00:00:00
E aí
00:00:02
e no nosso dia-a-dia utilizamos
00:00:04
argumentos para defender o nosso ponto
00:00:06
de vista contudo os argumentos que
00:00:10
apresentamos Ou que os outros nos
00:00:12
apresentam nem sempre são legítimos por
00:00:15
exemplo quanto à forma ou estrutura
00:00:18
lógica do argumento quando as premissas
00:00:20
não suportam logicamente a conclusão
00:00:23
então o argumento é inválido como
00:00:26
acontece com as falácias formais por
00:00:29
exemplo a falácia da afirmação do
00:00:31
consequente e a falácia da negação do
00:00:33
antecedente são formas deturpadas do
00:00:37
argumento modus ponens e modus tollens
00:00:40
para além da análise da invalidade dos
00:00:43
argumentos através de sua estrutura
00:00:45
também podemos identificar argumentos
00:00:47
falaciosos através do conteúdo das
00:00:51
premissas permissas com a informação
00:00:53
errada ou trocada ou também da relação
00:00:57
indevida ou ambígua entre as premissas
00:01:00
EA conclusão e é
00:01:02
a denominação falácias informais estes
00:01:07
erros de raciocínio ou de argumentação
00:01:09
são por vezes utilizados De forma
00:01:11
inconsciente ou para outras vezes de
00:01:14
forma Consciente e voluntária tendo por
00:01:17
objetivo persuadido forma errada o outro
00:01:20
por estas razões é fundamental
00:01:23
identificar as falácias informais do
00:01:25
nosso discurso para não as cometermos E
00:01:28
assim melhorarmos a força dos nossos
00:01:31
argumentos e também identificá-las nos
00:01:34
discursos dos outros de modo a não
00:01:36
aceitarmos conclusões que não tenham uma
00:01:39
fundamentação legítima assim das várias
00:01:42
falácias informais que existem
00:01:44
aprenderemos 12 a falácia da
00:01:48
generalização precipitada da amostra não
00:01:51
representativa Da falsa analogia do
00:01:54
apelo à autoridade do falso dilema da
00:01:58
petição de princípio da falsa relação
00:02:01
causal
00:02:02
e o ataque pessoal ou a dominem do apelo
00:02:06
a maioria ao lado populum do apelo a
00:02:09
ignorância do Espantalho boneco de palha
00:02:12
e por fim da derrapagem ou Bola de Neve
00:02:15
comecemos pela generalização precipitada
00:02:18
sabemos que a maioria dos argumentos
00:02:20
utilizados nas ciências assim como o
00:02:23
nosso dia a dia quando formulamos por
00:02:24
exemplo estereótipos baseia-se em
00:02:27
observações Isto é a partir de casos
00:02:30
particulares em extrair ou inserir uma
00:02:33
conclusão geral contudo quando o número
00:02:37
de casos observados é insuficiente para
00:02:39
suportar corretamente a conclusão temos
00:02:42
uma falácia de generalização precipitada
00:02:45
que normalmente têm a forma de alguns p
00:02:49
são que então todos os pés são que é
00:02:53
e por exemplo houve um português a falar
00:02:56
alto logo todos os portugueses falam
00:02:59
alto também no âmbito dos argumentos por
00:03:02
generalização temos a falácia da amostra
00:03:04
não representativa Isto é quando
00:03:08
partimos de casos particulares que não
00:03:10
representam a sua generalidade tendo
00:03:13
esta a seguinte forma alguns não
00:03:16
representativos pessão que logo todos os
00:03:21
pensam que este tipo de raciocínio
00:03:23
correto acontece por vezes em sondagens
00:03:26
e inquéritos quando por exemplo se
00:03:28
procura apurar a opinião da população
00:03:29
acerca de um certo assunto mas apenas
00:03:33
faz auscultação em determinados lugares
00:03:35
que previsivelmente se Espero que tenham
00:03:38
uma opinião que não irá representar a
00:03:40
perspectiva da generalidade das pessoas
00:03:42
por exemplo os lisboetas são contra a
00:03:45
tourada logo todos os portugueses são
00:03:48
contra a tourada
00:03:49
e também utilizamos argumentos com base
00:03:52
em comparações Isto é com base em
00:03:55
analogias que podem ser legítimos quando
00:03:58
as características comparadas são
00:04:00
significativas para a conclusão hora
00:04:03
este argumento é recorrente quando nós
00:04:06
em Portugal comparamos a qualidade de
00:04:08
vida do ensino da saúde com outros
00:04:10
países da União Europeia com o objetivo
00:04:12
de concluir se estamos a seguir um bom
00:04:14
ou mau caminho contudo quando comparamos
00:04:17
duas situações que não tem
00:04:19
características significativas ou
00:04:22
relevantes para a conclusão estamos
00:04:24
perante uma falácia Da falsa analogia
00:04:26
que tem a forma p é como que é p tem a
00:04:31
característica R logo que também tem a
00:04:35
característica R por exemplo este carro
00:04:38
da Fórmula 1 tem rodas com o meu carro o
00:04:41
carro da Fórmula 1 é veloz logo o meu
00:04:44
carro também é veloz vemos que não é uma
00:04:47
boa comparação e é uma falar
00:04:49
a analogia porco facto de ambos os
00:04:53
carros terem rodas não significa que
00:04:55
partilham de outras características como
00:04:57
por exemplo ser veloz por outras vezes
00:05:00
quando não temos um conhecimento
00:05:02
aprofundado sobre um certo assunto
00:05:05
invocamos uma autoridade de um
00:05:07
especialista para corroborar a nossa
00:05:09
conclusão e este é um argumento legítimo
00:05:13
contudo quando mencionamos alguém que
00:05:16
não é uma autoridade no assunto para
00:05:18
justificar a nossa conclusão incorremos
00:05:21
numa falácia do apelo à autoridade ou
00:05:24
seja p e não é um especialista disse que
00:05:29
logo que é verdade por exemplo Cristiano
00:05:34
Ronaldo e é o melhor jogador de futebol
00:05:36
do mundo disse que o shampoo a x é o
00:05:39
melhor do mundo logo o chapéu X é o
00:05:42
melhor do mundo Ora se a nossa conclusão
00:05:45
fosse relativo ao futebol o Cristiano
00:05:48
Ronaldo seria
00:05:49
a experiência mas quantas shampoos o
00:05:53
melhor do mundo não tenho autoridade
00:05:55
para além destas falácias que se
00:05:57
relacionam com os argumentos não de
00:05:59
motivos já estudados como os argumentos
00:06:02
indutivos de analogia e de autoridade
00:06:05
podemos ainda mencionar outros tipos de
00:06:08
falácias que usualmente são utilizados
00:06:10
em discussões ou debates é o caso da
00:06:13
falácia do falso dilema Isto é quando no
00:06:17
momento são apresentadas duas
00:06:19
alternativas de resposta quando na
00:06:22
verdade existem mais ou seja p o que não
00:06:27
p logo o que obrigando-nos a sim aceitar
00:06:32
indevidamente uma das opções quando
00:06:35
existem mais do que aquelas que são
00:06:36
apresentadas por exemplo escolhos
00:06:40
ciências ou humanidade se não queres
00:06:43
ciências então tens que escolher
00:06:44
humanidades
00:06:45
um grande obviamente que há mais opções
00:06:48
do que o curso Ciências ou curso
00:06:50
humanidades outra falácia também muito
00:06:53
utilizada não só no nosso dia a dia mas
00:06:55
também na filosofia é falácia de petição
00:06:59
de princípio ou raciocínio circular Isto
00:07:02
é um argumento em que a conclusão
00:07:04
implícita ou explicitamente já se
00:07:07
encontra nas premissas existindo apenas
00:07:10
por outras palavras assim a forma lógica
00:07:13
é bastante simples P logo pé ou seja é
00:07:18
praticamente a forma de afirmarmos a
00:07:20
mesma coisa só que com palavras
00:07:22
diferentes por exemplo este conhecido
00:07:25
exemplo Donald trump que justificou que
00:07:28
as notícias são falsas fake News porque
00:07:31
muitas das notícias são falsas ou seja
00:07:34
aquilo que ele quer concluir já está a
00:07:36
ser afirmado na premissa outro argumento
00:07:38
falacioso recorrente nas ciências e
00:07:42
identificado pelo filósofo David um
00:07:44
quando investigou
00:07:45
da sedução é falácia Da falsa relação
00:07:49
causal Isto é quando um argumento se
00:07:53
baseia em situações temporalmente
00:07:55
simultâneas mas que não estão
00:07:57
necessariamente relacionadas ou seja se
00:08:00
P então q q então p por exemplo o Galo
00:08:06
Canta sempre antes de nascer do sol logo
00:08:09
o sol nas Portugal canta Isto é só
00:08:14
porque o cantar do Galo em tecido nascer
00:08:17
do sol não quer dizer que seja a causa
00:08:20
para o sol nascer e nós bem sabemos que
00:08:23
não é a calça temos em outro tipo de
00:08:26
movimento que é muito frequente na
00:08:27
política a falácia de ataque pessoal ou
00:08:31
a dominem Isto é quando em vez de
00:08:34
tentarmos refutar o argumento que nos é
00:08:36
apresentado criticamos a pessoa que
00:08:39
apresentou para desvalorizar os seus
00:08:41
conhecimentos o seu caráter ou a sua
00:08:43
imparcialidade e desce
00:08:45
se mostrarmos que sou o argumento está
00:08:48
incorreto ou não é sustentável a sua
00:08:51
forma Lógica tem normalmente esta
00:08:53
estrutura P afirmou que mas p não é
00:08:57
credível logo que é falso com tudo bem
00:09:02
sabemos que não é porque a pessoa é x ou
00:09:05
Y que o seu argumento é falacioso por
00:09:08
exemplo o João diz que é importante
00:09:10
comer frutas e vegetais Mas eu só vejo o
00:09:13
João a comer hamburguers logo não é
00:09:16
importante comer frutas e vegetais hora
00:09:19
o que o João diz é de facto de verdade é
00:09:22
importante comer frutas e vegetais e não
00:09:24
é só porque eu comi hambúrguer que
00:09:26
deixará de ser verdade e comer frutas e
00:09:28
vegetais é importante vejamos agora
00:09:30
outra falácia existe uma falácia que tem
00:09:33
semelhanças com o argumento de
00:09:34
autoridade contudo em vez de invocarmos
00:09:37
um especialista na área invocamos a
00:09:40
opinião da maioria das pessoas para
00:09:42
reforçar a nossa tese é o caso da
00:09:45
a rua pela maioria ou adoption ou seja
00:09:49
se a maioria das pessoas afirma P então
00:09:53
p é verdadeiro e bem sabemos que só
00:09:56
ficar meio das pessoas acham uma coisa
00:09:59
não quer dizer que ela esteja verdadeira
00:10:01
por exemplo a maioria das pessoas diz
00:10:04
que beber leite faz bem logo beber leite
00:10:06
faz bem de facto do Belletti faz bem e é
00:10:10
recomendável Contudo não é porque a
00:10:12
maioria das pessoas o diz mas talvez
00:10:14
porque por exemplo a comunidade
00:10:17
científica nos apresentaram aumentos
00:10:19
sólidos é indicar que o leite faz bem
00:10:21
hora da mesma forma que recorremos a
00:10:24
opinião da maioria porque não temos
00:10:27
informação suficiente para formular Uma
00:10:29
opinião pessoal também o que fazemos
00:10:31
quando incorrermos na falácia de apelo a
00:10:33
ignorância Isto é quando procuramos
00:10:36
concluir que a Lu é verdadeiro só por
00:10:40
não ter sido provado que era falso ou
00:10:42
vice-versa assim não se sabe que p
00:10:45
O que é falso por exemplo os cientistas
00:10:49
não provaram que os Fantasmas não
00:10:50
existem logo os Fantasmas existem queres
00:10:54
dizer só porque os cientistas não
00:10:57
provaram que os Fantasmas não existem
00:10:59
não podemos inferir que os Fantasmas
00:11:02
existem no mesmo sentido que ia falar se
00:11:05
é do ataque pessoal em que criticamos a
00:11:07
pessoa em vez de conta argumentar a tese
00:11:10
apresentada acontece algo semelhante na
00:11:13
falácia do Espantalho boneco de palha Ou
00:11:16
seja quando disto sentimos a tese que
00:11:19
pretendemos recrutar de moda para ser
00:11:22
falso ou absurda ou seja o que acontece
00:11:25
é que P afirma que R nós disto os temos
00:11:30
que é transformando em S e por fim o que
00:11:34
vamos fazer é contar argumentar é se em
00:11:37
vez de que que era a tese inicial da
00:11:40
outra pessoa sabendo nós que é se até
00:11:43
deturpada é normalmente absurd
00:11:45
e o pai facilitar a nossa reputação por
00:11:48
exemplo dizes que és a favor do aborto
00:11:51
mas o aborto é o mesmo com homicídio
00:11:54
logo és a favor do homicídio com tudo
00:11:57
até do outro não tem nada que ver com o
00:12:00
homicídio mas ao afirmar que ao defender
00:12:03
o aborto ao mesmo que está defender
00:12:05
homicídio é tão torna depois mais fácil
00:12:07
refutar a posição do outro dizendo
00:12:10
obviamente que ele não pode fazer o
00:12:11
aborto porque assim estaria aprender o
00:12:13
homicídio por fim apresentamos outra
00:12:16
forma de distorcer o argumento do o
00:12:18
cliente que é recorrer a falácia da
00:12:22
derrapagem ou Bola de Neve Isto é quando
00:12:25
exageramos as consequências das
00:12:28
premissas de outro argumento de forma
00:12:31
atonal absurdo criando uma cadeia de
00:12:34
relações entre premissas que nos levará
00:12:37
a uma conclusão indefensável ou seja P
00:12:41
então quê que então rss
00:12:45
e logo P que foi o principalmente
00:12:48
afirmamos corresponderá a ter por
00:12:51
exemplo se não estudar para o exame vais
00:12:54
tirar uma nota se tirar uma nota não
00:12:57
vais entrar na faculdade Se não
00:12:59
entrasses na faculdade não vai ser
00:13:00
emprego se não tiveres emprego não traz
00:13:03
uma boa vida logo se não estás para o
00:13:06
exame não terás uma boa vida esta
00:13:09
conclusão parece-nos óbvia mente um
00:13:11
exagero Mas é isso que acontece nesta
00:13:13
falácia da derrapagem ou Bola de Neve
00:13:16
Isto é exagerar as consequências da
00:13:20
primeira premissa chegamos desta forma
00:13:23
ao fim das falácias informais
00:13:25
compreendendo que é importante
00:13:27
reconhecer quando as utilizamos de forma
00:13:30
a evitar esses erros de raciocínio e a
00:13:33
recusar conclusões quando estas se
00:13:36
apoiam indevidamente em premissas
00:13:38
incorretas ou que não tem nenhuma
00:13:40
relação com a própria conclusão