Alguns breves argumentos contra a eutanásia.

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https://www.youtube.com/watch?v=2_XwBATfVK8

Résumé

TLDRO vídeo discute conceitos de eutanásia, distanásia e ortotanásia, diferenciando entre prolongar a vida de um paciente terminal através de meios desproporcionais e proporcionar uma morte digna. O orador se opõe à eutanásia e distanásia, defendendo a ortotanásia como eticamente aceitável. Ele argumenta sobre a relativização do valor da vida na discussão da eutanásia, especialmente em sistemas públicos de saúde, onde pacientes podem não ter plena capacidade para tomar decisões informadas sobre suas vidas.

A retenir

  • 🛑 Eutanásia é contra a prolongação irresponsável da vida.
  • ⚖️ Distanásia é vista como antiética por prolongar sofrimento.
  • 🌼 Ortotanásia busca uma morte tranquila e digna.
  • 👥 A decisão de eutanásia pode falhar em refletir a vontade do paciente.
  • 🏥 O contexto social pode influenciar decisões sobre a vida e a morte.
  • 📜 A legalização da eutanásia levanta preocupações éticas e práticas.
  • 💭 A valorização da vida humana deve ser um princípio fundamental.
  • 🔍 A capacidade de decisão do paciente é crucial nas discussões sobre eutanásia.

Chronologie

  • 00:00:00 - 00:05:00

    O primeiro segmento discute os três conceitos fundamentais na terminalidade da vida: eutanásia, distanásia e ortotanásia. A distanásia envolve esforços desmesurados para prolongar a vida, enquanto a ortotanásia refere-se a cuidados paliativos que promovem uma morte mais serena. O falante expressa sua oposição tanto à eutanásia quanto à distanásia, considerando a primeira uma interrupção voluntária da vida e a segunda um procedimento eticamente questionável. Além disso, comenta sobre o desligamento de equipamentos e a confusão comum entre estes termos, diferenciando o desligamento como uma prática ética aceita.

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    No segundo segmento, o falante aborda a hierarquia de valores entre liberdade e vida, argumentando que a vida deve ser considerada um bem superior. Destaca os perigos de relativizar o valor da vida humana e relaciona isso com a história de regimes políticos que desprezaram este valor, indicando que isso poderia levar a uma aceitação da eutanásia em contextos sociais desiguais. A preocupação principal é a possibilidade de que a decisão sobre a eutanásia seja influenciada por juntas médicas que não consideram o pleno estado mental nem a real capacidade de decisão dos pacientes, alertando para uma potencial injustiça nas decisões que podem resultar em eutanásia.

Carte mentale

Vidéo Q&R

  • Qual é a diferença entre eutanásia, distanásia e ortotanásia?

    Eutanásia é a interrupção voluntária de tratamentos para provocar a morte. Distanásia refere-se a prolongar a vida por meios desproporcionais. Ortotanásia é proporcionar uma morte mais tranquila, geralmente por cuidados paliativos.

  • Por que o orador é contrário à eutanásia?

    O orador acredita que a eutanásia relativiza o valor da vida humana e coloca a liberdade acima da vida.

  • O que é ortotanásia?

    Ortotanásia refere-se aos cuidados que visam proporcionar uma morte tranquila e digna, evitando sofrimentos desnecessários.

  • Como é vista a eutanásia na legislação de diferentes países?

    Em alguns países, a eutanásia é considerada um crime, enquanto em outros é permitida sob certas condições.

  • Qual é a preocupação em relação à eutanásia em sistemas públicos de saúde?

    A preocupação é que a decisão de eutanásia pode ser influenciada por juntas médicas em pacientes com pouca capacidade decisória.

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    Qual é a sua posição quanto a ianas em
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    pacientes terminais Ô Teodora eu acho
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    que de princípio nós já temos que fazer
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    uma diferença para para evitar alguma
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    confusão a respeito há três conceitos
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    que precisam ficar Claros aqui a
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    eutanásia a distanásia e a ortotanásia
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    vamos dizer a distanásia
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    diz respeito a procedimentos
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    terapêuticos que procuram prolongar Por
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    meios desproporcionais a vida de um
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    paciente eh em situação de
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    terminalidade a ortotanásia
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    são em regra os meios adotados para o
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    cuidado deste paciente para uma morte
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    mais tranquila com diminuição da dor são
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    os chamados cuidados paliativos e a
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    eutanásia ao contrário das duas outras
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    diz respeito à interrupção e
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    voluntária uma interferência um ato de
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    interferência em alguma algum
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    procedimento terapêutico
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    os casos mais famosos da da
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    jurisprudência dizem respeito a
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    desligamento de de máquinas equipamentos
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    por exemplo vamos tratar um pouquinho
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    disso eh e feita esta esta distinção
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    conceitual eu quero dizer que eu sou
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    contrário à eutanásia e a distanásia é
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    um procedimento em alguns países
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    inclusive considerado eh criminal
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    Ah e em todos eles a dist Ásia o
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    prolongamento Por meios desproporcionais
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    é condenado eh pela ética médica também
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    a eutanásia é um procedimento com o qual
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    eu não concordo e pretendo expor minhas
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    razões e a ortotanasia é aquela que é
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    eticamente permitida mas o senhor não
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    acha que nessa situação o paciente ou as
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    suas famílias não deveriam ter a última
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    palavra quanto querer a continuidade da
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    vida do paciente terminal no caso como
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    fica a liberdade individual nas nessas
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    espot nessas hipóteses cas bem falando
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    de terminalidade da vida e
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    especificamente a eutanásia quero dizer
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    a interferência voluntária em uma
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    determinada terapia ou a sua interrupção
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    com o objetivo de provocar a morte do do
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    paciente há duas situações aí que
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    precisam também ser tiradas da da
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    confusão se um paciente terminal está
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    ligado a equipamentos e ele
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    respira ou se alimenta com 100% de
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    dependência desses
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    equipamentos e não há atestado por uma
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    junta médica nenhuma possibilidade de
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    recuperação no atual estado da ciência o
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    desligamento dos equipamentos não é
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    eutanásia Esse é um procedimento de
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    ortotanásia que é largamente admitido
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    não só pela legislação como pelos
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    códigos de ética médica inclusive em
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    Portugal também no Brasil e em regra há
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    Muita confusão sobre isso isto não é a
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    eutanásia a eutanásia como o caso da da
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    Terry fiser o caso famoso o caso célebre
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    eh também na Itália esse respeito é a
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    Terry
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    Fisher não se alimentava sen não por
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    alimentação enteral E parenteral então
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    era introduzido o o o alimento para ela
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    mas ela respirava e conseguia sobreviver
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    sem ajuda dos equipamentos o caso dela
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    foi eutanásia porque judicialmente se
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    autorizou o
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    desligamento da alimentação do
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    equipamento de alimentação parenteral
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    Claro ela está em coma a paciente ela
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    não vai comer com as mãos ela não vai
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    comer alimentos sólidos alimento como em
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    qualquer terapia para paciente nessa
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    situação tem que ser introduzido através
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    eh e de procedimentos específicos
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    diretamente lá pro estômago dela quando
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    a justiça autoriza o desligamento do
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    equipamento nós estamos diante de
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    eutanásia porque ela morre não por
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    consequência da doença ela morre de fome
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    como qualquer um de nós morreria se não
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    fosse alimentado estas hipóteses de
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    eutanásia são aquelas hipóteses em que
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    há um procedimento específico que
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    interfere Na continuidade da vida
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    daquele paciente ainda que ele seja
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    considerado terminal o o problema
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    aí eu colocaria da seguinte forma
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    Ah nós precisamos ter clareza sobre a
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    hierarquia de bens e A Hierarquia de
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    valores que estão em
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    jogo na tua pergunta me opões liberdade
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    a um bem que nós precisamos considerar
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    como um bem superior que é a
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    vida até porque não há liberdade sem
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    vida o primeiro argumento que eu utilizo
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    em defesa da
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    ilegitimidade e da anti eticidade da
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    eutanásia é a confusão entre estes
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    valores quando o valor liberdade é
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    colocado acima do valor vida o segundo
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    argumento é diretamente ligado ao
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    primeiro o problema de nós considerarmos
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    a liberdade superior à Vida é também que
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    ela
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    envolve a possibilidade Clara de nós
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    começarmos a relativizar o valor da vida
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    humana digo de outra forma a vida humana
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    só vale nesta ou naquela condição a vida
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    humana só vale quando nós somos úteis a
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    vida humana só vale quando estamos
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    ativos qu estamos andando a vida humana
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    só vale quando nós temos
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    eh sensibilidade e capacidade de prazer
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    o problema quando nós relativizamos o
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    valor da vida humana então quando ela
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    não é mais um valor absoluto é que nós
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    não temos mais critério algum para
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    interromper essa
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    relativização e o que eu quero chamar
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    atenção é que todos os grandes regimes
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    políticos do mal ou todas as vezes que
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    nós nos defrontamos com os piores males
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    e os piores horrores da história da
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    humanidade nós estávamos diante de
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    situações que numa escala maior também
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    lidavam com a relativização do valor
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    vida quero dizer a vida humana só vale
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    mas para este grupo a vida humana só
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    vale para aquelas pessoas que são
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    bem-sucedidas ou a vida humana só vale
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    para aquelas pessoas que T capacidade de
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    produção a vida humana só vale para
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    aqueles que são ativos e úteis à
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    sociedade
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    enfim quando nós relativizamos o valor
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    da vida humana Nós perdemos a capacidade
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    de encontrar limites a essa que passa a
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    ser uma
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    ladeira em relação a esse argumento
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    H pedindo a a todos a que considerem uma
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    possibilidade para que nós possamos
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    engajar esse diálogo independente das
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    suas posições pessoais que levem em
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    consideração como se fosse um argumento
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    possível Portanto o seguinte argumento
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    quando falamos de eutanásia em regra nós
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    nos referimos a situações que parecem
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    até românticas
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    ah de uma pessoa que é um homem ou uma
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    mulher média com absoluta capacidade de
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    decisão confrontada por uma situação de
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    terminalidade da Vida em plenas Posses
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    das suas faculdades mentais e que decide
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    em nome da autonomia da vontade da sua
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    liberdade que é plena a colocar fim à
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    sua
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    vida esta não é uma situação ainda que
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    uma uma uma hipótese viável esta não é a
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    situação real quando nós nos defrontamos
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    com o debate sobre eutanásia em países
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    que lidam com sistemas públicos de
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    saúde em que a eutanásia muitas vezes
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    importará na decisão de uma junta médica
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    sobre a continuidade do tratamento ou
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    não de um paciente numa unidade de
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    terapia em
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    intensiva A grande preocupação em
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    relação às autorizações legais por parte
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    do Estado de eutanásia é colocar a
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    decisão sobre a vida humana não a nos
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    ombros daquela pessoa com plena
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    capacidade mental e plena posse das suas
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    faculdades mentais para tomar uma
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    decisão mas que a decisão seja tomada
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    por influência de juntas médicas de
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    técnicos
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    sobre alguém com pouca capacidade de
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    decidir eu não me refiro à pessoas que
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    estão em coma eu me refo me refiro a
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    pessoas ignorantes a pessoas pobres a
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    pessoas que já chegam no Sistema Único
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    de Saúde sem esperança e que tem uma
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    marca de exclusão social e de
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    vitimização extremamente grande não são
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    as pessoas da classe média ou da alta
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    classe média que são estudadas e que T
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    curso superior a grande massa das
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    pessoas atendidas pelos sistemas
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    públicos de saúde não são estas pessoas
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    com plena capacidade
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    cognitiva plena consciência do que
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    acontece mas pessoas que dependem
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    exclusivamente da opinião de outros
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    sobre o que elas devem ou não fazer
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    quando nós transformamos a eutanásia
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    numa autorização legal para que o estado
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    possa fazer isso dentro dos sistemas
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    públicos nós precisamos levar seriamente
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    gravemente estas hipóteses como as
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    hipóteses mais comuns mais cotidianas
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    porque isso não é apenas um uma
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    elucubração apenas um um elucubração sim
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    é um uma ideia abstrata ou uma
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    especulação meramente cerebrina Esta é
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    uma situação real em diversos países que
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    já experimentam a a eutanásia eh e nós
  • 00:11:28
    precisamos levar ess
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    Tá bom
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    obrigada
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