O CAIBALION, Cap. 1 - A Filosofia Hermética (Introdução) - Lúcia Helena Galvão

00:58:38
https://www.youtube.com/watch?v=KIUSFoeRw4w

Résumé

TLDRA palestra inicia a leitura do livro "O Caibalion", que explora a filosofia hermética e a importância do conhecimento ao longo da história. A palestrante destaca a figura de Hermes Trismegisto e a relevância de manter viva a chama do conhecimento. O livro, escrito em 1908, é uma interpretação das sete leis herméticas e busca transmitir sabedoria de forma acessível. A palestrante convida os participantes a se engajarem na leitura e discussão dos capítulos, enfatizando a importância do autoconhecimento e da formação moral para o uso do conhecimento.

A retenir

  • 📚 O Caibalion é um livro sobre filosofia hermética.
  • 🧙‍♂️ Hermes Trismegisto é uma figura central na sabedoria hermética.
  • 💡 O conhecimento deve ser usado para o bem e para o autoconhecimento.
  • 🔍 A iniciação é um processo de aprendizado profundo.
  • 📖 O livro tem 15 capítulos, cada um abordando um princípio hermético.
  • 🌟 A moralidade é essencial para o uso do conhecimento.
  • 🧪 A alquimia busca a transformação do homem, não apenas de metais.
  • 🗣️ A palestrante convida à leitura e participação ativa.
  • 🕯️ Manter a chama do conhecimento viva é fundamental.
  • 🌍 O conhecimento hermético influenciou diversas religiões e filosofias.

Chronologie

  • 00:00:00 - 00:05:00

    A palestra inicia com uma introdução ao círculo de leitura, onde a apresentadora compartilha sua experiência com livros significativos, destacando a importância de ler em conjunto. Ela menciona a série de palestras disponíveis no YouTube e apresenta o livro 'O Caibalion', que será o foco das próximas conferências, com 15 capítulos a serem discutidos.

  • 00:05:00 - 00:10:00

    A apresentadora explica que 'O Caibalion' é um livro pequeno, mas denso, que aborda conceitos complexos de filosofia oriental e ocidental. Ela menciona a dificuldade de resumir o livro em uma única palestra, mas expressa a intenção de explorar cada capítulo em detalhes ao longo das conferências.

  • 00:10:00 - 00:15:00

    Um poema presente no livro é destacado, enfatizando a importância de manter viva a 'chama' do conhecimento e da tradição. A apresentadora relaciona isso à preservação do conhecimento ao longo da história, mencionando Platão e a importância de manter a sabedoria viva através das gerações.

  • 00:15:00 - 00:20:00

    A importância do conhecimento e da filosofia é discutida, com a apresentadora refletindo sobre a evolução da humanidade e a necessidade de um caráter moral forte para lidar com o conhecimento. Ela menciona a preocupação de Hermes Trismegisto sobre a potencialização de habilidades sem a devida formação moral.

  • 00:20:00 - 00:25:00

    A apresentadora fala sobre a origem do livro 'O Caibalion', que foi publicado anonimamente em 1908, e discute a figura de Hermes Trismegisto, um sábio egípcio considerado três vezes iniciado. Ela menciona a dificuldade de datar sua existência e a influência que ele teve ao longo da história.

  • 00:25:00 - 00:30:00

    A relação entre Hermes Trismegisto e a filosofia é explorada, com a apresentadora discutindo como seu conhecimento se espalhou pelo mundo antigo e influenciou diversas culturas, incluindo a Grécia e Roma. Ela menciona a importância do hermetismo na formação de várias tradições religiosas.

  • 00:30:00 - 00:35:00

    A apresentadora destaca a importância da iniciação e do conhecimento reservado, explicando que o conhecimento só deve ser compartilhado com aqueles que estão prontos para recebê-lo. Ela menciona a necessidade de um caráter bem formado para lidar com o conhecimento profundo.

  • 00:35:00 - 00:40:00

    A influência de Hermes Trismegisto na alquimia e na medicina é discutida, com a apresentadora explicando que o conhecimento hermético se concentra na transformação do ser humano, e não apenas em aspectos materiais. Ela menciona a busca por um 'homem de ouro' como o verdadeiro objetivo da alquimia.

  • 00:40:00 - 00:45:00

    A apresentadora fala sobre a importância de preservar o conhecimento ao longo da história e como ele ressurge em momentos de necessidade. Ela menciona a alquimia como um exemplo de como o conhecimento hermético se manteve vivo durante a Idade Média.

  • 00:45:00 - 00:58:38

    A palestra conclui com um convite para que os participantes leiam o próximo capítulo do livro, enfatizando a importância da interação e da participação ativa no grupo de leitura. Ela encoraja todos a se envolverem e a trazerem suas dúvidas para as próximas discussões.

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Vidéo Q&R

  • Qual é o tema principal da palestra?

    O tema principal é a introdução ao livro "O Caibalion" e a filosofia hermética.

  • Quem é Hermes Trismegisto?

    Hermes Trismegisto é uma figura mítica associada à sabedoria e ao conhecimento hermético.

  • Quantos capítulos tem o livro "O Caibalion"?

    O livro tem 15 capítulos.

  • Qual é a importância do conhecimento segundo a palestrante?

    O conhecimento deve ser usado para tornar o ser humano melhor e não apenas para fins egoístas.

  • O que é a iniciação mencionada na palestra?

    Iniciação é um processo de aprendizado profundo e acelerado sob a orientação de mestres.

  • Qual é a relação entre o conhecimento e a moralidade?

    O conhecimento deve ser passado apenas a aqueles que têm um caráter bem construído.

  • Como o conhecimento hermético influenciou a história?

    O conhecimento hermético influenciou diversas religiões e filosofias ao longo da história.

  • Qual é a proposta da palestrante para os participantes?

    A proposta é que os participantes leiam os capítulos do livro e participem ativamente das discussões.

  • O que significa a frase "os lábios da sabedoria só se abrem aos ouvidos do entendimento"?

    Significa que o conhecimento deve ser compartilhado apenas com aqueles que estão prontos para compreendê-lo.

  • Qual é a relação entre o hermetismo e a alquimia?

    A alquimia é vista como uma prática hermética que busca a transformação do homem, não apenas de metais.

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  • 00:00:26
    Boa tarde a todos.
  • 00:00:27
    Sejam bem-vindos.
  • 00:00:28
    Hoje então nós começamos uma nova empreitada que a leitura desse livro.
  • 00:00:32
    Para aqueles que já estiveram em alguma de nossas palestras
  • 00:00:35
    ou mesmo aqueles que nunca vieram mas que não visitar o nosso canal no YouTube,
  • 00:00:39
    vocês vão ver que lá no YouTube nós temos mais de 100 palestras gratuitas
  • 00:00:44
    e dentre essas, algumas do círculo de leitura que eu venho fazendo.
  • 00:00:48
    A ideia foi pegar os livros mais belos que eu li na vida
  • 00:00:51
    e compartilhar com vocês capítulo por capítulo,
  • 00:00:54
    mastigados, digeridos.
  • 00:00:55
    Às vezes são muito bonitos, mas não tão simples de entender
  • 00:00:59
    e quando nós lemos em conjunto, até eu mesma saio ganhando
  • 00:01:02
    então nós temos na sequência completa, por exemplo,
  • 00:01:05
    de "O Profeta" de Khalil Gibran.
  • 00:01:06
    Lá no YouTube. 26 palestras.
  • 00:01:09
    Temos uma sequência completa do "Em busca da sabedoria" de Sri Ram.
  • 00:01:13
    15 palestras.
  • 00:01:15
    E a intenção desse livro é que também sejam 15 conferências.
  • 00:01:19
    Uma sobre cada capítulo.
  • 00:01:20
    É um livro pequenininho, mas tem 15 capítulos aqui.
  • 00:01:24
    E é um daqueles livros que eu recomendo que vocês tenham como livro de cabeceira.
  • 00:01:28
    Para quem tem algum interesse, algum tipo de filosofia oriental de nível,
  • 00:01:33
    quem tem interesse em algum dia, por exemplo, lê Helena Blavatsky,
  • 00:01:36
    que vale muito a pena.
  • 00:01:38
    "O Caibalion" é uma introdução maravilhosa.
  • 00:01:40
    Ele ajuda muito nessa compreensão
  • 00:01:43
    de obras orientais que às vezes são um pouco mais complexas
  • 00:01:46
    e mesmo obras ocidentais, uma escritora como Helena Blavatsky.
  • 00:01:49
    Então nós vamos...
  • 00:01:51
    Sejam muito bem vindos a esse início desse desafio.
  • 00:01:55
    Ele não é um livro tão simples assim.
  • 00:01:57
    Se vocês virem lá no YouTube, eu já fiz uma palestra sobre esse livro.
  • 00:02:01
    Uma palestra de uma hora sobre o livro todo.
  • 00:02:04
    São 126 páginas.
  • 00:02:07
    Evidentemente, eu tive que extrair algumas coisinhas.
  • 00:02:11
    Tive que sair pulando. Fazer uma seleção,
  • 00:02:13
    que é necessário para um tempo como esse.
  • 00:02:15
    Mas é aquele tipo de livro que você fica com um pouco de dor no coração.
  • 00:02:19
    Isso eu gostaria de ter falado.
  • 00:02:21
    Em uma hora é impossível, mas em 15 horas vai dá.
  • 00:02:24
    Então nós vamos mastigar capítulo por capítulo.
  • 00:02:27
    Espero que seja para vocês uma experiência agradável.
  • 00:02:30
    Eu tenho adorado fazer esses grupos de leitura.
  • 00:02:32
    Pretendo perpetuá-los, inclusive aceito sugestões de novos títulos para o futuro.
  • 00:02:38
    Bom, esse livro nós vamos falar um pouco a respeito dele já já...
  • 00:02:42
    Ele tem dentro de si uma poesia, um poema que ele diz: como fala o poeta.
  • 00:02:47
    Só que ele não diz qual é o poeta.
  • 00:02:49
    E se você digita isso no Google, você não vai achar isso em lugar nenhum.
  • 00:02:53
    Eu não faço ideia de onde ele tirou isso.
  • 00:02:55
    Eu gosto muito desse pequeno verso, desse poema de cinco estrofes que ele coloca,
  • 00:03:01
    porque é quase que um resumo da ideia central do livro.
  • 00:03:04
    Muito bonito e muito interessante.
  • 00:03:06
    É um poema que diz o seguinte:
  • 00:03:09
    "Oh, não deixeis que se apague a chama!
  • 00:03:12
    Mantida de século em século, nesta escura caverna,
  • 00:03:17
    neste  templo sagrado, sustentada por puros ministros do Amor...
  • 00:03:22
    Não deixeis apagar esta divina chama!"
  • 00:03:27
    Basicamente tradição ou transmitir é a etimologia da palavra "caibalion".
  • 00:03:34
    E vocês vão te convir que a palavra centro desse poema é isso.
  • 00:03:38
    Tradição, transmitir, passar adiante a chama.
  • 00:03:42
    Imaginem, se vocês tiverem oportunidade de assistir algumas dessas palestras
  • 00:03:46
    que a gente tem no YouTube.
  • 00:03:48
    Acho que é maior parte delas, em algum momento, a gente cita Platão,
  • 00:03:51
    que é um filósofo tão importante,
  • 00:03:53
    que é como se fosse um divisor de águas no pensamento humano.
  • 00:03:56
    Vocês imagine que Platão para chegar aos nossos dias,
  • 00:03:59
    passou por mil anos de uma idade média obscura, complicada.
  • 00:04:03
    Alguém manteve acesa a chama nesse momento para que ele chegasse até nós.
  • 00:04:08
    Vocês vão dizer: Bom, mas a Patrística, e Escolástica, o cristianismo adotou Platão.
  • 00:04:12
    Adotou Platão à maneira Cristã.
  • 00:04:14
    Adaptando a sua visão de mundo.
  • 00:04:16
    Platão, à maneira de Platão,
  • 00:04:18
    praticamente sumiu e foi ressurgir no Renascimento.
  • 00:04:21
    Mas alguém durante esses mil anos,
  • 00:04:23
    tem que ter mantido esses livros, essas obras.
  • 00:04:26
    Vocês sabem que por exemplo, a "Arte Poética" de Aristóteles,
  • 00:04:29
    nós recebemos essa obra através de um único exemplar,
  • 00:04:32
    que sobrou na mão de um sábio Bizantino.
  • 00:04:35
    Sabem disso? Um exemplar.
  • 00:04:37
    Muita coisa se perdeu.
  • 00:04:40
    As obras, por exemplo, de um Crisipo de Solos,
  • 00:04:42
    que era um grande escritor estoico,
  • 00:04:43
    diz que ele escreveu perto de 500 pequenos tratados.
  • 00:04:47
    Já ouviram falar de alguma obra de Crisipo de Solos ou do nome dele?
  • 00:04:50
    Não sobrou nenhuma. Nenhuma!
  • 00:04:53
    Muita coisa se perdeu.
  • 00:04:54
    Mas algumas coisas chegaram até nós por que alguém manteve acesa a chama.
  • 00:04:59
    Na noite dos tempos.
  • 00:05:00
    E nós ganhamos um tempo fora do comum com isso.
  • 00:05:03
    Se alguém conhece algo da filosofia de Platão...
  • 00:05:05
    Se imagina se a gente tivesse perdido Platão!
  • 00:05:08
    Tem até que esperar alguém do nível dele
  • 00:05:11
    voltar para falar alguma coisa
  • 00:05:14
    para gente começar,
  • 00:05:15
    porque não é qualquer um que chega aquelas conclusões sozinho.
  • 00:05:18
    É um ganho para a humanidade a obra de Platão ter chegado até nós,
  • 00:05:21
    da forma como chegou, que é algo de Fantástico.
  • 00:05:24
    Aliás, é um dos meus projetos no futuro
  • 00:05:26
    é fazer uma palestra sobre cada livro de Platão.
  • 00:05:28
    Que vale demais a pena. Quem sabe?
  • 00:05:31
    Um círculo de leitura. Cada palestra sobre um livro de Platão.
  • 00:05:34
    A gente ganha demais com essas obras.
  • 00:05:36
    Então imaginem que tem um conjunto anônimo de seres,
  • 00:05:40
    que manteve isso vivo.
  • 00:05:42
    Nós sabemos de Platão.
  • 00:05:43
    Mas quem manteve Platão
  • 00:05:45
    durante uma idade média onde ler filosofia...
  • 00:05:47
    Aliás quase ninguém lia na idade média.
  • 00:05:49
    Vocês sabem que até os reis, os poucos que ouve.
  • 00:05:52
    Carlos Magno era Analfabeto. Não sabia nem assinar o próprio nome.
  • 00:05:56
    O analfabetismo grassava na Idade Média.
  • 00:05:58
    Quem manteve isso vivo?
  • 00:05:59
    Que protegeu isso?
  • 00:06:00
    Quem deu valor a isso?
  • 00:06:01
    Sabe que muito no mundo árabe
  • 00:06:03
    e alguns nomes muito isolados dentro da Europa.
  • 00:06:06
    Nós devemos é esse seres.
  • 00:06:08
    O que esse poema diz é:
  • 00:06:09
    Seja você um desses seres.
  • 00:06:11
    Preserve a chama.
  • 00:06:12
    Mantenha a chama do conhecimento humano verdadeiro, profundo,
  • 00:06:16
    porque o conhecimento verdadeiro e profundo
  • 00:06:18
    é considerado aquele que é o ser colocado na tua vida,
  • 00:06:21
    pode te tornar um ser humano melhor.
  • 00:06:23
    Entendam, existe uma máxima muito simples
  • 00:06:26
    que foi dita por um professor chamado Jorge Ángel Livraga,
  • 00:06:29
    que é o fundador de Nova Acrópole,
  • 00:06:31
    que ele diz o seguinte: se você pega uma biga em Roma,
  • 00:06:35
    biga, aquela conduzida por cavalo,
  • 00:06:37
    e um avião a jato nos dias atuais,
  • 00:06:40
    eu não tenho dúvidas que o veículo avançou demais.
  • 00:06:43
    Mas o homem que conduzia o veículo, não necessariamente.
  • 00:06:47
    Não necessariamente esse piloto de avião, hoje,
  • 00:06:50
    é mais fraterno do que era aquele homem.
  • 00:06:52
    Ou talvez mais compreensivo,
  • 00:06:54
    ou talvez com domínio maior de suas emoções,
  • 00:06:58
    um autoconhecimento, um domínio próprio egoísmo.
  • 00:07:00
    Talvez não.
  • 00:07:02
    Ou seja, evoluiu a máquina,
  • 00:07:04
    mas o homem que conduz a máquina, não necessariamente.
  • 00:07:06
    E se vocês forem ver,
  • 00:07:09
    do ponto de vista filosófico que dizia Platão,
  • 00:07:11
    que diziam grandes mestres da filosofia:
  • 00:07:13
    O conhecimento só eu útil quando nos torna melhores,
  • 00:07:16
    porque as máquinas que aparelham a ação do homem,
  • 00:07:19
    no mundo, vão aparelhar o que o homem quer fazer no mundo.
  • 00:07:22
    e se ele é muito egoísta,
  • 00:07:24
    essa tecnologia as vezes só potencializa esse egoísmo.
  • 00:07:28
    Se você tá indo para o abismo é melhor que vá a pé,
  • 00:07:31
    porque se você for de um carro importado, vai chegar mais rápido.
  • 00:07:34
    Se o destino é o abismo é melhor ir devagarzinho.
  • 00:07:37
    Então a rapidez, a agilidade, a eficiência,
  • 00:07:40
    quando você não sabe muito bem para onde quer ir como ser humano
  • 00:07:43
    é algo de utilidade duvidosa para o avanço da humanidade.
  • 00:07:47
    Alias, isso tem tudo a ver com a nossa palestra de hoje
  • 00:07:49
    porque Hermes Trismegisto falava sobre isso.
  • 00:07:51
    O cuidado que se tem que ter com a informação,
  • 00:07:54
    enquanto o homem não têm formação.
  • 00:07:57
    Quanto ele não está bem formado, profundo.
  • 00:07:59
    Cuidado para não alargar o conhecimento
  • 00:08:02
    sobre um homem que não é profundo.
  • 00:08:04
    Porque se um homem tem um mau-caráter, um caráter doentio,
  • 00:08:07
    a informação vai potencializar esse caráter doentio.
  • 00:08:11
    Ou não seria melhor que o Adolf Hitler fosse absolutamente inepto.
  • 00:08:22
    potencializou a psicopatia dele.
  • 00:08:25
    Adolf Hitler era melhor se fosse incompetente.
  • 00:08:27
    Percebem?
  • 00:08:29
    Então a potencialização das habilidades do homem sem que primeiro ele se humanize
  • 00:08:34
    era uma preocupação muito grande de Hermes Trismegisto.
  • 00:08:36
    Da base do Caibalion,
  • 00:08:38
    do grande e mítico e escritor do Caibalion.
  • 00:08:41
    Das leis herméticas.
  • 00:08:42
    Cuidado!
  • 00:08:44
    Então, esse é, digamos assim, essência desse poema.
  • 00:08:48
    Transmita o conhecimento essencial
  • 00:08:51
    para que o homem continue crescendo como Ser Humano.
  • 00:08:55
    O livro é esse. É esse que está aqui.
  • 00:08:58
    É um livro gente que foi escrito em 1908.
  • 00:09:01
    Já nós vamos falar sobre isso.
  • 00:09:03
    Mas como assim?
  • 00:09:04
    Não é do Hermes Trismegisto, Egípcio?
  • 00:09:07
    É, As máximas.
  • 00:09:08
    Eles pegaram as sete máximas. Sete leis.
  • 00:09:11
    Entendam bem, Hermes Trismegisto, nós vamos falar dele já já.
  • 00:09:14
    Um sábio egípcio milenar.
  • 00:09:16
    Ele disse: Eu vou comunicar para vocês sete leis
  • 00:09:19
    que explicam o universo manifestado inteiro.
  • 00:09:21
    Todo o universo manifestado, em todos os planos,
  • 00:09:23
    do sútil até o concreto.
  • 00:09:25
    São sete "fraseszinhas" desse tamanhinho.
  • 00:09:27
    Isso estão dentro de "Corpus Hermeticum", está dentro de "A Tábua de Esmeralda".
  • 00:09:31
    Só que você olha aquilo e bom...
  • 00:09:33
    O que era mesmo que ele queria dizer com isso?
  • 00:09:35
    Esse livro pega essas sete máximas e comenta, uma por uma..
  • 00:09:38
    E comenta com muita autoridade.
  • 00:09:41
    Só que esse livro, publicado em 1908, foi publicado anonimamente.
  • 00:09:45
    E se assina o autor como Três Iniciados.
  • 00:09:48
    Até hoje ninguém sabe direito quem são esses "três iniciados".
  • 00:09:51
    Alguém, que detinha algum conhecimento,
  • 00:09:53
    pegou as sete leis de Hermes Trismegisto e comentou.
  • 00:09:57
    E colocou esse título:
  • 00:09:58
    "Estudo da filosofia hermética do antigo Egito e da Grécia".
  • 00:10:02
    Seja quem for,
  • 00:10:03
    era alguém que sabia muito bem que está dizendo.
  • 00:10:05
    Que o livro é de uma qualidade indiscutível.
  • 00:10:07
    Fala desse conhecimento que nasceu no Egito,
  • 00:10:10
    que depois passa para a Grécia, passa para Roma.
  • 00:10:12
    E se tornou um patrimônio da humanidade, que é o hermetismo.
  • 00:10:16
    Bom, há suspeitas...
  • 00:10:19
    Há suspeitas por parte dos comentaristas,
  • 00:10:22
    que estudam esse livro ao longo da história.
  • 00:10:25
    Disse que o principal suspeito é esse cidadão:
  • 00:10:28
    William Walker Atkinson.
  • 00:10:31
    Quem é o William Walker Atkinson?
  • 00:10:34
    Ninguém sabe.
  • 00:10:35
    Era uma figura um pouco misteriosa.
  • 00:10:37
    Ele pertencia a uma ordem chamada:
  • 00:10:39
    "Novo Pensamento".
  • 00:10:41
    E escrevia sobretudo com pseudônimos.
  • 00:10:43
    Imagine uma pessoa que escreveu cerca de cem obras ao longo da sua vida
  • 00:10:47
    e mais 10 com o nome dele.
  • 00:10:50
    Parece que ele não gostava do nome dele.
  • 00:10:51
    Não sei porque. Até um nome bonito,
  • 00:10:52
    mas ele não gostava.
  • 00:10:53
    Porque ele não usava.
  • 00:10:54
    Ele tem mais pseudônimos do que Fernando Pessoa.
  • 00:10:56
    Ele não usava o próprio nome.
  • 00:10:59
    Um dos nomes, por exemplo, que ele costumava muito usar era
  • 00:11:01
    Yogue Ramacharaca.
  • 00:11:03
    Já ouviram falar nesse nome?
  • 00:11:04
    As vezes as pessoas pensam: "
  • 00:11:05
    era um hindu". Não era.
  • 00:11:06
    Era esse cidadão, um americano.
  • 00:11:08
    Ele usava inúmeros nomes.
  • 00:11:10
    Pelo fato de que a editora que publicou a primeira edição desse livro
  • 00:11:13
    funcionava no mesmo prédio da ordem a qual ele pertencia,
  • 00:11:17
    o pessoal suspeita que seja ele.
  • 00:11:19
    Eu honestamente tenho dúvidas.
  • 00:11:21
    Não sei se algum de vocês têm o hábito de "amadoristicamente" escrever.
  • 00:11:25
    Quem gosta de escrever, tem uma característica.
  • 00:11:28
    Começa a ficar sensível ao estilo de outros escritores.
  • 00:11:31
    Eu apresento um texto para você e digo: Machado de Assis.
  • 00:11:34
    Você vai e diz: Não está parecendo...
  • 00:11:37
    Não tem "jeitão".
  • 00:11:39
    Eu andei lendo uns livros desse William Walker Atkinson.
  • 00:11:42
    Sabe uma coisa que não tem nada a ver com "O Caibalion".
  • 00:11:45
    E uma obra inclusive de qualidade muito heterogênea.
  • 00:11:47
    Ele escreve até sobre como ganhar dinheiro.
  • 00:11:50
    Uma obra muito heterogênea
  • 00:11:52
    e muito pouco parecida com "O Caibalion".
  • 00:11:54
    Então, é uma suspeita. Ninguém tem prova nenhuma disso.
  • 00:11:58
    Existe uma outra suspeita forte, que seria Mabel Collins,
  • 00:12:01
    que era uma discípula direta de Helena Blavatsky, da Teosofia.
  • 00:12:05
    Mas também não se tem prova.
  • 00:12:06
    Mabel Collins, eu até levo em consideração
  • 00:12:08
    porque ela tem uma outra obra fantástica que é "Luz do Caminho".
  • 00:12:11
    E ela tem estilo, ela escreve bem,
  • 00:12:13
    mas não é certeza disso também.
  • 00:12:15
    Fato é que quem escreveu,
  • 00:12:16
    não quis que o seu nome entrasse para a história.
  • 00:12:19
    E deixou um comentário soberbo,
  • 00:12:21
    das sete leis herméticas, do antigo Egito.
  • 00:12:24
    Ali tem uma primeira edição francesa.
  • 00:12:27
    O livro saiu pela primeira vez em 1908 e,
  • 00:12:30
    hoje, é um sucesso publicado em todo o mundo.
  • 00:12:33
    Bom, o que trata esse livro?
  • 00:12:35
    Desse cidadão: Hermes Trismegistos.
  • 00:12:40
    Hermes Trismegistos era um homem
  • 00:12:42
    que viveu do Egito em uma data altamente polêmica
  • 00:12:46
    que era tão sábio e depois o seu nome recebeu esse epíteto:
  • 00:12:50
    Trismegistos - o três vezes iniciado.
  • 00:12:52
    Já vou explicar para vocês o que é Iniciação.
  • 00:12:55
    Para os egípcios, um homem extremamente sábio era um iniciado.
  • 00:12:58
    Iniciado uma vez só.
  • 00:13:00
    Diz que Hermes Trismegistos era três vezes iniciado.
  • 00:13:02
    Era um grande mestre.
  • 00:13:03
    Se diz que as pessoas de todo mundo vinham aprender dele.
  • 00:13:07
    Recebia discípulos de todo mundo.
  • 00:13:12
    Se você entrar, hoje, no site na internet,
  • 00:13:15
    eles vão te dar,
  • 00:13:15
    você vai encontrar pelo menos umas três ou quatro datas diferentes
  • 00:13:18
    que se supõe que ele viveu.
  • 00:13:20
    E vão encontrar, inclusive, quem diga que ele nem viveu.
  • 00:13:23
    Que é um personagem mítico.
  • 00:13:25
    Não estranhem.
  • 00:13:26
    Se você pegar "Lao-Tsé" se diz a mesma coisa.
  • 00:13:29
    Alguns dizem o mesmo de Confúcio, de Buda.
  • 00:13:32
    É muito polêmicas essa existência de grandes homens da história.
  • 00:13:36
    Os indícios históricos preciso são poucos.
  • 00:13:39
    Então tem muita especulação e tem até quem não acredite que ele existiu.
  • 00:13:43
    Eu particularmente não sou seguidora dessa teoria.
  • 00:13:47
    Eu acho que alguém que faz uma obra que perdura,
  • 00:13:49
    pelo menos, por uns quatro mil anos de história,
  • 00:13:52
    deve ter sido uma pessoa de peso.
  • 00:13:53
    E quando você vê uma pegada desse tamanho,
  • 00:13:56
    deve ter sido um gigante que passou por aqui.
  • 00:13:58
    Um conjunto arbitrário de compilações, de opiniões,
  • 00:14:02
    não geraria um impacto histórico como esse.
  • 00:14:04
    Eu acredito que, para se perpetuar tanto, deve ter sido isso.
  • 00:14:07
    É a sombra do que foi esse homem.
  • 00:14:09
    Pelo menos 4.000 anos de história é a sombra de quem foi esse homem.
  • 00:14:14
    Não foi qualquer um que fez isso.
  • 00:14:15
    Acredito sim, que ele possa ter tido discípulos que o apoiaram,
  • 00:14:19
    que passaram esse conhecimento a diante.
  • 00:14:21
    Mas que existiu alguém especial aí, eu não tenho dúvida.
  • 00:14:24
    Agora vejam que as datas...
  • 00:14:25
    O próprio livro "O Caibalion"
  • 00:14:27
    fala de 2.700 antes de Cristo,
  • 00:14:30
    mas é uma data que ele mesmo se contradiz um pouco.
  • 00:14:32
    Que ele diz: Hermes Trismegisto teria vivido durante a dinastia...
  • 00:14:36
    a invasão dos Hicsos.
  • 00:14:38
    Que eram um povo de...
  • 00:14:41
    origem semítica que invadiu o Egito.
  • 00:14:42
    Bom... a primeira dinastia Hicsa é de 1990 antes de Cristo,
  • 00:14:46
    Não coincidi com a data que ele mesmo deu.
  • 00:14:49
    E aí ele diz: "Ele foi mestre de Abraão".
  • 00:14:51
    Abraão teria vivido, segundo Gênesis,
  • 00:14:54
    em 1944 a.C.
  • 00:14:56
    Mas no renascimento se dizia que ele foi mestre de Moisés.
  • 00:15:00
    Moisés viveu 1512, ou seja,
  • 00:15:02
    em qualquer lugar entre 3000 e 1500 anos antes de Cristo,
  • 00:15:06
    pode situar porque ninguém tem certeza de nada.
  • 00:15:10
    Não existe uma data precisa sobre quando viveu Hermes Trismegisto.
  • 00:15:13
    Ali eu trouxe para vocês, é uma curiosidade, aquela imagem
  • 00:15:16
    porque aquilo é uma pintura, é um afresco
  • 00:15:18
    de uma catedral italiana chamada Catedral de Siena.
  • 00:15:23
    Que mostra, nada mais nada menos,
  • 00:15:25
    do que Hermes Trismegistos ensinando a Moisés.
  • 00:15:27
    Moisés como sendo discípulos de Hermes Trismegisto.
  • 00:15:31
    Isso é um negócio tão impensável.
  • 00:15:33
    Se vocês considerarem que havia ali uma inquisição,
  • 00:15:36
    que por muito menos mandavam as pessoas para fogueira.
  • 00:15:39
    O início do Renascimento teve uma liberdade de expressão muito grande
  • 00:15:43
    e foi apoiado pela igreja.
  • 00:15:45
    Depois, quando começou a contrarreforma,
  • 00:15:48
    a igreja fechou e cortou as asas do renascimento,
  • 00:15:50
    mas no início do renascimento havia muita ousadia.
  • 00:15:53
    E a igreja endossava isso, apoiava.
  • 00:15:55
    E você imagine pintar Hermes Trismegisto dentro de uma catedral cristã?
  • 00:15:59
    E ensinando para Moisés?
  • 00:16:01
    Uma outra Catedral, a Italiana tem Hipátia de Alexandria lá dentro,
  • 00:16:05
    cercada por cristãos e ela ensinando.
  • 00:16:08
    Ou seja, os primeiros filósofos renascentistas,
  • 00:16:12
    sobretudo Florença, escola platónica de Careggi de Marsílio Ficino.
  • 00:16:17
    Esse pessoal era muito corajoso e ousado.
  • 00:16:20
    Inclusive nós vamos falar sobre isso,
  • 00:16:21
    traduziram o Corpus Hermeticum pelo latim
  • 00:16:24
    pela primeira vez na história.
  • 00:16:26
    Eles eram muito ousados.
  • 00:16:28
    E a igreja, até certo momento, admitiu o bem isso.
  • 00:16:31
    Então interessante, você vê a pintura de Hermes Trismegisto
  • 00:16:33
    dentro de uma catedral cristã ensinando a Moisés.
  • 00:16:36
    Isso existe e existe até os nossos dias.
  • 00:16:40
    Então a data em que ele viveu, muito polêmica.
  • 00:16:42
    Difícil da gente designar.
  • 00:16:43
    Foi um mestre que influenciou todo mundo conhecido na sua época
  • 00:16:48
    e isso o próprio livro vai dizer.
  • 00:16:50
    Ele tem influências que eu chegam até a Índia.
  • 00:16:54
    Se estende a Grécia, a Roma.
  • 00:16:57
    Via índia entram também em outros povos,
  • 00:17:00
    de origem linguística indo-europeia,
  • 00:17:02
    como celtas, como escandinavos.
  • 00:17:03
    Para todos os cantos,
  • 00:17:05
    das religiões antigas,
  • 00:17:07
    e o livro até ousa um pouco mais.
  • 00:17:08
    Diz até das religiões modernas, tradicionais.
  • 00:17:11
    Se você olhar bem você vai encontrar os rastros da sabedoria egípcia por trás.
  • 00:17:16
    Vai encontrar os rastros do Caibalion.
  • 00:17:18
    A compreensão de mundo que "O Caibalion" colocou.
  • 00:17:21
    Se você pegar um sábio como, por exemplo, Clemente de Alexandria
  • 00:17:24
    que era da igreja,
  • 00:17:26
    ele dizia: "Hermes Trismegisto foi o inventor da teologia.
  • 00:17:29
    O criador da teologia."
  • 00:17:31
    Havia homens da igreja.
  • 00:17:33
    São Alberto Magno
  • 00:17:34
    lia o "Corpus Hermeticum" em grego copta.
  • 00:17:38
    Não havia versão em latim.
  • 00:17:40
    E gostava. Era um santo da igreja,
  • 00:17:42
    Ele teve uma repercussão muito grande ao longo da história,
  • 00:17:46
    e se diz que ainda nos nossos dias.
  • 00:17:48
    Por trás, se você olhar com cuidado,
  • 00:17:50
    estudar o corpus religioso dos monoteísmos semíticos,
  • 00:17:53
    de algumas religiões orientais,
  • 00:17:54
    você vai encontrar a influência do hermetismo.
  • 00:17:57
    Se estendeu muito, tanto no espaço quanto no tempo.
  • 00:18:01
    Essas obras, que são o que resta de Hermes Trismegisto hoje em dia,
  • 00:18:06
    são fragmentos do que houve.
  • 00:18:09
    Disse, alguns escritores antigos, inclusive,
  • 00:18:11
    dizem que ele tinha mais de 45 tratados sobre medicina.
  • 00:18:15
    Era uma das coisas que os conhecimentos herméticos cobriam muito bem.
  • 00:18:19
    Retratava muito de medicina.
  • 00:18:21
    A visão da saúde de Hermes Trismegisto era muito conhecida no mundo antigo.
  • 00:18:25
    Tudo isso se perdeu.
  • 00:18:27
    O que nós temos hoje de Hermes Trismegisto são basicamente essas obras.
  • 00:18:32
    Temos entre aspas, por exemplo, o "Minerva Mundi" não existe em português,
  • 00:18:36
    mas se você procura, inglês ou espanhol, na internet, você acha.
  • 00:18:39
    Conhecido também como "cor ecos vou"
  • 00:18:41
    "A Virgem do Mundo", que fala do mito da virgem
  • 00:18:46
    Diz que a virgem e a matéria, matéria virgem que foi fecundada pelo Espírito.
  • 00:18:51
    É o volátil, a matéria que é fecundado pelo fixo, o espírito.
  • 00:18:55
    É a base depois do que a alquimia medieval vai utilizar.
  • 00:18:58
    A combinação do fixo e do volátil, do espírito da matéria.
  • 00:19:01
    É um pequeno tratado, inclusive tem,
  • 00:19:03
    acho bastante bonito.
  • 00:19:05
    "A Minerva Mundi", "A Tábua de Esmeralda" é uma coisinha de nada.
  • 00:19:09
    Era uma tábua mesmo,
  • 00:19:10
    onde eram escritos... era um pedaço de pedra,
  • 00:19:13
    onde eram escritas algumas leis, de forma muito enigmática,
  • 00:19:16
    mas muito parecidas com as máximas do "O Caibalion".
  • 00:19:19
    E por fim, uma obra um pouco maior que é o "Corpus Hermeticum".
  • 00:19:22
    O "Corpus", ou seja, o conjunto de discursos,
  • 00:19:25
    pertencentes a Hermes Trismegisto que restaram até nós.
  • 00:19:28
    Dividido sobretudo entre o "Asclépios"...
  • 00:19:32
    Não sei se vocês já ouviram falar em Asclépios ou Esculápio,
  • 00:19:35
    deus da Medicina.
  • 00:19:37
    Nesse diálogo, Hermes ensina a Asclépios os segredos da medicina.
  • 00:19:41
    Sobretudo o ápice do segredo da medicina,
  • 00:19:44
    que o fato de que as coisas vem do plano espiritual para o plano físico.
  • 00:19:48
    Tanto a saúde quanto a doença não nascem aqui,
  • 00:19:50
    só se refletem aqui.
  • 00:19:51
    Vem do Espírito, passam pela alma e impacta o corpo.
  • 00:19:55
    O corpo é órgão de impacto.
  • 00:19:57
    E se você só cura o corpo, você bloqueia um determinado ponto,
  • 00:20:01
    a doença se manifestaria em outro.
  • 00:20:04
    Ele vai falar da origem sutil do equilíbrio ou desequilíbrio do homem.
  • 00:20:08
    Ele ensina isso a Asclépios.
  • 00:20:10
    É um discurso de Hermes a Asclépios.
  • 00:20:12
    E o outro é o... Pimandro ou Poimandres,
  • 00:20:15
    onde ele conversa consigo mesmo.
  • 00:20:18
    Onde faz quase que um diálogo interior a respeito da natureza do homem.
  • 00:20:22
    O que eu acho interessante,
  • 00:20:24
    e no Poimandres ele vai dividir tudo na natureza em sete.
  • 00:20:29
    Para ele o sete é um número sagrado.
  • 00:20:30
    Nós vamos ver que vários pedaços originais dessa obra
  • 00:20:35
    foram encontrados naqueles manuscritos copta de Nag Hammadi.
  • 00:20:40
    De 300 e pouco depois de Cristo.
  • 00:20:44
    Vários pedaços eram estudados pelos gnósticos, os cristãos primitivos.
  • 00:20:49
    Já já vamos falar sobre isso.
  • 00:20:50
    Os primeiros cristãos... os Basilides..
  • 00:20:57
    a seita Ofita, a seita dos Basilides, as várias seitas gnósticas
  • 00:21:01
    que havia então no início da era Cristã
  • 00:21:05
    estudavam Hermes Trismegisto.
  • 00:21:07
    E quando se achou alguns desses manuscritos,
  • 00:21:10
    achou-se vários pedaços originais do "Corpus Hermeticum".
  • 00:21:14
    Eu isso acho bastante interessante
  • 00:21:16
    ... ter que achar um pedaço original de uma obra egípcia.
  • 00:21:19
    Bastante interessante, que não se conhecia até então.
  • 00:21:22
    Um dos símbolos mais...
  • 00:21:25
    a imagens, estão vendo bastão na mão dele com duas cobras entrelaçadas?
  • 00:21:30
    Esse que é chamado de Caduceu de Mercúrio,
  • 00:21:32
    isso é diretamente associado ao conhecimento hermético.
  • 00:21:37
    Por que era a maneira como ele expressava os mundos entrelaçados
  • 00:21:41
    do mais sutil até o mais concreto.
  • 00:21:43
    Agora é uma coisa, provavelmente era um símbolo que existia antes dele,
  • 00:21:47
    porque você encontra em muitas escrituras,
  • 00:21:51
    restos arqueológicos de civilizações muito antigas.
  • 00:21:54
    Esse, por exemplo, Rei Gudea de Lagash tinha uma taça.
  • 00:21:59
    Esse Rei Gudea era sumério
  • 00:22:01
    e essa taça é datada hoje pelos arqueólogos,
  • 00:22:04
    em 2600 antes de Cristo.
  • 00:22:07
    Estão vendo que ela é cheia de caduceu de Mercúrio,
  • 00:22:09
    as duas cobras entrelaçadas.
  • 00:22:12
    Existe um conto que se diz já dentro da da época greco-romana
  • 00:22:17
    de que o Deus Mercúrio passava por um local
  • 00:22:20
    e havia duas serpentes lutando entre si.
  • 00:22:23
    Ele pega e coloca o seu bastão.
  • 00:22:25
    As duas serpentes que estavam lutando entre si,
  • 00:22:28
    se harmonizam e sobem pelo bastão.
  • 00:22:30
    Se verticalizam.
  • 00:22:32
    É interessante isso porque ficou muito associado dentro do alfabeto simbólico.
  • 00:22:37
    A serpente rastejando são as energias do homem que estão voltados para a terra,
  • 00:22:42
    para o instinto, para o egoísmo.
  • 00:22:43
    As serpentes subindo em algum lugar
  • 00:22:45
    significa essas energias quando se verticalizam
  • 00:22:48
    para empurrar a consciência do homem para cima.
  • 00:22:51
    Cuidado até em sonhos, por que, às vezes, nós somos simplistas,
  • 00:22:54
    pegamos aqueles livrinhos de sonho de banca de jornal.
  • 00:22:56
    Sonhar com cobra: sabedoria.
  • 00:22:59
    Nem sempre, depende do que a cobra está fazendo no seu sonho.
  • 00:23:02
    A cobra rastejante está mais associada a instinto.
  • 00:23:05
    Subindo em alguma coisa, subindo na árvore.
  • 00:23:07
    Não vou entrar nesse assunto
  • 00:23:08
    porque temos que falar sobre Evangelhos gnósticos.
  • 00:23:10
    Mas uma serpente subindo em uma árvore,
  • 00:23:12
    uma serpente subindo um bastão
  • 00:23:14
    significa essa consciência se verticalizando.
  • 00:23:17
    Então, esse símbolo que está diretamente associado a Hermes Trismegisto
  • 00:23:23
    e que é o símbolo da contabilidade,
  • 00:23:25
    a medicina também usa, um monte de gente usa hoje.
  • 00:23:27
    Ali era o Mercúrio Romano com esse bastão na mão.
  • 00:23:31
    Ficou conhecido como o "caduceu de Mercúrio".
  • 00:23:33
    Isso aqui gente é o símbolo do homem.
  • 00:23:35
    Imagine que essa esfera mais baixa é o corpo físico.
  • 00:23:40
    A intermediária, o corpo psíquico - mente e emoções.
  • 00:23:44
    E em cima o corpo espiritual.
  • 00:23:46
    O homem seria composto desses Três Mundos.
  • 00:23:49
    Ele tem corpo físico, cuja tônica é sobreviver e procriar,
  • 00:23:54
    os dois instintos.
  • 00:23:56
    Ele tem um corpo espiritual, cuja a tônica é:
  • 00:23:59
    atingir valores, virtudes e sabedoria.
  • 00:24:01
    E tem corpo psíquico no meio do caminho que não tem tônica nenhuma,
  • 00:24:04
    que fica pulando feito um louco.
  • 00:24:06
    Porque nós não aprendemos a educar as nossas emoções e a nossa mente.
  • 00:24:11
    Então, ele não fecha o circuito dos três mundos
  • 00:24:15
    porque a gente não tem controle sobre a própria psique.
  • 00:24:17
    Vocês percebem isso?
  • 00:24:19
    Quando a gente é pequeno, te ensinam a que?
  • 00:24:22
    A engatinhar, a sentar, a andar, a dominar um lápis, a dominar um talher.
  • 00:24:28
    Então é o corpo físico.
  • 00:24:29
    Ninguém te ensina dominante as tuas emoções ou tua mente.
  • 00:24:32
    É como se isso fosse arbitrário e não tivesse jeito de dominar.
  • 00:24:35
    E nós apanhamos a vida inteira porque nossas emoções ficam assim.
  • 00:24:39
    O nosso pensamento é disperso, não se concentra em nada.
  • 00:24:42
    Apanhamos a vida inteira.
  • 00:24:43
    E se diz que o homem não só pode como deve,
  • 00:24:45
    deveria dominar essas ferramentas
  • 00:24:47
    para poder torná-las mais pressão do seu Eu superior na matéria.
  • 00:24:52
    Para poder fechar a ponte.
  • 00:24:53
    Diz que quando o homem equilibra sua psique,
  • 00:24:56
    o espiritual passa por ela e se manifesta no mundo.
  • 00:24:59
    Ele se torna uma ferramenta na mão de um Deus.
  • 00:25:01
    Seu próprio Deus interior. Sua essência.
  • 00:25:04
    Quando você equilibra "Os Três Mundos", passa o bastão no meio,
  • 00:25:08
    e a lei se estabelece.
  • 00:25:09
    Ela vem dos céus à terra.
  • 00:25:11
    Você cria uma ponte entre o céu e a terra.
  • 00:25:14
    Como se fosse bastão que Mercúrio colocou entre as serpentes.
  • 00:25:16
    Vocês vão ver que a gente fosse falar sobre isso,
  • 00:25:18
    é tanta coisa que a gente poderia falar sobre isso.
  • 00:25:20
    A mitologia ocidental é fortemente marcada por esse símbolo.
  • 00:25:25
    Se vocês forem ver o mito do Rei Arthur,
  • 00:25:27
    Arthur, Guinevere e Lancelot são isso aí, são "Os Três Mundos".
  • 00:25:31
    Guinevere era "alma humana", que são nossos pensamentos e nossas emoções, se apaixona pelo "corpo" e trai o "Espírito".
  • 00:25:37
    Essa é a traição de Guinevere com Arthur.
  • 00:25:40
    Se vocês virem o grande rompimento que houve entre Jung e Freud,
  • 00:25:44
    tem haver com isso.
  • 00:25:45
    Porque Freud considerava a existência do mundo psíquico,
  • 00:25:48
    mas ele acreditava que os conteúdos psíquicos vem do físico.
  • 00:25:51
    Que são Eros e Thanatos,
  • 00:25:53
    os instintos, que vem e gera conteúdos psíquicos.
  • 00:25:56
    Jung não, dizia: têm alguma coisa mais acima
  • 00:25:59
    que influencia esse mundo psíquico.
  • 00:26:02
    Isso era inadmissível, para Freud, para os padrões de pensamento de Freud.
  • 00:26:06
    Jung era um homem pouco fora do seu tempo.
  • 00:26:08
    Muito além do seu tempo.
  • 00:26:10
    Ele se inspirava, inclusive, muito no hermetismo através da alquimia medieval,
  • 00:26:14
    que ele gostava demais.
  • 00:26:15
    Nós vamos ver isso, que a alquimia medieval era hermética.
  • 00:26:19
    Era hermetismo puro.
  • 00:26:21
    Se vocês pegaram "O Livro Vermelho" de Jung,
  • 00:26:22
    vocês vão ver lá cheios de desenhos alquímicos.
  • 00:26:25
    Ele fazia isso como forma de entender as coisas que ele queria expressar.
  • 00:26:30
    Expressava através dos símbolos antigos.
  • 00:26:33
    Então esse símbolo mostra que a intenção de Hermes Trismegistos
  • 00:26:37
    era comunicar-se ao interno, o homem.
  • 00:26:40
    Fazer com que o homem expressar-se aquilo que ele tem mais de profundo,
  • 00:26:43
    mais elevado.
  • 00:26:46
    Ele era um ser considerado tão, considerado tão sábio no Egito,
  • 00:26:50
    que os egípcios, na sua morte, o deificaram.
  • 00:26:53
    Transformaram em um Deus, que é o Íbis, Thoth.
  • 00:26:57
    E depois os gregos vieram e transformaram em um Deus deles, que é o Deus Hermes.
  • 00:27:01
    Dá pra ver aqui o desenho dele,
  • 00:27:04
    vocês estão vendo ali no canto com Chapeuzinho.
  • 00:27:06
    Hermes é aquele que tem um capacete com asinhas,
  • 00:27:08
    tem asinhas nos calcanhares. Lembra dele?
  • 00:27:11
    Essa era a versão de Thoth, na Grécia, e depois virou Mercúrio em Roma.
  • 00:27:17
    Mas sempre com a mesma ideia:
  • 00:27:18
    mensageiro dos deuses, escribas os Deus, comunicador entre o Céu e a Terra.
  • 00:27:23
    Alguém aqui é do signo de Gêmeos?
  • 00:27:25
    Geminiano ali... Está cheio de Geminianos.
  • 00:27:28
    Geminiano é o comunicador, vocês sabem disso.
  • 00:27:31
    A característica principal do signo.
  • 00:27:32
    Regido por Hermes Mercúrio
  • 00:27:35
    É um signo regido por Hermes Mercúrio.
  • 00:27:38
    Agora vejam só, um pequeno detalhe em relação essas duas representações,
  • 00:27:42
    que são representações de época.
  • 00:27:44
    Percebam que, os egípcios,
  • 00:27:47
    eles consideravam que um bom símbolo da sabedoria era o Íbis,
  • 00:27:51
    porque tem esse bico fino,
  • 00:27:53
    está no meio de um monte de insetos, ele vai pinça aquele que ele quer.
  • 00:27:56
    Ele tem o discernimento, capacidade de escolher dentre.
  • 00:27:59
    A etimologia da palavra inteligência: intelligere - escolher dentre.
  • 00:28:04
    Capacidade de fazer, escolher o bom grão.
  • 00:28:07
    Isso para os egípcios encarnava muito bem a ideia da Sabedoria.
  • 00:28:10
    Agora, o grego era um homem muito voltado antropomorfismo,
  • 00:28:15
    a admiração da forma humana.
  • 00:28:18
    Muito voltada a estética.
  • 00:28:19
    Eles não viam a sabedoria através de um Íbis.
  • 00:28:22
    Isso não tinha sentido para eles.
  • 00:28:23
    Então, eles pegam esse conteúdo sabedoria e criam um símbolo próprio,
  • 00:28:28
    que é um belíssimo jovem que é o Hermes com o bastão,
  • 00:28:32
    o Hermes voador.
  • 00:28:33
    E depois os romanos fazem a mesma coisa,
  • 00:28:35
    transformam em um símbolo muito parecido, que é Mercúrio.
  • 00:28:38
    Agora vejam, a nossa civilização quando quer expressar um conceito,
  • 00:28:41
    como a Sabedoria, como o Amor, representa como?
  • 00:28:46
    Tem que usar símbolos do passado.
  • 00:28:47
    A gente não criou nossos símbolos.
  • 00:28:50
    Vocês percebem?
  • 00:28:51
    A gente não criou.
  • 00:28:53
    Para o Amor, você vai ter que pegar Vênus.
  • 00:28:54
    Você vai no tribunal que quer representa a justiça,
  • 00:28:56
    eles colocam a Themis com a ... a balança na mão e os olhos vendados.
  • 00:29:00
    Não veem isso para todo canto?
  • 00:29:02
    Você tem que pegar símbolos emprestados.
  • 00:29:03
    Porque a nossa civilização que criou acelerador atômico e avião a jato,
  • 00:29:07
    não criou símbolos próprios.
  • 00:29:10
    Os símbolos servem para exprimir conceitos muito metafísicos.
  • 00:29:14
    Talvez a gente não os tenha criado porque a gente não quer exprimir conceitos metafísicos.
  • 00:29:18
    Somos uma era muito materialista.
  • 00:29:20
    Tem algum problema a gente trabalhar com símbolos emprestados?
  • 00:29:23
    Por quê que os gregos não pegaram o Íbis,
  • 00:29:26
    criaram o símbolo deles?
  • 00:29:27
    Porque cada civilização tem a sua estrutura psíquica.
  • 00:29:32
    E com símbolos mais adequados você passa muito mais eficazmente o conceito.
  • 00:29:36
    Digamos que você me pergunte: O que a justiça?
  • 00:29:40
    Eu te mostro uma imagem da Themis, vestida de grega.
  • 00:29:44
    Sabe o que que a tua mente vai dizer?
  • 00:29:46
    Na época da Grécia era fácil ser justo.
  • 00:29:48
    Eu queria ver se ela vivesse hoje.
  • 00:29:50
    Eu queria ver Platão fazendo essas coisas que ele fala,
  • 00:29:52
    no engarrafamento da ponte do Bragueto.
  • 00:29:56
    Vocês percebem? Agente tem "Rotas de Fuga". Por quê?
  • 00:29:59
    Porque você colocou uma vestimenta muito distante no tempo e no espaço.
  • 00:30:03
    Você teria que vestir a sabedoria de Século XXI, para mostrar que ela pode existir aqui.
  • 00:30:08
    Isso deixaria vocês sem "Rotas de Fuga".
  • 00:30:10
    Seria muito mais fácil entender esse conceito.
  • 00:30:12
    Seria fundamental para formação do Homem.
  • 00:30:14
    Mas a nossa sociedade trabalha com símbolos emprestados,
  • 00:30:18
    porque talvez, essa ponte para o metafísico não seja o mais importante hoje em dia.
  • 00:30:22
    Você vai dar educação para um jovem, você informa, não forma.
  • 00:30:27
    Daí nós não termos símbolos próprios.
  • 00:30:30
    Eu acho isso uma demonstração...
  • 00:30:32
    Eu acho que, se eu pegasse um Platão e ele perguntasse:
  • 00:30:34
    Como é o Século XXI?
  • 00:30:35
    Eu diria: Não tem símbolos próprios.
  • 00:30:37
    Ele diria: Não precisa me explicar mais nada, eu já sei.
  • 00:30:39
    Porque não constrói ponte é quem não quer chegar do outro lado.
  • 00:30:43
    Evidente. Para quê que eu vou construir uma ponte se eu não quero ir para lá?
  • 00:30:46
    Isso é sintoma de uma sociedade muito materialista.
  • 00:30:49
    Muito rasa, extensa, mas muito rasa.
  • 00:30:52
    Esse é o ciclo que vivemos.
  • 00:30:55
    Continuando e indo um pouco mais adiante: Referências históricas.
  • 00:30:59
    Não preocupem, que não vou ler isso tudo para você de jeito nenhum,
  • 00:31:01
    mas apenas para que vocês tenham uma noção de como todo mundo falava dele.
  • 00:31:05
    Lactâncio falava de Hermes Trismegisto.
  • 00:31:08
    Clemente de Alexandria, falavam bem geral.
  • 00:31:11
    Santo Agostinho é que veio e... Ele não gostava de Hermes Trismegisto.
  • 00:31:17
    E a razão é um pouco curiosa.... pitoresca.
  • 00:31:20
    Santo Agostinho dizia o seguinte:
  • 00:31:22
    que havia muitos conhecimentos dentro da obra hermética
  • 00:31:27
    que eram conhecimentos revelados pelo Cristianismo.
  • 00:31:30
    E que se isso foi dito antes,
  • 00:31:32
    deve ter sido o demônio que soprou aos ouvidos desse homem
  • 00:31:36
    para desmoralizar o Cristianismo que viria no futuro.
  • 00:31:40
    Parece engraçado, mas realmente ele associou Hermes Trismegisto a um ser demoníaco.
  • 00:31:45
    E isso influenciou muita gente.
  • 00:31:46
    Gerou aí todo um preconceito.
  • 00:31:47
    Mas ainda assim, continuou tendo dentro da igreja,
  • 00:31:50
    um Roger Bacon que era um ministro da Igreja,
  • 00:31:54
    um São Alberto Magno,
  • 00:31:56
    virou santo,
  • 00:31:57
    que lia Corpus Hermeticum.
  • 00:31:59
    Enfim, ele teve muita gente que se interessou pela sua obra
  • 00:32:02
    ao longo da história.
  • 00:32:04
    Agora, Renascimento a coisa realmente foi muito forte.
  • 00:32:07
    Renascimento é uma época sensacional para se conhecer.
  • 00:32:11
    A gente pensa em Renascimento, só pensa em pintura,
  • 00:32:13
    em escultura, que já é sensacional.
  • 00:32:16
    Mas o que aconteceu na filosofia dentro do Renascimento
  • 00:32:20
    é um negócio extraordinário.
  • 00:32:22
    É essa filosofia o que está por trás da pintura de um Leonardo,
  • 00:32:25
    da escultura de Michelangelo.
  • 00:32:26
    Uma concepção de universo humanista fantástica.
  • 00:32:30
    Tivemos um gancho histórico que foi muito interessante.
  • 00:32:33
    Foi o fato da queda de Constantinopla na mão dos turcos otomanos.
  • 00:32:37
    O conhecimento Bizantino, em termos de filosofia,
  • 00:32:40
    era muito superior que o europeu.
  • 00:32:42
    Estava cheio de filósofos lá.
  • 00:32:44
    Chega o Islã, que não era uma religião muito favorável,
  • 00:32:48
    naquele contexto, a filosofia.
  • 00:32:50
    Até teve uns contextos em que foi,
  • 00:32:51
    mas ali, naquele momento, não.
  • 00:32:53
    Então, o que acontece? Aqueles filósofos, todos, se veem expulsos
  • 00:32:56
    e vão para a Itália.
  • 00:32:58
    E baixam em Florença, assim, um atrás do outro.
  • 00:33:01
    Teve particularmente um cidadão, chamado George Gemistus Plethon
  • 00:33:05
    que influenciou muito fortemente Cosme de Médici.
  • 00:33:09
    Cosme de Médici fundou na casa dele uma academia Platônica.
  • 00:33:11
    Academia de Platão nasceu de novo,
  • 00:33:14
    dentro de Florença.
  • 00:33:16
    Academia Florentina de Carelli.
  • 00:33:19
    Eles comemoravam todo o aniversário de Platão.
  • 00:33:22
    Estudavam "A República". Estudavam as obras de Platão como um todo.
  • 00:33:25
    E dentro desse contexto, que surgiu na mão desse Cosme de Médici,
  • 00:33:30
    o "Corpus Hermeticum"
  • 00:33:33
    Surgiu uma parte dos tratados do "Corpus Hermeticum"...
  • 00:33:37
    Supunha-se que fossem quinze, hoje a gente já sabe que são mais.
  • 00:33:40
    Quatorze desses tratados.
  • 00:33:42
    E ele deu para um jovem brilhante,
  • 00:33:45
    que era seu protegido, que chamava Marsílio Ficino.
  • 00:33:49
    Marsílio Ficino traduz em 1463.
  • 00:33:53
    Isso é século XV, isso é "quatrocento".
  • 00:33:56
    Ele traduz para o Latim pela primeira vez o Corpus Hermeticum.
  • 00:34:01
    Vocês não fazem ideia de quem isso influenciou.
  • 00:34:04
    Influenciou só a duas pessoas, a Deus e a todo mundo.
  • 00:34:06
    Isso foi uma revolução do pensamento intelectual da Renascença.
  • 00:34:11
    Os artistas como um todo.
  • 00:34:13
    Por que essa turminha que frequentava a escola de "Cared", era da pesada.
  • 00:34:17
    Você tinha desde um Sandro Botticelli a um Rafael Sanzio.
  • 00:34:21
    Leonardo da Vinci era mais ligada à Milão, à esposa
  • 00:34:24
    mas até ele andou passando por ali.
  • 00:34:26
    Todo mundo recebeu influência dessa escola.
  • 00:34:28
    Os nomes grandes que a gente conhece,
  • 00:34:30
    todo mundo recebeu influência dessa escola.
  • 00:34:32
    Prever um Pico della Mirandola,
  • 00:34:34
    que era um gênio.
  • 00:34:35
    Esse foi um foco de difusão do pensamento antigo.
  • 00:34:39
    Eles traduziram Zoroastro também,
  • 00:34:41
    conteúdo mais deísta.
  • 00:34:43
    Trouxeram conhecimento Platônico em peso.
  • 00:34:46
    Isso teve uma influência muito grande.
  • 00:34:48
    Mas curiosamente, muito antes disso,
  • 00:34:52
    o conhecimento hermético se manteve vivo dentro da Idade Média
  • 00:34:56
    através dos alquimistas medievais.
  • 00:34:59
    Então, se você pega um bom Tratado de Alquimia antigo,
  • 00:35:03
    que só recomendo que você trabalha com coisa antiga,
  • 00:35:06
    Porque hoje há uma fantasia muito grande em torno disso,
  • 00:35:09
    que você vai ver que os alquimistas eram Hermetistas.
  • 00:35:12
    Dentro daquele seus tubos de ensaio,
  • 00:35:13
    onde supostamente eles queriam transformar o chumbo em ouro.
  • 00:35:17
    O que eles estavam tentando era transformar,
  • 00:35:18
    o "homem de chumbo" em "homem de ouro".
  • 00:35:21
    O ignorante em um sábio.
  • 00:35:23
    O que eles buscavam era tornar o conhecimento Hermético vivencial.
  • 00:35:26
    Agora aquele negócio de...
  • 00:35:28
    Você viu uma maneira como vivia um alquimista?
  • 00:35:31
    Eram homens que viviam uma vida sacerdotal, muito simples.
  • 00:35:34
    Para que eles queriam produzir ouro, aqueles homens?
  • 00:35:36
    Que ambição mais louca.
  • 00:35:38
    Isso era uma fachada para se proteger da Inquisição.
  • 00:35:42
    Porque você ser ambicioso e querer ouro
  • 00:35:45
    não vai te dar problema com a inquisição.
  • 00:35:46
    Não tem grande problema, todo mundo é.
  • 00:35:48
    Mas você ser Filósofo e querer evoluir o Homem,
  • 00:35:53
    aí você está encrencado com a inquisição.
  • 00:35:55
    Então era uma fachada de químicos,
  • 00:35:58
    quando na verdade era Hermetistas.
  • 00:36:00
    Esse conhecimento...
  • 00:36:01
    É e curioso, vocês vão ver que "Tábua de Esmeralda",
  • 00:36:04
    "Corpus Hermeticum"...
  • 00:36:06
    Hoje se você pega um filósofo, eles vão te dizer:
  • 00:36:08
    foi escrito no início da era Cristã
  • 00:36:11
    e começou a circular na época da Idade Média.
  • 00:36:13
    Realmente, circulou muito na época da idade média,
  • 00:36:15
    ainda na versão copta.
  • 00:36:18
    Mas como? Ele não era do tempo de Hermes Trismegisto.
  • 00:36:20
    Como é que foi escrito aí?
  • 00:36:23
    Nunca confundam a data de uma obra histórica
  • 00:36:28
    com o dia em que ela foi escrita.
  • 00:36:30
    Por que para essas grandes civilizações, escrever já era a decadência.
  • 00:36:34
    Por que escrever expõe muito uma obra a ser profanada,
  • 00:36:37
    ser lida por qualquer um.
  • 00:36:39
    Sabem, O Rig Veda - hindu,
  • 00:36:41
    foi escrito em seis séculos antes de Cristo.
  • 00:36:44
    Era obrigação dos brâmanes decorarem o Rig Veda.
  • 00:36:47
    Não podiam escrever. Profanava a obra.
  • 00:36:49
    A escritura sujeita a uma obra cair na mão de qualquer um.
  • 00:36:53
    Então, quando um livro sagrado é escrito,
  • 00:36:56
    é sinal de que já existe uma decadência tão grande
  • 00:36:59
    que o pessoal tem medo de perder tudo.
  • 00:37:00
    Então prefere não arriscar, prefere condensar.
  • 00:37:04
    Prefere correr o risco de ser profanado.
  • 00:37:06
    Vocês vão dizer que O Rig Veda nasceu no século VI antes de Cristo?
  • 00:37:10
    Isso é ridículo.
  • 00:37:10
    Todo mundo sabe que ele é milenar.
  • 00:37:12
    Mas escrito foi aí.
  • 00:37:13
    Hermes Trismegisto ou Corpus Hermeticum,
  • 00:37:16
    onde Hermes... apareceu escrito aí também.
  • 00:37:18
    Até então, ninguém sabia disso escrito.
  • 00:37:21
    Era uma tradição transmitida oralmente.
  • 00:37:23
    Isso não é incomum em várias tradições.
  • 00:37:26
    Livros sagrados não se escreve.
  • 00:37:28
    É muito risco.
  • 00:37:29
    Eles decoram os livros sagrados.
  • 00:37:31
    E passam de boca ao ouvido,
  • 00:37:33
    que é exatamente a essência do conhecimento Hermético.
  • 00:37:37
    Como eu falei para vocês...
  • 00:37:39
    aquela curiosidade, Nag Hammadi foi 1945.
  • 00:37:42
    Vocês conhecem a história?
  • 00:37:43
    Os pastores estavam pastoreando as suas ovelhas,
  • 00:37:46
    jogaram uma pedra, sei lá para que.
  • 00:37:48
    Ouviram um barulho lá de...
  • 00:37:50
    barros se quebrando, vasos de barro.
  • 00:37:53
    Com rolos e mais rolos.
  • 00:37:55
    Foi assim que foi descoberto Nag Hammadi
  • 00:37:57
    e também o Qumran, as colunas Qumran, os manuscritos do Mar Morto.
  • 00:38:01
    Por acaso.
  • 00:38:02
    Nag Hammadi foi mais curioso
  • 00:38:04
    porque eles pegaram vários desses vasos
  • 00:38:06
    e levaram para casa com pergaminhos dentro
  • 00:38:08
    e a mãe deles usou para aquecer a fogueira.
  • 00:38:11
    Vários, vários, vários.
  • 00:38:13
    Até que apareceu alguém lá, algum historiador, perdido naquela região,
  • 00:38:16
    porque Nag Hammadi mais fica perto de Cairo.
  • 00:38:18
    Cento e poucos quilometros.
  • 00:38:19
    É uma cidadezinha de nada.
  • 00:38:21
    E não, me dá isso para cá,
  • 00:38:22
    esse negócio tem valor.
  • 00:38:23
    Mas não se sabe quanto se perdeu.
  • 00:38:25
    Dentro desses manuscritos existem pedaços originais do Asclepius,
  • 00:38:30
    ou seja, parte do Corpus Hermeticum.
  • 00:38:33
    Vocês sabem, por exemplo,
  • 00:38:35
    Nag Hammadi é do Cristianismo gnóstico,
  • 00:38:38
    Já as colinas de Qumran, que são os manuscritos do Mar Morto,
  • 00:38:41
    são dos essênios judeus.
  • 00:38:43
    Vocês sabem em que entre os manuscritos do Mar Morto eles acharam,
  • 00:38:47
    entre vários trechos do Antigo Testamento,
  • 00:38:49
    acharam a República de Platão.
  • 00:38:51
    Um trecho enorme, entre os essênios do Mar Morto.
  • 00:38:56
    Não é curioso isso?
  • 00:38:57
    Estudavam filosofia, estudavam Platão.
  • 00:39:00
    A República de Platão, tem um trecho enorme lá.
  • 00:39:04
    Só para a gente saber que esse pessoal tinha uma dedicação muito interessante a filosofia.
  • 00:39:09
    Uma visão universalista.
  • 00:39:13
    Bom, isso aqui é muito importante para a gente entender Hermes Trismegisto
  • 00:39:16
    porque basicamente ele é um "três vezes iniciado".
  • 00:39:20
    E o que é ser iniciado?
  • 00:39:22
    Isso aqui é uma imagem de um livro maravilhoso.
  • 00:39:25
    Por sinal, já fiz palestras sobre isso.
  • 00:39:27
    Existe lá no YouTube, que se chama: Alquimia Medieval,
  • 00:39:31
    e que eu me baseei muito nesse livro, que chamaram de Mutus Liber.
  • 00:39:34
    O livro mudo da Alquimia Medieval.
  • 00:39:37
    Essa é uma imagem alquímica, essa é a escada de Jacó.
  • 00:39:40
    Essa imagem serve muito pra gente entender esse conceito de Iniciação.
  • 00:39:44
    Para um egípcio, para os povos clássicos em geral,
  • 00:39:47
    o homem veio ao mundo para uma coisa só.
  • 00:39:49
    Não foram duas.
  • 00:39:50
    Que é para sair da ignorância e chegar sabedoria.
  • 00:39:53
    Não tem dois motivos para o homem esta no mundo.
  • 00:39:55
    Tem um só.
  • 00:39:56
    Sair da ignorância e chegar sabedoria.
  • 00:39:58
    Que a sabedoria é a condição humana plena.
  • 00:40:01
    Agora eles dizem:
  • 00:40:02
    "Não dá para subir todo mundo juntinho".
  • 00:40:05
    Sabe por quê?
  • 00:40:06
    Porque o homem fica sem referencial
  • 00:40:08
    e precisa de uns dois ou três heróis que vão na frente.
  • 00:40:11
    Que chega lá no segundo, terceiro degrau e diz:
  • 00:40:13
    "Oh pessoal! Sobe que é aqui".
  • 00:40:16
    Porque o homem necessita de imagens externas para se inspirar.
  • 00:40:20
    Epíteto, que é um filósofo Romano, ele dizia:
  • 00:40:22
    "Sementes de grandeza no homem, necessitam de imagens
  • 00:40:26
    para crescer e germinar".
  • 00:40:28
    Então se eu falo para vocês: Vamos ser sábios?
  • 00:40:30
    Legal. Gostei. Mas o que é um sábio?
  • 00:40:32
    Me mostra um aí.
  • 00:40:32
    Eu tenho que ter.
  • 00:40:33
    Tenho que pegar os Analectos de Confúcio e dizer: "é isso aqui".
  • 00:40:37
    Tem que ter uma imagem.
  • 00:40:38
    Como é que você vai caminhar para uma coisa que você não vê?
  • 00:40:40
    Eles dizem que é fundamental para a evolução da humanidade,
  • 00:40:45
    que uma meia dúzia, não precisa ser muitos, alguns, vão na frente
  • 00:40:48
    e mostre: "Oh! Ser Humano é isso aqui.
  • 00:40:51
    É legal. Vem que dá.
  • 00:40:53
    Então, as iniciações era como se fossem mosteiros.
  • 00:40:57
    Iniciação é diferente de filosofia.
  • 00:40:59
    Filosofia é uma busca da sabedoria, mas seres que ainda tem muito que caminhar.
  • 00:41:04
    Iniciação já são seres de muito alto nível.
  • 00:41:06
    É um sistema de mosteiro,
  • 00:41:08
    onde mestres e discípulos procuram fazer um processo de vida
  • 00:41:13
    onde eles aceleram o próprio crescimento para ajudar a iluminar quem vem atrás.
  • 00:41:18
    Imaginem que você vai viver 60 anos
  • 00:41:20
    e vai aprender meia dúzia de coisas sobre a convivência.
  • 00:41:23
    Estou sendo otimista, viu
  • 00:41:25
    por que tem gente que vive 60 anos e não aprende nada sobre a convivência.
  • 00:41:28
    Mas digamos que uma pessoa de 60 anos tivesse aprendido
  • 00:41:30
    meia dúzia de coisas sobre a convivência.
  • 00:41:33
    E se dentro de um sistema, numa escola egípcia,
  • 00:41:36
    com um mestre que você tivesse alta confiança,
  • 00:41:39
    ele gerasse experiências na tua vida
  • 00:41:42
    para você aprender essa meia dúzia de coisas em um ano.
  • 00:41:45
    Se você suportasse... saia do outro lado,
  • 00:41:50
    com a experiência de uma vida adquirida em um ano.
  • 00:41:54
    É um exemplo.
  • 00:41:55
    Eles aceleravam em muito o crescimento do Ser Humano.
  • 00:41:59
    Através de um sistema de confiança entre mestre e discípulo.
  • 00:42:02
    Depois esses homens muito maduros e muito preparados para lidar com a vida
  • 00:42:06
    eram espalhados pelo Egito e eram referenciais.
  • 00:42:09
    Então o Egito tinha sábios iniciados.
  • 00:42:12
    Algumas pessoas olhavam para esses sábios e diziam:
  • 00:42:14
    "Nossa, que coisa maravilhosa um sábio".
  • 00:42:16
    "Eu amo isso, eu quero ser assim".
  • 00:42:18
    Quem ama a sabedoria? Filósofos,
  • 00:42:20
    uma camada de pessoas se esforçando para se espelhar nesse exemplo.
  • 00:42:24
    E a sociedade olhava para esse filósofos e dizia:
  • 00:42:26
    "Olha! Que maravilha!"
  • 00:42:27
    "Eu também quero ser assim.
  • 00:42:28
    Quero ser um buscador da sabedoria".
  • 00:42:29
    Ou seja, toda a sociedade era puxada para cima, pela presença de um Sábio.
  • 00:42:34
    E aí eles diziam: Isso é cultura.
  • 00:42:38
    Culto... cultiva aquilo que o homem tem de melhor.
  • 00:42:41
    Verticaliza o homem.
  • 00:42:42
    Muito cá entre nós,
  • 00:42:44
    só entre nós que estamos nessa sala e os ouvintes que assistirão essa palestra.
  • 00:42:49
    Se nós, hoje em dia, fizéssemos um processo de
  • 00:42:53
    cumprir, à risca, tudo que a nossa cultura do Século XXI manda fazer,
  • 00:42:57
    todos os modismos que a cultura faz circular,
  • 00:43:01
    nos tornaríamos seres humanos melhores?
  • 00:43:04
    Acho muito duvidoso. Acho bem improvável.
  • 00:43:07
    Imagina, você segue todos os modismos do dia.
  • 00:43:10
    Você acha que se tornaria melhor?
  • 00:43:12
    Muito improvável.
  • 00:43:14
    Sabe o que significa isso?
  • 00:43:15
    A nossa cultura não está cultivando o homem.
  • 00:43:18
    É uma contracultura. Puxa para baixo.
  • 00:43:20
    Animaliza. Torna superficial. Torna banal.
  • 00:43:24
    Ele diz que uma cultura onde existe a presença dos sábios,
  • 00:43:27
    se você faz aquilo que a cultura preconiza, você cresce.
  • 00:43:32
    Ela é uma cultura que puxa para cima.
  • 00:43:34
    A partir do momento que não existe a possibilidade da Sabedoria,
  • 00:43:37
    a cultura vai consagrar que tipo de valores?
  • 00:43:41
    De onde vêm os valores de uma sociedade que não tem sabedoria?
  • 00:43:45
    Do inconsciente coletivo,
  • 00:43:47
    dos desejos inconscientes das pessoas, das paixões, dos instintos.
  • 00:43:50
    Porque se não vem em cima, vem de baixo.
  • 00:43:53
    A cultura consagra os instintos.
  • 00:43:55
    O egoísmo, os interesses.
  • 00:43:58
    Se torna uma contracultura.
  • 00:43:59
    Então diz que a sociedade é como se fosse uma pirâmide.
  • 00:44:02
    Tem que ter o ápice da pirâmide.
  • 00:44:03
    Tem que ter alguns poucos sábios.
  • 00:44:05
    Todo mundo olha para cima e veja isso como uma possibilidade.
  • 00:44:09
    E gere um um movimento ascensional,
  • 00:44:10
    como elemento cultural predominante,
  • 00:44:13
    um convite a se tornar cada vez mais humano.
  • 00:44:16
    Essas escolas de iniciação não eram só
  • 00:44:19
    uma opção de crescimento individual para homens muito especiais,
  • 00:44:22
    era uma necessidade social dentro do Egito.
  • 00:44:25
    Sociedade se estruturava em torno desse ponto que era sabedoria.
  • 00:44:29
    E tinha e sempre teve até um determinado momento onde,
  • 00:44:33
    começa a decadência do Egito,
  • 00:44:35
    aí na época histórica nós vemos que não tem mais isso.
  • 00:44:38
    Se vocês lerem um historiador, romancista moderno, que a Christian Jacq,
  • 00:44:42
    ele vai falar da queda da última escola iniciática do Egito.
  • 00:44:47
    Já na era Romana, toda a decadência que foi ocorrendo geração após geração,
  • 00:44:51
    ele escreve sobre isso de uma maneira muito bonita.
  • 00:44:53
    É autor daquela grande série Ramsés.
  • 00:44:57
    Enfim, mas o fato é que o Egito era assim.
  • 00:45:00
    Hermes Trismegisto era um mestre iniciado,
  • 00:45:03
    que tinha seus discípulos e transmitia seus conhecimento dentro do sistema de mosteiro.
  • 00:45:08
    Diz que esse conhecimento foi compartilhado com sábio de várias civilizações,
  • 00:45:12
    que vinham de tudo quanto é lugar do mundo.
  • 00:45:14
    Existe um grande sábio ali. Eu vou lá.
  • 00:45:16
    Vocês sabem que na Grécia era moda ir para o Egito.
  • 00:45:19
    Depois era moda em Roma ir para a Grécia.
  • 00:45:21
    Que ficou aquilo, de que o Egito era grandioso.
  • 00:45:24
    As pessoas voltam atrás para tentar recuperar esse conhecimento.
  • 00:45:30
    Então, a palavra básica, as frases básicas do hermetismo,
  • 00:45:34
    bem conhecidas, eu coloquei para vocês.
  • 00:45:36
    A primeira delas diz:
  • 00:45:37
    “Os lábios da sabedoria só se abrem aos ouvidos do entendimento.”
  • 00:45:42
    O que significa isso?
  • 00:45:43
    Um mestre que detêm conhecimento,
  • 00:45:46
    ele só passa o seu conhecimento para um discípulo com muito base moral,
  • 00:45:49
    com um caráter muito bem construído.
  • 00:45:53
    Seja, de boca a ouvido.
  • 00:45:56
    Quando você compra aquele pote da Tupperware...
  • 00:46:00
    Vocês vão dizer: ela tá doida!
  • 00:46:01
    O que tem a ver Tupperware com Hermetismo?
  • 00:46:03
    Você vai ver lá escrito: "hermeticamente fechado".
  • 00:46:08
    Sabe de onde vem essa expressão da nossa língua?
  • 00:46:11
    Do hermeticamente fechado? Do hermetismo.
  • 00:46:14
    As escolas eram tão fechadas,
  • 00:46:16
    guardavam tanto sigilo em relação seu conhecimento,
  • 00:46:19
    que criou essa expressão.
  • 00:46:20
    Que repercutiu até nas línguas neolatinas,
  • 00:46:23
    ou seja, até a Tupperware se inspira em Hermes Trismegisto.
  • 00:46:26
    Eles eram assim. Conhecimento não era passado publicamente.
  • 00:46:32
    Depois Platão vai ele vai escrever uma frase,
  • 00:46:34
    que eu acho muito interessante, que eu vou colocar inclusive no próximo slide que diz:
  • 00:46:38
    "É preferido a ignorância absoluta do que o conhecimento em mãos inadequadas."
  • 00:46:42
    Vê se vocês percebem o que significa isso.
  • 00:46:46
    Vamos tentar fazer um raciocínio estatístico.
  • 00:46:49
    Imaginem o domínio da energia atômica.
  • 00:46:54
    Fissão nuclear.
  • 00:46:56
    Aquela que que a gente usa, já algum tempo.
  • 00:47:00
    Desde os trabalhos de Oppenheimer e tudo mais.
  • 00:47:02
    Se vocês forem pensar, nós temos no mundo algumas usina atômicas,
  • 00:47:06
    que geram energia,
  • 00:47:08
    mas, vocês acham que se a gente for fazer uma conta
  • 00:47:11
    entre o prejuízo que esse conhecimento gerou
  • 00:47:14
    e o lucro que esse conhecimento gerou,
  • 00:47:16
    qual dos dois ganharia?
  • 00:47:18
    Essa altura do campeonato.
  • 00:47:21
    Contam só Hiroshima e Nagasaki, por exemplo.
  • 00:47:23
    Olha, se a gente não tivesse usinas atômicas,
  • 00:47:26
    fazíamos usinas hidrelétricas e se vivia muito bem.
  • 00:47:29
    Mas o que a gente já estragou com isso,
  • 00:47:32
    o que a gente já causou de genocídio,
  • 00:47:33
    os riscos que a gente corre com os loucos por aí,
  • 00:47:36
    que correm atrás de energia nuclear toda hora.
  • 00:47:39
    Vocês percebem que, talvez, do ponto de vista do nosso nível moral,
  • 00:47:43
    da infantilidade generalizada da humanidade atual,
  • 00:47:47
    era melhor que ela não tivesse esse brinquedo?
  • 00:47:50
    É como um bebê com uma faca na mão, corre o risco de se cortar.
  • 00:47:53
    Percebem? É isso que Platão diz:
  • 00:47:55
    "É preferido a ignorância absoluta do que o conhecimento em mãos inadequadas."
  • 00:48:00
    Essas escolas internas tinham critérios para a pessoa entrar.
  • 00:48:04
    Uma espécie de vestibular,
  • 00:48:05
    mas um vestibular que considerava a moral das pessoas,
  • 00:48:08
    o autodomínio, os valores e não tanto a extensão de conhecimentos,
  • 00:48:13
    porque ele diz: "Extensão? Isso adquire rápido".
  • 00:48:16
    Se você não tem algum conhecimento, eu te ensino. Você aprende rápido.
  • 00:48:20
    Agora, se você não tem caráter, não tem como te ensinar isso rápido.
  • 00:48:23
    Isso é um processo de construção que às vezes é muito longo.
  • 00:48:27
    Então, eles mediam a verticalidade e não extensão do conhecimento.
  • 00:48:32
    A formação e não é informação.
  • 00:48:34
    Essa outra frase, que também é hermética,
  • 00:48:37
    quando as pessoas diziam:
  • 00:48:38
    "Por que vocês não compartilham os conhecimentos com a sociedade?
  • 00:48:41
    Eles diziam:
  • 00:48:42
    "Nós devemos dar leite as crianças e carne aos homens feitos".
  • 00:48:47
    A sociedade são crianças, leitinho.
  • 00:48:50
    O homem quando é maduro pode consumir a essência do conhecimento,
  • 00:48:53
    que é a carne.
  • 00:48:54
    Porque aí não vai usar em prejuízo próprio e nem em prejuízo da humanidade.
  • 00:48:57
    Não é mais um bebê com uma faca na mão.
  • 00:48:59
    É um homem que sabe manejar uma faca.
  • 00:49:03
    Não vai ser um psicopata que vai provocar um crime,
  • 00:49:06
    vai ser uma pessoa que vai cortar legumes.
  • 00:49:09
    Sabe para que utilizar cada coisa.
  • 00:49:11
    E sabe que as coisas não são boas nem más em si.
  • 00:49:13
    Bom ou mal é o uso que se faz dela.
  • 00:49:16
    Enfim, o hermetismo tinha como característica o conhecimento muito reservado.
  • 00:49:22
    Essa é a frase que eu falei para vocês de Platão:
  • 00:49:24
    "É preferido a ignorância absoluta do que o conhecimento em mãos inadequadas."
  • 00:49:30
    A marca registrada, conhecimento passado de mestre e discípulo.
  • 00:49:34
    Egito como pátria dos mistérios é um negócio curioso.
  • 00:49:37
    Falei para vocês: Na Idade Média,
  • 00:49:39
    maior parte das pessoas eram analfabetas.
  • 00:49:41
    Conhecimento era muito escasso.
  • 00:49:44
    Mas quando aparecia uma pessoa esquisita rondando os feudos,
  • 00:49:46
    o pessoal dizia: "Veio do Egito".
  • 00:49:49
    Sabe por que?
  • 00:49:51
    Ficou marcado no inconsciente coletivo que Egito é sinônimo de sabedoria,
  • 00:49:54
    de mistérios, de um negócio que assusta.
  • 00:49:57
    Ainda que as pessoas não soubesse mais nada,
  • 00:50:00
    mas ficou marcado essa ideia de que o Egito teve alguma coisa especial
  • 00:50:02
    que aconteceu ali.
  • 00:50:04
    Ainda hoje, quando o pessoal quer fazer uma loja meio esotérica,
  • 00:50:07
    quer mostrar para você que... umas coisas meio misteriosas,
  • 00:50:11
    coloca um monte de coisinha egípcia pendurado.
  • 00:50:14
    Isso ainda que nem sempre correspondem aquele que está sendo oferecido,
  • 00:50:19
    mas enfim,
  • 00:50:20
    quer dizer que tem mistério, usa o Egito.
  • 00:50:22
    Então está estritamente associado na memória inconsciente da humanidade
  • 00:50:27
    que o Egito sabia muito.
  • 00:50:29
    Interessante isso.
  • 00:50:30
    Isso nunca se apagou, nem na Idade Média.
  • 00:50:33
    Difusão pelo mundo antigo e Chave Mestra das Religiões.
  • 00:50:37
    Esse livro diz a chave mestra dos monoteísmos semíticos,
  • 00:50:40
    das religiões babilônicas, persas.
  • 00:50:42
    Influenciou muito a Índia, influenciou o mundo grego,
  • 00:50:45
    mundo mediterrâneo como um todo.
  • 00:50:47
    Até mesmo religiões Escandinavas, Celtas,
  • 00:50:49
    ou seja, a base de religiões que não só existiram no passado,
  • 00:50:53
    mas até das religiões tradicionais que temos até hoje.
  • 00:50:55
    Tem muito conhecimento hermético infiltrado por trás.
  • 00:50:58
    Talvez mal compreendido,
  • 00:50:59
    talvez não muito bem conscientizado,
  • 00:51:01
    mas que tem, tem.
  • 00:51:04
    Ele vai dizer uma coisa muito interessante,
  • 00:51:07
    que a escola hermética, Hermes Trimegisto,
  • 00:51:09
    os mestres egípcios como um todo,
  • 00:51:11
    tinham muita preocupação que o conhecimento que eles detinham,
  • 00:51:15
    a doutrina secreta que eles detinham,
  • 00:51:18
    não se transformassem em Teologia.
  • 00:51:20
    Não se cristalizasse em um credo.
  • 00:51:22
    Eles dizem: quanto esse conhecimento se transforma em um credo,
  • 00:51:27
    a visão do universo, as leis se tornam dogmas.
  • 00:51:32
    Se começa, ao invés de admirar aqueles que conhece essas leis,
  • 00:51:35
    fazer culto a eles.
  • 00:51:36
    Isso faz com que isso se descaracterize muito rapidamente.
  • 00:51:40
    O livro fala, por exemplo, quando passou aquela Pérsia,
  • 00:51:42
    que o conhecimento egípcio se transforma na religião,
  • 00:51:45
    no zoroastrismo,
  • 00:51:48
    na religião de Ahura Mazda.
  • 00:51:50
    Isso aí rapidamente se transformou dogma
  • 00:51:53
    e se antropomorfizou e virou culto
  • 00:51:55
    à personalidade de determinado personagens.
  • 00:51:57
    Ele diz: Isso perde a capacidade de reflexão e aprendizado
  • 00:52:00
    através do conhecimento que a filosofia guardava.
  • 00:52:04
    A mesma coisa ele diz: aconteceu na Índia,
  • 00:52:06
    quando os Brâmanes adotaram uma...
  • 00:52:09
    versão mais teológica do que filosófica,
  • 00:52:11
    houve uma decadência grande do Bramanismo.
  • 00:52:14
    Tanto que o próprio Bramanismo teve que se rever,
  • 00:52:16
    criando as seis escolas de filosofia chamadas "Seis Darshanas".
  • 00:52:19
    Porque tinha decaído de um jeito tal
  • 00:52:21
    que ninguém mais sabia o que estava fazendo.
  • 00:52:22
    Vocês sabem disso, isso é história.
  • 00:52:24
    Aí nasceu, por exemplo, a Vedanta de Shankara Charya
  • 00:52:26
    que era uma escola de filosofia.
  • 00:52:28
    Porque quando o conhecimento se cristaliza em dogma
  • 00:52:31
    e começa a gerar figuras antropomórficas
  • 00:52:34
    e cultos muito superficiais.
  • 00:52:38
    Isso é difícil,
  • 00:52:40
    se perde a compreensão profunda dos mistérios.
  • 00:52:43
    Toma-se os símbolos como realidade.
  • 00:52:46
    E ele diz: A religiões são necessárias,
  • 00:52:48
    mas cuidado para que não haja uma perda da filosofia
  • 00:52:52
    e fique só o lado teológico da coisa.
  • 00:52:54
    Porque daqui a pouco ninguém sabe mais o que isso significa.
  • 00:52:59
    Se você pega uma religião dogmática,
  • 00:53:01
    pega um simbolismo qualquer
  • 00:53:02
    e tenta raciocinar com aquele sacerdócio.
  • 00:53:05
    Isso não é histórico, isso é um símbolo.
  • 00:53:06
    Em geral, você não vai saber interpretado.
  • 00:53:08
    O lado filosófico é visto como uma coisa negativa.
  • 00:53:12
    Eles dizem: "Cuidado,
  • 00:53:14
    para que não se perca a Doutrina Secreta".
  • 00:53:18
    Para que não se perca o conhecimento,
  • 00:53:20
    todo ele transformado em dogma religioso.
  • 00:53:23
    A religiões são necessárias, mas a filosofia não pode deixar de existir.
  • 00:53:28
    Preservação por poucos através dos tempos,
  • 00:53:31
    que é algo que também já falamos.
  • 00:53:32
    Sabe lá quem é que transmitiu esse conhecimento
  • 00:53:34
    até os nossos dias.
  • 00:53:36
    Mas sempre foi uma minoria.
  • 00:53:37
    Mas ele diz:
  • 00:53:38
    Sempre que a humanidade necessitar esse conhecimento vai ressurgir.
  • 00:53:41
    Sempre que o discípulo estiver preparado, surgirá um mestre.
  • 00:53:45
    A humanidade necessitou na Idade Média,
  • 00:53:48
    ele floresceu na Alquimia.
  • 00:53:50
    Em algum momento
  • 00:53:51
    que esse conhecimento tenha pessoas capazes de entendê-lo,
  • 00:53:53
    diz que ele ressurge.
  • 00:53:54
    Ele não se perdeu.
  • 00:53:55
    Ele está oculto ali no inconsciente da humanidade.
  • 00:53:58
    Você tem condições e necessita dele,
  • 00:54:00
    diz que ele volta a aflorar.
  • 00:54:03
    A alquimia hermética que eu falava para vocês
  • 00:54:06
    não tinha nada a ver com transformação de metais,
  • 00:54:10
    mas com a transformação do homem
  • 00:54:11
    e foi um exemplo do florescimento desse conhecimento.
  • 00:54:14
    E diz que de alguma maneira nós vivemos uma época ,
  • 00:54:17
    que é tão obscura quanto à Idade Média
  • 00:54:18
    com outro tipo de obscurantismo.
  • 00:54:21
    Não é um obscurantismo religioso,
  • 00:54:23
    é um obscurantismo materialista,
  • 00:54:25
    de egoísmo, de superficialidade,
  • 00:54:27
    Que talvez esse conhecimento
  • 00:54:29
    tivesse em bom momento também de aflorar
  • 00:54:31
    para aqueles que tenham condições de entende-lo,
  • 00:54:34
    em um momento crítico.
  • 00:54:35
    Eu peguei essa retorta de alquimista,
  • 00:54:38
    que é uma imagem do Mutus Liber,
  • 00:54:40
    para vocês verem quem está lá dentro,
  • 00:54:42
    que é o símbolo do enxofre.
  • 00:54:43
    É o rei, é um homem.
  • 00:54:46
    Não tem nenhum metal,
  • 00:54:47
    nenhuma substância química que está lá dentro.
  • 00:54:49
    É um rei, com cetro e coroa.
  • 00:54:50
    Era o que eles queriam produzir como produto final da sua obra:
  • 00:54:55
    um homem que reinasse sobre a si próprio,
  • 00:54:58
    com poder sobre si próprio, com autodomínio, com sabedoria.
  • 00:55:02
    Esse era o o produto da Alquimia.
  • 00:55:04
    Não era a produção de ouro,
  • 00:55:05
    era a produção de "Homens de ouro".
  • 00:55:08
    E por fim, na nossa pequena palestra de hoje,
  • 00:55:12
    essa é uma frase
  • 00:55:15
    do Caibalion:
  • 00:55:17
    "Em qualquer lugar em que estejam os vestígios dos mestres,
  • 00:55:21
    os ouvidos dos discípulos preparados
  • 00:55:24
    se abrirão de par em par."
  • 00:55:26
    É uma outra versão da mesma frase:
  • 00:55:29
    "Sempre que o discípulo estiver preparado,
  • 00:55:30
    surgirá um mestre."
  • 00:55:31
    Se você necessita de algo para crescer como Ser Humano?
  • 00:55:36
    Necessita de algum conhecimento para poder ser referencial,
  • 00:55:40
    não por motivos egoístas,
  • 00:55:41
    mas para ser referencial
  • 00:55:42
    para que outros possam crescer através de você.
  • 00:55:45
    De alguma maneira esse conhecimento vai surgir na sua vida.
  • 00:55:48
    De alguma maneira.
  • 00:55:49
    Isto esta muito bem retratado nos contos de fadas,
  • 00:55:52
    dos quais eu gosto muito também.
  • 00:55:53
    O príncipe diz: "Vou salvar a princesa."
  • 00:55:56
    O príncipe é um rapazote,
  • 00:55:57
    que, às vezes, não tem nem barba ainda
  • 00:55:59
    e a princesa está com o dragão.
  • 00:56:01
    Mas ele diz: "Vou".
  • 00:56:02
    E se compromete. Uma causa altruísta.
  • 00:56:05
    Ele não esta fazendo nada por si.
  • 00:56:07
    Está fazendo porque considera a causa como justa.
  • 00:56:09
    Você percebe que ele sai do reino sem nenhuma chance,
  • 00:56:12
    sem nenhuma possibilidade,
  • 00:56:13
    pronto a se tornar churrasco de dragão.
  • 00:56:15
    Mas no meio do caminho, vão aflorando os poderes latentes.
  • 00:56:18
    Ele vai sendo armado.
  • 00:56:20
    Aparece um velhinho para quem ele dá água.
  • 00:56:22
    Esse velhinho revela para ele,
  • 00:56:24
    dá um manto que ele fica invisível.
  • 00:56:26
    Revelam um segredo.
  • 00:56:27
    Aparece um passarinho que conta alguma coisa para ele.
  • 00:56:29
    Vão surgindo os poderes ocultos.
  • 00:56:31
    Vão aflorando no caminho.
  • 00:56:33
    Vai surgindo o conhecimento de que ele necessita
  • 00:56:35
    e quando ele chegar diante do dragão ele está armado até os dentes
  • 00:56:37
    e com condições de vencer.
  • 00:56:39
    Mas por que?
  • 00:56:40
    Ele tá comprometido com algo elevado, nobre e desinteressado.
  • 00:56:43
    Ele não está motivado por interesses egoístas.
  • 00:56:46
    E isso faz com que o conhecimento aflore na vida dele.
  • 00:56:50
    "Sempre que o discípulo está preparado,
  • 00:56:52
    surge um mestre."
  • 00:56:53
    Então diz que em épocas de decadência histórica,
  • 00:56:55
    esse conhecimento que um dia foi do Egito, não era do Egito.
  • 00:56:58
    É da humanidade.
  • 00:56:59
    Quando a humanidade necessitar dele ,ele volta a aflorar.
  • 00:57:02
    Conhecimento formativo, vertical.
  • 00:57:04
    Para que o homem compreenda melhor as leis da vida.
  • 00:57:07
    E aprenda a interagir positivamente com essa vida,
  • 00:57:10
    com essa natureza.
  • 00:57:11
    No sentido de construir a si próprio
  • 00:57:14
    e ajudar a construir a humanidade a qual ele pertence.
  • 00:57:18
    Que é o nosso destino na Terra.
  • 00:57:21
    Então nós vamos ver que isso foi a nossa introdução de hoje,
  • 00:57:25
    introdução e tema 1.
  • 00:57:27
    Semana que vem nós vamos fazer o Capítulo 2 do livro,
  • 00:57:29
    que é uma visão geral dos sete princípios.
  • 00:57:32
    Ele vai passar os sete, bem rapidamente.
  • 00:57:35
    ... Depois os capítulos 3, 4 e 5.
  • 00:57:39
    Ele vai pegando um por um e a abordando em mais profundidade.
  • 00:57:42
    Evidentemente que, como nossa intenção é fazer grupo de leitura,
  • 00:57:45
    seria muito bom que tivesse leitura.
  • 00:57:48
    Ou seja, que vocês lessem.
  • 00:57:51
    Porque um grupo de leitura fica muito melhor quando é mais interativo,
  • 00:57:54
    quando tem a participação de vocês, quando traz dúvidas.
  • 00:57:57
    A intenção e fazemos de fato um grupo de leitura.
  • 00:57:59
    E os capítulos são pequenos,
  • 00:58:01
    então não tem nem como vocês terem aquela desculpa mental
  • 00:58:03
    de que "não tive tempo".
  • 00:58:04
    Dá para ler de uma reunião para outra.
  • 00:58:07
    Tenho certeza que se vocês lerem,
  • 00:58:08
    vai ficar muito mais interessante para todo mundo.
  • 00:58:11
    E é um livro bom para você terem.
  • 00:58:14
    Garanto para vocês que não vão se arrepender
  • 00:58:16
    de ter um livro como esse em cabeceira.
  • 00:58:19
    Tá certo?
  • 00:58:20
    Então aqueles que queiram continuar a participar com a gente,
  • 00:58:23
    façam um esforço de ler o capítulo 2. Vocês vão gostar.
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