Por que Jesus não condenou a escravidão?

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https://www.youtube.com/watch?v=34ZYGdCj0Sk

Sintesi

TLDRO vídeo explora a relação entre escravidão, moralidade e a visão de Jesus Cristo. O orador argumenta que Jesus não condenou a escravidão, mas enfatizou a importância do tratamento moral entre as pessoas, independentemente de suas posições sociais. Ele critica a tendência de julgar a sociedade com base em normas jurídicas, destacando a necessidade de entender as relações humanas de forma mais complexa. Exemplos históricos são usados para ilustrar como ações humanitárias podem desafiar normas sociais e políticas. O orador também discute a busca pela verdade e a importância da dúvida e da contradição no processo de entendimento.

Punti di forza

  • 🤔 Jesus não condenou a escravidão diretamente.
  • 💡 A moralidade se reflete no tratamento entre as pessoas.
  • ⚖️ Relação jurídica e moral são distintas.
  • 📜 A escravidão existiu historicamente como resultado de guerras.
  • 🧐 É fácil condenar a sociedade sem entender o contexto.
  • 🔍 A busca pela verdade é um processo complexo.
  • 🤝 O tratamento moral deve ser independente da posição social.
  • 📖 Exemplos históricos mostram ações humanitárias desafiando normas.
  • 💬 A dúvida é essencial para o crescimento pessoal.
  • 🔄 Não há conclusões finais definitivas na compreensão.

Linea temporale

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    O centurião pede a Jesus para curar seu escravo doente, mas Jesus não se opõe à escravidão, tratando-a como uma realidade da época. A escravidão é vista como um fato histórico, sem sentido moral intrínseco, e a moralidade se reflete no tratamento dado ao escravo, comparando-o ao tratamento de empregados. A relação jurídica não abrange todos os aspectos da relação moral, e a moralidade deve ser avaliada independentemente das estruturas sociais. Exemplos de ações humanitárias de indivíduos em posições de poder, como Schindler e um oficial nazista durante o Massacre de Nanquim, ilustram que a moralidade transcende a posição social. A confusão entre dimensões política, jurídica e moral é comum, e a busca pela verdade deve ser acompanhada de tolerância à contradição e à dúvida. A honestidade intelectual é fundamental, como demonstrado nas memórias de Jung e na obra de Nietzsche, que lidam com a complexidade e a incerteza da vida.

Mappa mentale

Video Domande e Risposte

  • O que Jesus disse sobre a escravidão?

    Jesus não fez declarações diretas contra a escravidão, mas enfatizou a importância do tratamento moral entre as pessoas.

  • Como a moralidade se relaciona com a escravidão?

    A moralidade se reflete no tratamento que os patrões dão aos seus escravos ou empregados, independentemente da relação jurídica.

  • Qual é a diferença entre relação jurídica e relação moral?

    A relação jurídica é a estrutura legal que define a propriedade, enquanto a relação moral diz respeito ao tratamento humano e ético entre as pessoas.

  • O que o orador sugere sobre a condenação da escravidão?

    Ele sugere que é fácil condenar a escravidão sem entender o contexto histórico e as complexidades das relações humanas.

  • Como a história e a moralidade se entrelaçam?

    A história da escravidão é vista como um fenômeno social, enquanto a moralidade se manifesta nas ações individuais dentro desse contexto.

  • O que o orador pensa sobre a verdade?

    Ele acredita que as pessoas buscam a verdade conforme suas concepções, e que a compreensão da realidade é um processo complexo.

  • Qual é a importância da dúvida e da contradição?

    A dúvida e a contradição são vistas como partes essenciais do processo de entendimento e crescimento pessoal.

  • Como o orador vê a relação entre política e moralidade?

    Ele argumenta que é fácil confundir dimensões políticas, jurídicas e morais, e que a moralidade deve ser avaliada independentemente das estruturas sociais.

  • O que o orador diz sobre a honestidade intelectual?

    Ele elogia a honestidade intelectual de autores que reconhecem suas próprias contradições e incertezas.

  • Qual é a visão do orador sobre a conclusão final?

    Ele sugere que não há conclusões finais definitivas, pois a compreensão é um processo contínuo.

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    Outra coisa, quando o centurião diz para
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    Jesus: "Ah, meu escravo tá doente, v lá
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    curar ele". Jesus Cristo manda ele
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    libertar o escravo. Não, ele vai lá,
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    cura o escravo, vai
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    embora. Quer dizer, veja, Jesus Cristo
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    tinha algo contra a escravidão. Não,
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    nunca disse uma palavra contra ela.
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    Nada, nada, nada. Ele aceita isso como
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    fato que existe. Ou seja, a escravidão
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    em si, isto é importante, ela não tem
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    sentido moral
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    algum. Hum. Ela existia ao longo de toda
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    a história
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    humana, em geral como efeito das
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    guerras. Quer dizer, eles viram
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    prisioneiros de guerra e pô os caras
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    para trabalhar. Todo mundo sempre fez
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    isto,
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    né? E onde entra o elemento moral? Bom,
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    o elemento moral entra no tratamento que
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    o patrão dá ao escravo, como entra no
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    tratamento que o patrão dá ao empregado
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    contratado. Se você tem um escravo, mas
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    você trata ele como se fosse um filho,
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    né? você é melhor do que aquele que tem
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    o empregado contratado e o trata como se
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    fosse um
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    cachorro. Quer dizer, a relação legal é
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    uma coisa, a relação moral é outra.
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    Agora, as pessoas achar, não, a
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    escravidão foi maior crime da
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    humanidade, etc, etc., mas é muito fácil
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    você condenar a humanidade
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    inteira se você não está lá para julgar
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    a situação e sobretudo se você é incapaz
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    de distinguir o que que é uma relação
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    jurídica de propriedade com o que é uma
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    relação moral.
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    Não veja, a relação jurídica que você
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    tem com as pessoas determina como você
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    vai tratá-las moralmente. Por exemplo,
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    eu tenho um sócio, que faça um negócio
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    com, sei lá, né, com Edinho, faço um
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    negócio com ele, ele vira meu sócio, tá
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    certo? E eu cumprindo as cláusulas
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    contratuais, eu fico o tempo todo
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    humilhando o cara como a mulher dele,
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    faço tudo para estuporar a vida dele. É
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    só no mesmo no dia dele, tá certo isso?
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    Então para você ver, a relação jurídica
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    é uma coisa, nenhuma relação jurídica
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    abrange todos os aspectos da relação
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    real
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    concreta. Hã, eu recomendo que vocês
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    leiam um existe um um discurso de um
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    deputado americano escravagista chamado
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    Carl
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    Hum. Eh, e ele diz o seguinte, diz:
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    "Olha, se eu tenho escravo, eu sou
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    responsável por ele a vida inteira. Eu
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    não posso expulsá-lo porque ele ficou
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    velho, não pode trabalhar mais. Eu não
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    posso expulsá-lo, eu tenho que cuidar
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    dele até o fim. É como se fosse um
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    filho, né? Então, no caso deste cidadão,
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    ele não tinha mais respeito pelo seu
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    escravo do que muitos capitalistas
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    modernos têm pelos seus
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    empregados. Hã, então aí Jesus Cristo tá
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    falando da moral, não da estrutura
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    jurídica. Ele não fala nada sobre as
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    leis. Presta atenção. Se ele diz, olha,
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    quem vivia sobre a lei era os antigos,
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    agora vocês vem sobre o domínio da
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    graça. Então não vou discutir lei aqui,
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    meu Deus do céu. H, o que eu vou
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    discutir é a relação real de um ser
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    humano concreto com outro ser humano
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    concreto, independentemente dos papéis
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    sociais que eles
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    representem. Tanto que na igreja, desde
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    os primeiros instantes, você teve nobres
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    oficiais militares, milionários e
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    escravos também. escravo, pé rapado,
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    mendigo, todo
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    mundo. Então, não interessa qual é a
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    posição na sociedade, interessa o dever
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    que você tem de tratar o outro como se
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    fosse seu irmão, amar o próximo como a
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    si mesmo. Isto você pode fazer e deve
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    fazer independentemente da relação
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    jurídica que tem entre você e você e
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    outro. Você não assistir o filme a lista
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    de
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    Schindler? O Schindler não era um membro
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    do Partido nazista?
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    Ora, ele tratou judeu melhor do que
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    muito líder ocidental tava
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    tratando. Você tá entendendo? Então, é
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    um, é o que importa, é o que o ser
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    humano de carneoso faz, não o papel
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    social que ele
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    representa. Tá entendendo? Vocês viram o
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    caso lá do
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    do Massacre de Nanquim? Quem foi o maior
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    herói humanitário do Massacre de
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    Nanquim? o representante do partido
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    nazista lá entraram os japoneses matando
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    todo mundo, mulher, criança, velho,
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    mendigo, todo mundo. O que que o cara
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    fez? Ele era o o eu acho que ele era
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    adido militar alemão, uma coisa assim,
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    autoficial do Partido nazista. Recolheu
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    todo mundo para que os chineses não
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    matassem. E o que você vai julgar o cara
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    pelo quê? Pelo seu ato humanitário ou
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    pela sua carteirinha do
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    partido? Tá entendendo?
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    Agora, a coisa é muito fácil você
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    confundir as dimensões política,
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    jurídica e moral. Hum. Falar, por
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    exemplo, de a sociedade moral, fal, não
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    existe nenhuma sociedade moral. Existe
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    moralidade e imoralidade dentro da
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    sociedade. De acordo com as estruturas
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    jurídicas econômicas existentes, ali
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    existem condutas morais e condutas
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    imorais. H, você agora julgar a
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    sociedade inteira, que que é isso aí?
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    pensamento
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    metonímico. Você tá fugindo da realidade
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    concreta e usando os nomes dos
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    instrumentos jurídicos existentes para
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    julgar a
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    sociedade. Então ou seja, o que
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    interessa quando a gente fala a todo
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    mundo diz que quer a verdade, eu digo,
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    não, você quer a verdade tal como você a
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    concebe. Você não quer fazer porque as
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    suas concepções vão gradativamente se
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    amoldando à complexidade do real para
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    poder expressá-lo. É uma operação que tá
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    ao alcance de qualquer um. Perguntar, ó,
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    eu quero saber como as coisas
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    aconteceram mesmo.
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    Hã,
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    então em primeiro lugar, se você não tem
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    a tolerância para com a contradição e a
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    dúvida, você não vai chegar a parte
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    alguma. Hum.
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    Resistência.
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    Sim.
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    Resistência. Quer dizer, hoje eu estou
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    em dúvida sobre uma coisa. Quanto tempo
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    eu aguento continuar na dúvida? E se for
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    você passar a vida inteira e você chegar
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    no fim, né? Por isso que eu gosto do
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    livro de memórias do Jung. Sabe por quê?
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    Porque nos capítulo final ele fala: "Eu
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    não estou entendendo mais nada". Eu acho
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    a confissão
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    maravilhosa. Juntei aqui um monte de
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    fatos, um negócio complicado para
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    caramba e eu mesmo não tô
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    entendendo.
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    Pouquíssimos autores chegam a esse a
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    este ponto. Ele teve essa honestidade,
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    né?
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    E quando você lê as obras do Niets, o
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    Niet tem algum medo da contradição, mas
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    de jeito nenhum. Ele escreve uma coisa
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    hoje, outro contrário amanhã, porque
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    hoje ele entendeu assim, amanhã entendeu
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    assado. Aí a conclusão final, não há
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    conclusão final. Niets morreu e nada
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    mais disso nele foi perguntado. Ele
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    morreu relativamente jovem. Talvez se
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    vivesse mais 40 anos TV. É normal você
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    juntar um monte de contradição no começo
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    da sua vida, depois você vai fechando e
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    no fim tira umas conclusões. Mas não deu
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    tempo. Ué, o cara morreu no meio do
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    caminho. Fazer o quê?
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    Yeah.
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