Em Família - Família e Cuidados Paliativos

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https://www.youtube.com/watch?v=IwePivZKVEM

摘要

TLDRO programa aborda a importância dos cuidados paliativos, que visam aliviar o sofrimento de pacientes com doenças incuráveis. Profissionais de saúde discutem como lidar com a morte, a necessidade de comunicação aberta e o suporte emocional para pacientes e suas famílias. Eles enfatizam que a morte não deve ser vista como um fracasso, mas como uma parte natural da vida, e que é possível proporcionar uma morte digna e confortável. A psicologia desempenha um papel fundamental no apoio emocional, ajudando tanto os pacientes quanto os familiares a lidarem com a dor e a despedida.

心得

  • 💔 Cuidados paliativos visam aliviar o sofrimento de pacientes terminais.
  • 🗣️ A comunicação aberta sobre a morte é essencial.
  • 👨‍👩‍👧‍👦 A família deve ser incluída no processo de cuidado.
  • 🧠 A psicologia é fundamental para o suporte emocional.
  • 🌟 A morte digna é um objetivo dos cuidados paliativos.
  • 💬 Profissionais de saúde aprendem a lidar com a morte de forma humanizada.
  • 🕊️ A morte é uma parte natural da vida.
  • 🤝 O apoio emocional é crucial para pacientes e familiares.
  • 📜 Cartas e registros podem ajudar na despedida.
  • 💪 Cuidar da saúde emocional dos profissionais é importante.

时间轴

  • 00:00:00 - 00:05:00

    O avanço da medicina tem como foco adiar a morte, mas quando se enfrenta uma doença incurável, é necessário aceitar que a cura não é mais o objetivo. Os cuidados paliativos surgem como uma abordagem para reduzir o sofrimento, priorizando o bem-estar do paciente e de sua família. O programa discute a importância desses cuidados e conta com a participação de profissionais da saúde que compartilham suas experiências.

  • 00:05:00 - 00:10:00

    Os cuidados paliativos devem ser introduzidos em qualquer doença que ameace a vida, especialmente na fase terminal. É fundamental que uma equipe multiprofissional esteja envolvida para atender às necessidades do paciente. A identificação da doença e a expectativa de vida são cruciais para planejar um cuidado que minimize o sofrimento, destacando a importância do apoio psicológico durante esse processo.

  • 00:10:00 - 00:15:00

    O psicólogo desempenha um papel vital ao apoiar tanto o paciente quanto a família, ajudando a lidar com o impacto do diagnóstico de uma doença incurável. A comunicação do prognóstico é um momento delicado que pode interromper projetos de vida, e o suporte psicológico é essencial para facilitar essa transição e permitir que a família compartilhe suas emoções e dores.

  • 00:15:00 - 00:20:00

    A enfermeira Ingrid compartilha sua experiência pessoal com os cuidados paliativos de seu pai, ressaltando a diferença que essa abordagem fez em sua vida. Ela destaca a importância do cuidado emocional e da conexão humana, enfatizando que a morte digna não se resume a um enterro bonito, mas sim à oportunidade de se despedir e de ter apoio durante o processo.

  • 00:20:00 - 00:27:40

    Os profissionais de saúde que lidam com cuidados paliativos aprendem a importância de se envolver emocionalmente com os pacientes e suas famílias. A experiência de lidar com a morte traz um novo significado para a vida e para o cuidado, promovendo um aprendizado constante sobre a dor, a vida e a morte, e a necessidade de cuidar não apenas dos pacientes, mas também da equipe de saúde.

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视频问答

  • O que são cuidados paliativos?

    Cuidados paliativos são uma abordagem de saúde que visa melhorar a qualidade de vida de pacientes com doenças incuráveis, focando no alívio do sofrimento físico, emocional e espiritual.

  • Quando devem ser iniciados os cuidados paliativos?

    Os cuidados paliativos devem ser iniciados assim que um diagnóstico de doença incurável e terminal for feito, independentemente da fase da doença.

  • Qual é o papel da família nos cuidados paliativos?

    A família desempenha um papel crucial, pois o suporte emocional e a comunicação aberta sobre a morte podem ajudar tanto o paciente quanto os familiares a lidarem melhor com a situação.

  • Como os profissionais de saúde lidam com a morte?

    Os profissionais de saúde aprendem a ver a morte como parte natural da vida e buscam proporcionar conforto e dignidade aos pacientes durante esse processo.

  • Qual é a importância da comunicação na fase terminal?

    A comunicação aberta permite que pacientes e familiares expressem suas emoções e resolvam pendências, o que pode aliviar o sofrimento.

  • Como os cuidados paliativos ajudam a melhorar a qualidade de vida?

    Os cuidados paliativos focam em aliviar sintomas e proporcionar conforto, permitindo que os pacientes vivam seus últimos dias com dignidade e menos dor.

  • O que é uma morte digna?

    Uma morte digna é aquela em que o paciente tem a oportunidade de se despedir de forma tranquila, com suporte emocional e físico adequado.

  • Como a psicologia se integra aos cuidados paliativos?

    A psicologia oferece suporte emocional tanto para o paciente quanto para a família, ajudando a lidar com o luto e a dor da separação.

  • Qual é a diferença entre cuidados paliativos e tratamentos curativos?

    Os cuidados paliativos não visam curar a doença, mas sim aliviar o sofrimento e melhorar a qualidade de vida do paciente.

  • Como os profissionais de saúde se cuidam emocionalmente?

    Os profissionais de saúde precisam cuidar de sua própria saúde emocional, refletindo sobre suas experiências e buscando apoio quando necessário.

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    [Música]
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    com o avanço da Medicina adiar a morte
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    parece ter se tornado o principal
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    objetivo dos cuidados médicos mas quando
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    uma doença incurável nos coloca diante
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    da finitude e remediável da vida como
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    aceitar que a cura não é mais o objetivo
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    o código de ética médica orienta que
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    quando houver um diagnóstico de doença
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    incurável e terminal os profissionais de
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    saúde devem cuidar do paciente sem
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    aplicar terapias inúteis E aí que entram
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    os cuidados paliativos com um único e
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    grandioso objetivo reduzir o sofrimento
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    Hoje a gente vai dedicar a nossa
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    conversa a esses cuidados e as famílias
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    que estejam atravessando ou dificilmente
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    de lidar com a despedida os nossos
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    convidados são a psicóloga Fátima
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    Giovanni o geriatra geriatra Felipe
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    Gusman e a enfermeira Ingrid
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    desidrate gente muito obrigada pela
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    presença de vocês aqui com a gente
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    Felipe eu queria começar com você a
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    gente vive um momento de
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    prolongamento da vida né medicina trouxe
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    vários tratamentos para várias doenças
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    crônicas e que antigamente levariam a
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    morte rapidamente hoje a gente tem um
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    prolongamento disso Em que momento vai
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    se indicar hoje com esse quadro essa
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    realidade de sucesso da Medicina vamos
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    dizer assim Em que momento se indicam os
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    cuidados paliativos só para a gente
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    poder deixar quem está nos assistindo
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    entender o que são os cuidados
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    paliativos
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    é uma prática de saúde que deve ser
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    instituída para qualquer doença que
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    ameaça e continuidade da vida agora ela
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    vai ter uma importância maior quando se
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    atinge a fase terminal dessa doença
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    ameaçadora da vida então na fase
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    terminal como você já colocou na
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    introdução do programa que entra uma um
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    olhar mais específico essa necessidade
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    maior de um profissional que trabalha
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    esteja acostumado com essa área né e sem
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    dúvida alguma precisa não só do médico
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    mas de uma equipe multiprofissional
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    bastante integrada e atenta esse essas
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    necessidades eu a primeira vez que eu me
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    vi diante desse termo cuidados
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    paliativos durante um certo período eu
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    tive dificuldade de entender como é não
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    interceder em prol de uma possível cura
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    o que que diferencia esse tratamento
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    primeiro a gente tem que identificar a
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    doença o tipo da doença eu vou dar um
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    exemplo Digamos um
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    DPOC né um paciente que tem enfisema que
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    é uma doença que ameaça continuidade da
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    vida esse é um exemplo como você colocou
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    que é também uma doença crônica não só
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    como câncer o câncer foi o principal
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    deles e que trouxe essa discussão à tona
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    do Cuidado paliativo agora DPOC é
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    insuficiência cardíaca são outras
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    condições também de saúde que uma vez
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    que você identifique esse e faça esse
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    diagnóstico você vai perceber ele que a
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    cura já não tem mais como se oferecido
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    diagnóstico isso essa pergunta é ótima
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    porque quando a gente faz o diagnóstico
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    da Fase Terminal de uma doença grave que
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    ameaça continuidade da vida a gente sabe
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    que tem uma expectativa de vida mais
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    reduzida que podem ser de meses a poucos
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    anos sabe então quando por isso que é
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    importante esse olhar paliativo na fase
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    terminal que a gente sabe que a
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    expectativa de vida tá curta a gente não
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    tem como dizer quantos dias quantos
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    meses ser preciso nisso mas a gente tem
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    uma ideia
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    a gente tendo a ideia dessa expectativa
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    de vida a gente consegue organizar
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    melhor esse plano de cuidado para
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    amenizar o sofrimento e aí no caso entra
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    psicologia né Fátima Em que momento é e
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    como chegar para essa família e colocar
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    apresentar os cuidados paliativos o
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    psicólogo entra em todos os momentos dos
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    cuidados paliativos né na realidade o
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    que acontece é que o diagnóstico de uma
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    doença grave de uma doença incurável ele
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    interrompe um projeto de vida de um
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    paciente e ele interrompe também um
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    projeto de vida da família então a
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    comunicação do diagnóstico ou a
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    comunicação do prognóstico especialmente
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    no momento como o Felipe falou que é o
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    momento de atestar
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    impurabilidade da doença terminalidade é
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    um divisor de águas na vida desse
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    paciente e da família então psicólogo
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    entra apoiando dando suporte dando
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    escuta e acompanhando esse percurso
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    tanto do sujeito doente quanto da
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    família muitas histórias que você deve
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    acompanhar né muitas histórias e a cada
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    trabalho é um trabalho único é uma
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    escuta única com cada paciente você faz
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    um trabalho que às vezes é um trabalho
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    quase que da ordem de uma invenção a
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    gente vai criando ali o que que é
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    possível fazer com aquela história em
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    particular com aquele paciente em
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    particular uma família também e com a
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    família nesse momento tá super demanda
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    muito e precisa ser cuidada também não é
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    só o paciente
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    Ingrid você quero te agradecer em
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    especial você tá aqui né você teve a
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    perda do seu pai muito recentemente além
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    de ser enfermeira e ter essa experiência
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    profissional você acabou de vivenciar os
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    cuidados paliativos
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    que você Contasse um pouquinho para a
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    gente como é que foi isso e se fez
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    diferença para você ser profissional de
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    saúde conhecer essas histórias
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    anteriormente na verdade quando a gente
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    é da área da saúde a gente sempre pensa
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    que vai acontecer com vizinho Nunca na
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    nossa casa né então é muito mais fácil
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    lidar com paciente do que com parente no
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    meu caso foi um parente muito próximo um
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    pai
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    meu pai faleceu tem um mês ele teve
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    cuidados paliativos durante quatro a
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    cinco meses ele já era tratado em casa
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    domiciliar e até que uma semana desses
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    cuidados ele teve a internação no Inca
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    de Vila Isabel que é única quatro
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    se não fosse a psicologia se não fosse
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    os enfermeiros os técnicos
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    o paciente e até mesmo os acompanhantes
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    não teriam estrutura eu acho que ali
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    deixa de ter aquele contato profissional
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    para ser mais social onde você se
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    importa com outro você percebe aquela
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    importância eu como
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    enfermeira de emergência Eu tenho um
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    outro olhar eu tento resgatar um
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    paciente a gente tenta preservar aquela
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    vida Qualquer Custo e onde a gente
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    percebe que um paciente paliativo se a
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    gente pensar nessa individualidade
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    querer ele sempre com a gente a gente
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    está sendo egoísta porque vai postergar
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    que ele sofrimento aquela doença que a
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    gente sempre sabe que não tem muito que
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    se fazer esse finalzinho que ela falou é
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    muito interessante não tem muito que se
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    fazia lembrar que é para doença para
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    doença realmente uma doença grave que
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    chega na fase terminal portanto tá muito
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    claro do ponto de vista científico que
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    não tem o tratamento curativo para
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    resolver a doença mas para aquela pessoa
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    que sofre para sua família a Fátima até
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    que não vai me deixar mentir tem muita
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    coisa para ser feita e a Ingrid Sem
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    dúvida alguma ela pode trazer esse essa
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    vivência dela que quando a gente recebe
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    o cuidado paliativo apropriado é claro
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    que ele vai existir o sofrimento mas ele
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    vai ser muito menor e a gente vai
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    conseguir olhar para a vida de Fato né
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    não só para dor da morte porque quando a
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    gente reconhece que a morte da próxima a
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    gente tende a se prender muito na morte
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    na dor mas até a vida né para ser vivida
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    e plenamente Então isso que a gente
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    tenta promover para que possa ser olhar
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    mais para vida mesmo com dor mas que
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    possa ainda viver plenamente
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    comentou que o pai dela não tinha pleno
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    conhecimento de que estava por vir a
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    morte né
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    em próxima é a família me parece que
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    nesse nesse caso Segura uma um peso
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    muito grande de talhe forte do lado
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    desse paciente como é que é envolve-se a
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    família nesse cuidado cuida-se da
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    família é na realidade a família não tem
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    que necessariamente se mostrar forte
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    para o paciente ao contrário muitas
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    vezes quando a família consegue mostrar
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    a dor dela trocar dividir com paciente
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    dividir com a equipe o paciente se sente
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    mais legitimado na sua dor ele se sente
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    mais à vontade para falar da sua dor
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    para falar do seu sofrimento porque o
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    que acontece é que não existe um
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    paciente que esteja morrendo que esteja
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    muito próximo da Morte e que não perceba
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    que não saiba disso ele sabe o que
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    acontece é que muitas vezes ele não tem
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    com quem discutir com quem dividir isso
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    e isso causa pode causar um sofrimento
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    ainda maior então na realidade o que a
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    gente faz é tentar
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    ampliar abrir filtrar um pouco melhor
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    essa comunicação para aquela flua porque
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    o paciente nessa fase final é quando ele
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    se vê diante da Morte ele ele percebe a
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    quantidade de situações que ele precisa
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    ainda resolver então muitas vezes são
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    resgates familiares são resgates sociais
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    situações que precisam ser ditas então é
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    um momento muito rico e de muita
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    intensidade no viver e aí em torno disso
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    que a gente trabalha e a gente vai dando
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    esse suporte para a família também a
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    gente vai tentando identificar como é
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    que essa família se organiza Quem é esse
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    paciente Qual o lugar que ele ocupa
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    nessa família Qual é o estilo de relação
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    com essa família Qual é o estilo de
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    comunicação com essa família tem para a
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    gente poder ir abrindo e trabalhar de
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    uma forma muito intensa porque às vezes
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    o tempo é curto como é que você se
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    sentiu em meu pai se enquadra em todos
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    esses quadros que ela acabou de citar
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    ele era na verdade o meu padrasto me
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    criava desde os 7 anos e tinha filhos de
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    outro casamento onde eles todos eram
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    brigados eles não se falavam então
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    quando o médico chegou para mim para
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    assim contando aqui olha o tempo tá se
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    esgotando ele tá ficando mais fraco a
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    doença tá tomando conta dele se vocês
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    tiverem alguma coisa para resolver esse
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    é o momento e foi aonde eu chamei os
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    filhos Para que tivessem tempo de se
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    despedir dele e foi aonde Tipo ele
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    relaxou onde ele falou assim agora eu
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    posso ir tranquilo a minha passagem tá
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    ali eu já posso ir porque eu já resolvi
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    tudo que tinha para resolver e foi
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    depois dessa dessa
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    sensação de alívio que ele teve que ele
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    realmente caiu em si que a doença tipo
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    já tinha tomado conta dele que ele não
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    tinha mais o que fazer que a missão dele
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    estava cumprida e foi no entanto que
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    isso para ele foi primordial porque eu
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    sentia que o que prendia ele era o fato
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    de ele ter coisas se resolverem ainda
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    coisas pendentes
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    e no final como ele era muito apegado a
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    minha mãe que era um casamento também já
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    de anos
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    a minha mãe não conseguia mais ficar
  • 00:11:32
    perto dele porque ela só chorava e ele
  • 00:11:35
    ficava para ela e falava não quero que
  • 00:11:37
    você chore eu quero que você fique bem
  • 00:11:39
    Eu tô bem eu não tô sentindo nada então
  • 00:11:42
    eu quero você bem então eu dividia muito
  • 00:11:45
    porque Como é sua enfermeira eu tinha
  • 00:11:49
    aquele lado mais frio na frente né de
  • 00:11:51
    ficar que ela não você tá ótimo tá
  • 00:11:53
    tranquilo daqui a pouco você vai para
  • 00:11:55
    casa e a minha mãe passava aquele lado
  • 00:11:57
    mais passional então às vezes ele ficava
  • 00:12:00
    assim eu não quero você não porque você
  • 00:12:01
    é muito seca Você é brava ela faz tudo
  • 00:12:05
    que eu quero Então tinha aquela divisão
  • 00:12:07
    onde tinha uma que afagava mais ele dava
  • 00:12:10
    que ele afago e aquela outra que falava
  • 00:12:12
    assim não tem que comer Tem que se
  • 00:12:14
    cuidar tem que fazer eu tinha que ter um
  • 00:12:17
    banho no caso né tipo fazer um intervalo
  • 00:12:19
    rapidinho agora depois é super rico esse
  • 00:12:22
    que você tá trazendo igreja a gente na
  • 00:12:23
    verdade também foi ouvir porque é muito
  • 00:12:25
    difícil conseguir trazer esse depoimento
  • 00:12:27
    de famílias que estão vivenciando
  • 00:12:28
    naquele momento essa dor toda né Mas mas
  • 00:12:32
    é fácil encontrar uma pessoa depois
  • 00:12:34
    dessa vivência né Depois de ter digerido
  • 00:12:37
    essa vivência para contar como você tá
  • 00:12:39
    fazendo então a gente foi ouvir alguns
  • 00:12:41
    Profissionais de Saúde que a gente vai
  • 00:12:42
    conhecer no próximo bloco então daqui a
  • 00:12:45
    pouco nós vamos ouvir o depoimento de
  • 00:12:47
    profissionais que fazem dos cuidados
  • 00:12:48
    paliativos uma lição de vida a gente
  • 00:12:51
    volta no instante não sai daí
  • 00:12:52
    [Música]
  • 00:13:02
    [Música]
  • 00:13:07
    estamos de volta conversando sobre
  • 00:13:09
    cuidados paliativos quem lida com os
  • 00:13:12
    cuidados de pacientes com doenças sem
  • 00:13:14
    perspectiva de cura acaba encontrando um
  • 00:13:17
    novo significado para essa fase da vida
  • 00:13:19
    a gente foi ouvir um pouco dessa
  • 00:13:20
    experiência
  • 00:13:21
    [Música]
  • 00:13:31
    a morte é um assunto que a maioria das
  • 00:13:34
    pessoas não gosta de falar na verdade a
  • 00:13:36
    gente só pensa nela quando recebe um
  • 00:13:38
    diagnóstico médico por mais que a gente
  • 00:13:40
    se esconda Deixar de existir é tão
  • 00:13:42
    natural quanto existir e quando ela vem
  • 00:13:45
    os últimos dias não precisam ser
  • 00:13:46
    sofrimento de dor não ter cura não
  • 00:13:49
    significa não ter tratamento né é muito
  • 00:13:51
    comum os pacientes e as famílias eles
  • 00:13:54
    pensarem que ele não se tem mais nada
  • 00:13:55
    para fazer por eles e em Cuidado
  • 00:13:57
    paliativo a gente tem muita oferecer e a
  • 00:13:59
    gente não tem só o cuidado físico a
  • 00:14:01
    gente tem o cuidado espiritual cuidar do
  • 00:14:03
    Social Então a gente tem uma gama de
  • 00:14:04
    possibilidades de ofertar para esse
  • 00:14:06
    paciente um cuidado que trate não só
  • 00:14:08
    dele que trate da família que trate das
  • 00:14:10
    emoções
  • 00:14:14
    afirmar a vida e considerar a morte como
  • 00:14:16
    processo natural
  • 00:14:19
    [Música]
  • 00:14:20
    foco do cuidado paliativo é dar
  • 00:14:22
    qualidade de vida um doente que tem uma
  • 00:14:24
    doença crônica que não tem a
  • 00:14:25
    possibilidade de cura e também garantir
  • 00:14:27
    que ele possa viver o tanto quanto
  • 00:14:29
    possível com qualidade de vida né Nós
  • 00:14:31
    temos uma cultura de que a morte é algo
  • 00:14:34
    que a gente precisa vencer e quando a
  • 00:14:36
    gente entende que o cuidado paliativo
  • 00:14:38
    ele é uma modalidade que vai dar uma
  • 00:14:40
    dignidade para o doente mesmo momento da
  • 00:14:41
    morte então essa situação de que a morte
  • 00:14:44
    precisa ser vencida já fica um pouco de
  • 00:14:45
    lado
  • 00:14:47
    [Música]
  • 00:14:49
    lidar profissionalmente com a morte não
  • 00:14:51
    é algo que seja tão fácil né Eu acho que
  • 00:14:54
    nós somos seres humanos então nós temos
  • 00:14:56
    as nossas limitações e nós também
  • 00:14:58
    fazemos os nossos mecanismos de
  • 00:15:00
    enfrentamento Então eu acho que são
  • 00:15:02
    experiências muito individuais né de
  • 00:15:04
    cada profissional esse lidar com a morte
  • 00:15:06
    isso vai depender muito do quanto você
  • 00:15:08
    está preparado para lidar com a sua
  • 00:15:09
    própria morte que algo que a gente não
  • 00:15:11
    faz essa reflexão acaba que a gente cria
  • 00:15:13
    um vínculo muito forte com esses
  • 00:15:15
    pacientes que estão em cuidados
  • 00:15:16
    paliativos e a enfermagem acaba tendo um
  • 00:15:19
    papel muito grandeso porque nós acabamos
  • 00:15:22
    nos tornando a referência para esse
  • 00:15:24
    paciente porque a gente vê a morte de
  • 00:15:26
    todos os dias não é fácil
  • 00:15:31
    trabalhar com paciente que tem cuidado
  • 00:15:33
    paliativo sempre traz experiência que
  • 00:15:34
    são muito marcantes e que vão
  • 00:15:36
    efetivamente te permitir conhecer um
  • 00:15:39
    pouco mais sobre você conhecer um pouco
  • 00:15:40
    mais daquilo que você pode dar para o
  • 00:15:42
    outro pensando na questão de uma
  • 00:15:45
    paciente na em especial que eu atendi
  • 00:15:48
    alguns anos atrás essa paciente era uma
  • 00:15:50
    paciente que tinha um câncer de cabeça e
  • 00:15:53
    pescoço então ela tinha uma língua
  • 00:15:55
    protusa né Projetada é demasiada e ela
  • 00:15:59
    não conseguia se comunicar verbalmente
  • 00:16:02
    ela não conseguia falar e fiquei me
  • 00:16:04
    questionando como eu poderia me
  • 00:16:07
    comunicar melhor com essa paciente então
  • 00:16:09
    eu pensando em uma estratégia procuro is
  • 00:16:13
    a ela que ela desenhasse né que ela de
  • 00:16:17
    alguma forma representasse através do
  • 00:16:19
    grafismo do desenho O que ela queria me
  • 00:16:22
    dizer o que ela queria expressar em
  • 00:16:24
    relação ao sentimentos dela chegou um
  • 00:16:26
    dia ela é me olhou no fundo dos
  • 00:16:30
    visualizeu sabia o que ela queria me
  • 00:16:32
    perguntar ela queria me perguntar sobre
  • 00:16:34
    a morte dela e ela me perguntou né fez
  • 00:16:38
    essa pergunta eu vou morrer
  • 00:16:40
    e nesse momento eu olhei para ela né e
  • 00:16:44
    eu respondi que nós duas sabíamos o que
  • 00:16:47
    vinha se passando que vinha acontecendo
  • 00:16:49
    que a doença estava avançando sim mas
  • 00:16:53
    que a única coisa que eu poderia
  • 00:16:54
    garantir a ela certificar ela que eu
  • 00:16:57
    estaria ao lado dela e que ela sabia
  • 00:16:58
    disso como eu vinha me mostrando
  • 00:17:01
    presente constante ao lado dela nos
  • 00:17:04
    últimos dias quando a gente vê que
  • 00:17:06
    apesar da dor apesar do sofrimento
  • 00:17:08
    Apesar de todas as
  • 00:17:11
    consequências que a impurabilidade do
  • 00:17:14
    Câncer traz né famílias e pacientes
  • 00:17:17
    ainda nos conseguem trazer algo de
  • 00:17:19
    positivo nos dá uma lição de vida eu
  • 00:17:21
    acho que a minha missão é promover um
  • 00:17:24
    pouco de conforto para essas pessoas
  • 00:17:26
    algo que me gratifica muito a saber que
  • 00:17:28
    eu faço a diferença na vida desses
  • 00:17:29
    doentes sabia que nosso trabalho Ele
  • 00:17:31
    Pode garantir efetivamente a qualidade
  • 00:17:33
    de vida desse doente ele Pode garantir o
  • 00:17:36
    controle efetivo dos sintomas da doença
  • 00:17:37
    e pode proporcionar uma morte digna
  • 00:17:40
    [Música]
  • 00:17:54
    [Música]
  • 00:17:58
    estamos de volta conversando sobre
  • 00:18:00
    família e cuidados paliativos com a
  • 00:18:03
    gente aqui no estúdio a enfermeira
  • 00:18:04
    Ingrid desiderati a psicóloga Fátima
  • 00:18:07
    Giovanini e o geriatra Felipe Gusmão
  • 00:18:10
    gente a matéria trouxe algumas questões
  • 00:18:13
    Assim Que A Mim tocaram bastante essa
  • 00:18:15
    convivência continuada desses
  • 00:18:17
    profissionais com a morte e com a
  • 00:18:19
    família no estado extremamente delicado
  • 00:18:21
    né e me chama atenção a última fala ali
  • 00:18:23
    da enfermeira assim trazer uma morte
  • 00:18:25
    digna proporcionar uma morte digna para
  • 00:18:28
    essa para esse paciente e para a família
  • 00:18:30
    que eu acompanho
  • 00:18:32
    conviver com a perda continuadamente os
  • 00:18:35
    três aqui são Profissionais de Saúde né
  • 00:18:38
    que aprendizados traz sua própria vida e
  • 00:18:40
    ela também fala disso né de olhar o
  • 00:18:42
    paciente e aprender sobre si própria é
  • 00:18:44
    lindo isso né todas essas falas dos
  • 00:18:46
    profissionais agora é reforçam quanto a
  • 00:18:49
    gente precisa ter o cuidado com a equipe
  • 00:18:52
    em cuidar de paliativos por isso que a
  • 00:18:53
    gente fala a gente cuida do paciente a
  • 00:18:56
    gente cuida da família mas a gente
  • 00:18:57
    precisa cuidar também dessa equipe
  • 00:18:59
    porque é uma aprendizagem é como uma
  • 00:19:02
    enfermeira falou a gente a gente aprende
  • 00:19:04
    a cada dia o que mais a gente pode fazer
  • 00:19:06
    pelo outro o que que é possível e a
  • 00:19:08
    gente também se vê nas suas próprias
  • 00:19:11
    dificuldades repensa a própria vida
  • 00:19:13
    então é uma Aprendizagem constante cada
  • 00:19:15
    cada paciente traz alguma coisa pra
  • 00:19:18
    gente e eu acho também que o cuidado
  • 00:19:20
    paliativo é uma prática que quebra um
  • 00:19:22
    pouco esse paradigma de que o
  • 00:19:24
    profissional de saúde não pode se
  • 00:19:25
    envolver com a família não pode se
  • 00:19:27
    envolver com doente ao contrário não se
  • 00:19:30
    envolver é perigoso é importante que se
  • 00:19:33
    envolva é importante que profissional
  • 00:19:34
    reconheça as suas emoções e dali algo
  • 00:19:38
    para a vida dele como é que é para o
  • 00:19:40
    médico Dr Felipe assim vivenciar essa
  • 00:19:43
    história do Cuidado paliativo você acha
  • 00:19:45
    que tem diferença para o Enfermeiro que
  • 00:19:46
    tá ali no trato mas diário é uma
  • 00:19:49
    transformação né porque quando a gente
  • 00:19:51
    se resolve se dedicar o cuidado
  • 00:19:53
    paliativa como se tivesse que fazer uma
  • 00:19:55
    lavagem cerebral do que a gente aprendeu
  • 00:19:58
    porque a gente aprende que a morte é o
  • 00:20:00
    fracasso né é o fracasso do tratamento
  • 00:20:03
    tantas vezes vocês já devem ter reparado
  • 00:20:07
    em filmes que tem médicos que saem do
  • 00:20:09
    centro cirúrgico e vão dar comunicar a
  • 00:20:12
    notícia do falecimento desse paciente de
  • 00:20:14
    cabisbaixo com aquela sensação de
  • 00:20:17
    fracasso é isso que a gente aprende na
  • 00:20:19
    nossa faculdade então se a gente não
  • 00:20:21
    passa como eu comentei antes ao olhar
  • 00:20:23
    para outras tipos de Recompensas né do
  • 00:20:28
    tratamento como uma família mais
  • 00:20:30
    aliviada um familiar podendo se despedir
  • 00:20:33
    nessa fase final a morte digna com menos
  • 00:20:38
    individual mas que você eu consigo
  • 00:20:40
    oferecer um alívio da Doce aquela dor é
  • 00:20:42
    muito intensa e eu passo ela por uma dor
  • 00:20:44
    mais Branda isso já traz mais satisfação
  • 00:20:47
    e eu consigo perceber que aquele alívio
  • 00:20:50
    de sofrimento seja ele físico emocional
  • 00:20:53
    né seja ele social até espiritual aquilo
  • 00:20:57
    para mim já me traz alegria já me traz
  • 00:21:00
    satisfação para seguir tocando e sem
  • 00:21:03
    dúvida alguma que a Fátima comentou a
  • 00:21:04
    gente precisa se cuidar porque a gente
  • 00:21:07
    tá ali se deparando então a gente
  • 00:21:09
    precisa olhar para nossa finitude também
  • 00:21:11
    então é isso como você perguntou antes a
  • 00:21:15
    gente vai aprendendo o tempo todo a
  • 00:21:17
    gente porque isso é um exercício diário
  • 00:21:19
    Então agora que eu fiz cuidado paliativo
  • 00:21:22
    aprendi tudo sobre a morte não é mentira
  • 00:21:24
    vai aprender com cada história vai
  • 00:21:26
    aprender com a sua história cada dia um
  • 00:21:29
    exercício diário
  • 00:21:33
    com a morte diariamente não tem como a
  • 00:21:36
    gente fingir que ela não existe
  • 00:21:38
    e realmente incluía a morte na vida traz
  • 00:21:40
    todo um novo significado para as nossas
  • 00:21:42
    vidas e para alguns ela chega de aviso
  • 00:21:44
    né para outros é súbita no caso de
  • 00:21:47
    urgência emergência ela é muito súbita
  • 00:21:48
    agora a Ingrid você comentou uma coisa
  • 00:21:50
    me chamou atenção que é que você foi a
  • 00:21:53
    forte da família justamente porque
  • 00:21:55
    trabalha com isso agora ali no seu trato
  • 00:21:58
    no dia a dia essa experiência com seu
  • 00:22:00
    pai você hoje o seu olhar para família
  • 00:22:04
    Mudou alguma coisa quando a gente entra
  • 00:22:06
    para área da saúde a gente sempre pensa
  • 00:22:09
    que a gente não vai ser aquele superman
  • 00:22:11
    mulher maravilha né que a gente vai
  • 00:22:14
    conseguir levar tudo numa boa que não a
  • 00:22:16
    gente não vai misturar as coisas na
  • 00:22:18
    porta para fora vida que segue Mas você
  • 00:22:21
    se apega tanto os pacientes que você tem
  • 00:22:24
    quando você passa a vivenciar também que
  • 00:22:27
    foi o meu caso de um mês para cá você eu
  • 00:22:31
    passei tem um olhar diferente até mesmo
  • 00:22:33
    com os meus pacientes
  • 00:22:34
    porque é uma família que precisa de
  • 00:22:37
    apoio é um paciente que quer uma morte
  • 00:22:40
    digna que morte digna Para muitos é o
  • 00:22:43
    que tem um enterro bonito e não é nada
  • 00:22:48
    disso é você ter tempo de se despedir é
  • 00:22:51
    você ter alguém que chega ali que não
  • 00:22:53
    vai simplesmente Olha eu tô trocando o
  • 00:22:55
    seu soro vou pegar uma veia e sim o
  • 00:22:58
    senhor tá bem hoje
  • 00:22:59
    o senhor tá se sentindo melhor segurar
  • 00:23:01
    na mão né isso na faculdade Pelo menos
  • 00:23:04
    eu aprendi que a gente não deveria tocar
  • 00:23:07
    porque o paciente pode interpretar de
  • 00:23:09
    uma maneira diferente e se você não toca
  • 00:23:13
    o paciente se sente diferente porque eu
  • 00:23:16
    tenho alguma coisa que pega
  • 00:23:18
    Poxa ela é tão sisuda então aquele tocar
  • 00:23:22
    aquele pegar de mão muda o dia daquele
  • 00:23:25
    paciente e você percebe isso no decorrer
  • 00:23:28
    fora que aquele corredor ali Impossível
  • 00:23:30
    não lembrar era um ponto de encontro de
  • 00:23:33
    todos os acompanhantes que você acaba se
  • 00:23:36
    conformando se confortando com a dor do
  • 00:23:39
    outro tinha pessoas mais jovens que
  • 00:23:41
    estavam mais debilitados do que o meu
  • 00:23:42
    pai tinham pessoas mais velhas que
  • 00:23:45
    estavam menos debilitadas do que meu pai
  • 00:23:47
    então ficava aquela troca Não eu tenho
  • 00:23:49
    tanto tempo mas o meu já tá assim então
  • 00:23:51
    você se conforta com a dor do outro você
  • 00:23:54
    sabe que o outro também tá sentindo a
  • 00:23:56
    mesma dor né que alguém reconhece a tua
  • 00:23:57
    dor Você aprende com a dor né que você é
  • 00:24:00
    você aprende a viver melhor sabendo que
  • 00:24:03
    a dor tá ali tá inevitável de saúde se
  • 00:24:08
    coloca no mesmo patamar que a pessoa que
  • 00:24:10
    está sofrendo é a família também porque
  • 00:24:12
    eu também tenho dor eu também tenho as
  • 00:24:15
    minhas dificuldades aí foi o que a
  • 00:24:17
    Fátima falou o canal de comunicação se
  • 00:24:19
    abre e as verdades podem ser ditas né
  • 00:24:22
    porque a gente tem uma tendência fugir
  • 00:24:24
    dessa verdade mas a gente pode se
  • 00:24:27
    deparar colocar essa verdade em Pauta
  • 00:24:29
    que é o final da vida e quando a gente
  • 00:24:32
    traz esse assunto de forma mais natural
  • 00:24:34
    espontânea já tira o peso sabe e quantas
  • 00:24:39
    coisas podem ser elaboradas a partir
  • 00:24:41
    disso a partir da verdade eu tô
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    lembrando aqui de uma paciente que eu
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    acompanhei durante um tempo era uma
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    paciente jovem de 30 anos e ela tinha
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    dois filhos muito pequenos e o desejo
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    dela a preocupação dela era o que que eu
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    vou como é que como é que eu vou
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    conversar com os meus filhos como é que
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    eu vou orientar os meus filhos Eles vão
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    entrar na adolescência e eu não vou
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    estar mais aqui e aí tudo o atendimento
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    da Psicologia era estar ao lado dela
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    escrevendo cartas ela era analfabeta ela
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    não sabia escrever e ela ia meditando
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    cartas de como ela queria orientar os
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    filhos então era carta para filha era
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    carta para o filho depois se estendeu a
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    carta para mãe A Carta para o Pai para
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    os padrinhos Então todo atendimento toda
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    elaboração que ela tava fazendo ela fez
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    ali através desse ditar as cartas
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    que lindo eu ia justamente pedir para
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    você trazer uma história de um paciente
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    seu é bonito isso porque na verdade ao
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    escrever ela tá ali não só maturando a
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    ideia da partida dela né mas também
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    deixando um registro para os filhos ela
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    tinha muita preocupação dos filhos
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    seguirem um caminho errado quando
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    entrasse na adolescência então ela
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    queria deixar o que ela pensa da vida as
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    orientações né Então queria pedir para
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    vocês uma coisa bem rapidinha assim para
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    a gente finalizar o programa uma
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    sugestão para alguém que esteja ouvindo
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    a gente hoje que esteja vivenciando esse
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    momento tão intenso Doutor Felipe O que
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    que você costuma dizer para uma família
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    nesse momento não tenha medo de se abrir
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    não tenha medo de passar a sua dor que
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    eu vou dividir mesmo que eu não consiga
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    resolver essa dor eu vou estar com você
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    para tentar reduzir ao máximo e vamos
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    caminhar juntos a gente vai encontrar
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    juntos essa solução porque a solução é
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    individual
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    que a morte não é o fim normalmente as
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    pessoas têm Essa visão de que acaba ali
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    e não é bem assim você tá proporcionando
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    muita das vezes um acalento para aquele
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    que tá sofrendo tanto com a doença é um
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    caminho né A morte é um caminho gente eu
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    quero agradecer muitíssimo a vocês
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    parabenizar pelo envolvimento eu acho
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    que é uma profissão linda e às vezes
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    muito dolorida né mas que dá Muito
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    conforto para quem tá precisando a
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    Ingrid vive venceu isso agora sabe
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    melhor que ninguém né Muito obrigada
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    pela presença de vocês aqui com a gente
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    no canal saúde e obrigada você por
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    acompanhar a nossa conversa aqui pelo
  • 00:27:04
    Canal pela internet um dos nossos canais
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    parceiros na nossa página no Facebook
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    você pode rever o programa mandar
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    sugestões de assuntos e dar lá sua
  • 00:27:13
    opinião curte a gente lá compartilha sua
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    história eu te espero na nossa próxima
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    conversa em família tchau
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    [Música]
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