Adolescentes: ontem, hoje e amanhã | Ivan Capelatto

00:43:12
https://www.youtube.com/watch?v=bX6pqBvLjTs

الملخص

TLDRA palestra analisa a adolescência desde sua percepção histórica e social, abordando a transição de um período caracterizado pela transformação física e social para um conceito marcado pela busca de identidade e conexão emocional. Os palestrantes discutem como eventos como guerras influenciaram a psique juvenil e como a falta de investimento emocional dos pais pode gerar angústias e crises identitárias. As relações contemporâneas são descritas como superficiais, com uma crescente busca por prazer ao invés de vínculos emocionais profundos. A importância da afetividade e do reconhecimento no desenvolvimento saudável dos jovens é enfatizada, assim como os riscos associados à vida em uma sociedade consumista e desamparada.

الوجبات الجاهزة

  • 🧠 A adolescência é um período marcado por profundas mudanças emocionais e sociais.
  • 📖 O investimento emocional dos pais é crucial para a saúde mental dos adolescentes.
  • ⚔️ Guerras passadas criaram uma geração de jovens com traumas e angústias.
  • 👥 Atualmente, muitos adolescentes buscam laços de prazer mais do que amizade verdadeira.
  • 🤷‍♂️ A falta de vínculo familiar pode levar à solidão e à busca por identidade em grupos.
  • 🥃 A adolescência moderna enfrenta desafios como consumo excessivo e superficialidade nas relações.
  • 🛑 O medo e a raiva são emoções importantes que precisam ser acolhidas pelos pais.
  • 🌍 A sociedade consumista impacta negativamente a formação da identidade juvenil.
  • 💔 A síndrome do ninho vazio pode revelar dinâmicas familiares insustentáveis.
  • 🤝 O desejo de ser desejado é uma busca central na adolescência.

الجدول الزمني

  • 00:00:00 - 00:05:00

    A adolescência é uma fase cheia de mistérios, na qual os jovens passam por mudanças físicas e emocionais intensas. Para entender a adolescência atual, é necessário olhar para o passado, quando jovens eram vistos como pequenos adultos e não havia moda específica para eles. As meninas, por exemplo, eram preparadas para o casamento muito jovens, enquanto os meninos imediatamente começavam a vida adulta sem passar pela 'síndrome da adolescência'. Apesar das dificuldades, esses adolescentes tinham suporte familiar e poucos casos de doenças mentais ou suicídio eram registrados na época.

  • 00:05:00 - 00:10:00

    Com o tempo, entre 1925 e 1945, os casamentos começaram a acontecer mais tarde e os adolescentes começaram a buscar mais privacidade. Surgem os diários, expressando angústias que antes eram silenciadas. A amizade se torna um novo vínculo afetivo, onde meninos e meninas transferem sentimentos que antes eram dirigidos aos pais para os amigos, proporcionando um espaço para compartilhar emoções e experiências.

  • 00:10:00 - 00:15:00

    A Guerra trouxe profundas mudanças emocionais, como a melancolia e a consciência das perdas, que afetam a relação dos jovens com seus pais. Nos anos 50, a 'juventude transviada' surge, simbolizando o desejo por prazeres frequentemente associados a comportamentos de risco. Um desvio ocorre à medida que os pais se tornaram mais distantes emocionalmente, refletindo seus medos sobre a perda durante a guerra.

  • 00:15:00 - 00:20:00

    Nos anos 60 e 70, uma nova geração emerge com menor investimento emocional dos pais. A sociedade passa a valorizar a busca pelo prazer imediato, enquanto a dúvida e a frustração acerca de um futuro incerto aumentam. As crianças e adolescentes criam novas identidades ligadas a modas e tendências, buscando pertencimento em grupos como hippies e emos, que, apesar de oferecerem identidades, ainda refletem uma falta de consistência.

  • 00:20:00 - 00:25:00

    Hoje, a adolescência é percebida como um conceito, onde jovens de 8 ou 9 anos têm características de adultos. Eles se conectam através das redes sociais, mas carecem de profundidade nas relações, vivendo parcerias superficiais em vez de amizades verdadeiras. Isso resulta em uma falta de transferência emocional, intensificando a solidão e angústia, pois não encontram apoio nas relações familiares.

  • 00:25:00 - 00:30:00

    Os adolescentes lutam com a angústia de se sentirem indesejados e sem identidade, levando a busca por aprovação através de modas e interesses efêmeros. Este ciclo de consumo e identidade gera um vazio emocional, muitas vezes manifestando-se em comportamentos autodestrutivos, como o uso de drogas e suicídios frequentes entre esse grupo.

  • 00:30:00 - 00:35:00

    A ausência de vínculos afetivos significativos agrava o sofrimento dos jovens hoje, levando à busca por validação que pode passar de relacionamentos saudáveis a compulsões. O vazio emocional é refletido em ações violentas quando não se encontra um suporte emocional. A relação com os pais e entre os adolescentes é fundamental para entender e enfrentar essas crises.

  • 00:35:00 - 00:43:12

    Ao encerrar, a reflexão sobre a evolução da adolescência nos mostra a necessidade de um retorno a um cuidado mais afetivo e autêntico, onde os jovens possam se sentir desejados e amados. Essa conversa sobre a adolescência, suas dificuldades e as consequências da ausência de suporte emocional é essencial numa sociedade em constante transformação.

اعرض المزيد

الخريطة الذهنية

فيديو أسئلة وأجوبة

  • Qual é o conceito de adolescência segundo a palestra?

    A adolescência é vista como um período conceitual, não apenas orgânico, caracterizado por mudanças sociais e emocionais.

  • Como a guerra influenciou a adolescência?

    As guerras causaram melancolia e descrença, afetando o investimento emocional dos pais nos filhos.

  • O que os adolescentes de hoje buscam em suas relações?

    Eles buscam parceiros de prazer, mas carecem de relações afetivas significativas.

  • Por que o investimento emocional dos pais é importante?

    Esse investimento ajuda a formar uma identidade saudável e lidar com angústias na adolescência.

  • Quais são os sintomas da angústia na adolescência?

    Os sintomas incluem raiva, medo e tentativas de autolesão.

  • Como deve ser o cuidado com crianças e adolescentes?

    As crianças devem ser ouvidas e acolhidas em seus medos e angústias.

  • Qual o risco da sociedade consumista na adolescência?

    A sociedade consumista pode fazer com que o filho seja visto como um objeto de consumo, prejudicando seu desenvolvimento emocional.

  • Como a adolescência mudou ao longo do tempo?

    A adolescência passou de um período de transição para uma fase marcada por novas identidades e desafios associados ao consumo e à solidão.

  • Qual o futuro da adolescência, segundo a palestra?

    Sem um olhar cuidadoso para a afetividade, podemos enfrentar caos entre as novas gerações.

  • Como lidar com a síndrome do ninho vazio?

    É preciso que os casais reavaliem sua dinâmica após os filhos saírem de casa.

عرض المزيد من ملخصات الفيديو

احصل على وصول فوري إلى ملخصات فيديو YouTube المجانية المدعومة بالذكاء الاصطناعي!
الترجمات
pt
التمرير التلقائي:
  • 00:00:00
    [Música]
  • 00:00:25
    adolescência uma fase cheia de mistérios
  • 00:00:28
    medos e angústias um período de
  • 00:00:31
    indefinições de busca de descobertas com
  • 00:00:34
    os hormônios em disparada o corpo passa
  • 00:00:37
    por transformações intensas e
  • 00:00:39
    incontroláveis para entender a
  • 00:00:41
    adolescência do presente precisamos
  • 00:00:43
    entender a adolescência do
  • 00:00:46
    passado quando
  • 00:00:48
    vocês vem aquelas primeiras fotos de
  • 00:00:53
    crianças e adolescentes no início do
  • 00:00:56
    século XX vocês vão ver uma coisa
  • 00:00:58
    interessante que são pequenas crianças
  • 00:01:02
    ou
  • 00:01:03
    adolescentes vestidos de adultos com as
  • 00:01:06
    mesmas roupas que os adultos usam bonés
  • 00:01:10
    chapéus e calças curtas
  • 00:01:14
    mas com os mesmos modelos de ados não
  • 00:01:18
    existia moda para criança nem moda para
  • 00:01:21
    adolescente porque se
  • 00:01:24
    considerava que a criança e o
  • 00:01:26
    adolescente eram pequenos adultos
  • 00:01:30
    ingênuos adultos mais pequenos
  • 00:01:33
    adultos Quando essas crianças
  • 00:01:36
    ingênuas atingiam uma idade de 12 13
  • 00:01:40
    anos as meninas as mulheres já se
  • 00:01:44
    preparavam pro casamento e raramente
  • 00:01:49
    elas tinham a chance de escolher o seu
  • 00:01:53
    parceiro e eram Preparadas para esse
  • 00:01:55
    casamento dirigidas à
  • 00:01:58
    maternidade e E essas mulheres com 14 15
  • 00:02:02
    16 anos se tornavam mães e passavam a se
  • 00:02:07
    dedicar mais a seus filhos do que a seus
  • 00:02:10
    maridos e os meninos com 12 13 anos no
  • 00:02:13
    início do século eles iam pro campo ou
  • 00:02:18
    iam pro Ofício dos seus pais e começavam
  • 00:02:22
    uma vida
  • 00:02:23
    adulta sem passar pela síndrome da
  • 00:02:28
    adolescência normal
  • 00:02:30
    ninguém via o sofrimento que esses
  • 00:02:33
    sujeitos tinham passando por toda a
  • 00:02:36
    mudança hormonal ah a Sexualidade que
  • 00:02:40
    tava em
  • 00:02:41
    jogo mas de alguma forma esses meninos e
  • 00:02:46
    meninas tinham um ganho fundamental nas
  • 00:02:50
    suas vidas eles enlouqueciam Muito pouco
  • 00:02:56
    adoeciam muito pouco porque eles tinham
  • 00:02:59
    tido
  • 00:03:01
    uma uma coisa que a gente chama de um
  • 00:03:04
    investimento
  • 00:03:06
    libidinal libido é o termo que nós
  • 00:03:08
    usamos para amor em
  • 00:03:11
    psicanálise o investimento de amor que
  • 00:03:15
    as
  • 00:03:17
    mães davam a seus filhos porque a maior
  • 00:03:20
    parte do tempo elas viviam pros seus
  • 00:03:22
    filhos o investimento libidinal que elas
  • 00:03:25
    davam paraos seus filhos era muito alto
  • 00:03:27
    era muito grande porque elas Pass o
  • 00:03:30
    tempo todo vivendo como mães Então
  • 00:03:34
    apesar de a gente não
  • 00:03:37
    ter chance de acudir o adolescente na
  • 00:03:41
    sua adolescência ele tinha tido uma boa
  • 00:03:44
    infância tinha mamado naqueles
  • 00:03:48
    peitos
  • 00:03:49
    generosos tinha escutado cantigas de
  • 00:03:52
    ninar durante muito tempo tinha
  • 00:03:56
    convivido com a sua mãe às vezes com seu
  • 00:04:00
    pai que chegava cedo do da marcenaria do
  • 00:04:03
    trabalho do campo então o sofrimento da
  • 00:04:08
    adolescência era engolido por essa
  • 00:04:12
    riqueza afetiva que ele tinha tido
  • 00:04:14
    durante essa
  • 00:04:16
    infância
  • 00:04:19
    [Música]
  • 00:04:23
    Generosa a história da psiquiatria nos
  • 00:04:26
    mostra poucos relatos de
  • 00:04:30
    doentes ou de suicídios de adolescentes
  • 00:04:33
    no início do século XX até os anos de
  • 00:04:40
    4045
  • 00:04:42
    bom Felipe arer um historicista um
  • 00:04:47
    Historiador nos mostra que dos anos de
  • 00:04:49
    25
  • 00:04:51
    1925 1930 em diante as pessoas começaram
  • 00:04:56
    a ter mais filhos principalmente aqui no
  • 00:04:58
    Brasil e
  • 00:05:00
    e os adolescentes começaram a se casar
  • 00:05:04
    um pouco mais tarde
  • 00:05:06
    e nos separando um pouco mais dos nossos
  • 00:05:10
    pais
  • 00:05:13
    eh indo mais pra escola pros
  • 00:05:16
    internatos os meninos indo pro exército
  • 00:05:20
    nós começamos a notar Ah já o
  • 00:05:23
    aparecimento de
  • 00:05:25
    ã sentimentos de adolescente necessidade
  • 00:05:29
    de
  • 00:05:30
    privacidade e nos anos 35 40 nós já
  • 00:05:36
    temos relatos na história do
  • 00:05:39
    aparecimento dos Diários lembra-se dos
  • 00:05:42
    Diários das meninas fazendo diários
  • 00:05:46
    começar a colocar uma angústia
  • 00:05:51
    interna na palavra escrita e pela
  • 00:05:55
    primeira vez na história Nós tomamos
  • 00:05:58
    contato de que
  • 00:06:00
    há uma angústia
  • 00:06:02
    prevalente nessa época de vida a
  • 00:06:05
    necessidade de
  • 00:06:08
    contar mesmo que seja pro papel um
  • 00:06:14
    profundo
  • 00:06:15
    sentimento de que falta alguma coisa de
  • 00:06:20
    que há alguma coisa pesada nessa fase de
  • 00:06:24
    vida e nasce um
  • 00:06:28
    fenômeno
  • 00:06:30
    que infelizmente nós perdemos hoje que é
  • 00:06:33
    o fenômeno da
  • 00:06:34
    amizade a amizade o vínculo
  • 00:06:38
    afetivo que que é amizade é a
  • 00:06:42
    transferência do amor que se tem na
  • 00:06:45
    família para um outro as meninas começam
  • 00:06:50
    a ter amigas elas transferem o amor da
  • 00:06:54
    mãe pra amiga e alguns meninos começam
  • 00:06:59
    também a formar amizades dentro do
  • 00:07:03
    colégio interno dentro do exército
  • 00:07:06
    dentro da ACM dentro dos grupos de
  • 00:07:09
    esporte do futebol do basquete que eles
  • 00:07:12
    começam e começam a fazer uma
  • 00:07:15
    transferência da relação com o pai pra
  • 00:07:18
    relação com
  • 00:07:20
    amigo os anos 35
  • 00:07:23
    3040 dão a chance do do adolescente se
  • 00:07:30
    separar não fisicamente mas
  • 00:07:33
    afetivamente da relação de família no
  • 00:07:36
    próximo bloco A Guerra traz a
  • 00:07:45
    melancolia sentimentos que antes ficavam
  • 00:07:48
    soterrados por obrigações sociais e
  • 00:07:50
    familiares agora ganham espaço o jovem
  • 00:07:53
    começou a dar vazão a angústia de ser
  • 00:07:56
    adolescente e outras mudanças igualmente
  • 00:07:58
    profundas começam a se anunciar nós
  • 00:08:02
    estamos saindo da primeira grande
  • 00:08:05
    guerra que trouxe pra Europa
  • 00:08:11
    eh um pouco pro Brasil mas muito pra
  • 00:08:15
    Europa um sentimento muito forte de
  • 00:08:19
    descrença pela morte dos filhos a
  • 00:08:22
    primeira grande Guerra trouxe um estado
  • 00:08:26
    mórbido paraa Europa de repente passado
  • 00:08:31
    muito pouco tempo nós temos a Segunda
  • 00:08:33
    grande Guerra e nós nos envolvemos na
  • 00:08:35
    Segunda grande Guerra e a Segunda grande
  • 00:08:38
    Guerra
  • 00:08:40
    instaura no mundo
  • 00:08:43
    ocidental um sentimento muito complicado
  • 00:08:46
    que é a
  • 00:08:50
    a melancolia que é uma
  • 00:08:55
    forma
  • 00:08:57
    sombria da depressão
  • 00:08:59
    um sentimento profundo de descrença e o
  • 00:09:03
    medo maior de que os filhos nos vão ser
  • 00:09:09
    tirados Porque vão ser chamados à guerra
  • 00:09:13
    aí nós estamos nos anos 50 onde
  • 00:09:18
    nasce na adolescência presente aquilo
  • 00:09:22
    que a gente chamou de juventude
  • 00:09:26
    transviada de filhos que já começam a
  • 00:09:30
    existir comos seus 16 17 anos ligados a
  • 00:09:37
    necessidade de um prazer
  • 00:09:42
    ã um prazer
  • 00:09:44
    eh necessário ligado ao álcool a
  • 00:09:47
    motocicleta que era um símbolo
  • 00:09:50
    eh importante disso e
  • 00:09:55
    ã morrendo com muita facilidade
  • 00:09:59
    mas com uma história de pais que
  • 00:10:03
    começaram
  • 00:10:04
    a não mais
  • 00:10:08
    investir seus
  • 00:10:10
    seios sua presença e seu
  • 00:10:14
    amor de uma maneira mais intensa nos
  • 00:10:17
    seus filhos pelo medo
  • 00:10:21
    inconsciente da perda que iam ter em
  • 00:10:26
    função da Guerra em função
  • 00:10:30
    da Morte iminente então Nasce Uma
  • 00:10:35
    Geração sem o investimento libidinal dos
  • 00:10:39
    Pais nos anos 60 70 nós temos a
  • 00:10:44
    geração que veio depois dessa com menos
  • 00:10:49
    investimento
  • 00:10:50
    libidinal nasce a chuquinha nasce o
  • 00:10:54
    leite Ninho a necessidade de dizer deixa
  • 00:10:58
    seu filho no berço não perca tempo com o
  • 00:11:00
    seu filho né que é a
  • 00:11:04
    consequência da morbidez que a
  • 00:11:07
    melancolia eh passada deixou começa a
  • 00:11:12
    moda pra criança a criança para de se
  • 00:11:15
    vestir como um um um pequeno tolo adulto
  • 00:11:20
    e e cada vez mais né então os anos 60 70
  • 00:11:27
    80
  • 00:11:30
    a
  • 00:11:31
    melancolia de perder o
  • 00:11:34
    filho vai se confundindo com uma
  • 00:11:39
    sociedade que vai vivendo
  • 00:11:42
    mais o momento do já o momento presente
  • 00:11:47
    então nós começamos a aumentar o consumo
  • 00:11:50
    e nós começamos
  • 00:11:53
    a viver dois sentimentos complicados a
  • 00:11:59
    descrença a descrença na política a
  • 00:12:02
    descrença na boa ciência porque a boa
  • 00:12:06
    ciência nos trouxe a arma a bomba a
  • 00:12:10
    descrença na religião e a crença numa
  • 00:12:14
    coisa que a gente chama de princípio do
  • 00:12:18
    prazer de Que nós tínhamos que viver a
  • 00:12:22
    vida mais num momento e começar a fazer
  • 00:12:27
    com que nossos filhos
  • 00:12:29
    tivessem recursos para prazer então nós
  • 00:12:33
    começamos
  • 00:12:35
    a desinvestir ainda
  • 00:12:39
    mais o nosso filho real real de rei
  • 00:12:45
    nosso filho deixou de ser o rei do nosso
  • 00:12:50
    desejo e passou a ser o rei dele
  • 00:12:57
    mesmo
  • 00:13:01
    nós começamos a
  • 00:13:04
    destituir o que a gente chama em
  • 00:13:07
    psicanálise a
  • 00:13:09
    neurose que é uma necessidade Nossa a
  • 00:13:14
    neurose é a formação em nós humanos de
  • 00:13:18
    um tripé que nos dá a sobrevivência para
  • 00:13:21
    viver o tripé é a raiva o medo e a culpa
  • 00:13:27
    esse tripé
  • 00:13:29
    é a maneira pela qual a gente passeia
  • 00:13:32
    pela vida sem adoecer o equilíbrio desse
  • 00:13:36
    tripé é o que nos dá
  • 00:13:41
    a proteção pro desamparo a proteção pra
  • 00:13:45
    gente
  • 00:13:46
    eh sobreviver a
  • 00:13:49
    angústia quando esse tripé se
  • 00:13:52
    desequilibra quando esse tripé não se
  • 00:13:55
    faz nós começamos a viver uma coisa que
  • 00:13:58
    se chama
  • 00:14:00
    perversão que é
  • 00:14:03
    o o avesso da neurose então nós
  • 00:14:06
    começamos a criar
  • 00:14:09
    crianças sem o investimento libidinal
  • 00:14:12
    possível para que ela se torne neurótica
  • 00:14:15
    para que ela tenha o medo a raiva e a
  • 00:14:18
    culpa como que nós começamos a fazer
  • 00:14:20
    isso nós começamos a fazer isso
  • 00:14:24
    permitindo que
  • 00:14:26
    esses pequenos tiranos
  • 00:14:31
    Ah quando eles entram em medo a gente
  • 00:14:35
    tira o medo deles o medo é muito
  • 00:14:38
    importante para nós quando uma criança
  • 00:14:40
    sente medo a gente tem que dizer a ela
  • 00:14:43
    que ela pode ter medo quando uma criança
  • 00:14:46
    sente medo hoje ontem nos no final dos
  • 00:14:49
    anos
  • 00:14:52
    1900 nós dizíamos a ela que ela não não
  • 00:14:56
    tenha medo não você não precisa ter medo
  • 00:14:59
    a gente acende a luz a gente diz que
  • 00:15:01
    bicho papão não existe que a mulher
  • 00:15:03
    loira do banheiro não existe e a gente
  • 00:15:05
    vai tirando dela a capacidade dela se
  • 00:15:10
    proteger porque o medo é Nossa proteção
  • 00:15:12
    quando ela tá com raiva a gente elimina
  • 00:15:16
    a raiva dela dando algo para que essa
  • 00:15:20
    raiva passe eh filhinha vamos jantar não
  • 00:15:24
    quero jantar Ah então come um sonho de
  • 00:15:27
    valsa mas não grite Não chore porque dói
  • 00:15:32
    o ouvido da mamãe e a culpa né E aí
  • 00:15:37
    quando uma criança entra em culpa a mãe
  • 00:15:40
    entra em culpa junto aí ela tira a culpa
  • 00:15:43
    da
  • 00:15:43
    Criança e aí nós
  • 00:15:45
    [Música]
  • 00:15:49
    destituído e criamos uma sociedade
  • 00:15:52
    perversa que que é uma sociedade
  • 00:15:54
    perversa é a sociedade que começa a ter
  • 00:15:57
    prazer cando dano ao
  • 00:16:00
    outro Essa sociedade que tá aí fora
  • 00:16:03
    riscando parede assaltando e nós damos
  • 00:16:07
    início a uma violência complicada o não
  • 00:16:10
    investimento dos Pais nos filhos esse
  • 00:16:13
    amor perdido esse amor não dado a
  • 00:16:18
    retirada desse investimento pelo medo da
  • 00:16:21
    perda gerou uma coisa que foi a perda da
  • 00:16:27
    identidade os adolescentes as crianças
  • 00:16:31
    os adolescentes começaram a não ter com
  • 00:16:33
    que se identificar e como nós já íos
  • 00:16:37
    esse movimento de vir para fora e fazer
  • 00:16:41
    amizades esses grupos começaram a criar
  • 00:16:45
    uma identidade então nós começamos a ter
  • 00:16:48
    os rips mais paraa frente nos anos 90 os
  • 00:16:54
    emo os
  • 00:16:56
    skinheads para ter uma identidade só que
  • 00:16:59
    é uma identidade que não se consagra uma
  • 00:17:03
    identidade que não se faz aí o esforço
  • 00:17:07
    para ter outra identidade a tatuagem a
  • 00:17:11
    tatuagem mas uma tatuagem
  • 00:17:14
    só já vazou a identidade Então faz outra
  • 00:17:17
    depois outra depois outra E hoje nós
  • 00:17:20
    temos gente que tatua o corpo inteiro
  • 00:17:23
    Como se quisesse ter outro corpo outra
  • 00:17:27
    pele próximo bloco o desejo
  • 00:17:35
    fundamental a busca por uma identidade é
  • 00:17:38
    uma das grandes questões da adolescência
  • 00:17:40
    por isso nos deixa tão preocupados de
  • 00:17:43
    onde vem tanto medo tanta angstia tanta
  • 00:17:46
    ansiedade no século
  • 00:17:49
    passado num dos seus seminários mais
  • 00:17:52
    importantes jaqu lac um psicanalista
  • 00:17:56
    francês ouviu
  • 00:17:59
    durante uma das suas noites num dos seus
  • 00:18:02
    seminários ouviu algo
  • 00:18:06
    assim o que nós os
  • 00:18:09
    humanos procuramos na nossa
  • 00:18:13
    vida nós produzimos coisas nós vamos pro
  • 00:18:18
    trabalho nós vamos paraa faculdade nós
  • 00:18:21
    vamos atrás de um doutorado nós vamos
  • 00:18:23
    atrás de dinheiro nós vamos atrás de
  • 00:18:25
    tudo mas sempre nós ficamos com esse
  • 00:18:29
    desamparo com essa angústia
  • 00:18:33
    fundamental Qual é a coisa Ah Que coisa
  • 00:18:38
    é essa atrás da qual todos nós vamos
  • 00:18:43
    Qual é o desejo fundamental nosso e
  • 00:18:46
    Lacan responde assim o desejo
  • 00:18:49
    fundamental do ser humano é o desejo de
  • 00:18:52
    ser desejado a gente se veste a gente se
  • 00:18:57
    embeleza a gente vai atrás de valores
  • 00:19:01
    sociais valores
  • 00:19:04
    pessoais para buscar esse desejo
  • 00:19:08
    fundamental que foi perdido em algum
  • 00:19:12
    lugar nossos
  • 00:19:14
    adolescentes buscam
  • 00:19:18
    isso quando eles não encontram esse
  • 00:19:21
    desejo fundamental no piercing na
  • 00:19:24
    tatuagem às vezes eles vão pro álcool o
  • 00:19:27
    álcool é um depressor do sistema nervoso
  • 00:19:30
    central quando se bebe
  • 00:19:33
    álcool em alguma
  • 00:19:36
    quantidade essa
  • 00:19:38
    angústia
  • 00:19:39
    fundamental de uma falta de identidade
  • 00:19:42
    ela passa o que é essa
  • 00:19:45
    angústia essa angústia a tradução de
  • 00:19:48
    angústia angst Fall em alemão é
  • 00:19:52
    desamparo desamparo quando é que uma
  • 00:19:55
    criança um adolescente fica desamparado
  • 00:19:58
    quando ele não sabe se ele é desejado
  • 00:20:02
    uma vez um menino me disse assim tio eu
  • 00:20:06
    tô gostando muito de uma menina da minha
  • 00:20:09
    escola e eu achei aquilo muito bom e aí
  • 00:20:11
    ele me disse é a mesma que todos os
  • 00:20:14
    meninos
  • 00:20:17
    gostam
  • 00:20:19
    então provavelmente eu não vou ser o
  • 00:20:22
    escolhido e essa angústia é terrível é
  • 00:20:26
    terrível percebe é um bem que faz mal e
  • 00:20:31
    como é que eu luto por ela então todos
  • 00:20:35
    lutam por ela todos lutam por ela eu
  • 00:20:37
    imagino a angústia das outras meninas
  • 00:20:40
    como é que deve ser
  • 00:20:42
    né e dessa que não vai poder escolher
  • 00:20:45
    nenhum porque a hora que ela escolher um
  • 00:20:49
    ela deixa de ser um objeto de desejo do
  • 00:20:53
    desejo dos outros percebe que loucura
  • 00:20:55
    que é isso né quando que a gente sente
  • 00:20:58
    Que A Gente É desejado pelo outro que a
  • 00:21:00
    gente é um desejo do outro quando existe
  • 00:21:03
    uma história que marca isso quando
  • 00:21:06
    existe
  • 00:21:07
    um uma continuidade uma linearidade que
  • 00:21:10
    marca isso quando existem sinais que
  • 00:21:13
    marcam isso e quando existe a chance da
  • 00:21:18
    gente poder se dirigir a essa pessoa ou
  • 00:21:21
    a esses seres e poder dividir a nossa
  • 00:21:25
    angústia Então tá lá minha mãe em casa e
  • 00:21:29
    eu vou sentar com ela e vou
  • 00:21:31
    falar da pessoa que eu
  • 00:21:34
    gosto vou falar que eu tô me sentindo
  • 00:21:38
    gordo e ela não vai me criticar ela vai
  • 00:21:41
    me ouvir ela vai me acolher essa
  • 00:21:45
    referência de que o desejo dele suporta
  • 00:21:49
    minha
  • 00:21:50
    angústia é muito
  • 00:21:53
    importante nós não temos isso por isso
  • 00:21:56
    os consultórios estão
  • 00:21:59
    cheios de de adolescentes e crianças
  • 00:22:02
    tentando dividir com os seus terapeutas
  • 00:22:04
    com as suas fonos com as suas pedagogas
  • 00:22:07
    essa angústia essa angústia e o que a
  • 00:22:12
    gente sabe hoje é que às vezes alguns
  • 00:22:16
    sintomas ir mal na escola se machucar
  • 00:22:21
    Nós temos muitas meninas que hoje se
  • 00:22:24
    cortam com
  • 00:22:25
    estiletes ou adoecem
  • 00:22:29
    facilmente alguns
  • 00:22:31
    sintomas são
  • 00:22:35
    eh
  • 00:22:37
    especialidades dos
  • 00:22:39
    adolescentes para ver se despertam nos
  • 00:22:43
    cuidadores esse desejo que falta se
  • 00:22:47
    angustiam os pais para ver se
  • 00:22:52
    desperto mas infelizmente se não existe
  • 00:22:55
    um desejo a priori esse desejo não
  • 00:22:59
    consegue ser despertado mas o que a
  • 00:23:03
    gente percebe é que muitos filhos não
  • 00:23:06
    foram
  • 00:23:09
    desejados querer ter um filho não é
  • 00:23:12
    igual a querer um filho não sei se vocês
  • 00:23:15
    compreendem que eu tô falando esse
  • 00:23:17
    desejo não tá pronto na cabeça de uma
  • 00:23:21
    sociedade Consumista Às vezes o filho
  • 00:23:24
    entra como objeto de consumo Então vamos
  • 00:23:27
    ter um filho
  • 00:23:29
    percebe agora vamos ter dois percebe
  • 00:23:31
    agora vamos pôr lá PR babá cuidar pra
  • 00:23:34
    escola cuidar e às vezes alguns pais
  • 00:23:36
    imaginam que a escola teria que suprir
  • 00:23:40
    essa coisa que não foi suprida em casa
  • 00:23:43
    ou que a sociedade teria que suprir isso
  • 00:23:46
    mas isso não funciona a nossa referência
  • 00:23:49
    de
  • 00:23:50
    vida é foi e será sempre dirigida a essa
  • 00:23:58
    necessidade fundamental de sermos
  • 00:24:01
    [Música]
  • 00:24:05
    desejados como essa
  • 00:24:08
    angústia não atrapalha a vida de
  • 00:24:13
    ninguém quando nós
  • 00:24:16
    nascemos nós
  • 00:24:19
    precisamos
  • 00:24:21
    formar
  • 00:24:23
    uma entidade psíquica em nós que a gente
  • 00:24:27
    dá um nome de
  • 00:24:28
    ego para que esse ego seja formado é
  • 00:24:32
    necessário que a gente tenha um
  • 00:24:35
    cuidador Pelo menos durante o primeiro
  • 00:24:39
    ano de vida
  • 00:24:41
    inteiro e esse cuidador tem que ser o
  • 00:24:44
    mesmo cuidador de preferência a
  • 00:24:46
    [Música]
  • 00:24:51
    mãe e essa mãe ela tem que tomar o
  • 00:24:54
    cuidado para que nosso dia tenha uma
  • 00:24:57
    rotina
  • 00:24:58
    nosso quarto seja o mesmo quarto nosso
  • 00:25:01
    berço seja o mesmo berço durante um ano
  • 00:25:05
    para criar uma coisa que se chama pontos
  • 00:25:09
    de fixação que são os pontos de fixação
  • 00:25:12
    é onde os cérebro e o psiquismo se
  • 00:25:16
    encontam e a criança começa a ter um
  • 00:25:20
    sentimento chamado sentimento de
  • 00:25:22
    pertinência isso é fundamental para
  • 00:25:26
    nós
  • 00:25:31
    do segundo ano de vida até o quinto ano
  • 00:25:34
    de vida e o cérebro dela vai evoluir E
  • 00:25:39
    vai ganhar um um aditivo muito
  • 00:25:43
    complicado que é o funcionamento da
  • 00:25:46
    amídala
  • 00:25:47
    cerebral amídala cerebral é o nosso
  • 00:25:51
    condutor do
  • 00:25:53
    medo e da raiva que são os dois pontos
  • 00:25:57
    fundamentais a
  • 00:25:59
    neurose Como funciona uma criança normal
  • 00:26:02
    uma criança normal é aquela criança onde
  • 00:26:05
    quando ela é tirada do
  • 00:26:08
    Prazer se ela for
  • 00:26:10
    normal ela
  • 00:26:13
    grita xinga se joga no chão Faz birra e
  • 00:26:19
    como o cuidador dessa criança tem que
  • 00:26:22
    reagir tem que suportar
  • 00:26:25
    isso suportar isso
  • 00:26:28
    sem reagir de volta sem xingá-la sem
  • 00:26:31
    bater nela sem crucificá-lo sem
  • 00:26:34
    puni-la e esperar esse reloginho da
  • 00:26:37
    amídala cerebral ter começo meio e fim
  • 00:26:41
    para que a criança saiba que ela pode
  • 00:26:44
    suportar essa frustração quando uma
  • 00:26:46
    criança sente que ela
  • 00:26:50
    suporta a
  • 00:26:52
    frustração ela começa a ficar forte e
  • 00:26:56
    esse ego construído do primeiro ano de
  • 00:26:58
    vida faz ela ficar mais
  • 00:27:01
    forte quando uma criança Faz birra e a
  • 00:27:04
    mãe bate ou a mãe chora ou a mãe vai
  • 00:27:07
    embora essa criança começa a se sentir
  • 00:27:09
    má uma criança má E aí melan Klein que
  • 00:27:15
    foi uma estudiosa dessa maldade das
  • 00:27:18
    Crianças dizia que essa criança má
  • 00:27:22
    nesses dos dois aos 5 anos de vida ela
  • 00:27:27
    não vai conseguir retirar mais essa
  • 00:27:30
    identidade de uma criança Má e vai
  • 00:27:35
    crescer com essa angústia de que sendo
  • 00:27:39
    má quem vai
  • 00:27:40
    desejá-la e aí nós vamos ter problema na
  • 00:27:44
    [Música]
  • 00:27:48
    adolescência aos 6 anos de idade nós
  • 00:27:53
    vamos
  • 00:27:54
    então montar a nossa neurose
  • 00:27:58
    como aparece a neurose dos 6 aos 11 anos
  • 00:28:00
    de idade através das neuroses
  • 00:28:05
    tiques piscar o olho enfiar o dedo no
  • 00:28:08
    nariz
  • 00:28:10
    H começar a ter Mania não quer que
  • 00:28:13
    misture arroz com feijão
  • 00:28:16
    e o terceiro item da neurose o
  • 00:28:20
    medo o
  • 00:28:22
    medo Às vezes as pessoas estão sentadas
  • 00:28:26
    na sala e a criança tá com sede e ela
  • 00:28:29
    quer ir até o o lugar ae tem água e ela
  • 00:28:34
    fica assim Mãe tô com sede e tem 9 anos
  • 00:28:38
    H vamos comigo tomar água por que filho
  • 00:28:41
    Porque eu tô com medo medo do quê
  • 00:28:44
    hã Tô com medo do fantasma
  • 00:28:49
    percebe e eu vou com você tomar água mas
  • 00:28:53
    por que tem fantasma não porque tem medo
  • 00:28:55
    essa neurose
  • 00:28:58
    é a que nos protege da Loucura dos 6 aos
  • 00:29:01
    11 anos nossos filhos precisam desse
  • 00:29:05
    medo e nós temos que acolhê-los nesse
  • 00:29:08
    [Música]
  • 00:29:13
    medo na
  • 00:29:16
    adolescência a
  • 00:29:18
    neurose vem através do
  • 00:29:22
    desamparo através da
  • 00:29:24
    angústia o tamanho o tamanho dos seios
  • 00:29:29
    ã a moda o grupo
  • 00:29:33
    eh o futuro
  • 00:29:36
    Eh que que você vai ser filha que que
  • 00:29:38
    você que que que profissão você vai
  • 00:29:40
    escolher não sei É uma angústia muito
  • 00:29:44
    grande essa eu queria ser professora Mas
  • 00:29:48
    se eu falar isso me matam percebe então
  • 00:29:52
    eu tenho que escolher uma coisa que não
  • 00:29:54
    tire o desejo dos outros sobre mim o que
  • 00:29:58
    se faz com essa angústia essa angústia
  • 00:30:00
    tem que ser trazida para dentro de casa
  • 00:30:03
    e transformada em
  • 00:30:06
    fala como que a angústia do Adolescente
  • 00:30:10
    aparece através da neurose através da
  • 00:30:14
    raiva do medo e da
  • 00:30:18
    culpa precisa ter alguém em casa para
  • 00:30:21
    perceber isso nossa meu filho tá nervoso
  • 00:30:24
    a gente fala bom dia para ele ele fala
  • 00:30:26
    um palavrão
  • 00:30:28
    Então tá
  • 00:30:32
    normal e o que é necessário fazer ficar
  • 00:30:36
    perto dele e Senta aqui vamos conversar
  • 00:30:42
    mas eu não quero conversar com
  • 00:30:44
    você importância eu vou ficar aqui perto
  • 00:30:47
    de você até a hora que você quiser
  • 00:30:49
    conversar comigo eu não vou assistir a
  • 00:30:52
    novela não vou conversar com o seu pai
  • 00:30:54
    se tiver um pai perto eu vou vou ficar
  • 00:30:57
    aqui perto de você e aí vai acontecer o
  • 00:31:01
    fenômeno
  • 00:31:02
    fundamental da angústia primeiro a raiva
  • 00:31:06
    que que está querendo de mim você é
  • 00:31:11
    chata depois o
  • 00:31:14
    medo então
  • 00:31:16
    Eh o medo que a mãe não saiba lidar com
  • 00:31:20
    aquilo e aí a angústia
  • 00:31:24
    Mãe eu tô gostando da fulana Mas ela já
  • 00:31:29
    tem dois
  • 00:31:31
    namorados mãe eu não sei química eu não
  • 00:31:36
    consigo aprender química precisa ter
  • 00:31:38
    alguém que suporte a neurose para que a
  • 00:31:41
    angústia venha no próximo bloco a
  • 00:31:44
    adolescência de hoje e de
  • 00:31:51
    amanhã o mundo está mudando cada vez
  • 00:31:54
    mais rápido cada nova geração parece
  • 00:31:57
    trazer um novo significado para a
  • 00:32:00
    adolescência O que é então ser
  • 00:32:02
    adolescente
  • 00:32:04
    hoje a
  • 00:32:06
    adolescência deixou de ser um período
  • 00:32:11
    orgânico aonde os hormônios chegam e
  • 00:32:15
    passou a ser um período
  • 00:32:17
    conceitual hoje a gente vê meninos de 8
  • 00:32:21
    anos 9 anos travestidos de
  • 00:32:26
    adolescentes alguns com piercing
  • 00:32:28
    alargadores na orelha não lidam com a
  • 00:32:33
    afetividade eles não t
  • 00:32:36
    amigos as meninas não fazem diários
  • 00:32:40
    porque não dá tempo porque elas têm que
  • 00:32:43
    deixar recados no msn no Facebook e elas
  • 00:32:49
    não não tem a
  • 00:32:52
    transferência da família pros amigos
  • 00:32:55
    porque como não há vínculo em casa eles
  • 00:32:58
    não fazem a transferência aqui para fora
  • 00:33:00
    então o que que eles vivem então eu vou
  • 00:33:02
    contar o que eu escuto deles eles têm um
  • 00:33:06
    monte de gente com quem eles convivem
  • 00:33:10
    que são parceiros de prazer mas se eles
  • 00:33:14
    precisarem de um amigo aonde eles
  • 00:33:18
    precisem de uma relação afetiva Eles não
  • 00:33:20
    têm eles não TM um amigo eles têm
  • 00:33:23
    parceiros de prazer e nós não um fim PR
  • 00:33:27
    adolescência nós não temos um fim hoje
  • 00:33:31
    alguns pais de
  • 00:33:34
    adolescentes se vestem como adolescentes
  • 00:33:37
    Vivem como adolescentes agem como
  • 00:33:40
    adolescentes tem grupos como
  • 00:33:42
    adolescentes e vivem com os filhos de
  • 00:33:45
    igual para
  • 00:33:47
    igual sem nenhuma condição de perceberem
  • 00:33:53
    um filho
  • 00:33:55
    angustiado
  • 00:34:00
    o
  • 00:34:01
    desamparo das Crianças tanto da classe Z
  • 00:34:06
    que eu conheço muito bem como da Classe
  • 00:34:09
    A o desamparo a solidão delas vai
  • 00:34:14
    obrigando-as a buscarem padrões de
  • 00:34:17
    identidade e a sociedade Industrial vai
  • 00:34:21
    oferecendo isso vai oferecendo padrões
  • 00:34:24
    de identidade Então você hoje tem filmes
  • 00:34:27
    filmes que são feitos com crianças de
  • 00:34:29
    menor idade travestidas de adolescentes
  • 00:34:33
    travestidas
  • 00:34:34
    de Então você vai descendo a idade vai
  • 00:34:38
    descendo também o consumo é a busca pela
  • 00:34:42
    angústia de uma identificação com algo
  • 00:34:46
    que lhe dê uma sensação de tá
  • 00:34:49
    pertencendo a algo percebe Mas como isso
  • 00:34:56
    não funciona
  • 00:34:57
    porque pra gente poder sentir que a
  • 00:35:00
    gente pertence a algo é necessário que
  • 00:35:03
    haja o desejo do
  • 00:35:06
    outro a gente se sentir
  • 00:35:09
    desejado a roupa dura muito pouco tempo
  • 00:35:13
    e daqui a pouco ela chega e fala quero
  • 00:35:15
    comprar outra roupa Preciso comprar
  • 00:35:17
    então hoje os nossos guarda-roupas tem
  • 00:35:20
    milhares de roupas algumas até com
  • 00:35:23
    etiqueta não sei se vocês já viram isso
  • 00:35:27
    percebe
  • 00:35:29
    porque na verdade o prazer da roupa é
  • 00:35:33
    comprá-la que é o engodo Parece que
  • 00:35:36
    agora que eu comprei a roupa eu ganhei
  • 00:35:39
    uma identidade quando eu chego em casa e
  • 00:35:42
    visto a roupa parece que ela só ficou
  • 00:35:44
    boa na loja já tiveram essa
  • 00:35:47
    sensação porque a nossa identidade não
  • 00:35:50
    tá nisso tá em querer ser desejado por
  • 00:35:53
    alguém eu tenho medo do futuro porque
  • 00:35:57
    Se as pessoas não entenderem a
  • 00:36:00
    importância disso de a gente perder
  • 00:36:03
    tempo com o nosso amor com outro nós
  • 00:36:06
    vamos ter um
  • 00:36:07
    caos o número de suicídio já é grande
  • 00:36:10
    entre os adolescentes muito alto né
  • 00:36:13
    porque eles eles
  • 00:36:16
    eh se frustram e se matam
  • 00:36:19
    ou a minha namorada não quer mais
  • 00:36:22
    namorar comigo eu vou lá e mato ela
  • 00:36:25
    percebe já já viram como é então assim a
  • 00:36:29
    violência é o sinal da perversão
  • 00:36:32
    ausência da neurose na neurose a gente
  • 00:36:35
    chora porque a namorada não quer mais me
  • 00:36:38
    namorar e vai pro colo da avó da mãe Do
  • 00:36:43
    pai como não tem esse colo eu mato quem
  • 00:36:46
    tá me provocando
  • 00:36:48
    dor compreende então eu tenho medo do
  • 00:36:51
    que vem por aí se a gente não acordar
  • 00:36:54
    logo eu não sei quem que vai acordar
  • 00:36:58
    esse povo todo mas nós temos que acordar
  • 00:37:00
    as pessoas que vem por aí essas gerações
  • 00:37:02
    que estão vindo aí o que uma mãe pode
  • 00:37:04
    fazer para não ter a síndrome de Ninho
  • 00:37:07
    vazio quando nossos filhos saem de casa
  • 00:37:10
    e vão morar longe mudam de país ou vão
  • 00:37:14
    morar vão pra faculdade em outra
  • 00:37:17
    cidade o que acontece é a perda de uma
  • 00:37:21
    dinâmica familiar que às vezes nem era
  • 00:37:23
    tão boa assim às vezes ela se
  • 00:37:27
    suportam por causa da presença de um
  • 00:37:32
    filho quando esse filho sai passou no
  • 00:37:35
    vestibular O casal tem que regredir a
  • 00:37:40
    sua vida de casal e de repente eles
  • 00:37:43
    descobrem que faz 18 anos que eles vivem
  • 00:37:48
    como
  • 00:37:50
    pais e eles têm que voltar a viver como
  • 00:37:53
    um casal e eles têm que reaprender isso
  • 00:37:57
    e às vezes eles não querem mais então a
  • 00:38:00
    síndrome do ninho vazio às vezes é um
  • 00:38:04
    sintoma ruim para um casal que vai ter
  • 00:38:09
    que agora conviver com filho a menos
  • 00:38:12
    cuidando de um filho que eles não
  • 00:38:15
    prestavam muita atenção ou cuidar de um
  • 00:38:18
    casal que tava descuidado até agora
  • 00:38:21
    porque
  • 00:38:22
    eh o papel que viviam a dinâmica que
  • 00:38:25
    viviam apenas a dinâmica de pai e mãe e
  • 00:38:30
    a questão do filho longe o medo da perda
  • 00:38:35
    do filho que se que venha a consciência
  • 00:38:39
    não se esqueçam que como a nossa
  • 00:38:42
    qualidade afetiva às vezes não é muito
  • 00:38:48
    boa uma criança um adolescente
  • 00:38:51
    problemático no nosso meio justifica
  • 00:38:55
    nossas
  • 00:38:58
    quando esse adolescente sai nós ficamos
  • 00:39:01
    sem justificativa a gente chama isso de
  • 00:39:05
    B
  • 00:39:08
    expiatório às vezes nós que trabalhamos
  • 00:39:12
    com
  • 00:39:14
    adolescentes às vezes nós
  • 00:39:17
    conseguimos ajudar esses
  • 00:39:20
    adolescentes e às vezes eles param de
  • 00:39:24
    usar
  • 00:39:25
    droga às vezes Eles saem da perversão e
  • 00:39:30
    entram na neurose e se tornam bons boas
  • 00:39:36
    pessoas param de agredir os pais voltam
  • 00:39:40
    a
  • 00:39:41
    estudar e os pais se
  • 00:39:45
    separam
  • 00:39:47
    percebe então eu posso contar para
  • 00:39:50
    vocês mais que meus dedos das mãos e dos
  • 00:39:54
    pés casos
  • 00:39:57
    onde a Vitória a minha vitória
  • 00:40:01
    terapêutica a minha vitória como
  • 00:40:05
    profissional se tornou complicada porque
  • 00:40:08
    a sobrevivência daquela família era
  • 00:40:11
    Justamente
  • 00:40:14
    a a
  • 00:40:16
    patologia daquele
  • 00:40:18
    adolescente Então os pais todo dia
  • 00:40:23
    angustiados procurando juntos no
  • 00:40:26
    guarda-roupa aonde tava Maria Juana lá a
  • 00:40:29
    maconha aonde tava no guarda-roupa o
  • 00:40:32
    cachimbo de craque aonde tava e de
  • 00:40:34
    repente esse
  • 00:40:36
    adolescente se liga a mim transfere para
  • 00:40:39
    mim coisas que ele precisava transferir
  • 00:40:41
    melhora muda
  • 00:40:44
    ã tira o alargador da
  • 00:40:47
    orelha começa a ter um discurso
  • 00:40:49
    diferente na vida volta pra escola é
  • 00:40:52
    reac colhido na escola da onde ele saiu
  • 00:40:55
    n
  • 00:40:57
    Mal começa a ficar em
  • 00:41:00
    casa começa a estudar e os pais se
  • 00:41:05
    separam porque acabou a função deles de
  • 00:41:11
    horrorizados e isto também tem que ser
  • 00:41:15
    levado em conta quando a gente fala da
  • 00:41:17
    síndrome do ninho vazio Às vezes a saída
  • 00:41:22
    de um filho de casa termina a única
  • 00:41:27
    função que um casal tinha na vida então
  • 00:41:31
    nós precisamos pensar em tudo isso tudo
  • 00:41:33
    isso além claro uma pessoa boa sente
  • 00:41:38
    falta de um filho que ama e essa é a
  • 00:41:41
    última resposta que a gente pode dar tem
  • 00:41:44
    gente Normal também no
  • 00:41:47
    mundo no Café Filosófico de hoje o
  • 00:41:50
    psicólogo Ivan capelato percorreu a
  • 00:41:52
    história de olho na adolescência e nas
  • 00:41:55
    questões que a aflige esse período tão
  • 00:41:57
    turbulento das nossas vidas esta e
  • 00:42:00
    outras palestras você encontra na
  • 00:42:02
    íntegra no site da CPFL Cultura tchau e
  • 00:42:06
    até o próximo
  • 00:42:08
    [Música]
  • 00:42:25
    café
  • 00:42:27
    [Música]
  • 00:42:55
    k
  • 00:42:59
    [Música]
  • 00:43:10
    C
الوسوم
  • adolescência
  • identidade
  • afetividade
  • história
  • pais
  • angústia
  • melancolia
  • sociedade
  • vida moderna
  • neurose