A DIREITA É IDENTITÁRIA
Ringkasan
TLDRO vídeo analisa a recente aprovação do PL 416 de 2025 em São Paulo, que reajusta os salários dos servidores públicos em 2,6%, contrastando com o aumento de 40% dos salários dos vereadores. A apresentadora critica a disparidade entre os aumentos e destaca a luta de classes, enfatizando a insatisfação dos servidores. Ela também aborda a fala de uma vereadora do Partido Novo, que se autodenomina "branca, bonita e rica", e discute as implicações do identitarismo na política. O vídeo conclui com uma reflexão sobre a importância de entender as identidades dentro de um contexto histórico e material, e a necessidade de uma luta emancipatória que vá além da inclusão superficial.
Takeaways
- 📊 Aumento de 40% para vereadores em contraste com 2,6% para servidores.
- 💰 Salário dos vereadores agora é de R$ 26.000, enquanto professores ganham R$ 2.680.
- 📉 A inflação acumulada de 2017 a 2024 foi de 47,34%.
- ✊ A luta dos servidores é por um reajuste que reflita o poder de compra.
- 🗳️ A bancada do PT e PSOL votou contra o aumento proposto.
- 👩⚖️ A fala da vereadora do Partido Novo destaca a desconexão com a realidade dos trabalhadores.
- 🔍 Identitarismo é analisado como uma forma de desviar a atenção das lutas sociais.
- 📚 Referências teóricas sobre identitarismo são citadas no vídeo.
- ⚖️ A importância de entender as identidades no contexto histórico e material é enfatizada.
- 🚫 Inclusão em um sistema apodrecido não resulta em transformação real.
Garis waktu
- 00:00:00 - 00:05:00
A apresentadora inicia o vídeo explicando que, apesar do título 'Rit em 5 minutos', o conteúdo será mais extenso. Ela discute um novo projeto de lei em São Paulo que reajusta os salários dos servidores municipais, contrastando com o aumento de 40% dos salários dos vereadores, que agora ganham R$ 26.000, enquanto o aumento para os servidores foi de apenas 2,6%.
- 00:05:00 - 00:10:00
A apresentadora destaca a insatisfação dos servidores públicos, que reivindicavam um aumento de 44% devido à inflação acumulada de 47,34% entre 2017 e 2024. Ela menciona que o aumento proposto não cobre nem mesmo a inflação, resultando em uma deterioração do poder de compra e da qualidade de vida dos trabalhadores.
- 00:10:00 - 00:15:00
O vídeo aborda a luta de classes em São Paulo, onde os servidores públicos enfrentam um cenário de sucateamento dos serviços públicos, com salários baixos e insatisfação crescente. A apresentadora critica a estratégia de privatização que se baseia na insatisfação dos trabalhadores com seus salários.
- 00:15:00 - 00:20:00
A apresentadora menciona uma declaração de uma vereadora do partido Novo, que afirma que sua condição de mulher branca, bonita e rica a torna alvo de críticas. Ela analisa essa fala, questionando a lógica por trás da defesa de sua identidade em vez de abordar as questões estruturais que afetam os trabalhadores.
- 00:20:00 - 00:25:00
O vídeo discute a votação na Câmara dos Vereadores, onde a maioria dos votos a favor do aumento de 2,6% veio de partidos de direita, enquanto partidos de esquerda se opuseram. A apresentadora critica a falta de solidariedade da direita em relação aos servidores públicos e destaca a importância da luta coletiva.
- 00:25:00 - 00:30:00
A apresentadora introduz o conceito de identitarismo, explicando como a vereadora do partido Novo tenta desviar a atenção das questões sociais ao focar em sua identidade. Ela argumenta que a luta por direitos não deve ser reduzida a questões identitárias, mas sim abordada em um contexto mais amplo de luta de classes.
- 00:30:00 - 00:35:00
Referências teóricas são apresentadas, incluindo obras de Charles Taylor e Assad Heider, que discutem a construção da identidade e a armadilha do identitarismo. A apresentadora critica a forma como as identidades são utilizadas no neoliberalismo para desviar a atenção das questões estruturais.
- 00:35:00 - 00:40:00
A apresentadora argumenta que a luta por direitos deve ser radical e não apenas uma busca por inclusão em um sistema opressor. Ela critica a ideia de que a inclusão de indivíduos de grupos marginalizados em posições de poder é suficiente para promover mudanças significativas.
- 00:40:00 - 00:45:07
O vídeo conclui com uma reflexão sobre a importância de entender a luta de classes e as identidades em um contexto histórico e material. A apresentadora enfatiza que a luta deve ser por transformação radical e não apenas por inclusão em um sistema que perpetua desigualdades.
Peta Pikiran
Video Tanya Jawab
Qual é o tema principal do vídeo?
O vídeo discute a aprovação do PL 416 de 2025 em São Paulo e a disparidade salarial entre vereadores e servidores públicos.
O que o PL 416 de 2025 propõe?
O PL propõe um reajuste salarial de 2,6% para os servidores públicos, enquanto os vereadores tiveram um aumento de 40%.
Quem votou a favor do aumento salarial dos servidores?
A bancada do PT, PSOL, PSB e Rede votou contra o aumento proposto.
Qual é a crítica feita à fala da vereadora do Partido Novo?
A crítica é que ela se coloca como uma mulher branca, bonita e rica, ignorando as lutas e realidades dos servidores públicos.
O que é identitarismo, segundo o vídeo?
Identitarismo é a forma como as identidades são utilizadas politicamente, muitas vezes desviando a atenção das lutas sociais e econômicas.
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- 00:00:00Dona Rita, hoje eu esqueci o microfone
- 00:00:02Lapela. É, sabe por você esqueceu o
- 00:00:05microfone, Isa? Porque te incomoda ouvir
- 00:00:08uma mulher branca, bonita e rica.
- 00:00:17Oi, Zinho. Esse é um Rit em 5 minutos,
- 00:00:20um quadro aqui do canal que a gente
- 00:00:22tenta fazer um debate um pouco mais
- 00:00:25curto que os vídeos longos de costume,
- 00:00:27mas só de olhar o roteiro e as
- 00:00:30referências bibliográficas, você já sabe
- 00:00:32que eu não vou conseguir em 5 minutos.
- 00:00:34Mas o bom do quadro chamar em 5 minutos
- 00:00:36é que pode ser 5 ao quadrado, que dá 25
- 00:00:39minutos, que a gente quase nunca
- 00:00:44estoura. A gente vai começar o vídeo de
- 00:00:46hoje fazendo uma prévia do assunto.
- 00:00:49Então, esse é o primeiro movimento, a
- 00:00:50prévia. A gente está em São Paulo, eh,
- 00:00:54recém aprovados e aprovadas um novo
- 00:00:58projeto de lei absurda, que é o
- 00:01:02PL416 de 2025. ele faz um reajuste dos
- 00:01:07salários dos servidores e servidoras
- 00:01:10municipais de São Paulo. Vale contar
- 00:01:12também eh que outros servidores, a gente
- 00:01:17tá falando da classe política, os
- 00:01:18vereadores, vereadoras e o prefeito,
- 00:01:22recentemente aumentaram seu salário.
- 00:01:24Então, a gente tem um cenário que é mais
- 00:01:26ou menos o seguinte: a classe de
- 00:01:28vereadores de São Paulo aumentou em
- 00:01:30quase
- 00:01:3140% seus próprios salários. Eles passam
- 00:01:34a receber agora R$
- 00:01:3726.000 com
- 00:01:40R,98 por mês nesta cidade. Antes o
- 00:01:45salário deles era de quase R$ 19.000, um
- 00:01:48aumento de 40%. E essa mesma câmara de
- 00:01:51vereadores e vereadoras eh decidiu eh o
- 00:01:55número de reajuste do serviço público do
- 00:01:59município, enfermeiras, médicos, eh
- 00:02:04segurança, a Guarda
- 00:02:06Municipal, professoras, merendeiras,
- 00:02:10etc. Um reajuste salarial de 2.6%.
- 00:02:17Só para você ter uma ideia, quando a
- 00:02:18gente fala da categoria um de
- 00:02:21professores do município, a gente tá
- 00:02:23falando de um aumento salarial que vai
- 00:02:25levar o salário de quem dá aula paraa
- 00:02:28criança no município para R$
- 00:02:332.680, comparados com os 26.000 1 dos
- 00:02:38vereadores. A reivindicação da classe de
- 00:02:41servidores e servidoras do município de
- 00:02:43São Paulo era de um reajuste de
- 00:02:4744%. Eh, veja se você me entende por que
- 00:02:51o o reivindicado era tão alto. A gente
- 00:02:54teve um acúmulo inflacionário de 2017 a
- 00:03:002024 de 47.34%
- 00:03:0434% dos valores. Ou seja, é como se
- 00:03:08nesse intervalo de 7 anos tudo tivesse
- 00:03:12ficado quase 50% mais caro. Nosso poder
- 00:03:15de compra foi reduzido em 50%. eh o
- 00:03:19funcionalismo municipal público eh
- 00:03:22almejava ainda abaixo do índice da
- 00:03:25inflação, um reajuste salarial que
- 00:03:27equiparasse o poder de compra do
- 00:03:30funcionalismo com o que ele um dia foi.
- 00:03:32os servidores e as servidoras entraram
- 00:03:34em breve eh com uma expressividade muito
- 00:03:38forte da do setor da educação pública e
- 00:03:41eles tinham uma série de reivindicações
- 00:03:43em específico na educação, eh, os abonos
- 00:03:46salariais, os confiscos previdenciários
- 00:03:50e a redução da alíquota que fica eh eh
- 00:03:54de coletado paraa previdência. Bom, vale
- 00:03:57contar para vocês que o que o nosso
- 00:04:00prefeito nosso, né, o o escambal, o
- 00:04:03Ricardo Nunes, reeleito, sabe se lá
- 00:04:06demens como, mas enfim, né, São Paulo,
- 00:04:09ela não cansa de surpreender. Eh, ele
- 00:04:12fez um reajuste no próprio salário. Em
- 00:04:152022, o reajuste foi de quase
- 00:04:1946% do próprio salário. Agora, ele
- 00:04:21recebe alguma coisa como
- 00:04:2435.500
- 00:04:26R por mês. Agora eu encerro o vídeo. Foi
- 00:04:32embora. O IPC CIP, né, que é o índice de
- 00:04:36preços ao consumidor de São Paulo, eh
- 00:04:39fez uma estimativa que na virada de 2024
- 00:04:43para 2025, a gente teve um aumento nos
- 00:04:46preços eh do custo de vida da cidade de
- 00:04:525.16%. Você lembra que o reajuste
- 00:04:56proposto votado, aprovado em segundo
- 00:04:59turno na votação da Câmara dos
- 00:05:00Vereadores para o funcionalismo público
- 00:05:03foi de
- 00:05:052.6 e o custo de vida em São Paulo, os
- 00:05:09os índices de preços aumentou mais de 5%
- 00:05:12em 1 ano. Então a gente tá vendo uma
- 00:05:15cena muito clara eh da luta de classes,
- 00:05:18né? uma classe trabalhadora sendo
- 00:05:21sucateada, sendo feita com que seu poder
- 00:05:24de compra eh não se equipare com o que
- 00:05:27foi, uma piora da, portanto, né, da
- 00:05:29qualidade de vida dessa classe. E você
- 00:05:32tem esse projeto do sucateamento de tudo
- 00:05:35que é público para que possa ser
- 00:05:37privatizado. É, uma das estratégias de
- 00:05:40sucateamento é reduzir a remuneração dos
- 00:05:44profissionais que estão na área. Quanto
- 00:05:46mais mal pagos, mais insatisfeito, pior
- 00:05:50trabalharão. E aí mais é é possibilidade
- 00:05:54de manobrar o discurso de que o serviço
- 00:05:56é ruim, então ele pode ser privatizado
- 00:05:58para melhorar. Aí eu te convido a pensar
- 00:06:01a Enel, se depois que privatizou
- 00:06:04melhorou, te convido a pensar a Sabesc
- 00:06:07agora, né, que o Tarcis vendeu se o
- 00:06:09serviço tá bem melhor do que tava
- 00:06:12tudo que é para melhorar, tá? A gente tá
- 00:06:14aí agregando sempre. A gente começou, eu
- 00:06:16comecei há um tempo atrás, era de outro
- 00:06:18jeito. Então sempre quando tá, sempre
- 00:06:21quando passa mais coisa, eu falo mais e
- 00:06:23tô sempre aberta. Então a gente se move
- 00:06:25pro ponto dois do nosso vídeo. Se o
- 00:06:27ponto um era um preambo, então você tá
- 00:06:30precisa saber o que que tá acontecendo
- 00:06:31na nossa cidade, que é um retrato da
- 00:06:33luta de classes. O nosso ponto dois é o
- 00:06:36acontecido. No início do vídeo eu faço
- 00:06:39uma piadinha com a Isa que a gente não
- 00:06:41vai usar lapela aqui porque um discurso
- 00:06:44de uma mulher branca, bonita e rica
- 00:06:47incomoda muito. Quem dera fosse uma
- 00:06:50piada, né? quem dera fosse de alguma
- 00:06:53forma um esgarçamento do tecido do
- 00:06:56ridículo para conseguir mostrar alguma
- 00:06:58coisa. Mas não é um recurso pedagógico,
- 00:07:01não é um recurso humorístico, é trecho
- 00:07:04de uma fala feita por uma vereadora na
- 00:07:09tribuna dentro da Câmara de Vereadores
- 00:07:11em São Paulo. Então aqui em São Paulo
- 00:07:13foi votado aquele projeto de lei que eu
- 00:07:15comentei com vocês e e aprovado em
- 00:07:18definitivo já em segundo turno. A
- 00:07:20aprovação contou com 34 votos favoráveis
- 00:07:25para dar esse ridículo aumento ao
- 00:07:27funcionalismo público do do município.
- 00:07:30É. E 17 contrários. Vamos lá. Veja se
- 00:07:34você adivinha quem votou a favor do
- 00:07:37servidor público e quem votou pelo
- 00:07:39sucateamento do servidor público. Tenta
- 00:07:42adivinhar. Direita ou esquerda? Vamos
- 00:07:45lá. Quem votou contrário? A bancada
- 00:07:48inteira do PT. oito votos. A bancada
- 00:07:51inteira do PSOL, seis votos. A bancada
- 00:07:54inteira do PSB, dois votos. A bancada
- 00:07:58inteira do rede, um vote. Então,
- 00:08:00totalizando 17. Agora, veja quem votou
- 00:08:03pela aprovação de um aumento de
- 00:08:062% pro salário dos funcionários
- 00:08:09públicos. A bancada quase inteira do
- 00:08:12União Brasil, seis dos sete vereadores.
- 00:08:15A bancada inteira do Podemos com seis
- 00:08:19vereadores. A bancada inteira dos
- 00:08:21republicanos com dois
- 00:08:23vereadores. A bancada inteira do PP com
- 00:08:27quatro vereadores. A bancada inteira do
- 00:08:30PSD com dois vereadores. Quase a bancada
- 00:08:34inteira do MDB, foram 5/7 que votaram
- 00:08:38por esse e e aumento de 2%. A bancada
- 00:08:42quase inteira do PL, seis dos sete
- 00:08:46vereadores, e a bancada inteira do
- 00:08:48Partido Verde, né? um vereador como
- 00:08:51reiting. Agora tem um outro partido que
- 00:08:54é o que gerou a fala que a gente vai
- 00:08:57tentar trabalhar nesse vídeo, que é a
- 00:08:59bancada inteira do partido novo, que é
- 00:09:02composta apenas de uma pessoa, a Cris
- 00:09:06Monteiro, que no dia 29 de abril, na
- 00:09:09terça-feira agora, deu a seguinte
- 00:09:11declaração. Então, abre o aspas, por
- 00:09:14favor, Luana. Ela tá falando eh eh com a
- 00:09:17Luana Alves, a vereadora do PSOL, que a
- 00:09:19gente lutou para eleger aqui em São
- 00:09:21Paulo. Participei da campanha e tudo. Um
- 00:09:23beijo, Luana. Por favor, Luana calada,
- 00:09:26pode me devolver meu tempo? Tô falando
- 00:09:28com o presidente. Eu escutei vocês, ela
- 00:09:31tá se dirigindo e eh aos servidores e
- 00:09:34servidoras que estavam lá se
- 00:09:35manifestando na casa do povo. Ela é a
- 00:09:38casa é para isso. Câmara dos vereadores.
- 00:09:40Eu escutei todos vocês. Enquanto vocês
- 00:09:42falaram ninguém se manifestou. Agora,
- 00:09:45quando vem uma mulher branca aqui falar
- 00:09:48a verdade para vocês, vocês ficam todos
- 00:09:51nervosos. Por quê? Porque uma mulher
- 00:09:54branca, bonita e rica incomoda muito
- 00:09:58vocês. Ah, tadinha. Tadinha, que bar.
- 00:10:02Mas eu estou aqui representando uma
- 00:10:05parte importante da população que me
- 00:10:07elegeu. Você, por favor, por favor,
- 00:10:10Luana. Calada, calada. temp me devolver
- 00:10:14o tempode me devolver o tempo. Eu
- 00:10:17escutei todos vocês calados enquanto
- 00:10:20vocês falaram ali, ninguém se
- 00:10:22manifestou. Agora, quando veio uma
- 00:10:24mulher branca aqui falar a verdade para
- 00:10:26vocês, vocês ficam todos nervosos. Por
- 00:10:30quê? Porque uma mulher branca, bonita e
- 00:10:34rica incomoda muito vocês. Mas eu tô
- 00:10:38aqui representando uma parte importante
- 00:10:41da população que me elegeu, porque eu
- 00:10:45faço o que é certo. Eu não vou defender
- 00:10:49essas. Bom, então vamos lá de análise,
- 00:10:51né? Eh, eu vou tentar começar e a
- 00:10:54discussão do vídeo de hoje. Você já viu
- 00:10:56que o vídeo chama identitarismo, né? com
- 00:10:58esse estranho fenômeno que é o seguinte,
- 00:11:01uma vereadora do do partido mais
- 00:11:04neoliberal da história do Brasil,
- 00:11:07partido novo, eh um partido, portanto,
- 00:11:09compromissado e comprometido com
- 00:11:13destruir, delapidar eh o patrimônio do
- 00:11:16Estado brasileiro, privatizar tudo que
- 00:11:18puder, destruir tudo que for público e e
- 00:11:20entregar paraa iniciativa privada. dá
- 00:11:22uma declaração de que ela estaria
- 00:11:25sofrendo um rechaço democrático, né, eh,
- 00:11:30durante a fala dela, eh, não porque ela
- 00:11:33é uma secla da direita, não porque o
- 00:11:37mandato dela que que fez a sua vida em
- 00:11:40bancos de investimento, não está a
- 00:11:43serviço da classe trabalhadora, mais dos
- 00:11:46interesses das elites que lucram com a
- 00:11:48privatização. Não, ela está sendo
- 00:11:51rechaçada porque ela é uma mulher e é
- 00:11:54branca, bonita e rica. O que é lofobia?
- 00:11:58Assim, aqui eu não vou entrar no mérito,
- 00:12:01né, de que a Cris Monteiro não é branca.
- 00:12:13Eh, a Cris Monteiro não é uma
- 00:12:15analfabeta, uma estúpida, uma ignorante.
- 00:12:18Ela passou a vida inteira trabalhando em
- 00:12:20bancos internacionais de investimento e
- 00:12:22ela sabe que se ela sair do Brasil para
- 00:12:26tentar abrir uma conta nos Estados
- 00:12:28Unidos e ela preencher nos documentos do
- 00:12:31banco, que ela é branca, a conta não
- 00:12:34será aberta porque existe uma falsidade
- 00:12:36ideológica em qualquer lugar do mundo. A
- 00:12:40Cris Monteiro é latina, né? Entre ela e
- 00:12:44a Jennifer Lopes e não tem diferença,
- 00:12:47né? racial ou as outras, claro, des só
- 00:12:50não ser cego para ver entre ela e uma
- 00:12:53mexicana, uma colombiana, é tudo ticano
- 00:12:56nos Estados Unidos, na Europa, por
- 00:12:58exemplo. Eu não vou entrar no mérito se
- 00:13:00ela é ou não bonita, porque eu acho que
- 00:13:02isso não tem contribuição nenhuma pro
- 00:13:04debate democrático, né? Se ela se acha
- 00:13:06bonita, parabéns para ela e o rum. E não
- 00:13:08vou entrar no mérito se ela é ou não
- 00:13:10rica, eh, porque ela passou a vida
- 00:13:13inteira trabalhando, porque ela diz no
- 00:13:16site dela que ela nasceu numa periferia.
- 00:13:24Sabe aquela pergunta que você escuta da
- 00:13:26família, dos amigos, né, e se tornou um
- 00:13:29grande caso de sucesso, né, de uma
- 00:13:32gestora de
- 00:13:34de fortunas e etc. Eh, até onde eu sei,
- 00:13:39o nome disso é classe trabalhadora Pobl
- 00:13:41Premium, né? Então, ao longo da sua
- 00:13:44vida, ela precisou vender a força de
- 00:13:47trabalho para comer, morar e
- 00:13:50vestir. El, ela não é rica, né, meus
- 00:13:52amores?
- 00:13:55Aqui é o chaque de revelação de classe
- 00:13:56social. Todas essas identidades, no
- 00:13:59entanto, tentam mascarar o que ela de
- 00:14:02fato é. é uma serviçal aos interesses da
- 00:14:07classe dominante, né? Alguém que tem o
- 00:14:10seu mandato alugado pros grandes
- 00:14:13interesses do capital, uma inimiga do
- 00:14:15povo trabalhador da nossa cidade, dos
- 00:14:18servidores e servidoras municipais. para
- 00:14:21falar sobre alguma coisa que eu já disse
- 00:14:24algumas vezes aqui, é de que os
- 00:14:26primeiros identitários, né, sempre foram
- 00:14:29os brancos colonizadores europeus, a
- 00:14:32gente vai usar algumas referências.
- 00:14:35Parte três do vídeo, referências
- 00:14:37teóricas. Cronologicamente,
- 00:14:40eu arrumei errado, Brira, mas a Rochelle
- 00:14:42me põe em preto e branco naquela e aí
- 00:14:44vocês fingem que não estão vendo B9.
- 00:14:46Cronologicamente falando, eles são
- 00:14:48assim. Lá em
- 00:14:501989 você tem o Charles Taylor, que é um
- 00:14:54grande antropólogo, escrevendo as
- 00:14:57fronteiras do self, né? É um preâmbulo
- 00:15:01para a compreensão da modernidade, a
- 00:15:04construção da identidade moderna. Eh, e
- 00:15:07um livro no qual uma obra na qual você
- 00:15:09tá vendo é um catatal, o Charles vai
- 00:15:11tentar pensar da onde vem essa noção de
- 00:15:15identidade e como ela foi histórica e
- 00:15:18materialmente sendo produzida, como ela
- 00:15:21apareceu na filosofia, na ética, no
- 00:15:24direito e etc. Em 2018 você tem o
- 00:15:28Armadilha da Identidade do Assad Heider,
- 00:15:32né, um historiador intelectual
- 00:15:35marxista, eh, que faz o primeiro
- 00:15:39trabalho que se consolida como uma
- 00:15:41referência de esquerda radical para
- 00:15:44pensar identidade e o jogo que o
- 00:15:47neoliberalismo faz com as identidades,
- 00:15:50né, como as políticas
- 00:15:54identitárias resultam em alguma coisa
- 00:15:56como se fosse um cachorro correndo atrás
- 00:15:58do próprio rabo. Vou explicar isso em
- 00:16:00mais detalhe. Então, tivemos 89
- 00:16:03antropologia, 2018 história e agora em
- 00:16:072024, na viradinha pro 2025, é a boi
- 00:16:11tempo lança o que é o identitarismo.
- 00:16:14Trabalho de um amigo querido, filósofo
- 00:16:17marxista que é o Douglas Barros. E eu
- 00:16:20escrevi o prefácio desse livro,
- 00:16:22inclusive ele saiu separado no outras
- 00:16:24palavras. Vou deixar o link aqui para
- 00:16:26vocês lerem o prefácio, que é alguma
- 00:16:29coisa como um estado da arte para que a
- 00:16:32gente possa fazer esse debate eh com
- 00:16:35esse acúmulo de algumas décadas desde
- 00:16:37que a gente tá vendo eh eh o
- 00:16:40neoliberalismo, né? eh esse essa virada
- 00:16:44do capital, a financeiriação da vida, eh
- 00:16:48a expropriação de tudo, a privatização
- 00:16:51de tudo dos anos 70 para cá, como as
- 00:16:55identidades elas vão gradativamente,
- 00:16:58deixando de ser o que elas eram, que era
- 00:17:01uma bandeira para congregar eh o povo em
- 00:17:06luta por interesses comuns. E elas
- 00:17:09passam a ser uma espécie de de ticket,
- 00:17:12né, de etiqueta distintiva do ser humano
- 00:17:17como uma forma mercadoria. Não leve para
- 00:17:20casa apenas uma roteirista. Leve para
- 00:17:23casa uma roteirista negra PCD lésbica. E
- 00:17:27no mercado das identidades, as marcas
- 00:17:31sociais de
- 00:17:32subalternidade seriam o suficiente para
- 00:17:35que esses sujeitos se tornassem eh
- 00:17:38melhores, mais aptos, mais críticos do
- 00:17:41que os demais. Assim, meu Angel e eh
- 00:17:44você não você não é um ignor você não
- 00:17:47come merda de colher, você não assiste
- 00:17:49Brasil paralelo. Então você sabe que que
- 00:17:53isso aí é um absurdo pensar isso, né? E
- 00:17:57rapidamente, uma coisa que eu faço
- 00:17:58também no prefácio é dizer assim: "Olha,
- 00:18:01se as identidades fossem suficientes eh
- 00:18:04como indicativo de diretriz política, a
- 00:18:07gente nunca teria tido a Margaret Tcher,
- 00:18:10né? uma mulher que destruiu políticas
- 00:18:13para as mulheres no Reino Unido. A gente
- 00:18:15não teria tido a Damaris Alves, uma
- 00:18:17mulher que luta contra o feminismo. A
- 00:18:20gente não teria o Eduardo Leite, né, uma
- 00:18:24LGBT que serve à direita no Brasil, uma
- 00:18:28LGBT que tá pouco se lixando para as
- 00:18:30políticas públicas, para pessoas LGBT. A
- 00:18:33gente não teria o Sérgio Camarco, né? eh
- 00:18:36um homem negro bolsonarista que dentro
- 00:18:40da Fundação Palmares lutou para destruir
- 00:18:43política de cotas no Brasil. Então, uma
- 00:18:47identidade eh se ela tiver apartada do
- 00:18:51processo histórico material que a
- 00:18:53produz, ela não serve para nada e ela
- 00:18:56não diz nada. E ela pode aparecer na
- 00:18:59boca de uma vereadora neoliberal de
- 00:19:02direita, eh, dizendo que o ela ela está
- 00:19:06sendo rechaçada pelos servidores e
- 00:19:09servidoras públicas, porque ela é uma
- 00:19:12mulher branca, bonita e rica e isso
- 00:19:15incomoda muit Não, o que incomoda não é
- 00:19:17o reajuste de 2%. O que incomoda não é a
- 00:19:20delapidação e a destruição do serviço
- 00:19:22público e das carreiras de servidores e
- 00:19:24servidoras. o que incomoda é a
- 00:19:26identidade dela. Então, eu já falei
- 00:19:28brevemente sobre isso em outros vídeos,
- 00:19:30que é o seguinte: eh o que produz a
- 00:19:33identidade mulher é um tipo de opressão,
- 00:19:38um tipo de construção social no
- 00:19:41determinado momento histórico. O que
- 00:19:43produz a identidade negro não é a cor da
- 00:19:46pele, né? O que produz a mulher não é a
- 00:19:48genitária, mas é um tipo de opressão
- 00:19:51produzida sobre alguns corpos. O que
- 00:19:54produz a LGBT idade não é a prática
- 00:19:59sexual, mas é a objeção que esse grupo
- 00:20:03sofre dentro de uma sociedade. Se você
- 00:20:06pensa uma identidade descolada do
- 00:20:09processo histórico e material, eh você
- 00:20:12nunca será capaz eh de entender o
- 00:20:16potencial de luta e emancipação política
- 00:20:19desta identidade, né? O que que é então
- 00:20:23eh a luta de mulheres? É uma que seja
- 00:20:26capaz de abalar, desmontar e destruir o
- 00:20:29sistema patriarcal. Que que é a luta de
- 00:20:32pessoas racializadas?
- 00:20:35o que seja capaz de superar o conceito
- 00:20:37de raça, das mulheres, superar o
- 00:20:39conceito de sexo, de gênero, é de
- 00:20:42pessoas LGBT superar o conceito que
- 00:20:45produz a minorização. Todos esses grupos
- 00:20:48que são minorizados socialmente, a gente
- 00:20:51poderia pensar pessoas com deficiência,
- 00:20:54qual é a luta dessas pessoas? É por
- 00:20:58inclusão no Não, é para implos.
- 00:21:04Se um grupo minorizado luta apenas para
- 00:21:06ser incluído na coisa e não para que a
- 00:21:09coisa seja
- 00:21:11transformada, esse grupo minorizado vai,
- 00:21:13ao final do dia produzir a política de
- 00:21:16cada um por si o melhor entre nós que
- 00:21:18vença. E que todo mundo fique muito
- 00:21:21feliz quando uma PCD estiver sentada na
- 00:21:25mesa dos poderosos, quando uma PCD
- 00:21:28estiver no carbo de, quando uma pessoa
- 00:21:31negra, quando uma pessoa LGBT, quando
- 00:21:33uma mulher e e aí eu tô falando para
- 00:21:36vocês do Eduardo Leite, do José Camarco
- 00:21:38e da Margaret Tater, da Maris Alves, da
- 00:21:41para mostrar e que essas identidades
- 00:21:44elas não significam nada se as pessoas
- 00:21:49que possuem essas identidades não tem um
- 00:21:51compromisso político, histórico e
- 00:21:55material contrário ao sistema de
- 00:21:59opressões que produziu cada uma dessas
- 00:22:02identidades. E essa é a armadilha
- 00:22:05identitária que o Assad Heider fala no
- 00:22:07livro dele. É desse cachorro que vai
- 00:22:09correr atrás do próprio rabo. É um
- 00:22:12movimento negro eh que seja liberal, né?
- 00:22:16Que acredite no indivíduo, né? Eh, o
- 00:22:19movimento negro que não entenda o
- 00:22:21racismo como estrutural e estruturante
- 00:22:24do Brasil, que a cada 10 anos de país
- 00:22:27sete foram de escravização, é incapaz de
- 00:22:31de fazer uma luta realmente
- 00:22:33emancipatória e ele vai focar na
- 00:22:36afirmação de uma identidade. Ou seja,
- 00:22:39que possamos ter um cabelo, que sintamos
- 00:22:42orgulho de uma cor, que possamos eh
- 00:22:46lidar na
- 00:22:48democracia com a representação de
- 00:22:51religiões, de matriz e e embora todos
- 00:22:55esses fatos sejam importantes e
- 00:22:57necessários de luta, eu vou tentar
- 00:22:59terminar o vídeo falando sobre isso.
- 00:23:01Nenhum desses fatos transforma uma
- 00:23:04sociedade.
- 00:23:06Inclusão num sistema
- 00:23:09apodrecido nunca resulta na superação do
- 00:23:13sistema apodrecido. Esses corpos que vão
- 00:23:16se tornando marginais e
- 00:23:18marginalizados tem, vou repetir, a
- 00:23:21potencialidade de através da sua
- 00:23:25colocação à margem fazer a crítica do
- 00:23:28centro, ou seja, é o conceito de
- 00:23:31deficiência como uma produção sistêmica.
- 00:23:34Já falei isso em outros vídeos também.
- 00:23:36Eh, por que que a gente considera o
- 00:23:38corpo deficiente e não o espaço? Esse
- 00:23:40espaço só tem escadas. Por que que não é
- 00:23:44esse espaço que é deficiente de rampa?
- 00:23:46Por que que não é esse espaço que é Por
- 00:23:48que que é o corpo? Porque a ideia que tá
- 00:23:50posta aqui é é essa é uma questão do
- 00:23:53indivíduo e aí um grupo de indivíduos
- 00:23:55vai formalizar uma demanda de política
- 00:23:59pública para o Estado. Porque o que tá
- 00:24:01sendo imaginado como o sujeito ideal,
- 00:24:03né, o que tá sendo imaginado como o
- 00:24:05indivíduo, o que tá sendo imaginado como
- 00:24:08eh a menor instância para produção de
- 00:24:11política é uma pessoa sem deficiência. E
- 00:24:14aí as pessoas com deficiência estão
- 00:24:17marginalizadas e terão de se organizar
- 00:24:20em demanda, ou para que elas sejam
- 00:24:22incluídas nesse sistema, ou para que o
- 00:24:25sistema seja transformado e radicalmente
- 00:24:28alterado. Aqui está uma diferença entre
- 00:24:30movimentos liberais. Então, pensam eh o
- 00:24:34indivíduo, acreditam na forma do direito
- 00:24:37como resolvedora de conflitos, né? Ai,
- 00:24:41com melhores leis, ah, com melhores
- 00:24:44votantes, ai com melhores
- 00:24:46representantes,
- 00:24:48sendo que melhores leis votantes e
- 00:24:50representantes não alteram a estrutura
- 00:24:53de poder de uma sociedade. E por isso um
- 00:24:56grupo vai continuar produzindo, julgando
- 00:24:59e escolhendo para que ele seja
- 00:25:02beneficiado. termo, né, de políticas
- 00:25:05identitárias. Ele ele vai aparecer ali
- 00:25:08no meado do século passado do
- 00:25:111900 através de um coletivo
- 00:25:15feminista negro e lésbico dos Estados
- 00:25:18Unidos, que era o Kombahi River. Eh, e
- 00:25:21ele aparece pela primeira vez eh numa
- 00:25:25declaração do feminismo negro deste
- 00:25:28movimento, que convoca a esquerda a
- 00:25:32examinar o quão racistas eram as suas
- 00:25:36políticas, o quão misógenas eram suas
- 00:25:38políticas, o quão lesbofóbicas eram suas
- 00:25:41políticas, seus discursos, suas
- 00:25:43práticas. E de que se a gente tem um
- 00:25:46setor de esquerda que imagina que a
- 00:25:49classe trabalhadora é uma abstração sem
- 00:25:52corpo, né? é que a classe trabalhadora
- 00:25:56não tem cor de pele, não tem
- 00:25:57sexualidade, não tem gênero, não tem
- 00:26:00sexo, não tem necessidades adivindas
- 00:26:04dessa realidade, eh não enfrenta uma
- 00:26:07série de coisas adivindas dessa
- 00:26:09realidade. Eh, a gente produz um
- 00:26:13movimento que se preocupa com uma classe
- 00:26:16trabalhadora abstrata e que, por isso,
- 00:26:18produzirá políticas do abstrato para o
- 00:26:21abstrato, né? Eh, quando o Marx nos
- 00:26:24convoca a elevar o material pro nível de
- 00:26:29abstração, né? Ou seja, a partir da
- 00:26:32observação da realidade material, do que
- 00:26:34acontece de fato, materialmente falando,
- 00:26:38é como a gente pode abstrair esse
- 00:26:41movimento e lutar paraa transformação
- 00:26:44radical dele. Isso é engraçado porque o
- 00:26:48antiidentitário, né, se a gente pensa,
- 00:26:50bom, então existe um uma gestão
- 00:26:53neoliberal das identidades que vai
- 00:26:57abafar a revolta social dizendo assim:
- 00:27:00"Não se revoltem, temos uma mulher negra
- 00:27:03sentada na cadeira, né? Imagina,
- 00:27:06elegemos a Câmala Harris nos Estados
- 00:27:09Unidos, temos uma mulher negra
- 00:27:11presidenta dos OK e os Estados Unidos
- 00:27:14vai continuar bombardeando países de
- 00:27:17mulheres negras. Então, as todas as
- 00:27:20mulheres negras ao redor do mundo,
- 00:27:22quando uma mulher negra senta na cadeira
- 00:27:25da presidência dos Estados Unidos, estão
- 00:27:28sendo beneficiados, meu anjo, né? para
- 00:27:31de comer cocô e assiste Brasil
- 00:27:33paralelo. Essa noção é a gestão
- 00:27:36neoliberal das identidades. É abafar o
- 00:27:39potencial de revolta de um grupo
- 00:27:41oprimido, elegendo entre eles um
- 00:27:44síndico, elegendo entre eles um
- 00:27:47representante que dialogará com o poder,
- 00:27:50mas mantendo eles bem apartados do
- 00:27:54exercício radical do poder. aqui no
- 00:27:56Brasil, eh, o Hélio Santos, eh, que ele
- 00:28:00faz parte da Oxfan, né, aquele, eh,
- 00:28:03órgão, eh, de pesquisa e observação da
- 00:28:06desigualdade mundial. E ele também é
- 00:28:09presidente do CEDRA, o Centro de eh
- 00:28:12estudos da desigualdade racial no
- 00:28:15Brasil, é que faz publicações sempre,
- 00:28:18né, a partir dos dados oficiais do
- 00:28:21Estado brasileiro, o IBGE, eh eh o
- 00:28:24IPEIA, né, o índice de pesquisa
- 00:28:26econômica aplicada, o PENAD, né, etc. Os
- 00:28:30dados oficiais que o que o Estado
- 00:28:32brasileiro produz. E o Cedra produziu um
- 00:28:35relatório contando pra gente que o
- 00:28:37racismo no nosso país ele custa alguma
- 00:28:41coisa como 103 bilhões ao Brasil por
- 00:28:46mês. O país deixa de produzir,
- 00:28:51arrecadar, investir, circular 103
- 00:28:56bilhões de reais mês por causa do
- 00:28:59racismo. Isso, se você for eh eh um um
- 00:29:02uma pessoa preocupada com funcionamento
- 00:29:04do sistema capitalista, já devia ser
- 00:29:07argumento suficiente, né, para
- 00:29:09convocá-lo uma luta eh por melhorias das
- 00:29:12condições raciais do país. Agora, a
- 00:29:16noção negro, né, eh como um grupo
- 00:29:20formado por eh pessoas racializadas no
- 00:29:24Brasil, sejam elas pardas, sejam elas
- 00:29:26pretas, sejam elas descendentes de povos
- 00:29:29indígenas, né? O Brasil tem tanto horror
- 00:29:32ao debate racial que o Brasil produziu o
- 00:29:35termo sertanejo, que é um termo que
- 00:29:38designa uma missigenação racial múltipla
- 00:29:42do Brasil, o sertanejo produziu o termo
- 00:29:45nordestino para designar uma
- 00:29:47missigenação racial do do país. Mas
- 00:29:50volta, o o Hélio mostra é tem um podcast
- 00:29:54maravilhoso dele no café da manhã, vou
- 00:29:56deixar aqui, chamado Acord do seu
- 00:29:58salário, algo assim, vou deixar aqui na
- 00:30:00descrição. Eh, e que o Hé vai dizer:
- 00:30:02"Olha, classe trabalhador pobre não é
- 00:30:04tudo igual. Quando você examina
- 00:30:07estatisticamente com os dados oficiais
- 00:30:09do do governo brasileiro, é, as
- 00:30:12periferias são muito distintas quando
- 00:30:14elas têm e regiões negras e regiões
- 00:30:17brancas. Eh, nas periferias, quando você
- 00:30:21pensa assim, coleta de lixo, lares
- 00:30:24chefeados por pessoas negras, partes
- 00:30:27negras das periferias, tem menos acesso
- 00:30:29à coleta de lixo. Eh, evasão escolar é
- 00:30:32maior entre pessoas negras, na renda
- 00:30:35mais baixa. Quando a gente pensa divisão
- 00:30:37de de mão de obra, a gente ainda tem no
- 00:30:40Brasil os trabalhos braçais de pedreira,
- 00:30:43de marcenaria, trabalhos domésticos
- 00:30:46sendo realizados em mais de 60% das
- 00:30:49vezes por pessoas negras, enquanto
- 00:30:51trabalhos como dentista, médico,
- 00:30:53economista, arquiteto e são realizados
- 00:30:57majoritariamente por pessoas brancas. Eu
- 00:30:59peguei um dado que talvez seja o mais
- 00:31:01absurdo, né, dessa comparação e para
- 00:31:04ajudar as pessoas a entenderem que
- 00:31:06classe trabalhadora não é uma abstração.
- 00:31:08E e que as questões históricas e
- 00:31:10materiais que produzem as minorias, elas
- 00:31:13se manifestam em todos os lugares para
- 00:31:16quem assim desejar ver olhar. Uma
- 00:31:18empregada doméstica negra no Brasil
- 00:31:21recebe
- 00:31:2386% do que uma empregada doméstica
- 00:31:26branca recebe neste país. Talvez o mais
- 00:31:29chocante seja o aumento da renda de
- 00:31:33pessoas negras neste país nos últimos 11
- 00:31:37anos. Então, as pessoas pretas há 11
- 00:31:39anos recebiam 57.8%
- 00:31:428% de pessoas brancas e agora elas
- 00:31:45recebem
- 00:31:4759% do salário de pessoas brancas. É um
- 00:31:51aumento de
- 00:31:521.2% em mais de uma década. Se a gente
- 00:31:56continuar assim, pessoas brancas e
- 00:31:59pessoas negras ganhariam a mesma coisa
- 00:32:02em
- 00:32:042365, daqui a 340 anos. Tô dizendo isso
- 00:32:09por você escuta reiteradamente dentro de
- 00:32:13de setores que se intitulam tradicionais
- 00:32:17de esquerda preocupados com classe, é
- 00:32:20que a classe
- 00:32:22trabalhadora, e aí você tá vendo, é uma
- 00:32:24abstração. A classe trabalhadora, ela
- 00:32:26tem sexualidade, ela tem raça, ela tem
- 00:32:29gênero. que a nossa capacidade de
- 00:32:32pensar, de gerir, de gerar política
- 00:32:36pública, se não olha para isso, ela sai
- 00:32:39do abstrato e vai pro abstrato. Ela não
- 00:32:41atende aos interesses reais e materiais
- 00:32:44da classe trabalhadora do país. é
- 00:32:46através da compreensão de quem é a
- 00:32:48classe dominante brasileira, de há
- 00:32:50quanto tempo é a classe dominante
- 00:32:52brasileira, de quais são os casamentos
- 00:32:55da classe dominante brasile, de de quais
- 00:32:57são as passagens de herança, de quais
- 00:32:59são a tributação e a taxação, de quem
- 00:33:01ocupou as capitanias heretárias, de quem
- 00:33:04sentou a bundinha no Supremo Tribunal
- 00:33:06Federal, eh de quem ocupou as cadeiras
- 00:33:10de gestão, de decisão, de que a gente
- 00:33:13começa a entender o aspecto
- 00:33:16é estrutural e estruturante que minoriza
- 00:33:20grupos, que faz com que grupos se tornem
- 00:33:22minorias. Então, um STF composto apenas
- 00:33:27de mulheres negras alteraria
- 00:33:30radicalmente a realidade brasileira?
- 00:33:34Talvez não. Esse é o ponto central pra
- 00:33:36gente compreender, porque a ação do
- 00:33:40Supremo Tribunal Federal tem um limite
- 00:33:43de agência e esse limite de agência se
- 00:33:46daria eh a partir eh de luta, de
- 00:33:50confronto, de conflito com outros
- 00:33:53poderes e com uma sociedade. Ter um
- 00:33:57grupo sentado em uma mesa possibilita
- 00:34:00que a discussão da mesa seja diferente,
- 00:34:04mas não o fato de que existe a mesa e o
- 00:34:07fora da mesa. Eu vou tentar concluir,
- 00:34:10eh, voltando naquela ideia que eu disse
- 00:34:12que voltaria em algum momento, que é
- 00:34:14sobre a importância de ter a identidade
- 00:34:18na cabeça quando estamos pensando a luta
- 00:34:22sistêmica e a alteração da realidade.
- 00:34:25Nos Estados Unidos você tem o o
- 00:34:28movimento por direitos civis, né? a luta
- 00:34:32por direitos civis configurada como uma
- 00:34:35espécie da maior revolta que o país teve
- 00:34:38no século passado. E um dos grupos
- 00:34:41fundamentais para pensar é o movimento
- 00:34:43dos direitos civis nos Estados Unidos
- 00:34:45foi o movimento negro radical
- 00:34:48estadunidense, então os Pantera Negra,
- 00:34:51por exemplo, eh que pensavam o movimento
- 00:34:54por direitos civis não como uma inclusão
- 00:34:57no sistema estadunidense, mas como uma
- 00:35:00luta anticapitalista de alteração
- 00:35:02radical do sistema estadunidense. Então,
- 00:35:05nomes como o Malcol, o Hwi P Newton, a
- 00:35:10Kathlyn Cleaver e que não são nomes
- 00:35:13reformistas, dando movimento de luta
- 00:35:16negro por pequenas reformas no sistema,
- 00:35:19mas pela alteração do sistema. Eles
- 00:35:22foram nomes que estavam conscientes da
- 00:35:25importância, por exemplo, do movimento
- 00:35:27black power, do poder negro, que visava
- 00:35:32eh alçar ao estatuto de ser humano. As
- 00:35:36pessoas negras nos Estados Unidos que
- 00:35:38por séculos tiveram seu estatuto de
- 00:35:41humanidade questionado. Não sei se você
- 00:35:43já pensou sobre isso, né? Mas no Brasil
- 00:35:46a gente eh celebra, né, comemora o mês
- 00:35:50da consciência negra. Por que
- 00:35:53consciência? Por que não orgulho? Porque
- 00:35:55não luta? Porque não porque consciência
- 00:35:58é o termo na filosofia é que era usado
- 00:36:01para designar seres humanos, né? Lembra
- 00:36:04do filha da do Renê Decart? Cogito
- 00:36:07ergosum, né? Eu cogito, eu penso, eu
- 00:36:11fabulo, eu confabulo, logo, eu existo.
- 00:36:14Você tem desde o
- 00:36:16racionalismo essa perspectiva de que
- 00:36:20consciência é o diferencial humano. Só
- 00:36:23que você teve a Europa escravizando a
- 00:36:26África e criando uma noção de que essas
- 00:36:30pessoas não eram humanas, elas eram
- 00:36:33outra coisa, eram ferramentas falantes,
- 00:36:35eram e aí você vai eh eh setor a setor e
- 00:36:39instituição a instituição descobrir o
- 00:36:41que o que era dito. E aí o mês da
- 00:36:44consciência é porque a luta desse povo
- 00:36:47durante muito tempo se consolidou eh eh
- 00:36:51pela validação do seu estatuto de seres
- 00:36:54humanos. E esse movimento nos Estados
- 00:36:56Unidos que tá lutando é pelo poder deste
- 00:37:00grupo, ele vai fazer uma série de lutas
- 00:37:03que são simbólicas, né? Eh, pensa na
- 00:37:07Nina Simon, pensa no que que a Nina
- 00:37:10Simone cantava. Ela que tem uma
- 00:37:12aproximação eh eh muito explícita com os
- 00:37:16Pantera Negra. Que que que é a música da
- 00:37:19Nina Simon? Young gifted black, né?
- 00:37:24Jovem brilhante, né? Com dons de
- 00:37:28brilhantismo e preto. Existe uma luta
- 00:37:32simbólica que tá acontecendo nesse
- 00:37:34momento, né? no movimento do Levante, do
- 00:37:36Black Power, que visava dar a esse grupo
- 00:37:41historicamente tão subalterizado que a
- 00:37:43sua condição humana era questionada, o
- 00:37:47orgulho de ser quem se era, para que
- 00:37:50esse povo eh não precisasse alisar o
- 00:37:53cabelo para e ele pudesse usar um afro,
- 00:37:57pudesse usar o penteado black power, é
- 00:38:01para que esse povo não precisasse mudar
- 00:38:03a forma que comia, a forma que dançava,
- 00:38:06a forma que se vestia, a forma para
- 00:38:09alcançar um estatuto de eu também
- 00:38:13importo, a minha vida também vale, a
- 00:38:16minha luta também é válida, eu também
- 00:38:18tenho contribuições para a democracia.
- 00:38:21Eu, o que eu, o que eu dibo também pode
- 00:38:23alterar o rumo da história. Eu sou um
- 00:38:26sujeito que pode tomar as rédias da mão
- 00:38:29e alterar o curso do planeta. Ninguém
- 00:38:32luta destruído, ninguém luta
- 00:38:36subalternizado, ninguém luta se
- 00:38:39acreditando incapaz de se se
- 00:38:43menosprezando. Por isso que a fala da
- 00:38:46Cris Monteiro é tão virulenta, é tão
- 00:38:49perniciosa, quando ela se autointitula
- 00:38:52branca, bonita e rica, é porque existe
- 00:38:57um espectro oposto. Inclusive, ela tá em
- 00:38:59diálogo com a Guana Alves. E se ela é
- 00:39:01branca, tem os não brancos. Se ela é
- 00:39:05bonita, tem os não bonitos. E se ela é
- 00:39:07rica, tem os não ricos. Só que nenhuma
- 00:39:10dessas identidades cai do céu. Todas
- 00:39:14elas são o resultado de um processo
- 00:39:17histórico que vai produzindo a vida
- 00:39:20vivível nas nos termos do achilenden e a
- 00:39:23vida matável, né, que vai produzindo
- 00:39:27aquele capaz de se destacar, aquele
- 00:39:29capaz de aparecer, aquele capaz de
- 00:39:31sentir orgulho de ser quem é. E aquele
- 00:39:34que vai viver na vergonha, aquele que
- 00:39:36vai viver encolhido, aquele que nunca
- 00:39:38vai estufar o peito para lutar e assim
- 00:39:40sucessivamente. Imaginar, portanto, é
- 00:39:43que seria possível congregar o povo e
- 00:39:46uma luta sem levar em consideração a sua
- 00:39:51identidade. É ignorar toda a luta de
- 00:39:54revolta, revolução, organização popular
- 00:39:57da Ásia, da África e da América Latina.
- 00:40:00A fala da Cris Monteiro, ela é um
- 00:40:03suprauno do identitarismo de direita.
- 00:40:07Esse que a gente tá vendo agora com a
- 00:40:09ascensão nazifascista ao redor do mundo
- 00:40:11gritando Portugal pros portugueses, a
- 00:40:14Alemanha pros alemães, eh políticas de
- 00:40:18reimigração, a França pros franceses, eh
- 00:40:21é o orgulho de ser branco, o orgulho de
- 00:40:24ser uma esposa tradicional, o orgulho de
- 00:40:27E essas categorias elas não precisam
- 00:40:28lutar por orgulho, porque a elas nunca
- 00:40:31foi impelida a techagonha. Eu vou tentar
- 00:40:34encerrar com uma última coisa da
- 00:40:37cultura, né? Como eu tô falando da
- 00:40:38música negra, como eu tô falando da Nina
- 00:40:41Simone, mas eu poderia estar falando da
- 00:40:42Elsa Soares, eu poderia estar falando da
- 00:40:44Sandra de Sá, é, é pensar o seguinte, a
- 00:40:48gente acabou de ter o Mat Gala, né, em
- 00:40:50Nova York, então o evento mais
- 00:40:54importante da moda no epicentro da
- 00:40:57hegemonia capitalista do mundo. E as
- 00:41:00pessoas que vão lá, elas estão usando,
- 00:41:02né, looks e que custaram é dezenas de
- 00:41:07milhões de dólares, dezena, centenas de
- 00:41:10milhares de dólares. Elas estão usando
- 00:41:13joias e peças e acessórios a partir de
- 00:41:16um tema e eh que mostram essa opulência
- 00:41:20de um estilo de vida. O tema desse
- 00:41:23último eh pile, né, do do Mat Gala era
- 00:41:27sobre a alfaiataria. negra, a excelência
- 00:41:31da alfaiataria negra, a Lilian Ferish,
- 00:41:34eu não sei se é assim que pronuncia o
- 00:41:35sobrenome dela, que é uma uma amiga, uma
- 00:41:38pessoa querida das redes sociais, que tá
- 00:41:40pensando moda cultura e sociedade e fez
- 00:41:43um videozinho, vou deixar também aqui na
- 00:41:44descrição, é falando algumas coisas que
- 00:41:47eu vou trazer aqui para para ajudar a
- 00:41:50gente a encerrar, que é o seguinte, ela
- 00:41:51abre o vídeo dizendo que esse mat gala
- 00:41:54ele explicita que, apesar de todos os
- 00:41:57aparentes avanços, ai o Billy Porter, a
- 00:42:00Laurin R, a Rihanna, no Mat Gala, as
- 00:42:03pessoas pretas nos Estados Unidos ainda
- 00:42:06ocupam um lugar subalterno quando a
- 00:42:09gente pensa o consumo e os signos da
- 00:42:13Moder. Tem uma pesquisa que foi feita
- 00:42:15pela Universidade da Pennsylvania, é,
- 00:42:18que mostra e e a Lilian traz isso no
- 00:42:20vídeo dela, como pessoas pretas e
- 00:42:23latinas de mesma classe social de
- 00:42:26pessoas brancas gastam 30% a mais com
- 00:42:31itens ã que são visíveis, né? É bolsa,
- 00:42:36carro, joia, sapato, casaco, marca, para
- 00:42:41tentar pleitear uma posição de ser
- 00:42:44humano que esses grupos nascem e crescem
- 00:42:47e sabem e sentem que não tem. Aqui fica
- 00:42:51muito claro o que que é uma política
- 00:42:54identitária radical e uma neoliberal. A
- 00:42:58neoliberal é essa que vai lutar para que
- 00:43:01a gente tenha mais pretos usando
- 00:43:04Lacost. É uma que vai lutar para que a
- 00:43:06gente tenha mais mulheres trans fazendo
- 00:43:08campanha pra Vitória Secret, para
- 00:43:11Burbery, para E aí vai. E um radical é
- 00:43:14um que lute pela
- 00:43:17emancipação das características dos
- 00:43:20grupos
- 00:43:21minorizados, eh, da balança de julgo dos
- 00:43:25grupos dominadores. Ou seja, que eu não
- 00:43:28precise correr atrás de um tratamento
- 00:43:32pro meu cabelo para ser reconhecida como
- 00:43:35que eu não precise alisar, pintar,
- 00:43:39platinar, depilar para ser reconhecida
- 00:43:42como que aquilo que eu sou e que choca
- 00:43:46os outros naquilo que sou, imagine o
- 00:43:50penteado black power possa aparecer como
- 00:43:53um símbolo de orgulho, resistência, e
- 00:43:57luta. E que a gente não tente entrar no
- 00:44:00matchgala, mas implodi-lo para que ele
- 00:44:04deixe de existir. Eu vou encerrar por
- 00:44:06aqui todas as referências, descrições,
- 00:44:10vídeos, textos, tarará, tudo na
- 00:44:12descrição. Mas é isso, é uma entrada num
- 00:44:14debate, tá cheio de referência para você
- 00:44:17dar sequência e e para que a gente seja
- 00:44:20menos capturado, é por aquilo que pode
- 00:44:23ser o despertar de uma luta
- 00:44:26emancipatória e se transforma apenas
- 00:44:29numa etiqueta de melhor colocação de uma
- 00:44:32mercadoria numa prateleira. A gente se
- 00:44:34vê semana que vem. Um beijinho. Tchau.
- 00:45:05เฮ Ah.
- PL 416 de 2025
- São Paulo
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- servidores públicos
- vereadores
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- identitarismo
- crítica política
- disparidade salarial
- direitos dos trabalhadores