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[Música]
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e a gente vim para um lugar cheio de
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barro né lama água difícil e trabalhar
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no lixo né que a gente não tinha costume
00:00:18
eu sofria demais
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[Música]
00:00:28
[Música]
00:00:38
Já vi muitas mortes carreta passando por
00:00:41
cima da mesa trator
00:00:45
muita Fatalidade
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[Música]
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a gente pensar que Brasília né Tem
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62 anos ainda é uma cidade recente e
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como é que o Lixão da Estrutural se
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tornou segundo maior do mundo perdendo
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só para o de Jacarta né na Indonésia e a
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população de Jacarta na Indonésia seis
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vezes maior que a nossa ele era um
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segundo maior do mundo e o maior da
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América Latina a gente pensar que o
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nosso lixão chegou a ser maior que o de
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São Paulo de Rio de Janeiro de cidades
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muito maiores que a nossa o Lixão da
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Estrutural surgiu de forma irregular mas
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foi oficializado pelo governo do
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Distrito Federal a 40 anos ocupa uma
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área de 200 hectares o que equivale a
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243 campos de futebol faz divisa com o
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Parque Nacional de Brasília e fica
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apenas 15 km do congresso nacional
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acumula mais de 40 milhões de toneladas
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de lixo e inúmeras histórias de vida a
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gente ia pra escola voltava e subia para
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trabalhar aí meu pai minha mãe é de
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manhã às 6 horas da manhã e a gente
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chegava da escola e ia trabalhar pegava
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levava o almoço para eles e começava a
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trabalhar junto com eles tomava café da
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manhã em casa Aí enquanto os meninos era
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pequeno aí eu levava o almoço né
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esquentava lá mesmo no fogãozinho fazer
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um fogãozinho e esquentava lá no álcool
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né aí depois que os meninos começou a
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estudar aí eu ia 5 horas da manhã aí
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vinha 10 horas da manhã arrumar almoço e
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os meninos para ir para escola Aí
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voltava às 5 horas da tarde eu vinha
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para casa a estrutural quando eu cheguei
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era barraco de madeira puro barraco de
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madeira o esgoto corria a céu aberto mas
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difícil era nessas época de seca Muita
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poeira aqueles vídeo muito né que dava
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Então tampava tudo de poeira as vezes a
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gente tinha alguns problemas até de
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respiração lá modo de o acúmulo de
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poeira demais lá e na época da chuva
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também muita lama né por dia mais de
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duas mil toneladas de lixo eram
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despejadas aqui além de 5.000 toneladas
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de Entulhos de construções era só vai
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chegar para a multidão de catadores
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começaram o trabalho de separar o
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material reaproveitável o que sempre foi
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descartado por muitos como lixo virou
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sustento de gerações
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antes eu trabalhava na roça fazendo né
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trabalhava como lavrador labrador e aí
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era a minha vida era era essa aí aí os
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meus filhos vindo lá para cá com a minha
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família trabalhava eu e minha mãe e meu
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pai e meus irmãos são três irmãos
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tudo na reciclagem minha vida era chorar
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chorar chorar com vontade de voltar para
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trás mas não podia porque eu tinha um
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irmão aqui também né que tava doente aí
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a gente tinha que ajudar ele né E aí com
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duas crianças pequenas aí a minha
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solução era trabalhar no lixão
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entrevistas com algum desses catadores
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em 2007 dizia para alguns o que é lixo
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para gente é dinheiro é fonte de renda
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claro que era um dinheiro e condições
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precárias até em termos de saúde pública
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Mas eles tinham a vida dependente
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daquelas sobras
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brechas do nosso sistema social de
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alguma forma e durante muito tempo
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estavam atuantes lá e trabalhavam lá de
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manhã de tarde de noite horas jornadas
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longas de trabalho uma vida de trabalho
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com mais que a gente soubesse que na
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estrutural tinha um lixão tinha um
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catadores que viviam do Lixão as
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condições de vida deles em geral foi
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muito invisibilizada durante esses Quase
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60 anos de existência do Lixão o lixo da
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Estrutural Ele criou problemas
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estruturais né Os catadores acharam uma
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solução para sua vida Naquele lixo
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estrutural então a solução eles criaram
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esses postos de trabalho eles não
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existiam Os catadores foram lá e criaram
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um posto de trabalho Tiraram um material
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e revender esse material sem nenhuma
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apoio do Estado eles eram Fantasmas eles
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estavam ali de forma oficiosa no lixão
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aquele tempo lá era muito difícil uma
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porque tinha muito os guardinha né que
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não deixava trabalhar mas a gente ia
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escondido a trabalhar e depois quando eu
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completei uma idade ali de 15 anos aí
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que oficializou mesmo da gente trabalhar
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que ele tava dava mais para a gente
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trabalhar mais lá que no começo mesmo os
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guardinha a gente ia mas eles pegava e
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tirava a gente a gente de novo e tirava
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a gente ia e tirava o Lixão uma área que
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não tinha muito controle né era uma área
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que você podia chegar no portão o portão
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não tinha um grande controle da da
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entrada dos caminhões e a entrada de
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Pedestre não tinha controle nenhuma
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então você não tinha certeza de quantos
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captadores e quais captadores estavam lá
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naquele momento na entrada como eu falei
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era um quase 6 km de perímetro de cerca
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abertos Então os catadores entravam na
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hora que eles queriam trabalharm da
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forma que eles queriam também um bocado
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de roupa comprida igual a essas aqui
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assim né e a calça da mesa a gente disse
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umas duas calças uma mais apertada e
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arruma mais folgada sempre por fora
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assim quando era de tarde era quase a
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mesma coisa e você tirar a base de cima
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embolava e trazer para casa já lavava na
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época da chuva que suja mais né aí já
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descia para casa e lavava ela no outro
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dia já ia com outra e era assim a vida
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de lá o risco era grande sim porque a
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briga pelo material a gente é tinha eu
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tinha o outro aqui do lado quem fosse
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mais rápido pegava Pet quem fosse mais
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rápido pegava a latinha
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em cima do montanha de lixo de 60 metros
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de altura convivendo com os gases e os
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líquidos poluentes ali que fazem mal à
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saúde entre máquinas né tratores
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caminhões tinham na faixa de 2 a 4
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acidentes fatais por ano e dezenas de
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assistentes graves todos os anos
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envolvendo catadores naquele local não
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usava esses epi né de máscara aí ela
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falou que nós usava mesmo era as luva é
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um risco grande que a gente podia lá
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também era isso que não usava as
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máscaras né E aí a gente não usava
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máscara mas as luvas sempre nós usamos
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lá Trabalhei esses 20 e Poucos Anos lá
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mas ela fala a verdade
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não era fácil para você dizer assim não
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eu acostumei tô acostumada a gente é
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leva né mas a gente não acostuma porque
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você vê muita coisa né Muito difícil
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muita muita lama tá chovendo é lama né
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tá sol é sol e poeira entendeu Então
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você leva na fé e na precisão foi uma
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vida difícil ao mesmo tempo muito bom
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porque daí
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dinheiro lá também com graças a Deus tem
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algumas condiçãozinha aí não tanto assim
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mas umas boas condiçãozinha um carrinho
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para tá andando aí foi dinheiro de lá né
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do lixo não veio só o sustento veio uma
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cidade inteira estrutural nasceu em
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função dessa questão do lixo que passou
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a ser depositado nessa região e as
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pessoas em busca de sobrevivência com
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muitas cidades nas terão perto de Rio
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perto de indústrias perto de local de
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trabalho as pessoas foram criando
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moradias improvisadas em torno do Lixão
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justamente para tê-lo como fonte de
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renda e foi aí que nasceu estrutural
00:07:58
o espaço
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de uma de uma economia né Qualquer lixão
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Então isso é comum sim nos outros lixões
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que a gente trabalhou acho que quanto
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maior o Lixão maior era essa circulação
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de riqueza que acaba formando ao redor
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essas essas
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estruturas assim de bairros né de
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moradia muitas famílias né vieram de
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fora por causa da situação né da crise
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Então você adaptou ele no chão começou
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pelas barraquinhas né de lona todo mundo
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que vinha de Fora começou pelas as
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casinhas de lona e depois foi fazendo de
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madeirite aí depois foi legalizado aí
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começaram a construir mas infelizmente
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foi pela necessidade do Lixão mesmo e do
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sustento né hoje em dia tem uma
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população grande que mora na estrutural
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e alguns estudos até mostrando a questão
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do lazer para os jovens na estrutural a
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participação política dos jovens na
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estrutural foi fundado também um polo da
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UnB na estrutural então foi o espaço que
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foi se consolidando apesar da situação
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meio precária e vulnerável ligado à
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questão do lixo e a questão da saúde
00:09:00
pública também que era considerado
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desaconselhado as pessoas ficarem
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vivendo lá por uma questão sanitária mas
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como o lixo virou uma fonte de renda e
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as pessoas foram se consolidando naquele
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espaço o espaço acabou se fixando não
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tinha né
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o asfalto também não tinha e tudo
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barraco de
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Oi como já pode ver tem várias
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construçãos lá né de até de apartamentos
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prédiozinhos né então melhorou bastante
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a estrutural em 2018 a principal fonte
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de renda da cidade mudou de endereço por
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determinação do Tribunal de Justiça do
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DF e para atender a política nacional de
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resíduos sólidos o Lixão da Estrutural
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foi fechado e passou a receber apenas
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entulho de construção da Estrutural ele
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ficou aberto antes porque não tinha onde
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colocar o resíduo aqui em Brasília então
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só foi solucionado no dia que se criou
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uma solução para o resíduo foi Um aterro
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sanitário e nós só somos catadores foram
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um Centro de Triagem 50 anos foram 50
00:10:00
anos para achar uma solução né e a
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política de resíduos Nacional de Jesus
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ela facilitou muito que os governos
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buscassem essa solução e foi deixado um
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passivo ambiental enorme lá você tem
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aproximadamente 25 milhões de toneladas
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de resíduos enterradas naquele local que
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continuam gerando passiva mental
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impactos ambientais no solo na água e no
00:10:20
ar importante que a gente frise e para
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ter para que quando falarmos né como tá
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na própria legislação que cuida aí do
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tratamento ambientalmente adequado dos
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resíduos sólidos no Brasil a 12 3 x 5
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nós interpretarmos né a regra que
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menciona essa obrigação que a gente
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concorda né os lixões tem que ser
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digamos todos assim exterminados mas com
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cuidado de fazer com que essas pessoas é
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sejam realocadas
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no sistema de coleta seletivo de ficar
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reversa Ou seja que não fiquem é de uma
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hora para outra Sem o sem a sua de onde
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tirar a sua a sua subsistência sempre
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foi um embate muito grande entre a
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população local e o estado tanto que
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houver algumas tentativas de remoção da
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Estrutural dos moradores da estrutura
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inclusive algumas em governo que
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entraram na estrutural à noite tentaram
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desmantelar os barracos e tentaram
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desmantelar o espaço mas o espaço aos
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poucos foi criando movimento
00:11:31
associativos comunitários e muito
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movimento de resistência também dos
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moradores locais e algumas lideranças
00:11:38
para o espaço permanecer quando a gente
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começou a trabalhar lá que tá esse tiro
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e não tira tira não tira tira não tira
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eu acho que ficou plantado na cabeça de
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todos os catadores aquele dia hoje é
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cooperado né mas Naquele tempo era
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catador de não ter de acreditar né que
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ia sair o Lixão Então acho que já tinha
00:11:54
isso na cabeça não sai não sai então eu
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dei uma hora para outro saiu muito dono
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de mercado que tinha seus mercados virou
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catador de matéria reciclado também
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porque o que gerava economia da
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Estrutural era um antigo lixão o antigo
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lixão ele gerava a economia aqui na
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cidade estrutural mas depois do
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fechamento a economia caiu para muitos
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foi uma perda de renda muito grande
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então teve um impacto porque a gente
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tinha gerações tinham pessoas que
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estavam lá desde os 12 anos e diferente
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gerações e pessoas estavam mais de 30
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anos vivendo a coleta do lixo era um
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trabalho como outros tipos de trabalho
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mas mais estigmatizado mas degradante e
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a gente pensar um pouco qual é as
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representações sociais do lixo na nossa
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sociedade eu quase como se o lixo também
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fosse outro lado da moeda da nossa
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sociedade de consumo e é um lado que
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fica geralmente invisibilizado na nossa
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sociedade o aterro sanitário de Brasília
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foi construído entre as regiões
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administrativas de Ceilândia e Samambaia
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para receber os Descartes e as
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cooperativas de catadores espalhadas
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pela cidade precisaram se adaptar a nova
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realidade no começo não cabia todo mundo
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até porque a quantidade de material que
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vinha e até hoje não atende a quantidade
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de pessoas que tem uma esteira precisava
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de mais quantidade de material e aí no
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começo muita gente desistiu até porque o
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ganho era pouco os galpões eram tinha
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que pagar passagem E aí muita gente
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desistiu por causa disso aí quando
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fechou para mim foi um motivo assim um
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pouco de tristeza porque que era para
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nós ir aqui para os galpão e nós não
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tinha conhecimento como nós ia conviver
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aqui nos galpão nós não tinha certeza
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como ia ser lá no lixão nós já sabia que
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era nós tirar o nosso materialzinho e
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vender para os comprador lá e pegar o
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nosso dinheirinho na hora e aqui é muita
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coisa mudou de lá para cá então aí já
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até aí então a gente não sabia como ia
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ser é o andar como diz o ditado aí dos
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pessoal aí não tá carruagem aí mas
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graças a Deus que aqui tá dando pra
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gente sobrevivendo Acho que depois nos
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primeiros meses ainda não caiu na
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realidade né aí depois de uns dois três
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meses caiu na realidade então foi aonde
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começou a bater a dificuldade porque
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pegou todo mundo de surpresa e ali no
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começo ele tem uma dificuldade para
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todas as cooperativas não tá se
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adaptando ainda não tava se adaptando
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não tava levando aquele dinheiro
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necessário para casa porque no lixão da
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estrutural ali mesmo a gente levava
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dinheiro por semana por mês o jeito que
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você quiser se fazer o seu dinheiro você
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fazia e na cooperativa não E já começou
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naquela necessidade ainda além de ganhar
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pouco né que no começo ninguém tava
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tirando nem o seu sustenta ali eu mesmo
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cheguei a ganhar 59 reais por mês
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na primeiro mês depois 110
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então para se adaptar foi difícil a
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gente passou muito aperto muito a
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precisão sabe se a gente não tivesse uma
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pequena economia a gente tinha passado
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fome e quem teve não passou mas quem não
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tinha passou fome falar a realidade para
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você passou fome que tinha dia da gente
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levar r$ 28 para casa dia não meses
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entendeu porque a gente pagava o
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transporte né E quando fechar o final do
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mês a gente tinha que pagar o ônibus e
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chegava em casa que suava para a gente
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era r$ 28 foi difícil a gente reciclável
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o próprio material da gente a gente
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mesmo tirava o dinheiro da gente
00:15:20
porém não tinha infraestrutura tipo
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igual hoje hoje a gente é amparado pelo
00:15:26
INSS caso eu me machucar eu vou ser
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amparado só que compensação o dinheiro é
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pouco se eu chegar adoecer também o
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dinheiro talvez não seja suficiente para
00:15:36
mim comprar medicação Só que lá no lixão
00:15:39
também eu poderia ter dinheiro mas não
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seria amparada pelo INSS a grande
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mudança que aconteceu esses catadores
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foram colocados em galpões centros de
00:15:48
triagem onde você tem um piso embaixo do
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pé um telhado em cima da cabeça estavam
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dando no chão que era em cima do lixo
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quando anda com gás combinando com um
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chorume comendo com os tratores os
00:15:58
caminhões com acidentes graves e fatais
00:16:00
acontecendo assim anualmente naquele
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local hoje eles estão em galpões com
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condições mais dignas de trabalho mais
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seguras Mas em compensação eles ficaram
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uma perda de renda tenta ser tiravam o
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lixo do lixo de toda a cidade dá mais ou
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menos 3.000 toneladas por dia tirava o
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material reciclado Hoje ele só consegue
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tirar o material da coleta seletiva que
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é o que é entregue nesses galpões que
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não chega a 300 toneladas por dia a
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criação de cooperativas de associações
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ajudou eles a melhorarem a autoestima e
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criar uma ideia de uma identidade
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profissional também por mais que fosse
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um trabalho precário estigmatizado
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masionalizado mas ajudou a ter uma
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profissionalização E qual é
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desestruturação com desmantelamento do
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Lixão da Estrutural e a criação do
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aterro sanitário em Samambaia os
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projetos do governo eram bons mas ainda
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eram pequenos para quantidade de pessoas
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que dependiam daquele lixo para
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sobreviver essa relação do da questão
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social da questão dessas trabalhadoras e
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desses trabalhadores
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retiram sua subsistência do Lixão a
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legislação não deixou também de perceber
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isso então
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é importante que esses processos de
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encerramento sejam
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acompanhados ou tem uma ETA inferior de
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transição aí tem a questão da
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qualificação E tem também a questão da
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idade né E também muitas mulheres muitos
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idosos é diferente gerações pessoas que
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é 40 anos tinham a vida ali então para
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elas terem uma nova reinserção eu acho
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que as cooperativas a capacitação são
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saídas sim mas precisam ser ampliadas em
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termos de oportunidades para marcar mais
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pessoas e para dar conta da
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heterogeneidade dessas pessoas que
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viviam dessa coleta do lixo lá na
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estrutural na realidade precisa o
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governo cumprir com que ele prometeu que
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ele falou o material selecionado não vem
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vem material mais lixo às vezes de que
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material então preciso de verba para
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poder
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manter cooperativa né que nós Depende de
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ônibus e aí às vezes não tem né precisa
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de dinheiro para abastecer
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E é isso que precisa preciso de
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assistência precisa de melhorar melhorar
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os materiais né uma coisa melhor para
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nós
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a legislação que o estado brasileiro
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reconhecer o trabalho
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da catadora e do catador e a importância
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da sua permanência no processo pós
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tratamento mentalmente adequado dos
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resíduos sólidos então a legislação em
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si ela já empresta esse desenho O
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problema é a vontade política no
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cumprimento sobretudo
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encarando essa política como uma
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política pública inclusiva não do ponto
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de vista de um assistencialismo que
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também isso acostuma a acontecer mas
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ponto de vista de um resgate de uma
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dívida histórica e foi feito pela
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legislação mas precisa ser executada
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pelo estado brasileiro no lixo é
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estrutural e a gente pensar como a gente
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tem desigualdades estruturais na nossa
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sociedade e como é que quem vai
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trabalhar com esse lixo muitas vezes
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está numa situação de vulnerabilidade
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precariedade social muito grande mas
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fala o que para a gente é trabalho para
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os outros é lixo né então para essas
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pessoas elas foram através das
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cooperativas e das capacitações e tem
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muitas cooperativas e muitas lideranças
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importantes que surgiram na estrutural
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inclusive com muito papel também
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protagonismo das mulheres que vieram
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mostrar a importância de uma identidade
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coletiva para melhorar a questão do
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associativismo da Solidariedade da
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capacitação dessas pessoas e pensar as
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perspectivas de empregabilidade dessas
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pessoas né
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34 contratos com cooperativas de
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catadores do Distrito Federal são 11
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contratos de coleta seletiva com
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cooperativa de catadores e 23 contratos
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de triagem para suas cooperativas
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fazerem o que elas faziam no lixão que é
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separar o material a diferença que eles
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hoje separa o material dar coleta
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seletiva no galpão que tem uma estrela o
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lixo passa por eles eles não passam mais
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pelo lixo é grande diferença a renda
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alguns catadores falam que abaixou um
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pouco a renda hoje eles têm uma renda
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média de 1.800 por captador por mês tem
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que comprar um pouco mais cooperativas
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ganhar um pouco menos mas é um renda
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média com o INSS sendo pago isso para
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mim é uma grande vantagem se um catador
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sofreu um acidente ele é considerado
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acidente do trabalho ou doença do
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trabalho ele pode se afastar e receber o
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seguro acidente de trabalho para nós foi
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uma dificuldade no começo mas eu já vejo
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um exemplo né que a cidade está se
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mantendo com essa moto assim com esse
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com essa necessidade que tinha então a
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gente que a gente parou para pensar que
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a gente não podia viver só naquele meio
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uma que ali não era um serviço Digno né
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que todo serviço é de mas ele não era
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ele é um serviço bem dizer se botar para
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aqueles tempo das antigas um serviço
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escravo né a pessoa tinha
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hoje não hoje eu vejo que a pessoa se
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adaptou que cada um procurou sua melhor
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ele tá a visibilidade dessas pessoas ou
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a não visibilidade é a forma eu acho que
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é um pouco da forma como a gente enxerga
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a nossa participação ou não participação
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para esse resultado que é que são os
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lixões a gente acaba não percebendo que
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são muito responsáveis também existe a
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responsabilidade do poder público do
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setor Empresarial existe também a
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responsabilidade da sociedade e como não
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enxergamos dessa forma acabamos via de
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consequência por não valorizar né
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o labor de da catadores e do catador que
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nesse processo é tão importante
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relevante que acaba ainda sem o apoio
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sem receber né de quem quer que seja
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fazendo alguma diferença
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para que isso não seja ainda mais mais
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drástico para a cidade do estado para o
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país e do planeta as pessoas não
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conseguem entender que uma pequena ação
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que é uma ação cotidiana rotineira ela
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pode mudar a vida de 1.500 a 3 mil
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famílias né então qual que é essa ação
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você tem que chegar na sua casa todos os
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dias da semana de segunda a domingo
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feriado com dor de cabeça gripado de
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ressaca não interessa você tem que
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separar o seu lixo em duas frações a
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fração orgânica né que é o lixo da
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cozinha junto com o lixo do banheiro que
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a gente chama de rejeito e um outro lixo
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Com uma fração seca que as embalagens
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papel papelão plástico metais você deixa
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tudo separado e mais importante do que
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isso é tão importante que isso é você
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colocar para fora só o lixo que vai ser
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coletado Naquele dia quando você separa
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o material seu na sua casa você tá
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ajudando na renda de vários catadores e
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ajudando também para que vários
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catadores não venha perder o dedo ou se
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cortar igual aconteceu comigo
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é importante as pessoas fazer essa
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separação porque não é só no bem do
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catador a gente tem nossas gerações que
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a gente tá deixando aí então a gente
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Além de pensar no catador tem que pensar
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no nosso futuro cada vez que você por
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exemplo né descarta de forma equivocada
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né um produto e aquele produto vai por
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exemplo o Aterro vai para um outro
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ambiente
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inadequado do ponto de vista ambiental
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primeiro né você interrompe precocemente
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né o ciclo de vida daquele produto né ou
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seja ele poderia ter circulado mais que
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ter sido utilizado de outras formas
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reciclada enfim ele teria um tipo de
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vida maior e isso é o impacto né e não
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impactaria na natureza e a gente vê toda
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a importância que tiveram políticas
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públicas voltadas capacitação desses
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catadores e para criação de cooperativas
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que através desse processo eles se deram
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conta que também eram trabalhadores e
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foram buscar maior dignidade uma maior
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autoestima numa profissão que é
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extremamente o lixo extremamente
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marginalizado na nossa sociedade Quem
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Vive do lixo também eu vi depoimentos de
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catadores de ótica que a gente trabalha
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no com lixo a gente é lixo também e
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dizendo que é o que para alguns é lixo
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para a gente é dinheiro para a gente é
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trabalho lixo para mim a riqueza é
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dinheiro
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lixo para mim
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eu não consigo ver o lixo como lixo eu
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para mim quando eu vou na rua que eu
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vejo uma latinha ali é uma notinha de r$
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1 que tá andando entendeu
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Para mim significa muita coisa mesmo é
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além da gente a ajudar o meio ambiente
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os aterro ter mais um tempo de vida aí
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com os material que a gente arrecada que
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Invista aqui para lá minha filha por
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dentro da gente também é um serviço que
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eu acho que era um serviço que era para
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ser reconhecido não só pelo uma das
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pelos governos pelos órgãos mas sim pela
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população pela cidadania e querendo não
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é quantas árvores no salvo né na
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reciclagem a gente tá limpando o planeta
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[Música]
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