O poder dos afetos | Oswaldo Giacoia Jr. e Vladimir Safatle
الملخص
TLDRO vídeo discute a interseção entre filosofia, psicanálise e teoria social, explorando como os afetos moldam nosso entendimento da política e da vida social. A partir das ideias de filósofos como Spinoza, argumenta-se que o conhecimento não é apenas racional, mas é profundamente influenciado por emoções. A discussão revela a importância de reconhecer e utilizar nossos afetos para guiar transformações na sociedade, ressaltando que a política deve também incluir a esfera emocional dos indivíduos. O ciclo de debates propõe um novo olhar sobre felicidade, liberdade e as relações humanas, encorajando uma compreensão mais ampla de como os afetos impactam nossas vidas e nossa capacidade de agir no mundo.
الوجبات الجاهزة
- 🎵 A música e a política estão interligadas.
- 🧠 O conhecimento é influenciado pelos afetos.
- 💭 Spinoza defende uma visão do conhecimento que inclui emoções.
- 🌍 A política deve focar na transformação social através dos afetos.
- ⚖️ A felicidade está relacionada ao entendimento e ao amor.
- 😌 Os afetos podem guiar o nosso entendimento do mundo.
- 🔗 A liberdade é vista como a capacidade de agir sobre os próprios afetos.
- 💪 Conatus é o impulso de existir e viver plenamente.
- 👥 O convívio humano é fundamental para a felicidade.
- ✨ Cada um deve refletir sobre seus afetos para buscar a alegria.
الجدول الزمني
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A música inicial do vídeo estabelece um tom reflexivo sobre a política, a economia e a sociedade, introduzindo a ideia de que nossos desejos e formas de sofrimento estão ligadas a um padrão emocional que pode limitar a nossa capacidade de transformação social.
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O ciclo de debates do café filosófico propõe uma análise da vida social, não como um conjunto de normas e leis, mas como a circulação de afetos que moldam as relações humanas e as condições para transformações sociais reais.
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O orador debate a tensão entre as emoções humanas e a racionalidade, questionando se é desejável suprimir os afetos ou se devemos usá-los para guiar nossa compreensão do mundo.
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Introduz a crítica a uma visão tradicional do conhecimento que exclui as emoções, referindo-se ao filósofo Schopenhauer, enfatizando que o conhecimento objetivo frequentemente ignora o impacto dos afetos e paixões.
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Os afetos são descritos como essenciais para o conhecimento, argumentando que quanto mais diversos forem os afetos que consideramos, mais rica e verdadeira será nossa compreensão do mundo.
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A perspectiva de Espinosa é apresentada, onde a conexão entre afetos e conhecimento é central; o conhecimento é uma combinação de diferentes afetos que formam uma visão mais completa da realidade.
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O pensamento filosófico é considerado frágil na medida em que não assegura a relação entre afetos e conhecimento, destacando que a filosofia deveria buscar entender a dinâmica entre paixões e conhecimento.
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A crítica à noção de individualidade é abordada, mostrando que a liberdade verdadeira surge da compreensão do entrelaçamento dos afetos com a natureza e a sociedade, sugerindo que a subjetividade é um fator de conexão ao invés de separação.
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O conceito de conatus de Espinosa, que representa a força de existir e crescer, é utilizado para discutir como os afetos influenciam nossa felicidade e o modo como nos relacionamos com o mundo.
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Finalizando, a conversa reflete sobre a necessidade de uma nova subjetivação onde a capacidade de amar e se conectar com outros é vista como o caminho para a verdadeira felicidade, enfatizando a importância de uma abordagem coletiva ao bem-estar.
الخريطة الذهنية
فيديو أسئلة وأجوبة
Qual é o foco do ciclo de debates apresentado no vídeo?
O ciclo de debates foca na relação entre psicanálise, filosofia e teoria social, discutindo como afetos e emoções influenciam a vida social e a política.
Qual a visão de Spinoza sobre o conhecimento e os sentimentos?
Spinoza argumenta que o conhecimento é influenciado pelos afetos e que uma compreensão mais profunda das emoções pode levar a uma vida mais plena e feliz.
Qual é a relação entre afetos e transformação social mencionada no vídeo?
Os debates abordam como os afetos podem impulsionar ou bloquear a capacidade de transformação social e política.
O que significa conatus em relação ao pensamento de Spinoza?
Conatus refere-se à força ou impulso que nos leva a existir, perseverar na vida e buscar o crescimento pessoal.
Como a política se relaciona com os afetos, segundo os debates?
A política é vista como um circuito de afetos que molda a capacidade das pessoas de realizar transformações sociais.
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- 00:00:03[Música]
- 00:00:36é uma forma de organização política
- 00:00:41econômica social alimenta um certo ritmo
- 00:00:44de nossos desejos das nossas formas de
- 00:00:47sofrer fantasia círculo e sensibilidade
- 00:00:52são reprimidas no circuito de afeto se
- 00:00:56naturalize presos aos mesmos afectos de
- 00:01:01sempre
- 00:01:02não somos capazes de criar novas formas
- 00:01:04sociais como promover uma transformação
- 00:01:09[Música]
- 00:01:10esta série do café filosófico procura
- 00:01:13refletir sobre esse desafio a partir de
- 00:01:16uma articulação entre psicanálise
- 00:01:18filosofia e teoria social
- 00:01:24a racionalidade é a característica usada
- 00:01:28para definir a espécie humana
- 00:01:30mas isso não significa que somos seres
- 00:01:32totalmente racionais e objetivos
- 00:01:35o medo raiva alegria a esperança como
- 00:01:41negar que as emoções permeiam todas as
- 00:01:43relações humanas é possível é desejável
- 00:01:47suprimir as emoções para que elas não
- 00:01:49nos contamine ou é melhor usar os
- 00:01:51afectos na guiar o nosso jeito de
- 00:01:54entender e de agir no mundo
- 00:01:56eu gostaria de antes de mais nada a
- 00:02:00falar duas ou três frases sobre o
- 00:02:02sentido desse ciclo de debates primeiro
- 00:02:04trata se na verdade de discutir uma
- 00:02:07perspectiva de análise da vida social
- 00:02:11que não privilegia apenas a compreensão
- 00:02:14das sociedades como um sistema de normas
- 00:02:17de leis e regras e nem compreendo essa
- 00:02:20atividade fundamental da vida social que
- 00:02:23a política como uma mera discussão sobre
- 00:02:25circuitos de bens e circuitos de
- 00:02:28riquezas como se diz redistribui os
- 00:02:30circuitos de base de riqueza
- 00:02:32trata se na verdade compreender a vida
- 00:02:34social como uma instauração de afectos e
- 00:02:38à reprodução da vida social vinculada à
- 00:02:41maneira com que os afetos circulam e
- 00:02:43também compreender a essa esfera de
- 00:02:46atividade humana que a política como um
- 00:02:48circuito de afectos
- 00:02:50antes de mais nada política uma
- 00:02:51discussão sobre até que ponto as pessoas
- 00:02:54se vêem capazes de operar transformações
- 00:02:57em que condições que tipo de afeto nos
- 00:03:01impulsiona a operar transformações
- 00:03:02efetivas da festa nos bloqueia tais
- 00:03:05transformações
- 00:03:06essa é uma discussão a nosso ver
- 00:03:08absolutamente importante no interior que
- 00:03:13anda assim das nossas preocupações
- 00:03:14contemporâneas e por isso é esse ciclo
- 00:03:17de debates foi pensado dessa maneira
- 00:03:20e nesse sentido nada mais natural do que
- 00:03:22ele começasse com o professor
- 00:03:24jogos da coreia eu vou me permite
- 00:03:27iniciar a lembrança do duo 11 ideal o
- 00:03:32ideal
- 00:03:33digamos bastante tradicional é de
- 00:03:38conhecimento e de verdade que bloqueia
- 00:03:46aos afectos a possibilidade de
- 00:03:51contribuir para um conhecimento objetivo
- 00:03:55o verdadeiro das coisas e segundo esta
- 00:04:02maneira de compreender a melhor medida a
- 00:04:05ser tomada em relativa relativamente a
- 00:04:08isso quando se trata de construir um
- 00:04:10conhecimento seguro objetivo certo é
- 00:04:14baniram excluir os afectos da atividade
- 00:04:18intelectual
- 00:04:21dentre os pensadores que defendem esse
- 00:04:25tipo de posição escolhi shopping mauá
- 00:04:28afim de vermos que uma apreensão
- 00:04:31puramente objetiva e portanto correta
- 00:04:34das coisas só é possível quando
- 00:04:36consideramos sem qualquer participação
- 00:04:38pessoal ou seja sob completo silêncio da
- 00:04:42vontade tornemos presente para nós o
- 00:04:45quanto todo o afeto ou toda a paixão
- 00:04:48turva e falsifica o conhecimento sim
- 00:04:52como toda inclinação ou a versão desloca
- 00:04:56com lori e the store se não apenas o
- 00:04:58julgamento mas já a intuição original
- 00:05:02das coisas
- 00:05:04o show é maior portanto os afectos os
- 00:05:08sentimentos e as paixões
- 00:05:10tudo isto é um fator negativo em relação
- 00:05:15ao conhecimento
- 00:05:17nós temos que manter a vontade em
- 00:05:21completo silêncio e excluir todo e
- 00:05:24qualquer consideração de ordem pessoal
- 00:05:28este sujeito do chope nal denomina de
- 00:05:32puro sujeito do conhecimento
- 00:05:35o puro sujeito do conhecimento é aquele
- 00:05:38que é destituído de vontade de dor e
- 00:05:43alheio à temporalidade é atemporal
- 00:05:48ele é sido mais uma vez shopping ao ar
- 00:05:52livre de sentimentos particulares de
- 00:05:55interesses de afectos e de paixões
- 00:05:59nós encontramos é uma passagem num livro
- 00:06:05célebre demite chamado genealogia da
- 00:06:08moral
- 00:06:09uma das mais completas expressões do
- 00:06:13kenichi friedrich emitir entende por
- 00:06:17perspectivismo e da sua crítica do
- 00:06:21conhecimento objetivo do ideal de
- 00:06:23conhecimento objetivo ao como nós
- 00:06:25encontramos aqui mundi gamos modelar
- 00:06:28mente expresso por chope na aula
- 00:06:30construção desse contra modelo se faz a
- 00:06:34partir de uma valorização dos afectos
- 00:06:37de agora em diante sem os filósofos
- 00:06:39guardemos bem contra a antiga e perigosa
- 00:06:42fábula conceitual que estabelece o puro
- 00:06:45sujeito de conhecimento exemplo de
- 00:06:48vontade alheio à dor e ao tempo
- 00:06:50guardemos dos tentáculos de conceitos
- 00:06:53contraditórios como razão pura
- 00:06:56espiritualidade absoluta conhecimento em
- 00:06:59si existe apenas uma visão perspectiva
- 00:07:04um conhecer o respectivo e quanto mais
- 00:07:08afetos permitirmos falar sobre uma coisa
- 00:07:11quanto mais olhos diferentes olhos
- 00:07:14soubermos utilizar para esta coisa tanto
- 00:07:17mais completo será o nosso conceito dela
- 00:07:20nossa objetividade
- 00:07:23mas eliminar a vontade inteiramente
- 00:07:25suspender os afectos todos sem exceção
- 00:07:29supondo que nós conseguíssemos como não
- 00:07:33seria isto castrar o intelecto
- 00:07:37vejam portanto que aqui nós encontramos
- 00:07:40um ideal de conhecimento se netre
- 00:07:43camente o custo ao ideal de conhecimento
- 00:07:46posto do shopping final há um
- 00:07:48conhecimento é sempre um conhecimento
- 00:07:52perspectivado e ele é perspectivada
- 00:07:54precisamente pela multiplicidade dos
- 00:07:57afectos
- 00:07:58todo o conhecimento é a expressão de um
- 00:08:03certo ponto de vista de um certo ângulo
- 00:08:05de um certo vértice e que a constituição
- 00:08:08mesma deste vértice responde a uma certa
- 00:08:13constelação afetiva de tal maneira que
- 00:08:17quanto mais afetos nós permitirmos
- 00:08:22integrar esta constelação tanto maior
- 00:08:25tanto mais rico tanto mais o objetivo
- 00:08:28será o nosso conhecimento desta coisa em
- 00:08:33um texto nit se refere diretamente
- 00:08:40espinosa no reader e num no gere neco e
- 00:08:46de testar e 7 inteligente e não rir não
- 00:08:50lamentar nem de testar mas compreender e
- 00:08:54inteligência disse espinosa tão simples
- 00:08:58e sublime como é do seu feitio
- 00:09:01entretanto o que é esse inteligível
- 00:09:04se não há forma pelo qual justamente
- 00:09:06aqueles três afectos se tornam sensíveis
- 00:09:10para nós de uma só vez
- 00:09:12o conhecimento não é o contrário dos
- 00:09:15afectos
- 00:09:15o conhecimento não é o contrário das
- 00:09:17paixões o conhecimento é o resultado por
- 00:09:21assim dizer de um certo compromisso
- 00:09:23entre estes diferentes afectos entre
- 00:09:26essas diferentes paixões
- 00:09:28nós consideramos que é inteligente ele
- 00:09:33seja algo reconciliador justo bom algo
- 00:09:38essencialmente oposto aos impulsos
- 00:09:41enquanto é apenas um certo comportamento
- 00:09:45dos impulsos entre si
- 00:09:47sim talvez haja em nosso interior em
- 00:09:50combate permanente algum oculto heroísmo
- 00:09:53mas certamente não de divino nada que
- 00:09:57repousa eternamente sobre se considerava
- 00:10:00espinosa o pensamento consciente e
- 00:10:04nomeadamente o pensamento dos filósofos
- 00:10:06é o mais desprovido de força em razão
- 00:10:10disso a espécie proporcionalmente mais
- 00:10:14suave e tranqüila de pensar e assim
- 00:10:18justamente o filósofo pode ser levado
- 00:10:20mais facilmente a erro sobre a natureza
- 00:10:23do conhecimento
- 00:10:25portanto a avaliação de smith é a um
- 00:10:27erro de espinosa acerca da natureza do
- 00:10:30conhecer a um erro de espinoza na
- 00:10:34avaliação da relação entre estes
- 00:10:38impulsos e esses afectos do rir deplorar
- 00:10:42odiar por um lado e da concepção do
- 00:10:46intellij tanto do entendimento por outro
- 00:10:49lado
- 00:10:50precisamente porque pra mim tite o
- 00:10:53pensamento filosófico só é capaz de
- 00:10:56tomar consciência do lance final do
- 00:11:00acerto final de contas do embate que se
- 00:11:03dá entre estes diferentes afectos e por
- 00:11:05causa disso ele é a forma de pensamento
- 00:11:11mais fraca mais desprovida de força e
- 00:11:15que só pode pensar por campinense
- 00:11:16combate esse afrontamento em termos de
- 00:11:19compromisso
- 00:11:23o seu tratado da reforma do intelecto
- 00:11:26espinosa pretendia justamente fazer um
- 00:11:29programa de correção do intelecto que
- 00:11:33nós podemos considerar como uma terapia
- 00:11:35da mente que nós ades os maiores males
- 00:11:42parecem provir de que toda a felicidade
- 00:11:45ou infelicidade que nós experimentamos
- 00:11:49consiste numa coisa só a saber a
- 00:11:52qualidade do objeto ao qual nós aderimos
- 00:11:56pelo amor o que portanto contradiz de
- 00:12:01maneira absoluta a tese de emitir a
- 00:12:03respeito da objetividade do conhecimento
- 00:12:06como se espinosa tivesse sido apenas um
- 00:12:08daqueles que defendem a eliminação dos
- 00:12:11afetos do âmbito do conhecimento
- 00:12:13verdadeiro no próximo bloco ea nossa
- 00:12:16potência chama-se conatus e conato
- 00:12:19significa a força o impulso que nos leva
- 00:12:24a existir a perseverar na existência ea
- 00:12:28crescer para jovem ao euros afectos e
- 00:12:37nenhum obstáculo para o entendimento
- 00:12:39o por um sujeito do conhecimento é a
- 00:12:42língua a dor as alegrias e as vontades
- 00:12:44para nit suspender os afectos e buscar a
- 00:12:48objetividade
- 00:12:50seria uma forma de castrar o intelecto
- 00:12:52são os afectos às paixões que nos guiam
- 00:12:56para o conhecimento e para espinoza
- 00:12:58fundamental conhecer o efeito dos
- 00:13:00afectos em nós o que nos afeta como
- 00:13:03somos afetados
- 00:13:05só assim poderemos alimentar a nossa
- 00:13:07alegria a nossa potência de viver e de
- 00:13:10agir no mundo
- 00:13:12com efeito nunca nascem brigas pelo que
- 00:13:15não se ama
- 00:13:17venha ver a tristeza se parece nem
- 00:13:20inveja se é possuído por outro em temor
- 00:13:23em ódio e para dizer tudo em uma só
- 00:13:26palavra nenhuma comoção da alma
- 00:13:30mas o amor de uma coisa interna infinita
- 00:13:33alimenta a alma de pura alegria sem
- 00:13:36qualquer tristeza o que se deve desejar
- 00:13:39bastante e procurar com todas as forças
- 00:13:43a terapia mental de espinosa consiste em
- 00:13:47uma advertência sobre a natureza dos
- 00:13:50objetos aos quais nós aderimos pelo amor
- 00:13:54o que é que de fato nós amamos o que é
- 00:13:58aquilo que corresponde ao nosso desejo e
- 00:14:01em última instância é da natureza do
- 00:14:05objeto do nosso desejo que depende a
- 00:14:08nossa felicidade da nossa infelicidade
- 00:14:10se nós aderimos pelo amor a uma coisa
- 00:14:13eterna infinita ele está dizendo que
- 00:14:16este amor que nasce em virtude da
- 00:14:22natureza do seu objeto
- 00:14:23ele alimenta a nossa alma de uma alegria
- 00:14:28extraordinária mente poderosa significa
- 00:14:33dizer portanto que o objetivo da terapia
- 00:14:36mental de espinosa consiste em
- 00:14:39estabelecer uma relação absolutamente
- 00:14:42essencial entre conhecimento e alegria e
- 00:14:45o que eu pretendo mostrar é que esta
- 00:14:48relação essencial entre conhecimento e
- 00:14:51alegria é em primeiro lugar está ligada
- 00:14:55a uma nova e absolutamente eu diria
- 00:15:01original noção de subjetivação
- 00:15:05subjetividade
- 00:15:07em segundo lugar que esta terapia da
- 00:15:11mente ela é essencialmente política
- 00:15:19o mal não se dizem se não relativamente
- 00:15:21de maneira que uma mesma coisa pode ser
- 00:15:24chamada boa ou má
- 00:15:26conforme as diversas relações assim como
- 00:15:29se dá como perfeito ou imperfeito nada
- 00:15:33com efeito considerado em sua natureza
- 00:15:35será dito perfeito ou imperfeito
- 00:15:39principalmente depois de sabermos que
- 00:15:41tudo que é feito acontece segundo uma
- 00:15:44ordem interna e conforme leis certas da
- 00:15:48natureza como porém a fraqueza humana
- 00:15:50não alcança aquela ordem pelo seu
- 00:15:52conhecimento e entretanto o homem
- 00:15:55consegue alguma natureza humana muito
- 00:15:57mais firme que a sua venda ao mesmo
- 00:16:00tempo que nada obsta a que adquira da
- 00:16:03natureza
- 00:16:04sente-se incitado a procurar os meios
- 00:16:07que o conduzam a tal perfeição e tudo o
- 00:16:11que pode ser meio para chegar a isso
- 00:16:13chama-se verdadeiro bem o sumo bem
- 00:16:17contudo é chegar ao ponto de gozar com
- 00:16:20os outros indivíduos se possível dessa
- 00:16:24natureza
- 00:16:25eu estou chamando isso aqui de uma nova
- 00:16:28concepção uma concepção de fato
- 00:16:32desviante de subjetivação se nós
- 00:16:35considerarmos o que isso significa em
- 00:16:37pleno século 17
- 00:16:39o caminho significa um método o método
- 00:16:43para se alcançar o verdadeiro bem e uma
- 00:16:50vez alcançado o verdadeiro bem
- 00:16:52através dele chegar ao sumo bem que é
- 00:16:55partilhar com os outros
- 00:16:57isto que é o bem supremo bom nós já
- 00:17:01começamos a ver que aqui grandes
- 00:17:03entidades afetivas entram em
- 00:17:06consideração a questão do amor por um
- 00:17:10lado a questão da alegria por outro lado
- 00:17:12a questão do desejo por outro lado eu
- 00:17:15tinha dito vocês e o tratado da reforma
- 00:17:18do intelecto uma terapia na mente hora
- 00:17:20que mente que a alma em espinosa alma
- 00:17:25para espinoza é
- 00:17:28o modo do atributo pensamento e não uma
- 00:17:33substância pensante que coexiste com nem
- 00:17:39nós com um outro modo de um outro
- 00:17:43atributo que é o atributo extensão
- 00:17:47portanto ao contrário do que pensa de
- 00:17:49carro por exemplo que pensa o homem como
- 00:17:52uma substância misteriosa porque uma
- 00:17:59substância formada pela união de duas
- 00:18:01outras substâncias o que seria do ponto
- 00:18:04de vista lógico uma contradição
- 00:18:07e é justamente esta ideia esse dualismo
- 00:18:10substancial de corpo e alma que vai
- 00:18:12marcar os destinos da nossa filosofia
- 00:18:15ocidental praticamente até hoje
- 00:18:18o príncipe nós esse problema não existe
- 00:18:20porque há uma e corpo não são duas
- 00:18:24substâncias mas são dois atributos de
- 00:18:28uma única substância
- 00:18:29são portanto integrados numa unidade sem
- 00:18:32mistério e sem artifício e o objeto da
- 00:18:40alma humana não é para espinoza outra
- 00:18:43coisa que o corpo a alma humana é a
- 00:18:48ideia do corpo e das afecções do corpo
- 00:18:53ora o corpo humano que é objeto da ideia
- 00:19:00que consiste a alma humana é definido
- 00:19:04por espinosa como um corpo formado por
- 00:19:10vários outros corpos portanto ele é um
- 00:19:13corpo complexo um organismo capaz de
- 00:19:19sofrer afecções espinosa diz
- 00:19:22o corpo é um pai
- 00:19:26a entidade que é capaz de ser afetado de
- 00:19:31múltiplos modos afetado por outros
- 00:19:36corpos afetado por idéias
- 00:19:39encontros entre ele próprio esse corpo e
- 00:19:42os outros corpos o as outras idéias
- 00:19:47além disso a nossa alma possui uma
- 00:19:50capacidade igualmente limitada de fazer
- 00:19:54idéias formar idéias das afecções do
- 00:19:57nosso corpo para espinoza portanto a
- 00:20:02constituição do nosso conhecimento não
- 00:20:05somente não elimina o corpo e as
- 00:20:09afecções corporais com exige a mediação
- 00:20:16necessária do corpo para a formação do
- 00:20:18conhecimento e exige justamente no mesmo
- 00:20:22espírito que emite postular que um corvo
- 00:20:25é tanto mais potente quanto mais ele é
- 00:20:29capaz de sofrer infecções isto é quanto
- 00:20:31maior é o número de afectos que ele pode
- 00:20:33integrar ora se os nossos corpos são
- 00:20:40capazes de receber afecções e se a nossa
- 00:20:43alma é a idéia do nosso corpo então a
- 00:20:46nossa alma é capaz de formar idéias das
- 00:20:49afecções do nosso corpo
- 00:20:51estas idéias que são originárias da
- 00:20:55impressão dos outros corpos sobre os
- 00:20:58nossos órgãos sensíveis são justamente
- 00:21:00aquilo que espinosa chama de imagens ou
- 00:21:03de imaginário
- 00:21:07alguns desses encontros entre o nosso
- 00:21:11corpo e os outros corpos
- 00:21:13o entre as nossas ideias algumas das
- 00:21:17nossas ideias e outras idéias e esse é
- 00:21:21um ponto que considero fundamental são
- 00:21:24bons encontros encontre bons
- 00:21:28o encontro que convém são encontros que
- 00:21:34aumentam a capacidade ou a potência do
- 00:21:39nosso próprio corpo
- 00:21:41todos nós homens e mulheres na medida em
- 00:21:46que nós somos
- 00:21:48para usar o léxico de espinosa aqui
- 00:21:50modos
- 00:21:51mitos de uma única substância chamada
- 00:21:55deus ou natureza é isso que espinosa
- 00:21:57queria dizer uma coisa eterna na medida
- 00:22:01em que nós somos apenas modos finitos
- 00:22:07isto é em entidades particulares
- 00:22:10compostas pela integração destes dois
- 00:22:13atributos que são pensamento extensão o
- 00:22:18que define a nossa essência ou a nossa
- 00:22:21natureza é precisamente a nossa potência
- 00:22:24ea nossa potência chama-se conatus o
- 00:22:27conatus significa a força ou em curso
- 00:22:31que nos leva a existir a perseverar na
- 00:22:35existência ea crescer
- 00:22:38o conatus é portanto algo essencialmente
- 00:22:41ligado ao desejo na medida em que desejo
- 00:22:44não é outra coisa senão esse ímpeto que
- 00:22:48nos leva a preservar a nossa existência
- 00:22:51ea buscar o nosso crescimento
- 00:22:55isso é a ser ea ser mais 11 encontros
- 00:23:00são aqueles encontros que aumentam a
- 00:23:02nossa potência maus encontros são
- 00:23:05aqueles encontros que diminuem a nossa
- 00:23:08potência
- 00:23:10todo aumento da nossa potência de
- 00:23:13existir é uma experiência que se traduz
- 00:23:21mentalmente por um certo tipo de afeto e
- 00:23:26esse afeto chama-se alegria e todo o
- 00:23:29encontro com coisas que diminui o que
- 00:23:34representa um obstáculo para a nossa
- 00:23:37existência
- 00:23:39são traduzidos em termos de idéias ou de
- 00:23:44afetos por um afeto de tristeza quando o
- 00:23:48afeto
- 00:23:49isto é o sentimento de um aumento ou
- 00:23:53diminuição da potência de agir retorna à
- 00:23:58ideia de que ele procede
- 00:24:02alegria se transforma em amor ea
- 00:24:05tristeza em ódio ódio significa um
- 00:24:10retorno da tristeza do sentimento de
- 00:24:16tristeza para a ideia que gera um
- 00:24:19sentimento de tristeza como a tristeza é
- 00:24:23o resultado da diminuição da sua
- 00:24:25potência significa que ódio é máxima
- 00:24:29expressão da impotência no próximo bloco
- 00:24:32o verdadeiro bem significa para espinoza
- 00:24:35liberdade
- 00:24:38[Música]
- 00:24:42não sei quantas almas tem cada momento
- 00:24:45modelo continuamente estranho nunca me
- 00:24:49ver nem acabei de tanto ser só tenho a
- 00:24:54alma
- 00:24:55quem tem alma não tem calma
- 00:24:58quem vê é só que ver quem sente não é
- 00:25:03quem é atento ao que sou e vejo torne
- 00:25:08eles e não eu
- 00:25:10cada meu sonho ou desejo é do que nasci
- 00:25:14e não meu
- 00:25:16sou minha própria paisagem
- 00:25:19assisto a minha passagem diverso mobil e
- 00:25:24só não sei se sentir bem onde estou
- 00:25:29por isso a lei eu vou lendo como páginas
- 00:25:32o meu ser
- 00:25:33o que segue não prevendo o que passou a
- 00:25:37esquecer não atua à margem do que ele
- 00:25:40o que julguei que sentir e leio e digo
- 00:25:44fui eu
- 00:25:46deus sabe porque o escreveu
- 00:25:49como não ficarmos à margem da nossa
- 00:25:51existência de espectadores dos
- 00:25:54sentimentos que nascem nós mas nós
- 00:25:57permanecermos nesse plano do
- 00:25:59conhecimento
- 00:26:00isto é daquele que resulta da afecção
- 00:26:04dos corpos sobre o nosso próprio corpo
- 00:26:07nós permaneceremos uma posição meramente
- 00:26:10passiva
- 00:26:12quer dizer as idéias que nós fazemos
- 00:26:15desses encontros e os afectos que são
- 00:26:19produzidos por essas idéias
- 00:26:21elas estão na dependência do efeito
- 00:26:26causado pelo corpo exterior sobre o meu
- 00:26:31corpo isto chama-se passividade como na
- 00:26:38verdade nós não temos uma potência capaz
- 00:26:43de controlar por antecipação toda a
- 00:26:46série dos nossos encontros
- 00:26:48estas nossas afecções alegres ou
- 00:26:52afecções tristes são chamadas por
- 00:26:55espinosa de paixões passivas porque elas
- 00:27:00dependem do caráter aleatório dos
- 00:27:04encontros que nós temos
- 00:27:06conhecemos por esse tipo de conhecimento
- 00:27:09imaginário apenas o efeito dos outros
- 00:27:13corpos sobre o nosso corpo é um
- 00:27:15conhecimento relativo ilimitado
- 00:27:18ele diz respeito portanto natureza do
- 00:27:21nosso corpo o modo como nós nos sentimos
- 00:27:23afetados mas ele não engloba a natureza
- 00:27:29do corpo que afeta e muito menos ainda a
- 00:27:34causa dessa afecção este conhecimento
- 00:27:37que estou chamando de primeiro grau que
- 00:27:40é isso conhecimento imaginário
- 00:27:42ele pode ser desdobrado nos seguintes
- 00:27:44aspectos nós temos corpos que afetam o
- 00:27:48nosso corpo
- 00:27:50esta ficção produzem nós uma idéia do
- 00:27:56objeto que nos afeta e agora no segundo
- 00:28:01escalão tal idéia deste objeto que
- 00:28:07afetam nosso corpo de um determinado
- 00:28:10modo produzem nós um sentimento que ao
- 00:28:17contrário da afecção é um sentimento que
- 00:28:21espinosa denomina de afeto é um
- 00:28:24sentimento do aumento ou a diminuição da
- 00:28:27nossa potência
- 00:28:28mesmo nesse conhecimento de primeiro
- 00:28:30nível mesmo nesse conhecimento imaginar
- 00:28:33nós não temos nem mera passividade mera
- 00:28:37mero registro de impressão mas nós temos
- 00:28:39também uma coisa que nós poderíamos
- 00:28:42chamar de auto afecção isto é nós somos
- 00:28:48afetados também puro pelo sentimento que
- 00:28:55decorre da variação da flutuação da
- 00:28:59nossa potência de aumento ou diminuição
- 00:29:01da nossa potência alegria tristeza e
- 00:29:03desejo o desejo não é outra coisa pra
- 00:29:08espinosa do que conatus isto é potência
- 00:29:12de existir na medida em que nós
- 00:29:16experimentamos paixões alegres e que
- 00:29:21esta paixão turbina por assim dizer
- 00:29:26incrementa a nossa potência de
- 00:29:28existência
- 00:29:29isso significa dizer que existe uma
- 00:29:33espécie de mola propulsora de impulso
- 00:29:37desejante que nos faz vir além deste
- 00:29:43modo de conhecimento que meramente
- 00:29:45imaginário se o encontro é bom e se este
- 00:29:50bom
- 00:29:51encontro produz alegria isso significa
- 00:29:54dizer que este encontro é útil pra mim é
- 00:30:00útil para o meu corpo e portanto soma se
- 00:30:04aqui a natureza do meu corpo ea natureza
- 00:30:08do corpo afetando ante e algo em mim um
- 00:30:12impulso em mim me leva superar este
- 00:30:16primeiro grau de conhecimento e conhecer
- 00:30:20porque razão a fidh a este tipo de
- 00:30:26infecção em mim quer dizer porque razão
- 00:30:29este corpo com vem com o meu corpo qual
- 00:30:32é a causa que produz esse tipo de
- 00:30:34infecção deixo uma posição de pura
- 00:30:37passividade e assumir uma posição ativa
- 00:30:40de busca de encontros que sejam
- 00:30:45encontros úteis para mim eu sou por
- 00:30:49assim dizer
- 00:30:50impelido a conhecer através de um
- 00:30:54conhecimento de outro gênero um
- 00:30:56conhecimento que reconstitui a causa das
- 00:31:01afecções que os objetos produzem mim ea
- 00:31:05partir daí eu passo de um conhecimento
- 00:31:07meramente imaginário para o conhecimento
- 00:31:09intelectual conhecimento intelectual
- 00:31:12significa e idéias verdadeiras idéias
- 00:31:16verdadeira significa aquela ideia que
- 00:31:20reconstitui a gênese do seu objecto
- 00:31:23embora se possa dizer que o conhecimento
- 00:31:26de primeiro grau ou de primeiro nível o
- 00:31:28conhecimento vulgar aquilo que começa
- 00:31:30todo o nosso conhecimento seja o
- 00:31:32conhecimento imperfeito incompleto
- 00:31:36passivo existe nele uma espécie de é
- 00:31:42impulso precisamente no que diz respeito
- 00:31:46ao aumento da nossa potência que de
- 00:31:50dentro da nossa própria natureza de
- 00:31:52dentro do nosso próprio conatus desperta
- 00:31:56o desejo de conhecer de maneira mais
- 00:32:00plena mais verdadeira
- 00:32:03pra quê se tornar mais feliz liberdade
- 00:32:09significa para espinoza precisamente
- 00:32:12isso nada parecido com o livre arbítrio
- 00:32:17capacidade de fazer a o contrário de a
- 00:32:20significa conhecer a ordem da natureza
- 00:32:23significa conhecer a genes e as nossas
- 00:32:28ideias e dos objetos que a elas
- 00:32:31correspondem significa reconstituir a
- 00:32:35ordem da natureza ea ordem da natureza é
- 00:32:37uma ordem causal sujeito em espinosa não
- 00:32:42é de jeito nenhum o sujeito monádico
- 00:32:46individual encerrado sobre si mesmo mas
- 00:32:51é aquele que é capaz de perceber a sua
- 00:32:55inserção na ordem universal da natureza
- 00:32:59é aquele que é capaz de detectar os seus
- 00:33:02encontros úteis
- 00:33:05isto é aquele que é capaz de unir se
- 00:33:11pelo amor a objetos que aumentem a sua
- 00:33:15potência e de evitar o encontro com
- 00:33:21objetos que produzam afecções tristes e
- 00:33:26que por conseguinte diminua sua potência
- 00:33:29inevitavelmente seremos afetados pelos
- 00:33:31outros corpos estaremos ligados
- 00:33:33afetivamente aos outros corpos mas
- 00:33:37quanto mais eu sou capaz de ativar os
- 00:33:41meus afetos
- 00:33:43quer dizer não apenas de permanecer
- 00:33:46ligado passivamente a uma paixão alegre
- 00:33:51ou triste mas compreender a razão pela
- 00:33:55qual esta paixão alegre ou triste com é
- 00:33:58produzida em mim portanto reconstituir a
- 00:34:02gênese da afecção tanto mais eu passo de
- 00:34:07uma situação de passividade para
- 00:34:08atividade isso significa eu sou livre
- 00:34:11que significa portanto o verdadeiro bem
- 00:34:14o verdadeiro bem seguir
- 00:34:17fica pra se nossa liberdade liberdade em
- 00:34:20espinosa significa portanto livre
- 00:34:22causalidade
- 00:34:23isto é eu deixo de ser um marionete um
- 00:34:27joguete dos encontros fortuitos com os
- 00:34:30objetos e passou a buscar ativamente em
- 00:34:35gênero de conhecimento que produzem
- 00:34:38emoções alegres porque produzir emoções
- 00:34:43alegres significa precisamente aumentar
- 00:34:47a minha potência de existir
- 00:34:49é isso que significa ativar os afectos e
- 00:34:54eu só faço isso na medida em que eu
- 00:34:57abandono a minha posição de isolamento
- 00:35:00a minha posição digamos de indivíduo
- 00:35:04singular e passou a me compreender como
- 00:35:06um elemento da cadeia da natureza e é só
- 00:35:12na medida em que eu me concebo como um
- 00:35:14elemento da ordem universal da natureza
- 00:35:17é que eu posso abandonar certas ilusões
- 00:35:20de onipotência é que eu posso portanto
- 00:35:23concebê claramente aquilo que eu posso é
- 00:35:26aquilo que eu não posso eu sou capaz de
- 00:35:28diferenciar os encontros que me são
- 00:35:31convenientes dos encontros que não me
- 00:35:33são convenientes e sobretudo eu sou
- 00:35:35capaz de identificar qual é o tipo de
- 00:35:39objeto ao qual eu me ligando pelo amor
- 00:35:44posso ser maximamente feliz isso é o
- 00:35:50sumo bem e o som bem é o convívio com os
- 00:35:53outros homens partilhar tanto quanto
- 00:35:58possível com os outros homens
- 00:36:00esse gênero de sabedoria ou seja
- 00:36:02portanto a resolução do programa de
- 00:36:05trapiá da mente de espinosa e natural e
- 00:36:09inequivocamente política uma sociedade
- 00:36:13como essa é uma sociedade que tem que
- 00:36:15banir as duas possibilidades de
- 00:36:19infelicidade humana a ignorância ea
- 00:36:23superstição porque é precisamente a
- 00:36:27ignorância ea superstição que não
- 00:36:29mantém escravos e que portanto produzem
- 00:36:33nós necessariamente afectos tristes uma
- 00:36:40boa sociedade é uma sociedade na qual
- 00:36:44cada um de nós sabe que a melhor coisa
- 00:36:48para o homem é o outro ocorre e que
- 00:36:52aquilo ao qual nós devemos nos unir pelo
- 00:36:56amor é exatamente aquilo que é mais
- 00:37:00vantajoso para nós o que é mais
- 00:37:02vantajoso para nós ea sociedade humana
- 00:37:05este conhecimento do que é o melhor para
- 00:37:09nós do que nos torna mais alegres o
- 00:37:12conhecimento portanto que resgata a
- 00:37:15nossa inclusão da totalidade da natureza
- 00:37:18com os outros homens espinosa chama-se
- 00:37:20de conhecimento intelectual de deus
- 00:37:24o afeto que essa ideia desperta em nós
- 00:37:26chama se amor intelectual de deus
- 00:37:30o erro demitir faz coincidir os dois
- 00:37:35conceitos fundamentais de emitir amor
- 00:37:38fat e vontade de poder
- 00:37:40precisamente com o amor intelectual de
- 00:37:42deus e o conatus de espinosa no próximo
- 00:37:45bloco doença é impotência e incapacidade
- 00:37:48momentânea que você tem de discernir
- 00:37:52aquilo que é bom é claro que a vida é
- 00:38:01boa e alegria a única e indivisível
- 00:38:04emoção
- 00:38:06é claro que acho linda em ti bendigo o
- 00:38:09amor das coisas simples
- 00:38:12é claro que te amo e tem tudo para ser
- 00:38:14feliz
- 00:38:15mas acontece que eu sou triste
- 00:38:19podemos transformar afeta os tristes em
- 00:38:21alegrias
- 00:38:23qual é o controle que temos sobre a
- 00:38:24forma como percebemos o mundo sobre como
- 00:38:27ele nos impactos como você demonstrou de
- 00:38:30maneira muito precisa dizer essa
- 00:38:33distinção espinosa ela visa deixar muito
- 00:38:36claro a diferença entre duas formas de
- 00:38:38afetos 12 banda produzidos por duas
- 00:38:42formas de encontros e desencontros que
- 00:38:45aumentam a potência do meu corpo e se
- 00:38:48porquê de uma certa maneira ele me
- 00:38:50permite continuar na jurisdição de mim
- 00:38:53mesmo e aqueles encontros que diminui a
- 00:38:58potência no meu corpo porque me colocam
- 00:39:00dentro de uma situação na qual é a
- 00:39:01contingência que rege aquilo que de uma
- 00:39:05maneira ou de outra vai determinar a
- 00:39:07existência e eu pergunto eu me
- 00:39:12perguntaria se se essa dicotomia ela
- 00:39:16acaba nos impedindo de pensar algumas
- 00:39:19situações muito decisivas na na
- 00:39:22experiência como por exemplo essas
- 00:39:24situações onde há encontros que diminuem
- 00:39:27momentaneamente nossa potência para que
- 00:39:31ela possa aumentar depois a encontros
- 00:39:33que num determinado momento me
- 00:39:37entristece me dizer diz possui me
- 00:39:41colocam fora da minha capacidade de
- 00:39:44controle tanto pra que em um segundo
- 00:39:47momento essa heteronomia ela não apareça
- 00:39:51simplesmente como uma sujeição mas
- 00:39:54apareça uma possibilidade como desvio de
- 00:39:56idade criar na verdade o meter o nome
- 00:39:58sem sujeição eu compreendo muito essa
- 00:40:01essa ideia espinosa de da liberdade como
- 00:40:06esse reconhecimento da da necessidade de
- 00:40:08uma certa forma não como o livre
- 00:40:10arbítrio mas eu me pergunto se não há um
- 00:40:12preço muito caro a pagar pelo fato de
- 00:40:15que no interior dessa dessa perspectiva
- 00:40:19tudo que é da ordem da contingência é
- 00:40:22aquilo que deve ser evitado tanto aquilo
- 00:40:24que deve ser evitado porque aquilo que
- 00:40:26me retira da jurisdição de mim mesmo
- 00:40:29a dizer mas eu me pergunto se não
- 00:40:31haveria as situações nas quais nós
- 00:40:33precisamos sair da jurisdição de nós
- 00:40:35mesmos para que nós possamos construir
- 00:40:37um tipo de conhecimento tatuou um tipo
- 00:40:41de experiência que é uma que permite que
- 00:40:45a disposição produzida pelo outro
- 00:40:48me faça ter um uma uma figura digamos de
- 00:40:53um outro nível do que significa a
- 00:40:55existência compreender de outra forma
- 00:40:57que significa a existência de existência
- 00:40:59como uma colocar numa situação na qual
- 00:41:02mesmo que eu não controle mesmo que eu
- 00:41:05não posso de uma certa maneira controlar
- 00:41:07as com as causas ou saber as causas ou
- 00:41:11reconhecer as causas é eu eu vou ser eu
- 00:41:15serei capaz de uma certa maneira de
- 00:41:17reconhecer que o que é aparece como
- 00:41:19necessidade exterior não necessariamente
- 00:41:21é algo que que possa simplesmente
- 00:41:24diminuir a potência
- 00:41:26eu tenderia a concordar com tudo isso
- 00:41:29que você está falando
- 00:41:31se não houvesse alguma coisa é na
- 00:41:36filosofia de espinosa que é impedir se
- 00:41:41essa concordância é um aspecto que diz
- 00:41:45respeito àquilo que nós podemos peri vá
- 00:41:50do que espinosa compreende por conatus
- 00:41:53não existe a meu ver a possibilidade de
- 00:41:58nós é alcançarmos uma condição de
- 00:42:03estabilização plena a não se nisto que
- 00:42:09espinosa via como grande ideal do sul
- 00:42:13bem porque a nossa existência ela é a
- 00:42:18flutuação
- 00:42:19a inconstância dos nossos estados de
- 00:42:24potência e impotência hora
- 00:42:28isso torna para espinoza completamente
- 00:42:33equivocado a idéia de se trabalhar com
- 00:42:36uma noção qualquer de natureza humana
- 00:42:40ou sujeito humano a carga instante das
- 00:42:46nossas vidas
- 00:42:47se nós estamos justamente neste
- 00:42:50movimento de flutuação entre o aumento e
- 00:42:54diminuição da potência num momento em
- 00:42:57que nós somos mais fracos
- 00:43:00nós podemos certas coisas e no momento
- 00:43:04em que nós somos mais fortes nós podemos
- 00:43:07outras coisas não se trata apenas de
- 00:43:11considerar que eu preciso resgatar todas
- 00:43:15as digamos toda a cadeia da cidada de
- 00:43:20causalidade para me tornar inteiramente
- 00:43:22livre
- 00:43:23isso é o ideal nas no curso das nossas
- 00:43:28vidas
- 00:43:29o máximo que nós podemos fazer é
- 00:43:33colocarmos a caminho de nos tornar o
- 00:43:38máximo possível alegres prepotentes
- 00:43:42o que não quer dizer de maneira nenhuma
- 00:43:45que nós vamos chegar a um determinado
- 00:43:47momento em que nós seremos capazes de
- 00:43:49reconstruir a camiseta natureza inteira
- 00:43:53ao contrário o que a gente vai ser capaz
- 00:43:56de perceber cada vez mais cada vez mais
- 00:44:00lucidamente cada vez mais sóbria mente é
- 00:44:03precisamente a nossa posição limitada
- 00:44:08singular temporal e os encontros que nós
- 00:44:16seríamos capazes em parte de produzir e
- 00:44:22em parte de sofrer que pudessem aumentar
- 00:44:26a nossa potência
- 00:44:27então desse ponto de vista existe um
- 00:44:32aspecto que eu acho extraordinária mente
- 00:44:35interessante quer dizer aquele que não
- 00:44:38pode evitar um mal encontro
- 00:44:44aquele que busca o mal encontro
- 00:44:49ele faz por impotência
- 00:44:53eu acho que existe um ponto no espinosa
- 00:44:56que é um ponto essencial mente neste ano
- 00:44:59o que significa a doença é impotência e
- 00:45:03incapacidade momentânea que você tem de
- 00:45:07discernir aquilo que é bom e é digamos
- 00:45:12assim esse descasamento que te digamos
- 00:45:19embaralha mina de sol vi a possibilidade
- 00:45:22de resistir aquilo que você sabe ou é
- 00:45:26capaz de prever que destrói você lembrou
- 00:45:29muito bem como a nossa flutuação ea
- 00:45:32nossa variância ela é inscrita na nossa
- 00:45:35condição isso só que é muito
- 00:45:38interessante dentro dessa perspectiva
- 00:45:40como como exatamente a nossa variância
- 00:45:43na sua atuação é visto como marca da
- 00:45:46nossa finitude isso ela não é visto como
- 00:45:49uma uso assim uma prova da nossa
- 00:45:51infinito rádio um quarentão significa
- 00:45:54por exemplo que nós exatamente nós
- 00:45:57flutuamos porquê porque nós somos a todo
- 00:45:59momento abertos há certos mal encontros
- 00:46:03possíveis encontros possíveis eles e
- 00:46:09eles não podem ser ser vistos em algumas
- 00:46:12circunstâncias de uma certa maneira como
- 00:46:15um mal enquanto necessário não é como se
- 00:46:19essa flutuação longe de ser uma
- 00:46:21limitação uma impotência fosse uma
- 00:46:24astúcia da vida para conseguir
- 00:46:27constituir novas formas de você mesmo
- 00:46:30lembrou acima encontro vale com uma
- 00:46:32doença mas eu poderia saci kang limiano
- 00:46:35aqui dizer sim mas o organismo ele usa
- 00:46:38doença para conseguir construir novas
- 00:46:41formas de tempo você não pudesse adoecer
- 00:46:43ele ele é é um pouco paradoxal situação
- 00:46:46às vezes ele precisa de ser que ele
- 00:46:49consiga produzir a novas potencialidades
- 00:46:51de vida estamos inteiramente acordo o
- 00:46:54que me parece aqui se o aspecto muito
- 00:46:58inovador na filosofia do hipnose é que
- 00:47:02nós somos modos finitos e estamos postos
- 00:47:06sob a contingência dos encontros de toda
- 00:47:09ordem com os diferentes modos os maus
- 00:47:13encontros podem ser construtivos
- 00:47:17depende do que depende ainda da sua
- 00:47:21potência de de torná-los úteis mas a
- 00:47:27potência de torná-los úteis que é sua
- 00:47:31não pode ser medida abstratamente por
- 00:47:34aquilo que seria o conceito geral de
- 00:47:38humanidade ela tem que ser medida
- 00:47:41naquilo que o wladimir hoje nessas
- 00:47:44condições pode fazer
- 00:47:46portanto se você não for capaz de torcer
- 00:47:51digamos assim aponta dos maus encontros
- 00:47:53e tirar proveito deles não é porque uma
- 00:47:57falha tua porque você não pode é
- 00:47:59impotente para isso
- 00:48:02por isso a terapia da mente é justamente
- 00:48:06a possibilidade de nos tornar digamos
- 00:48:10assim conscientes de todas as dimensões
- 00:48:15da nossa finitude e sobretudo disso que
- 00:48:18eu chamei desse impulso que vem de
- 00:48:20dentro da nossa natureza isso é que eu
- 00:48:22acho fundamental nesse caso então por
- 00:48:25que ainda continua insistindo digamos
- 00:48:27assim que a contingência aquilo contra o
- 00:48:30qual nós vamos combater pois é por isso
- 00:48:32que eu estou querendo dizer é esse ponto
- 00:48:34eu quero chegar é porque é bom aí repito
- 00:48:38você é uma opinião minha e acho que pode
- 00:48:41ser provavelmente é um erro brutal é que
- 00:48:45se nós somos modos finitos da substância
- 00:48:50infinitamente infinita a realização
- 00:48:55integral da nossa potência é aquilo que
- 00:48:59nos tornará o máximo possível felizes
- 00:49:04portanto se nós temos uma capacidade de
- 00:49:07pensar e uma capacidade de sentir
- 00:49:13intensificar isso ao máximo
- 00:49:15é exatamente o caminho para a felicidade
- 00:49:19consumo bem mas só acho que aqui
- 00:49:22litt espinosa se separam porque de uma
- 00:49:25certa maneira poderia dizer mas acho
- 00:49:28difícil que o lit admita que nós sejamos
- 00:49:30modos finitos
- 00:49:32de uma certa maneira nós somos a
- 00:49:34potência do infinito isso não é isso que
- 00:49:37por isso mesmo
- 00:49:39veja embora você seja a potência do
- 00:49:42infinito você não é um infinito
- 00:49:46isso seria justamente a negação da sua
- 00:49:49condição na infinitude o mit tem uma
- 00:49:52passagem mais baratos têm que ele diz
- 00:49:55a dor diz passa a felicidade diz eu
- 00:50:00quero a eternidade sabia melhor que o
- 00:50:04fred no fim da vida se essa passagem dos
- 00:50:06atos e design unit viu tudo aqui é isso
- 00:50:10né nós somos finitos radicalmente
- 00:50:15finitos
- 00:50:17mas precisamente nisso aquilo que nós
- 00:50:21alcançamos como o momento supremo na
- 00:50:24nossa existência
- 00:50:26ou seja aquilo que nos torna maximamente
- 00:50:28felizes é o aumento maximo da nossa
- 00:50:33potência isso nós desejamos que seja
- 00:50:35tela mais reflexões no site facebook do
- 00:50:39instituto cpfl e no canal do café
- 00:50:42filosófico no youtube
- 00:50:43espinosa no sugere uma maneira de
- 00:50:47subjetivação de tornar se o sujeito já
- 00:50:50que nós conhecemos as nossas formas
- 00:50:53tradicionais de subjetividade que aquilo
- 00:50:55que nos aparece como uma ameaça ao
- 00:50:59contrário
- 00:51:01só é realmente capaz de amor aquele que
- 00:51:05é maximamente potente
- 00:51:07[Música]
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