O FUTURO DAS EMPRESAS COM INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL (WALTER LONGO) | Salibi e Magaldi #74

As pessoas compram produtos para se tornarem uma melhor versão de si mesmas. A IA representa o cinto de utilidades do Batman, oferecendo uma transformação significativa se utilizada corretamente. O convidado do podcast reflete sobre a importância das tecnologias emergentes como o metaverso e o impacto dos podcasts no Brasil. O entrevistado é elogiado por estar sempre atento às transformações sociais e tecnológicas.

A principal diferença entre o passado e o presente nos negócios é uma sociedade cada vez mais individualista e mimada, afetando os comportamentos de consumo. A tecnologia, incluindo a Inteligência Artificial, tem possibilitado transformações significativas nos seres humanos, não apenas em ferramentas, mas em comportamentos. As evoluções nas preferências de conteúdo, como a individualização do consumo de mídia, são destacadas.

A sociedade moderna busca gratificação instantânea, afetando a logística e o consumo. Exemplos como a entrega rápida de alimentos e mercadorias ilustram essa expectativa por satisfação imediata. Há uma análise social sobre como a gratificação instantânea está intrinsecamente ligada a novos comportamentos de consumo e expectativas. O impacto das tecnologias preditivas nas operações de empresas como a Amazon e JD.com mostra como a tecnologia está moldando a logística e o comportamento do consumidor.

O relato pessoal do entrevistado acerca de uma experiência médica mostra como a tecnologia, especificamente o uso do Google em descobertas médicas, influenciou sua percepção e carreira, orientando-o para o universo da tecnologia. A demonstração do poder transformador da pesquisa na internet em cenários críticos destaca a importância da tecnologia na saúde e em outros setores.

A migração da publicidade de aspiracional para identitária é discutida, mostrando impactos significativos no comportamento do consumidor. A perda de relevância da publicidade tradicional levou ao crescimento dos influenciadores, que trazem de volta o elemento aspiracional. A discussão se aprofunda nas mudanças sociais e nos desafios enfrentados por marcas e produtos em gerar valor e diferenciação competitiva.

As organizações enfrentam desafios na adaptação a um novo contexto social e de comportamento. A importância da inovação é destacada, com a recomendação de que RH lidere esforços de transformação digital. As empresas devem celebrar a inovação da mesma forma que celebram a área comercial, além de buscar integração entre o capital humano e tecnológico, transformando os colaboradores em 'neo-humanos'.

A Inteligência Artificial é vista como uma das mais disruptivas inovações atuais. Há uma ênfase na transformação que ela traz, com a necessidade de mudar comportamentos para se tornar exponenciais. O entrevistado descreve a IA não como uma tecnologia a temer, mas como uma ferramenta para amplificar capacidades humanas, enfatizando que a revolução é mais sobre comportamento humano do que apenas sobre tecnologia.

A perspectiva sobre a revolução gerada pela Inteligência Artificial ressalta que é mais do que uma nova tecnologia, é uma nova forma de ver o mundo, exigindo uma mudança de comportamento e mentalidade. A importância de integrar a IA no dia-a-dia e evitar a atrofia cognitiva é destacada, onde os indivíduos devem utilizar a IA como uma ferramenta de potencialização e não como um peso.

Há uma discussão sobre o poder das palavras e a importância do repertório linguístico diante da Inteligência Artificial. A capacidade de comunicação eficaz é crucial, especialmente perante novas tecnologias que exigem precisão e clareza na interação. Exemplos demonstram como a falta de vocabulário pode limitar o uso eficaz dessas ferramentas, destacando a necessidade de uma evolução educacional e cultural para melhor adaptação.

O impacto das cidades grandes na criatividade, mesmo com menor velocidade de vida, exemplifica a importância de ambientes propensos à troca de ideias. Em ambientes de trabalho, a presença física é destacada como crucial para a criatividade e insights, contrapondo-se à produtividade silenciosa do home office. A discussão sugere que a IA exige ambientes que favoreçam criatividade sobre mera produtividade.