Modernidade Líquida | Bauman | Aula Resumo

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Ringkasan

TLDRA aula explora a teoria de Bauman sobre a modernidade líquida, que contrasta com a modernidade sólida. A modernidade líquida é caracterizada pela fluidez e efemeridade das relações, resultando em um consumismo baseado em desejos transitórios e na perda de vínculos sólidos. Bauman sugere que essa modernidade traz uma falsa sensação de liberdade, ao mesmo tempo em que inibe a capacidade de imaginação e transformação. A proposta é um reconhecimento do coletivo, promovendo uma democracia que assegure tanto as liberdades individuais quanto os direitos coletivos, buscando um equilíbrio entre liberdade e segurança.

Takeaways

  • 📚 Modernidade líquida = distopia proposta por Bauman.
  • 🧩 A modernidade sólida é estável e opressiva.
  • 🌊 Fluides e efemeridade caracterizam a modernidade líquida.
  • 🏢 Capitalismo pesado vs. capitalismo leve.
  • 💡 A liberdade na modernidade líquida é ilusória.
  • ⚡ Relacionamentos se tornaram menos comprometidos.
  • 👥 Importância do coletivo em uma sociedade individualista.
  • 🗳️ Sugestão de Bauman: fortalecer a democracia e o espaço público.

Garis waktu

  • 00:00:00 - 00:05:00

    A professora Renata Esteves introduz o conceito de modernidade líquida de Zygmunt Bauman, contrapondo-o à modernidade sólida. A modernidade líquida é considerada uma distopia, caracterizada por mudanças constantes e instabilidade, em contraste com a rigidez e controle da modernidade sólida.

  • 00:05:00 - 00:10:00

    Bauman utiliza a metáfora da fluidez para descrever a modernidade líquida, ressaltando como os líquidos se movem livremente em comparação aos sólidos, que são fixos e inalteráveis. Essa fluidez impacta o modo de vida das pessoas e as relações sociais, resultando em conexões mais superficiais e efêmeras.

  • 00:10:00 - 00:15:00

    Na modernidade sólida, exemplificada pelo fordismo, os vínculos empregatícios e relacionamentos eram estruturados e duradouros. Em contrapartida, a modernidade líquida, associada ao capitalismo leve, é marcada por instabilidade, falta de investimento nas relações e uma sociedade orientada ao consumo, onde os desejos são efêmeros e as conexões interpessoais se tornam frágeis.

  • 00:15:00 - 00:22:15

    Bauman adverte sobre os efeitos negativos da modernidade líquida, que provoca individualismo extremo e uma crise de coletividade. A liberdade, na visão de Bauman, é afetada, resultando em um esvaziamento de projetos coletivos. A solução proposta envolve criar espaços de debate democrático que respeitem tanto as liberdades individuais quanto as coletivas, ressaltando a importância de se reconhecer como parte de um todo.

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  • Quem é Zygmunt Bauman?

    Um sociólogo polonês que abordou a modernidade líquida, nascido em 1925 e falecido em 2017.

  • O que é modernidade líquida?

    Um conceito desenvolvido por Bauman que descreve uma sociedade caracterizada por mudanças rápidas e fluidez nas relações sociais, econômicas e afetivas.

  • Qual a diferença entre modernidade líquida e sólida?

    A modernidade sólida é estável e autoritária, enquanto a líquida é fluida e efêmera, refletindo uma redução no investimento nas relações e uma vida mais individualista.

  • Por que a modernidade líquida é considerada uma distopia?

    Porque leva ao esvaziamento do espaço público e à solidão dos indivíduos, que não se reconhecem no coletivo.

  • O que é capitalismo pesado e leve?

    O capitalismo pesado reflete a modernidade sólida, com vínculos trabalhistas rígidos; o leve reflete a modernidade líquida, com vínculos temporários e flexíveis.

  • Como Bauman propõe enfrentar os problemas da modernidade líquida?

    Sugere um retorno ao espaço coletivo e à democracia, equilibrando liberdade e segurança.

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Gulir Otomatis:
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    salve galera bem-vindos ao se liga eu
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    sou a professora Renata Esteves de
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    sociologia vou abordar nessa aula o
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    caráter de tópico da modernidade líquida
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    do Bauman distopia é o oposto de Utopia
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    se Utopia é aquele lugar em que a gente
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    quer viver a distopia corresponde ao
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    ideal de um lugar que a gente não quer
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    viver de jeito nenhum e para o Bauman a
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    modernidade líquida corresponde sim a
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    uma distopia ele faz uma contraposição à
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    modernidade sólida e se muitos
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    intelectuais já se debruçaram sobre Os
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    horrores do Pesadelo da modernidade
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    sólida que seria a opressão e o excesso
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    de controle do Estado o totalitarismo é
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    porque talvez ainda não tenha percebido
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    esse dado conta dos Horrores que a
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    modernidade líquida também tem é isso
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    que o bauma propõe na obra um
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    diagnóstico dos nossos tempos a
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    modernidade
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    e para compreender os problemas e a
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    distopia que é a modernidade líquida é
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    que eu convido vocês para essa aula bora
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    se liga a modernidade líquida é uma obra
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    do sociólogo polonês Digimon Bauman que
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    nasceu em 1925 e faleceu em 2017 essa
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    obra foi escrita em 1999 Então é bom
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    lembrar que é uma obra que já possui
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    mais de 20 anos no entanto ela ainda nos
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    auxilia a dar uma dimensão dos problemas
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    que nós enfrentamos hoje o bauma utiliza
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    essa expressão líquido como uma metáfora
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    para a gente compreender os nossos
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    tempos se contrapondo a modernidade
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    anterior que ele denomina sólida no
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    prefácio dá uma afirma os fluidos se
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    movem facilmente eles fluem escorrem e
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    vem se respingam transbordam vazam e não
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    dão borrifam pingam são filtrados
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    destilados Diferentemente do sólidos não
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    são facilmente contidos contornam certos
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    obstáculos dissolvem outros e invadem ou
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    inundam o seu caminho dos encontros
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    consoles emergem impactos enquanto os
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    sólidos que se encontraram se permanecem
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    sólidos são alterados ficam molhados ou
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    encharcados então por que que ele
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    utiliza essa metáfora do líquido se
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    opondo ao sólido que seria a modernidade
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    anterior imagina alguns sólido imagina
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    um recipiente redondo e eu uso argila
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    para moldar algum artefato com esse
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    recipiente Redondo esse artefato ele
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    fica bem consolidado É difícil destruir
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    é difícil deformar é difícil alterar
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    imagina se eu faço isso de cimento ou de
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    algum outro produto Agora imagina um
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    recipiente Redondo onde eu coloco água
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    que é líquida ela adquire
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    imediatamente o do recipiente mas se eu
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    colocar em outro recipiente num
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    recipiente quadrado ela já se modifica
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    mas a principal ideia aqui é que as
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    moléculas do líquido elas são fluidas
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    elas são desconectadas praticamente e já
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    a molécula no sólidos são principalmente
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    conectadas a questão do bauma é
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    justamente essa Qual será o impacto de
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    uma vida que tá dentro dessa fluidez
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    dessa mobilidade como será que funciona
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    uma sociedade que tá dentro dessa
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    dinâmica de fluidez e de liquidez
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    mudança fluxos e efemeridade são essas
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    as palavras chaves para a gente
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    compreender esse nosso período moderno
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    de liquidez Mas afinal a modernidade já
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    não compreende uma era de muitas
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    mudanças porque vamos pensar Quando se
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    inicia a modernidade lá século 15 século
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    16 em que existe a quebra do antigo
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    regime em que todas as práticas são
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    alteradas E aí a modernidade não
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    significa uma alteração constante então
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    para o Bauman não Como diria o próprio
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    Marx tudo que é sólido desmancha no ar
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    se referindo também a modernidade a
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    ideia destruir toda aquela sociedade
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    antiga que se fundamentava Na Autoridade
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    do Rei e da igreja no entanto era
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    construir outra estrutura também sólida
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    Vale lembrar que que o Weber identifica
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    esse processo de modernidade como um
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    processo de burocratização então ainda
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    existe poder e controle do Estado porém
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    de forma diferente mas ainda assim de
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    forma estruturada vida mas quando que
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    começa a transição entre o que a gente
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    chama de modernidade sólida para
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    modernidade líquida não existe um
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    período exato porque isso se refere a um
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    processo e um processo que ainda está
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    acontecendo vocês vão ver que ainda é
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    possível identificar elementos hoje da
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    modernidade sólida então não ocorre de
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    um dia para o outro mas a gente pode
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    pensar que as reestruturações produtivas
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    foram grandes responsáveis pela
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    modernidade sólida por essa forma fluida
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    da gente existir porque exigiram novas
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    demandas então eu pensaria aqui que a
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    partir da década de 80 com a
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    reestruturação produtiva do toyotismo
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    com a globalização e depois com advento
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    da internet que também possibilitou
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    novas reestruturações produtivas o nosso
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    mundo foi ficando cada vez mais líquido
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    então teremos elementos de liquidez a
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    partir da década de 80 mas ainda hoje é
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    possível identificar alguns elementos
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    sólidos Mas afinal vamos tentar
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    compreender o que que é a modernidade
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    sólida e o que é a modernidade líquida e
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    quais são os seus elementos para
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    facilitar isso o bauma Opera com dois
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    conceitos o conceito de Capitalismo
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    pesado que estaria presente na
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    modernidade sólida e o capitalismo leve
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    que estaria presente na modernidade
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    líquida para explicar para a gente o que
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    que é essa modernidade sólida
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    fundamentada né tendo como paradigma a
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    organização produtiva do fordismo basta
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    a gente pensar na fábrica da Ford ela é
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    pesada porque ela é grande e ela ocupa
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    bastante espaço ou com bastante
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    território ela é sólida em sua estrutura
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    no espaço e no tempo no tempo porque os
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    trabalhadores têm hora para entrar e
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    hora para sair existe ali um tempo
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    rígido de funcionamento
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    Além disso ela é sólida também no
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    vínculo empregatício a gente tem uma um
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    tipo de vínculo empregatício parecido
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    com o nosso regime de CLT onde o
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    trabalhador tem os seus direitos bem
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    determinados e bem rígidos ela é sólida
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    também na própria relação entre os
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    trabalhadores assim vai existir também
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    um fortalecimento do sindicatos o que a
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    gente pode perceber é que no capitalismo
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    pesado é importante isso existe muito
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    investimento imagina uma fábrica grande
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    uma fábrica que demanda muito tempo para
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    você contratar um funcionário você
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    precisa assinar uma carteira
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    assinaram um contrato Então eu preciso
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    investir naquele funcionário por outro
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    lado o funcionário também vai investir
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    naquela carreira era muito comum que
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    alguém que entrasse na fábrica da Ford
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    ou dentro dessa organização produtiva às
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    vezes ficava a vida inteira trabalhando
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    nisso então há um investimento tanto por
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    parte do empregador quanto por parte do
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    empregado assim investimento é a palavra
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    chave para a gente compreender essa
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    modernidade sólida agora imagine que eu
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    tô falando de um processo produtivo mas
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    que esse capitalismo pesado ele se
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    reflete em todas as outras ordens da
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    sociedade ele se reflete também além do
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    campo econômico também no campo político
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    no campo cultural também no campo
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    afetivo e até mesmo no campo da educação
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    assim também vai ser com a modernidade
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    líquida esse processo produtivo do
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    capitalismo leve vai se estender para
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    todas as outras esferas da sociedade
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    para compreender isso dá uma dó tá aqui
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    como paradigma a Microsoft porque ela
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    está relacionada aos novos processos
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    produtivos e também ao advento da
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    internet então a gente vai perceber que
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    aqui existe uma fluidez no tempo no
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    espaço e no vínculo empregatício
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    encontra a posição com a modernidade
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    sólida o que a gente vai notar aqui é
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    que não há praticamente investimento o
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    trabalhador muitas vezes está lá na sua
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    casa trabalhando com celular olha como
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    isso é leve um pequeno celular ou às
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    vezes um pequeno computador ele sequer
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    precisa ir para fábrica então não
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    demanda tanto investimento quanto
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    demanda a modernidade sólida o vínculo
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    empregatício também é leve fluido muitas
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    vezes ele é contratado em regime
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    temporário então aqui também há pouco
  • 00:09:30
    investimento por parte do trabalhador
  • 00:09:33
    que provavelmente não vai ficar tanto
  • 00:09:36
    tempo na empresa como ele costumava
  • 00:09:38
    ficar ali no período do fordismo então o
  • 00:09:41
    que que a gente pode perceber que na
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    modernidade líquida tem menos
  • 00:09:45
    investimento ela é mais fluida ela é
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    mais leve
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    Calma caracterizava a modernidade sólida
  • 00:09:52
    como uma sociedade produção enquanto a
  • 00:09:56
    modernidade líquida ele caracterizava
  • 00:09:58
    como uma sociedade de consumo Mas qual
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    que é a diferença entre uma sociedade de
  • 00:10:03
    consumo e uma sociedade de produção
  • 00:10:06
    imagina a fábrica da Ford sociedade de
  • 00:10:10
    produção ué mas ele não fazia carro para
  • 00:10:13
    ser consumido sim mas esse consumo ele
  • 00:10:16
    tava fundamentado nas necessidades Então
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    a gente vai ver que esse produto tendia
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    a durar mais eu tô falando da Ford mas
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    pensar em todos os produtos que a sua
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    avó a sua bisavó consumia eles duravam
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    Muito provavelmente a geladeira da sua
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    bisavó viveu com ela a vida inteira e
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    outros produtos também já na modernidade
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    leve né no capitalismo leve na
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    modernidade líquida a gente tem uma
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    sociedade de consumo em que está Funda
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    nada sobre o desejo e o desejo é algo
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    passageiro o produto dura menos às vezes
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    pela obsolescência programada ele tá
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    programado para parar de existir a
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    qualidade dele é claramente menor mas às
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    vezes também porque ele sai de moda
  • 00:11:05
    porque não me interessa mais então
  • 00:11:07
    existe uma demanda muito grande nessa
  • 00:11:10
    modalidade líquida pelo consumo só que
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    isso vai se estender também para as
  • 00:11:17
    outras esferas da sociedade e sobretudo
  • 00:11:20
    para as relações humanas as nossas
  • 00:11:23
    amizades deixaram de ser amizade de
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    produção para virarem amizades de
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    consumo O que que é uma amizade de
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    produção é uma amizade que exige
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    investimento exige tempo mas a gente não
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    demanda mais todo esse tempo a gente não
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    quer passar tanto tempo investindo nas
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    amizades a gente quer muita amizade mas
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    Amizades que sejam fáceis de desconectar
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    que na época dele ele tinha poucos
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    amigos e até hoje ele conta nos dedos
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    das mãos o tanto de amigo que eles têm
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    só que seria uma amizade sólidas bem
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    construídas E aí ele diz o menino outro
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    dia me disse que fez não sei quantos
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    amigos no Facebook São muitos amigos mas
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    é uma amizade fluida às vezes eles nem
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    se conhecem pessoalmente só que a graça
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    disso está na desconexão quando dá
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    qualquer tipo de problema na amizade ele
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    vai lá e tira o amigo do Facebook com
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    apenas um clique é muito fácil de
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    desconectar Então a gente tem
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    dificuldade de construir amizades porque
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    a gente não tem mais tempo para investir
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    nessas amizades isso acontece também nas
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    nossas relações amorosas que se tornam
  • 00:12:40
    cada vez mais fluidas basta a gente
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    pensar nos aplicativos de namoro que
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    transformam as próprias pessoas
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    consumo quando a gente está usando o
  • 00:12:51
    aplicativo de namoro aquilo parece mais
  • 00:12:53
    um cardápio aonde você tem várias opções
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    e basta você clicar para escolher e sair
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    com alguém e depois também é fácil de se
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    conectar já antigamente as relações
  • 00:13:07
    amorosas elas exigiam muito investimento
  • 00:13:10
    pensa de novo na sua avó ou na sua
  • 00:13:13
    bisavó depende aí da sua idade
  • 00:13:14
    provavelmente ela teve um relacionamento
  • 00:13:17
    só ela só conheceu o seu vô ela morreu
  • 00:13:21
    junto com seu vô Então imagina o
  • 00:13:24
    investimento afetivo que ela teve pelo
  • 00:13:27
    seu vô e hoje a gente não tem mais tanto
  • 00:13:30
    esse investimento na verdade nós mesmos
  • 00:13:33
    nos colocamos como produto neste
  • 00:13:36
    aplicativo a gente escolhe as melhores
  • 00:13:38
    frases e as melhores fotos estamos lá
  • 00:13:41
    prontos para ser consumidos da mesma
  • 00:13:44
    maneira que a gente também consome o
  • 00:13:47
    outro então a gente vai perceber uma
  • 00:13:49
    fluidez que termina fragilizando os
  • 00:13:53
    laços humanos de uma forma geral
  • 00:13:57
    estilo de vida aí a gente busca auto
  • 00:14:00
    ajuda coaching neurocientista nos
  • 00:14:03
    explicando práticas de como que a gente
  • 00:14:06
    deve viver a gente pode comprar o estilo
  • 00:14:08
    hippie o estilo skatista roqueiro
  • 00:14:11
    tatuado enfim
  • 00:14:13
    isso porque na modernidade líquida nós
  • 00:14:17
    somos aquilo que nós consumimos também
  • 00:14:20
    porque nós estamos muito marcado por um
  • 00:14:24
    forte individualismo isso porque a
  • 00:14:26
    modernidade líquida é consequência
  • 00:14:28
    sobretudo de um neoliberalismo e a gente
  • 00:14:31
    vai perdendo a dimensão do coletivo as
  • 00:14:34
    duas formas de modalidade a sólida é
  • 00:14:37
    líquida podem ser encaradas de uma forma
  • 00:14:39
    negativa e crítica isso porque para o
  • 00:14:42
    Bauman a grande vontade do ser humano é
  • 00:14:45
    de unir duas coisas que são
  • 00:14:47
    inconciliáveis a liberdade e a segurança
  • 00:14:51
    a liberdade mais é ruim a segurança de
  • 00:14:54
    mais é ruim por que que a liberdade mais
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    é ruim pense em alguém que não tem onde
  • 00:14:59
    morar que não que está desempregado o
  • 00:15:01
    que que ele tem liberdade porque ele não
  • 00:15:04
    possui nenhum tipo de vínculo mas a
  • 00:15:07
    segurança em excesso também é ruim
  • 00:15:09
    porque alguém tem segurança em excesso é
  • 00:15:12
    muito controle e pouca mobilidade assim
  • 00:15:15
    se a modernidade sólida peca pelo
  • 00:15:18
    excesso de segurança porque existe muito
  • 00:15:21
    controle do Estado a modernidade líquida
  • 00:15:24
    peca pelo excesso de liquidez porque não
  • 00:15:28
    existe nenhuma perspectiva de vida então
  • 00:15:31
    a distopia da modernidade sólida
  • 00:15:35
    correspondia ao excesso de Estado ao
  • 00:15:38
    excesso de controle isso cai expresso
  • 00:15:41
    por exemplo nas obras do aldaus hucksley
  • 00:15:44
    que é o admirava o mundo novo ou 1984 do
  • 00:15:49
    George Way ou até mesmo no conceito de
  • 00:15:51
    panóptico do Foucault A ideia é que o
  • 00:15:55
    controle burocrático do
  • 00:15:57
    retirava a liberdade do indivíduo na
  • 00:16:00
    medida que massificava e padronizava
  • 00:16:03
    tudo então a luta era contra o excesso
  • 00:16:06
    de estado o medo era contra o controle o
  • 00:16:10
    medo era contra esse excesso de
  • 00:16:12
    segurança mas baumanus adverte que a
  • 00:16:15
    distopia da modernidade líquida consiste
  • 00:16:18
    justamente no esvaziamento do espaço
  • 00:16:21
    público o indivíduo na modernidade
  • 00:16:23
    líquida ele não se reconhece no coletivo
  • 00:16:26
    ele é Solitário ele não investe ele não
  • 00:16:30
    consegue sequer pensar em imaginar um
  • 00:16:34
    outro mundo possível ao qual ele é capaz
  • 00:16:37
    de construir juntamente com o coletivo é
  • 00:16:41
    um indivíduo que ainda possui crítica
  • 00:16:43
    Mas é uma crítica mais superficial
  • 00:16:46
    aquilo que o Bau manda denomina padrão
  • 00:16:49
    de crítica do Acampamento Imagine que
  • 00:16:52
    você vai acampar E aí você encontra
  • 00:16:54
    vários problemas ali no acampamento
  • 00:16:57
    problemas relacionado à água ou algum
  • 00:17:00
    tipo de conforto Como que você resolve
  • 00:17:02
    isso como acampamento é um lugar que
  • 00:17:05
    você vai ficar pouco tempo Provavelmente
  • 00:17:07
    você vai lá e reclama para o
  • 00:17:10
    administrador você não resolve Aquilo em
  • 00:17:13
    conjunto E nem você se coloca como
  • 00:17:16
    responsável daquele tipo de problema
  • 00:17:18
    então ele funciona de forma solitária de
  • 00:17:23
    forma individualista ele não consegue se
  • 00:17:26
    Enxergar como coletivo e pensar em
  • 00:17:29
    transformações sólidas é uma
  • 00:17:31
    transformação momentânea resolveu na
  • 00:17:34
    hora tudo bem mesmo porque não é ali que
  • 00:17:37
    eu quero ficar isso tem relação com a
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    efemeridade e com a fluidez que a gente
  • 00:17:42
    encontra na modernidade líquida essa é a
  • 00:17:46
    distopia da modernidade líquida não há
  • 00:17:49
    projeto não há investimento a
  • 00:17:51
    emancipação para o indivíduo da
  • 00:17:53
    modernidade líquida corresponde a
  • 00:17:55
    simples capacidade de poder agir por si
  • 00:17:58
    mesmo para ele o consumo Libertador
  • 00:18:01
    apenas a possibilidade dele ter escolhas
  • 00:18:04
    e de ele poder consumir escolher estilos
  • 00:18:07
    de vida já representa uma emancipação
  • 00:18:10
    Agora imagina uma sociedade assim para
  • 00:18:15
    onde nós iremos caminhar com uma
  • 00:18:18
    sociedade que não tem absolutamente
  • 00:18:20
    nenhum projeto uma sociedade que passa a
  • 00:18:24
    compreender as grandes questões da vida
  • 00:18:26
    como questões particulares próprias
  • 00:18:30
    individuais para compreender ainda
  • 00:18:33
    melhor essa questão o bauma Opera com
  • 00:18:35
    dois conceitos de liberdade existe uma
  • 00:18:38
    liberdade que a gente pode pensar como
  • 00:18:39
    uma liberdade negativa que significa a
  • 00:18:43
    remoção dos obstáculos Isso tá muito
  • 00:18:46
    relacionado com uma liberdade mercado
  • 00:18:48
    que é com a ausência do Estado aonde os
  • 00:18:51
    produtos podem fluir livremente sem os
  • 00:18:55
    obstáculos que às vezes o estado traz
  • 00:18:57
    mas também existe uma outra forma de
  • 00:19:00
    pensar e a liberdade que a liberdade
  • 00:19:02
    positiva que é pensar nas possibilidades
  • 00:19:05
    de transformação e na capacidade que eu
  • 00:19:09
    tenho de modificar Essa sociedade
  • 00:19:11
    conforme as minhas necessidades para que
  • 00:19:15
    a gente consiga pelo menos ter uma
  • 00:19:17
    sensação de liberdade de duas uma ou a
  • 00:19:22
    gente amplia a nossa capacidade de
  • 00:19:24
    transformação E aí nós precisaremos nos
  • 00:19:28
    unir e precisaremos de estado ou nós
  • 00:19:32
    reduzimos a nossa capacidade de desejo e
  • 00:19:36
    de imaginação assim a gente tem uma
  • 00:19:39
    sensação de liberdade para o bauma a
  • 00:19:43
    modernidade líquida e o problema da
  • 00:19:45
    líquida é que ela corresponde Justamente
  • 00:19:48
    a isso ela diminui os nossos anseios os
  • 00:19:52
    nossos desejos e principalmente a nossa
  • 00:19:55
    imaginação como a gente está muito
  • 00:19:57
    concentrado no consumo nós não
  • 00:19:59
    conseguimos pensar em outro mundo
  • 00:20:02
    possível em outras formas de vida então
  • 00:20:05
    a gente tem uma sensação de que somos
  • 00:20:08
    livres porque os obstáculos são
  • 00:20:10
    removidos isso principalmente
  • 00:20:13
    no capitalismo mais desenvolvido né nos
  • 00:20:16
    países de Capitalismo desenvolvido Onde
  • 00:20:19
    eu posso consumir muito onde eu tenho
  • 00:20:21
    escolhas então isso me traz uma falsa
  • 00:20:24
    sensação de liberdade mas na realidade
  • 00:20:27
    como eu não posso escapar
  • 00:20:30
    imaginar um outro mundo possível então
  • 00:20:33
    eu também não penso em transformar esse
  • 00:20:36
    é nessa medida que o balão sugere como
  • 00:20:39
    uma possível diminuição dos impactos e
  • 00:20:42
    efeitos dessa modernidade líquida a
  • 00:20:44
    volta
  • 00:20:45
    sabe a Ágora a democracia antiga da
  • 00:20:48
    Grécia aquela ideia do homem como um
  • 00:20:52
    animal político colocado por Aristóteles
  • 00:20:55
    o homem como um animal da polis então
  • 00:20:58
    aqui ele sugere mais estados mas não
  • 00:21:00
    naquele modelo presente na modernidade
  • 00:21:03
    sólida a ideia aqui não é o
  • 00:21:05
    totalitarismo mas sim os ideais já
  • 00:21:08
    trazidos pela própria modernidade de
  • 00:21:10
    democracia pensar que existe um espaço
  • 00:21:14
    coletivo e que esse espaço coletivo ele
  • 00:21:17
    deve ser utilizado sobretudo para
  • 00:21:20
    garantir as liberdades individuais é
  • 00:21:23
    assim que o bauma entende que dá para a
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    gente equilibrar um pouco de liberdade
  • 00:21:28
    com segurança nós precisamos nos
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    reconhecer como coletivo e debater
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    ideias com base nas necessidades
  • 00:21:36
    coletivas Para que assim a gente consiga
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    garantir também as liberdades
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    individuais e de alguma forma conciliar
  • 00:21:46
    a liberdade e a segurança finalizo por
  • 00:21:50
    aqui com essa sugestão do Baumann para
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    que a gente se reconheça dentro do
  • 00:21:54
    coletivo para que a gente comece a se
  • 00:21:56
    repensar como um animal da polis como um
  • 00:21:59
    animal político e assim visse garantir
  • 00:22:02
    tantos os nossos direitos coletivos como
  • 00:22:04
    os nossos direitos individuais se restou
  • 00:22:07
    alguma dúvida deixa aí nos comentários
  • 00:22:09
    eu vou ficando por aqui beijos e até a
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    próxima aula
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