00:00:00
[Música]
00:00:08
[Música]
00:00:11
e no entanto e aí que nós vamos entrar
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em algo que que marca está em fase nas
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impossibilidades das dificuldades que o
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estado peruano vive a partir da sua
00:00:24
independência simón bolívar percebe que
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o estado não poderia sobreviver
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financeiramente sem o tributo indígena
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o tributo indígena era uma fonte
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tributária relevante para esse estado
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tobi para esse estado desorganizado após
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anos de guerra de emancipação e já no
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ano seguinte o ano de 1826 ele
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restabelece o tributo indígenas no peru
00:00:54
ou seja o projeto liberal não se
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sustenta à luz da precariedade
00:01:01
financeira material do estado peruano e
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o tributo indígena portanto é
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restabelecido
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ele não chama mais tributa indígenas a
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partir desse momento de 1826
00:01:17
ele passa a questionar contribuição
00:01:19
pessoal mas a contribuição pessoal era
00:01:24
também algo que recaía sobre as
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populações indígenas
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o termo pessoal não é gratuito ele é
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revelador da mesma coisa que os liberais
00:01:36
quiseram fazer no méxico simón bolívar
00:01:39
proclama o fim da posse comunitária da
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terra às comunidades indígenas não
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deveriam mais existe como comunidades as
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terras deveriam ser divididas em lotes
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individuais e é por isso que o tribos
00:01:59
indígenas que antes era pago pela
00:02:03
comunidade conjuntamente
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ou seja a comunidade tinha formas de
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produzir fosse em bens primários fosse
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com recursos monetários o pagamento
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desse tributo indígena e no entanto
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agora individualmente os índios teriam
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porque já como comunidades não existindo
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ponto de vista jurídico simón bolívar
00:02:33
também defende que o índio só poderia
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ser integrado à nação se ele deixasse de
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viver num corpo a parte e se ele pudesse
00:02:42
se integrar à nação como indivíduo
00:02:45
moderno o que supunha por um lado a
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cidadania e supunha por outro lado essa
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dimensão capitalista de um indivíduo
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vinculado ao mercado então a mesma
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lógica que se coloca para o méxico é
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posta em prática pelo simbolismo no peru
00:03:01
já o san martín anuncia
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muitas dessas coisas senão bolívia
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corrobora e esse indivíduo agora paga a
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sua contribuição pessoal
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a cobrança já não depende da comunidade
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ela depende do indivíduo e no entanto na
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prática essas coisas assim como no
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méxico em algumas regiões não mudam de
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uma hora pra outra ou seja também aqui
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as comunidades sobrevivem às comunidades
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não têm as velhas dinâmicas comunitárias
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ainda que nesta interface com o estado
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certas coisas tivessem que ser ajustadas
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por exemplo a forma de pagar o imposto
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mas ainda é a comunidade que de alguma
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maneira prover os recursos para o
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pagamento dessa contribuição pessoal
00:03:55
a contribuição pessoal no peru vigorou
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até o ano de 1854 e no ano de 1854 ela
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voltou ela ela voltou a ser suspensa
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voltou a ser anulada e ela voltou a ser
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anulada como fizeram um sapatinho simón
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bolívar no pódio
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tendência porque no ano de 1854 pela
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primeira vez desde a independência do
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peru viveu um período de doença
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econômica e essa bonança econômica foi
00:04:34
resultado da exploração do chamado do
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ano e depois do salitre que se encontra
00:04:43
razão na costa do peru no litoral do
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oceano pacífico e que como vocês sabem
00:04:50
nada mais era do que esses sedimentos de
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excrementos de aves marinhas que podiam
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ser aproveitados como certza antes
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agrícolas e na europa em plena revolução
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industrial no século 19 reduzindo as
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suas superfícies agriculturáveis o
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goiano e o salitre tinham um potencial
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extraordinário então se abre na europa e
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aí aquela ideia portanto de uma
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vinculação do peru ao mercado
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internacional de trabalho como um
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fornecedor de matéria prima são ano e
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salitre atrás é dessa economia
00:05:31
exportadora quem alavancam um
00:05:34
crescimento econômico no peru no governo
00:05:37
do presidente ramón castillo que também
00:05:42
tinha perspectivas liberais que também
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partilhavam projeto modernizador para o
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peru e ramon bastilha então pode abrir
00:05:53
mão dessa contribuição pessoal porque
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existiam outras fontes de receita e é
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dessa forma que o tributo indígena volta
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ser abolido assim como a escravidão à
00:06:04
escravidão de origem africana foi
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definitivamente abolida no peru no ano
00:06:11
de 1854 todas aquelas leis que impediam
00:06:18
a emergência de uma sociedade que
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pudesse se enquadrar no princípio da
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cidadania universal todos são cidadãos
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com os mesmos direitos com os mesmos
00:06:30
deveres
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é isso que consegue
00:06:34
no papel implementar nesse momento de
00:06:37
crescimento da economia peruana em
00:06:40
função da exportação do ano e do site
00:06:43
então ele adora escravidão e acaba com o
00:06:46
tributo indígena também vai proibir a
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nita e no entanto alguns anos depois o
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peru entrou em um novo momento de crise
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econômica em 1876 a contribuição pessoal
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volta a ser instituída no peru
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ou seja 1876 e 886 a contribuição volta
00:07:11
a ser estabelecida no peru como uma
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forma do estado angariar receita
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a principal razão era a pobreza do
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estado então ele dá um passo atrás nesse
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projeto de incorporação dos índios a uma
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ordem liberal e restabelece a cobrança
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do antigo tributo indígena e da mesma
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forma a nita volta a vicejar com o nome
00:07:44
de serviço à república um serviço a
00:07:48
república era um novo nome para a mesma
00:07:51
coisa com certeza os índios ficavam
00:07:55
obrigados a prestar serviços durante um
00:08:02
certo número de dias por ano uma certa
00:08:04
estação do ano para a república para o
00:08:08
estado
00:08:09
muitas vezes esse serviço era de
00:08:11
construção de estradas e isso é muito
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comum construção de estradas e
00:08:15
construção de de pontes porque com essa
00:08:20
presença das cordilheiras o problema dos
00:08:22
caminhos no peru era um problema sério
00:08:25
então o estado mobiliza essa mão de obra
00:08:27
para a construção de caminhos
00:08:30
teoricamente um serviço à república
00:08:33
deveria ser prestado ao estado
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na prática os poderosos locais os
00:08:40
grandes fazendeiros os donos de
00:08:42
mineração muitas vezes se valeram do
00:08:46
serviço a república
00:08:48
era para preencher necessidades próprias
00:08:52
de mão de obra
00:08:53
então esses índios às vezes eram
00:08:56
recrutados através de uma de um
00:08:58
princípio político público para prestar
00:09:02
serviços a mãos privadas a interesses
00:09:06
privados ou seja a questão da reforma
00:09:10
liberal no peru
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é uma questão de um projeto que se
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anuncia muito precocemente com a
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proclamação da independência os liberais
00:09:22
estão no poder
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diferente do méxico em que aquela
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disputa se arrasta por muito tempo estão
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no poder têm clareza de que a criação de
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uma nova ordem passava por aqui passava
00:09:34
pela incorporação do índio em novos
00:09:36
termos a nação à sociedade ao estado e
00:09:41
no entanto o estado volta atrás porque
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não tem força para levar isso adiante e
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ao mesmo tempo esses homens poderosos
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dos cinco anos do peru se beneficiam
00:09:55
dessas prerrogativas jurídicas para
00:09:59
muitas vezes atender a necessidades
00:10:02
próprias
00:10:03
esse vaivém atravessam século 19 é
00:10:07
apenas no finalzinho do século ano de
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1895 que o tributo indígena acaba sendo
00:10:16
anulado de uma vez por todas na história
00:10:18
do peru
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o que não significa que a questão do
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índio tenha se resolvido nesse momento
00:10:23
vou falar um pouco disso mas o tributo
00:10:26
enquanto um tributo especial para os
00:10:28
índios deixa de existir em 1995
00:10:32
bom o que dizer sobre a questão das
00:10:37
dinâmicas que vão formando esse estado
00:10:40
nacional peruano no século 19 e de como
00:10:43
os índios vão se entrelaçando com essas
00:10:46
medidas que têm um horizonte liberal
00:10:50
mais um horizonte liberal que não
00:10:51
consegue se afirmar que sucumbe
00:10:55
há uma série de pressões particulares a
00:10:58
interesses privados a um estado que ele
00:11:00
próprio muitas vezes recua
00:11:02
afinal de contas de que forma isso se
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coloca na história peruana do século 19
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se nós formos trabalhar com uma
00:11:13
historiografia mais clássica e marxista
00:11:16
e para isso há grande matriz é uma ea
00:11:19
seguir com seca carlos mariátegui esse
00:11:23
autor que foi também o fundador do
00:11:25
partido socialista no peru no início da
00:11:28
década de 1920 e que escreveu textos de
00:11:34
interpretação sobre história peruana
00:11:37
sendo que o mais conhecido e mais ensino
00:11:41
teve maior alcance
00:11:43
nesse sentido das coisas que ele
00:11:44
publicou foi esse livro chamado sete
00:11:48
ensaios sobre a realidade peruana um
00:11:52
livro publicado no ano de 1800 1900
00:11:55
já no século 20 anos de 1928 então
00:12:00
mariátegui escreve lá uma obra sete
00:12:03
ensaios sobre a realidade peruana que
00:12:06
tem um impacto tremendo sobre tudo o que
00:12:10
se escreveu depois a respeito da
00:12:13
história do peru então os marxistas no
00:12:15
peru nos anos 60 nos anos 70
00:12:18
sempre se guiaram muito por uma matriz
00:12:21
interpretativa que havia sido
00:12:24
cristalizada pelo mariachi e o que
00:12:27
propõe o mariachi que em termos gerais
00:12:29
poderia que dar um curso inteiro somente
00:12:31
sobre mariátegui uma figura interessante
00:12:34
ousada que questionou os dogmas do
00:12:37
marxismo na sua época rompeu com a
00:12:41
rússia com o modelo de socialismo na
00:12:44
rússia escolheu um caminho próprio para
00:12:46
o socialismo no peru enfim uma figura de
00:12:48
uma inquietação muito grande e que
00:12:53
apresenta a seguinte chave para se
00:12:56
pensar a história peruana para o mar e
00:13:00
ar teria a costa
00:13:03
ou seja o litoral do oceano pacífico
00:13:07
foi a região onde a modernização se
00:13:10
manifestou no peru foi a região do ano
00:13:14
foi a região do salitre foi a região da
00:13:18
cidade de lima foi a região de forças
00:13:21
que se abriram para um desenvolvimento
00:13:24
capitalista com todas as suas mazelas
00:13:29
distorções as formas de dominação da mão
00:13:32
de obra e 77 a mais acosta representava
00:13:36
uma face modernizadora do peru ao passo
00:13:41
que a serra a serra representava o
00:13:44
avesso a modernização representava o
00:13:47
atraso representava essa estagnação
00:13:50
representava a continuidade em relação
00:13:53
ao mundo colonial e para tratar da serra
00:13:58
o mariátegui com um conceito que o
00:14:00
conceito de gagá monalisa mesmo enganar
00:14:04
'lista seria aqui falando de uma forma
00:14:08
bem geral o que nós chamamos de
00:14:11
coronelismo se aproxima daquilo que nós
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vimos em relação aos federalistas na
00:14:18
argentina e que os unitários e liberais
00:14:21
diziam aqueles federalistas que vivem
00:14:23
sem lei que exploram a mão de obra que
00:14:25
que vivem que resolvem tudo na base da
00:14:28
força enfim esse paralelo com o mundo
00:14:31
rural é claro que nós depois
00:14:32
selecionamos essas leituras em relação
00:14:35
os federalistas né com base na no livro
00:14:38
da noite gol de manu e ricardo salvatore
00:14:40
mas enfim a idéia do jornalismo é que eu
00:14:43
quero chegar é a ideia desse mundo rural
00:14:46
em 20 grandes proprietários de terra
00:14:50
gozavam de enorme poder enorme poder
00:14:54
econômico enorme poder político e
00:14:59
subordinavam aos seus interesses
00:15:01
pessoais as instituições públicas
00:15:04
as instituições estatais não havia
00:15:08
possibilidade nesse mundo do gamonal de
00:15:11
existirem instituições impessoais que
00:15:15
representassem os interesses da maioria
00:15:17
não o poder é exercido de uma forma
00:15:20
terça
00:15:21
na lista e os índios estariam
00:15:23
completamente à mercê dos gamonal leis
00:15:27
em espanhol o termo em espanhol então o
00:15:31
canal os gamonal extinção esses grandes
00:15:35
proprietários de terra que tomavam
00:15:38
terras das comunidades porque nos andes
00:15:41
havia a comunidades indígenas mais os
00:15:44
gaboneses escolhia vão essas terras para
00:15:46
aumentar as suas propriedades e essa
00:15:50
espoliação de terras indígenas era muito
00:15:52
foi uma espoliação que ficava
00:15:54
completamente impune
00:15:56
os jornais simplesmente avançavam sobre
00:15:59
as terras indígenas e daí passavam a se
00:16:02
beneficiar da mão de obra indígena em
00:16:05
termos de relações de poder muito
00:16:07
assimétricas entre os índios não tinham
00:16:09
liberdade
00:16:11
esses índios eram obrigados a trabalhar
00:16:13
nas piores condições e muitas vezes
00:16:16
coagidos a um trabalho por outras
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estratégias que não simplesmente a
00:16:21
questão do salário então um mundo do
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gamonal é um mundo em que as relações
00:16:26
modernas de trabalho de forma alguma
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estavam colocadas e os índios
00:16:32
teoricamente ainda camponeses dispondo
00:16:36
de terra própria foram sendo
00:16:39
incorporados foram sendo varridos pra
00:16:42
essa dinâmica de expansão das fazendas
00:16:46
chamados gamonal essas fazendas eram
00:16:50
fazendas próspera 'snow leitura do
00:16:52
mariatu especialmente no sul dos andes
00:16:56
na região sul dos andes a serra sul como
00:17:00
chamam os peruanos se era sua onde se
00:17:05
desenvolveu uma economia de exportação
00:17:07
de exportação de lã exportação de lá com
00:17:10
base claro na criação de ovelhas
00:17:13
então essas fazendas encontraram também
00:17:15
um mercado na europa para exportar sua
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lã e precisavam de mais terra para criar
00:17:22
mais ovelhas é a tal da produção
00:17:25
extensiva e não intensiva uma discussão
00:17:28
se faz muito em relação ao brasil
00:17:30
as fazendas como não investem na
00:17:32
qualidade precisão
00:17:34
o espaço de mais terra e isso
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significava que as terras indígenas
00:17:40
fossem sendo engolidas
00:17:42
então para mariátegui a história do peru
00:17:45
era uma história que eu não vou me
00:17:46
estender aqui o livro é mais complexo do
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que isso é claro mas que respondia a
00:17:51
essa dinâmica entre costa e serra entre
00:17:55
o moderno e o tradicional o arcaico eo
00:18:00
arcaico associado ao jornalismo muito
00:18:04
bem essa leitura do mariátegui tem sido
00:18:07
batizada nas últimas décadas por alguns
00:18:11
autores e eu destaco aqui dois autores
00:18:14
que muito me agradam as que são estudos
00:18:17
muito sugestivos muito bem fundamentados
00:18:21
e fica aqui então a sugestão para vocês
00:18:24
um deles o nelson manrique mercado
00:18:26
interno e região a serra central 1820 a
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1930 e dá florencia mallon de diferenças
00:18:35
community in pelos saints o raylan
00:18:38
despedem se jogou em capital estrangeiro
00:18:40
ou seja a defesa da comunidade nas
00:18:45
terras altas do peru conflito camponês
00:18:49
né conflito camponês e transição para o
00:18:54
capitalismo entre 1861 e 1941 pensando
00:19:00
desse século 19 antes um pouco mais
00:19:02
tardiamente na passagem para o século 20
00:19:06
o que propõe esses dois autores
00:19:10
a preocupação deles está a analisar o
00:19:13
seguinte se o estado peruano ao estado
00:19:16
que notoriamente no século 19 tem essa
00:19:18
história oscilante momento de boom da
00:19:22
economia mas depois volta à pobreza
00:19:23
depois vem a guerra do pacífico não
00:19:26
tinha mencionado isso a vocês numa aula
00:19:29
anterior
00:19:30
em 1889 o peru mergulha na chamada
00:19:33
guerra do pacífico perde a guerra para o
00:19:36
xing e perde inclusive porções de
00:19:40
território para o shin no final dessa
00:19:42
guerra em meados da década de 1880 então
00:19:45
a história do peru é uma
00:19:48
ora em si esses momentos de crise de
00:19:51
pobreza de fraqueza do estado são
00:19:54
recorrentes
00:19:55
sabendo-se disso podemos pensar a
00:19:59
história desses camponeses nos andes
00:20:02
peruanos por uma chave que é o do
00:20:05
desenvolvimento a do desenvolvimento
00:20:07
capitalista no estado oscila e o
00:20:11
capitalismo está encontrando uma
00:20:13
dinâmica própria e ao se fazer essa
00:20:16
pergunta eles olham pro mariátegui pra
00:20:20
questionar a seguinte tese o capitalismo
00:20:23
foi algo que só se colocou efetivamente
00:20:26
na costa
00:20:28
o que é este capitalismo nos andes o que
00:20:30
é esse mundo dos a mona lisa e sim do
00:20:32
arcaico e quais são as relativizações
00:20:36
que devem ser feitas para se compreender
00:20:39
melhor a história dos anjos e não
00:20:41
simplesmente colocá la como lugar do
00:20:44
arcaísmo e ponto final
00:20:45
e ao fazerem isso a proposta vou começar
00:20:49
pelo nelson manrique que houve
00:20:53
especificidades nas dinâmicas de
00:20:55
modernização econômica nos andes
00:20:58
peruanos no século 19
00:21:00
houve no sul de fato uma tendência que
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ele não vai chamar de gamonal de galo na
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'lista porque para munique
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esse pacote do gamonal é um pacote que
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acaba em correndo e generalizações acaba
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incorrendo em análises às vezes
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caricaturais que não ajudam a
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compreensão então mais de fato no sul
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dos andes peruanos teria havido uma
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tendência grande propriedade baseada na
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criação de ovelhas para voltada para o
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mercado externo e isso não deu muito
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espaço para as comunidades indígenas
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resistirem
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elas foram de fato sendo desestruturada
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e sucumbindo às grandes propriedades mas
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vai dizer o nelson manrique na região
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central dos andes peruanos
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a história foi outra e uma rica e vai
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falar por exemplo da região de pasco a
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região lá onde bolívar a los angeles e
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chegou
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o exército para retomar a luta contra as
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tropas realizam na região de tasco por
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exemplo mas em toda a região central dos
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andes é o que ele chama de serra central
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em toda essa região
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a produção se deu sim voltada para o
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mercado uma produção que portanto tinha
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uma dinâmica capitalista mas era uma
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produção voltada ao mercado interno e as
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propriedades que existiam nas eras
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entraram eram propriedades não muito
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poderosa e propriedades que auferiam
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algum golo vendendo para o mercado
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interno abastecendo os centros onde se
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comercializavam gêneros alimentícios e
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etecétera dentro do útero e nesse
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sentido essas propriedades foram
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trazendo o capitalismo para a região da
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serra centrais mas negociando com as
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comunidades indígenas ela não tiveram
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força para acabar com essas comunidades
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indígenas negociando incentivo por
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fazendeiros os pequenos fazendeiros da
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terra centrais precisavam dos índios
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como mão de obra
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mas esses índios eram autônomos eles não
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estavam que eles comiam então os a
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vender os recorre a um sistema chamado
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de enche vou escrever aqui também termo
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em espanhol não é o termo usado pela
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bibliografia em espanhol mas o enganche
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vem dançar e o enganche teria tido um
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papel no século 19 segundo manrich e
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depois já vou entrar na florencia malu
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vai na mesma linha e foi um papel de
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viabilizar essa produção para o mercado
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interno porque os índios trabalhavam
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para os fazendeiros ea produção
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acontecia e e se essas trocas mercantis
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portanto se realizavam mas por outro
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lado um enganche foi aos poucos minando
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a vida dos pedros a estrutura
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tradicional dos povos
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o enganche por um lado representou uma
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forma que não destruí los
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os poemas como aconteceu no sul do am
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na região claro o sul dos andes peruanos
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mas por outro lado o enganche foi
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introduzindo novas dinâmicas que foram
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minando essa vida comunitária dos índios
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[Música]