Antropólogos no Ministério Público parte 1

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https://www.youtube.com/watch?v=2gk0lqYHHw8

Résumé

TLDRNeste vídeo, discutimos a relação entre a Antropologia, a Associação Brasileira de Antropologia (ABA) e o Ministério Público Federal (MPF) no Brasil, com ênfase na atuação dos antropólogos na defesa dos direitos das comunidades tradicionais e indígenas. O palestrante Leonardo Leocadio, um antropólogo com vasta experiência no MPF, apresenta sua trajetória e as interações entre as instituições. Ele menciona o Protocolo de Brasília como um marco importante na institucionalização do diálogo entre a antropologia e o MP, além de destacar o papel dos laudos antropológicos na esfera judicial e os desafios enfrentados devido a questões orçamentárias e políticas. Como resultado, a relação entre as instituições tem um impacto direto na promoção e proteção dos direitos territoriais e culturais das comunidades brasileiras.

A retenir

  • 👥 A antropologia é fundamental para o Ministério Público na defesa de comunidades tradicionais.
  • 📜 O Protocolo de Brasília estabelece diretrizes importantes para a relação entre antropologia e justiça.
  • 📊 O MPF produz cerca de 370 laudos antropológicos anualmente.
  • 🏞️ O reconhecimento e delimitação de terras para comunidades enfrenta desafios significativos.
  • ⚖️ Laudos antropológicos ajudam procuradores a compreender aspectos culturais nas decisões jurídicas.
  • 🤝 O diálogo entre o MPF e a ABA é essencial para a proteção dos direitos indígenas.
  • 📉 Ambas as instituições enfrentam desafios financeiros e administrativos na atualidade.
  • 🔍 A importância da autodeclaração nas identidades étnicas das comunidades.

Chronologie

  • 00:00:00 - 00:05:00

    Na primeira parte, o tema abordado é a relação entre antropologia e o Ministério Público do Brasil, com foco no Protocolo de Brasília. O professor Gabriel apresenta Leonardo Leocadio, um antropólogo associado ao Ministério Público que compartilha sua experiência. O Protocolo de Brasília é discutido como um documento que formaliza a colaboração entre a Associação Brasileira de Antropologia e as instituições públicas sobre direitos de povos indígenas e comunidades tradicionais.

  • 00:05:00 - 00:10:00

    Leo fala sobre sua trajetória no Ministério Público, onde atua como chefe dos antropólogos, destacando a importância da produção de laudos antropológicos e pareceres técnicos. Ele menciona a necessidade de aprofundar esse trabalho em um cenário onde muitos concursos públicos para a posição são muito concorridos, ressaltando a relevância institucional do trabalho que desempenham.

  • 00:10:00 - 00:15:00

    O papel dos laudos antropológicos é detalhado, explicando a diferenciação entre laudos e pareceres técnicos, e a produção anual significativa. Leo menciona que eles trabalham em diversas áreas do direito, com um foco específico nos direitos das comunidades tradicionais e as dificuldades enfrentadas pelo Ministério Público para atender essas demandas adequadamente.

  • 00:15:00 - 00:20:00

    Leo discute a relevância do Protocolo de Brasília, enfatizando que embora seja um documento importante, ele não é tão incisivo quanto outras cartas que abordam diretamente a identidade cultural dos povos. A importância da autoidentificação das comunidades é destacada, reafirmando que a antropologia não deve estabelecer identidades individuais, mas sim evidenciar a estrutura social de grupos.

  • 00:20:00 - 00:25:00

    A discussão segue para o impacto da COVID-19 nas práticas fúnebres das comunidades indígenas, ressaltando a tensão entre as tradições culturais e as restrições impostas pelas leis sanitárias. Leo menciona a necessidade do Ministério Público de entender e respeitar essas tradições ao tomar decisões, o que implica em um desafio ético e profissional para a equipe.

  • 00:25:00 - 00:30:00

    Leonardo narra um pouco sobre a história do Ministério Público em tutelar os direitos de populações tradicionais e como a situação evoluiu desde os anos 80. Ele aponta que muitas reivindicações de reconhecimento territorial precisam ser encabeçadas por ações civis públicas para garantir que a FUNAI atue como deveria, enfatizando problemas estruturais dentro da FUNAI atualmente.

  • 00:30:00 - 00:38:35

    Por fim, Leo detalha a organização interna do Ministério Público e como são distribuídos os antropólogos no Brasil. Ele menciona a centralização em Brasília e a maneira como as demandas são atendidas, apresentando uma perspectiva crítica sobre a dinâmica entre procuradores e antropólogos, notando que o trabalho deles é fundamental, mas frequentemente invisibilizado.

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Vidéo Q&R

  • Qual é o papel dos antropólogos no Ministério Público?

    Os antropólogos atuam na produção de laudos e pareceres técnicos que ajudam os procuradores em questões jurídicas relacionadas a comunidades tradicionais e indígenas.

  • O que é o Protocolo de Brasília?

    É um documento que estabelece diretrizes para a atuação dos antropólogos junto ao Ministério Público, abordando temas relevantes para comunidades indígenas e quilombolas.

  • Como as demandas de reconhecimento territorial chegam ao Ministério Público?

    As demandas são frequentemente iniciadas pelas comunidades que buscam reconhecimento através da FUNAI, mas podem ser levadas ao Ministério Público por meio de ações civis públicas.

  • Quantos laudos antropológicos são produzidos anualmente?

    Em média, o Ministério Público Federal produz cerca de 370 laudos antropológicos por ano.

  • Quais são os desafios enfrentados pelos antropólogos no MP?

    Um desafio significativo é a diminuição do orçamento e a estrutura da FUNAI, que afeta o reconhecimento e a delimitação de terras para comunidades.

  • Como os antropólogos lidam com a legislação durante suas análises?

    Eles apresentam elementos técnicos e culturais aos procuradores para auxiliar na decisão, sem tomar partido em questões legais.

  • O que caracteriza um laudo antropológico?

    Um laudo antropológico é um documento solicitado por procuradores que avalia questões culturais e sociais relacionadas a comunidades específicas.

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    eh bom hoje entramos na na outra unidade
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    e o tema esta relação
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    entre a a
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    antropologia a associação a os
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    antropólogos nucleados na ABA eh e o
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    Ministério Público
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    o texto que para ler hoje e era o
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    protocolo de Brasília que um dos
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    documentos
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    produzidos este diálogo que que se
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    inicia nos anos nos anos 80 entre eh o
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    Ministério Público e a Associação
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    Brasileira de Antropologia
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    eh para discutir este tema até com mais
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    pertinência eh temos como convidado a
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    Leonardo
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    Leocadio
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    eh Leo é aí está e aparece Leo foi um um
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    dos meus primeiros e alunos que eu
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    formei lá na na UnB eh me orgulho dele
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    um tem vocês como crias e faz tudo para
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    que dem certo aí
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    e cuida de vocês e acompanha a
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    trajetória eh e Leo hoje está no no
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    Ministério Público e chefeando a parte
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    de de antropologia
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    então ele está bem por dentro do desse
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    diálogo entre a AVA e o Ministério
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    Público e ide um pouco que ele eh traiga
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    para vocês a experiência esta dele no no
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    dentro do Ministério Público que outro
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    dos órgãos e que a partir da da
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    Constituição atuam no tema da política
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    indígena e com povos tradicionais e
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    quilombolas é eh
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    então eh faço esta breve apresentação
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    depois qualquer coisa voltamos ao
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    protocolo de Brasília que eu suponho que
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    vocês
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    leram eh e tem eh um um um documento
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    bastante sintético 30 páginas eh
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    colocando alguns aspectos relevantes
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    tanto no tema de laudos com comunidades
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    indígenas que onde começou a parceria
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    parceria que posteriormente incluiu o as
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    comunidades quilombolas e e
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    posteriormente outros povos
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    tradicionais eh e o tema deste embate
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    entre essas políticas neoliberais
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    desenvolvimentistas eh e as
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    apropiações eh destes que estes povos
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    tradicionais fazem de seus territórios
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    e também o o protocolo de Brasília traz
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    também algumas considerações eh sobre o
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    tema de patrimônio cultural eh então eh
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    passo a palavra para Leo eh com com
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    orgulho que ele tenha feito um uma boa
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    carreira então Leo pode abrir o
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    microfone e e está com você para fazer
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    eh tua apresentação como combinamos aí
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    destes pontos deste diálogo que a gente
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    já discutiu aquele outro documento a
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    perícia
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    antropológica mais para frente vamos
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    discutir também o documento das canas eh
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    e hoje é o protocolo de Brasília leon
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    com você a palavra tá ótimo eh acho que
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    o professor Gabriel me apresentou bem
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    bom sobre meu histórico é o Gabriel
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    falou bastante né assim e eu me orgulho
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    também de ter tido o professor Gabriel
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    como orientador na na graduação isso já
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    há muitos anos atrás depois eu fiz o
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    mestrado na UnBei o doutorado tem uns 3
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    anos com os machocari também na UnB né
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    atualmente eu tô
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    como chefe dos antropólogos do MPF e
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    também somos um coletivo histórico né
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    somos 30 antropólogos que aí atua na
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    assessoria direta pelos
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    procuradores eh no Brasil todo eh também
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    fiz foi fiz parte da primeira turma do
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    Inca de delimitação de territórios
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    quilombolas lá do digamos assim da DFQ
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    né que era a nossa nossa sigla que ainda
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    é hoje né então a gente auxiliou eu eu o
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    Robertinho de Almeida a gente auxiliou a
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    implementação
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    do do trabalho de delimitação de
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    territórios quilombolas né eu também fiz
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    alguns e trabalhei bastante também
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    consultoria né o Gabriel até já
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    trabalhou
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    comigo ou em alguma medida contra o
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    nosso trabalho né Gabriel brincadeira
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    mas que o Gabriel tava na outra parte do
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    contraditório de certa maneira para para
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    ampliar uma uma segunda parte de uma
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    consultoria grande que a gente fez da o
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    HE Corumba 4 na época que teve
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    impacto eh mas então e meu trabalho
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    basicamente pessoal hoje dentro do
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    Ministério Público o trabalho do
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    Ministério Público em si eh é trabalho
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    com os laudos antropológicos né a gente
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    tem na verdade a gente produz dois tipos
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    de peças né que é o laudo antropológico
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    e o parecer técnico né o que diferencia
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    duas peças é porque o laudo
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    antropológico ele geralmente requer uma
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    requesitação mais específica e e o
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    parecer técnico eh a aquesitação não é
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    tão detalhada são assuntos mais amplos
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    né eh a gente no MPF a gente produz
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    cerca de na em média quase uns 370
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    laudos mais ou menos por por ano né é de
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    diferente oi Gabriel pode falar quantos
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    laudos por ano por volta de 370 mais ou
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    menos
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    eh e é uma carreira como o Douglas
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    perguntou aí é uma
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    carreira é uma carreira
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    eh de concurso público né é um concurso
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    que é muito muito concorrido né
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    geralmente é uma vaga
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    para sei lá 5.000 pessoas 4.000 pessoas
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    né porque a gente a gente tem
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    e hoje entendo tando na chefia que o que
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    a nossa remuneração o nosso e nossa
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    posição é é muito cara é muito cara
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    porque nossa carreira é basicamente uma
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    carreira semelhante ao professor titular
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    da universidade né em eh em termos de
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    remuneração e em termos também de
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    gratificações eh então assim acaba que
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    honera muito o estado eh promover mais
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    mas aí uma notícia boa é que eu pedi
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    sete vagas pro próximo
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    concurso então se se for acontecer o
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    próximo concurso que a gente já tinha
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    previsto na época do do final da da
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    gestão da Dra raquel né que coincidiu
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    com um pouco do início do da gestão do
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    Temer eh da Raquel Dod que seriam sete
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    vagas né e a gente também teve
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    aposentadoria que a gente perdeu umas
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    três vagas de de pessoas que aposentaram
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    então a gente precisa repor a mão de
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    obra e e assim nosso trabalho acaba
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    sendo muito importante
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    institucionalmente né eh
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    porque o Ministério Público ele atua em
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    várias frentes né ele é o fiscal da lei
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    digamos assim então ele atua em várias
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    instâncias né que que a gente chama
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    campos temáticos né ele atua na área
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    criminal ele atua na área de propriedade
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    administrativa que vocês entendem pela
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    Lava-Jato na fiscalização
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    policial eh fiscalização de atos
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    administrativos enfim tem sete áreas
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    chaves que são áreas temáticas né e uma
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    dessas áreas é a área
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    de eh proteção da do direito de
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    comunidades tradicionais né eh essa área
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    é a área que atualmente ficou vinculado
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    como sexta câmara né
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    e a gente constituiu toda a nossa
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    atuação para auxiliar os procuradores
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    que trabalham com a sexta câmara né a
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    princípio a gente ficava muito focado na
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    na própria eh sexta câmara que é um
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    órgão da PGR também além de ser
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    matemática também tem um órgão
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    específico que vocês devem conhecer
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    historicamente a Dra débora do PRA foi
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    coordenadora eh hoje é a Dra elan
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    Torelli eh e aí essa atuação histórica
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    que a gente que a gente fez nesse
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    contexto eh basicamente se dá porque os
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    procuradores precisavam de uma espécie
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    de uma tradição uma tradução cultural né
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    assim eles não compreendiam de certa
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    maneira os valores eh dos grupos nessa
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    na perspectiva de ampliar os direitos
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    deles né então por exemplo um caso
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    clássico né que a gente tá lidando agora
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    com COVID reitos fúnebres né eh cada
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    comunidade tem os seus fúnebres
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    comunidades indígenas né dependendo do
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    contexto vários realizam os próprios
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    ritos e de acordo com a tradição
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    cultural com a cosmologia e tem uma
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    importância enorme pros grupos né só que
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    o COVID ele gera uma barreira sanitária
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    né você não pode por exemplo velar o
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    corpo né aberto né com caixão aberto
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    você não pode e aí criou-se leis
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    municipais e a lei federal para proibir
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    esse tipo de participação coletiva
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    dentro de ritos fúnebres né só que os
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    indígenas estão morrendo e as
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    comunidades querem o corpo por causa da
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    repercussão cosmológica que um que que
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    que não devolver o corpo pode causar né
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    em termos concretos pode
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    causar epidemias outros tipos de
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    epidemias pode causar loucura pode
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    causar vários males atrelados a a a
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    quebra de
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    de perspectiva cosmológica do grupo né
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    por não seguir os rituais né
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    principalmente por lideranças simbólicas
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    né eu tava falando com Edilson agora um
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    pouco sobre
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    o a sobre o a algumas mortes que entre
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    os chicrin que a gente tá trabalhando
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    com a Dra taí Santile né mas é bem nesse
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    contexto e aí o procurador chega e fala:
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    "E aí o que que eu faço
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    antropólogo devo levar o corpo ou não
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    devo levar o
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    corpo?" Nos colocam bem nessa situação
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    né devo permitir que a comunidade faça o
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    trânsito do corpo devo encaminhar de
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    avião ou devo proibir que ela tire o
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    corpo do
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    da do hospital e interre né
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    e e aí a gente vai esclarecer pro
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    procurador por meio de um lado
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    antropológico a gente não vai falar o
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    que ele deve o que não deve fazer a
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    gente tem que ter a exposição bem clara
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    o a antropologia em si em contexto de
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    laudos ela não é uma antropologia do DVC
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    o DBC é o direito né eh que que assume
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    uma posição política a gente esclarece
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    as repercussões por exemplo pra
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    comunidade caso não leve o corpo o que
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    pode ocasionar e e qual a estruturação
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    simbólica que pode ocorrer e social pela
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    ausência de corpo e e aí a gente não tem
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    essa pegada de decidir pelo procurador
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    né a gente só dá elementos para ele
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    pensar e ele decidir porque eh isso se
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    torna muito importante eh pode parecer
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    um pouco assim eh um pouco uma diferença
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    mas eh dentro do processo judicial o o
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    que o que opera é uma questão do
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    contraditório né então assim as partes
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    elas estão para se opor né o Ministério
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    Público é uma parte dentro do processo
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    judicial então se a gente toma uma
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    posição como eh especialista de assumir
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    um um lado assumir uma parte em si
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    dentro do discurso eh esse discurso
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    passa a não ter uma validade eh
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    específica né ele passa a ser
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    desmerecido ele não passa a ser um
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    discurso de autoridade científica em si
  • 00:12:16
    passa a ser uma posição política né e
  • 00:12:19
    então assim a gente tem a gente sempre
  • 00:12:21
    tem toma muito esse cuidado porque a
  • 00:12:23
    posição política é dada pelo procurador
  • 00:12:25
    ele que é operador direito ele que tem
  • 00:12:27
    obrigação de fazer a defesa dos direitos
  • 00:12:29
    dos povos indígenas né então assim ele
  • 00:12:32
    que tem que assumir esse ônus político
  • 00:12:34
    né nesse caso de falar se o corpo vai ou
  • 00:12:36
    não vai né é uma é uma questão de uma
  • 00:12:40
    dimensão bem bem tênue bem problemática
  • 00:12:44
    assim né
  • 00:12:45
    para eles é claro que eles querem que a
  • 00:12:47
    gente fale que vai ou não vai né que já
  • 00:12:49
    tira esse peso enorme né mas a gente
  • 00:12:52
    sempre tem que ter eh essa referência aí
  • 00:12:55
    o protocolo de Brasília é muito
  • 00:12:56
    interessante nesse sentido e e acho que
  • 00:13:00
    vários outros né mas assim mas
  • 00:13:01
    particularmente eu gosto muito tá até
  • 00:13:03
    comentando antes com o Gabriel da carta
  • 00:13:05
    da de da da Ponta de Canes que que pra
  • 00:13:09
    gente acho que é até mais importante que
  • 00:13:11
    o protocolo de Brasília porque o
  • 00:13:12
    protocolo de Brasília
  • 00:13:14
    delimita os temas de forma muito geral o
  • 00:13:18
    protocolo el o a carta ela já é mais
  • 00:13:20
    incisiva por exemplo a questão da
  • 00:13:22
    identidade ela mais visisiva que que a
  • 00:13:24
    gente que antropologia não dá eh eh
  • 00:13:28
    atestado individual de identificação eh
  • 00:13:31
    étnica né que quem que a gente não
  • 00:13:33
    substitui a convenção 69 quem quem quem
  • 00:13:36
    se autoatribui é a própria comunidade né
  • 00:13:40
    o que que a gente
  • 00:13:41
    pode demonstrar é aí pegando um pouco o
  • 00:13:45
    Robertão que o Roberto Cardo de Oliveira
  • 00:13:48
    né que o professor Gabriel cita bastante
  • 00:13:51
    que
  • 00:13:52
    é a nossa grande referência clássica eh
  • 00:13:56
    o que que a gente pode mostrar é a
  • 00:13:57
    gramaticalidade daquela identidade
  • 00:13:59
    social dentro do contexto em que a que
  • 00:14:01
    em que a pessoa se identifica né eh o
  • 00:14:05
    que que a gente demonstra isso mas a
  • 00:14:07
    gente não fala se é ou não é indígena
  • 00:14:09
    por exemplo se é ou não é quilambola por
  • 00:14:11
    direito isso é uma questão muito forte
  • 00:14:13
    assim eh porque isso gera a
  • 00:14:16
    circunscrição a
  • 00:14:18
    jurisprudência se é indígena o
  • 00:14:20
    Ministério Público pode
  • 00:14:22
    trabalhar se o Ministério Público
  • 00:14:24
    Federal se não é vai ser o Ministério
  • 00:14:26
    Público Estadual por exemplo isso gera
  • 00:14:29
    uma diferença no acesso do direito
  • 00:14:31
    enorme né porque as abordagens são bem
  • 00:14:34
    diferentes né e e essa é uma questão
  • 00:14:37
    ética que a gente tem que sempre tá tá
  • 00:14:41
    tá bastante ligado né bom é isso mais ou
  • 00:14:46
    menos pessoal acho que eu vou abrir
  • 00:14:47
    paraa discussão que aí eu vou
  • 00:14:49
    respondendo as questões fica mais fácil
  • 00:14:50
    para vocês visualizarem como a gente
  • 00:14:52
    trabalha e discutir melhor né
  • 00:14:57
    eh Leo eh conta um pouco como foi este
  • 00:15:01
    este diálogo que que se
  • 00:15:03
    iniciou eh na época da Manuela Carneira
  • 00:15:06
    da Cúia fim dos 80 e que resultou nestes
  • 00:15:09
    diversos eh protocolos como é esta
  • 00:15:13
    interação
  • 00:15:16
    não sei
  • 00:15:20
    e e depois a gente eh em 96 assim a
  • 00:15:25
    gente começou a a Ângela e tava como
  • 00:15:29
    contratada e aí veio a Fernanda e a
  • 00:15:33
    Elane já os já os primeiros antropólogos
  • 00:15:36
    assim já vinculados à sexta câmara né
  • 00:15:39
    nessa época ainda eh o Ministério
  • 00:15:42
    Público era uma coisinha em 2000 ele
  • 00:15:44
    teve uma ampliação e aí a gente foi
  • 00:15:46
    absorvendo mais antropólogos né e aí
  • 00:15:49
    formou-se consolidou-se a sexta câmara
  • 00:15:52
    aí nessa época a Dra raquel Dodge que
  • 00:15:54
    que foi PGR a Dra débora do Pra já era
  • 00:15:57
    as as coordenadores na época e aí a
  • 00:16:01
    gente ficou um tempo boa parte
  • 00:16:03
    trabalhando junto com a Dra débora eh né
  • 00:16:06
    nessa perspectiva de nessa pegada de
  • 00:16:08
    defesa dos direitos né eu trabalhei 4
  • 00:16:11
    anos com a Dra débora do Prá
  • 00:16:13
    eh trabalhei com a Dra raquel Raquel de
  • 00:16:17
    um ano mais ou menos
  • 00:16:20
    eh e acho que dos mais simbólicos acho
  • 00:16:23
    que vocês vocês lembram são esses né e
  • 00:16:25
    trabalhei também com a Dra elena Torelli
  • 00:16:27
    que hoje tá na sexta câmara eh então
  • 00:16:30
    assim basicamente observando o trabalho
  • 00:16:33
    delas no dia a dia era um trabalho ainda
  • 00:16:36
    era um eu chamo fase heróica né fase
  • 00:16:39
    heroica do direito né porque assim
  • 00:16:42
    eh não era um trabalho muito técnico era
  • 00:16:44
    um trabalho quase político né em que a
  • 00:16:47
    em que os procuradores
  • 00:16:50
    eram eram chamados para potencializar a
  • 00:16:53
    voz do direito das comunidades então
  • 00:16:55
    assim no ano 2000 2000 e pouco a partir
  • 00:16:58
    do ano
  • 00:16:59
    20002 mais ou menos
  • 00:17:02
    2003 a coisa mudou um pouco sabe terve
  • 00:17:04
    um escalonamento de de digamos assim a
  • 00:17:08
    burocracia no estado para eh essa área
  • 00:17:12
    ela
  • 00:17:12
    se potencializou né então assim uma
  • 00:17:16
    pegada mais heróica que era essa pegada
  • 00:17:18
    acabou não sendo tanto eficaz porque
  • 00:17:21
    eram muitos casos né hoje são muitos
  • 00:17:23
    casos né e aí o Ministério do Meio
  • 00:17:25
    Público ele puf ampliou de tamanho né
  • 00:17:28
    hoje a gente
  • 00:17:30
    tem
  • 00:17:31
    eh hoje a gente tem mais de 1200
  • 00:17:33
    procuradores né então a gente tem cerca
  • 00:17:36
    de uns 100 procuradores exclusivos para
  • 00:17:40
    trabalhar a área de comunidades
  • 00:17:43
    tradicionais né povos e comunidades
  • 00:17:44
    tradicionais
  • 00:17:46
    então a quantidade de produção eh de
  • 00:17:50
    trabalho é gigantesca assim porque a
  • 00:17:53
    gente não lida só com a questão
  • 00:17:54
    territorial a gente lida com todas as
  • 00:17:56
    questões né envolvendo as direito das
  • 00:17:58
    comunidades então a gente lida com saúde
  • 00:18:01
    a gente lida com educação a gente lida
  • 00:18:03
    com os grandes empreendimentos a gente
  • 00:18:04
    lida com identidade e cada procurador
  • 00:18:07
    tem por volta de 500 a 1000 processos né
  • 00:18:11
    eh procedimentos administrativos que que
  • 00:18:14
    lidam com a temática né e é claro que
  • 00:18:18
    nem todos eles pedem lá antropológico em
  • 00:18:20
    si né nem todos eles precisam de
  • 00:18:22
    acompanhamento técnico porque os
  • 00:18:23
    procuradores também já têm uma
  • 00:18:24
    qualificação boa nesse sentido mas em
  • 00:18:27
    boa parte eles precisam né e aí ele e aí
  • 00:18:31
    ele solicita por meio de um sistema eh
  • 00:18:34
    esses pareceres pra gente eu avalio a
  • 00:18:37
    demanda dos procuradores vejo se é
  • 00:18:40
    pertinente antropologicamente se a gente
  • 00:18:41
    pode responder e aí eu distribuo e
  • 00:18:44
    administro entre a equipe o os pareceres
  • 00:18:48
  • 00:18:50
    eh basicamente hoje é esse trabalho que
  • 00:18:52
    a gente faz né então é um pouco
  • 00:18:55
    diferente não sei
  • 00:18:57
    se se fui claro ou se mas acho que é
  • 00:19:00
    muito diferente do que vocês imaginam né
  • 00:19:07
    leon eu queria colocar no na tua fala e
  • 00:19:11
    você falam os os antropólogos no
  • 00:19:13
    Congresso na constituinte e sim
  • 00:19:16
    antropólogos estiveram mas também tem um
  • 00:19:18
    papel importante o movimento indígena
  • 00:19:21
    que um um outro ator que que se
  • 00:19:23
    constitui aí na década dos 80 eh e a
  • 00:19:27
    constituinte eh um pouco quebra essa
  • 00:19:31
    tradição tutelar e que permeava o SPI
  • 00:19:35
    permeia a FUNAI eh e aparece aí o
  • 00:19:39
    Ministério Público como outro órgano
  • 00:19:42
    comprometido na realização dos direitos
  • 00:19:45
    e na construção da desta cidadania
  • 00:19:48
    destes povos tradicionais eh então um
  • 00:19:51
    pouco esse a importância a
  • 00:19:54
    relevância eh e eu
  • 00:19:56
    queria que coloques um pouco como é que
  • 00:20:00
    chegan essas demandas no Ministerio
  • 00:20:02
    Público são os procuradores que pedem eh
  • 00:20:07
    ou seja porque sabemos que está cheio de
  • 00:20:11
    conflitos eh ou seja temos um outro
  • 00:20:14
    colega aqui que que está Diogo está
  • 00:20:16
    trabalhando com Tenara e Tenara e com o
  • 00:20:19
    tema de estrada
  • 00:20:20
    linha de ferro ferrocar que cortan terra
  • 00:20:25
    indígena está aí que podes colocar um
  • 00:20:28
    pouco a cita que está trabalhando
  • 00:20:35
    e bom e Leonardo professor tá tem uma
  • 00:20:39
    pergunta aqui no no chat que eu queria
  • 00:20:42
    também saber o Douglas pergunta assim:
  • 00:20:44
    "O que eu queria saber com mais
  • 00:20:46
    profundidade o que seria um laudo
  • 00:20:48
    antropológico que é relatado nele tô
  • 00:20:51
    perguntando isso porque a nossa
  • 00:20:52
    comunidade foi reconhecida aqui em
  • 00:20:54
    Trindade comunidade quilombola e eu
  • 00:20:57
    nunca soube que tinha nesse
  • 00:20:58
    laudo porque assim a gente nunca ficou
  • 00:21:02
    sabendo e eu tenho muita curiosidade
  • 00:21:04
    para saber
  • 00:21:06
    então assim eu eu tenho que esclarecer
  • 00:21:08
    que é uma diferença né vamos lá
  • 00:21:11
    eh existe laudo relatório e e pareceres
  • 00:21:16
    digamos assim o laudo ele o laudo
  • 00:21:22
    assim de forma geral pro judiciário ele
  • 00:21:25
    ocorre na seguinte forma eh suponhamos a
  • 00:21:29
    comunidade sua comunidade eh eh pleteia
  • 00:21:32
    que tenha um reconhecimento como
  • 00:21:34
    quilombola
  • 00:21:36
    e aí o Inca não faz e esse
  • 00:21:39
    reconhecimento e tem um fazendeiro que
  • 00:21:41
    contesta que vocês são
  • 00:21:43
    quilombola né e aí o que o que que
  • 00:21:46
    ocorre o Ministério Público ele
  • 00:21:49
    entra eh na defesa do direito da
  • 00:21:52
    comunidade então ele vai e a
  • 00:21:55
    autodeclaração da comunidade é
  • 00:21:56
    suficiente e ele pede elementos para que
  • 00:22:00
    a gente visualize se a comunidade tem
  • 00:22:02
    tem uma organização social que poderia
  • 00:22:04
    remeter eem uma identificação a
  • 00:22:06
    quilombos então ele solicita um um um
  • 00:22:10
    parecer nosso né digamos assim para os
  • 00:22:12
    antropólogos né um procurador solicita
  • 00:22:15
    um parecer para que entre com uma ação
  • 00:22:17
    civil pública de que obrigue o o Incra
  • 00:22:20
    ou a Fundação Cultural Pamares
  • 00:22:22
    reconhecer a comunidade como quilombola
  • 00:22:24
    né e por outro lado o fazendeiro ele não
  • 00:22:27
    quer o reconhecimento então ele entra no
  • 00:22:31
    no judiciário falando e geralmente com
  • 00:22:34
    peças de direito bem bem com a concepção
  • 00:22:38
    de que quilombo é o quilombo histórico
  • 00:22:41
    aquele quilombo frigorificado que o
  • 00:22:44
    Alfredo Wagner fala
  • 00:22:46
    eh e aí e aí fica vai pro juízo e aí o
  • 00:22:51
    juízo ele nomeia um perito em juízo para
  • 00:22:57
    eh dirimir essa dúvida se é se se ali
  • 00:23:00
    existe uma comunidade de quilombola que
  • 00:23:01
    se autoidentifica como quilombola ou não
  • 00:23:04
    né e aí o
  • 00:23:07
    o Ministério Público entra como uma das
  • 00:23:10
    partes nesse caso a gente fez um parecer
  • 00:23:12
    pro Ministério Público entrar com ação
  • 00:23:13
    civil pública paraa defesa do direito e
  • 00:23:16
    depois o Ministério Público em termos no
  • 00:23:18
    no quando tá judicializada isso eh acaba
  • 00:23:21
    que ele ele nos nomeia como assistente
  • 00:23:24
    técnico ou seja ele nome um por exemplo
  • 00:23:28
    Dr ele nomeia o Dr
  • 00:23:30
    gabriel Gabriel Alves como
  • 00:23:34
    um como um perito do juízo e aí ele me e
  • 00:23:38
    me nomeia como o o cara do Ministério
  • 00:23:41
    Público que vai avaliar o trabalho do
  • 00:23:44
    do do professor e aí também nomeia um
  • 00:23:49
    perito de injuíz um assistente técnico
  • 00:23:52
    por parte do fazendeiro e aí a gente faz
  • 00:23:57
    um laudo dando avalo ou testando algum o
  • 00:24:00
    a abordagem a metodologia que o
  • 00:24:02
    professor Gabriel usou nesse laudo
  • 00:24:05
    judicial então só para
  • 00:24:08
    resumir o laudo ele existe várias etapas
  • 00:24:11
    né o laudo judicial é esse laudo final
  • 00:24:13
    quando é pedido pelo juízo mas até
  • 00:24:16
    chegar no laudo judicial precisa-se de
  • 00:24:18
    um embasamento técnico que são laudos
  • 00:24:21
    antropológicos que o que o procurador
  • 00:24:24
    pede pra gente realizar
  • 00:24:26
    eh durante o esse
  • 00:24:29
    esse desenvolvimento desse procedimento
  • 00:24:31
    técnico né a gente chama isso etapa
  • 00:24:34
    extrajudicial então etapa judicial com
  • 00:24:37
    nomeação do juízo do perito em juízo
  • 00:24:40
    etapa extrajudicial com desenvolvimento
  • 00:24:43
    da da ação civil pública por parte da
  • 00:24:46
    MPF com base nas informações que a gente
  • 00:24:48
    vai dando para
  • 00:24:50
    procurador não sei se foi
  • 00:24:53
    claro e aí especificamente se como
  • 00:24:57
    ocorre o laudo antropológico aí é de
  • 00:24:59
    acordo com o tema né se for um laudo de
  • 00:25:02
    por exemplo de delimitação de território
  • 00:25:04
    quilombola
  • 00:25:06
    eh é complicado porque a gente não faz
  • 00:25:08
    delimitação quem faz é o incra né eh em
  • 00:25:12
    alguns casos a gente até chegou a doar
  • 00:25:14
    porque dentro da instução de serviço
  • 00:25:16
    dentro da IN 49 agora 57 existe
  • 00:25:20
    possibilidade de doação de de laudos
  • 00:25:22
    antropológicos de limitação mas o ideal
  • 00:25:24
    é que o Incra mesmo faça a delimitação e
  • 00:25:28
    aí os laudos que a gente faz é para
  • 00:25:30
    embasar o procurador a obrigar o Incra
  • 00:25:34
    ou a FUNAI a fazer esse laudo né em si
  • 00:25:38
    então isso difere de muito contexto
  • 00:25:40
    assim tem inúmeros contextos inúmeros
  • 00:25:43
    povos e aí a gente é bem interessante
  • 00:25:46
    porque a antropologia é isso né a
  • 00:25:47
    antropologia não ela não se restringe a
  • 00:25:49
    um tema né a antropologia ela é muito
  • 00:25:50
    ampla né então é o legal é que boa parte
  • 00:25:54
    da formação que a gente tem ela é
  • 00:25:57
    plenamente utilizada né e e a gente
  • 00:26:01
    também só não lida só com comunidades
  • 00:26:03
    tradicionais né em alguns casos a gente
  • 00:26:05
    por exemplo atua em tráfico de pessoas
  • 00:26:09
    eh em algumas situações criminais em si
  • 00:26:12
    então assim
  • 00:26:14
    é é um é um campo desafiador assim é
  • 00:26:17
    muito legal trabalhar com com direitos
  • 00:26:24
    né eh bom eu queria bom eh agradecer a
  • 00:26:28
    questão da Marta martes daqui de
  • 00:26:30
    Trindade um quilombo urbano você fala
  • 00:26:32
    fazendeiro não se fazendeiro que faz a
  • 00:26:36
    contraparte eh uma das coisas aparecia
  • 00:26:38
    também no protocolo de Brasília e quando
  • 00:26:41
    colocam que bom fazer o trabalho de
  • 00:26:43
    campo com a contraparte do fazendeiro
  • 00:26:46
    não dá certo porque inibe as testemunhas
  • 00:26:50
    dá problemas recomendações que uno faz a
  • 00:26:52
    pesquisa pois o outro faz e encontra no
  • 00:26:55
    no final
  • 00:26:57
    eh vimos que muitos destes conflitos eh
  • 00:27:01
    são gerados por projetos de
  • 00:27:04
    desenvolvimento eh se estradas inclusive
  • 00:27:06
    você fal estradas a primeira lembra
  • 00:27:09
    Rondon era a linha de telégrafos de Mato
  • 00:27:11
    Grosso
  • 00:27:13
    Amazonas era também uma questão de
  • 00:27:15
    comunicação
  • 00:27:17
    eh mas estamos falando eh das políticas
  • 00:27:22
    de de
  • 00:27:23
    compensação e que muitas vezes grandes
  • 00:27:27
    eh um um outro ponto que a gente
  • 00:27:30
    discutiu no curso esta questão do do
  • 00:27:34
    colonialismo
  • 00:27:35
    interno
  • 00:27:38
    eh não vi aí o chat eh e esse impacto de
  • 00:27:44
    dessa relação colonial nos povos
  • 00:27:47
    indígenas que têm um um contato mais
  • 00:27:50
    prolongado
  • 00:27:52
    especificamente estamos falando do tema
  • 00:27:54
    dos povos indígenas do do Nordeste que
  • 00:27:57
    sofreram com os aldeamentos as missões
  • 00:28:01
    eh enfim se
  • 00:28:04
    reterritorialização que esmagou
  • 00:28:06
    identidades e tradições e e as demandas
  • 00:28:10
    que estão acontecendo de
  • 00:28:13
    reconhecimento destes povos indígenas e
  • 00:28:16
    essas demandas temos aqui inclusive
  • 00:28:19
    Joana Porto que é alumna que é liderança
  • 00:28:21
    lá de um de um povo lá no Piauí minha
  • 00:28:24
    pergunta é se essas demandas por
  • 00:28:26
    reconhecimento chegam ao Ministério
  • 00:28:29
    Público ou não só pela FUNAI como é o
  • 00:28:32
    tema este estas instâncias de
  • 00:28:34
    reconhecimento
  • 00:28:37
    né esse é um ponto que a gente que é um
  • 00:28:40
    ponto de discussão bem atual né na
  • 00:28:41
    verdade né assim a gente tá a gente lida
  • 00:28:44
    muito com isso passa pelo Ministério
  • 00:28:45
    Público
  • 00:28:47
    né em si toda demanda de delimitação
  • 00:28:50
    geralmente porque o que que ocorre em
  • 00:28:52
    termos práticos a comunidade ela tem a
  • 00:28:54
    demanda aí pede para FUNA e fazer o o
  • 00:28:58
    relatório técnico de identificação né
  • 00:29:01
    relatório
  • 00:29:02
    circunstanciado eh primeiro forma assim
  • 00:29:05
    um um grupo né um GT e aí a FUNAI
  • 00:29:09
    deveria fazer mas o que ocorre hoje na
  • 00:29:12
    prática na FUNAI a FUNAI ela tem cerca
  • 00:29:17
    de
  • 00:29:19
    480 mais ou menos demandas de
  • 00:29:21
    reconhecimento que nunca formou
  • 00:29:24
    GT né então assim a a Funa vem desde a
  • 00:29:28
    gestão do governo da Dilma ela vem
  • 00:29:31
    perdendo o orçamento
  • 00:29:33
    progressivamente e hoje ela chegou num
  • 00:29:35
    orçamento muito irrisório né e com
  • 00:29:38
    várias entradas e basicamente não tá
  • 00:29:41
    ocorrendo a desde o início do governo
  • 00:29:43
    Bolsonaro desde o tema na verdade
  • 00:29:47
    nenhum nenhuma delimitação territorial
  • 00:29:49
    em si né mas o que ocorria e antes
  • 00:29:53
    dentro do governo da Dilma e um pouco
  • 00:29:54
    depois era que e aí os os GTs que foram
  • 00:29:59
    que ocorreram foram todos nessa
  • 00:30:02
    pegada é que a gente obrigava a formação
  • 00:30:04
    do GT por meio de uma ação civil pública
  • 00:30:07
    então a gente obrigava em juízo que a
  • 00:30:09
    que a FUNAI eh reconhecesse e formasse o
  • 00:30:12
    GT de delimitação né
  • 00:30:14
    eh hoje a gente tem cerca de 52 ações
  • 00:30:19
    ganhas já em juízo que manda a FUNAI
  • 00:30:23
    formar GT né então assim eh a FUNA
  • 00:30:28
    entrou num num colapso estrutural né e
  • 00:30:31
    nessa nessa gestão piorou muito né por
  • 00:30:34
    causa da do caráter da pegada que eles
  • 00:30:37
    estão dando né inclusive os dois últimos
  • 00:30:39
    GTs que que ocorreram o a formação
  • 00:30:44
    do do do GT e a coordenação do GT que
  • 00:30:47
    era para ser do antropólogo eles
  • 00:30:49
    colocaram os antropólogos vinculados aos
  • 00:30:52
    fazendeiros né os antropólogos fake
  • 00:30:55
    antropólogos né digamos assim e e aí a
  • 00:30:59
    gente entrou até com uma ação sobre isso
  • 00:31:01
    e ele argumentou que não a antropologia
  • 00:31:03
    não é umação eh regularizada
  • 00:31:06
    se assemelhar o jornalismo então por
  • 00:31:09
    isso a gente pode colocar quem se quem
  • 00:31:12
    tem o notório saber
  • 00:31:14
    em antropologia mas que não tem formação
  • 00:31:18
    né então esse é o estado da arte que a
  • 00:31:21
    gente tá hoje né hoje tá o
  • 00:31:23
    reconhecimento territorial tá num na
  • 00:31:25
    pior etapa histórica desde da
  • 00:31:27
    Constituição de 88 assim eh a gente no
  • 00:31:32
    Ministério Público
  • 00:31:33
    Federal para pautar os procuradores a
  • 00:31:35
    gente fica procurando alternativas né em
  • 00:31:38
    si alternativas que
  • 00:31:39
    vão em inúmeras outras situações né em
  • 00:31:43
    algumas nem passam
  • 00:31:45
    pela pela demarcação em si né por
  • 00:31:48
    exemplo uma das questões que a gente
  • 00:31:49
    volta é para em alguns empreendimentos
  • 00:31:52
    por exemplo é colocar como compensação a
  • 00:31:55
    a aquisição de terras mesmos e a e a
  • 00:31:57
    doação para paraa comunidade
  • 00:32:00
    né eh em áreas deserritorializadas né
  • 00:32:04
    que é uma coisa um tanto
  • 00:32:06
    até contraproducente porque não na barca
  • 00:32:08
    a territorialidade da comunidade não é
  • 00:32:10
    uma coisa ideal mas é uma coisa
  • 00:32:12
    emergencial né hum se a comunidade não
  • 00:32:15
    consegue nenhum mínimo para sobreviver
  • 00:32:17
    dentro de um
  • 00:32:18
    território eh o empreendedor pelo menos
  • 00:32:22
    tem que garantir isso né então assim a
  • 00:32:24
    gente trabalha bastante com
  • 00:32:25
    reconhecimento a gente tem muita muitas
  • 00:32:28
    ações assim historicamente a gente tem
  • 00:32:31
    uma boa atuação nessa área mas hoje a
  • 00:32:34
    conjuntura tá tá bem difícil
  • 00:32:36
    assim vamos ver se melhora um pouco né
  • 00:32:42
    ten uma pergunta professor e Leonardo
  • 00:32:45
    posso
  • 00:32:49
    fazer numa das aulas o professor ele
  • 00:32:52
    mencionou não na verdade ele afirmou que
  • 00:32:56
    tem mais antropólogo em Brasília do que
  • 00:32:59
    na região amazônica eu queria que tu
  • 00:33:00
    falasse um pouco da distribuição dos
  • 00:33:03
    antropólogos do Ministério Público
  • 00:33:04
    Federal pelo Brasil eu não sei quantos
  • 00:33:06
    no norte tem quantos no Nordeste tem ou
  • 00:33:09
    se fica concentrado mesmo em Brasília e
  • 00:33:12
    por a concentração dos antropólogos
  • 00:33:14
    federais se é que fica em Brasília mesmo
  • 00:33:18
    entendeu espera brasília Rio e São
  • 00:33:22
    Paulo que não saem da cidade
  • 00:33:26
    eu queria entender assim a distribuição
  • 00:33:29
    dos antropólogos do Ministério Público
  • 00:33:30
    Federal no Brasil como é que onde que
  • 00:33:32
    eles estão concentrados não a princípio
  • 00:33:34
    a gente tava bem distribuído né quando a
  • 00:33:37
    gente começou até no no primeiro nos
  • 00:33:39
    primeiros concursos que ampliou haviam
  • 00:33:41
    cerca de seis antropólogos em Brasília e
  • 00:33:44
    o resto estava distribuído no Brasil né
  • 00:33:46
    eu por exemplo fui antropólogo em
  • 00:33:47
    Roraima durante 3 anos né eh tem
  • 00:33:50
    antropólogo em Manaus tem antropólogo em
  • 00:33:52
    Belém em Santarém tem antropólogo em
  • 00:33:55
    acho que você talvez tenha até conhecido
  • 00:33:57
    o Valdenir que trabalhou muito tempo lá
  • 00:33:59
    o
  • 00:34:00
    Rafael no Pará
  • 00:34:03
    anolo Nordeste na Bahia enfim tem uma
  • 00:34:07
    distribuição
  • 00:34:09
    assim mais ou menos né depois que a
  • 00:34:12
    gente que assim a gente teve uma
  • 00:34:14
    modificação institucional né a gente
  • 00:34:16
    trabalhava eh de uma forma um pouco mais
  • 00:34:20
    artesanal historicamente que era o
  • 00:34:22
    seguinte eh a gente se vinculava a um
  • 00:34:25
    gabinete então em Roraima tem um
  • 00:34:27
    gabinete que cuida dos ianomames dos
  • 00:34:30
    macchis dos
  • 00:34:32
    oimiari e aí a gente se vinculava
  • 00:34:35
    diretamente para auxiliar o procurador
  • 00:34:36
    nesse gabinete que cuida de desses povos
  • 00:34:39
    todos né e aí a gente ficava lotado no
  • 00:34:41
    gabinete né e havia uns peritos dotados
  • 00:34:44
    na sexta câmara que que eram poucos né
  • 00:34:47
    eram uns seis mais ou menos que aí
  • 00:34:48
    auxiliava diretamente a a sexta câmara
  • 00:34:51
    como órgão de coordenação em em ações
  • 00:34:54
    mais amplas mas aí em 2015 aí de 2016 a
  • 00:34:59
    gente formou-se uma secretaria de
  • 00:35:01
    perícia no MPF e aí a gente ficou
  • 00:35:04
    vinculado a essa secretaria e aí formou
  • 00:35:07
    a gente se desinclou da sexta câmara e
  • 00:35:10
    aí formou hoje o a estrutura que é hoje
  • 00:35:12
    né que tem o secretário de perícia e tem
  • 00:35:16
    o os gestores temáticos eu sou um gestor
  • 00:35:19
    temático em antropologia tenho um gestor
  • 00:35:20
    temático em economia e tenho um tem
  • 00:35:24
    outras especialidades né em agronomia
  • 00:35:27
    enfim cada perito trabalha dentro de uma
  • 00:35:29
    assessoria
  • 00:35:30
    temática e aí a gente meio que
  • 00:35:32
    concentrou eh os peritos ou tentou
  • 00:35:35
    concentrar os peritos mais na capital
  • 00:35:37
    porque aí a gente pegou uma distribuição
  • 00:35:38
    nacional né ao invés do da gente ficar
  • 00:35:41
    vinculado ao gabinete hoje chega uma
  • 00:35:43
    demanda de perícia pra gente eh de
  • 00:35:47
    qualquer lugar do Brasil e aí a gente
  • 00:35:49
    viaja para atender essa demanda em
  • 00:35:50
    qualquer lugar do Brasil então assim até
  • 00:35:53
    se tornou mais barato o atendimento por
  • 00:35:56
    porque o translado da capital é mais
  • 00:35:59
    fácil do que se você tá no interior né
  • 00:36:01
    ainda existe os peritos no nas
  • 00:36:03
    localidades brasília não concentrou
  • 00:36:05
    todos né por exemplo existe ainda
  • 00:36:06
    peritos em Manaus em Hororaima mas aí
  • 00:36:09
    mesmo esses peritos estão sujeitos a uma
  • 00:36:10
    distribuição nacional porque a ideia é o
  • 00:36:12
    seguinte acabou a demanda em Hororaima
  • 00:36:14
    perito vai ficar sem fazer
  • 00:36:16
    nada não a gente vai distribuir uma uma
  • 00:36:18
    demanda em Belém uma demanda em Manaus e
  • 00:36:22
    e aí a gente criou esse esse fluxo de de
  • 00:36:25
    pedidos periciais por um lado assim tem
  • 00:36:28
    seus pontos positivos negativos né por
  • 00:36:30
    um lado a gente pode trabalhar mais com
  • 00:36:32
    produto técnico com parecer em si né a
  • 00:36:35
    gente não fica vinculado ao ao
  • 00:36:37
    procurador a gente é vinculado ao tema e
  • 00:36:39
    à pergunta que o procurador quer
  • 00:36:40
    responder né nesse sentido fica muito
  • 00:36:43
    mais antropológico na nossa atuação né
  • 00:36:46
    porque é como se fosse uma pergunta de
  • 00:36:48
    tese algumas vezes né aí ou uma pergunta
  • 00:36:51
    de uma monografia que a gente tem que
  • 00:36:52
    responder antropologicamente e essa
  • 00:36:55
    pergunta e antes de chegar essa pergunta
  • 00:36:57
    eu faço a triagem dela como gestor e eu
  • 00:37:00
    passo pros peritos a a pergunta de BND
  • 00:37:02
    limitada pro pro perito
  • 00:37:04
    responder mas por outro lado a gente
  • 00:37:06
    perdeu um pouco dessa dinâmica de
  • 00:37:08
    relação com o procurador né em muitos
  • 00:37:11
    casos eh a gente precisa de uma solução
  • 00:37:14
    criativa e dialógica né e a antropologia
  • 00:37:16
    ela tem assim acho que quando vocês
  • 00:37:19
    começarem a trabalhar com o estado vocês
  • 00:37:20
    vão perceber a
  • 00:37:23
    gente a gente tem uma percepção muito
  • 00:37:25
    boa das dinâmicas dentro do estado e e
  • 00:37:29
    do e e do funcionamento das relações a
  • 00:37:32
    gente faz uma uma antropologia do estado
  • 00:37:35
    automática né como o Robertão Cardoso
  • 00:37:37
    fala né o nosso ouvir e e nossos
  • 00:37:42
    sentidos estão apurados de certa maneira
  • 00:37:44
    nosso olhar nosso ouvir eh já estão tudo
  • 00:37:47
    apurado eh eh então a gente faz
  • 00:37:50
    antropologia dentro do de cada órgão que
  • 00:37:52
    a gente trabalha né em si e e essa
  • 00:37:55
    antropologia ela permite uma um fluxo
  • 00:37:58
    maior e algumas vezes uma dinâmica
  • 00:38:01
    melhor de resolução de conflitos né boa
  • 00:38:03
    parte das soluções históricas assim e aí
  • 00:38:06
    hoje hoje eu posso falar como gestor com
  • 00:38:08
    uma certa experiência que que a que que
  • 00:38:11
    assim que é atribuído ao MPF aos
  • 00:38:13
    procuradores foram a gente que deu a
  • 00:38:16
    ideia foi a gente que fomentou foi a
  • 00:38:18
    gente que fez acontecer entendeu a gente
  • 00:38:20
    não tá lá a gente não tem a visibilidade
  • 00:38:21
    do procurador a gente tem a visibilidade
  • 00:38:23
    que a Dra débora teve por exemplo mas
  • 00:38:27
    não existiria Dra débora do Praça se não
  • 00:38:28
    fosse a gente entendeu
  • 00:38:31
    basicamente isso
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