CRP06 - História e memória da Psicologia em SP - Entre o direito e lei

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https://www.youtube.com/watch?v=LLmgJKGWjLs

摘要

TLDRO vídeo aborda a psicologia jurídica, que atua na interface entre psicologia e direito, abrangendo áreas como varas de infância, juventude e o sistema penitenciário. O psicólogo jurídico é essencial no judiciário, fornecendo avaliações psicológicas que influenciam decisões legais. A história dessa prática no Brasil revela um desenvolvimento crescente, desde a inclusão da psicologia em faculdades de direito até a construção do Estatuto da Criança e do Adolescente. A atuação interdisciplinar é enfatizada, reconhecendo a complexidade dos problemas sociais enfrentados. Além disso, discute-se a importância do psicólogo em processos judiciais e a necessidade de uma abordagem crítica e contextualizada sobre a criminalização e a legislação.

心得

  • 🧠 A psicologia jurídica é a interface entre psicologia e direito.
  • ⚖️ O psicólogo jurídico atua como perito em ações cíveis e penais.
  • 📚 A história da psicologia jurídica no Brasil remonta ao início do século XX.
  • 🔍 A atuação interdisciplinar é crucial para resolver questões sociais complexas.
  • 👶 O Estatuto da Criança e do Adolescente é um marco para a atuação dos psicólogos nas varas da infância.
  • 📈 A autópsia psicológica ajuda a entender o estado mental antes da morte.
  • ✊ A psicologia jurídica deve abordar questões sociais como o racismo.
  • 🧩 O psicólogo jurídico traz uma perspectiva crítica à criminalização.
  • 🔗 A formação contínua é necessária para enfrentar novos desafios sociais e legais.
  • 🌍 O trabalho do psicólogo deve considerar o contexto social amplo.

时间轴

  • 00:00:00 - 00:05:00

    A psicologia jurídica é uma área da psicologia que se relaciona com o direito e a justiça, envolvendo atuação em varas de infância e juventude, varas de família, e como perito em ações civis e criminais. Essa psicologia objetiva unificar abordagens e conceitos, permitindo um melhor entendimento entre os profissionais da área jurídica e os psicólogos sobre suas funções e intervenções nos casos que analisam.

  • 00:05:00 - 00:10:00

    Historicamente, a psicologia jurídica remonta ao início do século XX, quando a psicologia começou a ser incorporada nas faculdades de direito. O primeiro congresso paulista incluiu trabalhos de psicologia jurídica, e o Instituto de Biotipologia Criminal desenvolveu avaliações psicológicas complexas. O enfoque da criminologia clínica foi inicialmente médico, mas a psicologia começou a ganhar espaço na análise criminológica a partir de tais práticas.

  • 00:10:00 - 00:15:00

    Na década de 1940, a psicologia do testemunho se destacou, contribuindo para a compreensão dos depoimentos e dos aspectos psicológicos que os influenciam. A psicóloga Bett Katzenstein defendeu a importância de estudar a testemunha, distinguindo-a de estudios jurídicos focados apenas no réu. A psicologia jurídica começou a se consolidar como profissão regulamentada em 1962, abrangendo diversas áreas, incluindo a infância e a família.

  • 00:15:00 - 00:20:00

    Após o primeiro código de menores em 1927, os psicólogos começaram a atuar mais intensamente no sistema judiciário. Com o passar das décadas, a execução e a avaliação de casos de crianças e adolescentes passaram a contar com a participação direta de psicólogos, que eram responsáveis por emitir pareceres sobre o estado mental e a situação familiar dos menores.

  • 00:20:00 - 00:25:00

    Na década de 1980, a atuação do psicólogo no judiciário se tornava cada vez mais reconhecida. O ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente), promulgado em 1990, legitima e amplia o papel dos psicólogos, que passaram a atuar em equipes técnicas na Vara da Infância e Juventude, contribuindo efetivamente para o atendimento das demandas sociais e jurídicas relacionadas a crianças e adolescentes.

  • 00:25:00 - 00:30:00

    Os psicólogos do judiciário lutaram por maior reconhecimento de suas funções e buscaram transformar sua atuação em resposta à desconstrução de práticas que focavam apenas no individualismo das ações judiciais. Isso implicou em uma reflexão sobre o papel do poder judiciário e sobre as questões sociais que afetam as famílias e os indivíduos em conflito com a lei.

  • 00:30:00 - 00:35:00

    À medida que a psicologia foi se estabelecendo como um campo de conhecimento e atuação, surgiram organizações e associações voltadas para a psicologia jurídica, fortalecimento da identidade profissional e a promoção de práticas interdisciplinares no atendimento, particularmente nas varas da infância e da família. Essa articulação foi crucial para atender às demandas da justiça e do bem-estar social.

  • 00:35:00 - 00:40:00

    Com o tempo, o psicólogo judiciário passou a oferecer não somente avaliações, mas também acompanhamento e intervenção nas situações familiares. Tornou-se um agente de transformação social, buscando não apenas avaliar, mas também auxiliar na resolução de casos e na reintegração social daqueles envolvidos no sistema jurídico.

  • 00:40:00 - 00:46:37

    Finalmente, a psicologia jurídica continua enfrentando desafios, como a necessidade de maior visibilidade e adequação das questões sociais, políticas e raciais que permeiam o sistema judiciário. O trabalho do psicólogo é crucial para a promoção de mudanças nesse contexto e é visto como essencial na construção de políticas públicas que atendam as realidades de grupos minoritários e em situação de vulnerabilidade.

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思维导图

视频问答

  • Qual é o foco da psicologia jurídica?

    A psicologia jurídica estuda a interface entre psicologia e direito, atuando em áreas como infância, juventude e sistema penitenciário.

  • Quais são algumas áreas de atuação do psicólogo jurídico?

    Os psicólogos jurídicos atuam como peritos em ações cíveis e criminais, bem como nas varas da infância, juventude e da família.

  • Como a psicologia jurídica evoluiu no Brasil?

    Historicamente, a psicologia jurídica no Brasil se desenvolveu ao longo do século XX, com regulamentações e a inclusão de psicólogos em diversas esferas do judiciário.

  • Qual a importância da atuação interdisciplinar na psicologia jurídica?

    A atuação interdisciplinar é essencial para abordar as complexidades sociais e individuais que afetam os casos jurídicos.

  • O que é a autópsia psicológica?

    A autópsia psicológica é uma estratégia de avaliação retrospectiva que busca entender o estado mental de um indivíduo antes da morte.

  • Qual é o impacto do Estatuto da Criança e do Adolescente na atuação do psicólogo jurídico?

    O ECA legitimou e sistematizou a atuação dos psicólogos nas varas da infância e juventude, promovendo a proteção dos direitos das crianças.

  • Como a psicologia jurídica pode contribuir para questões sociais?

    A psicologia jurídica pode ajudar a ressignificar problemas sociais como racismo, promovendo maior visibilidade e entendimento no âmbito jurídico.

  • Quais são os desafios atuais na psicologia jurídica?

    Os desafios incluem a necessidade de maior visibilidade para problemas sociais e a incorporação de uma visão crítica nas práticas psicológicas.

  • Qual a diferença entre clínica e psicologia jurídica?

    A psicologia clínica foca no tratamento individual, enquanto a psicologia jurídica considera o contexto social e suas implicações legais.

  • Como os psicólogos se tornam peritos em processos legais?

    Psicólogos podem ser chamados como peritos em processos legais quando o conhecimento técnico psicológico é indispensável para a decisão judicial.

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    a psicologia jurídica é o campo da
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    Psicologia que trabalha na interface com
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    as áreas do direito e da Justiça o
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    psicólogo jurídico trabalha basicamente
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    nas varas da infância e juventude varas
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    da família e sucessões no sistema
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    penitenciário e como perito em ações
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    cíveis e criminais o campo da psicologia
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    jurídica Na verdade é um campo bastante
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    heterogêneo né a partir da intervenção
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    dos seus operadores né dos seus eh dos
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    seus profissionais né E também tem sobre
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    si um certo encargo eh de tentar
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    unificar um pouco essas formas de
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    entendimento de atuação para fazer
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    frente a outros profissionais com quem
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    efetivamente nós estamos encontrando na
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    nossa prática né ou seja o juiz o
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    advogado o assistente social né eles
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    também vão construindo a ideia de que
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    que um psicólogo Dent do campo jurídico
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    faz a partir do encontro né a cada caso
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    né a cada atendimento conosco geralmente
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    temos trabalhado com a definição que
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    psicologia jurídica ela Ela estuda os
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    comportamentos dos atores jurídicos
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    né E então ela não se limita à
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    instituição a uma organização jurídica
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    né a ação psicológica pode
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    estar fora de qualquer instituição Como
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    por exemplo o psicólogo clínica pode ser
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    chamado para ser perito ou fazer alguma
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    avaliação enfim e essa avaliação consta
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    do processo no poder judiciário a gente
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    ganha uma especificidade né porque
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    aquilo que nós discutimos avaliamos com
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    o sujeito se transforma num documento
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    que inserido no processo ganha força de
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    prova prova de uma verdade que a
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    formalidade do direito busca e que a
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    psicologia discute e que são questões
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    complicadas uma vez que por exemplo o o
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    construo de melhor pai melhor mãe não
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    existe ou pelo menos ele é bastante eh
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    eh não é um construto harmônico único né
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    dependendo da teoria dependendo do ponto
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    de vista do técnico e teórico Você pode
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    ter um entendimento completamente
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    diferente a psicologia jurídica além de
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    lançar eh os conceitos lançar mão dos
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    conceitos que nós já temos da a produção
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    científica da psicologia social da
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    Psicologia Clínica Ela deve também
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    produzir conhecimentos bem específicos o
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    psicólogo o terapeuta é aquele que
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    embora com um referencial teórico é
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    aquele profissional que tem por
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    obrigação entender o outro dentro da
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    subjetividade do outro e quem ajuda que
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    a psicologia é exatamente a quem ampara
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    quem dá esta
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    condição a psicologia no estudo da
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    conduta criminosa do crime do cárcere
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    ela não necessariamente leva uma visão
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    reducionista ela tanto pode levar uma
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    visão reducionista dependendo da maneira
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    como você a trata como você a utiliza
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    como ela pode abrir a sua mente e levar
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    uma visão crítica e a psicologia
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    jurídica ela trabalha essencialmente com
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    problemas
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    sociais então Eh o psicólogo jurídico
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    ele não pode ficar alheio a essas
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    questões
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    no momento da intervenção
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    dele mesmo que seja muito singular quer
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    dizer sobre o indivídu ele não pode
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    estar alheio a a contextualização desse
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    indivíduo dentro dentro contexto mais
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    amplo e o que significa essas
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    determinações mais amplas sobre o
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    indivíduo e a possibilidade de
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    intervenção nós não podemos fazer
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    previsão de fatos absolutos não temos
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    diagnósticos que podem ser fechados são
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    diagnósticos situacionais de uma
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    situação geralmente de o sofrimento
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    psíquico uma situação de crise e que a
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    compreensão né desse contexto e do como
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    é que o próprio processo judicial faz
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    parte desse contexto é uma leitura
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    extremamente necessária e que foi também
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    nos levando a construção de uma
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    especialidade né nós começamos aos
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    poucos a ir acumulando um conhecimento
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    que vinha não só da nossa prática no
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    cotidiano mas de pesquisas que começaram
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    a ser feitas sobre essa prática para
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    constituir o reconhecimento da
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    especialidade feita pelo Conselho
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    Federal de Psicologia em
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    2001 historicamente a psicologia
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    jurídica tem uma trajetória que remonta
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    as primeiras décadas do século
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    passado no início do século XX a
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    psicologia como ciência estava
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    fortemente presente na área do direito
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    as faculdades de direito foram as
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    primeiras a incluir cadeiras específicas
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    de ensino de
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    psicologia em
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    1939 quando a psicologia estava se
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    afirmando e delimitando como ciência e
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    Campo de conhecimento foi realizado em
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    São Paulo o primeiro congresso Paulista
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    de Psicologia Neurologia psiquiatria
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    endocrinologia identificação medicina
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    legal e
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    criminologia neste evento os trabalhos
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    de psicologia jurídica foram incluídos
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    na sessão de crime
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    olia o serviço de biotipologia criminal
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    da penitenciária do Estado desenvolvia
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    desde os anos
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    1940 uma avaliação psicológica bastante
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    complexa atividade que será
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    posteriormente assumida por
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    profissionais específicos os psicólogos
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    o esquema de observação criminológica
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    incluí estudo do comportamento métodos
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    psicográficos teste psicológico de horak
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    questionário desenhos e exames
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    experimentais com
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    testes Instituto de biotipologia
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    criminal marcou uma época muito
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    importante né ele marcou a época daquilo
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    que eu chamaria de criminologia Clínica
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    tradicional o Instituto de biotipologia
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    criminal ele tinha uma prática
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    marcadamente médica e depois médico
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    psicológica a ênfase era na psiquiatria
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    eu diria que a hegemonia era dos
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    psiquiatras depois houve um agregado de
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    poder de valor que seria da psicologia e
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    posteriormente do serviço
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    social Isto é o seguinte quer dizer que
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    qualquer benefício que deveria ser
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    concedido ou que era pedido para os
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    presos do tipo por exemplo Livramento
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    condonal prisão alberg
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    domiciliar regime semiaberto
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    deveria ser instruído com parecer com
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    parecer do Instituto de biotipologia
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    criminal e mais na grande maioria dos
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    casos os presos recebiam a chamada
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    medida de segurança do juiz por parte do
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    juiz esta medida de segurança presumia
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    que se tratava de um preso perigoso no
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    sentido técnico de
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    periculosidade periculosidade no sentido
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    técnico significa uma condição imanente
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    própria do indivíduo psíquica interna
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    dele
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    intrínseca as suas condições orgânicas
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    as suas condições emocionais psíquicas
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    de
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    personalidade eh condição esta imanente
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    dele que o levava vamos dizer assim ao
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    Crime pelo que se inferia que ele seria
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    como que e predeterminado ao Crime daí o
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    famoso né pretermino ao Crime que já vem
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    desde a época de Lombroso portanto além
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    dele cumprir a pena privativa de
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    liberdade deveria cumprir uma medida de
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    segurança e tratamento daí que qualquer
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    benefício a lhe ser
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    concedido ficava sujeito à verificação
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    de cessação desta
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    periculosidade e esta era a atribuição
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    do Instituto de biotipologia criminal
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    que
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    portanto trabalhava
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    funcionava dentro daquilo que a gente eu
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    chamaria hoje de conceito tradicional de
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    criminologia clínica entre os testes
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    aplicados estava o pmk criado por Mira e
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    Lopes como técnica para determinação de
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    periculosidade atual e
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    potencial Mira e Lopes uma das maiores
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    autoridades em psicologia jurídica
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    defendia que a psicologia deveria atuar
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    na prevenção e no desenvolvimento de
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    instrumentos de previsão de possíveis
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    delitos promovendo programas
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    profiláticos de higiene mental que
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    visassem impedir que o indivíduo
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    entrasse em conflito com a
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    lei na década de
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    1940 a psicologia jurídica não se
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    limitava à psicopatologia e ao estudo
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    dos criminosos incluía a psicologia do
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    testemunho na qual aplicava os
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    conhecimentos obtidos pela psicologia
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    científica sobre a percepção As Ilusões
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    sensoriais a atenção a memória a
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    sugestão o interesse a emoção e os
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    complementos das lacunas
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    mêm em dezembro de 1940 em uma palestra
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    na sociedade de medicina legal e
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    criminologia a psicóloga bett
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    katzenstein do laboratório de psicologia
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    da USP que antes de migrar ao país
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    atuara como perita na Alemanha junto com
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    William stern em casos de testemunhos
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    infantis defendeu que a psicologia da
  • 00:10:34
    Testemunha é um campo da Psicologia
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    diferenciado da psiquiatria e
  • 00:10:40
    ressaltou se no estudo do réu se pode
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    objetar ainda que ele é um caso fora da
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    Norma a testemunha em geral é um ser
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    dentro da Norma pessoa com todos os seus
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    característicos psíquicos de sexo idade
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    experiências feitas Isto é Campo próprio
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    dos est estudos
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    psicológicos seus depoimentos são
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    expressão de percepções lembranças
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    afetos julgamentos ou em resumo são
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    manifestações no terreno próprio da
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    psicologia na década de
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    1950 a profissão de psicólogo ou
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    psicologista como se usava foi se
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    consolidando como campo de atuação e de
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    identidade a profissão foi regulamentada
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    em
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    1962 na área do direito os psicólogos
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    passaram a ocupar alguns espaços até
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    então desenvolvidos por outros
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    profissionais enquanto saberes e
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    práticas como a criminologia e a
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    psicologia do testemunho Foram
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    absorvidos pela área do direito
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    atualmente a psicologia tem uma
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    importante presença profissional
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    institucional intelectual e política em
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    todas as questões relacionadas à
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    infância a adolescência e a família Esta
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    área tem sido uma das mais importantes
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    de atuação do Conselho Regional de
  • 00:12:01
    Psicologia de São Paulo o psicólogo atua
  • 00:12:04
    participando inclusive do debate e da
  • 00:12:07
    formulação Nacional de políticas
  • 00:12:09
    campanhas educacionais e leis hoje a
  • 00:12:12
    presença do psicólogo nestas áreas é
  • 00:12:15
    considerada indispensável mas também
  • 00:12:17
    neste Campo a psicologia tem uma
  • 00:12:20
    história que remonta às primeiras
  • 00:12:22
    décadas do século passado Em
  • 00:12:25
    1927 foi outorgado o primeiro código de
  • 00:12:28
    menores de autoria de Melo Matos o
  • 00:12:32
    código virou por 52 anos até
  • 00:12:36
    1979 e preocupava-se especificamente com
  • 00:12:39
    os menores considerados abandonados e
  • 00:12:42
    delinquentes o juiz de menores aplicava
  • 00:12:45
    medidas de assistência proteção defesa
  • 00:12:48
    processo e julgamento Então nós vamos
  • 00:12:51
    buscar um pouco a história da Psicologia
  • 00:12:55
    chamada jurídica e que muitas vezes é
  • 00:12:57
    referida com psicologia forense e fomos
  • 00:13:01
    encontrar nela Um percurso na história
  • 00:13:04
    da Psicologia que a relaciona de uma
  • 00:13:07
    maneira muito Direta com um modelo
  • 00:13:10
    médico de atuação eh com um modelo muito
  • 00:13:13
    semelhante a introdução da psiquiatria
  • 00:13:16
    nos fóruns e também com um modelo
  • 00:13:18
    extremamente positivista de Psicologia
  • 00:13:21
    eh centrada no exame na investigação e
  • 00:13:25
    no enquadramento das pessoas nas décadas
  • 00:13:27
    de 1900 30 e 1940 o juiz de menores da
  • 00:13:32
    capital ou juízes do interior
  • 00:13:34
    encaminhavam os casos que recebiam para
  • 00:13:37
    o Instituto de Pesquisa do serviço
  • 00:13:39
    social de menores para estudo e
  • 00:13:41
    avaliação a subdiretoria
  • 00:13:44
    técnico-científica realizava os exames
  • 00:13:47
    biotipos e médico psicopedagógicos dos
  • 00:13:50
    menores emitia pareceres e indicava
  • 00:13:53
    medidas de educação ou tratamento
  • 00:13:56
    remetendo ao Juizado de Menores onde se
  • 00:13:58
    processava o julgamento do caso e seu
  • 00:14:01
    encaminhamento nesta época eram emitidos
  • 00:14:04
    pareceres sobre o estado mental com
  • 00:14:06
    avaliação de aspectos como inteligência
  • 00:14:09
    comportamento ou personalidade dos
  • 00:14:11
    menores e orientações para auxiliar o
  • 00:14:14
    julgamento do juiz na década de
  • 00:14:17
    1950 Esta função passaria a ser exercida
  • 00:14:20
    por um psicologista outro serviço ligado
  • 00:14:23
    ao Juizado de Menores era o serviço de
  • 00:14:26
    colocação familiar criado em
  • 00:14:29
    1949 para dar Amparo às famílias
  • 00:14:31
    carentes que possuíssem menores sob sua
  • 00:14:34
    guarda em
  • 00:14:36
    1953 o serviço prevê a criação de uma
  • 00:14:39
    clínica de orientação juvenil composta
  • 00:14:42
    de um médico e de um psicologista em
  • 00:14:45
    1956 o psicólogo foi também inserido
  • 00:14:48
    informalmente no tribunal de justiça
  • 00:14:51
    integrando as equipes interprofissionais
  • 00:14:53
    do recolhimento provisório de menores do
  • 00:14:57
    centro de observação feminina e da
  • 00:14:59
    clínica de estudo juvenil com trabalhos
  • 00:15:02
    de avaliação e diagnóstico ainda nos
  • 00:15:05
    anos
  • 00:15:06
    1950 os psicologistas passam a integrar
  • 00:15:09
    as equipes de alguns serviços ligados ao
  • 00:15:12
    Juizado de Menores como o serviço de
  • 00:15:14
    abrigo e triagem em
  • 00:15:17
    1954 em
  • 00:15:19
    1979 com a promulgação do novo código de
  • 00:15:23
    menores os psicólogos começaram a atuar
  • 00:15:25
    nas audiências interprofissionais junto
  • 00:15:28
    com os assistentes sociais inicialmente
  • 00:15:31
    na vara Central expandindo-se depois
  • 00:15:33
    para as varas
  • 00:15:37
    regionais considerando que o código de
  • 00:15:41
    1979 ele ainda é um código extremamente
  • 00:15:44
    Tutelar que que coloca o estado como
  • 00:15:47
    aquele que vai Tutelar os que fugiram da
  • 00:15:50
    regra como se eh estar numa condição de
  • 00:15:55
    vitimização seja por sexual eh eh física
  • 00:16:00
    psicológica Estar numa situação de eh
  • 00:16:04
    carência e de miséria fosse uma
  • 00:16:07
    responsabilidade individual pessoal de
  • 00:16:09
    cada um então assim uma demanda em que o
  • 00:16:12
    psicólogo fosse aquele que iria fazer a
  • 00:16:15
    investigação do subjetivo aquele que
  • 00:16:17
    estaria vendo lá dentro do sujeito as
  • 00:16:21
    suas motivações para aqueles
  • 00:16:23
    comportamentos que eram considerados
  • 00:16:25
    desviantes ou a situação familiar era
  • 00:16:27
    irregular e essa família precisaria ser
  • 00:16:30
    regularizada adaptada ao modelo de
  • 00:16:33
    família normal ou o adolescente que
  • 00:16:36
    estava praticando atos infracionais
  • 00:16:38
    deveria ter o seu comportamento
  • 00:16:40
    controlado vigiado pelo Estado os
  • 00:16:43
    psicólogos começaram a perceber a
  • 00:16:46
    necessidade de debaterem a sua questão
  • 00:16:49
    ética a sua questão técnica para se
  • 00:16:52
    fortalecer diante de um poder que os
  • 00:16:55
    colocava como um saber menor um saber
  • 00:16:58
    que vinha auxiliar sim a administração
  • 00:17:00
    da Justiça Mas da forma como a justiça
  • 00:17:02
    queria não com aquilo que a psicologia
  • 00:17:05
    efetivamente poderia oferecer mas com
  • 00:17:07
    aquilo que eles julgavam que a
  • 00:17:09
    psicologia deveria oferecer que que nós
  • 00:17:12
    decidimos enquanto grupo enquanto
  • 00:17:14
    construção coletiva de um saber que nós
  • 00:17:17
    deveríamos nos inserir nessas semanas de
  • 00:17:19
    estudos levando já um questionamento
  • 00:17:23
    sobre a inserção do psicólogo na
  • 00:17:26
    estrutura do tribunal de justiça e
  • 00:17:28
    discutindo o quanto esse conhecimento
  • 00:17:30
    poderia estar trazendo um novo olhar
  • 00:17:32
    para essas questões e não e que não
  • 00:17:34
    fosse uma prática adaptativa uma prática
  • 00:17:37
    de sujeição mas uma uma uma prática de
  • 00:17:40
    transformação dessa realidade
  • 00:17:42
    institucional esses propostas Elas
  • 00:17:44
    acabaram sendo ouvidas por um conjunto
  • 00:17:47
    de juízes e desembargadores que se
  • 00:17:49
    preocuparam efetivamente em discutir o
  • 00:17:52
    conceito de minoridade com os os
  • 00:17:54
    profissionais do serviço social e da
  • 00:17:56
    Psicologia então a gente ganha um um
  • 00:17:58
    papel de interlocutor da prática que
  • 00:18:01
    acontecia no judiciário e como
  • 00:18:03
    interlocutores dessa prática nós
  • 00:18:05
    conseguimos propor a efetivação desse
  • 00:18:08
    lugar através de um concurso público que
  • 00:18:10
    aconteceu em
  • 00:18:12
    1985 então nós tivemos eh a criação de
  • 00:18:15
    cargos através de um projeto de lei
  • 00:18:17
    criação de cargo de 64 cargos de
  • 00:18:20
    psicólogos para a capital eh isso eh foi
  • 00:18:24
    uma luta da categoria foi um primeiro
  • 00:18:26
    concurso em que nós conseguimos levar o
  • 00:18:30
    Conselho Regional de Psicologia como
  • 00:18:33
    fiscalizador do certame e como
  • 00:18:36
    elaborador do
  • 00:18:37
    concurso em 13 de julho de
  • 00:18:41
    1990 foi aprovado o Estatuto da Criança
  • 00:18:44
    e do Adolescente o eca uma lei Protetora
  • 00:18:47
    dos Direitos da Criança e do Adolescente
  • 00:18:50
    cabendo ao psicólogo judiciário
  • 00:18:52
    interferir quando estes direitos estão
  • 00:18:55
    ameaçados contribuindo para o resgate da
  • 00:18:58
    Cia da população
  • 00:19:00
    infantojuvenil o eca legitima A Equipe
  • 00:19:03
    técnica para o funcionamento da Vara da
  • 00:19:06
    Infância e Juventude antiga vara de
  • 00:19:08
    menores enquanto serviço auxiliar os
  • 00:19:12
    dispositivos do ECA definem que a
  • 00:19:14
    atuação do psicólogo judiciário não se
  • 00:19:17
    restringe à atividade
  • 00:19:21
    pericial os psicólogos que estavam eh
  • 00:19:25
    nessa época trabalhando no judiciário
  • 00:19:28
    foram também construtores do ECA do
  • 00:19:31
    Estatuto da Criança e do Adolescente nós
  • 00:19:34
    vivemos a passagem dos diversos códigos
  • 00:19:37
    né de 1979 de 1927 para 1979 código de
  • 00:19:42
    menores e do código de menores para o
  • 00:19:44
    Estatuto da Criança e do Adolescente mas
  • 00:19:47
    nós colaboramos com essa transformação e
  • 00:19:50
    colaboramos de que
  • 00:19:52
    forma a partir da crítica Que nós
  • 00:19:54
    tínhamos ao nosso próprio fazer eh
  • 00:19:57
    quando nós recebíamos essa essa
  • 00:20:01
    distorção de se colocar a
  • 00:20:03
    responsabilidade né das mazelas sociais
  • 00:20:08
    nos sujeitos pessoais individuais e a
  • 00:20:12
    lógica do processo jurídico que é único
  • 00:20:16
    né Com início meio e fim ela perpetuava
  • 00:20:20
    uma visão muito eh pouco abrangente da
  • 00:20:24
    realidade então o que que os psicólogos
  • 00:20:26
    e os assistentes sociais judiciário
  • 00:20:28
    começaram a fazer ao discutir essa
  • 00:20:31
    prática ao trazer essa prática vai ser
  • 00:20:33
    discutida no conselho eles começaram
  • 00:20:35
    também a discutir o quanto né a política
  • 00:20:39
    de atendimento aos direitos da infância
  • 00:20:42
    precisavam ser modificadas no país de
  • 00:20:44
    acordo com a própria constituição
  • 00:20:46
    brasileira de
  • 00:20:48
    1988 e esta participação foi muito
  • 00:20:51
    efetiva junto com os promotores da
  • 00:20:53
    infância que eram na época eh muito
  • 00:20:56
    críticos e muito organizados E aí o
  • 00:20:58
    assistente social e o psicólogo do
  • 00:21:00
    Judiciário Eles começam também a a dar
  • 00:21:03
    uma contribuição histórica não só para
  • 00:21:06
    uma prática inserida naquela instituição
  • 00:21:09
    mas para os efeitos dessa prática na
  • 00:21:12
    transformação da situação da criança no
  • 00:21:14
    país tínhamos uma comissão
  • 00:21:16
    representativa com assistentes sociais e
  • 00:21:18
    psicólogos de todas as varas organizando
  • 00:21:21
    esses encontros para discutir a nossa
  • 00:21:23
    trajetória profissional discutir os
  • 00:21:25
    efeitos da nossa prática e uma
  • 00:21:29
    preocupação muito grande com alguns
  • 00:21:31
    dilemas éticos que nós vivíamos no
  • 00:21:33
    início da nossa carreira e da construção
  • 00:21:37
    da nossa profissão no judiciário que
  • 00:21:39
    eram questões que falavam
  • 00:21:42
    eh até de um certo conflito entre aquilo
  • 00:21:45
    que nós aprendíamos na nossa
  • 00:21:48
    Constituição enquanto profissionais
  • 00:21:50
    psicólogos o nosso código de ética e
  • 00:21:52
    aquilo que nos era demandado pela
  • 00:21:54
    instituição Então como que nós iríamos
  • 00:21:57
    por por exemplo fazer um acerto entre
  • 00:22:00
    sigilo segredo de Justiça né e um laudo
  • 00:22:04
    que vai ser funcionar como uma prova no
  • 00:22:07
    processo para uma decisão que pode mudar
  • 00:22:11
    e determinar inclusive identidades a
  • 00:22:14
    influência maior foi
  • 00:22:16
    eh do método Clínico né da formação que
  • 00:22:20
    os psicólogos tiveram na qual o uso de
  • 00:22:24
    basicamente entrevistas testagens e
  • 00:22:26
    observações lúdicas acabam sendo o tripé
  • 00:22:29
    básico de instrumental para fazer a ess
  • 00:22:32
    esse tipo de diagnóstico de como é que a
  • 00:22:34
    família se
  • 00:22:35
    encontra e nesse sentido é muito fácil
  • 00:22:39
    Se confundir Digamos um enquadre clínico
  • 00:22:41
    uma vez que se usa esse mesmo
  • 00:22:42
    instrumental né e eh tentasse uma
  • 00:22:46
    transposição desse enquadre Clínico pro
  • 00:22:48
    enquadre Judiciário né Eh e ao meu ver
  • 00:22:52
    eh penso que existe uma especificidade
  • 00:22:54
    do trabalho do psicólogo dentro do
  • 00:22:56
    Tribunal de Justiça dentro de um
  • 00:22:58
    enquadre que não é um enquadre clínico
  • 00:23:00
    né Eh um enquadre que deve levar em
  • 00:23:03
    conta a questão institucional então por
  • 00:23:06
    exemplo Ah as pessoas que nós atendemos
  • 00:23:09
    em Vara de Família Elas não vão não
  • 00:23:13
    foram ao Tribunal de Justiça procurando
  • 00:23:15
    um psicólogo né eles foram ao Tribunal
  • 00:23:18
    de Justiça procurando uma sentença que
  • 00:23:20
    eles consideram a mais justa para para
  • 00:23:22
    pra demanda de direito deles e nós
  • 00:23:24
    começamos a perceber que a psicologia
  • 00:23:27
    tinha um conhecimento específico desse
  • 00:23:29
    sujeito na medida em que compreendia a
  • 00:23:31
    subjetividade como uma construção social
  • 00:23:34
    não apenas como um feixe de vazios mas
  • 00:23:38
    um feixe de possibilidades O que é
  • 00:23:41
    possível dentro da circunstância dessa
  • 00:23:44
    família dentro da circunstância de Vida
  • 00:23:46
    desta criança buscar enquanto solução né
  • 00:23:50
    não para só um caso isoladamente mas por
  • 00:23:53
    uma situação problemática do ponto de
  • 00:23:56
    vista social e daí a necessidade do
  • 00:23:58
    conhecimento ser interdisciplinar e da
  • 00:24:01
    da prática ser interdisciplinar porque a
  • 00:24:03
    psicologia sozinha não dá conta o
  • 00:24:05
    serviço social sozinho não dá conta nem
  • 00:24:07
    o direito sozinho dá conta e aí nós
  • 00:24:09
    fomos aprendendo a necessidade também do
  • 00:24:12
    psicólogo que trabalhava no judiciário
  • 00:24:15
    estar no Conselho Regional de
  • 00:24:17
    Psicologia criando um Centro de
  • 00:24:19
    Orientação um centro de escuta não só
  • 00:24:22
    das demandas que viam da própria
  • 00:24:24
    categoria como das demandas daqueles que
  • 00:24:26
    eram usuários do psicólogo no judiciário
  • 00:24:29
    Conselho Regional de Psicologia chamou
  • 00:24:32
    eh o psicólogo sistema pário psicólogos
  • 00:24:37
    também do Judiciário e a fim de
  • 00:24:40
    participar do congresso discutir essas
  • 00:24:43
    questões né porque tava tendo muitas
  • 00:24:45
    demandas aqui no Conselho Regional de
  • 00:24:47
    Psicologia e nós continuamos então nos
  • 00:24:52
    organizando nos articulando de alguma
  • 00:24:55
    forma nas décadas de de 1980 e
  • 00:25:00
    1990 a iniciativa de garantir espaços de
  • 00:25:03
    reflexão assim como de criar práticas e
  • 00:25:06
    parâmetros compartilhados levaram os
  • 00:25:08
    psicólogos jurídicos à organização
  • 00:25:11
    associativa e
  • 00:25:12
    política a primeira entidade fundada foi
  • 00:25:15
    a Associação dos assistentes sociais e
  • 00:25:18
    psicólogos do Tribunal de Justiça do
  • 00:25:20
    Estado de São Paulo registrada em
  • 00:25:24
    1992 na mesma época e com objetivo
  • 00:25:27
    semelhante os psicólogos do sistema
  • 00:25:30
    penitenciário começaram a se reunir na
  • 00:25:32
    sede do sindicato dos psicólogos de São
  • 00:25:35
    Paulo posteriormente em setembro de
  • 00:25:38
    1998 foi criada a Associação Brasileira
  • 00:25:41
    de psicologia jurídica que estabeleceu
  • 00:25:43
    parceria com a associação
  • 00:25:45
    iberoamericana de psicologia jurídica
  • 00:25:48
    para atividades
  • 00:25:50
    acadêmicas este processo coroou uma
  • 00:25:53
    trajetória de afirmação frente ao
  • 00:25:55
    desconhecimento da realidade e da
  • 00:25:57
    atuação do psicólogo jurídico por parte
  • 00:26:00
    significativa dos próprios psicólogos
  • 00:26:03
    além da participação em eventos
  • 00:26:05
    internacionais como o primeiro congresso
  • 00:26:08
    iberoamericano de psicologia jurídica
  • 00:26:11
    realizado em setembro de
  • 00:26:13
    1995 no Chile e o segundo realizado em
  • 00:26:16
    Cuba os psicólogos jurídicos promoveram
  • 00:26:19
    o primeiro encontro brasileiro de
  • 00:26:21
    psicologia jurídica em
  • 00:26:24
    1997 em São Paulo em 1900 99 as
  • 00:26:28
    associações brasileira e iberoamericana
  • 00:26:31
    de psicologia jurídica promoveram em
  • 00:26:33
    conjunto com a universidade maqu O
  • 00:26:36
    Terceiro Congresso iberoamericano de
  • 00:26:38
    psicologia
  • 00:26:56
    jurídica
  • 00:27:06
    quando nós voltamos do Chile e toda essa
  • 00:27:09
    coisa vamos usar muito o termo
  • 00:27:11
    psicologia jurídica exatamente como uma
  • 00:27:14
    um adjetivo mais abrangente o termo
  • 00:27:17
    jurídico né que poderia se referir às
  • 00:27:20
    ações tanto no na fase processual como
  • 00:27:22
    de execução de qualquer determinação
  • 00:27:23
    judicial e assim nasceu a Associação
  • 00:27:25
    Brasileira eh que
  • 00:27:29
    eh acabou realizando o congresso em
  • 00:27:33
    1999 né foi Terceiro Congresso Ben
  • 00:27:36
    americano de psicologia jurídica e que
  • 00:27:39
    teve a sua importância porque foi o
  • 00:27:41
    primeiro congresso realizado no Brasil a
  • 00:27:45
    respeito desse tema psicologia jurídica
  • 00:27:47
    n então ali nós estamos alcançando o um
  • 00:27:52
    dos dos nossos anseios já de anos de de
  • 00:27:55
    articulação de conversa que era
  • 00:27:57
    exatamente ao mesmo tempo eh permitir a
  • 00:28:01
    reunião dos de de pessoas que
  • 00:28:03
    trabalhavam na área da psicologia
  • 00:28:06
    jurídica
  • 00:28:07
    eh apresentação de de conhecimentos
  • 00:28:11
    científicos a a respeito e ao mesmo
  • 00:28:15
    tempo incentivar né a própria produção
  • 00:28:19
    científica a reflexão da prática
  • 00:28:22
    a a publicação sobre as práticas que
  • 00:28:25
    eram realizadas nos diversos setores na
  • 00:28:27
    psicologia
  • 00:28:31
    jurídica e além de trabalhar nas Vas da
  • 00:28:34
    infância o psicólogo começou primeiro
  • 00:28:37
    cumulativamente a trabalhar nas varas da
  • 00:28:38
    família e sucessões onde ele vai dar
  • 00:28:41
    lidar com situações
  • 00:28:44
    eh de disputas entre os aqueles que se
  • 00:28:49
    separam né Geralmente os pais que num
  • 00:28:52
    processo judicial de separação acabam
  • 00:28:55
    indo disputar ou a guarda dos filhos fos
  • 00:28:57
    ou a pensão desses filhos ou o regime de
  • 00:29:00
    visita que esses filhos vão ter e o
  • 00:29:02
    psicólogo ele acaba sendo chamado a
  • 00:29:05
    trabalhar nesses casos a partir de um
  • 00:29:07
    dispositivo do Código de Processo Civil
  • 00:29:10
    que prevê a peritagem como alguma coisa
  • 00:29:13
    necessária todas as vezes que o a
  • 00:29:16
    natureza do processo é técnica ou
  • 00:29:19
    precisa de um conhecimento diferente do
  • 00:29:22
    direito como complementar ao direito
  • 00:29:25
    como o perito perito vem do latim
  • 00:29:27
    superior que significa saber por
  • 00:29:29
    experiência né o psicólogo ele é um
  • 00:29:32
    especialista da sua área na qual com a
  • 00:29:34
    sua intervenção ele vai suprir uma
  • 00:29:36
    informação que o juiz não tem e a partir
  • 00:29:39
    dessa informação obviamente do campo
  • 00:29:41
    psicológico é que o juiz vai poder então
  • 00:29:43
    dar sentença mais justa para cada caso e
  • 00:29:46
    o que nós temos de lá para cá são
  • 00:29:48
    estudos né e pesquisas que nós vamos
  • 00:29:50
    desenvolvendo ao longo do caminho
  • 00:29:52
    demonstrando que se o psicólogo no
  • 00:29:54
    início era pensado para trabalhar apenas
  • 00:29:57
    com aquilo que era considerado irregular
  • 00:29:59
    e com adoções aos poucos ele se torna um
  • 00:30:02
    profissional necessário para todos os
  • 00:30:05
    casos atendidos nas varas da Infância e
  • 00:30:08
    cumulativamente com as varas da família
  • 00:30:11
    e sucessões com uma certa maturidade dos
  • 00:30:14
    psicólogos Judiciários nós vamos poder A
  • 00:30:17
    partir dessa entrada via perícia propor
  • 00:30:20
    novos tipos de trabalhos que não fiquem
  • 00:30:23
    apenas numa numa atuação avaliativa né e
  • 00:30:27
    muito persecutória obviamente para as
  • 00:30:29
    pessoas que estão lá então por exemplo
  • 00:30:32
    posso citar que
  • 00:30:33
    eh cada vez mais os psicólogos
  • 00:30:36
    Judiciários têm se envolvido por exemplo
  • 00:30:38
    com o acompanhamento das famílias após a
  • 00:30:41
    sentença como uma forma de ajuda à
  • 00:30:43
    implementação de uma sentença
  • 00:30:45
    entendendo-se que não é apenas a partir
  • 00:30:48
    da sentença dada pelo juiz que o
  • 00:30:49
    conflito termine nesse lugar enquanto
  • 00:30:52
    alguém que lida com a criança enquanto
  • 00:30:56
    prioridade absoluta o psicólogo é ele
  • 00:30:59
    faz não só o diagnóstico das situações
  • 00:31:03
    que essa criança está e envolvida seja
  • 00:31:06
    uma situação de abandono uma situação de
  • 00:31:08
    vitimização a colocação Numa família
  • 00:31:10
    substituta Numa família de apoio eh mas
  • 00:31:14
    também o acompanhamento desses casos
  • 00:31:18
    quando ele começa a apontar que não
  • 00:31:20
    adianta eu aplicar uma Medida de
  • 00:31:22
    proteção como por exemplo a colocação
  • 00:31:24
    Numa família substituta sem que essa
  • 00:31:27
    criança participe dessa decisão Nós não
  • 00:31:29
    somos só alguém que a escuta mas alguém
  • 00:31:32
    que possibilita a sua fala Esse é um
  • 00:31:34
    lugar que o psicólogo tá ocupando a vara
  • 00:31:36
    e que é importantíssimo que ele se dê
  • 00:31:38
    conta de que ele não vai fazer do
  • 00:31:41
    estatuto um discurso mas uma prática na
  • 00:31:44
    Vara da Infância ele além de fazer todo
  • 00:31:47
    o trabalho de acompanhamento e
  • 00:31:50
    orientação ele é o articulador junto com
  • 00:31:53
    o Conselho Tutelar de todas as políticas
  • 00:31:55
    que deverão ser inscritas no Conselho
  • 00:31:57
    Municipal de direitos da criança então
  • 00:32:00
    nos pequenos municípios o psicólogo
  • 00:32:02
    judiciário de uma maneira mais clara do
  • 00:32:04
    que na capital Ele é aquele que articula
  • 00:32:07
    de alguma forma a rede de atendimento e
  • 00:32:10
    que provoca a existência de eh programas
  • 00:32:13
    específicos para atendimento de
  • 00:32:15
    problemáticas que o judiciário Não
  • 00:32:17
    consegue resolver na medida em que ele
  • 00:32:20
    não é um poder que executa ações ele é
  • 00:32:23
    um poder que provoca ações e tem o poder
  • 00:32:27
    inclusive de determinar políticas
  • 00:32:33
    públicas extinto o Instituto de
  • 00:32:36
    biotipologia criminal foram criadas as
  • 00:32:39
    equipes de Perícias
  • 00:32:42
    criminológicas nessas equipes de
  • 00:32:44
    Perícias
  • 00:32:45
    criminológicas
  • 00:32:47
    então nós já tivemos a presença bem
  • 00:32:50
    marcante do do psiquiatra do psicólogo
  • 00:32:53
    do assistente social e aí então a equipe
  • 00:32:57
    médica a equipe técnica buscava uma
  • 00:33:02
    síntese a partir destes exames e quem se
  • 00:33:06
    encarregava desta síntese ainda era o
  • 00:33:09
    psiquiatra porém já se passou a se
  • 00:33:11
    valorizar muito mais o trabalho da
  • 00:33:13
    equipe ainda não numa
  • 00:33:16
    interdisciplinaridade poré numa
  • 00:33:18
    multidisciplinaridade mas psicólogos
  • 00:33:20
    ainda trabalham eh fazendo atividades
  • 00:33:24
    avaliações né que
  • 00:33:27
    são utilizad de uma maneira complementar
  • 00:33:30
    quando se refere a à perícia sobre
  • 00:33:33
    insanidade mental Até que em
  • 00:33:37
    1980 criou-se o o ict Instituto de
  • 00:33:42
    classificação ent triagem que depois
  • 00:33:45
    veio a se dominar
  • 00:33:47
    denominar centro de observação
  • 00:33:51
    criminológica e neste centro de
  • 00:33:53
    observação criminológica a partir de
  • 00:33:55
    198 começaram a ser feitos os exames
  • 00:34:00
    criminológicos e aí a gente sentiu de
  • 00:34:03
    fato
  • 00:34:05
    uma perda da hegemonia por parte do
  • 00:34:08
    corpo
  • 00:34:09
    médico e eu diria que nesse trabalho de
  • 00:34:13
    equipe dos exames criminológicos por
  • 00:34:16
    parte das equipes de Perícias
  • 00:34:20
    Médico psicólogo e assistente social e
  • 00:34:23
    jurista passaram a ter praticamente a
  • 00:34:26
    mesma importância ao compor o estudo
  • 00:34:29
    técnico o exame criminológico a atuação
  • 00:34:33
    psicológica tá no momento de transição
  • 00:34:36
    exatamente pela alteração da lei de
  • 00:34:39
    execução penal né a alteração da lei de
  • 00:34:42
    execução penal que retirou né a
  • 00:34:47
    obrigatoriedade de se ter o parecer da
  • 00:34:50
    comissão técnica de
  • 00:34:52
    classificação para esses processos para
  • 00:34:55
    essas solicitações de benefício no
  • 00:34:57
    conceito
  • 00:34:58
    tradicional se procurava responder esta
  • 00:35:01
    questão básica Porque que as pessoas
  • 00:35:02
    cometem crimes a partir de um
  • 00:35:04
    referencial psíquico de personalidade
  • 00:35:07
    referencial
  • 00:35:09
    orgânico no conceito moderno esta
  • 00:35:12
    pergunta persiste mas a resposta é outra
  • 00:35:15
    buscando-se agora não mais no corpo no
  • 00:35:18
    psíquico na alma na personalidade mas
  • 00:35:21
    buscando-se em todo o contexto social
  • 00:35:24
    algumas explicações
  • 00:35:26
    uma forma de compreensão da conduta
  • 00:35:28
    criminosa Isto é por que que as pessoas
  • 00:35:32
    cometem
  • 00:35:33
    crimes com o advento das teorias
  • 00:35:38
    críticas este pensamento sofre uma
  • 00:35:40
    grande
  • 00:35:43
    guinada não simplesmente pela busca de
  • 00:35:46
    novas
  • 00:35:48
    respostas mas a grande nada se tá pela
  • 00:35:52
    busca de uma de novas perguntas por que
  • 00:35:56
    que
  • 00:35:57
    manter alguém em cárcere
  • 00:35:59
    privado durante 48 horas ou
  • 00:36:04
    mais exigindo o pagamento de um
  • 00:36:07
    Resgate é crime
  • 00:36:11
    ediondo podendo apenas ser 15 anos ou
  • 00:36:14
    mais E por que que um fazendeiro manter
  • 00:36:18
    um ser humano em regime de trabalho
  • 00:36:20
    escravo durante 3 anos ou mais numa
  • 00:36:22
    fazenda não é ID e a pena é de 3 anos
  • 00:36:26
    podendo ser cumprida em casa se formos
  • 00:36:29
    pensar no que ele é grave ambos eu sei
  • 00:36:31
    que são graves agora o de sequestro
  • 00:36:34
    aparentemente é mais chocante só que o
  • 00:36:36
    outro nós temos um ser humano reduzido a
  • 00:36:40
    escravidão durante 3 anos ou mais e o
  • 00:36:44
    crime não é Idi
  • 00:36:48
    onto aí a crítica que tal se nós antes
  • 00:36:52
    de ficarmos nos preocupando em saber
  • 00:36:54
    porque que as pessoas cometem crimes nós
  • 00:36:57
    nos preocupemos em saber qual é o
  • 00:36:59
    critério do Direito Penal para definir o
  • 00:37:01
    que é crime o que não é crime eu acho
  • 00:37:03
    que tem que pensar na significações que
  • 00:37:06
    ocorrem nos processos não estô falando
  • 00:37:09
    processos judicial mas estou falando nos
  • 00:37:11
    processos de decisão judicial e até
  • 00:37:14
    mesmo da execução né tem que se pensar e
  • 00:37:19
    estudar o reflexo dessa ação jurídica
  • 00:37:23
    sobre a subjetividade do indivíduo né na
  • 00:37:28
    Constituição o quanto isso determina e
  • 00:37:30
    constitui subjetividades então a questão
  • 00:37:33
    não é mais só de ter uma compreensão
  • 00:37:36
    complexa do crime não é uma compreensão
  • 00:37:39
    complexa do Por que estas pessoas se
  • 00:37:42
    deixaram
  • 00:37:45
    criminalizar não seria mais a
  • 00:37:47
    compreensão da conduta criminosa Mas
  • 00:37:49
    seria a compreensão do processo de
  • 00:37:54
    criminalização na conduta criminosa o
  • 00:37:56
    autor é quem praticou o crime no
  • 00:37:58
    processo de criminalização o autor é o
  • 00:38:00
    sistema
  • 00:38:02
    punitivo e o que é que tá acontecendo
  • 00:38:06
    Então A grande questão da criminologia
  • 00:38:08
    Clínica seria entender este estado de
  • 00:38:10
    vulnerabilidade prévia a intervenção
  • 00:38:13
    penal e este estado de vulnerabilidade
  • 00:38:16
    que se seguiu como uma consequência a
  • 00:38:19
    intervenção penal então nós diríamos que
  • 00:38:21
    ao conceito tradicional corresponde o
  • 00:38:24
    termo tratamento no que diz respeito a
  • 00:38:27
    assim dita reinserção do preso
  • 00:38:30
    tratamento ao conceito moderno is
  • 00:38:33
    poderia corresponder
  • 00:38:35
    ressocialização reabilitação e é o
  • 00:38:38
    conceito crítico o termo Reintegração
  • 00:38:42
    Social enquanto tratamento
  • 00:38:46
    supõe uma abordagem de
  • 00:38:49
    saúde abordagem de personalidade
  • 00:38:52
    ressocialização supõe uma espécie de
  • 00:38:55
    readequação
  • 00:38:57
    éa de Conduta de acordo com os padrões
  • 00:39:00
    sociais o termo reintegração que é
  • 00:39:03
    proposto para Alessandro barata que é um
  • 00:39:06
    crítico supõe uma relação de igual para
  • 00:39:09
    igual entre
  • 00:39:11
    pessoas não
  • 00:39:13
    só o interno
  • 00:39:17
    encarcerado vai se transformar como
  • 00:39:21
    também a comunidade que está interagindo
  • 00:39:24
    com ele também vai se transformar
  • 00:39:27
    então a Reintegração Social diríamos
  • 00:39:29
    assim ela supõe uma derrubada ainda que
  • 00:39:32
    simbólica dos muros do
  • 00:39:35
    cárcere e um
  • 00:39:37
    reencontro entre estes dois segmentos
  • 00:39:41
    Até então em conflito na medida que o
  • 00:39:43
    psicólogo trabalho visando a
  • 00:39:45
    Reintegração Social e encontra medidas
  • 00:39:49
    ações
  • 00:39:50
    alternativas com outra forma de mudando
  • 00:39:54
    de enfoque né não preocupada em em
  • 00:39:57
    estudar o comportamento criminoso mas
  • 00:40:00
    preocupada em esse essa pessoa que está
  • 00:40:04
    aqui vai ter que voltar paraa sociedade
  • 00:40:08
    né e obviamente eh essa ação que se dá
  • 00:40:12
    dentro do sistema Implica também que a
  • 00:40:13
    sociedade esteja mais aberta para esse
  • 00:40:15
    retorno né então
  • 00:40:18
    Eh essa ação Claro que não É só o
  • 00:40:21
    psicólogo jurídico que vai realizar isso
  • 00:40:23
    ele é apenas um dos atores e ele Tem
  • 00:40:26
    essa possibilidade atualmente de
  • 00:40:27
    realizar isso então não se trata
  • 00:40:30
    absolutamente de superar os traços
  • 00:40:33
    criminógenos de uma personalidade mas de
  • 00:40:37
    redirecionar esta personalidade das suas
  • 00:40:40
    próprias
  • 00:40:43
    características para uma conduta não é
  • 00:40:46
    que seria mais aproveitável para eles
  • 00:40:50
    mesmos e a partir de uma de um
  • 00:40:53
    reconhecimento da própria sociedade
  • 00:41:04
    os psicólogos jurídicos têm atuado na
  • 00:41:06
    elaboração de Perícias cíveis e
  • 00:41:08
    criminais em diversas instituições como
  • 00:41:11
    o IML o Instituto de Psiquiatria e o
  • 00:41:14
    Instituto de medicina social e
  • 00:41:17
    criminológica são profissionais que
  • 00:41:19
    atuam como peritos emitindo pareceres
  • 00:41:22
    técnicos e muitas vezes complementando o
  • 00:41:25
    parecer psiquiat
  • 00:41:26
    em casos de avaliação de insanidade
  • 00:41:29
    mental a perícia civil atua nos
  • 00:41:31
    seguintes casos casos de interdição
  • 00:41:34
    capacidade e testemunho nos processos
  • 00:41:36
    civis perturbação mental seguro de vida
  • 00:41:40
    capacidade de testar e doar questões
  • 00:41:43
    matrimoniais acidentes de trabalho
  • 00:41:45
    Infortúnio e curatela dos pródigos os
  • 00:41:49
    psicólogos jurídicos podem atuar também
  • 00:41:51
    em delegacias em programas de proteção à
  • 00:41:54
    testemunha e junto a que atendem
  • 00:41:57
    egressos das prisões também merecem ser
  • 00:42:00
    citadas áreas ainda pouco exploradas no
  • 00:42:03
    Brasil mas com potencial como avaliação
  • 00:42:06
    mediante informação de terceiros
  • 00:42:08
    conhecida como autópsia psicológica e a
  • 00:42:11
    psicologia do testemunho pensando então
  • 00:42:15
    no suicídio como ato de se matar
  • 00:42:18
    intencionalmente e pensando na autopsia
  • 00:42:21
    psicológica como um modo de avaliar após
  • 00:42:24
    a morte o que está mente do indivíduo
  • 00:42:27
    antes da morte podemos então
  • 00:42:30
    conceitualizar a autópsia psicológica
  • 00:42:33
    como um tipo de estratégia de avaliação
  • 00:42:36
    retrospectiva que tem como
  • 00:42:38
    finalidade reconstituir a biografia da
  • 00:42:42
    pessoa
  • 00:42:43
    falecida como fazer isto através de
  • 00:42:46
    entrevistas com terceiros e através do
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    anális de uma em
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    Grand mediação que já tem papel
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    importante na resolução de questões
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    ligadas à família e que tem aumentado
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    sua atuação na área
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    [Música]
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    civil uma das das dos Desafios acredito
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    da psicologia jurídica é exatamente
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    contribuir para algumas
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    eh problemáticas sociais que para
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    contribuir para o para maior
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    visibilidade para ressignificações de
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    sentido que se tem no âmbito social eh
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    de problemática como uma questão racial
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    no Brasil né Eh algo assim específico
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    considero específico não os Estados
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    Unidos tem essa questão é lida de uma
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    maneira diferente no Brasil ainda dentro
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    do âmbito jurídico da psicologia
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    jurídica parece que esse tema não tem a
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    visibilidade que precisa ter porque nós
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    temos uma história no país racistas né
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    As crianças que são as as crianças que
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    são abandonar despidas de direitos Elas
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    têm cor nessas primeiras crianças né As
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    crianças que não são adotadas elas
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    também têm cor
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    né perten a um grupo étnico né então Eh
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    percebo que há uma se relega essa
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    discussão da psicologia jurídica
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    acredito também por conta dessa falta de
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    visão mais ampliada que o psicólogo
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    jurídico precisa ter né né ou seja das
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    determinações sociais que nós temos da
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    do
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    funcionamento funcionamento da nossa
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    história né enquanto sociedade formação
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    da sociedade os futuros psicólogos
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    possam enxergar esse esse tipo de
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    atuação numa instituição ligada à
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    justiça como uma um campo pertinente de
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    trabalho né e não ter que repisar eh
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    refazer todo o caminho que foi feito a
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    nível da né da eh da busca de métodos da
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    busca de de de interlocução né penso que
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    existe já um caminho trilhado não só no
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    Brasil como fora da qual a gente poderia
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    est se aproveitando
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    para seguirmos daí para frente enquanto
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    ele acaba por trabalhar a subjetividade
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    humana a partir de um contexto social e
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    se ver nesse contexto como um
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    transformador histórico como um agente
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    histórico eu acho que essa uma das
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    grandes contribuições que o psicólogo do
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    Judiciário trouxe para a Psicologia e
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    trouxe para as políticas públicas no
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    país relacionadas principalmente à
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    infância e à
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    família
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    n
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