Duas cidades pobres, mas uma tem a melhor educação básica do Brasil

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https://www.youtube.com/watch?v=LxEjBAXkMew

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TLDRO vídeo explora as disparidades na educação entre Manaquiri, Amazonas, e Pires Ferreira, Ceará. Enquanto Manaquiri enfrenta sérios desafios, como seca severa que impossibilita o transporte até as escolas e um IDEB alarmantemente baixo (2,5), Pires Ferreira se destaca com um IDEB nota 10 e uma abordagem integrada que envolve a comunidade na educação. Programas públicos eficazes no Ceará, como o PRA, e parcerias entre famílias e escolas têm levando a uma educação de qualidade, enquanto Manaquiri luta para superar os obstáculos climáticos e sociais.

الوجبات الجاهزة

  • 📉 A educação em Manaquiri é criticamente afetada pela seca e isolamento.
  • 🌍 Pires Ferreira se destaca na educação com uma política pública integrada.
  • 👩‍🏫 Professoras em Pires Ferreira atuam diretamente na comunidade.
  • 🚤 Transporte escolar é um grande desafio em Manaquiri devido à seca.
  • 📚 Aulas remotas em Manaquiri resultam em baixo aprendizado.
  • 🤝 A colaboração entre famílias e professores é fundamental em Pires Ferreira.
  • 🌱 A educação influencia diretamente a economia local em Pires Ferreira.
  • 🌊 Manaquiri sofre com escassez de recursos hídricos para a educação.
  • 🗺️ Diferenças culturais influenciam as abordagens educacionais nas duas regiões.
  • 🌟 O futuro de Manaquiri depende de melhorias na locomoção e gestão educativa.

الجدول الزمني

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    Manaquiri no Amazonas e Pires Ferreira no Ceará revelam contrastes na educação, apesar de semelhanças demográficas e socioeconômicas. Manaquiri enfrenta sérios desafios educacionais, com um IDEB de 2,5, onde a crise climática dificulta o acesso à escola. As aulas remotas se tornaram comuns devido à seca, e muitos alunos estão ficando para trás, com pouca aprendizagem efetiva. Em contraste, Pires Ferreira apresenta um IDEB de 10, beneficiada por políticas públicas integradas e o envolvimento da comunidade, resultando em uma educação de qualidade e forte acompanhamento dos alunos.

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    Manaquiri, a 150 quilômetros de Manaus, é severamente impactada por secas extremas, levando à falta de aulas presenciais. A população enfrenta desafios de transporte e acesso à internet, dificultando ainda mais a educação. Educadores ponderam que, apesar dos baixos índices de aprendizagem, as crianças têm experiências ribeirinhas que não são captadas por testes padrão. Comparativamente, Pires Ferreira se destaca com escolas cheias e um forte senso de parceria entre escolas e lares, garantindo que as crianças não sejam deixadas para trás.

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    No final, as lições de Pires Ferreira destacam a importância de políticas educacionais eficazes e uma gestão colaborativa entre Estado e municípios. Através de um financiamento direcionado e programas que priorizam a alfabetização e o trabalho de professores, Pires Ferreira alcança resultados que, embora notáveis, despertam questões sobre a capacidade da educação fundamental em mudar a realidade econômica. A população de Manaquiri encontra-se ansiosa por melhorias, refletindo um desejo profundo de avanço e esperança diante de suas circunstâncias desafiadoras.

الخريطة الذهنية

فيديو أسئلة وأجوبة

  • Qual é a principal diferença entre Manaquiri e Pires Ferreira?

    Manaquiri possui baixos índices de educação e enfrenta crises climáticas, enquanto Pires Ferreira tem uma educação nota dez e recursos integrados.

  • Como a seca afeta a educação em Manaquiri?

    A seca impede o acesso dos alunos às escolas, levando a aulas remotas e uma queda no aprendizado.

  • O que Pires Ferreira faz diferente em termos de educação?

    Pires Ferreira tem uma colaboração eficaz entre famílias e professores, garantindo aulas de reforço e acompanhamento dos alunos.

  • Qual é o IDEB de Manaquiri?

    Manaquiri tem um IDEB de 2,5, considerado muito baixo.

  • Como é a comunidade escolar em Pires Ferreira?

    A população é envolvida e empolgada com a educação, com escolas cheias e planejamento integrado.

  • Quais fatores contribuem para a boa educação em Pires Ferreira?

    Parcerias entre estado e município, foco na formação de professores e recursos destinados à educação.

  • Qual é o impacto da educação na economia de Pires Ferreira?

    Uma educação de qualidade pode levar a melhores empregos e desenvolvimento econômico na região.

  • O que é o programa PRA em Pires Ferreira?

    É um programa de recomposição da aprendizagem que oferece apoio educacional durante as férias e no contraturno.

  • Como os professores em Manaquiri lidam com a falta de alunos?

    Muitos professores estão trabalhando ao máximo para contornar a situação, mas enfrentam desafios enormes.

  • Qual é o futuro da educação em Manaquiri?

    É incerto e depende de melhorias na infraestrutura e gestão educacional.

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الترجمات
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التمرير التلقائي:
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    Esta é a cidade de Mana querida no Amazonas.
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    E esta é Pires Ferreira, no sertão do Ceará.  Assim, de cima, e olhando para alguns dados,
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    elas podem até se parecer. As duas  têm menos de 20 mil habitantes,
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    o mesmo nível de desenvolvimento, medido  pelo IDH, e a maior parte da população vive
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    em areas rurais. Mas quando a gente  fala de educação, um abismo se abre.
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    Como o senhor vê o futuro desses?
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    Eles não estão estudando, não estão aprendendo.  Estão passando de ano, mas não estão adquirindo
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    conhecimento. Eu vejo os alunos com um futuro  brilhante, né, que a educação que eles têm hoje,
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    de qualidade, eles vão aonde eles quiserem. A BBC  News Brasil veio até as cidades que registraram
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    o pior e o melhor índice da educação básica  para os anos iniciais do ensino fundamental,
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    para saber o que Manaquiri e Pires Ferreira tem  a aprender ou a ensinar ao restante do Brasil.
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    Na cidade amazonense, com Ideb 2,5, a crise  climática secou os rios e impede mais uma
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    vez os alunos a chegarem à escola. Já  a cidade cearense nota dez no Ideb,
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    aproveita o senso de comunidade e colhe frutos  de uma política pública integrada entre Estado
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    e município. Mas como diminuir esse fosso  entre os extremos da educação no Brasil?
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    A 150 quilômetros de Manaus, Manaquiri  tem sido fortemente afetada pela maior
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    seca já registrada na Amazônia brasileira. Este é
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    o rio da cidade quando está cheio.  Agora, com a seca, ele está assim.
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    Essa daqui é a vila do Janauacá. Uma  das comunidades de Manaquiri onde as
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    aulas já estão totalmente remotas, porque os  alunos não conseguem mais chegar à escola.
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    Para a gente chegar até aqui, a gente teve  que pegar uma lancha em um outro município.
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    É pelos rios Solimões e o Paraná-do-Manaquiri que
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    crianças são transportadas  diariamente para as escolas.
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    Mas onde havia a água, agora é terra. Uma  situação parecida à já vivida em 2023.
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    Tenho medo deles ficarem viciados  em celular, na televisão, né,
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    que tem muito desenho. É triste de a gente  ver a situação da criança sem estar na escola.
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    A prefeitura tem levado lições escolares  e alimentos a comunidades isoladas,
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    mas famílias como a de Giselle sentem  que podem estar ficando para trás.
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    Três folhas para a semana, né. Ou seje,  se eles fazem tudo de uma vez, o resto da
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    semana… O resto da semana estão vagos. Em vez de ir para a frente, não,
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    eles vêm mais para trás no  ensino. Quanto mais dever,
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    mais ensinamento eles vão ter,  mais e mais eles vão aprender.
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    A seca se soma a um ensino remoto  durante dois anos de pandemia,
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    com os alunos daqui passando  pouco tempo dentro da escola.
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    As famílias têm tentado se virar. Francisca  resolveu entrar para educação de jovens e Adultos,
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    o EJA, após perceber que seus  netos não conseguiriam avançar se
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    dependessem apenas da escola. Na época que  eu estudei, eu só fiz até a quinta série.
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    Três horas eu me acordo, e vou fazendo  as anotações, estudando. Aí quando pela
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    parte da manhã que eles acordam, eu passo  para eles e vou explicar para eles tudinho.
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    Vou ajudar e estou procurando  ajudar assim, dessa forma.
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    A maior felicidade para mim  é poder ajudar os meus netos.
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    A gente veio aqui nessa escola municipal de
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    manhã, em uma quarta feira, e  ela está completamente vazia.
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    Hoje a nossa escola encontra se vazia por conta  dos problemas climáticos e geográficos que vem
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    acontecendo em nosso município. Somente nós,  professores, trabalhando para tentar contornar
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    toda essa problemática. Mas sem estar em sala  de aula é bem complicado, né? Simplesmente nós
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    não estamos olhando no rosto dos nossos alunos  e vendo a realidade deles, o que eles precisam…
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    60% dos alunos da cidade ficaram sem  aula em 2024 desde o início de setembro,
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    quando os rios secaram muito além  do normal. Além do isolamento,
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    muitas famílias também enfrentam a falta  de internet ou até de sinal de telefone.
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    Então, os alunos que caminham cinco horas  para chegarem aqui na escola, então eles
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    chegam cansados. Eles chegam e fadigados de  um sol escaldante, como aqui do nosso estado.
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    Eu creio que os demais estados  não sabem da nossa realidade.
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    O Ideb é o principal indicador de educação no  Brasil e consegue ligar alertas e demonstrar
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    resultados objetivos. Mas será que numa cidade  como Manaquiri o índice é capaz de captar tudo?
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    Educadores da Amazônia dizem  que crianças ribeirinhas têm
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    uma leitura de mundo e vivências  que não são vistas em resultados
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    de provas e que há outras formas de  aprendizado que são importantes ali.
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    Aqui tem uma população aguerrida,
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    que tem sonhos. Porque a educação  se faz até embaixo de uma árvore.
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    Na região Nordeste, onde a seca também costuma  ser preocupação. A pequena Pires Ferreira vive
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    uma realidade totalmente distinta: salas  cheias e famílias empolgadas com a educação.
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    Depois a gente andar quase 300  quilômetros desde Fortaleza,
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    a gente tá chegando aqui em  Pires Ferreira para descobrir
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    o que essa cidade tem feito para chegar  ao topo nacional do ranking da educação.
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    Quando a gente vem pra cá,
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    a gente olha as placas e percebe o nome  de outras cidades que vem se destacando,
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    como Sobral. É quase como um efeito contágio  que vem se espalhando por essa região aqui.
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    A minha filha do meio tem 12 anos e ela  estuda aqui no município de Pires Ferreira,
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    faz o sexto ano. Estar no município em que  a educação é boa, isso é muito bom, porque
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    a educação, ela leva o que nós, ao filho e a  minhas filhas a crescerem a pensar no futuro.
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    Para Elisângela, um dos segredos de Pires Ferreira  é a parceria entre famílias e professores na
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    cidade. As crianças moram relativamente perto  das escolas, geridas por professores também dali.
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    Ela valoriza muito o aluno e a família. Ela leva a
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    educação da escola pra casa também. Eu  acho que isso é o que faz a diferença.
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    Uma das escolas nota dez no Ideb fica em frente  a casa da família, numa área rural da cidade.
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    Quando eu crescer, quero ser professora.  Eu vou fazer pedagogia e eu quero ensinar
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    crianças para mesmo as professoras. Foram  coisas muito importantes. Então eu quero
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    ser uma professora e ser importante  na vida de muitas crianças e alunas.
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    Em Pires Ferreira, os alunos não são  deixados para trás. Caso seja percebido
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    que a criança não está aprendendo,  ela passa a ter aulas de reforço.
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    E se algum aluno falta, os  professores vão em busca das famílias.
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    A gente faz o acompanhamento, como  por exemplo, o PRA, que é o programa
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    de recomposição da aprendizagem,  que eles tanto acontece nas férias,
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    como também na questão do contraturno. Que  esses são os alunos que têm mais dificuldade,
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    em que a gente observa a dificuldade  através de avaliações, de simulados…
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    Os resultados são visíveis. Em Pires Ferreira,  praticamente nao ha atraso escolar. Ou seja,
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    quase todo mundo está cursando a serie que  deveria cursar, de acordo com sua idade,
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    situação distinta de Manaquiri .
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    Pires Ferreira também um orçamento para educação
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    proporcionalmente maior do que a  cidade no Amazonas. Isso, em parte,
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    é explicado por um sistema desenvolvido no Ceará  que distribui recursos com base na educação.
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    O analista de políticas públicas e economista  cearense Victor Hugo de Oliveira explica que a
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    base do programa é o repasse do ICMS, o imposto  estadual sobre a circulação de mercadorias e a
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    prestação de serviços. O Estado é obrigado  a repassar parte do arrecado às cidades.
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    A ideia foi, olhe, o Estado do Ceará vai  incentivar os municípios a melhorar a educação
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    através do aporte de mais recursos  para quem tiver melhores resultados.
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    Ao mesmo tempo, o Ceará estabeleceu  programas com caminhos aos municípios,
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    como o de Alfabetização na Idade  Certa e a formação de professores.
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    Não era só transferir o recurso para o município,
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    era também observar o que estava acontecendo na  gestão das escolas. Hoje ele trabalha a educação
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    exatamente para buscar esse recurso adicional  para para realizar suas políticas públicas.
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    As escolas cearenses mais bem avaliadas também
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    precisam ensinar as mal avaliadas  para receber prêmios em dinheiro.
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    Muitos professores, como Patrícia, já  viajaram pelo estado ajudando os colegas.
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    E aí, as cidades maiores ficam pensando: Poxa,
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    como assim? Como vocês se destacam? Como  assim? Eles estão na mídia? Não faz sentido…
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    Mas assim, pra gente faz. Para a gente faz  sentido. Todo mundo se conhece, então todo mundo
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    se ajuda. Nos deixa muito orgulhoso, deixa muito  felizes, por fazer parte também dessa história.
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    Claro que a gente não pode dar  exatamente como funciona aqui.
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    Porque como funciona? Somos nós, São as pessoas.
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    Não se tem uma regra de bolso para isso.  Você realmente tem que meio customizar a
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    educação para essas situações especiais,  está entendendo? Então, não é somente
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    a questão pedagógica que influencia, também tem o  contexto social desses municípios que influenciam,
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    os municípios da Amazônia são totalmente  diferentes dos municípios do estado Nordeste.
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    Em Manaquiri, a resolução vai  ter que partir das melhorias na
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    locomoção dos alunos nesse período de seca. Neste ano, 90% das escolas daqui da cidade
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    de Manaquiri estão em aulas remotas. Mesmo aquelas que têm aula presencial,
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    muitos alunos não conseguem chegar  porque só sobrou isso aqui do Rio. A
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    gente tá indo visitar agora uma das  famílias que está nessa situação.
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    Filho, lá na escola, temos seis, e essa  daqui acorda dizendo: Pai, e o barqueiro?
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    Não, meu filho, não vai ter aula mais, o barqueiro  não vem pegar mais. Mas aí não tem condições,
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    nem da agente levar e nem do barqueiro pegar  . Os do interior, eles ficam atrasados,
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    porque quem tá lá na cidade, eles estão estudando  direitinho. Eu os do interior? Ai fica difícil.
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    Eu falo para meu filho, vocês tem de estudar. Tá  certo que é dificultoso, mas vocês tem que prestar
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    atenção no estudo para vocês não estarem  passando como o pai, como a mãe de vocês.
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    Aí, como é que a pessoa faz no vestibular? Como  é que vai fazer uma faculdade? Cadê o saber?
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    Mas os problemas na cidade  amazonense vão além do transporte.
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    As escolas que a gente encontrou aqui na Kiri  estão com a estrutura boa e, de certa forma,
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    em boas condições para uso das crianças. Mas  isso também quer dizer que o prédio em si não
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    é suficiente para mudar a realidade da educação  por aqui. O professor Júnior Amorim trabalha
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    em uma das escolas avaliadas no Ideb e que  deixaram a nota de Manari como a pior do Brasil.
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    Entre as cidades avaliadas, com muitos alunos  desinteressados. Falta de materiais para as
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    escolas, material pedagógico a mais e faz com  que o aluno tenha interesse em aprender porque
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    só cresceu e quadro não faz com que o aluno  aprenda. Alunos de Manaquiri estão ficando pra
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    trás nessa questão. É porque eles também tem que  ter o interesse em aprender e aí pai, vai passando
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    de ano e quando chega no oitavo ano ainda não sabe  ler, sabe interpretar nada e não sabe matemática.
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    Até para encontrar professores graduados e  mantê los em Manaquiri é difícil. O número
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    de profissionais formados atuando nas escolas é  bem menor que a média nacional e alguns começam
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    a ensinar sem ter sequer o ensino médio.  Jair Souto está pela quarta vez a frente da
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    Prefeitura de Manaquiri. Nestas eleições,  ele elegeu o sucessor do mesmo partido.
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    Nós não, não, não queremos justificar.
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    Nós queremos entender. E que caminho  nós vamos tomar para poder realmente
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    sair dessa condição do pior para o melhor.
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    O Senhor está à frente da prefeitura há  oito anos. O senhor entende que esses
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    oito anos não foram suficientes para  voltar aqui nessa curva ascendente.
  • 00:12:14
    Absolutamente não. Além da pandemia um ,pandemia  dois, nós tivemos também secas e cheias caóticas.
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    Então, fazer educação remota nas condições  que nós temos aqui é impossível, porque
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    a primeira qualidade é a capacidade das famílias  de ter sinais de internet, de ter acompanhamento.
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    O mundo todo fala da Amazônia. Precisamos  entender os homens e mulheres que moram nessa
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    região. A migração de rede de homens e mulheres na  exploração da borracha. Esses homens e mulheres,
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    em partes, foram abandonados nessas regiões  e hoje nós pagamos um preço muito caro.
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    Nós estamos implementando de fato a educação  agora, nesses últimos 20 anos, dez anos nessa
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    região. Isso é um déficit terrível. O prefeito  diz que tem sido difícil atrair professores,
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    especialmente para as zonas mais afastadas de  Manaquiri, que ele não vai para uma zona rural,
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    podendo ter oferta de empregos nas grandes  cidades que nós temos agora é que aprofundar.
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    Além também do MEC, do governo do Estado,  olhar para as adversidades e nós construímos
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    políticas voltado à qualidade do professor. Não é  só ter escolas, não é só ter alimentação escolar,
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    não é só ter transporte escolar. O Brasil  precisa entender a complexidade que é a
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    região Norte e fazer políticas específicas  para a região Norte. Nós não somos iguais.
  • 00:13:54
    O Brasil não é igual. O extremo sul do extremo  norte não tem absolutamente nada a ver.
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    E eu vejo no Ceará realmente um  espelho para que nós possamos olhar,
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    enxergar e até aprender realmente o  que que eles estão fazendo que nós
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    não estamos fazendo o que precisamos  fazer. Na política de Pires Ferreira.
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    A prefeita reeleita ressalta que a boa  relação entre municípios e Estado é
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    essencial quando a política educacional  do Ceará passou a mostrar resultados,
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    os municípios se engajaram e as  diferenças políticas ficaram de lado.
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    Isso não é à toa, o estado do Ceará, ele vem de um  projeto na educação de longos anos. A gente dá uma
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    educação de qualidade e o município também recebe  em troca, podendo usar esse valor para investir
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    mais na educação, na saúde, no meio ambiente.  E eu acho que por a gente ter bons exemplos
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    aqui do lado, secretários municipais, prefeitos  se conversam sim para trocar boas experiências.
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    Aqui nos pés da Serra da Ibiapaba, Pires Ferreira  colhe os resultados de políticas públicas que vêm
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    de quase duas décadas e que tem colocado o Ceará  nas manchetes dos jornais quando o assunto é
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    educação. Mas essa cidade também é uma das mais  pobres do Estado e do país quando o assunto é
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    renda e PIB. O que nos deixa uma pergunta seria  educação por si só capaz de mudar essa realidade?
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    Filha de uma merendeira com um agricultor,  a professora Milena viu a vida da família
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    mudar nos últimos anos. A educação significa  para mim tudo. Eu lembro família, porque.
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    Eu, graças a Deus, lá em casa somos cinco  mulher e um homem. Todos eles são professores.
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    Então eu cresci vendo essa questão do estudo,  o quanto é importante a questão da minha mãe,
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    que ela era merendeira. Então  desde criança ela já levava assim,
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    incentivava a gente para a creche. Nós estamos  tendo a oportunidade de melhorar de vida,
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    tanto financeiramente como em  outras áreas, através da educação.
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    A economia de Pires Ferreira  é baseada na agricultura,
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    na pesca e em olarias. A gente ainda não tem  grandes indústrias, grandes investimentos aqui
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    na cidade, e a gente acredita que essa melhoria  vai vir porque a gente tendo uma melhor educação,
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    a gente vai ter melhores empregos,  vai ter pessoas investindo aqui.
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    A educação, ela é uma semente. Então o que foi  plantado, ela vai sendo aguado, vai saindo,
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    cultivado e eu tenho certeza de que novas  administrações virão e que isso vai continuar.
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    Os anos de bons resultados na educação já  reduziram deficiências históricas do Ceará,
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    como o tempo médio de anos de estudo da  população. Mas há uma expectativa que o
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    melhor esteja por vir. De alguma maneira, esses  estudantes, eles vão ter a oportunidade fora,
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    vão alçar voos em outras ou outras regiões  do país. E isso é o importante. É o legado
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    que a educação vai deixar, que é  dar oportunidade para para todos.
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    Mas para os apaixonados pires-ferreirenses,
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    a expectativa é que os filhos da terra  possam ter oportunidades ali mesmo.
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    Então é só esse sonho, essa esperança,  que isso vai virar realidade. Ela não
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    vai precisar sair daqui para ir em busca  de emprego fora. Eu tenho é privilégio de
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    morar nesse lugar, tanto pelo lugar  quanto pelas pessoas que tem nele.
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    Em Manaquiri, os maus resultados em índices como o
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    Ideb também não tiram dos moradores  a vontade de melhorar de vida ali.
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    O meu gosto é estar aqui, entendeu? Assim no,  porque aqui é o seguinte, tem o Ingá para o filho
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    meu comer, tem o Tucumã, tem o cupu. O destino nosso, é a gente achar a venda
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    para este terreno aqui e comprar  um terreno mais para for a, né.
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    Mas o certo pra gente, que é  agricultor, o certo da gente, é tá aqui.
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    Daqui você tira o cheiro verde, tira  seu pimentão, tira seu cacho de banana,
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    que nem desse ai eu tirei cinco cachos dai.  Você vai dizer que lugar desse é ruim, não é?
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    Eu sigo otimista porque nós somos incentivadores.
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    Eles olham pra gente, eles dizem: eu consigo! E  nós olhamos para eles e dizemos: você consegue!
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    A região Norte, onde está Manaquiri, e a  região nordeste, onde está Pires Ferreira,
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    são as duas regiões com a maior  proporção de jovens do Brasil.
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    Isso quer dizer que a forma como eles vão chegar
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    ao mercado de trabalho vai  influenciar o futuro do país.
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