SOCIEDADE DIGITAL - 02 - Coexistir em sociedade? | Café Filosófico Expresso | Dennis de Oliveira

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https://www.youtube.com/watch?v=h-tGDa4AwlI

Resumen

TLDRO vídeo apresenta uma discussão sobre o racismo estrutural, suas manifestações e a necessidade de mudanças sociais e práticas para promover a equidade. Denis de Oliveira, professor e militante do movimento negro, destaca que o racismo não é apenas um problema individual, mas está enraizado nas estruturas sociais e institucionais. Ele argumenta que a tecnologia da informação democratizou a voz, mas também permitiu a propagação de discursos de ódio. Oliveira enfatiza a importância de um reatamento racial e ações práticas para combater a desigualdade material, além de repensar as trajetórias e formas de ser fora da dinâmica de opressão.

Para llevar

  • 📚 O racismo estrutural tem consequências materiais significativas.
  • 🗣️ As redes sociais democratizam a voz, mas também espalham discursos de ódio.
  • ⚖️ É necessário buscar a equidade material entre os grupos sociais.
  • 🔍 O letramento racial deve ser um reatamento, não apenas um aprendizado.
  • 🏛️ A história da população negra é fundamental para a construção do Brasil.

Cronología

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    O racismo estrutural é discutido como uma questão que vai além das palavras, exigindo mudanças materiais e sociais. Denis de Oliveira, professor e militante do movimento negro, destaca a importância de transformar a realidade das comunidades marginalizadas, onde crianças ainda vendem doces nas esquinas, simbolizando a necessidade de uma mudança real na sociedade.

  • 00:05:00 - 00:10:00

    Denis explica a singularidade das tecnologias de informação e comunicação, que democratizaram a voz, mas também trouxeram desafios, como a proliferação de discursos de ódio. Ele menciona que as redes sociais servem como um espaço para movimentos sociais, mas também para reações de grupos incomodados com a nova configuração social, onde a liberdade de expressão é distorcida para justificar intolerâncias.

  • 00:10:00 - 00:15:00

    O conceito de racismo estrutural é apresentado em diferentes níveis de compreensão, desde o comportamento individual até o racismo institucional e estrutural. Denis exemplifica como a sociedade naturaliza a desigualdade racial, mostrando a diferença entre crianças brancas e negras em contextos cotidianos, o que revela a profundidade do racismo enraizado nas estruturas sociais.

  • 00:15:00 - 00:24:33

    Denis menciona a obra de Lélia Gonzalez, que argumenta que todos os brasileiros são 'ame-africanos', devido à influência da cultura africana na formação do Brasil. Ele discute como o racismo é uma neurose cultural que incomoda os brancos, levando à violência e à objetificação das mulheres negras. A necessidade de um reatamento racial e de ações práticas para promover a equidade material é enfatizada como um caminho para superar as desigualdades.

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Vídeo de preguntas y respuestas

  • O que é racismo estrutural?

    Racismo estrutural é um conceito que descreve como as estruturas sociais, políticas e econômicas estão permeadas por relações racistas, afetando a vida cotidiana das pessoas.

  • Quais são os níveis de compreensão do racismo?

    Os níveis incluem o racismo comportamental (atos individuais), racismo institucional (falhas nas instituições) e racismo estrutural (como as estruturas sociais perpetuam desigualdades).

  • Como as redes sociais influenciam a discussão sobre racismo?

    As redes sociais permitem a expressão de movimentos sociais, mas também facilitam a disseminação de discursos de ódio e intolerância.

  • Qual é a importância do letramento racial?

    O letramento racial é crucial para entender e combater as desigualdades raciais, promovendo uma reeducação sobre as relações raciais.

  • Como a história da população negra é importante para o Brasil?

    A população negra teve um papel fundamental na construção do Brasil, contribuindo com conhecimentos e culturas que moldaram a sociedade.

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Subtítulos
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    [Música]
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    quando eu falo do racismo estrutural das
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    opressões né Elas têm consequências
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    materiais não adianta a gente falar na
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    periferia da favela favela venceu né
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    negros do poder etc Enquanto Tiver
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    crianças vendendo doce na esquina não
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    tem sentido isso né é necessário mudar
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    materialmente né socialmente a vida as
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    [Música]
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    pessoas
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    me nome é Denis de Oliveira Eu sou
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    professor de jornalismo da Universidade
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    de São Paulo sou jornalista formado
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    também pela USP sou Doutor em da
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    comunicação também sou militante do
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    movimento negro faço parte da rede
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    quilomba uma entidade que foi fundada em
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    2013 eu coordeno também o Centro de
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    Estudos latinoamericanos de cultura e
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    comunicação que é n da
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    USP
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    as tecnologias de informação e
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    comunicação Elas têm uma gramaticalidade
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    muito singular muito própria delas né
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    Elas têm Primeiramente um caráter
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    assertivo e trabalha com uma narrativa
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    minimalista textos curtos fugaz etc traz
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    alguns incômodos né Por exemplo Humberto
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    eo fala que a tecn que a internet
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    democratizou os imbecis né A Voz Dos
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    imbecis Porque de fato né as mediações
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    clássicas aqueles que tinham direito à
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    fala como jornalistas né aqueles que
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    trabalhar que tinham condições de
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    publicar artigos livros etc perdem esse
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    monopó da Fala qualquer pessoa
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    potencialmente pode expor suas ideias
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    publicamente tá então isso traz o
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    incômodo aquela Elite intelectual Que
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    nós tínhamos antes por outro lado né
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    veja todas essas essas sentimentos
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    Sensações pensamentos acabam também
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    tornando-se públicos né E aí a
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    tecnologia possibilita isso os armários
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    foram abertos né públicamente acho que é
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    um pouco isso que ocorre com as
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    tecnologia de informação e
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    comunicação
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    o movimento social de negros e negras né
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    de mulheres LGBT que imag e tudo isso
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    mas fortemente nos anos 60 com a
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    contracultura e mais recentemente né nos
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    anos 80 90 começaram a pautar né a a
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    demandar a suas agendas né criticar essa
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    branquitude normativa masculina Sis
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    normativa e começam né a a disputar os
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    espaços de poder por essa razão o que
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    acontece tem uma reação uma ação reativa
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    Contra isso E aí as redes sociais
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    acabaram sendo Esteio né de não só da
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    expressão desses movimentos sociais
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    buscarem a sua visibilidade o seu
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    protagonismo seu espaço mas também
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    desses atores que ficaram incomodados né
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    com essa nova configuração de reagir e a
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    rede social Ela acabou a gramaticalidade
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    dela acabou favorecendo isso já que é
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    uma narrativa assertiva minimalista é
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    uma narrativa que não tem nenhum tipo de
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    mediação possível então Eh é muito
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    interessante que a gente observa né que
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    eh o direito de agredir o outro vira
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    Liberdade expressão né até uma
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    deturpação de toda a pactuação
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    democrática de considerar que o direito
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    de ser racista de ser machista de ser é
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    gbic é uma um direito de liberdade de
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    expressão quando não é verdade isso né
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    direito não é absoluto mas a
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    configuração da rede social transforma
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    em absoluto né Essas narrativas e aí
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    então por essa razão a gente tem
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    observado o crescimento dessas
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    intolerâncias eh sendo espraiadas
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    particularmente aí pelas redes
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    sociais
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    bom racismo estrutural é um conceito ele
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    ficou muito popular nos últimos tempos
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    né com particularmente após o lançamento
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    da obra do do ministro agora Silvio
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    Almeida né Professor Silvio Almeida né O
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    que é racismo estrutural mas um conceito
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    mais antigo né já aparece nos anos 70 em
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    textos do Carlos renal da própria lera
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    Gonzales do partido pantas negr nos
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    Estados Unidos eu escrevi um livro
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    também né recentemente né o racismo
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    estrutural uma perspectiva histórico
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    crítica e a ideia seguinte você tem eh
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    vários níveis de compreensão do racismo
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    né Tem um um nível de compreensão e
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    apreensão que é o nível comportamental
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    que é acho que o nível mais empírico que
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    nós temos de compreensão do racismo eh
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    Então quando você tem um ato
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    preconceituoso né um ato racista contra
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    uma pessoa desde uma violência por parte
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    de um agente policial ou uma pessoa
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    negra maltratada no espaço público ou no
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    espaço privado ou A negação de emprego
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    né para uma pessoa negra por ser negra e
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    assim por diante isso é muito visível
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    muito palatável tem sido muito
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    denunciado os meios de comunicação de
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    massa tem outro nível de apreensão e
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    compreensão do racismo que nós chamamos
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    de racismo institucional é quando você
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    observa que apesar da existência de
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    normas de leis aí que punem o racismo As
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    instituições responsáveis pela punição
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    pela aplicação dessa lei não funcionam
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    então por exemplo a lei
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    10639/03 né que torna obrigatório o
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    ensino de história da África e cultura
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    Africana e a Lei 11645 2008 que torna
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    obrigatório o ensino de cultura indígena
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    né no sistema de ensino Brasileiro ela é
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    pouco aplicada segundo dados aí nem 30%
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    das escolas brasileiras aplicam essa lei
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    então isso a dimensão nós chamamos
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    dimensão institucional do racismo ou
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    racismo
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    institucional e uma outra um outro nível
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    de compreensão que é o nível estrutural
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    Qual é a ideia você tem uma estrutura de
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    funcionamento da sociedade de produção
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    de riquezas de relações sociais né que
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    fazem parte do dia a dia do cotidiano eh
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    das estruturas econômicas políticas
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    institucionais e essas estruturas estão
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    permeadas pelo racismo então uma figura
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    né que a gente pode mostrar exemplificar
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    o que seria o racismo estrutural é
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    quando você passa em frente uma escola
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    classe média alta né você tem lá
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    crianças brancas saindo da escola indo
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    para casa no carro dos seus pais suas
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    mães no transporte escolar vão lá
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    brincar vão lá fazer sua lição de casa
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    praticar um esporte descansar enfim né
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    vivenciar que toda criança deveria
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    vivenciar você anda alguns metros
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    adiante vai chegar no cruzamento de uma
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    avenida e vai ver crianças negras
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    vendendo doce planel inha pedindo esmola
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    é mais o que você ter essa paisagem a
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    gente naturaliza essa paisagem
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    naturaliza crianças negras aquela
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    condição naturaliza só crianças brancas
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    aquela condição que deveria ser de todas
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    as crianças Então isso é o racismo
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    estrutural tá porque ele vai estabelecer
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    então lugares determinados para e negros
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    e isso vai ser reproduzido em várias
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    outras
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    [Música]
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    situações A Lela Gonzales ela e tem um
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    texto dela clássico a categoria político
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    Cultural de amefricanidade e esse texto
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    da Lela Gonzales ele é muito
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    interessante muito instigante que ela
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    fala o seguinte é todos nós brasileiros
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    e brasileiras somos ame africanos não só
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    os negros não só participados e porque
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    ela fala isso né porque ela fala que nós
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    todos somos AB africanos ela fala isso
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    porque eh não só porque a maior parte da
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    população brasileira é negra mas que
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    toda a construção do Brasil foi feita a
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    partir da mão de obra Negra pelo
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    conhecimento dos africanos escravizados
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    então alguns exemplos a tecnologia da
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    metalurgia no qual o Brasil hoje eh tem
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    um reconhecimento Internacional na
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    metalurgia na cirurgia ela foi trazida
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    pelos africanos escravizados né o
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    primeiro ferro forjado no Brasil foi no
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    quilômetro dos Palmares eh a tecnologia
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    de conhecimento do subsolo que permite
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    que o Brasil tenha uma tecnologia
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    avançadíssima na extração de minérios na
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    extração de petróleo de Águas Profundas
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    que é da Petrobras foi trazida também
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    pelos africanos na época da mineração
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    africanos que conheciam o subsolo e esse
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    conhecimento foi aproveitado no ciclo da
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    mineração no Brasil por mão de obra
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    escravizada a a gente pode ampliar na
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    tecnologia da arquitetura por exemplo as
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    igrejas no Brasil construídas durante a
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    colonização são centenárias quem
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    construi aquelas igrejas que estão de pé
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    ainda né foi também a mon de obra de
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    negros escravizados e a representação
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    pictórica dos Santos católicos desenhos
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    as estatuários e tudo isso foi feita
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    também por negros escravizados alguns
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    conhecidos como alejadinho né mas muitos
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    anônimos sem contar a dimensão cultural
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    que isso é bem Evidente né Campo da
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    cultura da religiosidade da cosmologia e
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    da própria linguagem A Lela fala e que a
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    gente fala português fala prets né quem
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    disina a língua portuguesa né é o
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    africano escravizado e vai dando sua
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    marca na Língua Portuguesa no Brasil que
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    ela é bem diferente inclusive do
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    português de Portugal com essas marcas
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    essa presença particularmente de alguns
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    idiomas da língua banto né que é s uns
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    povos que vieram aqui para condição de
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    escravizado por conta disso né o
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    panorama brasileiro é africano E aí é
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    interessante o que ela vai dizer o
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    racismo para para an Gonzales ela define
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    como uma neurose uma neurose cultural
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    porque para o branco Brasileiro né
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    aquele que se considera Branco ele fica
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    incomodado de viver no país amame
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    africano e a presença negra nent de uma
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    pessoa negra o lembra constantemente
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    dessa condição ame africana do Brasil
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    por isso ele é violento né ele quer
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    negar ela trabalha com o conceito do
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    Freud denação que é denegação você negar
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    algo que você faz parte mas te incomoda
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    esse branco não quer ser ramé africano
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    ele fica irritado ele fica incomodado
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    com isso então ele é violento é Violento
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    de duas formas violento no sentido de
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    dele exterminar querer exterminar querer
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    apagar essa presença negra no Brasil
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    tanto do ponto de vista físico com ponto
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    de vista simbólico com os preconceitos
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    contra as culturas de matriz africana e
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    também né a violência ocorre pela o que
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    A Lela Gonzales chama de
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    parcializar então a questão da
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    objetificação radical da mulher negra né
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    De que forma isso né então a mulher
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    negra né Ela é transformada em objeto
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    sexual em mero objeto retira toda a
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    condição de humanidade de subjetividade
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    E aí então vira um feitiche sexual ela
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    fala da bunda né o traseiro né a bunda
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    como Exemplo né dessa simbologia dessa
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    dessa petich sexual né É você
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    transformar a mulher negra numa parte do
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    seu corpo apenas e não ela como
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    [Música]
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    sujeito a gente tem que sair um pouco do
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    debate só das narrativas debate dos
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    discursos e para questões práticas né
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    porque quando eu falo do racismo
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    estrutural da as opressões né Elas têm
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    consequências materiais né O que é que
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    tem acontecido essa essa profusão
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    discursos de ódio que à medida que você
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    tem uma maior publicidade dessas agendas
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    dos movimentos sociais né Eh movimento
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    negro movimento feminista movimento LGBT
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    que e mais as pessoas que estão
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    acostumadas ou acomodadas nos seus
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    lugares de Privilégio homem branco fis Z
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    normativo você se incomodadas queas são
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    obrigadas a se deslocar tá esse
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    movimento retira da zona de conforto e E
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    aí você tem que repensar né repensar
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    enquanto sujeitos fala-se muito da
  • 00:12:04
    necessidade de um letramento racial né
  • 00:12:06
    de aprender raci eu acho que tem não n é
  • 00:12:09
    um letramento racial acho que é um relet
  • 00:12:11
    racial tá que o letramento racial já
  • 00:12:13
    existe já é um letramento racista que
  • 00:12:15
    pensa as raças nos seus lugares né de
  • 00:12:17
    privilégios e de opressão tem que há um
  • 00:12:20
    reatamento um reaprender então o caminho
  • 00:12:22
    é esse né então o caminho passa
  • 00:12:23
    primeiramente para uma um processo de
  • 00:12:26
    Equidade material tem que se buscar de
  • 00:12:28
    fato essa igualdade material Entre todos
  • 00:12:30
    os sujeitos e isso é fundamental tem que
  • 00:12:33
    ter ações práticas no sentido de
  • 00:12:34
    modificar essa relação de desigualdade e
  • 00:12:37
    segundo que é necessário você ter uma
  • 00:12:39
    reeducação né um reamento e uma
  • 00:12:42
    reformação política no sentido de
  • 00:12:44
    sujeitos repensarem suas suas
  • 00:12:46
    trajetórias os seas formas de ser fora
  • 00:12:49
    de dinâmica de opressão né Acho que
  • 00:12:51
    Paulo Freire fala muito isso né o
  • 00:12:53
    próprio Henrique dus fala muito isso e
  • 00:12:55
    esse é o caminho que eu vejo na forma de
  • 00:12:57
    eh superar essas situações vivemos
  • 00:13:19
    hoje o jornalismo é uma atividade típica
  • 00:13:23
    da construção da sociedade Liberal né do
  • 00:13:26
    esclarecimento do luminismo nasce a
  • 00:13:28
    partir disso a ideia de Quarto Poder
  • 00:13:30
    qual que a ideia de quarto poder né um
  • 00:13:31
    poder que vai fiscalizar os outros três
  • 00:13:33
    poderes Então qual a ideia né a partir
  • 00:13:35
    de uma racionalidade esclarecedora tá o
  • 00:13:37
    jornalismo Então vai desvendar vai
  • 00:13:39
    controlar né os poderes constituídos vai
  • 00:13:42
    expressar esse debate público então ele
  • 00:13:45
    tem esse eh o sentido original dele é
  • 00:13:46
    esse o Primeiro Momento o jornalismo ele
  • 00:13:48
    vai se mercantilizar vai se monopolizar
  • 00:13:51
    enquanto grandes empresas E aí se
  • 00:13:53
    transforma no poder de fato a gente né
  • 00:13:55
    observa isso no mundo inteiro tem um
  • 00:13:58
    filme clássico ali do Orson Wells né
  • 00:13:59
    sadão Kee né quando ele fala né o sadão
  • 00:14:02
    Kee assim eu posso inventar uma guerra
  • 00:14:06
    né escrev um artigo um tempo atrás
  • 00:14:09
    falando que tem o momento do céu e do
  • 00:14:11
    inferno do jornalismo Qual o céu do
  • 00:14:13
    jornalismo mais recente né o caso Walter
  • 00:14:15
    Gate tá nos anos 70 né quando dois
  • 00:14:17
    Jornalistas do Washington Post o Bob Car
  • 00:14:20
    Bernstein denunciaram né aquele esquema
  • 00:14:23
    né que o Richard Nixon de colocar
  • 00:14:25
    escutas né clandestinas né no n sed do
  • 00:14:29
    partido democrático de oposição
  • 00:14:31
    utilizando todo o aparato de segurança
  • 00:14:33
    institucional do estado do estado e dos
  • 00:14:35
    Estados Unidos né da Cia FBI tudo isso
  • 00:14:38
    então denunciou e levou isso levou a
  • 00:14:39
    renúncia do Nixon ter sido reeleito né
  • 00:14:42
    abriu em processo de impeachment foi
  • 00:14:43
    reeleito Então qual que a imagem ali o
  • 00:14:45
    jornalismo derrotou né derrubou um
  • 00:14:48
    presidente da república qual seri o
  • 00:14:50
    inferno o inferno 2001 com o caso Jão
  • 00:14:52
    Blair o jeson Blair o jornalista ele era
  • 00:14:55
    do New York Times né foi premiado
  • 00:14:57
    inclusive com polític algumas
  • 00:14:58
    reportagens E aí descobre que as
  • 00:15:00
    reportagens do do Jon Blair eram
  • 00:15:02
    inventadas né ele ele não fez nenhuma
  • 00:15:05
    entrev Ele criou né inventou as coisas
  • 00:15:06
    né Eh ele confessa isso e dá um
  • 00:15:09
    escândalo nos Estados Unidos porque Qual
  • 00:15:12
    que é a percepção né dos eh norte
  • 00:15:14
    americanos né estadunidenses É se isso
  • 00:15:16
    acontece no New York Times né comum
  • 00:15:18
    grande jornal uma referência Imagina os
  • 00:15:20
    outros né O jornalismo capital simbólico
  • 00:15:23
    dele é credibilidade Esse é um símbolo
  • 00:15:25
    né credibilidade há outros também então
  • 00:15:28
    que você vai comprar jornal valer
  • 00:15:30
    jornalismo se aquilo pode ser mentira né
  • 00:15:33
    pode ser inventado né aquela coisa toda
  • 00:15:34
    É essa a percepção isso ocorre também
  • 00:15:37
    com já o crescimento das redes sociais
  • 00:15:39
    né E aí o que é interessante da rede
  • 00:15:40
    social eh tem uma pesquisa do J reuters
  • 00:15:43
    que fala o seguinte né O que faz a
  • 00:15:45
    pessoa preferir uma informação que vem
  • 00:15:47
    de rede social e não no jornal
  • 00:15:49
    tradicional é a pessoa que manda tá
  • 00:15:51
    porque a rede social né particularmente
  • 00:15:53
    essas as redes de de eh telefon de
  • 00:15:56
    celular né WhatsApp telegram quem manda
  • 00:15:58
    a informação para você é uma pessoa dos
  • 00:16:00
    seu ciclo de amizades né um um amigo seu
  • 00:16:03
    famíliar seu um parente seu então essa
  • 00:16:05
    relação pessoal mais próxima é que dá
  • 00:16:07
    credibilidade para a informação ó Que
  • 00:16:09
    loucura né não é mais é o New York Times
  • 00:16:11
    que um jornal que prestigioso não não é
  • 00:16:13
    isso né uma pessoa que que eu conheço e
  • 00:16:15
    tal e ela Repassa a informação então a
  • 00:16:17
    estratégia dessa fake News a estratégia
  • 00:16:20
    desse discurso de ódio que vai
  • 00:16:22
    circulando em rede social ele vai ter um
  • 00:16:24
    peso não pelo discurso em si mas apenas
  • 00:16:27
    mas porque quem vai passando são pessoas
  • 00:16:29
    da sua do seu círculo de familiares ou
  • 00:16:31
    de amizades né Então a partir dessa
  • 00:16:34
    capilaridade das redes sociais é que
  • 00:16:36
    esse discurso ele vai se consolidando a
  • 00:16:38
    relação pessoal que vai contando Então
  • 00:16:40
    veja interessante aqui nós vamos saindo
  • 00:16:42
    de eh uma autoridade de fala dada pela
  • 00:16:46
    competência intelectual acadêmica ou
  • 00:16:48
    institucional de quem passa informação
  • 00:16:50
    para autoridade de fala dada pela
  • 00:16:52
    relação pessoal que você tem com o seu
  • 00:16:54
    interlocutor o jornalismo ele tem feito
  • 00:16:56
    uma coisa interessante né assim o
  • 00:16:57
    movimento da grande imprensa ele tem
  • 00:17:00
    transformado os seus jornalistas em
  • 00:17:03
    celebridades Então você vai pegar
  • 00:17:05
    grandes jornalistas da das emissoras de
  • 00:17:07
    televisão jornais os portais de Notícias
  • 00:17:10
    pegam seus jornalistas mais mais famosas
  • 00:17:13
    criam blogs criam eh contas no Twitter
  • 00:17:16
    né aí o nome dela celebridade que
  • 00:17:18
    vai dando credibilidade paraa informação
  • 00:17:20
    Então o que tá acontecendo é uma
  • 00:17:22
    personalização da credibilidade e não
  • 00:17:24
    mais né uma credibilidade dada pela
  • 00:17:26
    forma de produção da informação
  • 00:17:35
    até onde existe uma verdade absoluta
  • 00:17:37
    acho que essa A grande questão os
  • 00:17:38
    primeiros jornais e no mundo inteiro
  • 00:17:41
    jornais que representavam correntes de
  • 00:17:43
    opinião e vou pegar no Brasil por
  • 00:17:45
    exemplo o primeiro jornal brasileiro foi
  • 00:17:48
    correo Brasiliense tá que ele nasce em
  • 00:17:50
    Julho de 1918 em Londres porque em
  • 00:17:52
    Londres o jornal porque ele defendia a
  • 00:17:54
    indep do Brasil e a Cora portuguesa
  • 00:17:56
    proibia o jornal sa no Brasil né feito
  • 00:17:58
    no Brasil então o Brasil já nasce
  • 00:18:00
    censurado a imprensa já eh chegava no
  • 00:18:02
    Brasil de forma de forma clandestina
  • 00:18:04
    então quando o hipó da Costa monta esse
  • 00:18:06
    jornal el tinha uma causa tá assim como
  • 00:18:08
    depois os jornais e que o Luiz Gama por
  • 00:18:11
    exemplo o o diabo coxo o Luiz Gama monta
  • 00:18:14
    esse jornal para quê para defender a
  • 00:18:16
    causa da Abolição tá aí vai ter jornais
  • 00:18:18
    monarquistas abolicionistas o Líbero
  • 00:18:20
    Badaró enfim né isso no Brasil mas o
  • 00:18:22
    mundo inteiro
  • 00:18:24
    aconteceu quando ele tem a passagem para
  • 00:18:26
    um jornalismo mais mercado lógico
  • 00:18:28
    comercial aí vem com a ideia da
  • 00:18:30
    neutralidade em parcialidade jornalismo
  • 00:18:32
    né então não que é verdade é imparcial
  • 00:18:34
    quando a gente sabe que isso é é absurdo
  • 00:18:37
    não existe isso qualquer narrativa
  • 00:18:39
    sempre é um ponto de vista eu me lembro
  • 00:18:41
    um conto do Jorge Luiz Borges né que é
  • 00:18:45
    muito interessante que chama funis
  • 00:18:46
    memorioso nesse conto né que é um
  • 00:18:49
    personagem que o Borges cria que ele era
  • 00:18:51
    tão exato tão exato que demorava um dia
  • 00:18:53
    inteiro para contar o dia
  • 00:18:55
    anterior então Ele viveu 50 anos 25
  • 00:18:58
    viveu 25 Contando os 25 que Ele viveu né
  • 00:19:00
    então ele tá pegando isso que absurdo né
  • 00:19:02
    Eh o mapa né Tem outro outro conto dele
  • 00:19:04
    que é legal o mapa que é tão exato que é
  • 00:19:06
    tamanho da coisa mapeada então é inútil
  • 00:19:08
    Você vai no lugar
  • 00:19:11
    né Qualquer narrativa por ser uma
  • 00:19:13
    representação simbólica ela é uma
  • 00:19:15
    construção e na construção tem os vieses
  • 00:19:17
    ideológicos vieses aí políticos tudo
  • 00:19:20
    isso né que fazem parte dessa construção
  • 00:19:23
    Então esse é um aspecto importante agora
  • 00:19:25
    veja eh quando a gente trabalha com essa
  • 00:19:26
    lógica que não há uma verdade absoluta
  • 00:19:28
    não significa relativizar as verdades
  • 00:19:30
    Esse é o problema que entra no outro no
  • 00:19:32
    outro campo e o exemplo que eu acho
  • 00:19:34
    legal que demonstrar isso você tem um
  • 00:19:35
    copo com metade de água no copo né eu
  • 00:19:38
    posso dizer que ele tá meio cheio ou
  • 00:19:40
    meio vazio né quando eu digo meio cheio
  • 00:19:42
    eu tenho uma perspectiva mais otimista
  • 00:19:44
    quando eu falo que tá meio vazio mais
  • 00:19:46
    pessimista Agora posso dizer que ele não
  • 00:19:47
    tem água naquele copo aí é mentira tá
  • 00:19:50
    então tem um limite aí entre né as
  • 00:19:52
    várias formas de interpretar um fato e
  • 00:19:55
    você falsificar um fato que o que
  • 00:19:57
    acontece as críticas a a tentativa de
  • 00:19:59
    uma única e perspectiva ideológica da
  • 00:20:03
    verdade elas são importantes e foram
  • 00:20:05
    críticas a esse monopólio do jornalismo
  • 00:20:08
    hegemônico tudo isso isso tá correto
  • 00:20:10
    agora né E isso eh não pode dar Abrir
  • 00:20:13
    abrir um espaço para um relativismo tá
  • 00:20:16
    tudo bem assim né uma guerra por exemplo
  • 00:20:18
    tem vários pontos de vista é pode dizer
  • 00:20:20
    não tem Guerra Não tá lá guerra tá
  • 00:20:21
    acontecendo tem bomba estourando tem
  • 00:20:23
    gente morrendo quando tem um ato racista
  • 00:20:26
    né a pessoa lá comete um ato preconceito
  • 00:20:28
    é filmado é divulgado a pessoa que foi
  • 00:20:31
    né que cometeu Esse ato racista não
  • 00:20:33
    tirou fora do contexto né Como assim né
  • 00:20:35
    se você chingou a pessoa de macaco se
  • 00:20:38
    você agrediu a pessoa que contexto é
  • 00:20:39
    esse né porque não é admissível esse
  • 00:20:41
    tipo de comportamento não há contexto
  • 00:20:43
    possível que você justifique esse
  • 00:20:45
    comportamento então e eh esse
  • 00:20:47
    relativismo é meio perigoso porque assim
  • 00:20:49
    nada é verdade né se nada é verdade
  • 00:20:51
    Então acabou tudo é pode tudo é possível
  • 00:20:53
    então que para actuação democrática eu
  • 00:20:55
    vou construir quando eu trabalho com a
  • 00:20:57
    ideia que nada é é é nada é verdade tudo
  • 00:21:00
    é relativo tudo é possível né você
  • 00:21:02
    impede qualquer tipo de imputação
  • 00:21:04
    democrática e quando você não faz isso
  • 00:21:06
    os mais fortes É que prevalecem muita
  • 00:21:09
    regulação de fato é autoritário agora a
  • 00:21:11
    não regulação nenhuma regulação
  • 00:21:14
    significa lei da selva e na lei da selva
  • 00:21:16
    os mais fortes é que
  • 00:21:19
    [Música]
  • 00:21:27
    prevalecem
  • 00:21:28
    [Música]
  • 00:21:57
    C
  • 00:21:59
    [Música]
  • 00:22:26
    C
  • 00:22:29
    [Música]
  • 00:22:56
    C
  • 00:23:00
    e essa é a grande questão né quem tá
  • 00:23:01
    numa lugar de Privilégio tem que
  • 00:23:02
    repensar então o homem tem que repensar
  • 00:23:05
    se enquanto homem que não seja uma eh um
  • 00:23:08
    homem formado apenas uma relação
  • 00:23:10
    machista o branco tem repensar enquanto
  • 00:23:12
    o branco que não seja um branco apenas
  • 00:23:14
    formado a partir de uma relação racista
  • 00:23:17
    e assim por diante e quando se busca
  • 00:23:19
    Equidade busca repensar repa
  • 00:23:22
    reposicionar os sujeitos que estão nessa
  • 00:23:25
    esfera de de relacionamento eh então
  • 00:23:28
    caminho é esse né então o caminho passa
  • 00:23:29
    primeiramente para uma um processo de
  • 00:23:32
    Equidade material tem que se buscar de
  • 00:23:34
    fato essa igualdade material entre todos
  • 00:23:36
    os sujeitos é isso é fundamental tem que
  • 00:23:39
    ter ações práticas no sentido de
  • 00:23:40
    modificar essa relação de desigualdade e
  • 00:23:43
    segundo que é necessário você ter uma
  • 00:23:45
    reeducação né um reamento e uma
  • 00:23:48
    reformação política no sentido de
  • 00:23:50
    sujeitos repensarem suas suas
  • 00:23:52
    trajetórias os seas formas de ser fora
  • 00:23:55
    de dinâmica de opressão
  • 00:24:01
    [Música]
  • 00:24:26
    h
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    h
Etiquetas
  • racismo estrutural
  • movimento negro
  • tecnologia da informação
  • equidade
  • letramento racial
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