Por que grupo de cientistas diz que covid-19 é sindemia, e não pandemia

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https://www.youtube.com/watch?v=7C_1vmhvLMA

概要

TLDRO vídeo apresenta a ideia de que a COVID-19 deve ser vista como uma sindemia, uma interação entre a doença e outras condições de saúde, como diabetes e problemas cardíacos, que agravam a situação. Cientistas argumentam que a abordagem tradicional de combate à pandemia não é suficiente, pois não considera as desigualdades sociais e as condições de saúde preexistentes que afetam a população. A luta contra a COVID-19 deve incluir o tratamento dessas condições e a redução das desigualdades para ser eficaz.

収穫

  • 🦠 A COVID-19 é considerada uma sindemia por alguns cientistas.
  • 📊 Sindemia envolve a interação de múltiplas doenças que aumentam a vulnerabilidade.
  • 🏥 Populações mais pobres e minorias étnicas são as mais afetadas.
  • 💡 O combate à COVID-19 deve incluir o tratamento de doenças não contagiosas.
  • 🌍 Desigualdades sociais precisam ser abordadas para um combate eficaz.
  • 📉 A luta contra a COVID-19 não deve ser apenas uma questão de saúde, mas também social.
  • 🔍 A abordagem sindêmica pode ajudar a prevenir futuras pandemias.
  • 📈 Investimentos em saúde pública são essenciais para combater a sindemia.
  • 🤝 A interação entre doenças e condições sociais é crucial para entender a COVID-19.
  • 📅 A resposta à COVID-19 deve ser adaptativa e inclusiva.

タイムライン

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    A covid-19 é considerada por alguns cientistas como uma sindemia, não uma pandemia. A sindemia é um conceito que descreve a interação de múltiplas doenças que, juntas, causam um impacto maior do que a soma das partes. A crise da covid-19, com mais de um milhão de mortes, exige uma abordagem que vá além das medidas tradicionais de combate, como quarentenas e distanciamento social, que são baseadas em modelos epidemiológicos clássicos. A interação entre a covid-19 e outras condições de saúde, como diabetes e obesidade, aumenta a vulnerabilidade das populações, especialmente as mais pobres e minorias étnicas. Para combater efetivamente a covid-19, é necessário também enfrentar essas doenças não contagiosas e as desigualdades sociais que as agravam. Especialistas afirmam que sem políticas públicas que abordem essas disparidades, a luta contra a covid-19 será ineficaz, e essa abordagem é crucial não apenas para a atual pandemia, mas também para prevenir futuras crises de saúde.

マインドマップ

ビデオQ&A

  • O que é sindemia?

    Sindemia é a interação de duas ou mais doenças que causam um dano maior do que a soma das doenças isoladamente.

  • Por que a COVID-19 é considerada uma sindemia por alguns cientistas?

    Porque a COVID-19 interage com outras condições de saúde e fatores sociais, aumentando a vulnerabilidade das populações.

  • Quais são as populações mais afetadas pela COVID-19?

    As comunidades mais pobres e minorias étnicas são desproporcionalmente afetadas pela COVID-19.

  • O que deve ser feito para combater a COVID-19 de forma eficaz?

    É necessário tratar não apenas a COVID-19, mas também as condições de saúde não contagiosas e as desigualdades sociais.

  • Qual é a importância de entender a COVID-19 como uma sindemia?

    Entender a COVID-19 como uma sindemia ajuda a abordar as causas sociais e de saúde que aumentam a vulnerabilidade.

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    A covid-19 não é uma pandemia. Parece estranho dizer isso, né?
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    Mas é o que defendem alguns cientistas.  Segundo eles, não estamos diante de uma
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    doença como o sarampo, o influenza ou a varíola.  Eles dizem que estamos enfrentando uma sindemia,
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    e não uma pandemia. Mas o que é isso?
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    Eu sou a Laís Alegretti, da BBC News Brasil, e  neste vídeo vou explicar não só o que é sindemia,
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    mas também o que mudaria no tratamento  e no combate à doença nessa perspectiva
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    em que um mais um é mais do que dois. Bem, já são mais de um milhão de vidas perdidas
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    em menos de um ano. Um saldo devastador alcançado  desde o momento em que a Organização Mundial de
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    Saúde, a OMS, declarou a pandemia em março. Com o vírus se espalhando ao redor do mundo,
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    a estratégia de combate tem sido uma: cortar  as vias de transmissão oral, controlando assim
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    a propagação do vírus. Quarentenas, toques de  recolher, suspensão de aulas e distanciamento
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    social são algumas das medidas que países,  em diferentes graus, têm implementado para
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    combater essa doença infecciosa. A ciência por trás dessas medidas
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    é sustentada por modelos matemáticos e por  uma perspectiva epidemiológica clássica. A
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    estratégia de impor quarentenas, por  exemplo, tem séculos de antiguidade.
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    Mas para um grupo de cientistas, o tratamento dado  a essa enfermidade tem de ir além. Isso porque o
  • 00:01:23
    coronavírus tem demonstrado ser mais complicado. Por isso, eles escreveram na revista científica
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    The Lancet, uma das mais prestigiadas  publicações da área de medicina no mundo,
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    que a crise da covid-19 não é uma pandemia,  mas sim uma sindemia. E que é preciso entender
  • 00:01:40
    isso para combater de maneira efetiva o vírus. E o que é uma sindemia? Esse conceito combina duas
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    palavras: Sinergia, que é um termo muito utilizado  na medicina para descrever cooperação. E claro,
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    pandemia, que é quando uma enfermidade  epidêmica se espalha para muitos países.
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    O termo sindemia foi cunhado nos anos 90 pelo  antropólogo médico americano Merrill Singer. E
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    basicamente serve para explicar uma situação em  que “duas ou mais enfermidades interagem de tal
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    forma a causar um dano maior do que a mera  soma dessas duas enfermidades” causariam.
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    Em entrevista à BBC, Singer afirmou que “o  impacto dessa interação também é facilitado
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    pelas condições sociais e ambientais que se  somam a essas duas enfermidades ou fazem que a
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    população seja mais vulnerável a seu impacto. E é exatamente o que estamos vendo ocorrer
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    com a covid-19. Os dados disponíveis mostram que  as pessoas com mais chances de ficar gravemente
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    doentes ou morrer são também aquelas que já sofrem  com outras enfermidades como câncer, diabetes,
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    problemas cardíacos ou mesmo obesidade. E também tem sido observado que a doença
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    ataca desproporcionalmente as comunidades  mais pobres, com menor renda e minorias
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    étnicas. São as mesmas populações, aliás, em  que enfermidades como a diabetes e o sobrepeso,
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    consideradas de risco, são mais frequentes. Um exemplo: nos Estados Unidos, uma pessoa negra
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    tem o dobro de chance de morrer por covid,  segundo os Centros de Controle de Doenças,
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    o CDC. A mesma coisa acontece no Reino Unido,  segundo o escritório de estatísticas nacionais,
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    conhecido pela sigla ONS. Ou mesmo no Peru, o país com
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    mais mortes per capita do mundo, epidemiologistas  descobriram que o impacto é maior nos distritos
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    com rendas mais baixas, segundo o  OjoPúblico, um respeitado veículo
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    peruano especializado em investigações e dados. Mas atenção: os especialistas reforçam que não se
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    trata apenas da soma de duas enfermidades. As sindemias se caracterizam por interações
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    biológicas e sociais entre diferentes  condições, e são essas interações que
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    aumentam a vulnerabilidade de uma  pessoa a uma determinada doença.
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    Mas o que esse conceito poderia mudar no  tratamento que estamos dando ao coronavírus?
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    Bem, isso poderia mudar bastante a estratégia  de combate ao vírus. Para Richard Horton, editor
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    da revista The Lancet, não se pode pensar em  lutar contra o coronavírus, ou mesmo eliminá-lo,
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    sem lutar diretamente contra essas enfermidades  não contagiosas como a hipertensão, a obesidade,
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    os problemas de coração ou o câncer. E se não atuamos para conter esses problemas,
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    também não podemos conter a covid-19. Ele assegura que a covid-19 tem demonstrado
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    que a luta contra essas enfermidades  não deve estar apenas nos planos dos
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    países ricos. Para o um bilhão de pessoas  mais pobres do mundo, essas enfermidades
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    representam um terço dos adoecimentos. Outros pesquisadores, como Tiff-Annie Kenny,
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    da Universidade Laval, no Canadá, sustentam  que fazer frente à covid-19 do ponto de vista
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    de uma sindemia permitiria enfrentar não só essa  doença infecciosa, mas também o contexto social
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    em que ela se propaga e se torna mais grave. E cada vez mais cientistas concordam nisso.
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    E dizem basicamente que precisamos  eliminar essas estruturas que fazem
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    os pobres terem mais dificuldades para  acessar a saúde ou uma dieta adequadas.
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    Por isso, eles alertam que enquanto os  governos não investirem em projetos e
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    políticas públicas que ajudem a reverter  essas desigualdades, as sociedades não
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    estarão seguras em relação à covid-19. E esse entendimento é importante,
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    segundo os especialistas, não só para a covid. Essa abordagem mira um problema que pode deixar
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    muita gente vulnerável a doenças futuras,  como as que escapam do mundo animal e passam
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    para os humanos, que tendem a aumentar à  medida que continuarmos a invadir o espaço
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    das espécies selvagens, ou como resultado  da mudança climática e do desmatamento.
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    E cientistas como Horton asseguram ainda que  uma vacina ou um tratamento fracassariam se
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    essas disparidades não forem resolvidas  -- em outras palavras, se continuarmos
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    enfrentando a covid-19 como uma pandemia,  em vez de atacá-la como uma sindemia.
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    Espero que esse vídeo tenha sido útil pra você.
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    Conta aqui nos comentários o que você achou  e não esquece de seguir a BBC News Brasil
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    nas redes sociais. Até a próxima!
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