, é desatento e
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    pode cometer algum erro que se aproxime
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    do que nós chamamos de violência.
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    E quando chega na parte da adolescência,
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    já mudando o texto do professor que diz:
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    "Ah, ele é muito danadoinho".
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    Nos adolescentes diz assim: "Fulano é
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    muito rebelde, né? Quer quer desbravar o
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    mundo, ele é o valente, ela é a valente,
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    ela não quer respeitar nada nem ninguém.
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    Isso ainda também pode ser mudado. Até
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    que idade?
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    Nós, pais, educadores, eh pessoas que
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    são responsáveis, avós, tios, podem
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    influenciar para que esse comportamento,
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    essa má conduta
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    mude.
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    Geralmente é quando se constrói a
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    personalidade, vamos supor, por volta de
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    27 anos, uma personalidade está
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    construída. Então, a partir desse
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    momento, fica muito difícil que haja
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    qualquer mudança mínima. Então, se você
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    encontrar uma pessoa que tem um
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    histórico, ele tem 40 anos, mas ele já
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    tem um histórico, tem batido em várias
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    pessoas, relacionamentos complicados, aí
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    é muito difícil,
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    briga em eventos, né?
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    Justo. Mas imagine, se ele fosse
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    adolescente e fosse assim, pode ser que
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    ele mudasse. Mas com 40 anos de idade,
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    depois de 15 ou 20 anos de histórico
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    dessa forma, é muito difícil. Até porque
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    ele é de uma maneira tal, geralmente é a
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    personalidade, ele não quer tratamento,
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    ele não quer mudar, ele acha que está
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    certo, né? Então, por exemplo, um
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    exemplo de uma personal láade psicopata,
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    ele não procura tratamento com o médico
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    psiquiatra. Quando o médico psiquiatra
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    vê numa penitenciária fazendo um exame
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    de psiquiatria forense. Então, é
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    importante que haja um cuidado,
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    principalmente quando a pessoa é jovem,
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    porque é aí que a pessoa está moldando a
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    sua personalidade e vai chegar no ponto
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    em que você pode, depois de adulto ser
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    aquela aquele aquela pessoa que não
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    comete violências.
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    Existe sinais que a gente pode perceber
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    que eh a personalidade daquela pessoa
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    não tá, mesmo com o trabalho dos pais,
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    não tá conseguindo mudar um pouco essa
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    personalidade para que ele não se torne
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    um adulto e um um uma pessoa da terceira
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    idade violenta, porque a gente vê hoje,
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    infelizmente, generalizado a situação da
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    violência. a gente vê eh casos chocantes
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    todos os dias acontecendo. Ficou uma
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    coisa comum, mas que não é normal você
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    ver um pai matando um filho e
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    vice-versa. Aí você vai ver porque que é
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    porque pegou uma moto, é porque
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    discutiu, estavam juntos num canto,
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    começou num discussão e e pronto, e
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    começaram a se esfaquear. Eh, e outros
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    fatores, o que ler uma pessoa ser
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    violenta. Você pegou o meu carro, sem me
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    avisar, vou lhe matar. Tudo agora é
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    matar, Dra. Hernan, é bater.
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    A primeira coisa, eu acho, é fazer uma
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    análise da pessoa. Por exemplo, você
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    conhece o seu parente e ele ele diz que
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    não tem culpa, apesar de ter feito algo
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    que você considera errado, ele é
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    impulsivo, ele não tem esses freios
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    morais elevados, porque eu tenho que ser
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    altruísta, fazer um favor, uma caridade,
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    ajudar, me compadecer da dor do outro.
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    Quando você investiga essa pessoa e ele
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    não é dessa forma, há uma suspeita de
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    que ele pode vir a se tornar violento,
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    porque ele não tem empatia, ele não ama
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    o outro, ele não valoriza o outro ao
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    ponto de se frear naqueles instintos,
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    porque às vezes a pessoa tem uma raiva,
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    mas ele se freia porque acha que é
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    errado cometer um crime, uma violência,
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    né? Então isso é um ponto importante.
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    Mas você me perguntando assim, por que a
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    pessoa acha dessa forma? Nós podíamos
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    dizer algo, digamos assim, algumas
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    listas do ponto de vista da psiquiatria,
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    como é mais comum nós pegarmos, que é a
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    minha profissão, o que pode acontecer de
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    certos diagnósticos de doença ou de
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    comportamento que podem levar à
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    violência. Por exemplo, doenças. Existem
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    algumas doenças que a pessoa pode
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    cometer algum crime quando geralmente é
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    quando não está tratado. Quando a pessoa
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    se trata, ele não comete crimes.
  • 00:09:44
    Geralmente é assim. Por exemplo, uma
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    pessoa que tem um surto psicótico, ele
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    pode ter um delírio de achar que está
  • 00:09:50
    sendo perseguido e ele vai se defender
  • 00:09:51
    na mente dele. Alguém está querendo
  • 00:09:53
    perseguir. Por exemplo, eu acho que Zés
  • 00:09:55
    quer me matar, aí eu a faço uma
  • 00:09:57
    violência contra você, mas porque no meu
  • 00:09:58
    pensamento, no meu delírio, você
  • 00:10:00
    na sua mente doente, isso pode
  • 00:10:02
    acontecer, né? É, é uma possibilidade.
  • 00:10:04
    Outra possibilidade muito comum é o
  • 00:10:06
    transtorno afetivo bipolar na fase
  • 00:10:08
    maníaca, sem tratamento. A pessoa fica
  • 00:10:11
    impulsiva, usa drogas, não tem freios
  • 00:10:14
    morais e ele pode cometer violências.
  • 00:10:15
    Outra, por exemplo, pessoas com
  • 00:10:17
    demência, geralmente idosos, pessoas
  • 00:10:18
    muito idosas com demência, eles ficam
  • 00:10:20
    desorientado, confuso e pode cometer
  • 00:10:23
    alguma violência, tá bem? É outro fator
  • 00:10:24
    comum. Aquele que eu falei, o transtorno
  • 00:10:27
    de conduta entre os jovens, ele pode ser
  • 00:10:29
    impulsível e agressivo porque não tem
  • 00:10:30
    freios.
  • 00:10:32
    Então, essas são algumas doenças que
  • 00:10:35
    podem levar a cometimento de violência
  • 00:10:36
    quando não estão tratadas. Existe também
  • 00:10:39
    as outras, as personalidades que são
  • 00:10:41
    diferentes daquilo que que nós
  • 00:10:43
    esperamos, como eh psicopatas,
  • 00:10:46
    narcisistas, bipol eh borderlines,
  • 00:10:48
    melhor dizendo, são personalidades que
  • 00:10:50
    podem vir a cometer violências.
  • 00:10:52
    Pois é. E aí, no meio de tantos nomes
  • 00:10:54
    que o senhor citou aí,
  • 00:10:56
    a gente percebe que a violência contra a
  • 00:10:59
    mulher também vem se destacando muito.
  • 00:11:02
    Tivemos caso aí recentemente, a nível
  • 00:11:03
    nacional, foi divulgado até mundial,
  • 00:11:05
    porque tem as redes sociais, de um rapaz
  • 00:11:07
    ainda muito jovem também no seu
  • 00:11:11
    relacionamento, que eh desconfigurou o
  • 00:11:14
    rosto da sua ex-namorada, atual
  • 00:11:17
    namorada, enfim, que ela ficou num
  • 00:11:19
    estado terrível e as câmeras filmaram e
  • 00:11:22
    tudo. Ele já no lado dele que ele tem
  • 00:11:25
    direito de da sua defesa, disse que teve
  • 00:11:27
    um transtorno porque não gosta de ficar
  • 00:11:29
    em lugar apertado, teve um surto e
  • 00:11:31
    depois disse que era autista. o senhor,
  • 00:11:33
    com a experiência que o senhor tem como
  • 00:11:37
    presidente da associação eh
  • 00:11:41
    Rio Norte Rio Grandense, eh o senhor
  • 00:11:44
    percebe que as pessoas também estão eh
  • 00:11:47
    eu não queria dizer usando, mas estão
  • 00:11:49
    querendo utilizar a sua defesa, trazendo
  • 00:11:52
    diagnóstico por conta própria? Porque a
  • 00:11:56
    gente vê muito hoje. Ah, eu, ah, é, meu
  • 00:11:58
    TDH hoje tá acelerado. Eu percebo que
  • 00:12:00
    não levam nem a sério a doença, porque
  • 00:12:02
    quando a gente diz assim, você tem, você
  • 00:12:03
    tem um diagnóstico de uma doença, é para
  • 00:12:05
    ser uma coisa séria, é para buscar
  • 00:12:08
    tratamento, não é para levar como piada.
  • 00:12:10
    Ei, fulano, você é autista, né? Porque
  • 00:12:12
    você é muito acelerada. E você tem um
  • 00:12:14
    comportamento, você tem TDAH, não sei o
  • 00:12:18
    quê, e vira pagode, digamos assim, sem
  • 00:12:19
    sem
  • 00:12:21
    ter a noção da consequência que isso
  • 00:12:24
    pode pode ter. Então, ele alegou também
  • 00:12:27
    ser autista. O senhor ver isso com a sua
  • 00:12:28
    experiência, que as pessoas hoje estão
  • 00:12:31
    dando diagnóstico aí para se livrar de
  • 00:12:33
    algumas situações?
  • 00:12:35
    Existe variações normais entre nós,
  • 00:12:36
    seres humanos. Por exemplo, tem mais
  • 00:12:39
    gente extrovertida, mais introvertida,
  • 00:12:42
    tem gente mais vaidosa, deslechada. São
  • 00:12:45
    variações normais, mas a doença é quando
  • 00:12:48
    é torna a pessoa disfuncional. Por
  • 00:12:50
    exemplo, eu não consigo trabalhar, eu
  • 00:12:52
    não consigo estudar. Então, quando você
  • 00:12:53
    encontra a pessoa que trabalha, que
  • 00:12:56
    estuda, que namora, aí vem querer
  • 00:12:58
    justificar as suas ações por doenças,
  • 00:13:01
    geralmente não é o correto, não é o que
  • 00:13:03
    acontece frequentemente. A doença é algo
  • 00:13:05
    grave que limita a vida da pessoa.
  • 00:13:07
    Então, se você tem certos
  • 00:13:08
    comportamentos, por exemplo, no seu
  • 00:13:11
    trabalho e de procrastinar, de não fazer
  • 00:13:14
    algo a contendo do seu patrão, por
  • 00:13:16
    exemplo, é muito comum hoje justificar
  • 00:13:18
    com diagnóstico, porque as pessoas se
  • 00:13:20
    dão diagnóstico o tempo todo. Esses
  • 00:13:22
    diagnósticos todos, por exemplo, de TDH
  • 00:13:24
    e de autismo, não são os médicos que
  • 00:13:26
    estão mudando, são geralmente as pessoas
  • 00:13:29
    mesmo que lê alguma coisa na internet e
  • 00:13:31
    começa a dar diagnóstico. No caso que
  • 00:13:34
    você falou de algumas pessoas querem se
  • 00:13:37
    justificar também, isso é comum, faz
  • 00:13:40
    parte da defesa, né? Alguém se utiliza
  • 00:13:43
    para se defender e vários argumentos. Um
  • 00:13:45
    hoje é muito comum é esse de dizer que
  • 00:13:48
    tem alguma doença, né? Mas isso não pode
  • 00:13:50
    valer apenas porque a pessoa relatou da
  • 00:13:53
    boca dele e só se vai na justiça, é
  • 00:13:56
    claro, quando há um diagnóstico correto,
  • 00:13:58
    aprimorado, qualificado de alguém que é
  • 00:14:00
    especialista naquele assunto e
  • 00:14:02
    geralmente corroborado por outros outros
  • 00:14:05
    especialistas. Então, provavelmente o
  • 00:14:07
    que acontece hoje é que muitas pessoas
  • 00:14:11
    estão se utilizando desses diagnósticos
  • 00:14:14
    para conseguir benefícios. Por exemplo,
  • 00:14:16
    eu quero dizer que tá um tal doença
  • 00:14:16
    porque eu quero uma vaga de
  • 00:14:19
    estacionamento, eu quero me aposentar
  • 00:14:23
    cedo ou eu quero me livrar dessa dessa
  • 00:14:25
    esse crime que está da própria prisão,
  • 00:14:26
    né?
  • 00:14:29
    É da prisão. Então, mas esse é argumento
  • 00:14:31
    por si só da boca da pessoa não pode
  • 00:14:33
    valer para a justiça. A justiça tem
  • 00:14:35
    certos critérios e vai, é claro, checar
  • 00:14:37
    tudo isso. Então isso de fato na justiça
  • 00:14:40
    não vai valer, se é que é mentira, né? É
  • 00:14:42
    um argumento de defesa apenas. Eu tava
  • 00:14:46
    eh recentemente lendo também uma revista
  • 00:14:49
    e tavam trazendo o índice de pessoas
  • 00:14:53
    adoecidas mentalmente e sem procurar a
  • 00:14:57
    ajuda do profissional. Eh, achando que
  • 00:14:59
    porque ela, o fato dela não ter pavio é
  • 00:15:02
    tranquilo e é normal.
  • 00:15:05
    É percebido no consultório a queda ou o
  • 00:15:08
    aumento da busca do psiquiatra no seu
  • 00:15:09
    caso, que a gente tem um psicólogo
  • 00:15:11
    também que geralmente busca sua ajuda de
  • 00:15:14
    imediato. Epa, aqui já o caso já tá mais
  • 00:15:16
    acelerado, tem que ir pro pro
  • 00:15:17
    psiquiatra.
  • 00:15:19
    Mas você percebe isso no consultório ou
  • 00:15:22
    ao contrário, as pessoas conversam com
  • 00:15:25
    você online, mas não vai e segue
  • 00:15:27
    tratamento. Não, eu conversei com o Dr.
  • 00:15:29
    Hernando, mas depois eu fui embora. Não,
  • 00:15:31
    foi só uma briga. Eu não vou mais
  • 00:15:32
    cometer isso não, porque tem aquela
  • 00:15:34
    história, né? Eu não vou procurar mais
  • 00:15:36
    não, que eu tô curado, eu fiquei bom do
  • 00:15:39
    meu do meu tratamento. Não, não preciso
  • 00:15:40
    mais.
  • 00:15:42
    Existe uma procura maior nos últimos
  • 00:15:44
    tempos, mas o que existe muito grande
  • 00:15:46
    mesmo é uma demanda. Existe inúmeras
  • 00:15:48
    pessoas querendo se tratar como
  • 00:15:50
    psiquiatra. Só por questões de
  • 00:15:53
    dificuldade de acesso é que não vão,
  • 00:15:55
    porque no Brasil há uma desassistência.
  • 00:15:57
    Por exemplo, imagine se você quiser
  • 00:16:00
    encontrar um médico psiquiatra pelo
  • 00:16:01
    Sistema Único de Saúde, você terá
  • 00:16:03
    grandes dificuldades. Geralmente existe
  • 00:16:06
    médicos que gostam dessa área e que e
  • 00:16:09
    atende pessoas que têm doenças mentais,
  • 00:16:11
    mas ele a maioria não é especialista.
  • 00:16:14
    Especialista é mesmo. O SUS tem poucos e
  • 00:16:16
    a demanda é imensa. E quando é claro no
  • 00:16:18
    sistema privado isso custa caro e as
  • 00:16:19
    pessoas não têm acesso muitas vezes por
  • 00:16:22
    dificuldades financeiras. Então, existe
  • 00:16:25
    uma grande demanda, pessoas buscando o
  • 00:16:27
    tratamento, mas eles não encontram,
  • 00:16:29
    porque no Brasil existe uma
  • 00:16:32
    desassistência em psiquiatria.
  • 00:16:33
    Tem uma pergunta aqui, a pessoa pediu
  • 00:16:35
    para não se identificar, tá no centro de
  • 00:16:39
    Mossoró e ela diz o seguinte: o eh
  • 00:16:41
    conheço uma pessoa que se autofragela,
  • 00:16:42
    né?
  • 00:16:44
    Eh, é uma violência brutal e que muitas
  • 00:16:47
    vezes também não é divulgado. Essas
  • 00:16:49
    pessoas que eh cometem violência contra
  • 00:16:52
    o seu próprio corpo ou sua própria mente
  • 00:16:55
    também, elas precisam ser tratadas. E e
  • 00:16:57
    o senhor percebe que não é divulgado?
  • 00:17:00
    É, não, porque as pessoas não gostam de
  • 00:17:02
    divulgar isso porque incentiva os outros
  • 00:17:05
    a fazerem, né? Mas é é algo muito comum
  • 00:17:08
    e muitas vezes é doença ou é
  • 00:17:11
    imaturidade. Porque imagine, por
  • 00:17:13
    exemplo, eu pergunto a essas pessoas:
  • 00:17:15
    "Por que você faz isso?" Ela diz assim:
  • 00:17:17
    "É porque eu me alivio fazendo isso."
  • 00:17:20
    Mas e por que você não se alivia de
  • 00:17:22
    outras formas? Por exemplo, na sua
  • 00:17:25
    religião, no esporte, no seu contato
  • 00:17:28
    familiar, ele ela não tem habilidades
  • 00:17:30
    outras para se aliviar. Então ele se
  • 00:17:32
    alivia se automilando. Por exemplo,
  • 00:17:34
    imagine um adolescente que vive dentro
  • 00:17:36
    de um quarto, ele passa o dia trancado,
  • 00:17:39
    à noite acordado, o dia dormindo e é nas
  • 00:17:41
    redes sociais o tempo todo. Então quando
  • 00:17:44
    ele está frustrado, sofrido, ele às
  • 00:17:47
    vezes se utiliza disso, desse modo de se
  • 00:17:50
    autofagelar. Mas na verdade é porque em
  • 00:17:52
    boa parte dos casos, ele não tem outros
  • 00:17:56
    meios mais refinados de se aliviar.
  • 00:17:59
    Eh, temos aqui a Carolina Santos. Ela
  • 00:18:01
    disse que o rapaz que a gente se referiu
  • 00:18:03
    foi desse caso que passou em toda a
  • 00:18:07
    mídia nacional e que ele agora também já
  • 00:18:09
    se declarou com medo, inclusive de ficar
  • 00:18:13
    dentro de uma cela com mais pessoas. Eh,
  • 00:18:15
    vale ressaltar, gente, que quem comete
  • 00:18:17
    violência
  • 00:18:19
    chega uma hora que ela também vai ter
  • 00:18:22
    medo, né? Ela ela tem os altos e baixos,
  • 00:18:24
    tem picos. A gente acredita que nesse
  • 00:18:27
    caso, eh, portanto, não só no dele, mas
  • 00:18:29
    pessoas que cometeram violências, elas
  • 00:18:32
    podem ter arrependimento e é verdadeiro
  • 00:18:33
    ou é só para também tentar salvar?
  • 00:18:35
    Porque a mente, quando a gente trata de
  • 00:18:36
    um assunto como esse, gente, é muito
  • 00:18:39
    delicado, porque a mente do ser humano,
  • 00:18:41
    ela é incontrolável.
  • 00:18:43
    Ela pode ser até estudada, né, Dra.
  • 00:18:44
    Fernando, pelo cientista, pelo vocês,
  • 00:18:47
    mas ah, mas ele tá arrependido, ele tá
  • 00:18:50
    com medo agora de cumprir a pena junto
  • 00:18:52
    com outros com outros com outras pessoas
  • 00:18:54
    dentro da cela porque tá com medo de ser
  • 00:18:57
    lixado, de apanhar. Tá aí tem as piadas
  • 00:19:00
    nas redes sociais. A gente tem que ver
  • 00:19:02
    também que esse esse lado dele ele pode
  • 00:19:04
    cair em si e lá na frente cometer o
  • 00:19:05
    mesmo erro.
  • 00:19:08
    Isso depende de de o caso, diagnóstico
  • 00:19:12
    dele, né? Por exemplo, imagina o mais
  • 00:19:14
    é sobre os que chamam de personalidade
  • 00:19:17
    antisocial ou psicopatas. São pessoas
  • 00:19:19
    frias que não se arrependem
  • 00:19:21
    verdadeiramente. Ele por quê? Porque ele
  • 00:19:23
    não tem empatia pelo outro. Ele não acha
  • 00:19:25
    que é importante aquele crime que ele
  • 00:19:27
    cometeu é como se fosse um filme. Por
  • 00:19:29
    exemplo, tem casos famosos que o pessoa
  • 00:19:31
    comete um crime, mata os pais, depois
  • 00:19:33
    vai sair pra farra. Ele ele acha que
  • 00:19:36
    aquilo foi um filme. Ele não tem afeto.
  • 00:19:38
    Ele não se relaciona com aquilo, não tem
  • 00:19:39
    emoções.
  • 00:19:40
    Normalizou. É.
  • 00:19:43
    É para ele é um filme. É como imagine um
  • 00:19:44
    personagem matou o outro, depois do
  • 00:19:46
    filme eu vou para casa tranquilo. Porque
  • 00:19:47
    foi um personagem que matou o outro.
  • 00:19:49
    Foi o caso do rapaz em São Paulo, né,
  • 00:19:50
    que foi pro velório da mãe
  • 00:19:51
    tranquilamente.
  • 00:19:53
    E essa pessoa não tem sentimentos pelo
  • 00:19:56
    outro, não tem e empatia, como nós
  • 00:19:57
    chamamos, né? Ele não se coloca na
  • 00:19:59
    posição do outro. Então, nesse caso de
  • 00:20:02
    um personalidade psicopata, por exemplo,
  • 00:20:04
    e o arrependimento não é verdadeiro. Por
  • 00:20:06
    exemplo, ele pergunta assim: "Você não
  • 00:20:07
    se arrepende de ter matado seus pais?"
  • 00:20:09
    Aí a resposta dele: "É claro, eu estou
  • 00:20:12
    preso." Ele não se arrepende porque fez
  • 00:20:14
    mal. Exato. Ele se arrepende porque ele
  • 00:20:17
    foi prejudicado. Então, nos casos dos
  • 00:20:19
    personalidade psicopatas, a resposta é
  • 00:20:22
    essa. O arrependimento não é do que nós
  • 00:20:24
    esperamos, né? Que é do ato. Ele se
  • 00:20:26
    arrepende da situação porque ele foi
  • 00:20:27
    descob
  • 00:20:28
    pelo que ele vai passar. e justo
  • 00:20:31
    pelo que ele vai passar. É mais comum
  • 00:20:34
    hoje a gente ver mulheres ou homens com
  • 00:20:37
    problemas
  • 00:20:38
    a violência.
  • 00:20:40
    Isso depende do diagnóstico. Por
  • 00:20:43
    exemplo, depressão é três vezes mais
  • 00:20:45
    comum entre as mulheres, já
  • 00:20:47
    esquizofrenia,
  • 00:20:48
    transtorno de personalidade, por
  • 00:20:49
    exemplo, o antissocial, o psicopata é
  • 00:20:52
    mais comum entre os homens. Então,
  • 00:20:53
    dependendo do diagnóstico, há mais
  • 00:20:55
    mulheres ou homens causando violência.
  • 00:20:57
    Por exemplo, no caso da depressão,
  • 00:20:59
    alguns casos de depressão que tem
  • 00:21:02
    sintomas psicóticos em que a mulher sai
  • 00:21:04
    da realidade, ela comete alguma
  • 00:21:06
    violência. Pode cometer, por exemplo,
  • 00:21:09
    uma mulher que tem depressão, mas ela
  • 00:21:11
    tem um delírio e ela acha que alguém
  • 00:21:13
    quer prejudicá-la ou quer prejudicar o
  • 00:21:15
    filho dela, ela vai e se defende
  • 00:21:17
    atacando aquela pessoa. Então, nesse
  • 00:21:19
    caso, a mulher poderia cometer uma
  • 00:21:20
    violência. Por exemplo, no outro que eu
  • 00:21:22
    disse mais comum, os psicopatas é muito
  • 00:21:24
    mais comum em homens do que em mulheres.
  • 00:21:26
    Então os homens cometem mais violência
  • 00:21:28
    nesse caso desse diagnóstico.
  • 00:21:29
    Tá aqui com a gente a Simona disse no
  • 00:21:32
    início do programa
  • 00:21:34
    você diz que ele era capaz de matar
  • 00:21:36
    alguém se fizessem mal pros seus filhos
  • 00:21:38
    ou para seus filhos ou pra sua mãe. Mas
  • 00:21:40
    é aquela impulso, né? A pessoa vai ter
  • 00:21:43
    impulso, vai ter a raiva. Deus me livre.
  • 00:21:46
    Não gosto nem de me imaginar numa
  • 00:21:48
    situação de ver minha filha apanhando
  • 00:21:49
    daquele jeito que apareceu nas imagens.
  • 00:21:52
    Não sei qual seria a minha reação de ver
  • 00:21:54
    aquela pessoa, como a gente teve também
  • 00:21:57
    aquela atriz que foi foi assassinada
  • 00:22:00
    brutalmente com tesouras, era um artista
  • 00:22:05
    da Globo aqui. A a mãe até hoje ela ela
  • 00:22:09
    fica, claro, abalada com fato. E ela não
  • 00:22:11
    conseguia ver o rapaz, foi pro
  • 00:22:13
    julgamento dele, ele já faleceu. Mas
  • 00:22:15
    assim, a gente tem um impulso da raiva,
  • 00:22:18
    tem que sa mente da gente também
  • 00:22:20
    consideradamente normal diferencia uma
  • 00:22:24
    raiva, o ódio, os sentimentos. Quem tá
  • 00:22:26
    doente não vai conseguir, mesmo num
  • 00:22:29
    momento como esse, vai conseguir se
  • 00:22:30
    controlar, digamos assim.
  • 00:22:33
    Isso depende. Às vezes a doença impede a
  • 00:22:36
    pessoa até de entender a situação e além
  • 00:22:39
    de de não entender, às vezes há uma
  • 00:22:40
    situação em que ela não consegue se
  • 00:22:43
    controlar. Por exemplo, tem gente que
  • 00:22:45
    cometeu crimes e não vai ser preso.
  • 00:22:46
    Imagine, por exemplo, uma pessoa tem um
  • 00:22:48
    retardo mental grave, ele não entende
  • 00:22:51
    nada, ele não sabe o que é dinheiro, ele
  • 00:22:53
    não sabe nem pedir para comer, mas em
  • 00:22:54
    algum momento ele se tornou violento.
  • 00:22:56
    Por exemplo, ele comete um crime. Quando
  • 00:22:58
    ele for julgado, vai existir um la
  • 00:23:00
    dizendo que ele é incapaz de entender e
  • 00:23:02
    se determinar. E o juiz vai dizer: "Não,
  • 00:23:04
    então vamos colocar ele em casa com a
  • 00:23:06
    tornuleira, vamos dar um tratamento a
  • 00:23:08
    ele". porque ele não entende nem cometer
  • 00:23:10
    um crime, um exemplo. Mas outras doenças
  • 00:23:12
    em que a pessoa entende, mesmo que não
  • 00:23:14
    consiga se controlar, ele pode ser
  • 00:23:15
    penalizado. Por exemplo, a pessoa tem um
  • 00:23:17
    transtorno afetativo bipolar e usou
  • 00:23:19
    cocaína, aí ele se tornou mais
  • 00:23:20
    impulsível e violento. Ele comete um
  • 00:23:23
    crime. Mas a justiça vai dizer: "Você
  • 00:23:24
    não pode se controlar porque foi a droga
  • 00:23:27
    que fez você ficar mais impulsivo. Mas
  • 00:23:28
    você entendia muito bem o que você tava
  • 00:23:30
    fazendo que era errado. E você podia
  • 00:23:32
    muito bem ter escolhido não usar a droga
  • 00:23:34
    anteriormente. E por que você fez isso?
  • 00:23:37
    Então vai ser penalizado, né? E falando
  • 00:23:40
    do assassinato ou da violência eh como
  • 00:23:41
    essa que você falou, defender um
  • 00:23:42
    parente.
  • 00:23:42
    Sim,
  • 00:23:43
    eu lembro que os advogados aqui,
  • 00:23:46
    eu caí feito uma le assim, que fez isso
  • 00:23:47
    com a minha filha? Pera aí. Eu lembro
  • 00:23:49
    porque os advogados dizem que o crime
  • 00:23:51
    que todo mundo pode cometer é um
  • 00:23:53
    assassinato. Porque, por exemplo, tem
  • 00:23:56
    gente que passa fome e não rouba, mas
  • 00:23:59
    ele é capaz de matar para defender uma
  • 00:24:01
    pessoa. Então o assassinato é um crime
  • 00:24:03
    que qualquer pessoa pode cometer. Assim
  • 00:24:05
    que os advogados dissem, né? Ninguém
  • 00:24:07
    pode dizer eu nunca vou matar ninguém.
  • 00:24:08
    Ele pode dizer assim: "Eu nunca vou
  • 00:24:11
    roubar". Porque ele passa fome e
  • 00:24:12
    sobrevive de outra forma, mas não rouba.
  • 00:24:14
    Mas matar, ele pode cometer esse crime
  • 00:24:16
    porque ele pode se viver numa situação
  • 00:24:17
    em que ele tenha que defender o ente
  • 00:24:19
    querido, por exemplo.
  • 00:24:20
    Pois é. E quando a gente fala nessa
  • 00:24:23
    questão de defesa,
  • 00:24:24
    a gente lembra muito do família que a
  • 00:24:27
    gente tem também de vingança, né? Tem as
  • 00:24:28
    pessoas são vingativas e isso pode se
  • 00:24:31
    tornar uma doença e vai aumentando. Olha
  • 00:24:34
    que que surpresa agradável. Tudo bom?
  • 00:24:38
    Tudo joia, meu bem. E aí você se vi você
  • 00:24:40
    escuta muito isso, como por exemplo, se
  • 00:24:43
    um pai vê uma filha apanhando daquela
  • 00:24:46
    forma que a gente viu aí o o jovem Igor
  • 00:24:49
    fazendo com a Juliana no elevador,
  • 00:24:51
    aquele pai ele vai ficar transtornado e
  • 00:24:54
    ver aquela filha eh sofrendo aquelas
  • 00:24:56
    agressões. E ele vai querer se vingar,
  • 00:24:58
    ele vai querer atitude, ele vai querer
  • 00:24:59
    justiça. Quantas vezes a gente não vê
  • 00:25:02
    nas redes sociais justiça, justiça por
  • 00:25:04
    essa morte, justiça pelo feminicídio,
  • 00:25:06
    justiça porque matou fulano. E a gente
  • 00:25:10
    vê as pessoas totalmente
  • 00:25:12
    ensandecidas de raiva e de ódio.
  • 00:25:13
    É por isso que o mais importante, como
  • 00:25:15
    eu disse no início, é que haja uma
  • 00:25:17
    prevenção. Então, e como seria a tal da
  • 00:25:19
    prevenção se existisse, que nunca é
  • 00:25:21
    completamente, mas em parte, por
  • 00:25:23
    exemplo, o governo, a parte do governo,
  • 00:25:26
    oferecer saúde mental, assistência e
  • 00:25:30
    oferecer a justiça. A parte da escola é
  • 00:25:33
    enturmar, ensinar socializar, a parte da
  • 00:25:36
    família é dizer os valores corretos. A a
  • 00:25:38
    parte da própria pessoa é saber que tem
  • 00:25:40
    um problema que que tá pequeno, então
  • 00:25:42
    vamos procurar ajuda.
  • 00:25:44
    E assim vai. a sociedade, a família, a
  • 00:25:47
    própria pessoa, o governo, todos têm que
  • 00:25:49
    participar para evitar que haja
  • 00:25:49
    violências.
  • 00:25:52
    Dra. Hernando, inclusive a família do
  • 00:25:55
    rapaz envolvido que ele continua preso,
  • 00:25:57
    colocou uma nota oficial, porque ela
  • 00:26:00
    começa a ser perseguida também. E eles
  • 00:26:02
    colocaram que eles eles não podem
  • 00:26:05
    responder pelos atos que o filho tava
  • 00:26:08
    fazendo, né? que o o a conduta dele na
  • 00:26:10
    rua em casa ele pode ser uma pessoa,
  • 00:26:12
    fora ele pode ser outra totalmente
  • 00:26:14
    diferente. Como o senhor vê essa questão
  • 00:26:18
    em relação a ao posicionamento de nós?
  • 00:26:20
    Eu tô eu estou agora aqui trabalhando,
  • 00:26:21
    mas de repente eu não sei o que que tá
  • 00:26:24
    acontecendo na minha casa. E a gente vê
  • 00:26:25
    isso com muita frequência. Tem pais que
  • 00:26:28
    vão parar na delegacia porque não sabia
  • 00:26:30
    o que que tava acontecendo com os filhos
  • 00:26:31
    fora de casa. De repente os filhos estão
  • 00:26:34
    envolvidos com delitos, com
  • 00:26:37
    assassinatos, com uso de drogas e os
  • 00:26:40
    pais não estavam nem sabendo. Sim. E
  • 00:26:42
    esse é um caso eh complexo, porque veja,
  • 00:26:45
    o que é humano não é estranho a nós.
  • 00:26:47
    Então, acontece um monte de coisa
  • 00:26:49
    esquisita com os outros nossos parentes
  • 00:26:52
    queridos e às vezes conosco mesmo. E são
  • 00:26:53
    coisas de humano, né? Por exemplo, essa
  • 00:26:56
    revolta é natural. Os humanos se
  • 00:26:58
    revoltam quando vê uma coisa como essa,
  • 00:27:01
    em que uma pessoa frágil foi atingida
  • 00:27:04
    sem nenhum situação defesa. É, não tinha
  • 00:27:06
    defesa, é uma forma covarde. Então as
  • 00:27:08
    pessoas se revoltam. Então essas coisas
  • 00:27:10
    são próprias da natureza humana. Por
  • 00:27:12
    exemplo, a revolta, assim como a
  • 00:27:15
    violência, guerra sempre existiu entre
  • 00:27:17
    os humanos, né? Então tem que existir,
  • 00:27:19
    está acontecendo, né?
  • 00:27:21
    Tem que existir é um conjunto de de
  • 00:27:24
    coisas para tentar diminuir tudo isso.
  • 00:27:26
    Como eu falei antes, o governo, a
  • 00:27:28
    sociedade, a família, a religião, a
  • 00:27:31
    escola, a própria pessoa, todo mundo tem
  • 00:27:33
    que tentar colaborar para construir um
  • 00:27:35
    ambiente mais saudável de convivência,
  • 00:27:37
    mas que nunca vai deixar de existir essa
  • 00:27:39
    revolta da população. E hoje ainda é
  • 00:27:41
    muito menor. Por muito menos do que
  • 00:27:43
    isso, gente, já foi linchado no passado,
  • 00:27:45
    né? Hoje não existe menos linchamento,
  • 00:27:48
    mas já há uns anos 80, 70 havia muito
  • 00:27:50
    linchamento. Uma pessoa era era retirada
  • 00:27:52
    de uma delegacia. Aqui em Areia Branca
  • 00:27:55
    tem um vídeo famoso que rola na internet
  • 00:27:56
    que duas pessoas foram retirar a
  • 00:27:59
    delegacia pela população com a polícia
  • 00:28:01
    lá, mas não tinha como a polícia conter
  • 00:28:03
    a população e assassinaram essas duas
  • 00:28:05
    pessoas, né? Foi um linchamento. Hoje
  • 00:28:07
    acontece essa revolta nas redes sociais
  • 00:28:09
    principalmente, mas no máximo que houve
  • 00:28:12
    foi uma pichação. Então existe um
  • 00:28:16
    ambiente menos favorável à violência, ou
  • 00:28:17
    seja, um linchamento também não é tão
  • 00:28:19
    aceitável como antes. Então houve um
  • 00:28:22
    progresso, digamos assim, nessa parte
  • 00:28:24
    dessa violência da população, né, que é
  • 00:28:25
    menos comum hoje.
  • 00:28:28
    Tá longe, tá longe o progresso da gente
  • 00:28:30
    buscar um ambiente mais saudável, porque
  • 00:28:33
    sabe o que que eu percebo? que eh eh que
  • 00:28:34
    a gente tá no mundo tecnológico, são
  • 00:28:36
    muitas informações, você tem acesso ao
  • 00:28:39
    que tá acontecendo em Londres agora, eh,
  • 00:28:41
    questão de da economia, do meio
  • 00:28:43
    ambiente, mas parece que as pessoas
  • 00:28:45
    estão ficando é cada vez mais brutas,
  • 00:28:47
    mais ignorante para o que a gente
  • 00:28:50
    precisa, que é o a humanização. São
  • 00:28:52
    tantas informações boas que a gente pode
  • 00:28:55
    ter e ao mesmo tempo são coisas que
  • 00:28:57
    podem ser evitadas, que tá ali. Hoje as
  • 00:28:59
    pessoas sabem que é é crime, que você
  • 00:29:00
    pode ser punido, que você pode ser
  • 00:29:02
    preso, você pode acabar a sua vida, a
  • 00:29:04
    vida da sua família, se você cometer um
  • 00:29:07
    ato como esse. E parece que não tô nem
  • 00:29:08
    aí.
  • 00:29:11
    É, acredito que o seguinte, uma primeira
  • 00:29:14
    observação, tem que dar um
  • 00:29:17
    para nós, porque nós, o Brasil, somos um
  • 00:29:19
    dos países mais violentos do mundo e o
  • 00:29:22
    Nordeste no Brasil é um dos mais
  • 00:29:24
    violentos. Por exemplo, as 10 cidades
  • 00:29:25
    mais violentas do Brasil são
  • 00:29:28
    nordestinas. Então é natural. Natal
  • 00:29:30
    inclusive tá entre elas, né? As cidades
  • 00:29:33
    mais violentas do Brasil e o Brasil em
  • 00:29:35
    relação ao mundo também. Então primeira
  • 00:29:37
    coisa, sempre existiu violência e
  • 00:29:39
    provavelmente sempre vai existir. Mas
  • 00:29:40
    uma característica que nós devemos
  • 00:29:43
    observar é que neste momento histórico,
  • 00:29:45
    o Brasil é um país extremamente violento
  • 00:29:48
    e o Nordeste é a região mais violenta do
  • 00:29:50
    Brasil. Como a gente pode trabalhar a
  • 00:29:53
    nossa mente para
  • 00:29:57
    viver com essas estatísticas? Primeira
  • 00:29:59
    coisa, você tem que cuidar de você
  • 00:30:01
    mesmo, porque presta atenção, não é o
  • 00:30:03
    governo, não é a sociedade, não é sua
  • 00:30:06
    família. Eles não vão fazer muito por
  • 00:30:07
    você. Quem tem que fazer é você mesmo.
  • 00:30:09
    Então você tem que cuidar de si. Por
  • 00:30:10
    exemplo, se você acha que o seu
  • 00:30:12
    comportamento não está sendo adequado,
  • 00:30:14
    nem sequer o pensamento, mas só o
  • 00:30:16
    pensamento já está, por exemplo, com
  • 00:30:17
    tendência de violência, então você deve
  • 00:30:20
    procurar ajuda para saber identificar o
  • 00:30:23
    motivo disso tudo e se tratar, se for
  • 00:30:25
    necessário. A uma das coisas mais
  • 00:30:27
    importante que existe é o
  • 00:30:30
    autoconhecimento. É é famoso que o
  • 00:30:33
    famoso filósofo só da antiguidade dizia
  • 00:30:36
    assim: "Conhece a ti mesmo. Uma vida não
  • 00:30:38
    examinada não merece ser vivida". Então
  • 00:30:40
    você tem que se conhecer, por exemplo,
  • 00:30:41
    tá acontecendo alguma coisa de errado
  • 00:30:43
    com você? Você está se tornando mais
  • 00:30:45
    irritável facilmente, então você deve
  • 00:30:49
    procurar ajuda. Eh, o Raimundo tá aqui
  • 00:30:51
    com a gente. Eh, interessante que ele
  • 00:30:53
    coloca, ele teve problemas com o filho
  • 00:30:56
    em relação a alguns delitos. Ele todo
  • 00:30:58
    mundo falava: "Via, né? Vá, conhece
  • 00:30:59
    outros países, vai fazer alguma coisa".
  • 00:31:01
    Ele viajou várias vezes com filho, com o
  • 00:31:04
    filho e o filho permaneceu com o mesmo
  • 00:31:07
    problema. e até hoje passa por
  • 00:31:10
    tratamento. E ele colocou aqui, como pai
  • 00:31:12
    tenho que ser consciente, abre aspas,
  • 00:31:14
    gente. Como pai tenho que ter a
  • 00:31:17
    consciência que meu filho tem problemas
  • 00:31:21
    mentais, que precisa de ajuda. Viajar,
  • 00:31:24
    dar celular novo, ter carro novo, não
  • 00:31:28
    vai tratar o meu filho. Há muito tempo
  • 00:31:29
    achei que isso trataria.
  • 00:31:30
    Sim,
  • 00:31:31
    bacana o depoimento dele, né?
  • 00:31:33
    É. E ele diz que toda a família hoje
  • 00:31:36
    passa por acompanhamento, mas que quando
  • 00:31:38
    ele às vezes não aceita e seguir o
  • 00:31:40
    tratamento, fica numa clínica em
  • 00:31:43
    Fortaleza, inclusive eh ele cai de novo
  • 00:31:45
    no mesmo erro. Então ele disse, é uma
  • 00:31:47
    coisa que realmente é da mente dele, é
  • 00:31:49
    uma doença que por mais que ele busque
  • 00:31:51
    tratamento, quando ele se afasta um
  • 00:31:53
    pouco, como tem o alcoolismo, né, que no
  • 00:31:55
    caso dele aqui não é alcólatra, mas ele
  • 00:31:58
    pediu para não divulgar o que seria, mas
  • 00:31:59
    ele botou como exemplo alcoolismo. As
  • 00:32:00
    pessoas passam pela abstinência, que é
  • 00:32:03
    um momento muito difícil, quando vê já
  • 00:32:05
    tá lá bebendo de novo. No caso do filho
  • 00:32:07
    dele é outra situação, mas ele disse, a
  • 00:32:09
    gente trabalha para isso. Dos meus bens
  • 00:32:12
    é voltado ao tratamento do meu filho,
  • 00:32:14
    melhora, passa 1 ano, 2 anos, daqui a
  • 00:32:17
    pouco uma recaída grande, forte, com
  • 00:32:19
    atos violentos, muitas vezes com
  • 00:32:21
    infração, vai pra delegacia, tira de
  • 00:32:24
    novo, volta clínica. Aí eu achei
  • 00:32:27
    interessante que ele colocou aqui que
  • 00:32:29
    parabenizo as famílias que levam para o
  • 00:32:32
    tratamento para não desistir.
  • 00:32:32
    Sim,
  • 00:32:34
    né? Apesar, como você falou do governo,
  • 00:32:36
    né, o governo não vai fazer nada,
  • 00:32:39
    não. Outra coisa, é muito difícil também
  • 00:32:40
    quando essa história de mudança de
  • 00:32:42
    comportamento que envolve doenças,
  • 00:32:44
    porque, por exemplo, se você tá com a
  • 00:32:45
    tuberculose torcindo, eu não chego aqui
  • 00:32:48
    e diga: "Zesar, para de torcir, né?" E
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    quando você tá com óculos, Zésa, tira
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    esse óculo, porque esse óculo, ele Mas
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    quando é uma doença mental diz: "Para de
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    se comportar assim". Ora, mas se é uma
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    doença, isso isso é próprio, é um
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    sintoma da doença, não. Por exemplo,
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    como é que você tá com tuberculose?
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    torcindo, eu dou um celular. Ei, vou dar
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    esse celular para você parar de torcir.
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    Ninguém faz isso. Mas no caso da doença
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    mental, algum tratamento como esse é
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    proposto. Faça uma viagem, dê um
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    celular. Isso não é tratamento paraa
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    doença mental. O tratamento geralmente
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    envolve tomar remédios, fazer
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    psicoterapia e mudanças positivas no
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    estilo de vida. Aí quando você vai
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    fazendo isso aí é que você vai
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    adquirindo alívio daqueles sintomas e a
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    pessoa pode ter uma vida normal, digamos
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    assim, como
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    ou sempre com acompanhamento, né?
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    É, mas e certamente se houver um
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    tratamento, a pessoa tende a melhorar.
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    Sem tratamento ele tende a ter mais
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    sintomas ou recaídas no caso desse aí,
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    né?
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    Pois é. E quem tem também eh problemas
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    com a saúde mental e que tratamento
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    também inserida no mercado de trabalho,
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    continua estudando, mas com
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    acompanhamento, como a gente tem outras
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    doenças crônicas também que tem que ter
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    acompanhamento, né? Eu acho que é porque
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    também existe muito tabu em buscar o
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    psiquiatra, em buscar o psicólogo, em
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    buscar ajuda. Percebeu alguma coisa
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    diferente? Não tem alguma coisa errada,
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    tem alguma coisa diferente? procura,
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    enfim, o seu, o seu médico de confiança,
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    não é o vizinho que vai ajudar, não é o
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    coleguinha que vai paraa próxima festa
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    com meu filho que vai trazer ideias
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    diferentes, não é?
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    E outra coisa,
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    desculpa lhe interromper, ai mas é
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    porque ele passou por muitos traumas da
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    infância. Ai, é porque ele não tem um
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    iPhone novo, aí agora ele tá batendo nos
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    colegas, tá fazendo justificativas. Eu
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    vejo pessoas que passaram fome, que
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    trabalharam na roça, que o pai lutou
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    muito, que formou,
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    OK? É uma mente que suportou. Hoje a
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    gente vê pessoas que não suportam não.
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    Sim. Se ele não suporta o não, e uma
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    traição conjugal e uma perca do emprego
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    e uma doença na família, uma doença
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    física nele mesmo, como será? Então são
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    pessoas frágeis que precisam de uma
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    ajuda porque não é possível viver bem
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    tão sendo tão frágil assim, né?
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    Você viu que as coisas teve ciúme
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    da namorada, vou matar,
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    vou matar. E aí se for assim vai ser um
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    deus nos aguda, porque ciúme existe
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    sempre, né? Então as pessoas vão agir
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    assim quando se tem ciúme ou tem alguma
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    comprovação de traição. Não é dessa
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    maneira que vai se resolver. A sociedade
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    não vai ficar bem, vai ficar doente se
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    for dessa forma, né?
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    Obrigada por você ter vindo, viu?
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    Obrigada por tomou, não dei tempo nem
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    dele tomar o suquinho dele, né, gente?
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    Obrigada. Retorne sempre. Muito bom. A
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    gente tá conversando com as o que
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    acontece no nosso dia, pode acontecer
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    com qualquer um de nós. Tanto a gente
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    pode ser a vítima como a gente pode de
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    repetir, como diz assim, a fulana tava
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    boazinha e teve um surto louco e quebrou
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    tudo, bateu com carro, não sabe e não
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    sabe o que aconteceu, porque tem
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    história também que tem gente que
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    esquece o que aconteceu e o que fez, né?
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    E as pessoas julgam que nada, ele tá
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    fingindo, ele lembra de tudo.
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    Sim. Se algo é inexplicável, se é
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    difícil compreensão, você deve procurar
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    ajuda.
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    Simples assim. Se algo é inexplicável
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    ou difícil compreensão, ele tá agindo
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    dessa maneira, por que ele tá fazendo
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    isso? Então é um caso de procurar ajuda
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    para identificar o motivo.
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    Por que ele tá agindo dessa forma?
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    Prestem atenção. Obrigada demais, viu,
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    Dra.
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    Um abraço bem grande.
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    Vale, daqui a pouquinho a gente tá de
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    volta. Lembrando que o nosso café pó de
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    oferecimento da Frota Gourmê, aberto de
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    6:30 da manhã até às 8:30 da noite, à
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    sua disposição, tanto para entrega como
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    também paraa retirada. Eu vou pro
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    intervalo e já volto.
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    Zetrn.
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