O que Brics dominado por Rússia e China significa para o Brasil

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https://www.youtube.com/watch?v=zCdyyK16AVM

Resumen

TLDRO encontro dos BRICS na Rusia neste ano foi crucial para definir a nova orientación e expansión deste bloque, que agora inclúe nove países. A xuntanza foi vista como unha oportunidade para Rusia demostrar que non está illada a nivel internacional, a pesar da guerra en Ucraína. Unha das principais novidades foi a decisión de admitir novos membros como socios, o que ampliará as súas filas en 2024, con países como Exipto, Irán, Emiratos Árabes Unidos e Etiopía. O Brasil expresou preocupación pola dirección anti-Occidente que parece tomar o grupo, en gran parte influído por China e Rusia. A pesar disto, o Brasil busca manter unha posición equilibrada no grupo e servir de ponte co Occidente. Polas súas accións no cumio, o Brasil logrou vetar a inclusión de Venezuela e Nicaragua como membros, o que se percibe como unha pequena vitoria diplomática.

Para llevar

  • 🇷🇺 Rusia utilizou o encontro para amosar que non está illada.
  • 🇧🇷 Brasil xogou un papel clave ao intentar moderar a expansión.
  • 🌍 Expansión dos BRICS con novos membros aprobada para 2024.
  • ❌ Venezuela e Nicaragua non foron admitidos grazas ao veto brasileiro.
  • 🗣️ Críticas de Lula sobre conflitos en Ucraína e Oriente Medio.
  • 💰 Lula propuxo unha moeda común para os BRICS.
  • 🌐 O bloque é visto cada vez máis como anti-Occidente.
  • 🤔 Diverxencias esperadas dentro do bloque debido ás novas adhesións.
  • 🛢️ Debate sobre transición enerxética entre membros.
  • 🎯 O Brasil busca ser ponte entre BRICS e Occidente.

Cronología

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    O encontro dos Brics na Rusia, presidido por Vladimir Putin, vislumbrou unha oportunidade para demostrar que non está illado na contenda contra Ucrania. Lula non participou persoalmente por mor dun accidente, sendo representado por videoconferencia. A adición de novos países aos Brics reavivou o debate sobre a súa postura anti-occidental, partindo dunha dominancia de Rusia e China. Brasil, nunha posición delicada e buscando evitar a adhesión de Venezuela, recoñece a crecente influencia do bloque mais mantén reservas sobre as súas posibles implicacións internacionais, tentando equilibrar alianzas tanto occidentais como orientais.

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Preguntas frecuentes

  • Quais países fazem parte dos BRICS originalmente?

    Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul.

  • Por que Lula não participou pessoalmente do encontro dos BRICS?

    Porque sofreu um acidente doméstico.

  • Quais novos países foram formalmente adicionados aos BRICS em 2024?

    Egito, Irã, Emirados Árabes Unidos e Etiópia.

  • Qual foi a posição do Brasil em relação à adesão de novos membros?

    O Brasil queria estabelecer critérios e requisitos mínimos para a entrada de novos membros e vetar a entrada da Venezuela.

  • Como os analistas veem os BRICS atualmente?

    Como um bloco com uma tendência cada vez mais anti-Ocidente.

  • Qual a preocupação do criador do termo BRIC com a expansão do bloco?

    Jim O'Neill se preocupa que a expansão possa levar a divergências internas e que a unidade entre China e Índia ampliaria o poder do grupo.

  • Qual o papel do Brasil no grupo BRICS?

    O Brasil busca ser um elo entre os BRICS e o Ocidente, mantendo uma posição mais neutra e moderada.

  • Qual foi a principal decisão do encontro sobre a estrutura do bloco?

    A inclusão de novos países como parceiros, ampliando o bloco para nove membros.

  • Como a Rússia vê o encontro dos BRICS?

    Como uma oportunidade de mostrar que não está isolada internacionalmente, apesar das sanções ocidentais.

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Subtítulos
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    O palco do encontro dos Brics desse ano foi  a Rússia e o anfitrião, Vladimir Putin
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    O encontro foi visto como oportunidade  para Putin demonstrar que não está isolado,
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    em meio à guerra contra a Ucrânia.  Lula não participou pessoalmente,
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    porque sofreu um acidente doméstico  um dia antes de embarcar.
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    Os Brics, originalmente formados por Brasil,  China, Índia e Rússia,  e África o Sul
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    agora tem nove membros no total. E cada vez mais é visto internacionalmente
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    como um bloco anti-ocidente. Ou seja,  anti Estados Unidos e Europa. Título
  • 00:00:39
    que coloca o Brasil em posição delicada. Eu sou Julia Braun, da BBC News Brasil,
  • 00:00:43
    e neste vídeo explico em 4 pontos o que  foi decidido nessa reunião dos Brics,
  • 00:00:48
    os rumos que esse bloco parece estar tomando  e o que isso tudo significa para o Brasil.
  • 00:00:52
    Primeiro, o que foi decidido? A principal novidade é que novos
  • 00:00:56
    países serão admitidos como parceiros. A lista oficial de associados não foi
  • 00:01:01
    divulgada oficialmente, mas 13 nomes  circulam nos bastidores da cúpula.
  • 00:01:06
    Eles não serão integrantes plenos,  mas poderão desfrutar de muitos
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    dos benefícios fornecidos pelo grupo. Para o Brasil, o grande ponto de tensão
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    foi o veto à adesão da Venezuela  entre os associados. Eu explico
  • 00:01:18
    em detalhes essa polêmica no final do vídeo. O encontro dos Brics foi realizado na cidade
  • 00:01:22
    de Kazan. E marcou a primeira  vez que o bloco se reuniu após
  • 00:01:26
    a entrada dos novos membros no começo de 2024. O grupo surgiu tendo como integrantes Brasil,
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    Índia, Rússia e China. Ganhou a adesão da  África do Sul em 2011. E, a partir desse ano,
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    Egito, Irã, Emirados Árabes Unidos e  Etiópia passaram a ser membros formais.
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    A Arábia Saudita foi convidada e  esteve presenta na reunião, mas
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    ainda não concretizou os trâmites para se juntar  oficialmente e seu status segue um enigma.
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    Ao final da cúpula também foi definida a  lista de países que serão parceiros do bloco.
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    O Brasil foi representado em Kazan pelo  chanceler Mauro Vieira e à distância,
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    por videoconferência, pelo presidente Lula.
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    Em discurso, o presidente brasileiro criticou  as guerras na Ucrânia e no Oriente Médio e
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    defendeu a criação de uma "moeda comum"  para transações entre países do Brics.
  • 00:02:09
    Como disse o presidente Erdogan  na Assembleia Geral da ONU,
  • 00:02:12
    Gaza se tornou o maior cemitério de crianças  e mulheres do mundo. Essa insensatez agora
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    se alastra para Cisjordânia e para o  Líbano. Evitar uma escalada e iniciar
  • 00:02:25
    negociações de paz também é crucial  no conflito entre Ucrânia e Rússia
  • 00:02:30
    Agora, o segundo ponto desse   vídeo.  Os rumos que o bloco está tomando.
  • 00:02:34
    Bom, a primeira coisa que os analistas com quem  eu conversei notaram sobre os Brics é a percepção
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    de um viés cada vez mais anti-Ocidente. Essa tendência está ligada principalmente a
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    uma dominância no grupo da China e da Rússia, que  travam atualmente uma batalha contra os Estados
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    Unidos por influência na ordem internacional. E essa dominância se reflete diretamente
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    na escolha dos novos integrantes e  parceiros, segundo os especialistas.
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    Então há um ganho de representatividade  de relevância, de peso, de densidade,
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    né? Mas o grupo cada vez mais virado,
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    né para uma dimensão não ocidental e cada vez  mais uma postura revisionista da ordem vigente.
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    É um Brics que já surgiu como espaço  revisionista, né? Um revisionismo soft,
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    eu diria, moderado brando, e isso cada vez  mais ficar latente, né? Quando a gente vê por
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    exemplo um Irã dentro do grupo, né? E essa visão do Brics como um bloco
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    anti-Ocidente também se relaciona com a própria  dinâmica da política internacional atual.
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    Além de o mundo estar extremamente polarizado,  ainda enfrenta dois grandes conflitos - na
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    Ucrânia e no Oriente Médio - que envolvem  muitas potências de forma indireta.
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    Por tudo isso, a Rússia parece ter  visto nos Brics uma oportunidade
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    para mostrar ao mundo que não está isolada,
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    apesar das sanções ocidentais. O governo de Vladimir Putin investiu
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    em propaganda por meio da imprensa  estatal e de declarações oficiais.
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    Segundo os especialistas, tudo seria  um esforço para promover a cúpula como
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    um desafio direto aos seus adversários  políticos e comunicar aos países do Sul
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    Global que a Rússia pode ser uma boa parceira. Mas ao mesmo tempo que cresce a percepção sobre o
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    viés antiocidental do grupo, analistas temem que  mais membros ampliem também as divergências dentro
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    do bloco e dificultem uma abordagem comum. Um conflito de interesses latente se dá entre
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    Arábia Saudita e Irã, que  são inimigos declarados.
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    Mas há tensões também entre China e Índia. Os especialistas ainda preveem uma certa
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    divergência em torno dos debates sobre transição  energética, já que há uma divisão clara entre
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    alguns membros que são grandes produtores  de petróleo e gás. E outros que são vozes
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    importantes na transição para uma energia  limpa. É o caso do Brasil, por exemplo.
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    O próprio criador do termo Bric, que é o  economista britânico Jim O’Neill, demonstrou
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    preocupação com essa expansão do bloco. Ele disse inclusive que o Ocidente pode
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    se beneficiar do fato de China e Índia não  conseguirem concordar em nada. Isso porque,
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    se os dois países se unissem de  verdade, o Brics provavelmente teria
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    muito mais poder e influência. O quarto ponto do vídeo é o papel
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    do Brasil nisso tudo. O país chegou em Kazan
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    com o objetivo claro de pressionar para o  estabelecimento de critérios e requisitos
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    mínimos para a entrada de novos parceiros. O governo brasileiro queria impedir que
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    os novos membros fossem escolhidos às  pressas e seguindo apenas a pressão de
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    China e Rússia, como aconteceu em 2023. Lula também queria evitar que Venezuela
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    e Nicarágua fossem admitidas no bloco. Os dois países estavam entre os interessados. E
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    Nicolás Maduro até apareceu de surpresa na cúpula,  em um movimento que muitos entenderam como parte
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    de uma campanha russa em favor do chavista.
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    As relações de Lula com Venezuela e Nicarágua   passam por um momento difícil. O Brasil não reconheceu o resultado
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    das eleições presidenciais venezuelanas  das quais Maduro diz ter saído vencedor.
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    No caso da Nicarágua, o desconforto brasileiro  é motivado principalmente pela expulsão do
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    embaixador brasileiro de Manágua em agosto e as  críticas feitas pelo líder Daniel Ortega a Lula.
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    Bom, mas no fim a vontade do Brasil  predominou e os dois países sul-americanos
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    ficaram de fora da lista. O desfecho foi visto como
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    uma pequena vitória do Brasil. Ainda assim diplomatas brasileiros
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    têm relatado preocupações com o caminho seguido  pelo Brics, com temores de que a posição mais
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    anti-Ocidente do grupo e a dominância da  China e da Rússia afastem outros aliados.
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    É um Brics que ganha relevância, mas é  um Brics que se torna um ator cada vez
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    mais incômodo para o diálogo com o Ocidente.  Então atores que tem um diálogo com o Ocidente,
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    que precisam ter, como o Brasil, talvez  comecem a ter no brics um estorno
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    Mas analistas também enxergam uma oportunidade  de usar a posição mais moderada e neutra do
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    Brasil como um elo entre os Brics e as grandes  potências ocidentais, como os Estados Unidos.
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    Eu acho que o Brasil vem tendo maior  poder de barganha nesse sentido.
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    Por quê? Porque se entende é que o Brasil é um  dos poucos países dentro do BRICS onde os Estados
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    Unidos e os países europeus, né, os aliados  norte americanos podem ter alguma influência, né?
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    E nesse sentido, portanto,  para eles eu sempre digo,
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    é melhor um BRICS com o Brasil, porque sem o  Brasil é porque justamente é ali que algumas
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    agendas podem ter uma entrada. Com isso eu fico por aqui.
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    Continue acompanhando nossa cobertura aqui  no canal no YouTube, em bbcbrasil.com e
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    em nossas redes sociais. Obrigada e até a próxima.
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