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pela primeira vez desde a sua
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inauguração em 2006 o Museu da Língua
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Portuguesa decidiu mostrar ao público
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uma exposição sobre a variedade
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linguística do português falado no
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Brasil até o dia 27 de junho o público
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poderá conferir a exposição menas o
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certo do errado e o errado do certo
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organizada pelos professores Ataliba
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Castilho e Eduardo cbut nova escola fez
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um passeio pela exposição essa exposição
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nasceu da Necessidade
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e de o Museu da Língua Portuguesa em
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algum momento fazer uma exposição
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temporária sobre a língua portuguesa e o
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legal do meu trabalho junto do professor
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Ataliba foi que a gente tentou trazer
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pro Museu essa língua Popular Digamos
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que uma reflexão sobre as várias formas
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de falar o português e um elogio se é
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que a gente pode dizer assim a língua
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popular é é por esse motivo que essa
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primeira instalação chamada óculos vai
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brincar um pouco com a ideia de uma
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aparente desordem mas quando o visitante
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chega e observa cada uma dessas
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instalações ele vai notar que existe uma
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frase por trás delas e nestas frases a
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gente vai mostrar o espírito da esposa
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uma dessas frases é a mais importante
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Quando se diz quero ser um poliglota na
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minha própria língua Ou seja a gente
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quer que o visitante saia daqui sabendo
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que há várias maneiras diferentes de
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usar o português e que cada uma é
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adequada a uma situação de comunicação
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específica
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dia o o nome dessa instalação já mostra
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que não existe erro meu ou seu existem
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erros nossos e a gente poderia até
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colocar os erros entre aspas porque a
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gente quer mostrar que não existem erros
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absolutos na realidade a gente colocou
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100 frases do domínio popular e logo
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embaixo de cada uma delas uma explicação
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do porquê de elas estarem erradas na
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verdade elas estão inadequadas a uma
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situação formal de comunicação mas a
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grande verdade é que a maioria dessas
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frases são super usadas no dia a dia
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muita gente diz eu Viela na festa quem
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não fala isso numa conversa cotidiana o
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que a gente tenta mostrar com a
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exposição é que não há problema nenhum
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em usar uma frase como essa agora numa
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situação mais formal numa palestra a
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executivos numa entrevista de emprego é
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mais conveniente dizer eu a vi na festa
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então embora a gente tenha na exposição
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a ideia de homenagear a língua Popular a
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gente tenta mostrar também que nas
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situações mais formais de comunicação
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ainda é preferível usar o padrão culto
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da
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língua o jogo do certo e der errado ou
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numa exposição em que a gente quer
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relativizar um pouco a noção de erro É
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uma brincadeira evidentemente a gente
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falar num jogo de certo e de errado mas
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quando o visitante chega e começa a
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fazer cada uma das questões que a gente
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propôs ele vai perceber que a gente foge
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um pouco da mera discussão a respeito do
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certo e do errado e o que a gente quer é
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convidá-lo a reflexão
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linguística vamos agora na biblioteca de
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Babel um nome que parece ser um pouco
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contraditório Afinal uma biblioteca
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pressupõe a
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organização enquanto Babel sugere o
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contrário a desordem nessa
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organização
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desorganizada nós colocamos uma série de
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frases de pensamentos de fragmentos
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literários de canções de de poemas todos
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de compositores de escritores de poetas
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de prosadores que fizeram um uso
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expressivo da língua portuguesa na mão
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dos mais talentosos literatos a língua
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Popular pode ganhar muito em
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expressividade com isso nós queremos
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mostrar que ao sair daqui o visitante
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dominando variedades linguísticas
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diferentes do português pode se tornar
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um usuário mais
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daua Norma a
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camale norma
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significa regra e a gente imaginou uma
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conversa entre quatro mulheres chamadas
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normas no banheiro do Museu da Língua
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Portuguesa falando justamente sobre a
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exposição Então a gente tem a norma
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gramatical um pouco mais careta um pouco
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mais
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a gente tem a norma lexical se
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preocupando com os neologismos com o
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emprego Preciso das palavras a norma
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semântica se preocupando com
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significados implícitos e explícitos e a
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norma discursiva se preocupa com tudo
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isso
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simultaneamente quando o visitante chega
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a esse ponto da exposição ele já tem uma
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ideia melhor do que a gente quer e essa
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conversa entre as quatro normas permite
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a ele entender que a língua pode ser
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vista de múltiplos pontos de
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vista Este é o encerramento da exposição
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janelas abertas é o nome desta
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instalação e o nome é porque as janelas
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do museu estão abertas na maior parte
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das Exposições que ocorreram aqui essas
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janelas estavam fechadas mas aqui na
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menas é importante que elas estejam
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abertas porque a gente quer mostrar que
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a língua Popular ela vem da rua e o
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museu simplesmente resolveu homenageá-lo
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é por isso que nessa instalação a gente
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colocou placas de caminhão com frases
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ambíguas engraçadas
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provocativas a gente colocou gírias
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expressões do domínio popular e placas
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variadas com Deslizes de ortografia
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coisas engraçadas no fundo o que a gente
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quer é que o visitante saia daqui
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olhando um pouco para a Rua se ele
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conseguir começar a prestar um pouco
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mais de atenção nesses registros
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populares a gente já vai ter se dado por
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satisfeito o Museu da Língua Portuguesa
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fica na Praça da luz em São Paulo e
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funciona de terça a domingo das 10 às 18
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horas para os professores eu acho que
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essa exposição
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oferece uma grande
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e riqueza de trabalho posterior em sala
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de aula o que a gente quer é que o
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professor ensine o aluno que ele precisa
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sim conhecer o padrão culto da língua e
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os erros nossos de cada dia permitem
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diversas reflexões A esse respeito mas
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não é só isso o professor ele precisa
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também mostrar ao aluno que necessário
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que ele aprenda a reconhecer as
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diferenças entre o padrão culto e o
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padrão Popular se de um lado a escola
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tem o dever de ensinar o padrão culto ao
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aluno de outro lado ela tem também o
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dever de mostrar que existem outros
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padrões e que hoje um falante da língua
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não pode desconhecer
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