00:00:02
[Aplausos]
00:00:06
[Música]
00:00:08
Olá na aula de hoje nós falaremos sobre
00:00:11
as primeiras manifestações modernistas e
00:00:14
sobre os primeiros autores modernistas
00:00:16
do Brasil nós falaremos da primeira fase
00:00:20
Modernista lembre-se de que a Semana de
00:00:23
Arte Moderna foi um grande movimento um
00:00:25
movimento inovador na literatura do
00:00:28
nosso tempo vejamos Quais são as
00:00:31
principais características e os
00:00:32
principais autores Dessa época a
00:00:35
primeira fase conhecida como heroica
00:00:38
compreende o período de
00:00:39
1922 a
00:00:42
1930 e apresenta o desejo de liberdade
00:00:45
de ruptura e de destruição do passado
00:00:48
como características marcantes os
00:00:51
principais autores são osval de Andrade
00:00:54
Mário de Andrade Manuel Bandeira e
00:00:57
Alcântara Machado essa fase foi
00:01:00
predominantemente poética mas nós
00:01:03
encontramos também alguns textos
00:01:05
escritos em prosa Neste período nós
00:01:08
encontramos como grandes marcas A
00:01:11
negação a ruptura o desejo de liberdade
00:01:14
linguística e um forte
00:01:17
nacionalismo vejamos agora o grande
00:01:19
escritor do período nesses quadros nós
00:01:23
encontramos a figura de Mário de Andrade
00:01:26
Mário de Andrade é considerado o Papa do
00:01:29
MOD ismo brasileiro e ele foi um dos
00:01:32
escritores mais apaixonados pela cidade
00:01:35
de São
00:01:36
Paulo Mário de Andrade era um escritor
00:01:39
irreverente e criativo em seus textos
00:01:43
buscou romper com o passado com as
00:01:45
estruturas até então tidas como modelos
00:01:48
Mário de Andrade buscava o resgate da
00:01:51
linguagem cotidiana do diaadia do
00:01:54
popular e do folclórico é com seu texto
00:01:57
Pauliceia desvairada que nós temos
00:02:00
praticamente o primeiro Liv realmente
00:02:03
Modernista vejamos o prefácio desse
00:02:07
Liv
00:02:08
le fundado desvairismo este prefácio
00:02:13
apesar de interessante inútil alguns nem
00:02:17
todos sem conclusões para quem me aceita
00:02:21
são inúteis ambos osos terão prazer em
00:02:24
descobrir minhas conclusões
00:02:26
confrontando Toda obra e dados para quem
00:02:30
me rejeita trabalho perdido explicar o
00:02:33
que antes de ler já não aceitou quando
00:02:36
sinto a impulsão lírica escrevo sem
00:02:39
pensar tudo o que meu inconsciente me
00:02:41
grita penso depois não só para corrigir
00:02:46
como para justificar o que escrevi daí a
00:02:50
razão deste prefácio interessantíssimo
00:02:53
esse ar de deboche presente no prefácio
00:02:56
se estende por todo o livro Maso de
00:02:59
Andrade não escreveu só poesias ele
00:03:01
também escreveu em prosa e ele escreveu
00:03:04
um romance muito conhecido o chamado
00:03:07
macunaima mas que não apresenta as
00:03:10
características de um romance como nós
00:03:13
conhecemos vejamos algumas imagens sobre
00:03:17
Macunaíma o livro Macunaíma que
00:03:20
apresenta o subtítulo o herói sem nenhum
00:03:23
caráter é um romance rapsódia que
00:03:26
discute a nacionalidade brasileira e o
00:03:29
que é uma rapsódia rapsódia é uma
00:03:32
composição que mistura elementos
00:03:34
musicais com elementos do folclore da
00:03:37
cultura popular e é justamente isso que
00:03:39
Mário de Andrade faz em Macunaíma ele
00:03:42
vai contar a história do índio que de
00:03:45
preto virou Branco ele vai contar a
00:03:47
história de makunaima que significava um
00:03:51
grande mal vejamos como aconteceu o
00:03:54
nascimento de
00:03:56
makunaima no fundo do mato virgem nasceu
00:04:00
makunaima herói de Nossa gente era preto
00:04:04
retinto e filho do medo da noite Houve
00:04:07
um momento em que o silêncio foi tão
00:04:09
grande escutando o murmurejo do irar
00:04:12
kuera que a Índia tapanhumas pariu uma
00:04:15
criança feia essa criança é que chamara
00:04:19
de Macunaíma já na meninice fez coisas
00:04:23
de sarapantar de primeiro passou mais de
00:04:26
se anos não falando se o incitava fal
00:04:30
exclamava Ai que preguiça e não dizia
00:04:34
mais nada ficava no canto da Maloca
00:04:37
trepado no giral de paxiúba espiando o
00:04:40
trabalho dos outros e principalmente os
00:04:43
Dois Manos que tinha manap já velinho e
00:04:48
jig na força de homem o divertimento
00:04:51
dele era decepar cabeça de Sava vivia
00:04:55
deitado mas se punha os olhos em
00:04:57
dinheiro
00:04:59
dava para ganhar Vintém e também
00:05:02
espertava quando a família ia tomar
00:05:04
banho no rio todos juntos e NS no
00:05:08
Mucambo se alguma cunhantã se aproximava
00:05:11
dele para fazer festinha Macunaíma punha
00:05:14
a mão nas graças dela cantan se afasta
00:05:18
macunaima era debochado malandro danado
00:05:23
ele era muito terrível muito diferente
00:05:26
da imagem que nós tínhamos de herói
00:05:28
tanto que Naí é considerado um
00:05:31
anti-herói se nós o compararmos com os
00:05:34
heróis românticos que conhecemos
00:05:36
makunaima mexia com todo mundo era
00:05:39
preguiçoso não queria saber de trabalhar
00:05:42
esse texto é considerado um grande Marco
00:05:45
do modernismo tanto que volta e meia ele
00:05:48
aparece nos grandes vestibulares do
00:05:50
Brasil por isso não deixe de
00:05:52
lê-lo vejamos agora a imagem de um outro
00:05:55
importante autor desse Período os
00:05:59
Andrade é considerado o autor mais
00:06:01
irreverente combativo e polêmico da
00:06:04
primeira fase Modernista foi o
00:06:07
idealizador dos principais manifestos
00:06:09
que ocorreram Neste
00:06:11
período sua obra é toda marcada pela
00:06:14
ironia pelo humor ele é o mais debochado
00:06:18
dos Poetas dos escritores modernistas
00:06:20
Oswald de Andrade ele inova ele traz o
00:06:24
elemento Nacional paraa literatura sobre
00:06:27
a roupagem Modernista ele é o criador do
00:06:30
poema piada do poema pílula ou seja
00:06:34
textos curtos Mas que mesmo assim
00:06:36
carregam uma grande carga poética
00:06:40
vejamos alguns exemplos desses poeminhas
00:06:42
de Oswald de
00:06:44
Andrade erro de português quando o
00:06:48
português chegou debaixo de uma bruta
00:06:50
chuva vestiu o índio que pena fosse uma
00:06:54
manhã de sol o índio tinha despido
00:06:58
português pro pronominais dê-me um
00:07:01
cigarro diz a gramática do professor e
00:07:04
do aluno e do Mulato sabido mas o bom
00:07:08
negro e o bom branco da nação brasileira
00:07:10
dizem todos os dias Deixa disso camarada
00:07:14
me dá um
00:07:16
cigarro perceberam a diferença e o humor
00:07:19
muito diferente dos poemas parnasianos
00:07:22
não o próprio Oswald também escreveu
00:07:25
prosa assim como Mário de Andrade
00:07:28
vejamos agora a capa de um dos seus
00:07:30
livros mais
00:07:32
conhecidos nesse livro Oswald rompe com
00:07:35
os esquemas tradicionais da narrativa os
00:07:38
capítulos são curtíssimos
00:07:40
apresentando-se como pequenos fragmentos
00:07:43
justapostos próximos da técnica da
00:07:45
pintura cubista que representava ao
00:07:48
mesmo tempo as várias faces de um objeto
00:07:51
ou situação o que impossibilitava uma
00:07:54
leitura
00:07:55
linear vejamos agora a imagem de Man
00:08:00
outro importante poeta desse primeiro
00:08:02
momento
00:08:04
Modernista Manuel Bandeira num primeiro
00:08:07
momento se mostra Ainda bem preso aos
00:08:09
valores parnasianos mas com o passar do
00:08:12
tempo se transforma num dos grandes
00:08:14
representantes do modernismo é a partir
00:08:17
do livro libertinagem que Manuel
00:08:19
Bandeira se firma realmente como um
00:08:22
poeta Modernista a partir desse livro
00:08:25
seus textos se aproximam muito do
00:08:27
linguajar coloquial os temas também
00:08:30
acabam se diversificando tudo para
00:08:33
Manuel Bandeira acaba se tornando tema
00:08:36
poético ele parte de frases corriqueiras
00:08:39
ele fala dos meninos negros das negras
00:08:42
das irenes ele fala de poemas de
00:08:45
Notícias que são retiradas de jornal e
00:08:48
ele brinca até com a sua própria doença
00:08:51
lembre-se que Manuel Bandeira ele sofria
00:08:54
de tuberculose Mas é com um poema
00:08:58
intitulado poética que nós encontramos
00:09:01
as principais características de sua
00:09:04
obra vejamos alguns fragmentos deste
00:09:07
texto Estou farto do lirismo comedido do
00:09:11
lirismo bem comportado do lirismo
00:09:14
funcionário público com livro de ponto
00:09:16
expediente protocolo e manifestações de
00:09:19
apreço ao Senhor diretor Estou farto do
00:09:22
lirismo que para e vai averiguar no
00:09:25
dicionário o cunho vernáculo de um
00:09:27
vocábulo abaixo os puristas todas as
00:09:31
palavras sobretudo os barbarismos
00:09:33
universais todas as construções
00:09:36
sobretudo a sintes de exceção todos os
00:09:39
ritmos sobretudo os inumeráveis quero
00:09:42
antes o lirismo dos loucos O lirismo dos
00:09:45
bêbados o lirismo difícil e pungente dos
00:09:48
bêbados o lirismo dos Clowns de
00:09:51
Shakespeare não quero mais saber do
00:09:53
lirismo que não é
00:09:55
libertação a ironia também foi uma outra
00:09:58
grande característica de bandeira
00:10:01
vejamos a ironia no próximo texto
00:10:04
pneumotórax febre hemoptise dispineia e
00:10:09
suores noturnos a vida inteira que podia
00:10:12
ter sido e que não foi tose tose tosse
00:10:16
mandou chamar o médico diga
00:10:19
33
00:10:21
33 33 33 respire o senhor tem uma
00:10:27
escavação no pulmão esquerdo e o pulmão
00:10:30
direito infiltrado então Doutor não é
00:10:33
possível tentar um pneumotórax não a
00:10:37
única coisa a fazer é tocar um tango
00:10:40
argentino percebeu que diferente brincar
00:10:43
com a própria doença isso mesmo Manuel
00:10:47
Bandeira tem o grande traço do humor o
00:10:50
humor a ironia permeia quase todos os
00:10:52
seus textos outro grande autor desse
00:10:56
período é Alcântara Machado em seu livro
00:10:59
de contos Bras besig barrafunda ele vai
00:11:03
tratar da vida da colônia italiana na
00:11:05
cidade de São Paulo ele vai falar
00:11:08
principalmente do processo de
00:11:10
assimilação cultural ele vaiar da fusão
00:11:13
da lngua Portuguesa e daua italiana queu
00:11:17
orig ao conhecidíssimo portugês
00:11:21
macarico vejamos um exemplo desse
00:11:24
português macarrônico que nós
00:11:26
encontramos no livro bas besig
00:11:28
barrafunda
00:11:29
paro assim para facilitar não é para
00:11:33
ofender primo o doutor pense bem eepi me
00:11:37
dê sua resposta Domani dopo Domani na
00:11:40
outra semana quando quiser e eu resto à
00:11:44
sua disposição Mas pense
00:11:47
bem perceberam a influência do italiano
00:11:50
na Língua Portuguesa e por que isso
00:11:53
neste período a presença da cultura
00:11:56
italiana era muito forte por quê Porque
00:11:58
os italianos vieram primeiro para
00:12:01
trabalhar na lavoura do café e depois
00:12:03
para trabalhar como mão de obra na
00:12:06
indústria que começava a crescer na
00:12:08
cidade de São Paulo todo esse processo
00:12:11
de de aculturação de assimilação
00:12:14
cultural é tratado por Alcântara Machado
00:12:17
ao longo do livro na aula de hoje nós
00:12:20
vimos Então as principais
00:12:22
características e os principais autores
00:12:25
da primeira fase do Modernismo no Brasil
00:12:28
é a fase conhecida como heróica e por
00:12:31
que heróica porque é uma fase demolidora
00:12:34
era uma fase de negação esses
00:12:37
modernistas negavam tudo aquilo que era
00:12:40
do passado eles queriam romper com todas
00:12:43
as estéticas principalmente com o
00:12:45
parnasianismo que ainda vigorava na
00:12:49
próxima aula nós falaremos sobre a
00:12:51
segunda fase do modernismo brasileiro um
00:12:55
grande abraço e até lá