documentário "O Brasil sem o básico" (saneamento básico)

A introdução do vídeo destaca a grave situação do saneamento básico no Brasil, revelando que mais de 50% da população carece de coleta de esgoto, o que acarreta sérios riscos à saúde pública e ao meio ambiente. A falta de saneamento é apresentada como uma barreira crucial à proteção da saúde das crianças e da população em geral.

É mencionado um estudo que mostra que mais de 30 milhões de brasileiros não têm acesso à água tratada. Apenas 42% do esgoto coletado é tratado, resultando em milhões de pessoas que utilizam métodos inadequados de descarte de resíduos. O vídeo ilustra a realidade de comunidades como Sol Nascente, onde as condições de saneamento são precárias.

O município de Ananindeua é apresentado como o pior do país em termos de saneamento, com menos de 30% da população tendo acesso à água tratada e apenas 2% do esgoto coletivo sendo tratado. Moradores enfrentam o problema do esgoto a céu aberto, misturando-se diariamente ao cotidiano e à convivência com animais, o que contribui para a proliferação de doenças.

As entrevistas revelam o sofrimento dos moradores com sistemas inadequados, como fossas sépticas que transbordam, expondo as famílias a riscos de contaminação. A falta de infraestrutura coletivas em áreas carentes é evidenciada, sem manutenção adequada dos sistemas individuais que poderiam aliviar a situação.

Relatos de Dona Sueli e Dona Maria ilustram o dia a dia marcado por esgoto a céu aberto, doenças e a luta constante pela sobrevivência em condições insalubres. O vídeo cita também o desperdício de água, com condições elétricas e hidráulicas deficitárias que contribuem para o agravamento dos problemas de saneamento.

A situação no Amapá também é abordada, onde apenas 7% da população tem acesso a saneamento básico adequado, resultando em um alto número de doenças. Em Macapá, as pessoas enfrentam a falta de coleta e tratamento de esgoto, sacrificado por um sistema deficiente que gera surtos de doenças desde infecções até problemas relacionados à falta de saneamento básico.

A falta de água tratada e coleta de esgoto é colocada em contraste com cidades que possuem um sistema de saneamento eficaz, mostrando as disparidades de condições de vida e saúde, além de saltar para a realidade de crianças que lidam com doenças diarreicas em locais com saneamento deficiente.

Relatos como o de Romário e Jordana mostram como a falta de saneamento impacta as pessoas diretamente, gerando tragédias, como a morte de uma criança devido a diarreia causada por doenças relacionadas à falta de infraestrutura sanitária.

Estudos mostram que a falta de saneamento não afeta somente a saúde física, mas também a saúde mental e a economia, gerando sérias consequências sociais. O documento ressalta que investimentos em saneamento são essenciais, mas insuficientes, e que o Brasil precisa de uma abordagem mais eficaz para resolver essa questão.