Clóvis Moura contra Gilberto Freyre

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https://www.youtube.com/watch?v=pQwBIHaqtss

Résumé

TLDRO vídeo analisa a confronto de ideias entre Clóvis Moura e Gilberto Freyre, focando na crítica à noção de democracia racial no Brasil. Moura destaca como a narrativa de Freyre minimiza a brutalidade da escravidão, propondo que a realidade histórica é muito mais complexa e violenta do que a idealização apresentada por Freyre. Ele utiliza dados estatísticos para refutar a ideia de que a escravidão no Brasil foi branda, mostrando que a vida dos escravizados era marcada por condições desumanas, alta mortalidade e violências severas. O vídeo advoga pela necessidade de revisitar a história brasileira e não aceitar as verdades ideológicas estabelecidas pela classe dominante.

A retenir

  • 📚 Clóvis Moura critica a visão de Gilberto Freyre sobre a escravidão.
  • ⚖️ O mito da democracia racial é desafiado com dados históricos.
  • 📈 Moura apresenta estatísticas que mostram a brutalidade da escravidão no Brasil.
  • 🌍 A obra de Freyre é vista como uma tentativa de suavizar a história da escravidão.
  • 🏛️ A classe dominante promove uma memória histórica que favorece seus interesses.
  • ✊ A luta de classes é uma constante na história brasileira.
  • 📖 Estudar Freyre é crucial para entender a ideologia dominante no Brasil.
  • 🗣️ Moura desmistifica a ideia de que a escravidão foi menos violenta no Brasil.
  • 🔍 A revisão da história é essencial para reconhecer o papel do povo trabalhador.
  • 💡 O conhecimento crítico é fundamental na análise social e histórica.

Chronologie

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    O vídeo discute a oposição entre as ideias de Clóvis Moura e Gilberto Freyre sobre a escravidão e a democracia racial no Brasil. O apresentador expressa sua gratidão aos apoiadores do canal e menciona seu estudo sobre o livro de Clóvis Moura, 'O Negro: do bom escravo ao mal cidadão', que critica o mito da democracia racial, argumentando que este conceito é uma simplificação que nega a realidade do racismo no Brasil. Moura refuta a ideia de que a escravidão no Brasil foi menos violenta, apresentando dados que mostram a alta mortalidade entre os escravizados e as condições desumanas que enfrentavam.

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    Clóvis Moura argumenta que a narrativa de Gilberto Freyre, que sugere uma relação paternalista entre senhores e escravizados, é uma distorção da realidade. Ele critica a visão de Freyre que minimiza a brutalidade da escravidão, apresentando-a como uma experiência idílica. Moura utiliza dados estatísticos para desmentir a ideia de que a escravidão no Brasil era mais branda, destacando a curta expectativa de vida dos escravizados e as altas taxas de mortalidade infantil, além das violências e torturas que sofriam.

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    O apresentador conclui enfatizando a importância de estudar criticamente as obras de Gilberto Freyre, reconhecendo sua habilidade como intelectual da classe dominante que perpetua uma visão distorcida da história brasileira. Ele ressalta que a desconstrução do mito da democracia racial e da escravidão branda é essencial para entender a luta de classes no Brasil e a necessidade de revisitar as narrativas históricas que marginalizam o papel do povo trabalhador na construção do país.

Carte mentale

Vidéo Q&R

  • Quem é Clóvis Moura?

    Clóvis Moura foi um importante intelectual brasileiro, conhecido por suas críticas à teoria da democracia racial e à glorificação da escravidão no Brasil.

  • Qual o principal argumento de Clóvis Moura contra Gilberto Freyre?

    Moura argumenta que a escravidão no Brasil foi muito mais brutal do que Freyre sugere, desmentindo a ideia de que ela foi uma experiência mais branda.

  • O que é o mito da democracia racial?

    O mito da democracia racial é a ideia de que no Brasil não há racismo, o que é desafiado por Clóvis Moura com base em dados históricos.

  • Por que Gilberto Freyre é criticado?

    Freyre é criticado por sua romantização da escravidão e por sua visão de que os senhores de escravo eram bons, o que minimiza as violações e a violência enfrentadas pelos escravizados.

  • Qual a importância do livro 'O Negro do bom escravo ao mal cidadão'?

    O livro de Clóvis Moura é fundamental para compreender a verdadeira história da escravidão no Brasil e os impactos sociais que isso gera até hoje.

  • Como Moura refuta a visão de Freyre sobre a escravidão?

    Moura utiliza dados estatísticos sobre a mortalidade e as condições de vida dos escravizados para argumentar contra a ideia de uma escravidão mais suave.

  • Qual o impacto das ideias de Gilberto Freyre na sociedade brasileira?

    As ideias de Freyre influenciaram a formação da memória histórica brasileira, promovendo uma visão distorcida da escravidão que favorece a classe dominante.

  • Qual a postura de Clóvis Moura em relação à classe dominante?

    Moura critica a classe dominante por manipular a memória histórica e perpetuar mitos que beneficiam seus interesses.

  • O que Clóvis Moura sugere sobre a luta de classes no Brasil?

    Ele sugere que a luta de classes sempre esteve presente na história brasileira e que é fundamental reconhecer o papel do povo trabalhador.

  • Por que é importante estudar a obra de Gilberto Freyre?

    Estudar Freyre é essencial para entender as construções ideológicas que sustentam a sociedade brasileira e os seus impactos até os dias atuais.

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    salve camaradas o tema do vídeo de hoje
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    é Clóvis Moura contra Gilberto Freyre
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    [Música]
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    a gente começar propriamente tema do
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    nosso trabalho você preferir o pics tá
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    aparecendo aqui como QR Code na tela do
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    vídeo note no processo de estudar muito
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    Clóvis Moura né venho falando cada vez
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    mais do Clóvis Moura e tô lendo um livro
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    dele tá que me acompanha nas redes aí já
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    viu várias vezes eu postando história e
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    falando do livro e é o negro do bom
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    escravo ao mal cidadão uma pergunta esse
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    livro é pensado como uma continuidade do
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    Rebelião das senzalas que é um livro
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    clássico do Clóvis um livro que toda
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    militância do Brasil deve ler hein
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    Clóvis mas assim aviões não posso ler
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    muito não posso levar os livros tô
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    ocupado tenho muito trabalho e
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    transporte menino e criança e cachorro
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    periquito papagaio beleza
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    é isso E aí nesse livro do Clóvis ele
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    faz um debate muito grande o mito da
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    democracia racial E aí o mito da
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    democracia racial ele é muito comentado
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    muito citado mas falta em vários
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    momentos não apreciação mais profunda do
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    que ele significa né que parece para
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    muitas pessoas que o mito da democracia
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    racial é só dizer que não existe racismo
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    no Brasil Brasil é um país gelado que o
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    Brasil não tem racismo e Esse aumento da
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    democracia racial quando na realidade
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    o mito da democracia racial ele tem uma
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    série de componentes ideológicos muito
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    complexos intrigados e diz respeito a
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    uma própria teoria do Brasil para além
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    negar a existência do racismo no país
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    inclusive o Gilberto Freire no caso a
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    Grande Senzala não nega por exemplo a
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    existência do racismo no Brasil que ele
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    diz é que aqui não existe contradições
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    raciais
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    explosivas
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    conflitivas que a questão racial não é
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    determinante na dinâmica dos conflitos
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    políticos de classe na configuração
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    estrutural do Brasil eu vejo muita
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    democracia racial ele parte do
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    pressuposto e o escravo Brasileiro né
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    não lutou pela sua libertação era
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    passivo ele inclusive elemento esse
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    presente na abordagem teria várias
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    marxistas ele pacto pressuposto que
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    existia um elemento distintivo no
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    português enquanto colonizador e o
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    português tinha uma tendência maior
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    integração e promoveu a colonização
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    menos violenta mais humanitária ele tem
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    a noção de que ao final da escravidão e
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    com a proclamação da república o Brasil
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    nunca teve lei segregacionistas O que é
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    E aí pega o Brasil como um espelho
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    invertido dos Estados Unidos Ah aqui
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    nunca teve um conjunto de leis como as
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    leis de um Crown no sul dos Estados
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    Unidos então o Brasil nunca teve uma
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    legislação segregacionista que pô aqui é
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    suave aqui Mc genado e tal ele parte de
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    uma certa leitura do conceito de
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    miscigenação ele parte uma compreensão
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    de que o Brasil é um país e três raças
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    essas três raças conformar a
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    nacionalidade brasileira estão Unidas
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    enfim tem vários e vários elementos
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    conforme o mito da democracia racial e
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    que se expressa na teoria do Brasil uma
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    compreensão do que é o nosso país da
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    história brasileira Então vai muito além
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    do que dizer que o Brasil é um país que
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    não tem racismo porque se fosse isso a
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    gente já tinha derrubado viu
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    muita democracia racial porque aí seria
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    muito fácil bater nela tá ligado mas não
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    é só isso e o Clóvis ele desenvolve uma
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    porrada deliciosa em Gilberto Freire tem
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    Episódio de choque do controle né que
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    eles falam que vão botar os cantor para
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    brigar para brigar vamos botar aqui O
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    Clóvis Moura e o Gilberto Freire para
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    brigar e eu sou Clóvis Moura ele
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    criancinha viu gente esse livro O Negro
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    do bom escravo mal cidadão O Clóvis
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    realiza o combate aspectos da democracia
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    racial
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    principalmente dois e são pares e uma
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    mesma construção ideológica primeiro
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    mito mito que a escravidão no Brasil foi
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    uma escravidão mais Branda foi uma
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    escravidão menos violenta porque o
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    Senhor de Engenho aqui no Brasil tinham
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    até a relação paternal familiar com os
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    escravizados ainda que autoritária ainda
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    que dura em alguns momentos mas uma
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    relação paternal relação idílica ele
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    considerava como da família né E O
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    Clóvis vai mostrando que isso é falso é
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    vai mostrando por exemplo a partir de
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    dados estatísticos que são irrefutáveis
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    o tempo médio de vida uma pessoa
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    escravizadas no Brasil tem um tempo mais
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    de vida de sete anos gente
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    eu imagina o que que é
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    por exemplo você falar não Esse regime é
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    mais Brando é mais tranquilo é até
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    humanitário quando o tempo médio de vida
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    da pessoa era sete anos a pessoa sofria
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    tanto desgaste no trabalho forçado tinha
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    condições de vida tão desumanas que o
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    tempo médio de um escravizado que era
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    trazido a força de África para o Brasil
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    quando chegava no país era sete anos de
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    vida além disso O Clóvis também faz um
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    debate sobre o índice e mortalidade no
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    Brasil dos escravizados então a gente tá
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    falando mortalidade de mais de 30% sabe
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    em algumas fazendas e alguns engenhos
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    falando mortalidade de 80% das crianças
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    negras que nasceram então assim era um
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    regime em que os adultos morriam muito
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    morri nasce que era
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    raríssimo escravizado chegar a 60 anos
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    até por mais de vida de sete anos e que
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    as crianças morriam em massa morriam
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    como mosca sem falar nas violências nas
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    torturas nos contra mulheres
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    mutilações castigos físicos apanhar até
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    a morte morrer de fome de exaustão e
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    tudo isso né então o Clóvis ele desmente
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    com dados estatísticos não dá para
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    procurar uma brandura maior no regime
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    escravagista nos Estados Unidos
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    comparado por exemplo com regime
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    escravagista em Santo Domingo na atual
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    haitia nos Estados Unidos em Cuba ou
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    qualquer outra região que tem um grande
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    contingente de pessoas escravizadas e a
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    partir do bater nesse mito Clóvis bate o
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    mito correto né que é um par necessário
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    escravidão no Brasil era mais Branca
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    porque eles tinham um bom senhor
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    de Engenho
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    no Brasil né de origem Portuguesa de
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    sangue portuguesa adaptado ao
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    lusotropicalismo e aqui eu abro a nota
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    teórica
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    primeiro artigo que eu escrevi na minha
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    vida em 2013 foi sobre o discurso o luso
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    tropicalismo português para dizer que a
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    colonização em África
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    de Portugal era colonização mais Branda
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    mais humanitária menos violenta
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    comparada com a belga com a inglesa com
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    francês e por aí vai sim discurso que o
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    português é diferente né português é um
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    bom colonizador português não é violento
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    aí o senhor no Brasil assimilaram isso
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    eles eram
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    autoritários Às vezes sim mas
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    paternalistas humanistas consideravam os
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    escravos como da família e aí
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    E aí veja gente eu tô Resumindo o
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    argumento viu vocês vão ler isso no
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    livro vocês têm que ler o livro O Negro
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    do bom escravo ao mal cidadão mas aí no
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    livro Vamos ver alguns trechos e povos
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    Moura batendo em Gilberto Freire
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    atendo assim eu fico Contra esse
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    Pernambucano nesse caso nesse caso
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    Pernambuco tá errado hein Tá errado
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    vamos lá na página 106 Olha o que diz
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    Clóvis Moura É a tese mitológica do Bom
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    Senhor e do escravo conformado que no
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    fundo forma uma unidade com a democracia
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    racial e são as duas no conjunto A
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    projeção das relações escravagistas do
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    passado como idílicas
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    o conceito do Bom Senhor tão cara
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    sociólogos como Gilberto Freyre tem
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    passado nos últimos tempos por análise
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    científicas da crítica sociológica e
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    transformou apenas em um desejo
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    saudosista de quem vê a paisagem da
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    varanda da casa grande
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    julgando os escravos como objetos ou
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    seja através dos valores escravistas e
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    na página seguinte 108 diz o Clóvis
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    essas duas racionalizações do Bom Senhor
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    e da democracia racial foram habilmente
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    arquitetadas para apresentar o senhor de
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    escravos como bom motivo pelo qual a
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    escravidão no Brasil teria
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    características suaves é e muito uma
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    análise uma tese justificatória da
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    escravidão e do apelo indireta para que
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    seja conservados os seus remanescentes
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    entre nós Toda obra de Gilberto Freire é
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    um exaltação a escravidão os seus
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    valores ao Senhor desempenho e uma
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    glorificação do escravo passível dócil
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    masoquista para poder traçar
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    convenientemente esse panorâmide dílico
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    Freire usou de um recurso muito hábil
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    transformou a escravidão doméstica da
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    mucama da mãe preta e dos Padres filhos
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    de senhores de Engenho escravas
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    brincando a sombra da casa grande como
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    sendo quadro representativo da
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    escravidão no Brasil Gilberto Freyre
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    causou um grande prejuízo
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    estudo da história brasileira a teoria
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    social brasileira e por isso que a
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    classe dominante amou ele né amou a obra
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    dele que é ele pega a realidade da
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    escravidão doméstica ali ele já suaviza
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    ele já doce fica a realidade da
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    escravidão doméstica e mostra aquela
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    escravidão doméstica como se ela fosse
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    representativo do que é o todo na
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    escravidão do Brasil um experimento
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    desonesto canalha cretino puramente
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    ideológico e que sim é um negócio que é
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    uma Apologia da escravidão é uma
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    Apologia do passado escravista no Brasil
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    e claro a classe dominante de Pernambuco
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    e do Brasil adorou isso na zona norte
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    aquele recife que a região rica da
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    cidade tem Motel Senzala tem prédio com
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    nome de senhor do engenho tem padaria
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    Senzala tem não sei o quê
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    uma verdadeira
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    glorificação do passado escravagista de
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    Pernambuco pelo
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    os ricos e Recife e região há muitos
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    anos atrás 8 anos um arquiteto tava
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    fazendo um TCC sobre monumentos
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    construções e tal fazer uma referência
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    positiva a escravidão em Recife não
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    tenho mais contato com essa arquiteta e
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    não consegui ver a versão final do
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    trabalho de conclusão de curso
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    mas na época quando eu tava lendo
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    trabalhando e dando algumas opiniões ela
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    tem me falado demais de 200 edifícios
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    prédios
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    lugares comerciais E por aí vai um
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    referências positivas a escravidão em
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    Recife
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    mais de 200 é basicamente a maioria
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    deles concentrados nos bairros ricos nas
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    chamadas áreas nobres da cidade né então
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    a classe dominante brasileira do mesmo
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    jeito que os paulistas reivindicam com
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    orgulho saudade nostalgia e
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    floreado os bandeirantes o Borba Gato os
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    paulistas não né a classe dominante
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    Paulista o governo Paulista ideologia
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    oficial do paulistacentrismo em
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    Pernambuco a classe dominante reivindica
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    um passado escravocrata bom idílico que
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    é para ter saudade e faz isso muita
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    partida da reivindicação da obra de
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    Gilberto freyer esqueceu-se
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    deliberadamente ou retratou de forma
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    atenuada e ou deformada da escravidão
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    dos eixos dos Engenhos como escravos
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    trabalhando dia e noite perdendo dedos e
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    mesmo braços na moagem da cana sendo
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    torturados
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    pelo feitor colocados no tronco e mesmo
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    assassinados esqueceu-se de toda a
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    legislação repressora dos instrumentos
  • 00:13:13
    de suplício criados e constantemente
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    usados
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    esqueceu-se da fragmentação das famílias
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    escravas do fato que violavam suas
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    tradições e normas tribais e das duras
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    condições de trabalho em Minas Gerais
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    durante a fase da mineração
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    esqueceu-se do enorme número de
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    suicídios os escravos que fugiam e eram
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    castigados muitas vezes mortos ao serem
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    açoitados especialmente se eram chefes
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    de quilombos esqueceu-se do verdadeiro
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    quadro da escravidão em nosso país tudo
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    isso para que para apresentar o senhor
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    como bom e todo escravo que se revoltava
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    como mal finalmente para inverter a
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    realidade social
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    interpretá-la de acordo com critérios
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    selecionados pela classe senhorial por
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    isso a sociologia de Gilberto Freire é
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    uma sociologia do patológico promovido a
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    um nível de normal e vice-versa
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    é uma sociologia alienada os fatos Por
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    isso mesmo quando analisados
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    cientificamente se encarregam de
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    desmentila
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    Clóvis é muito duro com Gilberto Freyre
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    e aqui eu digo ainda pouco a classe
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    dominante brasileira ela nunca descuidou
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    do papel
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    e dominar e controlar a memória
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    histórica do nosso povo ela sim de fato
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    ela
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    renegamentos da classe trabalhadora
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    acesse praticamente zero a educação a
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    cultura a uma compreensão do que é a
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    própria memória oficial do Brasil é
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    verdade mas os mecanismos de construção
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    da memória oficial elas também ela não
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    brinca em serviço ela consegue traçar
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    uma linha histórica uma perspectiva
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    Nacional burguesa em que ela protege e
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    defende o senhor de Engenho e a
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    escravidão e eu mito das cavidade cria o
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    mito do Bom Senhor queria o mito do
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    português e era um bom colonizador
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    porque ela se enxerga daquele senhor de
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    Engenho Então ela consegue perceber a
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    luta de classes de longa duração
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    histórica e percebe que o burguês hoje É
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    o senhor de Engenho ontem então ela
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    defende abertamente e recruta ótimos
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    intelectuais como Gilberto Freire porque
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    veja gente aqui é duas questões
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    diferentes
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    intelectual conservador reacionário e é
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    tarefa fundamental no processo de criar
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    uma memória daquelas trabalhadora que
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    era uma teoria da revolução brasileira
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    pegar a obra do Gilberto Freyre e fazer
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    de picadinho fazer de carne moída ponto
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    Agora ele era um canalha muito
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    qualificado inteligente erudito e
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    difícil de bater ele tem uma obra
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    gigantesca E como eu disse se o mito da
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    democracia racial fosse só que o Brasil
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    é um país que não tem racismo era muito
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    fácil derrubar mas não é só isso ah todo
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    mundo construto ideológico Ultra
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    complexo e Inclusive pega o Marxismo eu
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    até parei um pouco de falar sobre isso
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    porque eu preciso escrever logo né mas
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    eu quero mostrar como por exemplo um dos
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    pontos fundamentais da democracia racial
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    que era passividade dos escravizados é o
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    que comparece muito na obra de junho
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    sabe
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    não é não é fácil derrubar o constructo
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    ideológico da classe dominante então
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    Gilberto Freire é um cara que a gente
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    tem que estudar de verdade estudar com
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    seriedade porque ele era muito bom era
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    muito bom na função dele que função a
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    função de intelectual orgânico da classe
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    dominante brasileira do conservadorismo
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    brasileiro
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    da reprodução capitalismo independente
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    do racismo brasileiro
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    racista Não beleza tem que
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    desmontar o cara
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    montar o cara e não é fácil não acho que
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    desmontagem de Beto Freire é um passeio
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    no parque Alves Moura faz porque Clóvis
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    Moura era estudou bem os argumentos
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    no livro estatísticos da categoriais de
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    análise Histórica de documentos Clóvis
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    Moura desmonta e junta por a + b o mito
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    da escravidão Brenda e do Senhor Vocês
  • 00:17:38
    precisam ler esse livro e é fundamental
  • 00:17:42
    no processo de compreensão do Brasil a
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    gente
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    revisitar todos os consensos sobre
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    história nacional e todos as verdades
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    que parecem consolidados porque boa
  • 00:17:55
    parte dessas verdades são construções
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    ideológicas da classe dominante para
  • 00:17:59
    negar o papel de protagonista político
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    do Povo Trabalhador na construção
  • 00:18:05
    histórica do Brasil E na possibilidade
  • 00:18:07
    de disputar o futuro desse país é um
  • 00:18:10
    futuro e para mim é a revolução
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    brasileira é isso galera espero que
  • 00:18:15
    vocês tenham gostado do vídeo de hoje do
  • 00:18:16
    canal não se esqueça de escrever no
  • 00:18:18
    canal e ativar o Sininho porque esse
  • 00:18:20
    vídeo compartilhar e tudo isso que você
  • 00:18:23
    já sabem um beijo e até a próxima
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