Business Watch - Como recuperar do défice de produtividade? 14/11/2024

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https://www.youtube.com/watch?v=Jm7FVhD-2JQ

Sintesi

TLDRO programa Business Watch discute a baixa produtividade de Portugal em comparação com outros países europeus e as causas que perpetuam essa condição. Tópicos abordados incluem o déficit de capital humano e físico, governança empresarial inadequada, economia informal elevada, e a pequena dimensão das empresas. Destacou-se que dois terços dos fatores que causam essa discrepância podem ser corrigidos por políticas econômicas adequadas. Políticas econômicas, gestão empresarial e formação de trabalhadores são vistas como áreas cruciais para melhoria. Exemplos de estratégias incluem o aumento do investimento em capital humano, maior profissionalização das empresas e redução da burocracia. Finaliza-se evidenciando a importância de se criar um ambiente favorável ao investimento produtivo e à competitividade.

Punti di forza

  • 📉 Produtividade em Portugal é metade da média europeia.
  • 💰 Baixos salários resultam de baixa produtividade.
  • 🤔 Dois terços dos problemas podem ser resolvidos com políticas adequadas.
  • 🏗️ Necessidade de maior investimento em capital físico e humano.
  • 🏢 Governança empresarial deve ser profissionalizada.
  • 🏠 Empresas familiares precisam de melhor estrutura de gestão.
  • 🔍 Economia informal representa desafio fiscal e de produtividade.
  • 📚 Formação dos trabalhadores deve alinhar-se às necessidades do mercado.
  • ⚙️ Burocracia e regulamentação excessiva são barreiras para o crescimento.
  • 🌍 Importância de atrair investimento estrangeiro direto.

Linea temporale

  • 00:00:00 - 00:05:00

    O programa discute como Portugal é um dos países menos produtivos da Europa, o que contribúe para a súa pobreza. A produtividade portuguesa é case a metade da media dos mellores países europeos. O déficit de produtividade resulta en baixos niveis de remuneración. Identifica que dous terzos deste diferencial poden ser resoltos a través de políticas económicas, mentres que a falta de acción nestas políticas mantén o problema vixente.

  • 00:05:00 - 00:10:00

    Menciónase que o déficit de capital por traballador é unha das causas do baixa produtividade, o que depende do investimento empresarial influído polas políticas económicas. Outro factor é a gobernanza empresarial, con dificultades en empresas familiares para diferenciar roles de propietario, capitalista e xestor. A formación dos traballadores tamén é crítica, cun foco insuficiente nas competencias demandadas. Exponse a necesidade de que as empresas completen a formación ofrecida polo estado.

  • 00:10:00 - 00:15:00

    A economía informal é identificada como unha barreira clave para mellorar a produtividade. Un estudo estima que case un cuarto da economía está no sector informal, o que afecta negativamente a competitividade e impide a entrada de empresas máis produtivas. A alta carga fiscal é vista como unha razón principal da economía informal, creando inxustizas entre contribuintes. A falta de acción para abordar estas barreiras perpetúa estes problemas desde hai máis de 20 anos.

  • 00:15:00 - 00:20:00

    Destácase que a lexislación complexa e a pequena dimensión das empresas son obstáculos grandes para a competitividade. A regulación administrativa afecta máis a eficiencia das empresas en Portugal comparada con algúns países europeos. A duración dos procesos de falencia, que pode estenderse até cinco anos, é un exemplo de ineficiencia que tamén disuade o investimento directo estranxeiro. A burocracia e os longos tempos de resolución son considerados barreiras significativas.

  • 00:20:00 - 00:25:00

    A pequena dimensión das empresas portuguesas é un reto para competir con negocios máis grandes doutros países. A participación dos sectores transaccionables no PIB reduciuse ao longo das décadas. Ante a ausencia de políticas efectivas para mellorar a produtividade, proponse simplificar regulacións e mellorar incentivos fiscais, orientando o investimento cara aos sectores transaccionables. Aumento das exportacións non se traduce necesariamente en aumento do valor engadido.

  • 00:25:00 - 00:33:09

    O nivel baixo de capital por traballador desvantaxa a produtividade en comparación cos países da área euro, cunha capacidade de investimento que incluso diminúe. A solución pasa por atacar os problemas máis alá dos estruturais, mellorando a produtividade e permitindo cambios graduales na estructura da economía. Lamentablemente, as políticas económicas continúan a priorizar solucións de curto prazo, o que non resolve os déficits de produtividade e renda no medio e longo prazo.

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Video Domande e Risposte

  • Qual é o problema principal discutido no Business Watch?

    A baixa produtividade de Portugal em comparação com outros países europeus.

  • O que pode melhorar a produtividade portuguesa?

    Investimento em capital humano e físico, além de melhores políticas econômicas.

  • Como a economia informal afeta a produtividade?

    Ela cria competição desleal impedindo que empresas mais produtivas emerjam e gera perda fiscal.

  • Por que a governança empresarial é importante?

    Uma boa governança melhora a eficiência e a capacidade de resposta das empresas.

  • Qual é o papel das empresas no aumento da produtividade?

    Empresas devem investir em governança e formação de trabalhadores adequadas.

  • Quais políticas são necessárias para a melhoria econômica?

    Redução da burocracia, regulamentação eficiente e incentivo ao investimento.

  • O que foi identificado como barreiras à produtividade?

    Informalidade, burocracia, má prestação de serviços públicos e regulamentação excessiva.

  • Qual é a relação entre salários e produtividade?

    Melhora na produtividade pode levar a salários mais altos.

  • Como a formação de trabalhadores pode influenciar a produtividade?

    Alinhando as habilidades adquiridas com as demandas do mercado de trabalho.

  • O que impede o crescimento econômico significativo?

    Falta de ação contínua nas áreas identificadas como problemáticas.

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Sottotitoli
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    você já sabe que somos dos países menos
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    produtivos da Europa e que isso quer
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    dizer que somos mais pobres ora Qual é a
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    forma de resolver isso é isso que vamos
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    ver no programa de hoje venha de Então
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    bom dia seja muito bem-vindo a mais uma
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    edição do Business watch o business
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    watch é um programa novo aqui do canal
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    acord do dinheiro onde nós procuramos
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    pegar naqueles temas estruturais que
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    fazem verdadeira diferença no
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    comportamento de Economia ora Nós já
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    tínhamos falado aqui de produtividade se
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    bem se recordo os gráficos que o Carlos
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    Tavares apresentou eram muito
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    elucidativos e desta vez temos mais um
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    desafio que tínhamos deixado de ficar
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    nessa altura que é então se Portugal tem
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    um problema de produtividade como é que
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    resolvemos isso bem antes de irmos ao
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    programa deixa-me só lembrar que e o
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    parcerias que nós temos E no caso
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    concreto da Blu e também da Square
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    Management cavares Bom dia bom eh isto
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    da produtividade parece que dá mesmo
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    pano para mangas tínhamos falado de
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    quais eram os problemas tínhamos
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    diagnosticado a situação e hoje vamos
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    ouvir como é que se pode melhorar isto
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    eh tivemos já ocasião de ver de facto
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    que o déficit de produtividade é um
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    problema que se arrasta há muitos anos
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    em relação aos nossos principais
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    parceiros temos níveis de produtividade
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    que são muito baixos que arrastam como
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    vimos também níveis de remuneração média
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    também B bastante mais baixos do que os
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    nossos parceiros Ó Carlos para também
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    alguns casos e é menos de metade como
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    recuperar relativamente à à nossa
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    conversa anterior Porque em relação a
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    países como a Dinamarca por exemplo e e
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    a Holanda estamos eh cerca de 30% da da
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    produtividade na indústria
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    ação em políticas económicas
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    que nunca trataram Decididamente este
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    este tema caros temos aqui o gráfico já
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    não é neste gráfico vemos precisamente
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    eh Portugal a produtividade na indústria
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    transformadora e a remuneração também na
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    indústria transformadora relativamente a
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    um conjunto de países estamos sempre
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    abaixo dos 100% em todos e n alguns
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    casos de facto Como estava a referir
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    Estamos por volta dos 30 dos 40% que é o
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    caso da Dinamarca mesmo em relação à
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    Espanha estamos à volta dos dos 50% e
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    este é o reflexo ou é A Outra Face da
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    moeda do relativamente aos salários que
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    muitas queixas de que ganhamos pouco e
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    que os os portugueses que as
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    remunerações são baixas mas sem Esse
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    aumento da produtividade não é possível
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    aspirar a remunerações mais altas para
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    quem é leigo isto quer dizer que nós não
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    produzimos o mesmo no mesmo espaço de
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    tempo que outros pa mes ex exatamente e
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    quais são as causas disso como vimos e
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    como eu disse na na naess prog nesse
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    programa eh a culpa não é
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    dos dos trabalhadores
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    que em outros ambientes são tão
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    produtivos como os daqueles países que
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    que e portanto há um conjunto de razões
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    que estão sistematizadas num quadro que
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    eu que tenho a seguir que passam que tem
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    lá está o Carlos isto diz-me uma coisa
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    que eu não tinha noção que é 2 ter3 do
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    diferencial é explicado por fatores
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    resolve pelas políticas económic
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    exatamente primeiro a portug atividade
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    portuguesa isto foi um estudo que quando
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    eu estive no ministério das Finanças da
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    economia perdão sim
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    eh encomendamos e que foi trabalhado
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    essencialmente pelo chamado Maquin
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    Global institute que com a participação
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    inclusivamente do professor blanchar que
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    que que participou neste fo fic do F
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    Mont exatamente e que chegava a estas
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    conclusões que
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    atividade portuguesa estava na na altura
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    e a situação hoje não é muito diferente
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    como já vimos era metade da média dos
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    cinco melhores país
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    europeus mas que cerca de um quarto
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    apenas um quarto desse diferencial tem
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    origem em fator estruturais alguns
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    relacionados com a estrutura da nossa
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    economia o nível do rendimento per
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    cápita a dimensão das nossas empresas
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    por exemplo e que cerca de dois ter
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    desse diferencial são explicados por
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    fatores que são resolve por políticas
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    económicas isto quer dizer em português
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    comum que esses problemas podem ser
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    facilmente resolvidos podem desde que a
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    política económica os ataques que e não
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    depende apenas da política económica nós
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    aqui temos eh um conjunto de fatores que
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    podem que dependem da das empresas
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    dependem dos
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    do do do estado não é eh eh e dependem
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    essencialmente e também isso depende do
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    Estado das das políticas económicas no
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    do lado das empresas O que é que nós
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    vimos também nessa na nossa na nossa
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    apresentação anterior a nossa discussão
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    anterior os trabalhadores trabalham como
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    cerca de metade do Capital por
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    trabalhador relativamente à área à área
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    Euro portanto temos um um déficit de
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    Capital que eh depende do investimento
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    das empresas sim o investimento das
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    empresas também Depende das políticas
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    económicas depende fiscal depende da
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    vontade das empresas mas depende das
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    políticas económicas incluindo da da da
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    política fiscal a segunda a segunda
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    questão que que é necessário que as
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    empresas cuidem é da própria governação
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    das empresas do da da forma como as
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    empresas são geridas como são governadas
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    por exemplo Há muitas referências que
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    nós temos um tecido Empresarial que é
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    muito muito baseado em empresas
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    familiares não tem mal nenhum eh que
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    seja baseado que seja baseado em
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    empresas familiares é preciso é que elas
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    por um lado tenham dimensão e por outro
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    lado tenham a forma de governação
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    adequada Ou seja que haja
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    eh distinção entre a propriedade e a
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    gestão que haja o recurso
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    administradores independentes e que
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    possam desafiar as própria a própria
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    família e que se distinga
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    eh
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    a o o papel do Empreendedor do
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    capitalista e do gestor porque só por
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    acaso é que estas três qualidades
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    coincidem na mesma na mesma pessoa pode
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    haver casos mas não é não é não é o
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    normal portanto isso é essencial também
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    para que a gestão das empresas
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    possa organizar-se de forma e organizar
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    as empresas de forma a
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    maximizar a forma como é utilizado
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    digamos o fator trabalho e de forma como
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    a empresa e pode e produzir e finalmente
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    há uma questão que diz respeito à
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    formação dos dos dos trabalhadores e
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    essa é uma parte é do estado e temos
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    aqui a questão da formação de base e nós
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    temos ouvido repetidamente que estamos
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    temos a geração mais qualificada de
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    sempre eh mas essa afirmação esquece
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    duas coisas eh primeiro que essa essa
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    afirmação é baseada no número de anos de
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    escolaridade uhum e e não não cuida de
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    saber se as competências que estão a ser
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    produzidas pelo pelas escolas Pelas
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    universidades etc são as que são
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    procuradas e as que são necessári
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    eh às empresas e isso há alguns
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    indicadores que isso nem sempre acontece
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    Ou seja que não há uma uma coincidência
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    entre a oferta e a procura de e
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    qualificações e E finalmente não atend
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    também aos
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    resultados que são obtidos pelos Ou seja
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    que qual é o nível de aquisição de
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    conhecimentos está subjacente a essas e
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    qualificações e por isso eh H há muito
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    penso eu que há ainda muito que fazer aí
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    para além de garantir que os os alunos
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    têm eh tê mais anos de escolaridade que
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    eles tenham efetivamente mais
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    qualificação e que tenham as
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    qualificações que são necessárias às às
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    empresas e finalmente há também o papel
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    das empresas Ou seja aquela chamada
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    formação passo o anglicismo montej on
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    Job em que as empresas têm que
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    complementar digamos o as competências
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    que são geradas nas escolas nas
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    universidades com a sua própria formação
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    com adequação das competências dos
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    trabalhadores às suas necessidades
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    específicas Eu recordo que há há uns
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    anos atrás também estava eu no no
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    ministério da economia e
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    e na altura eh as três grandes empresas
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    alemãs que atuam cá que foram a
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    autoeuropa a imans e a Bosch
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    constituíram uma academia de formação
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    para os trabalhadores das três das Três
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    empresas para garantir a formação de que
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    estas empresas e necessitavam a taxa de
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    empregabilidade é de 94% Exatamente isso
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    e que garante que estas empresas os
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    trabalhadores que trabalham aqui temm
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    uma produtividade tem tem uma
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    produtividade semelhante nalguns casos
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    superior àquela que tem os trabalhadores
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    nas mesmas empresas na na Alemanha e
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    portanto há que envolver ou seja
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    garantir eh a participação do estado com
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    com o realismo e com com pragmatismo
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    relativamente às qualificações que gera
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    e mas há que garantir também o papel das
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    eh das empresas esta e esta eh Estas são
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    portanto Mais Capital Mais Capital
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    digamos físico de de que que exige
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    investimento Mais Capital e melhor
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    capital humano eh e e passa por esta por
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    estas questões da reformação e
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    finalmente as políticas as políticas
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    adequadas para que eh nós possamos
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    ultrapassar este problema da
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    produtividade E aí há houve diagnósticos
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    feitos inclusivamente naquele estudo que
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    que referido que foi feito em 2000 e eh
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    três sim e que pretendia estabelecia um
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    conjunto de objetivos entre os quais
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    recuperar 40% do nosso déficit
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    deatividade até 2010 ora não recuperamos
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    até 2010 até porque depois de de que de
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    eu sair do ministério esta este projeto
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    foi foi abandonado nós na altura
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    inclusivamente construímos aquilo que
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    chamávamos o barómetro da produtividade
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    que de três em três meses mostrava como
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    estavam os indicadores que e que eram
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    necessários para melhorar o ou para
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    reduzir o nosso défice produtividade
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    pois o projeto foi foi abandonado eh e
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    hoje infelizmente Estamos numa situação
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    que não é muito diferente em termos de
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    produtividade comparada daquela que
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    tínhamos em 2003 o Carlos no o Carlos
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    referenciou seis Barreiras para para
  • 00:11:37
    tentar acelerar Aliás não é Essas
  • 00:11:40
    barreiras que condicionem o crescimento
  • 00:11:41
    e da produtividade informalidade o
  • 00:11:44
    ordenamento de território prestação de
  • 00:11:46
    serviços públicos regulamentação de
  • 00:11:48
    mercados e produtos legislação laboral e
  • 00:11:51
    herança Industrial Ora bem quando a
  • 00:11:53
    gente olha para isto me há aqui um
  • 00:11:56
    indicador que me preocupa seriamente que
  • 00:11:58
    é o indicador frente à economia informal
  • 00:12:01
    nós acreditávamos pelos números dos
  • 00:12:03
    últimos anos que eh isto poderia estar
  • 00:12:07
    em descida acentuada mas o gráfico que
  • 00:12:10
    Carlos trouxe para aqui para o programa
  • 00:12:12
    parece indiciar exatamente certo eu eu
  • 00:12:15
    antes Mais valia a pena recuperar a
  • 00:12:17
    enumeração das das Barreiras porque não
  • 00:12:20
    não só identificou as as barreiras o
  • 00:12:22
    estudo futebal 2010 como como lhe
  • 00:12:26
    atribuiu digamos uma ponderação um peso
  • 00:12:29
    e e surpreendentemente ou não a
  • 00:12:32
    informalidade foi foi considerada como a
  • 00:12:35
    mais relevante depois aparecem algumas
  • 00:12:38
    que não são surpresa o ordenamento do
  • 00:12:39
    território a burocracia dos
  • 00:12:41
    licenciamentos e outros processos 24%
  • 00:12:43
    depois a prestação de serviços públicos
  • 00:12:45
    e aqui na prestação de serviços públicos
  • 00:12:47
    estão desde já a educação e a formação
  • 00:12:50
    de que nós falamos está está a saúde não
  • 00:12:53
    é está a justiça por exemplo e que que
  • 00:12:56
    tem também está a própria funcionamento
  • 00:12:58
    da administração pública e eficiência de
  • 00:13:00
    que já falamos também e que também como
  • 00:13:03
    peso relevante depois a regulamentação
  • 00:13:05
    de mercados e produtos Todas aquelas
  • 00:13:08
    regulament todos os regulamentos que se
  • 00:13:10
    fazem sobre sobre os mercados e que
  • 00:13:13
    muitas vezes são comp mais complexos do
  • 00:13:14
    que necessário e depois
  • 00:13:17
    e peso o peso que me surpreende da
  • 00:13:19
    legislação Exatamente porque Como sabe
  • 00:13:22
    tradicionalmente quando se fala nisto
  • 00:13:24
    diz-se vem logo a legislação laboral à
  • 00:13:27
    cabeça e de facto na altura não foi
  • 00:13:29
    identificado como tal eu concordo Aliás
  • 00:13:31
    com com com o diagnóstico que foi feito
  • 00:13:33
    o progama ainda foi melhorado depois no
  • 00:13:36
    no a questão ainda foi melhorada com a
  • 00:13:38
    troika e depois alguns aspectos foram
  • 00:13:41
    foram refletidos posteriormente mas em
  • 00:13:43
    qualquer caso eu também eu também não
  • 00:13:45
    acho e hoje se as próprias empresas
  • 00:13:48
    Creio que não acham que o problema da
  • 00:13:49
    legislação laboral seja o mais
  • 00:13:51
    importante para este efeito e depois a
  • 00:13:53
    herança Industrial que é o que
  • 00:13:56
    caracteriza o tecido já falamos aquias
  • 00:14:01
    Já falamos com empresas pequenas e temos
  • 00:14:04
    uma uma dimensão média das empresas que
  • 00:14:05
    é muito inferior àquelas que têm os
  • 00:14:08
    nossos parceiros da União Europeia eh
  • 00:14:11
    temos um peso do setor chamados bemos
  • 00:14:15
    transacionáveis valor acrescentado que
  • 00:14:17
    anda à volta dos 25 25% apenas de valor
  • 00:14:20
    acrescentado Total E se nós somarmos os
  • 00:14:23
    não transacionáveis com o turismo que é
  • 00:14:26
    transacionáveis
  • 00:14:29
    nós concluímos que os setores
  • 00:14:30
    transacionáveis que não são turismo
  • 00:14:32
    apenas representam 15% do valor eh
  • 00:14:36
    acrescentado nacional e esse é um
  • 00:14:39
    problema porque nos setores
  • 00:14:41
    transacionáveis e sobretudo nos setores
  • 00:14:44
    transacionáveis não turista não turismo
  • 00:14:47
    São estão alguns daqueles ou a maior
  • 00:14:49
    parte daqueles que podem garantir um
  • 00:14:50
    crescimento da produtividade mais forte
  • 00:14:52
    a começar pela indústria transformadora
  • 00:14:54
    como vimos que tem um défice muito alto
  • 00:14:56
    e que precisa de melhorar
  • 00:14:58
    significativamente depois passamos para
  • 00:14:59
    o gráfico não é que é o gráfico ilustra
  • 00:15:01
    e depois E porque é que a economia
  • 00:15:03
    informal é uma barreira aos oportunidade
  • 00:15:05
    normalmente a economia informal é
  • 00:15:07
    identificada como problema fiscal ou
  • 00:15:09
    seja de fuga aos impostos O que é
  • 00:15:12
    verdade por um lado ou seja há uma uma
  • 00:15:15
    receita que que que não se está a obter
  • 00:15:18
    e pelo facto de reparem neste gráfico eh
  • 00:15:23
    não tem havido grandes Progressos na
  • 00:15:25
    economia no peso da economia informal
  • 00:15:27
    desde 1990 este indicador que é
  • 00:15:29
    utilizado pela ocde e que mostra são
  • 00:15:32
    duas estimativas alternativas não
  • 00:15:34
    interessa agora entrar em em pormenor
  • 00:15:36
    sobre as tecn realidades apontam quase
  • 00:15:39
    1/4 da da economia eh Está no setor no
  • 00:15:44
    setor informal o que por um lado
  • 00:15:46
    representa uma subavaliação até da nossa
  • 00:15:49
    riqueza não é
  • 00:15:51
    eh na medida em que esta este P seja
  • 00:15:54
    maior do que os outros países eh mas por
  • 00:15:56
    outro lado para além de como disse a
  • 00:15:59
    perda fiscal que é muito importante e e
  • 00:16:01
    os nossos impostos poderiam ser mais
  • 00:16:02
    baixos se este peso fosse fosse tamb Car
  • 00:16:05
    mas já ouvi isso no início deste século
  • 00:16:07
    Quando o Carlos quando o Paulo mercedo
  • 00:16:09
    foi para a direção Geral de impostos e
  • 00:16:11
    assim Bom como ele agora vai P outras
  • 00:16:13
    empresas a pagar que não estão a pagar
  • 00:16:14
    depois carga fiscal vai baixar paraos
  • 00:16:16
    outos não baixou também pois mas a minha
  • 00:16:18
    surpresa neste gráfico é que a apesar de
  • 00:16:21
    reconhecido do reconhecido aumenta
  • 00:16:22
    eficiência da administração fiscal o o
  • 00:16:25
    valor da e este é o valor mais simpático
  • 00:16:27
    no caros porque há um outro estudo há um
  • 00:16:29
    estudo do Professor Óscar Afonso da
  • 00:16:31
    faculdade de economia do porto que é o
  • 00:16:32
    gráfico seguinte em que faz uma
  • 00:16:34
    estimativa Isto é preocupante 34 não só
  • 00:16:37
    não diminui neste caso aumenta
  • 00:16:40
    significativamente e estima que a
  • 00:16:42
    economia não registada que e a expressão
  • 00:16:46
    que ele usa chega a cerca 34% do produto
  • 00:16:49
    quer seja 25 quer seja 34 é muito e e e
  • 00:16:54
    e é um problema que que condiciona a
  • 00:16:57
    produtividade porquê porque permite que
  • 00:16:59
    um conjunto de empresas pouco produtivas
  • 00:17:01
    e E será um conjunto extenso atendendo a
  • 00:17:04
    estes a estes indicadores que estejam a
  • 00:17:07
    concorrer com empresas que estão na
  • 00:17:09
    economia formal eventualmente mais
  • 00:17:11
    produtivas e não só que estejam a
  • 00:17:12
    concorrer como impeçam até de entrar a
  • 00:17:15
    entrada no mercado de empresas que que
  • 00:17:18
    sejam mais mais produtivos porque
  • 00:17:20
    simplesmente estão a ocupar o um lugar e
  • 00:17:23
    a e a e a a fornecer bens e serviços sem
  • 00:17:27
    sem sem estar na economia formal e sem
  • 00:17:28
    pagar impostos e e contribuições e e
  • 00:17:31
    tudo isso portanto ó caros mas o quem
  • 00:17:34
    quem nos está a ver neste momento deve
  • 00:17:35
    estar a pensar assim bom 34,3 é muito
  • 00:17:38
    dinheiro porque é que isto está a
  • 00:17:39
    acontecer é por por causa da carga
  • 00:17:41
    fiscal e o a principal razão para uma
  • 00:17:44
    economia informal e elevada é são as são
  • 00:17:49
    são as S as carg carga fiscal excessiva
  • 00:17:52
    quando o estado não baixa os impostos os
  • 00:17:55
    cidadãos tentam encarregar-se por vias
  • 00:17:58
    que não são as mais aconselháveis como é
  • 00:18:00
    evidente baixar o o a a fatura fiscal é
  • 00:18:04
    evidente que isto introduz além de mais
  • 00:18:06
    uma grande injustiça porque há um
  • 00:18:07
    conjunto de cidadãos que não pode eh
  • 00:18:09
    andar na economia formal todos os
  • 00:18:11
    trabalhadores por conta de outrem e e as
  • 00:18:14
    empresas para para além de certa
  • 00:18:15
    dimensão também já não que não não podem
  • 00:18:18
    entrar nestas nestas situações de
  • 00:18:21
    Economia informal portanto Isto é eh tem
  • 00:18:24
    um triplo triplo problema o problema da
  • 00:18:26
    perda da receita fiscal o o problema da
  • 00:18:29
    e das da barreira à entrada ou da da
  • 00:18:32
    atuação de empresas mais produtivas e a
  • 00:18:34
    injustiça relativa que provoca intia bom
  • 00:18:37
    agora como é que sai disto essa essa é a
  • 00:18:40
    questão que que que não tem sido atacada
  • 00:18:44
    eu eu fazo Muita confusão que aquele
  • 00:18:48
    estudo era há 20 anos portanto já já já
  • 00:18:51
    passaram mais mais de 20 anos
  • 00:18:53
    eh na altura identificaram-se as
  • 00:18:56
    barreiras identificou-se um conjunto de
  • 00:18:58
    políticas para tratar o problema da da
  • 00:19:01
    da produtividade e depois eh as questões
  • 00:19:05
    vão sendo adiadas as políticas não vão
  • 00:19:08
    sendo adotadas eh Isto é quase como
  • 00:19:11
    carga fiscal sobe como nós vimos an
  • 00:19:14
    toica apó que subiu quatro pontos
  • 00:19:15
    porcentuais exatamente e é quase como um
  • 00:19:18
    doente que tem uma doença crónica e que
  • 00:19:21
    lhe dizem Olha tem que se tratar tem que
  • 00:19:23
    tomar este medicamento e aquele e ele
  • 00:19:24
    faz de conta que não é nada com ele e
  • 00:19:27
    vai vai vai andando e até que um
  • 00:19:31
    dia não não consegue não consegue ir
  • 00:19:33
    andando e e e começam se a revelar
  • 00:19:36
    situações e perdas de competitividade da
  • 00:19:39
    economia que que que que ter que terão
  • 00:19:42
    de ser mais cedo ou mais tarde tratadas
  • 00:19:45
    H se nós virmos e aquelas há uma
  • 00:19:49
    ilustração e alguns gráficos que
  • 00:19:51
    ilustram como é que estamos naquelas
  • 00:19:53
    barreiras por exemplo na regulamentação
  • 00:19:55
    de mercados e produtos Isto é o peso da
  • 00:19:57
    regulamentação mercado de mercados e
  • 00:20:00
    produtos eh que é um indicador da ocde
  • 00:20:03
    nós estamos ali num dos valores mais
  • 00:20:06
    elevados para este conjunto de países
  • 00:20:07
    europeus que aqui que aqui selecionamos
  • 00:20:10
    exatamente a primeira barra que é o caso
  • 00:20:12
    mais elevado outro outro que vem a
  • 00:20:15
    seguir que diz respeito eh requisitos
  • 00:20:19
    administrativos às empresas estamos
  • 00:20:21
    também ali por acaso eh
  • 00:20:23
    surpreendentemente até eh quando quando
  • 00:20:25
    este indicador a Alemanha aparece numa
  • 00:20:27
    posição pior pior que nós mas eh Como
  • 00:20:30
    disse eh e os países baixos estão
  • 00:20:32
    praticamente iguais a nós também
  • 00:20:34
    exatamente eh mas outros como a França a
  • 00:20:37
    Irlanda a Itália a Espanha estão em
  • 00:20:39
    situação e sobretudo se olharmos aqui
  • 00:20:41
    para o para a última barra que é dos
  • 00:20:42
    cinco melhores estamos bastante longe
  • 00:20:45
    dos dos cinco dos cinco melhores da da
  • 00:20:47
    ocde e e isto também mais uma vez eu
  • 00:20:51
    acho que não devemos usar aquele
  • 00:20:53
    argumento que ainda há outros piores que
  • 00:20:55
    nós mas olhar para para os melhores
  • 00:20:57
    Depois temos por exemplo eh na prestação
  • 00:21:00
    de serviço público temos uma a duração
  • 00:21:04
    média dos processos de falência
  • 00:21:06
    insolvência e Recuperação de empresas
  • 00:21:08
    Estava eh está atualmente ainda eh perto
  • 00:21:13
    dos dos 60 meses não é tá perto dos 60
  • 00:21:16
    meses 60 meses são 5 anos para um
  • 00:21:18
    processo que é de recuperação e de e de
  • 00:21:22
    insolvência que deveria ser um processo
  • 00:21:24
    rápido para que não se perca tudo quando
  • 00:21:26
    uma empresa entra nesta situação
  • 00:21:29
    a primeira a primeira preocupação deve
  • 00:21:31
    ser mas ó Carlos O que espanta aqui é a
  • 00:21:33
    tendência de deterioração deste
  • 00:21:34
    indicador praticamente desde 2014 certo
  • 00:21:38
    a
  • 00:21:38
    2023 22 e isto choca com aquilo que a
  • 00:21:42
    troika Veio cá a fazer ex certo na
  • 00:21:44
    altura na altura melhorou Melhorou
  • 00:21:46
    significativamente
  • 00:21:47
    eh e depois e depois agravou-se e depois
  • 00:21:51
    agravou-se nós em 2013 ainda estávamos
  • 00:21:54
    abaixo dos 30 meses que já não é pouco
  • 00:21:58
    já não é pouco já são mais de 2 anos não
  • 00:21:59
    é são sim um processo este deveria
  • 00:22:01
    tipicamente Estar despachado ao fim de
  • 00:22:02
    um anoo muito sim e e eu tenho passei no
  • 00:22:08
    pela banca e por exemplo lembro-me num
  • 00:22:11
    caso que tive eh que quando estava no
  • 00:22:15
    Banco Nacional Ultramarino o Banco
  • 00:22:17
    Nacional Ultramarino tinha um banco em e
  • 00:22:20
    na África do Sul que era o bco of lisbon
  • 00:22:22
    e em determinada altura Nós quase
  • 00:22:25
    entramos em Pânico porque um dos maiores
  • 00:22:26
    créditos do banco lisma entrou em
  • 00:22:29
    cumprimento uhum e nós ficamos eh
  • 00:22:32
    Ficamos muito preocupados o créo tinha
  • 00:22:33
    garantias reais mas a a julgar pelos
  • 00:22:37
    processos aqui nós não esperávamos que a
  • 00:22:40
    solução a questão fosse resolvida
  • 00:22:42
    rapidamente eu já não sei exatamente o
  • 00:22:45
    tempo mas eu Julgo que não foi mais de
  • 00:22:47
    3S meses que aquele que aquele caso
  • 00:22:51
    Demorou a tratar ou seja o juiz
  • 00:22:53
    despachou o processo os bens foram foram
  • 00:22:56
    foram vendidos S que estavam em garantia
  • 00:22:59
    e o Banco Nacional Ultramarino ou melhor
  • 00:23:02
    neste caso o bisman ressarciu quase
  • 00:23:06
    totalmente
  • 00:23:07
    deste portanto claramente este a duração
  • 00:23:09
    dos processos de falência por exemplo
  • 00:23:11
    que é um dos dos dos problemas apontados
  • 00:23:13
    é um problema grave é é um problema tal
  • 00:23:16
    como outros aspectos da Justiça
  • 00:23:17
    económica com uma execução de dívidas e
  • 00:23:20
    e a própria os próprios tribunais
  • 00:23:22
    administrativos e fiscais que que que
  • 00:23:24
    demora imenso tempo e porque para Além
  • 00:23:27
    Deste aspecto que tem nos processos de
  • 00:23:30
    insolvência e por exemplo isto impede
  • 00:23:31
    que permite que algumas empresas que já
  • 00:23:33
    não têm viabilidade se mantenham no
  • 00:23:35
    mercado
  • 00:23:37
    prolongadamente em concorrência com as
  • 00:23:39
    que estão e impedindo outras
  • 00:23:41
    eventualmente mais produtivas de de
  • 00:23:44
    entrar eh tal como devia ser um processo
  • 00:23:47
    de execução de uma dívida devia ser
  • 00:23:50
    relativamente rápido Isto é também uma
  • 00:23:53
    barreira ao investimento direto
  • 00:23:54
    estrangeiro os os investidores
  • 00:23:56
    estrangeiros quando olham para estes
  • 00:23:58
    tempos quando é das primeiras
  • 00:24:00
    preocupações que ele tem quanto tempo é
  • 00:24:01
    que demora a a cobrar uma uma dívida eh
  • 00:24:05
    quanto tempo é que demor os processos
  • 00:24:07
    fiscais etc e isto eh impede Que de
  • 00:24:11
    facto o investimento direto estrangeiro
  • 00:24:13
    produtivo e mais que nos interessa mais
  • 00:24:16
    eh seja seja atraído e portanto resolv
  • 00:24:20
    aquele nosso problema Inicial que é do
  • 00:24:22
    défice de Capital O gráfico seguinte
  • 00:24:24
    ilustra também isso é outro dos fatores
  • 00:24:26
    que é a pequena dimensão média das
  • 00:24:27
    empresas na dimensão média das empresas
  • 00:24:30
    nós temos ali a Alemanha tem cerca de
  • 00:24:32
    nove vezes a dimensão média das nossas
  • 00:24:34
    empresas a Áustria também tem um
  • 00:24:36
    múltiplo que são cerca de seis seis
  • 00:24:38
    vezes e portanto nós temos mesmo em
  • 00:24:40
    relação à Espanha a Itália menos de
  • 00:24:41
    metade da dimensão média das empresas e
  • 00:24:44
    isto eh é é também eh um um um problema
  • 00:24:49
    que no sobretudo no setor de bens
  • 00:24:51
    transacionáveis a dimensão conta ou seja
  • 00:24:54
    é as as empresas precisam vão competir
  • 00:24:58
    ir na exportação ou cá dentro no mercado
  • 00:25:01
    interno com com as empresas no mercados
  • 00:25:03
    estrangeiros e vão competir com empresas
  • 00:25:06
    de dimensão maior com capacidade de
  • 00:25:08
    resposta maior e portanto E isto é
  • 00:25:10
    sempre uma limitação ao desenvolvimento
  • 00:25:12
    da produtividade sim gráfico seguinte
  • 00:25:14
    que lustra aquilo que o carro estava a
  • 00:25:15
    dizer há bocado do dos transacionáveis
  • 00:25:18
    precisamente nós já tivemos ali nos anos
  • 00:25:20
    80 o setor transacional el representava
  • 00:25:24
    quase 40% hoje representa à volta de 25%
  • 00:25:27
    isto é uma estimativa porque os bens
  • 00:25:30
    transacionáveis não são uma grandeza
  • 00:25:32
    observável Mas é uma estimativa Isto
  • 00:25:35
    mostra que a melhoria Apesar da grande
  • 00:25:39
    do grande aumento das exportações no PIB
  • 00:25:42
    eh o a partir de 2010 eh o peso dos bens
  • 00:25:48
    transacionáveis que é o que releva mais
  • 00:25:50
    do que a quantidade de exportações que
  • 00:25:52
    fazemos interessa o valor acrescentado
  • 00:25:54
    dos bens do setor transnacional que nós
  • 00:25:57
    produzimos e podem ser vendidos para o
  • 00:25:59
    exterior ou cá dentro competindo com com
  • 00:26:03
    com importações e esta é uma limitação
  • 00:26:05
    também e e portanto quando nós vimos
  • 00:26:07
    Como disse que o o setor não
  • 00:26:10
    transacionáveis
  • 00:26:11
    isto não é espcial turismo que é
  • 00:26:14
    importante mas de qualquer maneira é um
  • 00:26:15
    setor muito específico representam
  • 00:26:18
    85% do valor acrescentado produzido não
  • 00:26:21
    fazar como é que é importante que se
  • 00:26:25
    reoriente o investimento para estes
  • 00:26:28
    setores agora como é que se reorienta
  • 00:26:30
    essa é a grande questão e é o grande
  • 00:26:32
    desafio porque eh nós quando tínhamos
  • 00:26:36
    taxa de câmbio a reorientação do
  • 00:26:38
    investimento e da procura para os bens
  • 00:26:41
    transacionais era feito pela
  • 00:26:42
    desvalorização da taxa de câmbio hoje
  • 00:26:45
    não temos e portanto temos que recorrer
  • 00:26:47
    às chamadas políticas microeconómicos
  • 00:26:49
    algumas das quais vimos aqui que é
  • 00:26:51
    facilitar a vida à empresa reduzir os
  • 00:26:53
    custos de transação da da das empresas
  • 00:26:56
    eh tornar ter uma política fiscal
  • 00:26:59
    Atrativa nós não podemos discriminar
  • 00:27:01
    fiscalmente mas quando quando queremos
  • 00:27:04
    atrair investimento direto estrangeiro
  • 00:27:07
    ele pode ser orientado digamos ou a
  • 00:27:10
    procura de investimento pode ser para o
  • 00:27:11
    setor de bens transacionáveis e depois
  • 00:27:13
    temos o gráfico seguinte que mostra o
  • 00:27:14
    volume e valor acrescentado não é isto
  • 00:27:17
    tem a ver com aquilo que eu referi há
  • 00:27:18
    pouco nós tivemos a curva Azul
  • 00:27:20
    representa as exportações em percentagem
  • 00:27:22
    do PIB tivemos um grande uma grande
  • 00:27:24
    subida mas depois subirmos o valor
  • 00:27:27
    acrescentado direto impl trans portações
  • 00:27:30
    que é a curva de baixo a Cinzento ele
  • 00:27:32
    ele ali uma queda que foi 2020 e
  • 00:27:34
    portanto não tinha dados não temos dados
  • 00:27:36
    para Além disso mas não só e há uma
  • 00:27:40
    estabilidade muito grande ou seja não há
  • 00:27:42
    aquela subida que nós vimos e
  • 00:27:45
    relativamente a 2010 e praticamente em
  • 00:27:48
    2019 estávamos ao nível de 2011 Isto é o
  • 00:27:52
    valor acrescentado exportado e e mais do
  • 00:27:55
    que isso repare que o valor acrescentado
  • 00:27:58
    exportado representa Praticamente em
  • 00:27:59
    percentagem do PIB representa
  • 00:28:01
    praticamente metade do valor das
  • 00:28:03
    exportações em percentagem do PIB ou
  • 00:28:05
    seja o que é que isto quer dizer que
  • 00:28:07
    daquilo que do volume que nós exportamos
  • 00:28:09
    nós só captamos metade do valor do valor
  • 00:28:12
    acrescentado e por isso este é outro
  • 00:28:14
    aspecto isto tem muito a ver com a
  • 00:28:16
    produtividade porque a produtividade
  • 00:28:17
    mede-se em valor acrescentado não se
  • 00:28:19
    mete não se mede em em em em volume
  • 00:28:22
    produzido é em valor acrescentado e e
  • 00:28:25
    mostra a importância que nós temos de
  • 00:28:27
    dar eh não apenas a ao aumento da
  • 00:28:31
    produção em volume mas ao aumento do
  • 00:28:33
    valor acrescentado daquilo que
  • 00:28:34
    produzimos caros o último gráfico tem a
  • 00:28:37
    ver com aquela déficit capital o Car já
  • 00:28:39
    tem falado no PR já já falamos na última
  • 00:28:41
    e e eu penso que é forma de de de
  • 00:28:45
    encerrar esta questão e mostrar que de
  • 00:28:47
    facto os trabalhadores portugueses
  • 00:28:50
    quando quando trabalham estão numa
  • 00:28:54
    desvantagem eh imediata relativamente ao
  • 00:28:56
    seest nós temos um uma um um capital
  • 00:28:59
    líquido por pessoa empregada que é cerca
  • 00:29:01
    de metade de do que é produzido na área
  • 00:29:05
    Euro do que do que existe na área euro e
  • 00:29:07
    mais o que é mais preocupante é que
  • 00:29:09
    entre 2015 por exemplo e 2022 o capital
  • 00:29:14
    liquido por pessoa empregada diminuiu o
  • 00:29:16
    que vimos na última da última vez que
  • 00:29:19
    falamos nisto ou seja o investimento
  • 00:29:21
    novo não tem sido suficiente sequer para
  • 00:29:24
    pagar a depreciação para repor o capital
  • 00:29:26
    existente bom
  • 00:29:28
    Resumindo e concluindo eh nós temos
  • 00:29:31
    muito poucos setores aliás muitas poucos
  • 00:29:34
    problemas que não podemos mexer são
  • 00:29:36
    problemas estruturais e temos aa uma
  • 00:29:38
    grande quantidade onde nós podemos atuar
  • 00:29:40
    e que faria toda a diferença mas não
  • 00:29:42
    acontece exatamente eh os problemas
  • 00:29:45
    estruturais de qualquer maneira isto
  • 00:29:47
    depois cria-se um círculo Virtuoso na
  • 00:29:51
    medida em que eh à medida que formos
  • 00:29:54
    melhorando a produtividade e aqueles
  • 00:29:57
    aqueles problemas estruturais da
  • 00:29:59
    dimensão das empresas do baixo nível de
  • 00:30:01
    rendimento per cápita da da própria
  • 00:30:03
    estrutura eia elas vão também vão-se
  • 00:30:06
    mudando gradualmente agora é preciso
  • 00:30:09
    fazer alguma coisa para que isso
  • 00:30:10
    aconteça porque as coisas não acontecem
  • 00:30:12
    naturalmente mas é aí que temos estar um
  • 00:30:14
    bocado pessimistas Porque como se vê
  • 00:30:15
    aqui nem com uma intervenção externa nós
  • 00:30:17
    conseguimos resolver ales problemas po
  • 00:30:19
    nós não podemos é satisfazer noos com um
  • 00:30:21
    crescimento que é muito baseado ou tem
  • 00:30:23
    sido num período recente muito baseado
  • 00:30:26
    no no consumo e e e pouco no no
  • 00:30:29
    investimento não é isso que nos aproxima
  • 00:30:31
    dos outros não isso não nos aproxima
  • 00:30:32
    resolve noos o problema do crescimento
  • 00:30:34
    no curto prazo e e mesmo assim de de
  • 00:30:37
    forma relativamente modesta mas não nos
  • 00:30:39
    permite recuperar aquele défice de de
  • 00:30:42
    produtividade e portanto recuperar o
  • 00:30:44
    déficit de Salários quando e Ouvi agora
  • 00:30:48
    ouvimos todos esta semana dizer que no
  • 00:30:50
    último ano o salário médio subu cerca de
  • 00:30:53
    10% ou seja acho à volta de 8% em termos
  • 00:30:56
    reais se olharmos ao que o que é que
  • 00:30:58
    aconteceu à produtividade ela não não
  • 00:31:00
    acompanhou não acompanhou o que
  • 00:31:02
    significa que nós estamos a perder
  • 00:31:04
    estamos estamos a perder competividade
  • 00:31:06
    estamos a perder competividade e as
  • 00:31:08
    empresas eh Das duas uma as que estão no
  • 00:31:11
    setor eh chamado não transacional que
  • 00:31:14
    não é exposta à concorrência externa
  • 00:31:15
    tendem a a repercutir nos preços Claro
  • 00:31:19
    as as que estão sujeitas à concorrência
  • 00:31:21
    externa e que não podem repercutir nos
  • 00:31:23
    no no nos preços vão encolher
  • 00:31:28
    estreitar as as suas margens a a
  • 00:31:30
    rentabilidade dos capitais que
  • 00:31:32
    investidos até ao momento em que puderem
  • 00:31:34
    porque há um momento em que não podem
  • 00:31:36
    estreitar mais as margens e nessa altura
  • 00:31:38
    seguem saem do mercado e por isso muitas
  • 00:31:41
    vezes estas subidas dos salários não
  • 00:31:44
    acompanhados do do do da subida da
  • 00:31:46
    produtividade podem parecer muito
  • 00:31:48
    interessantes no curto prazo mas a Médio
  • 00:31:50
    prazo podem ser uma fonte de e
  • 00:31:53
    normalmente só se reflete inclusive até
  • 00:31:55
    ao ponto das empresas fecharem muito
  • 00:31:57
    mais tarde
  • 00:31:58
    exatamente as empresas a tendência
  • 00:32:00
    normal sobretudo as que exportam é
  • 00:32:02
    tentar estreitar as margas até ao
  • 00:32:05
    momento em que possam mantendo-se nos
  • 00:32:06
    mercados nos mercados internacionais
  • 00:32:09
    agora é preciso garantir que a
  • 00:32:11
    competitividade se faz por por outra via
  • 00:32:14
    porque a remuneração dos capitais
  • 00:32:15
    próprios é muito importante para que as
  • 00:32:17
    empresas possam investir mais claro bom
  • 00:32:20
    Como já percebeu Aliás se você é
  • 00:32:22
    espectador habitual do canal
  • 00:32:23
    nomeadamente do programa da manhã já
  • 00:32:25
    sabe que este este questão da
  • 00:32:27
    produtividade para mim é aquilo que me
  • 00:32:28
    deixa mais pessimista emem relação ao
  • 00:32:30
    nosso futuro porque os problemas estão
  • 00:32:32
    identificados toda a gente sabe o que
  • 00:32:34
    fazer no entanto a parte política não
  • 00:32:36
    corresponde olha opta-se pelas questões
  • 00:32:38
    de curto prazo Como disse o Carlos
  • 00:32:40
    Tavares e e esquece precisamente às
  • 00:32:42
    questões estruturais ou as questões de
  • 00:32:43
    Médio prazo bom chegamos ao fim do
  • 00:32:45
    programa do programa de hoje mas antes
  • 00:32:47
    de irmos embora quero lembrar que temos
  • 00:32:50
    aquilo que são as nossas parcerias no
  • 00:32:52
    caso concreto com a Square Management e
  • 00:32:54
    também com a bcra Fundos fique bem nós
  • 00:32:58
    Voltaremos na próxima quinta-feira às 12
  • 00:33:01
    hor 12 horas Car Muito obrigado até o
  • 00:33:03
    próximo progama obrigado
  • 00:33:08
    [Música]
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