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e aí
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oi bom dia acho que eu conheço muitos de
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vocês aí né somos amigos há muito tempo
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né então eu fui convidado a falar da
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minha trajetória em 30 minutos e são 39
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anos então é cada slide fica por conta
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de um ano e meio mais ou menos né um ano
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e dois a gente vai tentar fazer um assim
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né mas eu gostaria de começar a falar
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com vocês por conta de eu acho que cada
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profissional cada um de nós aqui tem
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antes de sermos terapeutas ocupacionais
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a sua própria história que vem dos
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nossos pais daquilo que a gente viveu da
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nossa genética daquilo que a gente traz
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né como dons e na terapia
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a ser veio muitos alunos também que
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passaram por mim que cada pessoa exerce
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a terapia ocupacional utilizando aquela
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essência que tá lá atrás né então eu
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gostaria de contar um pouco para vocês
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sobre isso né eu fui convidada para
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falar da arte eu fiz um caminho é grande
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na ciência né na ciência tanto da
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neurologia da neuropsicologia como
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também das artes mas o que vem tá lá
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atrás de quando eu era pequenininha né
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que eu adorava dançar pintava paredes e
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aí minha mãe me comprou um estojo grande
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de de tintas e me deixava pintando os
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azulejos porque aí depois ela brancos
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que aí depois ela limpava né então eu
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sou artista
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e desde que nasci e adora dança também
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desde que nasci para a música
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principalmente a música né nunca tive
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paciência para estudar música mas eu
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tenho ouvido muito sensível para a
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música né meu corpo responde muito e a
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natureza também porque eu não saía da
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terra e eu ficava mexi comendo tatu-bola
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de beber e plantando tomates queria que
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minha mãe comprasse sementinhas para mim
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e assim eu vivia no jardim então hoje
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depois de toda a trajetória de 39 anos
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eu consegui chegar na união da minha
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essência qual a terapia ocupacional
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realmente e é isso que eu vou apresentar
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para vocês tá bom próximo
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ah ah esqueci que sou eu né ai eu
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próximo aquela folgada né quem que virou
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para mim alguém então então antes da
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teoria eu fiz faculdade de biologia mas
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parei porque não me identifiquei com o
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tipo de trabalho que eu iria seguir né e
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fiz e já estudava arte há muito tempo eu
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tive então esse amor à natureza e as
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artes aconteceu antes mesmo da terapia
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ocupacional mas eu tive um fato na vida
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que também norteou a terapia ocupacional
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eu perdi minha mãe com 15 anos e eu
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tinha essa ânsia de entender as doenças
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o mistério a morte né então o meu
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trabalho ele tem todo um caminho
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científico mas ele tem um fundo da
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espiritualidade
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e eu trabalho muito como eixo central
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nesse caminho de todas as áreas que
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suscitam mais a essência de cada pessoa
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e eu acho que vai de encontro ao
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objetivo da terapia ocupacional que a
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despertar ações verdadeiras e felizes em
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cada ser humano não é verdade eu acho
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que isso tem um pilar do que você veio
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fazer no mundo tá bom então é para cá
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que eu faço aqui então assim né eu
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escolhi eu mudei da biologia para
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terapia ocupacional porque eu escolhi a
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terapia ocupacional porque eu sabia que
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ela ia me trazer a arte como um veículo
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de trabalho né além disso eu sempre fui
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muito curiosa na questão científica por
00:05:01
conta da
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bom dia né e aí também poderia estudar o
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ser humano dentro dos seus mistérios das
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suas doenças né minha mãe me levava
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visitar pessoas idosas quando eu era
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criança então hoje eu trabalho com
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pessoas idosas né meu meu trabalho maior
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são com pessoas idosas e sempre me
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encantei pelas mãos sempre eu ficava
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procurando entender como que essas mãos
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fazem coisas tão lindas né que incrível
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né adora tecnologia aliás eu uso muito
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que é a mão também que vai lá né nos
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dedinhos e tudo mas o fazer das mãos me
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encantava então poxa reabilitar também
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as mãos dentro tanto de uma questão
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cerebral como uma questão mais
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músculo-esquelética né me encantava
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tremendamente até quase eu fui terapeuta
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da mão também
00:06:01
um por um tempo aí né que eu nem citei
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aqui
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oi e aí tentei trabalhar nessas áreas
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mais o meu trabalho terminou mais na
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área dos excepcionais o meu primeiro
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trabalho foi muito difícil era uma casa
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que a terapia ocupacional ela tava se
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instalando e eram crianças muito graves
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com deformidades absurdas e deficiência
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intelectual gravíssima eu sofria
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agressões mesmo naquela época né era um
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ambiente completamente hostil eu chorava
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todos os dias para ir trabalhar e a
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gente dá a volta por cima né montamos
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oficinas e do que que eu montei
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marcenaria jardinagem né artes porque
00:06:50
tava lá né vinha de lá de trás quero que
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eu acreditava daí não podendo mais ir
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até tão longe porque era bem distante da
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minha casa eu consegui trabalhar no de
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mr lá foi uma aula né assim de
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possibilidade
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e de tanto patologias ortopédicas quanto
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neurológicas e entrei numa clínica
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particular onde eu tive muito contato
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com pessoas com acidentes vasculares
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cerebrais e estudando com o pessoal que
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fazer o bobath né as fisios que fazem o
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vovô ti elas foram minhas colegas de
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faculdade trabalharam lá com a sônia
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gusman né eu entendi um pouco mais o
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método e atuava sobre ele mas ele não
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tinha certos resultados em alguns casos
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eu fui procurar saber como ontem até o
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sérgio falou né na abertura né que
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primeiro só se via o movimento e depois
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foram fomos entendendo que existe um
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outras instâncias né e que são do
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cérebro e a hoje a gente integra até o
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campo sutil no nosso trabalho né das
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outras áreas energéticas também né
00:08:03
e a medicina chinesa enfim e aí eu fui
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vendo que o cérebro não era só movimento
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ele era um monte de funções que estavam
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acima desse movimento e daí que eu fui
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estudar a neuropsicologia no hospital
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são paulo e lá fiquei me formei junto
00:08:23
com neurologistas e por isso que eu
00:08:25
tenho esse tra queijo tranquilo porque
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eu fui fundo mesmo nesses estudos né de
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neurofisiologia neuroanatomia e tentando
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me colocar na terapia ocupacional com o
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patinho feio porque quem é essa daí tá
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fazendo no meio dos médicos né estudando
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aqui e foi muito legal essa experiência
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e daí eu fiz um tempo de pesquisa e
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depois eu migrei para o hospital das
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clínicas para o grupo do dr ricardo
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nitrini de funções cognitivas e do
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comportamento passei um tempo
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e aí fazendo um estudo de memória e ele
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me disse o seu conhecimento está
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insuficiente cafezi né aí eu fui para a
00:09:12
inglaterra estudar no centro referência
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da bárbara o wilson é de reabilitação
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neuropsicológica foi aí que tudo começou
00:09:22
a cada vez me tornar mais especialista
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na área da neuropsicologia então eu fui
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uma das primeiras terapeutas
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ocupacionais que estavam nos eventos de
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neuropsicologia do brasil né e a partir
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disso eu desenvolvi conhecimento e
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muitas terapeutas ocupacionais acho que
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foi uma porta de de caminhos mesmo para
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essa área tão bonita que hoje tá tão
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fundamentada através de avaliações de
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testes por grandes profissionais que
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estiveram comigo antes e eu fico muito
00:10:00
feliz e orgulhosa de ver tanto
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o que tá acontecendo hoje na nossa nesta
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área especificamente mas isso não me
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bastava porque faltava arte e lá na
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inglaterra eu vi uma eu vi trabalhos no
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corredor porque eu tava no centro super
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científico né de reabilitação não tinha
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nenhuma figurinha nenhuma obra de arte
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mas nos corredores tinha eu fui procurar
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saber de onde vinham essas e era de um
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hospital dia de pessoas com demências
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que produziam a arte e lá dentro tinha a
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arteterapia e musicoterapia pedir para
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conhecer fui visitar um hospital e
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cheguei nesse hospital quer em outra
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cidade em cambridge e vi um espaço que
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era completamente avesso a a olhar do
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hospital hospital era uma coisa fria eu
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estava no inverno e tira uma casinha de
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tijolinho
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e esse lugar que eu fui visitar e
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latinha salas de arte abajur livro os
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móveis antigos plantas sementes eu
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fiquei encantada né e eu eles chegavam
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os pacientes do hospital totalmente
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apáticos e começava a música começava a
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arte eles se transformavam e foi aí que
00:11:30
eu falei não é isso que eu quero para
00:11:32
mim e aí eu montei o espaço viver com
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arte voltando da inglaterra lutando por
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esse espaço né e então enquanto eu
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estudava tudo isso eu fazia cursos de
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arte de história da arte e também fiz
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jardinagem paisagismo porque eu não
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vivia sem as plantas mas eu também não
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entendia o quanto isso iria ser um um
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dos pilares do meu trabalho tá a a
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i i a natureza elas foram meios pelos
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quais irá música pelos quais eu me
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reabilitei com uma pessoa diante da
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morte da minha mãe e eu vi esse poder eu
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era uma pessoa extremamente triste né é
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fechado em mim mesma e a alegria veio
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para minha vida e uma vez uma paciente
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me perguntou com demência com alzheimer
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ela me perguntou como que você criou
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tudo isso com o motivo qual o objetivo
00:12:34
disso tudo aí eu contei aqui eu perdi
00:12:36
minha mãe só que aí a arte terá a então
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você usou a beleza para transformar a
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tristeza né então isso para mim foi
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assim incrível ela ter me falado isso se
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tornou o lema um lema da minha vida
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porque realmente a beleza é equilibra
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ela da estética ela daqui ela dá
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realmente uma
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e aí
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e eu não tô negando a dor tá gente eu
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não tô negando a tristeza mas focar só
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na tristeza não vai construir né a gente
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tem que transformar tá então eu fui
00:13:20
fazer o curso de arte-terapia tive
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muitos conflitos não vou dizer que não
00:13:26
porque a arte ela está incluída na
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terapia ocupacional e o que seria
00:13:31
arteterapia eu terapeuta ocupacional já
00:13:33
usando a arte e arteterapia como eu iria
00:13:37
incluir isso realmente abriu meu olhar
00:13:40
para um olhar mais sensível ainda a
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partir deste recurso né e eu comecei a
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ter a possibilidade de atender pessoas
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que eram artistas antes ou que se
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identificavam com arte e que tinham
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alzheimer porque eu trabalhei um tempo
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com doenças não progressivas com arte e
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depois com muitas doenças pro
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o nemo e eu comecei a observar dentro do
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meu conhecimento já para ingresso na
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área da neuropsicologia quais as funções
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do cérebro kim suscitavam possibilidades
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na arte e eu comecei a observar o quanto
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essas atividades eram também bastante
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estimulantes só que a arte e além ela ia
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além porque muitas vezes com a perda já
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considerável de funções cognitivas
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trança em dia um trabalho que o paciente
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se sentia feliz de na ordem do abstrato
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já porque eles já tinham perdido
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figuração eles já tinham pedir já
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estavam apraxicos agnósticos muitas
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vezes e a ou trabalho era edificante era
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algo que marcava na memória deles né
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então eu criei ao longo desses estudos
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esse curso
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e da arte em neuropsicologia que existe
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até hoje ele tem 14 módulos no ano e é
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esse percurso o curso ele passa por tudo
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isso passa por todas as funções
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cognitivas então vocês serão sempre
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bem-vindos ele acontece aqui em são
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paulo no meu espaço e me desenvolvi
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muito no estudo das mandalas e fui
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desenvolvendo paralelamente jardins e
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observando os efeitos da natureza em mim
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e nas pessoas com as quais eu convidava
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para irem ao jardim né então falando um
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pouquinho do espaço eu tô no tempo tá
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tudo em ordem tá ótimo acho que vai dar
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certinho eu resumi bem falando um
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pouquinho do espaço né eu tenho esse
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longa né que eu acho bonito que é um
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espaço onde a vida é trazida pela
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potência da arte as pessoas que entram
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lá elas sentem ar
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um dos poros ali né eles e eu tenho
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muito o modelo da nise da silveira né o
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meu modelo é humanista é íntimo é
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familiar muitas vezes tem animais também
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conosco é descontraído é livre e os
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pacientes se sentem livres lá e eu
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observei que eu fiz o caminho da
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neuropsicologia avaliações tudo
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bonitinho steven hospitais desenvolver
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um protocolo de arte no hospital das
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clínicas né é que que vai tá publicado
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no livro agora que vai ser lançado em
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fevereiro felipe aqui então a gente tem
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um caminho bacana aí da neuropsicologia
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em demências e que é extremamente
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importante mas eu não conseguia muitas
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vezes eu ficava bastante frustrada
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porque chega um ponto que a gente não
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consegue reabilitar porque eu me
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e essas progressivas e a gente adapta e
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a gente orienta cuidadores mas existe na
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casa do paciente e dos familiares uma
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tristeza profunda por conta da perda da
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perda que essa família teve daquele ente
00:17:21
querido né do que ele não é mais então
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essa tristeza ela toma conta de
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possibilidades que poderiam acontecer
00:17:31
naquela casa e eu observei se eles
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tivessem um lugar que ele se fossem mais
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felizes eles voltariam para casa com
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outra qualidade e isso tem acontecido eu
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quando tratava sem arte eu tinha
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processos muito mais rápidos de piora e
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hoje eles estão comigo há cinco anos bem
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são pessoas que convivem lá e tão
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produzindo vocês vão ver algumas fotos
00:18:00
não pude trazer vídeos porque senão ia
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tomar muito tempo tá
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e lá a gente não desenvolve só a parte
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artística né a esse de expressão visual
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a gente também desenvolve a expressão
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das emoções e de conteúdos cognitivos
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também a partir da música da dança da
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poesia de outras formas de convivência
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mas eu tenho dois grupos de oficina da
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memória no espaço para pessoas que se
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interessam mais pela parte cognitiva e
00:18:31
esse trabalho também eu tô com essas
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pessoas há muitos anos eles elas estão
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bem muitas com diagnóstico e morando tem
00:18:40
duas que moram sozinhas ainda com
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acompanhamento das filhas né então eu
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fico realmente olha eu sou a prova
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escrita gente que vale a pena vale a
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pena trabalhar e investir no idoso com
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demência vale a pena gente ele só a
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gente é que sabe né o quanto vale a pena
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tá
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e aqui eu vou ler que é o que eu
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acredito como eixo principal acreditamos
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na existência de uma essência pura
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curativa reorganizadora que vem da
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verdade mais profunda de cada ser humano
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e que pode ser libertada despertada
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através de processos expressivos e
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criativos de múltiplas formas apesar das
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desvantagens e desequilíbrio sakura que
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nem sempre é física ou neurológica pode
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ser alcançado em outros níveis funcional
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emocional espiritual e de qualidade de
00:19:35
vida
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oi e aí a arte nas demências né ela
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sustenta as bases da personalidade e
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identidade e autoestima promove uma
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comunicação não-verbal muitos às vezes
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nem falam mais pela arte eles conseguem
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se comunicar né oferece suporte e
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manutenção e prevenção como eu já falei
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agorinha né
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oi e ela em si como recurso da
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reabilitação neuropsicológica que vai
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trabalhar muitas funções cognitivas e
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comportamentais ela é muito interessante
00:20:11
porque ela ativa sistemas motivacionais
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de alta intensidade e o prazer dos
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estímulos que são gerados é muito forte
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e isso fica na memória mais do que
00:20:26
outras atividades tá em fases assim eu
00:20:31
acho que numa fase inicial das demências
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o seu trabalho cognitivo é fundamental
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né a estimulação cognitiva mais para
00:20:40
frente eu já vou entrando com a arte já
00:20:42
nessa fase e mais para frente aí é a
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arte sustenta por algo por alguns anos
00:20:50
ou mais não são alguns às vezes mais
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anos né e chega um ponto que não dá mais
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a arte a música
00:20:58
tu tá desde o início também e ela que
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vai sustentar o final é impressionante o
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que a música promove no ser humano
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expressões que você nunca imaginava a
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ver né em pessoas tão comprometidas
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cognitivamente tá
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e os resultados dos trabalhos me
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fascinam a cada dia refletindo em
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desenvolvimento cognitivo e motivacional
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produtivo e social inclusive com
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exposições valorização e participação
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dos familiares envolvendo intensamente
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prazer e alegria me fazem crer que esse
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é o caminho que quero e queremos né
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seguir e lutar para que os meios
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acadêmicos e clínicos possam
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reconhecê-lo e valorizaram isto é a arte
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em neuropsicologia podendo a arte trazer
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um alcance de recuperação e adaptação à
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vida de pessoas com prejuízos tão
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grandes e que deseja um novo significado
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em suas vidas
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e essa moça ela é ela tem uma demência
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pré-senil de alzheimer com 50 e 55 anos
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começou comigo e ela tá super bem
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deveria estar muito pior porque é um
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quadro mais grave né quando é pré-senil
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e a gente tem conseguido ela tem muita
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consciência eu não sei como mas ela tem
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até me perguntou o que que eu vinha
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fazer aqui hoje e me contou sobre um
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programa da globo que falaram sobre
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demência e ela com dificuldade de falar
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então já tô com ela há cinco anos gente
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então vocês vem né que parece new não
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era esperado isso não era
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bom então basicamente é isso né a gente
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tem grupos de arte música dança né o
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quanto a música vai além ela toca a alma
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e a dança expressa alma é lindo o
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trabalho com dança prevenção da memória
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atividades cognitivas visitas a museus
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né atividades literárias e poesia e
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grupos reflexivos em arteterapia e eu
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pensava que seria difícil né eles
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poderem pensar sobre a vida mas a gente
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traz por exemplo uma música que fala da
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janela aí eles desenham a própria janela
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e o que eles veem atrás da janela e aí
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trazem tantos conteúdos que vocês né
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então por exemplo eu dei um exemplo né
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então a gente trabalha às vezes
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conteúdos também um pouco mais profundos
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com eles e é possível não não sai dali é
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no momento eles entendem vivem e levam
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no coração essa experiência mas isso não
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propaga para lembrar o quê
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e na casa então os familiares têm só que
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que ela fica fazendo lá né eles não
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lembram de nada ela não fez nada mas
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alguns familiares me falam que eles
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voltam muito melhores do que saíram né
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que eles ficam muito bem à noite então é
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implícito abordagem né o efeito do
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trabalho tá
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oi e aí nesse tempo eu consegui trazer o
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jardim para minha vida né então ele já
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existe esse jardim existe há oito anos
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já e eu incluir nele muitos trabalhos de
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arte né ele tem mandalas ele tem senso e
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ele tem mosaicos ele tem distribuição
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energética eu estudei muito para criar e
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eu levo a pessoas para lá nas estações
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do ano refletindo sobre os efeitos da do
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clima dos ciclos da vida e dos elementos
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sobre a nossa biologia né é isso que eu
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faço no jardim e os já levei os
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pacientes e eles pareciam que lá eles
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não tinham demência era uma sensação
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muito interessante né como eles
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exploraram como eles interesse já tô
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acabando então aqui ó
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me fala mais ou menos eu acho que as
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aulas vão ser disponibilizadas também
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não é pelo prefeito então aí já tem
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alguns contatos alguns caminhos né aqui
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em são algumas fotos e aqui é o meu
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trabalho pessoal porque eu pinto lenços
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das flores que eu planto e que eu
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fotografo e é minha arte pessoal que eu
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também sou artista não podia negar lá da
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criança né então eu quero que vocês
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sejam muito bem vindos tá tanto ao
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espaço em são paulo quanto ao jardim que
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não é em são paulo mas serão muito
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bem-vindos para conhecer o nosso
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trabalho
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e agradeço então aos meus pais a todos
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os meus antepassados e os meus filhos
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meu marido a natureza por me darem a
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arte e a capacidade do olhar sensível
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agradeço em especial ao poder da música
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e dos sons da natureza que estiveram
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presentes em todos os meus processos de
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crescimento intuição e criação e a
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matemática da vida que integra todas
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essas formas de energia com perfeição e
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aí que está a cura né que nem sempre é
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visível no campo físico mas ela está em
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outros níveis né e ela integra a música
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a arte ea natureza na criação divina que
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somos nós como partes também da natureza
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mas o único ser vivo que produza arte é
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o homem
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bom obrigada gente ó
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oi oi
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e aí