Por um colapso do indivíduo e de seus afetos | Vladimir Safatle
Résumé
TLDRA série do café filosófico explora as interseções entre psicanálise, filosofia e teoria social, focando em como os afetos moldam nossa vida política e social. O filósofo Vladimir Safatle discute a necessidade de repensar a autonomia, argumentando que muitas vezes somos moldados por influências externas. O medo e a esperança são destacados como afetos complementares que impactam a sociedade, revelando a importância da ação coletiva em resposta ao desamparo. A série convida o espectador a refletir sobre como os afetos influenciam não apenas nossas vidas pessoais, mas também as estruturas sociais e políticas que nos cercam.
A retenir
- 💡 A política é um circuito de afetos.
- 🤝 O desamparo pode gerar ações políticas.
- 🔍 O medo e a esperança são afetos complementares.
- 🚀 Necessitamos de novas formas de autonomia.
- 🌍 A realidade social depende das relações afetivas.
- 💬 O individualismo pode limitar nossas ações coletivas.
- 👥 Experiências intersubjetivas formam a vida social.
- ⚖️ O controle social é reflexo de uma expectativa de autonomia.
- 🕰️ O tempo é crucial para a compreensão dos afetos.
- 🔄 As relações sociais são dinâmicas e afetivas.
Chronologie
- 00:00:00 - 00:05:00
A política e a sociedade são influenciadas pelos afetos e pela maneira como sentimos e percebemos o mundo ao nosso redor. O programa busca refletir sobre essas relações entre psicanálise, filosofia e teoria social.
- 00:05:00 - 00:10:00
Os afetos não só moldam nossas vidas individuais, mas também definem a estrutura coletiva da sociedade. A maneira como somos afetados pode ter consequências políticas, revelando a interação entre o individual e o coletivo.
- 00:10:00 - 00:15:00
Vladimir Safatle enfatiza que a política é, em essência, uma questão de circuitos de afeto, que determinam como nos sentimos, percebemos e agimos. A visibilidade e a sensibilidade são fundamentais para a compreensão do poder.
- 00:15:00 - 00:20:00
O impacto de imagens, como a do menino sírio, evidencia que as emoções frequentemente superam argumentos racionais em decisões políticas, o que também reforça a ideia de que a política é mais sobre afeto do que sobre lógica.
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A autonomia, muitas vezes vista como liberdade, pode ser uma forma de servidão. Precisamos reavaliar o que significa agir com liberdade, reconhecendo fatores externos que nos afetam e que não estão sob nosso controle.
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A heteronomia pode ser uma forma de liberdade, desde que reconheçamos que somos afetados por forças externas, sem que isso signifique estar subordinado. Precisamos pensar em novas formas de vida que transcendem o medo e a servidão.
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A sociedade contemporânea é marcada pelo medo e pela insegurança, sendo a política frequentemente moldada por esses sentimentos. O medo promove a coesão social, mas também incapacita a imaginação e a ação criativa.
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Indivíduos são vistos frequentemente como proprietários de seus interesses, o que limita a interação social a relações contratuais baseadas em propriedades. Este modelo pode nos aprisionar e dificultar a construção de vínculos mais profundos.
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As relações sociais devem ser repensadas; em vez de confirmar identidades, devemos buscar a reinvenção através do contato com o outro, permitindo que novos afetos e possibilidades surjam.
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A esperança, frequentemente vista como um contraponto ao medo, está intrinsecamente ligada a ele, evidenciando uma estrutura compartilhada. Para mudar a política, devemos deixar de lado essa relação estreita entre medo e esperança e criar novas formas de interação social.
Carte mentale
Vidéo Q&R
Como os afetos influenciam a política?
Os afetos circulam entre indivíduos e são usados como instrumentos políticos, moldando decisões e interações sociais.
Qual a relação entre medo e esperança no contexto político?
Medo e esperança sãoafetos complementares que moldam a percepção social e política, onde o medo pode criar espaço para a esperança.
Como a autonomia é percebida na discussão?
A autonomia deve ser entendida não como controle total, mas como uma experiência de reconhecimento da influência externa que molda nossas ações.
O que identifica uma demanda política?
Uma demanda política é reconhecida na busca coletiva por cuidados e apoio, não apenas na solicitação de ajuda.
Qual é a importância da desconfiança do controle?
Desconfiar da necessidade de controle permite uma maior liberdade e a abertura a novas possibilidades na ação política.
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- 00:00:06[Música]
- 00:00:37é uma forma de organização política
- 00:00:41econômica e social alimenta um certo
- 00:00:44ritmo de nossos desejos
- 00:00:46as nossas formas de sofrer fantasia
- 00:00:50circum e sensibilidade são reprimidas um
- 00:00:54circuito de afeto se naturaliza
- 00:00:59presos aos mesmos afectos de sempre não
- 00:01:02somos capazes de criar novas formas
- 00:01:04sociais como promover uma transformação
- 00:01:10esta série do café filosófico procura
- 00:01:13refletir sobre esse desafio a partir de
- 00:01:16uma articulação entre psicanálise
- 00:01:18filosofia e teoria social
- 00:01:21[Música]
- 00:01:24estamos acostumados a colocar a dimensão
- 00:01:27dos afectos apenas no que diz respeito à
- 00:01:30vida individual de nosso jeitos
- 00:01:34somos nós que coletivamente formamos a
- 00:01:36sociedade
- 00:01:37o tempo todo afetamos somos afetados os
- 00:01:42afectos circulam entre nós e muitos
- 00:01:44deles são usados como instrumentos
- 00:01:46políticos a gerar determinados efeitos
- 00:01:49sociais
- 00:01:50a forma como corpos individuais e
- 00:01:54coletivos são afetados desejos são
- 00:01:56impulsionadas e as consequências
- 00:01:58políticas deste processo é a reflexão
- 00:02:01desse programa com o filósofo vladimir
- 00:02:03safatle curador desta série
- 00:02:06diria que a política é antes de mais
- 00:02:08nada um problema sobre circuitos de a fé
- 00:02:13porque é um programa sobre circuitos e
- 00:02:16afete a política é uma questão sobre
- 00:02:19como nós somos afetados
- 00:02:22ou seja o que nós sentimos que o que nós
- 00:02:26não sentir o que nós vemos é que nós não
- 00:02:30vemos o que nós percebemos que nós não
- 00:02:33percebemos a maneira como eu sinto como
- 00:02:37eu vejo como eu percebo determina o que
- 00:02:41causa ameaçam o que causa o meu
- 00:02:44julgamento
- 00:02:46não diria que uma das questões
- 00:02:47fundamentais do poder é como organizar o
- 00:02:51campo do que é visível do que é sensível
- 00:02:56e do que é perceber
- 00:02:59eles devem lembrar dessa foto trágica do
- 00:03:02menino sírio morto devido à tentativa de
- 00:03:06seus pais fugiram da síria numa situação
- 00:03:09de guerra
- 00:03:11foi graças a uma circulação de uma foto
- 00:03:14que uma política criminosa de bloqueio
- 00:03:20de refugiados em situação de vida ou
- 00:03:22morte não teve que ser momentaneamente
- 00:03:25suspensa
- 00:03:27alguns poderiam dizer que isso seria a
- 00:03:29prova maior da irracionalidade do campo
- 00:03:32político porque porque nós agimos por
- 00:03:35afeto
- 00:03:36nós não agimos por argumentos
- 00:03:39nós tivemos milhares de argumentos
- 00:03:41durante por exemplo a respeito dessa
- 00:03:44questão e nenhum teve a força nenhuma
- 00:03:46discussão teve a força de desencadear os
- 00:03:50efeitos de uma foto foi capaz de
- 00:03:54desencadear seria então na verdade prova
- 00:03:59maior da irracionalidade da política
- 00:04:02reconhecer que ela é um circuito dos
- 00:04:05afectos
- 00:04:06como se nós fôssemos obrigados a fazer
- 00:04:08uma distinção entre a racionalidade da
- 00:04:11procura pelo melhor argumento ea
- 00:04:14irracionalidade das afecções das paixões
- 00:04:17que devem ser de uma maneira ou de outra
- 00:04:20esfriados
- 00:04:21para que a democracia encontra o seu
- 00:04:23lugar o patrão falava que o corpo quando
- 00:04:27ele entra ele entra desarticulando
- 00:04:31completamente a possibilidade do
- 00:04:33julgamento nacional seja uma questão de
- 00:04:36saber como como nós agirmos de maneira
- 00:04:39desafectada para podermos pensar
- 00:04:41racionalmente
- 00:04:42acho que desde esse modelo de reflexão
- 00:04:45nós absorvemos no interior de uma certa
- 00:04:48tradição a idéia de que tudo que é da
- 00:04:51ordem da corporeidade tudo naquela hora
- 00:04:54da afecção tudo que só de ordem dos
- 00:04:57afectos é marca da irracionalidade
- 00:05:00existiria que isso na verdade é um dogma
- 00:05:04metafísico
- 00:05:05antes de mais nada que há uma
- 00:05:08racionalidade dos aflitos
- 00:05:10e que a questão fundamental é saber
- 00:05:12construir um concelho racionalidade que
- 00:05:15dê conta daquilo que não necessariamente
- 00:05:17é resultado de uma causalidade da
- 00:05:21consciência do resultado de um projeto
- 00:05:24intencionalmente posto pela consciência
- 00:05:26mas aquilo que de uma certa maneira
- 00:05:28afeta a consciência de fora vi leva a
- 00:05:32agir
- 00:05:32ele leva a julgar de uma maneira que de
- 00:05:36uma certa forma não é resultado porém
- 00:05:38simplesmente da sua autonomia porque
- 00:05:42insisto isso e talvez não estejamos
- 00:05:44muito presos a uma certa concepção de
- 00:05:49autonomia que muito ao invés de ser na
- 00:05:54verdade a expressão de um sinal de
- 00:05:57liberdade é na verdade a expressão mais
- 00:06:01acabada de uma experiência de servidão
- 00:06:04desta maneira de compreender a autonomia
- 00:06:08como a capacidade que eu tenho de dar
- 00:06:12para mim mesmo minha própria lei toca
- 00:06:15passado que eu tenho de renunciar às
- 00:06:18minhas ações a partir de uma causalidade
- 00:06:20que aparentemente seria resultado da
- 00:06:22minha vontade pura né
- 00:06:24dessa maneira não leve em conta como na
- 00:06:27verdade nós somos causados por aquilo
- 00:06:31que vem de fora
- 00:06:33nós estamos num regime mas já esté zi um
- 00:06:37regime estético no sentido forte do
- 00:06:40termo porque nós desde o início estamos
- 00:06:42dentro de um processo de relação onde o
- 00:06:45que nos causa não é resultado de uma lei
- 00:06:48que eu me dou para mim mesmo mas é
- 00:06:50resultado de um processo de uma afecção
- 00:06:53ato que me coloca em contato com outros
- 00:06:56corpos que me coloca em circulação com
- 00:06:59outros corpos que aparece pra mim de
- 00:07:02maneira involuntária que não é resultado
- 00:07:06pura e simplesmente da minha vontade
- 00:07:08mas nem tudo que ele é involuntário n é
- 00:07:12necessariamente signo de alguma forma de
- 00:07:14servidão ou de sujeição
- 00:07:17nem tudo que me é heterônomo o que não é
- 00:07:21imediatamente resultado da capacidade
- 00:07:24eu tenho disse estarem na jurisdição de
- 00:07:27mim mesmo de ser a minha própria causa
- 00:07:30me coloca sobre uma situação de servidão
- 00:07:33ou de sujeição talvez nós estejamos
- 00:07:36andando caminhando em direção a uma
- 00:07:38forma de vida cujo traço patológico
- 00:07:42fundamental esse medo absoluto de tudo o
- 00:07:47que é ter o nome é essa essa
- 00:07:50incapacidade de compreender que existe
- 00:07:53uma heteronomia sem sujeição como desvio
- 00:07:56de r da meteorologia sem servidão
- 00:08:00nós devemos abandonar uma vez por todas
- 00:08:03uma certa idéia de autonomia para que
- 00:08:06nós sejamos capazes de pensar o que
- 00:08:11significa nós sermos sujeito heterónimos
- 00:08:15mas não submetidos a formas de servidão
- 00:08:18sujeito que são atravessados por algo
- 00:08:21que lhes são e é involuntário sujeito
- 00:08:25atravessadas por alguma coisa que ele
- 00:08:27aparece não como fruto da jurisdição da
- 00:08:30sua própria consciência mas como um
- 00:08:32atravessamento do que é inconsciente e
- 00:08:35no entanto é exatamente essa capacidade
- 00:08:37que eu tenho de me reconhecer o que me é
- 00:08:40involuntário é que é na verdade a figura
- 00:08:43maior da minha liberdade porque a
- 00:08:46capacidade que eu tenho de me abrir para
- 00:08:48aquilo que não é imediatamente a imagem
- 00:08:51de mim mesmo
- 00:08:52não é exatamente idêntico a imagem que
- 00:08:55eu tenho de mim mesmo eu diria que boa
- 00:08:58parte da nossa miséria de imaginação
- 00:09:02política boa parte da nossa dificuldade
- 00:09:05de pensar criativamente a política vem
- 00:09:10do fato de nós estarmos completamente
- 00:09:13presos a uma certa imagem da vida social
- 00:09:17como uma associação entre indivíduos
- 00:09:21a idéia de que a vida social nada mais é
- 00:09:24do que um sistema no qual indivíduos
- 00:09:27procuram se associar a defender os seus
- 00:09:31interesses
- 00:09:32defendendo as suas identidades esse
- 00:09:34ponto de partida implica em aceitar
- 00:09:37os afectos dos indivíduos como o
- 00:09:41elemento fundamental de construção dos
- 00:09:43vínculos sociais nas nossas sociedades
- 00:09:46contemporâneas
- 00:09:48eu diria que os indivíduos são afetados
- 00:09:51principalmente a partir de dois à frente
- 00:09:54o medo ea esperança porque o medo
- 00:09:58primeiro
- 00:10:00vejam que nós temos do interior da
- 00:10:03filosofia política desde o século 17
- 00:10:07uma reflexão muito precisa sobre a
- 00:10:10função do medo como afeto político
- 00:10:13central de coesão na vida social
- 00:10:17hobbs essa idéia de que a sociedade é um
- 00:10:21composto de indivíduos que não têm
- 00:10:24nenhuma relação natural entre se você
- 00:10:26tem uma sociedade que na verdade uma
- 00:10:29relação de termos desprovidos de relação
- 00:10:32porque todos esses indivíduos são
- 00:10:34impulsionados por um desejo que não têm
- 00:10:37lugar natural não tem objeto definido
- 00:10:40então só um desejo que tem direito a
- 00:10:43tudo e como todos têm direito a tudo
- 00:10:47rapidamente nós chegamos numa situação
- 00:10:49br system e concorrencial que jobs
- 00:10:53descreve a partir dessa grande fantasia
- 00:10:55social da guerra de todos contra todos
- 00:10:56da iminência de uma guerra de todos
- 00:10:59contra todos ea única maneira de nós
- 00:11:01impedimos essa guerra seria constituindo
- 00:11:05um poder soberano o poder soberano do
- 00:11:07estado que ele vai proteger os cidadãos
- 00:11:12uns dos outros mas para isso ele precisa
- 00:11:15do controle absoluto do poder e precisa
- 00:11:19da unidade do poder e da soberania
- 00:11:22encarnada na figura de um medo funciona
- 00:11:25como elemento de coesão por eu ter medo
- 00:11:28pelos indivíduos terem medo um dos
- 00:11:31outros
- 00:11:33eles admitem a constituição de um poder
- 00:11:36que vai ter como função central
- 00:11:39transformar a segurança ea insegurança
- 00:11:42atua em conceitos decisivos da vida
- 00:11:45política e proteger cidadãos mas
- 00:11:49protegendo uma bandeira muito
- 00:11:50interessante
- 00:11:51por que o soberano obese ano é o mesmo
- 00:11:55tempo o bombeiro e um piromaníaco da
- 00:11:58vida social
- 00:11:59ele é o bombeiro porque como dizia ao
- 00:12:03schmidt
- 00:12:04o protético era o bigu é o costa era o
- 00:12:07sul do estado
- 00:12:08eu protejo logo obrigo esse é o
- 00:12:11pensamento é o fundamento eu penso logo
- 00:12:14existo do estado
- 00:12:16mas ele virou mania porque pra que ele
- 00:12:18possa ter essa legitimidade é necessário
- 00:12:21que ele lembra os indivíduos que se ele
- 00:12:24não estivesse lá neste momento com
- 00:12:26certeza guerra de todos contra todos já
- 00:12:29estaria em marcha e tem a todo momento
- 00:12:32constituir as figuras da insegurança
- 00:12:35gerir as figuras da segurança certo
- 00:12:38produzir novas inseguranças pra que a
- 00:12:41segurança seja mais uma vez restaurada
- 00:12:47por isso ele é de fato o bombeiro e um
- 00:12:50piromaníaco da vida social
- 00:12:52essa noção do medo como elemento
- 00:12:55decisivo no interior da vida política
- 00:12:58como afeto político central está entre
- 00:13:01outras coisas vinculada ao mais certa
- 00:13:04idéia do indivíduo como aquele como já
- 00:13:07dizia locke que é o proprietário da sua
- 00:13:10própria pessoa significa que os
- 00:13:14indivíduos só aqueles que tecem relações
- 00:13:16de propriedade inclusive a sua própria
- 00:13:19pessoa é pensar ou seja sua selva ao
- 00:13:22chip a sua auto concessão é pensada a
- 00:13:26partir da forma da propriedade por isso
- 00:13:29dificilmente nós não teríamos como
- 00:13:31concordar com um filósofo político
- 00:13:35esquecido hoje em dia uma força finances
- 00:13:37tia a verdade o individualismo
- 00:13:39individualismo possessivo esse
- 00:13:42individualismo que nasci nesse momento
- 00:13:44de dor e possessivo
- 00:13:45você sabe por quê porque eu ser eu mesmo
- 00:13:50eu ter a jurisdição sobre mim mesmo é o
- 00:13:53seu proprietário de mim mesmo eu serei o
- 00:13:58mesmo significa eu mostrar ser capaz de
- 00:14:02mostrar na vida social
- 00:14:04eu sou compor
- 00:14:05estude propriedades não só propriedades
- 00:14:08como bens mas propriedades como
- 00:14:11atributos como predicados eu tenho
- 00:14:15predicados que individualizam essa
- 00:14:18individualização via prejudica a ação
- 00:14:21garante a minha ea singularidade a minha
- 00:14:26particularidade
- 00:14:27se eu entro na vida social eu entro na
- 00:14:30vida social falando ao outro
- 00:14:33o bom dia não admitirá faca eu tenho
- 00:14:36tais e tais predicados eu tenho trás de
- 00:14:39tais atributos
- 00:14:40eu gostaria que meus atributos
- 00:14:42predicados fossem reconhecidos enquanto
- 00:14:44tais por aqueles com os quais o texto
- 00:14:47relações como uma espécie de grande
- 00:14:50relação de consensualidade que no fundo
- 00:14:55é uma com sensualidade mercantil
- 00:14:58mercantil porque era pensada da mesma
- 00:15:01maneira como estabelecer suas relações
- 00:15:03com secom contratuais e consensuais na
- 00:15:06posse de bens na circulação de bens o
- 00:15:10que é um contrato a não ser o fato de um
- 00:15:14proprietário poder dizer a outro
- 00:15:17quais são as condições para que eu possa
- 00:15:20ter o gozo e usufruto de certos objetos
- 00:15:23só que eu diria que os indivíduos eles
- 00:15:26tecem todas as suas relações desta forma
- 00:15:30eles dessem todas as suas relações não
- 00:15:33necessariamente como se estivessem numa
- 00:15:35relação contratual pela posse usufruto
- 00:15:38de certos bens mas como se eles tivessem
- 00:15:41uma relação pronto contratual pela pelo
- 00:15:45reconhecimento de certos atributos e
- 00:15:48propriedades
- 00:15:49daí porque há o problema da identidade é
- 00:15:51um elemento decisivo central com o
- 00:15:54problema com essa idéia
- 00:15:56são dois o primeiro deles é o parto do
- 00:16:01princípio de que todos nós temos nossas
- 00:16:04identidades estabelecidas e que a vida
- 00:16:07social é um acréscimo um segundo momento
- 00:16:09um segundo momento no interior do qual
- 00:16:12então eu vou tentar permitir que as
- 00:16:14minhas identidade circulem pelas minhas
- 00:16:16propriedades circular
- 00:16:18seja eu não coloque momento alguma
- 00:16:20questão decisiva que é o que foi
- 00:16:24necessário acontecer a nós mesmos para
- 00:16:27que nós tivéssemos nós fôssemos pensados
- 00:16:31como indivíduos portadores já tributos e
- 00:16:34propriedades que tipo de disciplina foi
- 00:16:37necessário impor aos sujeitos que tipo
- 00:16:41de de controle foi necessário impor aos
- 00:16:43sujeitos daqueles começasse a se ver a
- 00:16:46si mesmo como indivíduos no próximo
- 00:16:49bloco porque uma vida social baseada no
- 00:16:53medo como afeta político central sempre
- 00:16:56verá o outro como um invasor potencial
- 00:17:01[Música]
- 00:17:06os indivíduos são naturalmente dados
- 00:17:09eles são um processo de produção e quem
- 00:17:12os produziu então como eles foram
- 00:17:15produzidos uma questão diria decisiva na
- 00:17:19filosofia do século 20 o que é
- 00:17:21necessário perder para se tornar o
- 00:17:23indivíduo que tipo de experiência é
- 00:17:26necessário deixar de ter para se tornar
- 00:17:29o indivíduo
- 00:17:31a primeira questão a segunda é eu
- 00:17:36imagino que as relações intersubjetivas
- 00:17:42sociais e políticas no sentido mais
- 00:17:44amplo
- 00:17:45são relações de confirmação das minhas
- 00:17:51meus interesses atributos predicados
- 00:17:53identidade dos supostos o outro é visto
- 00:17:58como alguém que confirma a minha
- 00:18:01identidade
- 00:18:03só que talvez essa seja uma visão
- 00:18:05completamente inadequada do que é de
- 00:18:08fato uma relação entre esse objetivo que
- 00:18:13o outro nunca é aquele que confirma
- 00:18:15identidade
- 00:18:16o outro aquele que me diz possui das
- 00:18:19minhas identidades
- 00:18:20o outro não é apenas aquele que me
- 00:18:23constitui que me garante através do
- 00:18:25reconhecimento
- 00:18:26meu sistema individual de interesses e
- 00:18:29dos predicados que comporiam a
- 00:18:30particularidade da minha pessoa
- 00:18:33ele é aquele que me dizem para somos
- 00:18:36despossuídos por outros
- 00:18:39tal disposição exponha vulnerabilidade
- 00:18:42estrutural os encontros assim como a
- 00:18:44opacidade a mim mesmo
- 00:18:46aquilo que me leva vincular me há outros
- 00:18:49que me diz possuem m descontrola e
- 00:18:52wladmir continua citando judith butler
- 00:18:55somos despossuídos de nós mesmos
- 00:18:58em virtude de alguma forma de contato
- 00:19:00com o outro
- 00:19:01em virtude de ser removidos e mesmo
- 00:19:04surpreendidos pelo encontro com a
- 00:19:06autoridade não apenas nos movemos somos
- 00:19:10movidos por aquilo que está fora de nós
- 00:19:13por outros mas também por algo fora que
- 00:19:17reside em nós o verdadeiro encontro
- 00:19:20sempre há uma disposição
- 00:19:22nunca uma confirmação verdadeiro
- 00:19:25encontro é uma exposição no sentido de
- 00:19:29algo que me obriga a modificar a maneira
- 00:19:32com que o narrava a mim mesmo a maneira
- 00:19:35com que eu falava de mim mesmo a maneira
- 00:19:38como eu definiria quais eram os meus
- 00:19:40atributos dos meus prejudicados
- 00:19:42se eu tivesse quase de uma certa maneira
- 00:19:44é lindo fora do universo dos meus
- 00:19:48interesses todas as relações
- 00:19:51intersubjetivas efetivas sejam eles
- 00:19:55quais quaisquer níveis possíveis
- 00:19:58toda estrutura das relações sociais no
- 00:20:01sentido mais forte do termo sempre serão
- 00:20:04estruturas de relações por disposição
- 00:20:07o sujeito não procuram apenas sua
- 00:20:09confirmação no outro eles procuram sua
- 00:20:12reinvenção do outro não procuram
- 00:20:15simplesmente se confirmar
- 00:20:17eles procuram ser capazes de viver
- 00:20:19aquilo que eles ainda não sabem como
- 00:20:21pensar
- 00:20:21eles querem uma imagem que não seja
- 00:20:24simplesmente a imagem atual deles mesmos
- 00:20:28eles querem uma imagem que estar
- 00:20:30disposta numa espécie de de virtualidade
- 00:20:33sempre latente no interior do presente
- 00:20:38acho isso um dado à pessoa
- 00:20:40somente decisiva importante para que nós
- 00:20:44possamos saber como de uma maneira ou de
- 00:20:47outra se criticar os afectos que nos
- 00:20:50colonizaram porque uma vida social
- 00:20:54baseada no medo como afeto político
- 00:20:57central sempre verá o outro como um
- 00:21:00invasor potencial sempre verá o outro
- 00:21:03como aquele que de uma certa maneira se
- 00:21:05eu deixar me diz possui diz possui então
- 00:21:09de uma certa forma é uma vida que ela
- 00:21:12está ligada a uma espécie de
- 00:21:15institucionalização de um princípio
- 00:21:17paranóico ligado à possibilidade da
- 00:21:20perseguição ligado necessidade da
- 00:21:22fronteira da identidade ligada à
- 00:21:24necessidade da conservação daquilo que
- 00:21:27me faz me mesmo naquilo que minha
- 00:21:29própria naquilo que determina o meu
- 00:21:32próprio
- 00:21:33só que a vida social é a instauração da
- 00:21:37dimensão de um espaço comum que é
- 00:21:40impróprio de uma forma mais forte do
- 00:21:43tempo e não pode ser apropriado por
- 00:21:45ninguém que nunca será um objeto de
- 00:21:47apropriação pode parecer inicialmente
- 00:21:50que a esperança é um verdão belo
- 00:21:52contraponto ao medo
- 00:21:55só que há uma tradição filosófica
- 00:21:58milenar e vem desde os estóicos passa
- 00:22:01por espinosa que vai lembrar que não há
- 00:22:05medo sem esperança e nem a esperança sem
- 00:22:08medo 2 afectos são complementares
- 00:22:12eles articulam de uma maneira muito
- 00:22:14insidiosa ponto de alguém por exemplo
- 00:22:17marcante de viver sem esperança é também
- 00:22:21viver sem medo porque eles têm essa
- 00:22:24relação complementar esperança é uma
- 00:22:28expectativa de que um bem futuro o corpo
- 00:22:32momento são as definições espinosa
- 00:22:36há uma expectativa de que um mau futuro
- 00:22:39ocorra
- 00:22:41quem tem expectativa de que o bem ocorra
- 00:22:45sabe que talvez o bem não ocorra ele tem
- 00:22:49medo de que essa expectativa não se
- 00:22:51realiza
- 00:22:52quem tem expectativa de que o mau ocorra
- 00:22:56sabe talvez o mal não ocorra
- 00:23:00então ele tem esperança de que o mal não
- 00:23:02se realize recebam nós temos dois
- 00:23:05afectos ligados a uma mesma
- 00:23:07temporalidade a mesma estrutura do tempo
- 00:23:11na verdade antes de mais nada se não
- 00:23:14quiseram saber como nós somos afetados
- 00:23:17nós devemos começar por nos perguntar
- 00:23:19como nós vivenciamos a experiência do
- 00:23:21tempo e nós talvez estejamos muito ainda
- 00:23:26vinculados a uma experiência do tempo
- 00:23:29marcado pela expectativa por isso eu
- 00:23:33sempre você bastante crítico a todos
- 00:23:36aqueles que de uma mãe por várias razões
- 00:23:38de uma maneira ou de outra é tããão
- 00:23:42insistem na restrição do nosso horizonte
- 00:23:46de expectativas com uma característica
- 00:23:47fundamental do presente e vem essa
- 00:23:51restrição um problema porque é uma seria
- 00:23:54uma limitação da possibilidade dos
- 00:23:56campos do campo da experiência
- 00:23:58eu diria que a meu ver esse é um
- 00:24:00equívoco grave porque na verdade nós
- 00:24:04devemos é conseguir nos livrar de uma
- 00:24:07temporalidade da expectativa
- 00:24:10significa submeter o tempo há um
- 00:24:13princípio de projeção
- 00:24:15o projeto no tempo a imagem de um futuro
- 00:24:21projeto no tempo a imagem de um porvir
- 00:24:24eu do presente
- 00:24:27organizo o campo em do presente e ao
- 00:24:31futuro a partir da projeção de uma
- 00:24:34imagem que vai ordenar que vai me amar
- 00:24:38meu me articular na minha capacidade de
- 00:24:41dar contudo o que vai acontecer na
- 00:24:44esfera do tempo todos os acontecimentos
- 00:24:47que ocorreram no tempo de verão para ter
- 00:24:51o seu sentido ser ou a confirmação ou a
- 00:24:56negação de uma imagem do tempo o tempo
- 00:25:00se reconciliar a expectativa através
- 00:25:03dessa dimensão projetiva
- 00:25:06não existiria aqui o preço a pagar por
- 00:25:09isso
- 00:25:10é no fundo nada pode realmente acontecer
- 00:25:14nada pode realmente acontecer porque
- 00:25:17nada que saia da imagem do tempo pode
- 00:25:22ser vivenciada tudo que será contingente
- 00:25:25será visto como objeto a ser defendido
- 00:25:28contra o qual eu preciso me defender
- 00:25:30nunca uma ocasião até a partir da qual
- 00:25:33eu posso criar nós conhecemos várias
- 00:25:35figuras da temporalidade da expectativa
- 00:25:38baseada na esperança autopista um caso
- 00:25:42clássico só que muitas vezes nós olhamos
- 00:25:46para a nossa época nós fizemos nossa
- 00:25:49época não tem o tupi às por isso nós não
- 00:25:52sabemos muito bem onde estou ficamos
- 00:25:54paralisados no interior de uma
- 00:25:56degradação na cada vez mais evidentes de
- 00:26:00uma miséria da temporalidade da polícia
- 00:26:03cada vez mais evidente
- 00:26:04nós precisamos construir uma nova utopia
- 00:26:06coisas naqueles eu diria que longe de
- 00:26:11precisarmos de um motoclube a nós
- 00:26:13precisamos nos livrar desse tipo de
- 00:26:16temporalidade que precisa da projeção de
- 00:26:20uma imagem do futuro para conseguir
- 00:26:23determinar a sua força sua potência de
- 00:26:27atuação do presente é diante da força
- 00:26:32das utopias toda a contingência é um
- 00:26:36equívoco porque é aquilo que não é
- 00:26:38possível pensar aquilo que não consigam
- 00:26:41forma claramente o que nós podíamos de
- 00:26:45uma maneira ou de outra esperar mais do
- 00:26:49que um tempo desta natureza
- 00:26:51nós precisamos de um outro tipo de tempo
- 00:26:55nós precisamos de um tempo da projeção
- 00:26:56do futuro precisando de um tempo da
- 00:27:00complexidade consiga nos expor de
- 00:27:03maneira mais clara a complexidade do
- 00:27:06presente no próximo bloco foi dizia a
- 00:27:09razão pode falar baixo às vezes mas
- 00:27:11nunca se cala
- 00:27:14[Música]
- 00:27:18o medo como afeto político por exemplo
- 00:27:21tende a construir a imagem da sociedade
- 00:27:24como um corpo tendencialmente paranóico
- 00:27:27preso a lógica securitária do que deve
- 00:27:30se imunizar contra toda a violência e
- 00:27:33coloque em risco o princípio unitário da
- 00:27:36vida social imunidade que precisa da
- 00:27:39perpetuação funcional de um estado
- 00:27:42potencial de insegurança absoluta vinda
- 00:27:45não apenas do risco exterior mas da
- 00:27:47violência imanente à relação entre
- 00:27:50indivíduos
- 00:27:52imagina se por outro lado que a
- 00:27:54esperança seria o afeto capaz de se
- 00:27:57contrapor a esse corpo para a noiva
- 00:27:59no entanto talvez não exista nada menos
- 00:28:03certo do que isso porque não há poder
- 00:28:06que se fundamente exclusivamente no medo
- 00:28:09poder é sempre e também uma questão de
- 00:28:13promessa de êxtase e de superação de
- 00:28:15limites
- 00:28:17e não é só culpa a impressão mas também
- 00:28:20esperança de gozo
- 00:28:21nós falamos a i2 afectos ligados ao
- 00:28:25mesmo estrutura do tempo medo e
- 00:28:28esperança
- 00:28:29eu queria assistir com vocês 12 duas
- 00:28:32questões que me parecem bastante
- 00:28:35bastante relevantes
- 00:28:37a primeira delas é bem sendo assim se
- 00:28:42nós estivermos dispostos então a falar
- 00:28:46que a nossa ausência de imaginação
- 00:28:48política a nossa miséria de criação
- 00:28:52política vem do fato de nós não
- 00:28:55conseguirmos sair de um círculo de
- 00:28:58afetos ligados ao medo e esperança de
- 00:29:02que se nós formos capazes de sair nós
- 00:29:06seríamos tão capazes de dar mais espaço
- 00:29:08à nossa imaginação ser capaz então de
- 00:29:12produto de ter uma imaginação mais
- 00:29:14produtiva uma questão interessante que
- 00:29:17coloca se um filósofo francês chamado
- 00:29:19chacón se f
- 00:29:20ele falava política é uma questão
- 00:29:22fundamental mente de se entender que em
- 00:29:25determinados momentos
- 00:29:26as pessoas olham para si mesmas e acham
- 00:29:30que não tem mais nenhuma capacidade
- 00:29:32nenhuma força para transformar nada
- 00:29:36o que acontece é que as pessoas voltem
- 00:29:40os olhos para si mesmos e tem uma
- 00:29:43postura completamente melancólica em
- 00:29:45relação à sua força e não acreditem mais
- 00:29:49que elas não são capazes de produzir
- 00:29:52nada porque quando elas acreditam que
- 00:29:55elas são capazes de produzir mas não
- 00:29:57precisam de nenhuma imagem do que elas
- 00:29:58vão produzir a dor de uma fase muito boa
- 00:30:02que ele dizia
- 00:30:03nós chegamos no momento no campo das
- 00:30:06artes
- 00:30:07hoje nós devemos ser capazes de produzir
- 00:30:09aquilo que nós não sabemos o que é
- 00:30:11boa parte das nossas ações elas são
- 00:30:14impulsionados por alguma coisa que é da
- 00:30:17ordem do não sabido que é da ordem do do
- 00:30:21que dodô não compreendido no sentido da
- 00:30:23cco do que a consciência é capaz de
- 00:30:25representado não representava mais no
- 00:30:27entanto isso não significa que o que não
- 00:30:30é representável inexistente ou é
- 00:30:34necessariamente pensado de maneira
- 00:30:36inadequada porque talvez o pensamento é
- 00:30:39inadequado seja o pensamento da
- 00:30:40representação e esse outro que é um
- 00:30:44pensamento da taça da ação que se quer
- 00:30:47realizar e que a todo momento deferida
- 00:30:51impedida
- 00:30:52esse outro talvez seja essa capacidade
- 00:30:54que nós temos em dado momento de confiar
- 00:30:57no que nós não temos muita clareza de
- 00:31:01confiar no que não se constituiu
- 00:31:03claramente como uma imagem como um
- 00:31:05projeto essa capacidade na acreditável
- 00:31:07que em certos momentos da história por
- 00:31:10povos são capazes de desenvolver essa
- 00:31:12capacidade é em última instância eu
- 00:31:15diria o cérebro de tudo aquilo que nós
- 00:31:19entendemos por acontecimento histórico
- 00:31:21todos os acontecimentos históricos foram
- 00:31:23feitos desta forma por pessoas que não
- 00:31:25sabiam para onde ir mas que no entanto
- 00:31:28esse não saber não era não os nossos
- 00:31:31paralisava não lhes deixava
- 00:31:34completamente paralisados
- 00:31:36muito pelo contrário não é isso e
- 00:31:39mostrar mostrava
- 00:31:40seria uma possibilidade uma
- 00:31:41potencialidade do aberto o que estava
- 00:31:44aberto que lhes impulsionavam cada vez
- 00:31:46mais todo verdadeiro acontecimento é uma
- 00:31:50é um jogo no qual coisas podem dar muito
- 00:31:55certo coisas podem dar muito errado e
- 00:31:58quando elas dão muito errado elas nunca
- 00:31:59deu muito errado de uma vez
- 00:32:02ela simplesmente vão paulatinamente
- 00:32:04sabendo a aprendê lo tendo a experiência
- 00:32:07de quais são as condições para que o que
- 00:32:10nós queríamos pudesse realmente ser
- 00:32:12realizado
- 00:32:12se você estivesse no século 11 12 vocês
- 00:32:16virar sem falar senão eu sou republicano
- 00:32:19olhar pra vocês como loucos
- 00:32:22eles vão falar república é porque já foi
- 00:32:25tentado várias vezes deu tudo errado
- 00:32:28olha república romana hoje em dia a
- 00:32:30parte alguns malucos todo mundo
- 00:32:32república significa que na verdade é um
- 00:32:37acontecimento não é medido pelo seu
- 00:32:40resultado imediato
- 00:32:41ele é medido pela abertura que produz é
- 00:32:45medido pela pelas potencialidades que
- 00:32:48ele escreve no atentado à vida social e
- 00:32:51que nunca vão desaparecer e que nunca
- 00:32:54vão ser completamente caladas
- 00:32:56elas podem acontecer como o que acontece
- 00:32:58com a razão segundo froes dizia a razão
- 00:33:02pode falar baixo às vezes mas ela nunca
- 00:33:05se cala
- 00:33:06isso vale pra esses acontecimentos
- 00:33:09eles podem equivocar eles podem tomar o
- 00:33:12e direções equivocadas certo mas o que
- 00:33:15eles produzem é maior do que os
- 00:33:17equívocos
- 00:33:18eles produzem uma latência na vida
- 00:33:20cotidiana na vida social que fica
- 00:33:23presente durante muito muito tempo até
- 00:33:26que seja possível entender nós devemos
- 00:33:28perguntar mas é possível um sujeito
- 00:33:33capaz de agir sendo tendo em vista
- 00:33:39digamos a abertura dessas latências
- 00:33:43porque enquanto eu a vi como sendo a
- 00:33:48agindo em nome
- 00:33:52esses das minhas propriedades meus
- 00:33:54atributos da minha condição do indivíduo
- 00:33:57toda essa possibilidade de fazer um
- 00:34:00tempo passado ressoar de fazer o tempo
- 00:34:04se multiplicar em todas as suas camadas
- 00:34:07se contrair no presente fazendo com que
- 00:34:10essa experiência essas experiências
- 00:34:12anteriores ela sabe tem todos de tempo
- 00:34:15presente tudo isso desaparece por
- 00:34:16completo
- 00:34:17tudo isto faz sentido algum porque pra
- 00:34:20pensar isso é preciso pensar fora da
- 00:34:22representação fora da identidade
- 00:34:25eu preciso pensar a ação como alguma
- 00:34:28coisa que não é simplesmente a ação
- 00:34:29daquilo que eu sou capaz de representar
- 00:34:31na minha consciência
- 00:34:33mas a ação como aquilo que de uma certa
- 00:34:35maneira passa por mim
- 00:34:38a ge min rogério que dizia só se deve
- 00:34:44entender o que é o desejo humano
- 00:34:46vamos entender ter lembrar que esse
- 00:34:49desejo ele é indissociável da idéia de
- 00:34:54uma história dos desejos desejados
- 00:34:57meus desejos na verdade ressoam história
- 00:35:00de desejo desejados que tiveram muito
- 00:35:04antes de mim estão todos presentes
- 00:35:06porque o desaparecimento não é o destino
- 00:35:09de todas as coisas
- 00:35:11existem coisas que nunca desapareceram
- 00:35:14por mais que elas fracassem durante
- 00:35:16certo tempo
- 00:35:18elas nunca desapareceram por completo e
- 00:35:21essa capacidade de me colocar
- 00:35:23digamos in conexão com que com essa
- 00:35:26dimensão do que não desaparece por
- 00:35:27completo mas continua latente ressoando
- 00:35:31vida social é algo que o indivíduo não é
- 00:35:34capaz de fazer
- 00:35:35quem se quem pensa suas ações como ações
- 00:35:38de um indivíduo não seria capaz de fazer
- 00:35:41quem pensa seus interesses como
- 00:35:44interesses de um de seus desejos como
- 00:35:45desejo indivíduo não seria capaz de
- 00:35:47ouvir não seria capaz de sentir não
- 00:35:51seria capaz de ser afetado por isso esse
- 00:35:54tipo de experiência exige uma estrutura
- 00:35:56de temporalidade completamente diferente
- 00:35:59dessa temporada idade das expectativas é
- 00:36:02uma temporalidade
- 00:36:04seria marcada não por essa espera mas é
- 00:36:08marcada por uma consciência muito clara
- 00:36:11de que o nosso presente ele não é
- 00:36:14simplesmente o que aparece no instante
- 00:36:16agora nosso presente é um tempo de
- 00:36:19camadas tão profundas e por nós ficamos
- 00:36:22sem dente observando que em média na
- 00:36:24superfície de um instante todas essas
- 00:36:26múltiplas camadas todas as tensões
- 00:36:29todas essas contradições esses conflitos
- 00:36:32toda essa multiplicidade que é próprio
- 00:36:34de uma outra compreensão do presente
- 00:36:38desaparecer
- 00:36:39exatamente no momento em que isso
- 00:36:42desaparecia é que nós nos sentíamos cada
- 00:36:45vez mais impotentes cada vez mais fracos
- 00:36:48cada vez mais melancólicos em relação ao
- 00:36:50tempo porque o tempo parecia vazio
- 00:36:53ele parecia esvaziado parecia morto mas
- 00:36:57o tempo não estava morto e eu tenho
- 00:36:58nunca morre
- 00:36:59o que estava morto é a nossa maneira de
- 00:37:02nos relacionar o tempo estava morto a
- 00:37:05nossa maneira de enxergar tem como nós
- 00:37:09chegamos ao ponto de uma certa maneira
- 00:37:11era desconfiar do próprio tempo do nosso
- 00:37:15tempo
- 00:37:16imaginar que o nosso tempo a morte
- 00:37:18ficado o que aconteceu o i nós conosco
- 00:37:22nossa forma de perceber de sentir-se
- 00:37:24afetado chegar a esse ponto
- 00:37:27se nós começarmos a colocar essas
- 00:37:29questões
- 00:37:30as consequências políticas essas
- 00:37:32questões são absolutamente decisivas o
- 00:37:36que acontece em política o que acontece
- 00:37:38também na vida psicológica do sujeito
- 00:37:40quando você desconfia da sua capacidade
- 00:37:42de fazer você de fato não faz de fato
- 00:37:45não consegue mais fazer não é só uma
- 00:37:48questão despontar e sme confiança mas
- 00:37:52também ignorar a dimensão eu diria da
- 00:37:56experiência do sujeito
- 00:37:58ela precisa ser redimensionada para que
- 00:38:01nós fomos sejamos capazes mesmo de
- 00:38:03pensar ações de outra maneira também
- 00:38:05seria um equívoco muito grave
- 00:38:07seguindo essa ignorância pode parecer um
- 00:38:10certo psicologismo fazer apelos à frente
- 00:38:12há uma desqualificação filosófica
- 00:38:15secular
- 00:38:17do psicologismo neve é é sempre com você
- 00:38:20quer desqualificar alguém em filosofias
- 00:38:22e tusa dois componentes um sujeito e
- 00:38:25racionalista
- 00:38:26o outro é psicologia isto mas eu diria
- 00:38:29que acho que certas questões
- 00:38:30psicológicas são da mais alta
- 00:38:32importância nos dizem respeito à ao
- 00:38:35sujeito psicológico
- 00:38:37eles dizem respeito à dimensão da
- 00:38:40experiência de implicação do sujeito e
- 00:38:45da maneira como eles são como essa
- 00:38:46experiência de aplicação são vivenciadas
- 00:38:50nós poderíamos ter várias explicações
- 00:38:51funcionais sobre sobre processos
- 00:38:54históricos e processos políticos mas
- 00:38:56quantas vezes no interior da história
- 00:38:58nós não tivemos a todas as condições
- 00:39:02para uma revolução acontecer
- 00:39:05e ela não aconteceu e quantas vezes na
- 00:39:08história nós tivemos situações onde onde
- 00:39:11parecia que nada aconteceria poderia
- 00:39:13lembrar isso muito claramente por
- 00:39:14exemplo uma vez uma amiga estava no
- 00:39:18egito há alguns em 2010 ela foi
- 00:39:25conversando com alguns intelectuais na
- 00:39:29universidades egípcias só falar isso já
- 00:39:32faz alguma coisa pode acontecer aqui
- 00:39:34como está a situação
- 00:39:36eles começaram a fazer explicações
- 00:39:37absolutamente precisas detalhadas com
- 00:39:40todos os detalhes possíveis sobre como é
- 00:39:43impossível que algo acontecesse
- 00:39:48seis meses depois o governo barak cai de
- 00:39:50povo todo estava na rua são duas lições
- 00:39:54primeiro nunca acredita intelectuais
- 00:39:57a gente sempre erra muito são um castigo
- 00:40:00a gente vive errando na segunda o
- 00:40:04acontecimento não precisa de autorização
- 00:40:06para acontecer
- 00:40:07ele acontece a despeito de já que isso é
- 00:40:12interessante é como se é pra que ele
- 00:40:14possa acontecer muitas vezes há questões
- 00:40:17psicológicas que são absolutamente
- 00:40:20decisivas o qual é o qual é o pai com o
- 00:40:25tipo de abertura que a população tem que
- 00:40:28o povo tem que tipo de afeto eles têm o
- 00:40:30que circula como circuito de afete
- 00:40:32muitas vezes é esse uma dessa dimensão
- 00:40:35decisiva e muitas vezes completamente
- 00:40:38negligenciada no próximo bloco só com
- 00:40:40uma demanda de cuidado é uma demanda
- 00:40:42antiga política por excelência
- 00:40:46[Música]
- 00:40:50se por um lado existe uma gramática de
- 00:40:53afectos que organiza uma sociedade e da
- 00:40:55estrutura de suas formas de vida
- 00:40:58há também acontecimentos que quebram
- 00:41:00esse circuito de afectos e abrem para a
- 00:41:03possibilidade de uma transformação é o
- 00:41:06que nos mostra o filósofo vladimir
- 00:41:07safatle que defende que apenas pessoas
- 00:41:10desamparadas podem agir politicamente
- 00:41:13quando nos deixamos afetar pelo que pode
- 00:41:16instaurar novas oportunidades e formas
- 00:41:19de ser
- 00:41:20o nós normalmente dizemos chan para uma
- 00:41:25situação de procura adiantar não seja
- 00:41:29uma situação na qual o campeão alemão
- 00:41:30desampara rio flores e cai a condição de
- 00:41:33estar sem ajuda então a procura por
- 00:41:35ajuda e nós sabemos muito claramente
- 00:41:38vemos as consequências políticas de um
- 00:41:41tipo de afeto dessa natureza um
- 00:41:43desenvolve uma polícia política do
- 00:41:45cuidado com as demandas por isso que se
- 00:41:47transforma por demanda por cuidados
- 00:41:49demanda por me vejo no meu sofrimento é
- 00:41:53preciso cuidado
- 00:41:54só que uma demanda de cuidado é uma
- 00:41:56demanda antiga política por excelência
- 00:41:58porque o a política não é um um um
- 00:42:02pedido de socorro quando você pede
- 00:42:04cuidado você pega pra alguém alguém que
- 00:42:08você reconhece como tendo força para
- 00:42:11tirar da situação de desamparo
- 00:42:14então você precisa instituir autoridade
- 00:42:17para que você possa pedir cuidado
- 00:42:20nossa demanda é dupla de demanda cuidado
- 00:42:23pra você e você institui o outro como
- 00:42:26aquele que pode responder por aquilo que
- 00:42:28te falta essa isso é uma demanda tudo
- 00:42:33menos política com a demanda política é
- 00:42:36uma demanda de destituição de autoridade
- 00:42:38substitui autoridade substitui a
- 00:42:41autoridade dizia que a apsi alice frade
- 00:42:44ano ela construiu uma idéia de desamparo
- 00:42:47diferente dessa
- 00:42:48normalmente a gente conhece porque ela
- 00:42:52constitui a idéia de que a maturidade ou
- 00:42:55psíquica
- 00:42:57tá ligado à afirmação do desamparo já tá
- 00:43:01ligada a essa situação na qual de uma
- 00:43:03certa maneira eu deixo de pediram para
- 00:43:06deixar de pedir amparos se percebe
- 00:43:09significa eu deixo de pensar sobre a
- 00:43:11forma da expectativa
- 00:43:13eu deixo de instituir o outro como
- 00:43:15autoridade
- 00:43:17eu deixo de uma certa maneira imaginar
- 00:43:20que a forma do que nem afeta ela pode
- 00:43:24ser controlada por mim que eu sou
- 00:43:27sujeito que controla a forma do que me
- 00:43:29afeta
- 00:43:30e tudo isso significa eu abandono
- 00:43:34uma expectativa de amparo e ó eu sou
- 00:43:38capaz de viver uma afirmação do
- 00:43:41desamparo pela fundação de amparo
- 00:43:43significa eu vou ser capaz então de
- 00:43:46viver diante do atual desafeto que eu
- 00:43:50não controlo porque me dês possui porque
- 00:43:53têm a forma do que é contingente então
- 00:43:55por isso não pode ser de uma certa
- 00:43:57maneira previsto vou viver então em um
- 00:44:00tempo que já não é mais um tempo marcado
- 00:44:02por alguma forma de expectativa de uma
- 00:44:05certa maneira eu vou admitir um tempo
- 00:44:07que desampara e que o tempo que me
- 00:44:09desampara exatamente esse tipo de tempo
- 00:44:12no qual eu percebo que várias coisas
- 00:44:16agem em mim sei que eu posso controlar
- 00:44:19completamente todos nós criticamos não
- 00:44:22há a ideia social de controle a viver
- 00:44:25numa sociedade cada vez mais submetidas
- 00:44:27a prostituta colo de controle
- 00:44:29somos controlados todos os lados só a
- 00:44:31gente esquece muito claramente o
- 00:44:32contorno à sua disposição social
- 00:44:34depressão psíquica
- 00:44:35mas também nós nós com nós nos
- 00:44:37constituímos como sujeito que precisam
- 00:44:40de maneira cada vez mais compulsiva de
- 00:44:41ter a certeza do controle e que não
- 00:44:43estão sob controle de si mesmo
- 00:44:45isso isso não é um elemento a partição
- 00:44:48esse é o eixo do mesmo problema
- 00:44:51nós nunca aceitaríamos esse livro de
- 00:44:54controle social como hoje se nós não
- 00:44:57tivéssemos também internalizado
- 00:44:59psiquicamente a idéia de que há um
- 00:45:01controle necessário fazer é essa idéia
- 00:45:05do controle é a melhor descrição para
- 00:45:06esse tipo de negociação tensa complexa
- 00:45:09dramática que muitas vezes necessário
- 00:45:12fazer entre entre como diesel frete
- 00:45:15entre o eu eo isso entre aquilo que se
- 00:45:18conforma
- 00:45:19na primeira pessoa do singular e aquilo
- 00:45:21que só pode ser pensado com humor com a
- 00:45:24partir de um pronome indeterminado
- 00:45:25talvez a questão interessante seria
- 00:45:27dizer em que condições nós podemos
- 00:45:30entender que sujeitos políticos só vão
- 00:45:35ser produzidos a partir do momento que
- 00:45:37nós aprendemos como afirmar o nosso
- 00:45:38desamparo
- 00:45:39eu queria justamente que perguntar sobre
- 00:45:41a sua noção de afeto como é que ela pode
- 00:45:45escapar a determinadas formas de kato
- 00:45:47né como essa de encerramento né a uma
- 00:45:51subjetividade indivíduo individualizada
- 00:45:54né e inviabilizaria um pensamento que
- 00:45:58pudesse ganhar uma dimensão mais
- 00:45:59coletiva mais social e como é que você
- 00:46:02não pode extrair potência e potencial
- 00:46:04sobretudo política dessa outra concepção
- 00:46:07de afeto não ficasse encerrada obrigado
- 00:46:10pelas perguntas ao meu concepção de
- 00:46:12afeto
- 00:46:13eu diria que antes de mais nada é uma
- 00:46:17concepção relacional seja é um modelo de
- 00:46:22relação antes de mais nada é uma
- 00:46:24concepção de uma relacional inconsciente
- 00:46:27de um modelo de relação que não se dá
- 00:46:31através do que se coloca sobre a
- 00:46:34representação das consciências mas ele
- 00:46:36se dá sobre uma sobre uma uma
- 00:46:38mobilização de massas e tais teses que
- 00:46:41produz dinâmica de circulação anto que
- 00:46:45publica o sujeito não basta ser afetado
- 00:46:49é necessário também saber como se
- 00:46:51implicar na frente
- 00:46:53z de fato nós somos afetados por por
- 00:46:57vários processos e muitos deles nós nos
- 00:47:01deslocamos nós queremos todos os todos
- 00:47:04os sistemas de desintoxicação não
- 00:47:06existiria é o modo relacional modo
- 00:47:09racional inconsciente no entanto existe
- 00:47:12uma coisa chama processo de implicação
- 00:47:15então ou seja nós podemos desing clicar
- 00:47:18dos nossos afetos nos bloqueados e nós
- 00:47:22podemos nós fazemos isso de maneira
- 00:47:23muito clara
- 00:47:24agora que são quem é se nós como assim
- 00:47:28nós quem não só nós porque existe é esse
- 00:47:32o nosso corpo que é instaurado pelo
- 00:47:34safety sua corporeidade é um modo de
- 00:47:37afecção no modo decente mas tem uma
- 00:47:40espécie de de de implicação de processo
- 00:47:43de unificação que pode inclusive fazer
- 00:47:45com que aquilo que adora da minha
- 00:47:46corporeidade seja recalcado seja
- 00:47:48bloqueado e por isso que esse seria tão
- 00:47:52pra isso você precisa de um conceito de
- 00:47:54sujeito como aquele que que responde por
- 00:47:58esses processos implica ativos e nesse
- 00:48:00sentido
- 00:48:01uma outra tradição para pensar essa essa
- 00:48:05estrutura do sujeito
- 00:48:07então eu diria que articular suas
- 00:48:09tradições que filosoficamente apresentam
- 00:48:11contraditórias hoje
- 00:48:14de um lado uma que que insiste na
- 00:48:18centralidade uma certa filosofia do
- 00:48:19sujeito e outra isso numa certa uma
- 00:48:23certa tradição ela revele ano por
- 00:48:25exemplo e outra que vai insistir nessa
- 00:48:28nessa dinâmica da multiplicidade própria
- 00:48:31os afectos e das suas das suas
- 00:48:33estruturas em relação à de e de uma
- 00:48:39demanda de outra que se fazem à margem
- 00:48:41da consciência diria que tentar pensar
- 00:48:45os dois elementos conjuntos é uma tarefa
- 00:48:47filosófica importante museu há de se
- 00:48:50admirar a ironia de uma época que
- 00:48:52descobre que só alcançaremos a nossa
- 00:48:54liberdade quando reanimarmos todos os
- 00:48:57fantasmas a ponto de não haver nada
- 00:49:00completamente vivo e nem mais nada
- 00:49:03completamente morto quando abrirmos as
- 00:49:06portas do tempo com suas pulsações
- 00:49:08descontroladas e a nona das suas
- 00:49:11múltiplas formas de presença e
- 00:49:13existência então conseguiremos mais uma
- 00:49:17vez explodir os limites da experiência e
- 00:49:21fazer o que até então pareceu como
- 00:49:24impossível tornar se possível mais
- 00:49:28reflexões no site facebook do instituto
- 00:49:31cpfl e no canal do café filosófico no
- 00:49:34youtube liberdade nunca foi uma questão
- 00:49:36de escolha não é uma ilusão achar que a
- 00:49:41liberdade está ligado à idéia de escolha
- 00:49:43liberdade não é poder escolher ou não
- 00:49:46alguma coisa tem uma questão de vocês
- 00:49:49nós somos capazes de reconhecer aquilo
- 00:49:51que se impõe a nós como necessário
- 00:49:54[Música]
- 00:50:09joel
- afetos
- política
- sociedade
- ansiedade
- esperança
- autonomia
- poder
- transformação
- solidariedade
- desamparo