Minha história: Julie Dorrico
概要
TLDRThe speaker, a recent PhD graduate in literature theory and a member of the Mapuche indigenous people, shares her journey of self-discovery and advocacy for indigenous literature. She discusses her early reading experiences, her academic journey, and the importance of making indigenous literature accessible. Through social media, she promotes indigenous authors and collaborates with others to create a supportive community for sharing indigenous narratives. The speaker emphasizes the need for representation and the challenges faced by indigenous authors in Brazil, advocating for a more inclusive literary landscape.
収穫
- 📚 The speaker is a PhD graduate in literature theory.
- 🌍 She belongs to the Mapuche indigenous people.
- 📖 Early reading experiences shaped her literary journey.
- 💻 She promotes indigenous literature through social media.
- 🤝 Collaboration is key in her advocacy efforts.
- 📢 The importance of representation in literature is emphasized.
- 📚 Indigenous authors face challenges in visibility.
- 🌱 She aims to make indigenous literature more accessible.
- 🗣️ Critiques traditional literature's portrayal of indigenous people.
- 🌟 Envisions a future where indigenous literature is valued.
タイムライン
- 00:00:00 - 00:05:00
The speaker introduces herself as a doctor in literature theory and a researcher of indigenous literature, belonging to the Mapuche people. She discusses her journey in raising awareness about indigenous literature and authors through social media, aiming to make these works more accessible in Brazil.
- 00:05:00 - 00:10:00
She shares her early experiences with reading, starting with comic books and later moving on to novels, highlighting her emotional connection to literature and the impact of her childhood environment on her reading habits.
- 00:10:00 - 00:15:00
The speaker reflects on her upbringing in Rondônia, dealing with issues of identity and the negative perceptions of being indigenous. She describes her academic journey and the challenges she faced in embracing her identity as an indigenous person.
- 00:15:00 - 00:20:00
She recounts her experiences in graduate school, where she felt different from her peers and began to explore her indigenous identity more deeply, influenced by encounters with prominent indigenous figures and literature.
- 00:20:00 - 00:25:00
The speaker discusses her quest to connect with her indigenous roots, including conversations with her mother about their ancestry and discovering her grandfather's Macuxi heritage, which led her to explore her cultural identity further.
- 00:25:00 - 00:30:00
She describes her efforts to promote indigenous literature through social media, creating a platform to share works by indigenous authors and collaborating with others to raise awareness about indigenous narratives and issues.
- 00:30:00 - 00:35:08
The speaker emphasizes the importance of integrating indigenous literature into education, advocating for a balanced representation of indigenous voices in literature to combat stereotypes and promote understanding of indigenous cultures.
マインドマップ
ビデオQ&A
Who is the speaker?
The speaker is a recent PhD graduate in literature theory and a member of the Mapuche indigenous people.
What is the focus of the speaker's research?
The speaker researches indigenous literature and aims to make it more accessible in Brazil.
What early influences did the speaker have in reading?
The speaker began reading with comic books and later read classic literature, which shaped her understanding of narratives.
How does the speaker promote indigenous literature?
The speaker uses social media to share and promote indigenous authors and their works.
What challenges do indigenous authors face in Brazil?
Indigenous authors often struggle with visibility and representation in the literary landscape.
What is the significance of the speaker's identity?
The speaker's identity as an indigenous person informs her work and advocacy for indigenous literature.
What initiatives has the speaker been involved in?
The speaker has created platforms to share indigenous literature and foster community among indigenous authors.
What is the importance of literature in the speaker's life?
Literature has been a crucial part of the speaker's identity and a means to connect with her culture.
How does the speaker view traditional literature?
The speaker critiques traditional literature for its often negative portrayal of indigenous people.
What is the speaker's vision for the future of indigenous literature?
The speaker envisions a future where indigenous literature is recognized and valued in the broader literary community.
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- 00:00:02oi oi gente eu me chamo hoje do rico eu
- 00:00:07sou Doutora em teoria da literatura na
- 00:00:10PUC do Rio Grande do Sul sou
- 00:00:12recém-formada não tem um ex eu sou
- 00:00:15pesquisadora de literatura indígena do
- 00:00:18também sou indígena eu pertence o povo
- 00:00:20mapuche que habita no território de
- 00:00:22Roraima no norte do Brasil e também sou
- 00:00:27escritora e uma senha um livro e 2019
- 00:00:30chamado Eu Sou Max e outras histórias
- 00:00:33que quando um pouco e a minha trajetória
- 00:00:36em ter consciência que tem indígena e e
- 00:00:42o ato nas redes sociais divulgando
- 00:00:45autores e obras da literatura indígena e
- 00:00:49tentando facilitar o acesso essas
- 00:00:53produções de autores diante da minha
- 00:00:57dificuldade nesses quatro anos de
- 00:00:59doutoramento né como não tiver Sesi
- 00:01:01pensei em que
- 00:01:02as estratégias que pudessem tornar na
- 00:01:06literatura indígena mais acessíveis para
- 00:01:09o Brasil
- 00:01:16E aí eu comecei a ler desde muito
- 00:01:20pequena eu comecei com as histórias em
- 00:01:22quadrinhos da Turma da Mônica
- 00:01:26O que é de autoria de Mauricio de Sousa
- 00:01:28e eu me lembro que eu era acho que minha
- 00:01:33agora mais antiga é de sete anos eu acho
- 00:01:36de 79 anos assim devorando esses livros
- 00:01:40em quadrinhos e eu ia tudo E sempre eu
- 00:01:44sempre faixa e Sempre lhe padrinhos
- 00:01:48caderno caderneta de contas a minha mãe
- 00:01:52ela tinha uma ficar desligando o
- 00:01:53interior mais tarde Ribeirinha e minha
- 00:01:56mãe tinha um mercadinho daqueles que
- 00:01:57vendem tudo a granel não sei se você
- 00:01:59sabe o que que é isso que vendem assim
- 00:02:02feijão arroz milho sabem aqui então Isso
- 00:02:06se chama a granel minha mãe tinha um
- 00:02:08caderninho saber de registro E aí lá Ela
- 00:02:11escrevia os nomes na da das comidas que
- 00:02:15ela vende fiado e o preço e a mulher
- 00:02:18porque eu ficava lendo isso então eu
- 00:02:20sempre fui uma leitora ruim passiva
- 00:02:23É mas o livro mesmo né nesse formato que
- 00:02:26a gente conhece acho que vai entrar na
- 00:02:29minha vida não em cima e no ensino
- 00:02:32fundamental ou os exercícios que as que
- 00:02:36a professora de português dos passavam
- 00:02:39né e não se podia para ler e eu lembro
- 00:02:42que o primeiro livro assim que eu tenho
- 00:02:43consciência de ter lido devia ter uns
- 00:02:4613 14 anos foi o Guarani e era um livro
- 00:02:51muito grande O Guarani de José de
- 00:02:53Alencar e eu lembro que eu chorei muito
- 00:02:55com final que na minha cabeça de menina
- 00:02:59teria se sentiam morrido né na minha
- 00:03:02cabeça e ele desaparece no horizonte e
- 00:03:05sem aquele final feliz que que a vão que
- 00:03:10eu volante salvo Eu lembro que eu chorei
- 00:03:12muito e aí eu tinha uma tia de
- 00:03:15consideração era minha tia de verdade
- 00:03:16não é que ela tinha uma coleção de não
- 00:03:22sei se vocês vão saber também o que que
- 00:03:24é isso mas é uma coleção de Sabrina de
- 00:03:28Júlia que só livros de romance hoje hoje
- 00:03:35vejo eles Como estão em de violentos e
- 00:03:37abusivos relacionamentos extremamente
- 00:03:40abusivos não recomendo pelo amor de Deus
- 00:03:41mas ela tinha assim caixas caixas desses
- 00:03:45livros
- 00:03:46a pasta parava a noite assim lendo esses
- 00:03:50livros e aí eu ficava me lembrando dessa
- 00:03:57cena do Guarani em que eles morriam e aí
- 00:03:59eu ficava não gosto mais desse fim
- 00:04:01desses finais né da Sabrina CeC porque
- 00:04:05eles eles sempre deixam um casalzinho lá
- 00:04:09no final juntos e foi eu e a lendo lendo
- 00:04:14esses livros conforme eu podia porque a
- 00:04:17gente também não tinha celular nesse
- 00:04:18aqui no salão de 2003 2004 2005 não é um
- 00:04:23celular não era tão acessível Quanto é
- 00:04:25hoje
- 00:04:26e antes de dormir depois da escola
- 00:04:29Sempre buscar valer um desses livros
- 00:04:32Essas são as minhas memórias mais
- 00:04:34antigas de como livro entrou então na
- 00:04:36minha vida
- 00:04:37E aí
- 00:04:44e eu sempre Vivi eu nasci e Vivi a maior
- 00:04:49parte da minha vida no estado de
- 00:04:51Rondônia como eu falei borra uma vive no
- 00:04:54estado de Roraima e eu nasci e Vivi
- 00:04:58Rondônia porque meus pais emigraram na
- 00:05:00década de 80 um do garimpo né que alguma
- 00:05:06coisa tchau Que tipo de hoje inclusive
- 00:05:08escreve sua vida
- 00:05:10o e vivendo no estado de Rondônia com
- 00:05:16esse fenótipo esse corpo e sempre foi
- 00:05:20conduzida né a ter vergonha de sequinho
- 00:05:24era aí eu acho sábado a escola
- 00:05:26Universidade ou não trabalha trabalhar
- 00:05:29em relações étnico-raciais elas acabam
- 00:05:32reforçando esse apagamento então grande
- 00:05:36toda essa minha vida como faz uma parte
- 00:05:39do tempo academia buscar um pouco mais
- 00:05:41da vida acadêmica durante toda essa
- 00:05:43minha vida acadêmica sempre foi muito
- 00:05:44apontada né eu fiz graduação e não sabe
- 00:05:47aqui foi contada com a índia né com
- 00:05:50quase todo mundo é que no estado e aí de
- 00:05:54um jeito muito pejorativo de negativo e
- 00:05:57bom minha mãe não conversava muito
- 00:06:00comigo sobre identidade porque talvez
- 00:06:03ela não soubesse falar diretamente sobre
- 00:06:05identidade nesse para identidade
- 00:06:07identidade povo identificação
- 00:06:10bom E então eu preciso essas referências
- 00:06:13e com muitos dedos assim abordando como
- 00:06:17a Índia que a gente foi ensinar nesse
- 00:06:22percurso eu fui muito ensinada não
- 00:06:24gostar de mim né com a gente não devesse
- 00:06:28gostar de si mesmos aqui e valorizar
- 00:06:31muito as pessoas brancas que vinham para
- 00:06:33o nosso estável
- 00:06:35Oi e aí está falando de mim até de si
- 00:06:40mesmo 15 mais ou menos quando eu entrei
- 00:06:43no doutorado fiz uma seleção para
- 00:06:44doutorado na PUC do Rio Grande do Sul
- 00:06:47Essa parte é muito legal porque eu
- 00:06:49passei esses a primeira seleção e a
- 00:06:53gente muito preparado muito bem aí eu
- 00:06:55fiquei mesmo lugar
- 00:06:57Oi e eu passei né mas não ganhei bolsa e
- 00:07:00então eu vou descansar e aí eu fiz uma
- 00:07:03outra seleção ao seguinte eu passei
- 00:07:05primeiro lugar
- 00:07:07e ninguém me bloqueio de Rondônia então
- 00:07:10alterado lá na PUC e você passado em
- 00:07:14primeiro lugar os meus colegas devorado
- 00:07:18eles se aproximavam de mim para saber se
- 00:07:21estratégias ou mesmo porque existe uma
- 00:07:23certa aura Natal a pessoa que passou em
- 00:07:26primeiro lugar uma seleção tal e ele
- 00:07:29sempre também enviam perguntar o seu era
- 00:07:32índia né já que minha pesquisa era eu
- 00:07:35não vou dar aquele ter aprendido era
- 00:07:37voltado para o teoria indígena obra é
- 00:07:39lição edáfico canal e e foi muito
- 00:07:44interessante que foi foi diferente eu
- 00:07:48sem ter pelada se eu era um
- 00:07:50não-indígenas Rio Grande do Sul porque
- 00:07:53ali eu me eu me via com mais diferente
- 00:07:57daquelas pessoas tá você tem a melhor
- 00:08:01coisa da minha vida me visto assim como
- 00:08:04diferente mesmo porque o como o outro
- 00:08:06como eu
- 00:08:07em qualquer palavra certa porque eu era
- 00:08:10Arrojado de Corpos brancos
- 00:08:13e e e aí eu me vi naquele lugar de tá
- 00:08:17todo mundo de novo e perguntando se eu
- 00:08:19era Índia a senhora não é de índias eu
- 00:08:21era descendente de índio deu ela sabia
- 00:08:24bem como responder embora já estivesse
- 00:08:26estudando já tivesse entrando em contato
- 00:08:29sim com essa identidade e aí um divisor
- 00:08:32de águas para mim no ano de 2017 foi ter
- 00:08:34reconhecido o Daniel no grupo e vai
- 00:08:36palestrar no mesmo ano eu conheci o Kaká
- 00:08:40werá e também dele palestrar e no meio
- 00:08:44do ano o gosto eu conheci alguém que eu
- 00:08:47te para e vi ela palestrar e aquilo foi
- 00:08:51totalmente diferente né do que eu já te
- 00:08:54amo vivido e termos de experiência de
- 00:08:57identidade
- 00:08:58bom então na minha vida e vem aqueles
- 00:09:02corpos indígenas estando em lugares de
- 00:09:04prestígio sabe de poder que é esse lugar
- 00:09:09acadêmico é esse lugar desse
- 00:09:11conferencista e não disseram diencia foi
- 00:09:14muito poderoso para mim E aí eu comecei
- 00:09:17nesse meio tempo a comprar mais obras de
- 00:09:20literatura indígena que eu te conhecia e
- 00:09:23comecei a escutar mais músicas indígenas
- 00:09:25eu escuto eu comecei a conhecer o cinema
- 00:09:28indígena também que eu conhecia e foi um
- 00:09:31outro mundo que desabrochou para mim não
- 00:09:35foi fácil né identidade É sempre algo
- 00:09:39muito complexo e dolorido mas é de no
- 00:09:44máximo de muitos conflitos internos foi
- 00:09:46um ano muito difícil para mim também mas
- 00:09:50depois eu fui entendendo e abraçando né
- 00:09:52então quando eu tinha mais ou menos
- 00:09:54consciência assim de que eu era indígena
- 00:09:58e eu senti que precisava perguntar da
- 00:10:01minha mãe se nós temos referência de
- 00:10:03povo né senão já tinha uns perdido como
- 00:10:06muita gente que eu então já começa tinha
- 00:10:08começado a conversar não tinha né era
- 00:10:13melhoria que não tem festivo mas esses
- 00:10:16não tinha que saber se eu também não
- 00:10:17tinha referência ou se eu já tinha
- 00:10:19alguma referência E aí eu lembro que eu
- 00:10:22mandei uma mensagem para minha mãe que
- 00:10:24minha mãe mora em Roraima mãe a gente
- 00:10:28defende de algum povo aí minha mãe foi
- 00:10:31espelho direta só a falar teu avô e
- 00:10:33macuxi só isso E aí eu sabia então é
- 00:10:39para onde voltar o que procurar com a
- 00:10:41referência E aí quando ela falou com ela
- 00:10:44agora Mach quis dizer que o meu avô
- 00:10:47falava língua macuxi tinha crescido na
- 00:10:49cultura makushi mas agora a gente já
- 00:10:51tava na cidade e que não não viver uma
- 00:10:56comunidade e
- 00:10:58tô comendo sem queridos pelo Estado mas
- 00:11:01ela foi muito direta e aí então desde
- 00:11:05então eu comecei um caminho de entender
- 00:11:07te conhecer a cultura de entender o dura
- 00:11:10de renda conectar com os meus parentes e
- 00:11:16foi mais ou menos aí nesse contexto de
- 00:11:182017/2018 e sai 2019 por exemplo que a
- 00:11:24gente encontrou encontrei uma prima do
- 00:11:27meu avô que ela é Pajé e eu sinto assim
- 00:11:32que foi esse segundo momento divisor de
- 00:11:34águas né nem que eu sabia do meu que
- 00:11:37então unido é claro indígena sem do meu
- 00:11:41povo de pertencimento e agora tenho essa
- 00:11:44conexão direta sanguínea e de território
- 00:11:48com essa família para fortalecer esses
- 00:11:51laços das identidade então basicamente
- 00:11:54assim Foi eles essa trajetória e
- 00:11:58o cinto de vendo ela já que eu não
- 00:12:00cresci na paz do senhor não precisa
- 00:12:02falando a língua tem buscado estudar
- 00:12:05desde então tem que estuda a língua uma
- 00:12:08vez por semana mas acho que é isso
- 00:12:18e quando eu tinha nove anos os meus pais
- 00:12:21se separaram e eu me mudei para ver com
- 00:12:26a minha mãe para Roraima demorei um
- 00:12:28tempo lá então os meus tios e eu lembro
- 00:12:32que nessa época de ensinou né sentir
- 00:12:36Ensino Fundamental eu morei com a tia
- 00:12:39porque tinha uma escola minha mãe perto
- 00:12:40de nós e nessa escola nessa escola tava
- 00:12:47tava uma febre de pegar e fazer uma
- 00:12:50coleção de álbuns de pontos turísticos e
- 00:12:54cultura do país do ovo estado de Boa
- 00:12:56Vista Roraima e a gente então criança
- 00:13:00era fascinado em fazer álbum sabe tipo
- 00:13:03fazer essas colagens né comprar tal
- 00:13:05coisa para ganhar algo de figurinhas e
- 00:13:07completar a coleção
- 00:13:08o e numa dessa tinha uma tinha uma
- 00:13:14figura do Marco do livro Macunaíma né
- 00:13:18ainda era muito celebrado lá nasceu
- 00:13:21sabendo isso e estudando e a gente
- 00:13:24precisou é esse livro para apresentar na
- 00:13:27sala de aula de português também de um
- 00:13:32professor e eu li esse livro não entendi
- 00:13:35nada desse livro mas eu gostei bastante
- 00:13:37e aí assim a minha memória mais antiga
- 00:13:41então eu voltei para Rondônia né com a
- 00:13:44minha mãe depois morei com ela e vivendo
- 00:13:49aqui Natal e como falei pra vocês eu vou
- 00:13:51dar para Porto Alegre
- 00:13:53e quando eu cheguei em Porto Alegre e eu
- 00:13:56comecei a ter contato com a identidade
- 00:13:58eu descobri que o Macunaíma na língua
- 00:14:03materna seria má com meu irmão ele não é
- 00:14:06o personagem ele é um Deus e aí aquilo
- 00:14:11eu lembro que aquilo me chocou Então
- 00:14:13esse Deus esse demiurgo a Vivo na
- 00:14:17memória do povo lá do círculo braima lá
- 00:14:19ele só para ressaltar aqui você morar em
- 00:14:23uma região seco raiva né que congrega
- 00:14:26vários povos não tem só o povo mapuche
- 00:14:29então lá tem falei pano tem uma opção
- 00:14:31naquele até a Mona e tem outros bem usar
- 00:14:37Icó por exemplo que tem o Macunaíma uma
- 00:14:41pela irmão presente na memória e eles
- 00:14:45que achando aquilo um disparate
- 00:14:48É porque no Brasil as pessoas conheciam
- 00:14:52o Macunaíma de Mário de Andrade mas não
- 00:14:54sabiam sequer que ele era um Deus assim
- 00:14:58como eu acho um disparate as pessoas
- 00:15:00acharem a festa da quadrilha é uma festa
- 00:15:03de São João no evento católico assim
- 00:15:06como eu acho um disparate as pessoas
- 00:15:08acharem que a gente só tem um tipo de
- 00:15:11milho que é o amarelo no mundo assim
- 00:15:14como eu acho um disparate as pessoas
- 00:15:16ainda acreditar em acreditar em
- 00:15:19descobrimento do Brasil sabe como sim
- 00:15:22eu sei lá eles tinham entre oito e 100
- 00:15:26milhões de pessoas não fossem ninguém
- 00:15:28sabe Para habitar esse território e E aí
- 00:15:32eu fiquei muito chateado em Busca aí
- 00:15:34nessa buscall o livro de novo foi buscar
- 00:15:38a Lu Comprei o livro na imagem foi relé
- 00:15:42e nas essa releitura foi muito
- 00:15:44interessante assim para mim porque fazer
- 00:15:47um tempão linha né não tinha mais
- 00:15:49memória das leitura e enquanto as
- 00:15:53narrativas indígenas estão presentes ali
- 00:15:57e como eu consigo ver na sala de uma
- 00:16:00apropriação cultural como o Brasil é
- 00:16:04como muitas no Brasil né que
- 00:16:06eu pego as inativas indígenas porque
- 00:16:10acham que condenam ela usa oralidade de
- 00:16:14condenam os indígenas a esse contexto
- 00:16:17isolado não podemos publicar não podemos
- 00:16:20contar suas próprias narrativas e se tem
- 00:16:22a ver também com a pesquisa que eu faço
- 00:16:24com a história da autoria do Brasil e
- 00:16:27como amizade não é que a narrativa de
- 00:16:30jantar gratuito ali para ser utilizado
- 00:16:32que se de alguma forma é uma homenagem
- 00:16:33para os indígenas
- 00:16:36bom E então eu fiz essa releitura né que
- 00:16:41maturando que a gente na discimo Não
- 00:16:43entendi ainda dimensões da apropriação
- 00:16:45cultural em aprenderem São decentemente
- 00:16:49o e esquentando não vou fazer alguma
- 00:16:54coisa com isso né vou ironizar essa
- 00:16:56relação E aí foi também nesse contexto
- 00:16:58de 2019 que eu escrevi esse livro aí eu
- 00:17:01até abusa do processo criativo e fica
- 00:17:08falando aqui que eu o teus brancos
- 00:17:11animados ele é egocêntrico que eu acho
- 00:17:16que não vai me trazer muitos problemas
- 00:17:17na vida mas eu tô pronta sabe porque o
- 00:17:20Brasil em termos históricos de teve
- 00:17:22pronto para abusar distâncias indígenas
- 00:17:25das matrizes religiosas indígenas das
- 00:17:28espiritualidades indígenas e a gente vai
- 00:17:31discutir sobre isso nas escolas e a
- 00:17:33gente não fala dessa intolerância
- 00:17:34religiosa e pelo contrário da até o nome
- 00:17:37cria um nome é para tornar Isso natural
- 00:17:41e legítimo folclore quem nunca ouviu
- 00:17:44falar da lenda da Iara quem nunca ouviu
- 00:17:47falar da lenda do Boto
- 00:17:49a falar Mega lenda da cobra grande do
- 00:17:53folclore da Iara cobra grande mais em as
- 00:17:58pessoas no paz nunca conhecem as outras
- 00:18:01narrativas e esses Encantados esses
- 00:18:04seres como parte legítimas mesmo dessas
- 00:18:08outras culturas povo maraguá sateré maué
- 00:18:11régua e por causa de uma cochilada na
- 00:18:14ima né Então é eu faço essa discussão
- 00:18:20não é uma discussão inédita porque o
- 00:18:22regras Belo que é um artista visual ele
- 00:18:25faz isso e faz com muita propriedade do
- 00:18:29Senhor admiro muito e Respeito trabalho
- 00:18:32dele
- 00:18:33e ele ia trago isso então somar então
- 00:18:37nessa nessa tentativa de visibilizar
- 00:18:40essas narrativas essas religiosas que
- 00:18:43agora estão sendo demonizados na
- 00:18:46primeira pela igreja católica e agora
- 00:18:49todos os protestantes nos territórios
- 00:18:50indígenas
- 00:18:57e quando comecei a do Drago eu comecei a
- 00:19:01publicar bastante e comecei a publicar
- 00:19:04numa tentativa de levar para academia
- 00:19:07esses autores que eu não encontrei antes
- 00:19:08e que eu não via também nessa nessa
- 00:19:13produção de conhecimento
- 00:19:15é só que o artigo acadêmico ele tem um
- 00:19:19ele tem um direcionamento né Desse
- 00:19:22espaço ele circula os acadêmicos dos
- 00:19:26pesquisadores às vezes para os
- 00:19:29professores dessas universidades mas
- 00:19:32muito raramente esses artigos chegam-nos
- 00:19:35na rede básica aí na cultura Às vezes
- 00:19:39sim às mas a norma não chegar
- 00:19:43e eu já vinha fazendo esse trabalho
- 00:19:44desde 2017 na desde 2017 uma opção
- 00:19:48intensa observando a invisibilidade da
- 00:19:52literatura indígena desses autor desse
- 00:19:54dessas obras
- 00:19:55bom E então quando chegar em 2019 pensei
- 00:20:01tava eu tava mudando de Porto Alegre a
- 00:20:04Porto Velho de novo e se você vai fazer
- 00:20:06alguma coisa para manter isso acessível
- 00:20:10nas redes e foi aí que eu creio comecei
- 00:20:14a divulgar esses autores e obras assim
- 00:20:16no meu perfil só que o perfil pessoal
- 00:20:20ele entende a até uma uma proposta tende
- 00:20:28a não deixar em destaque essas obras né
- 00:20:30ou também porque quando eu comecei não
- 00:20:32sabia muito mexer não sei de algumas
- 00:20:34estratégias de pesquisa sabia usar o
- 00:20:36Instagram a Poxa Stories por exemplo e E
- 00:20:41aí eu então compartilhar fazer os
- 00:20:43autores e obras mas depois Surgiu uma
- 00:20:45postagem pessoal minha E aí você ficando
- 00:20:48apagado eu pensei assim não vou fazer um
- 00:20:50perfil pessoal é inspirada no projeto
- 00:20:53das meninas aqui
- 00:20:55e também que elas são para já chamado
- 00:20:57Leia lendo olhares pretas indígenas eu
- 00:21:00falei bom contra aplicar o ter indígena
- 00:21:02advogar as mulheres indígenas então eu
- 00:21:06creio Leia mulheres indígenas e comecei
- 00:21:08a divulgar 2019 em 2019
- 00:21:14o perdão 2020 Eu tenho um pouco WhatsApp
- 00:21:17de minha Cold e não Abril indígena a
- 00:21:22Maíra se igual de camadas né
- 00:21:25administradoras de perfil ler também ela
- 00:21:28fez o especial de Abril indígena aí o
- 00:21:30proposto para ela o marido não faz os
- 00:21:32recortes desses vídeos e posta lá no
- 00:21:34Leonardo e se classifica como
- 00:21:37administradora também para gente fazer
- 00:21:38esse trabalho coletivo eu sozinho não
- 00:21:40consigo e eu não sei fazer esses vídeos
- 00:21:42que você faz a mãe dela trabalha com
- 00:21:45literatura anos então nós já sabe gravar
- 00:21:49ali sabe falar com mais desenvoltura
- 00:21:51Então ela é formada em cinema então ela
- 00:21:55já sabia fazer tudo isso e ela tocou e
- 00:21:57ela fez isso que deu é o que chamou
- 00:21:59bastante gente assim de público dela
- 00:22:01para lá para a página
- 00:22:03ah e também é a gente diz entrou o
- 00:22:08trabalho estavam em mim e logo em
- 00:22:11seguida Lola também que do canal lá
- 00:22:14Depois dos 30 no Instagram ela começou a
- 00:22:17fazer vídeo divulgando a obras de
- 00:22:19mulheres indígenas EA falei convidei ela
- 00:22:21também nesse mesmo modelo que aconteceu
- 00:22:23com armário e aí ficamos nós 3
- 00:22:25trabalhando na página um tempo depois a
- 00:22:28gente percebeu a necessidade de ter uma
- 00:22:30identidade visual então a gente
- 00:22:31contratou uma artista que é Trans e ela
- 00:22:37ele e ela fez um trabalho muito assim
- 00:22:40muito bonito e a partir da identidade
- 00:22:43visual estudam Impacto positivo assim as
- 00:22:46pessoas conversaram compartilhar
- 00:22:48identidade dorme conversaram
- 00:22:49compartilhar os as autoras também eu a
- 00:22:54Lula EA magis tem na eles toda a gente
- 00:22:57trabalha a gente tem uma vida bem
- 00:22:59agitada
- 00:23:00bom então a gente tenta equilibrar mais
- 00:23:02ou menos isso é teve um momento em
- 00:23:06quando a gente começou que teve um bom
- 00:23:08né as pessoas procuravam muito projeto
- 00:23:10aí depois deu uma parada e agora sim né
- 00:23:14Não sei se por conta do mês de abril que
- 00:23:19as relações étnico-raciais mais
- 00:23:21tendência as pessoas têm buscado seguir
- 00:23:23a página isso é muito legal mesmo a
- 00:23:26gente não atualizando com frequência por
- 00:23:28conta Tava terminando o doutorado
- 00:23:30Amarante o grave mais sério a luva tá no
- 00:23:33corpo ruim também conseguiu atualizar
- 00:23:36atualizar mais a página mesmo assim as
- 00:23:39pessoas estão compartilhando porque já
- 00:23:41tenho a ser bastante grande de autor de
- 00:23:44escritora CD artistas também
- 00:23:47e não é porque eu tava querendo a gente
- 00:23:50também queria divulgar os homens né daí
- 00:23:53tinha esse perfil que você falou tudo aí
- 00:23:56autores indígenas que era para jogar
- 00:23:58homens e mulheres dado né o número baixo
- 00:24:02escritores que existe no Brasil se são
- 00:24:0460 para todo território brasileiro um
- 00:24:07pouco ainda número razoável para quem
- 00:24:10não conhece nada de literatura indígena
- 00:24:12mas é o número um pouco para cobrir todo
- 00:24:14o território nacional hoje se lei
- 00:24:16autores indígenas virou literatura
- 00:24:19indígena YouTube que é uma tentativa de
- 00:24:24unificar canal né então tem esse canal
- 00:24:26do YouTube onde eu faço entrevistas
- 00:24:29escritores indígenas começou durante a
- 00:24:31pandemia também tem bastante
- 00:24:34Principalmente agora é depois que a
- 00:24:37gente criou uma identidade visual também
- 00:24:39como levar um artista indígena que é o
- 00:24:43gene Everson trocar
- 00:24:47Oi e aí a gente está tentando verificar
- 00:24:49se tem um lugar para divulgar essas
- 00:24:51Produções o que mostrou a necessidade de
- 00:24:54ter um um treinamento sabe nas redes
- 00:24:58sociais que eram que a gente não tinha a
- 00:25:00gente quer da curso por exemplo a gente
- 00:25:02não tem esse treinamento né a gente
- 00:25:05queria ruim você para dar certificado
- 00:25:08que muitos bem é muito bem por interesse
- 00:25:10porque senão pesquisadores e quer
- 00:25:12estudar mais outras pessoas ficaram
- 00:25:13certificado eles nos dentes e aí nas
- 00:25:17redes atualmente é esse é o Esses são os
- 00:25:20meus projetos
- 00:25:21Olá tudo literatura indígena YouTube na
- 00:25:24ele tem uma uma história assim que
- 00:25:27quando eu comecei a divulgar os outros
- 00:25:30indígenas e na verdade eu percebi isso
- 00:25:33desde muito cedo né lá desde 2017 A
- 00:25:36ideia era descentralizar né Essa
- 00:25:39produção por quê Porque quanto mais de
- 00:25:43Centralizado mais maiores se alcance
- 00:25:47então eu montei um grupo mas não tem um
- 00:25:50grupo coletivo assim um voluntário e
- 00:25:53pediu para esses parentes são todos os
- 00:25:55indígenas tá E pediu para seus parentes
- 00:25:58eles abrirem perfis de literatura
- 00:26:01indígena o seu estado correspondente
- 00:26:03para divulgar e trabalhar com a
- 00:26:05literatura indígena
- 00:26:07Oi e aí muitos muitos parentes topar
- 00:26:10então a gente criou desde então
- 00:26:12literatura indígena parar tenho
- 00:26:14literatura indígena Minas Gerais tem
- 00:26:17literatura indígena Rio de Janeiro tem
- 00:26:19literatura indígena Brasil que ela da
- 00:26:21Karina que ela quer uma da Dori também
- 00:26:23já também divulga indígena tem uma
- 00:26:27literatura indígena Amazonas então a
- 00:26:29ideia era até marcar na no Instagram os
- 00:26:33estados e mostrar que havia produção
- 00:26:36literária indígena nesses respectivos
- 00:26:38estados né Aí é agora a gente tá no
- 00:26:45processo assim de divulgar essas obras e
- 00:26:48informação também porque a gente se
- 00:26:50encontra uma vez por semana para estudar
- 00:26:52uma obra sobretudo a uma obra que traz
- 00:26:55tirando racismo um bocado os indígenas
- 00:26:59e a gente inserir os indígenas dessa
- 00:27:02falta de racista e divulgar mais as suas
- 00:27:06obras nesses eventos e essas obras em
- 00:27:09hoje que a gente tem esse projeto Não
- 00:27:12não sou eu quem coordena é tudo muito
- 00:27:15coletivo né então nosso nosso perfil do
- 00:27:19WhatsApp todo mundo administrador se
- 00:27:22eles estão precisando de alguém assim
- 00:27:24para ajudar a somar nessa página que
- 00:27:26eles não podem eles vão lá chama outro
- 00:27:29parente e eles adiciona eles trazem
- 00:27:32pautas no meu particípio e as da
- 00:27:36literatura indígena Bahia da firma ela
- 00:27:38propôs uma terapia coletiva para a gente
- 00:27:41então é um lugar de trabalho mas é um
- 00:27:44lugar é também de acolhimento né gente
- 00:27:47troca afeto troca relato de experiência
- 00:27:53troca
- 00:27:54as estratégias de defesas por meio de
- 00:27:57argumentos esse nas redes sociais já que
- 00:28:00a gente sempre tá sofrendo muito botar
- 00:28:02aqui na identidade a humanidade a
- 00:28:05cidadania enfim e aí eu gosto tudo muito
- 00:28:10de muito assim de coletivo a página para
- 00:28:13lembrar os indígenas Então vai coletivo
- 00:28:15né administração coletiva pode se tornar
- 00:28:17um as administradoras tem a senha Cê tem
- 00:28:20autonomia para publicar lá mesma forma
- 00:28:23no canal do YouTube Eu entendo a sentir
- 00:28:26as vezes as outras pessoas não apareçam
- 00:28:29mas por conta do trabalho EA intenção é
- 00:28:33fazer elas quererem estar lá para
- 00:28:37emprestar outros autores também no
- 00:28:39momento eu tenho a da frente do canal do
- 00:28:42YouTube nas entrevistas porque os
- 00:28:44parentes não tem tido tempo tem tempo
- 00:28:47vídeo outros projetos e pela cabo
- 00:28:49e não sendo a pessoa que mais aparece lá
- 00:28:52mas aí tá eu não é que seja saiu a ideia
- 00:28:55que seja sempre nós e que seja sempre
- 00:29:00continuar para as pessoas não acharem
- 00:29:02que a vão falar de literatura indígena
- 00:29:05só em abril inalado em agosto falar de a
- 00:29:08pensar em um dado momento do ano pelo
- 00:29:11contrário e daí de todos esses projetos
- 00:29:13inclusive fazer com que a cidade da
- 00:29:17minorante as letras por meio das
- 00:29:19Universidades de outras instituições por
- 00:29:21ser vão que a gente tá tem que tá
- 00:29:24falando das condições de vida das
- 00:29:27pessoas indígenas das flautas indígenas
- 00:29:28o ano todo e no ano seguinte uns 20 anos
- 00:29:32seguintes só assim para a gente
- 00:29:33engrossar sabe as políticas públicas e
- 00:29:36os direitos indígenas
- 00:29:37E aí
- 00:29:43e a nossa como falei a gente é se reúne
- 00:29:48pra vo falar de coisas sérias de se
- 00:29:54defender mesmo né mas a gente se reúne
- 00:29:57também para ir para rir um pouco aí
- 00:30:01lembra Okay muito recentemente a gente
- 00:30:05pegou o livro da
- 00:30:08Oi Oi Pati mingling é uma palavra que
- 00:30:12fazer um uma uma coleta de narrativas e
- 00:30:17publicou nessa narrativas de contos
- 00:30:20eróticos de vários Vários vários povos
- 00:30:22indígenas depois a gente discute muito
- 00:30:26na a relação da teoria da autoria e da
- 00:30:30tela que a gente não concorda a gente
- 00:30:32acha que a propriedade intelectual
- 00:30:35dessas nativas tem que ser indígena tem
- 00:30:38que ser os indígenas mal e depois de ter
- 00:30:40discutido vários a gente começou a ler e
- 00:30:42foi muito engraçado ler esse colo que é
- 00:30:46um ponto uma chineli da sobre as
- 00:30:48mulheres do arco-íris a gente começou a
- 00:30:50lei a gente ficou muito muito presa
- 00:30:53porque tem coisa mais bonita né do que
- 00:30:55essa metáfora das mulheres do arco-íris
- 00:30:57e eram essa narrativa falar então do
- 00:31:01povo do arco-íris e te como as mulheres
- 00:31:05do arco-íris se apaixonam por um homem
- 00:31:07das águas que eu em
- 00:31:08É que na verdade lá no final vai se
- 00:31:11mostre revelar muito feio e enquanto
- 00:31:15elas estão Encantadas lá pelo homem e
- 00:31:17seus maridos se Encantam pelas mulheres
- 00:31:19do arco-íris nexon mulheres que vão
- 00:31:22fazer ficha e o final das contas ele é
- 00:31:25muito engraçado né porque quando as
- 00:31:26mulheres percebem que o homem é feio e
- 00:31:30elas querem voltar para seus maridos os
- 00:31:32seus maridos já estão Encantados e
- 00:31:34descer identificar com as mulheres as
- 00:31:37mulheres do arco-íris debaixo da água e
- 00:31:40aí a gente esperando um final assim né
- 00:31:43das mulheres tentarem reconquistar seus
- 00:31:46maridos E aí as mulheres estão se vão
- 00:31:49embora se casar com pessoas mas então
- 00:31:53mas só se fosse assim né E esse conta
- 00:31:57ele é muito maravilhoso Ele é muito
- 00:31:59divertido e a gente ficou comentando
- 00:32:01assim horas dele por dias e foi muito
- 00:32:06legal consiga recomendo tá dentro de si
- 00:32:08e fez muito bem para não só que eu dormi
- 00:32:11tá em língua materna o nome do livro é
- 00:32:14moqueca de marido moqueca de maridos em
- 00:32:17uma relação de contos eróticos né da
- 00:32:21Britney organizado pela Regina e
- 00:32:29e eu não indico aos leitores indígenas
- 00:32:33que ganham esses livros canônicos por
- 00:32:36quê Porque esses livros eles são muito
- 00:32:39perigosos né eu tenho que citar
- 00:32:41ultimamente abrir a linda te he Will
- 00:32:44Smith que é uma social lugar que
- 00:32:46pertence ao povo maori da Nova Zelândia
- 00:32:48em que ela fala em traz uma citação de
- 00:32:51uma poeta e estende tão para os livros
- 00:32:54né dizendo que os livros são muito
- 00:32:57perigosos para os leitores indígenas
- 00:32:59Eles são muito perigosos
- 00:33:02E se eles são etnocidas se eles não
- 00:33:04reforçam nossos valores que eles falam
- 00:33:07de nós de uma forma pejorativa e vai se
- 00:33:09eles são desonestos em relação a nós a
- 00:33:12ponto de nos fazer acreditar que somos
- 00:33:14inferiores Então para mim José de
- 00:33:18Alencar é muito desonesto Gonçalves Dias
- 00:33:21há muitos e honesto e tá Mário de
- 00:33:23Andrade adicionar esta uma vez que eles
- 00:33:25usam narrativas indígenas para reforçar
- 00:33:29o ideal de uma nação né desconsiderando
- 00:33:32todas as nações que existem no
- 00:33:34território brasileiro o que eu recomendo
- 00:33:36então eu recomendo que os mediadores de
- 00:33:39leitura e os educadores passam leituras
- 00:33:42comparadas né Porque eu também não sou
- 00:33:44contra a censura Vamos estudar José de
- 00:33:48Alencar Vamos estudar mas
- 00:33:50Obrigatoriamente a gente tem que ser um
- 00:33:52livro de literatura indígena que mostre
- 00:33:55a versão da história indígena para esse
- 00:33:58leitor porque senão você vai estar
- 00:34:00plantando as sementes colou
- 00:34:01e naquela naquela pessoa naquela criança
- 00:34:05ou naquele leitor né que que vou
- 00:34:09aguentar o espírito dessa pessoa e vão
- 00:34:11atravessar toda a vida dela a ponto de
- 00:34:14ela chegar na idade adulta Ou nem isso e
- 00:34:18achar que ela é superior a um sujeito
- 00:34:21indígena ou que a vida indígena não tem
- 00:34:23valor então é mais que urgente as
- 00:34:28bibliotecas adotar em livros de
- 00:34:30literatura indígena é mais que urgente é
- 00:34:34as é mais por gente os educadores dar em
- 00:34:38relações étnico-raciais preparar em
- 00:34:41excluir e corroborar em pode ser ativa
- 00:34:44genocídio em curso que vivem os
- 00:34:47indígenas atualmente na gente está
- 00:34:49falando de um processo de educação a
- 00:34:53leitura como um processo de educação
- 00:34:55Então a gente tem que Obrigatoriamente
- 00:34:58falar dessas relações étnico-raciais
- 00:35:01Olá
- 00:35:02E aí
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