Como memorizar ABSOLUTAMENTE TUDO

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https://www.youtube.com/watch?v=3vdzghRCprU

概要

TLDRO vídeo discute o número de Euler e a capacidade de memorização humana, explicando como a memória funciona e suas classificações. O apresentador apresenta técnicas de memorização, como o Link System e o Major System, e discute a importância da saúde mental e física para a memória. Além disso, aborda fenômenos como o efeito Mandela e a imprecisão das memórias, enfatizando que cuidar da mente é tão importante quanto cuidar do corpo.

収穫

  • 🔢 O número de Euler é uma constante matemática fundamental.
  • 🧠 A memória é a capacidade de armazenar e evocar informações.
  • ⏳ Existem memórias de curto e longo prazo.
  • 🔗 O Link System ajuda a memorizar listas de itens.
  • 📊 O Major System é útil para decorar sequências numéricas.
  • 💤 Dormir bem é crucial para a memória.
  • 🍏 Alimentação balanceada melhora a função cerebral.
  • 🏃‍♂️ Exercícios físicos são importantes para a saúde mental.
  • 🌀 O efeito Mandela mostra como memórias podem ser coletivas e imprecisas.
  • 🔄 O déjà vu é uma sensação de repetição de experiências.

タイムライン

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    O número de Euler é uma constante matemática fundamental, irracional e com infinitos dígitos. O vídeo foca em técnicas de memorização, sugerindo que qualquer pessoa pode aprender a decorar sequências numéricas. O apresentador recomenda a plataforma de cursos Alura para quem deseja aprender novas habilidades, como o uso do chat GPT e edição de vídeos.

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    A memória é a capacidade do cérebro de armazenar e evocar informações, começando com estímulos que se transformam em impulsos elétricos. Existem dois tipos principais de memória: a de curto prazo, que dura segundos a horas, e a de longo prazo, que pode durar anos. A memória de longo prazo é dividida em episódica, semântica e não declarativa, cada uma com suas características e funções.

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    Problemas de memória podem surgir devido a condições de saúde, como Alzheimer e TDAH. O vídeo discute a imprecisão da memória, como o fenômeno do déjà vu e o efeito Mandela, onde muitas pessoas compartilham memórias falsas. Técnicas de memorização, como o Link System e o Major System, são apresentadas para ajudar a melhorar a memória e a capacidade de decorar informações, enfatizando a importância de cuidar da saúde mental.

マインドマップ

ビデオQ&A

  • O que é o número de Euler?

    É uma constante matemática importante, base dos logaritmos naturais, com infinitos dígitos após a vírgula.

  • Como funciona a memória?

    A memória é a capacidade do cérebro de armazenar e evocar informações, começando com estímulos que se transformam em impulsos elétricos.

  • Quais são os tipos de memória?

    Existem memórias de curto prazo e de longo prazo, sendo as de longo prazo episódicas, semânticas e não declarativas.

  • O que é o efeito Mandela?

    É um fenômeno onde muitas pessoas compartilham uma falsa memória coletiva.

  • Quais técnicas podem ajudar na memorização?

    Técnicas como o Link System e o Major System podem ser usadas para memorizar listas e sequências numéricas.

  • Como a saúde afeta a memória?

    Dormir bem, ter uma alimentação balanceada e praticar exercícios são fundamentais para o bom funcionamento da memória.

  • O que é o déjà vu?

    É a sensação de que se está vivendo uma cena repetida, sem explicação clara na neurociência.

  • O que é a memória não declarativa?

    É a memória que não conseguimos verbalizar, como habilidades motoras.

  • Como posso melhorar minha memória?

    Praticar técnicas de memorização, manter uma boa saúde mental e física.

  • O que é a dislexia?

    É uma dificuldade de leitura que pode afetar a memória de curto prazo.

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    Senhoras e senhores, esse é o número de Euler.
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    Ele é uma das constantes matemáticas mais importantes de todas.
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    É a base dos logaritmos naturais e é usado na prática, por exemplo, em cálculos de taxas de juros compostos.
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    Mas o meu objetivo hoje não é falar sobre a aplicação desse número, e sim sobre o tamanho dele.
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    É, mesmo.
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    Assim como o π, o número de Euler é irracional, ou seja, ele é uma dízima não periódica, o que significa que ele possui infinitos dígitos depois da vírgula.
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    E esses números não ficam se repetindo, eles nem seguem um padrão específico.
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    Isso que você está vendo, por exemplo, são 10 mil dígitos do número de ordem.
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    Mas eu não vou fundo na matemática. O meu foco no vídeo de hoje é o cérebro.
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    E se eu dissesse que tem gente que sabe de cor toda essa sequência numérica?
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    E mais, que você também poderia ser capaz de decorar tudo isso aprendendo uma técnica de memorização.
  • 00:00:50
    Então se eu fosse você eu ficava aqui nesse vídeo para entender como essa técnica funciona
  • 00:00:54
    e clicar para se inscrever.
  • 00:00:56
    Mas antes que eu me esqueça, se você está em um ponto da vida em que você quer aprender
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    coisas novas mas não sabe por onde começar, eu diria com todas as forças para você ir na Lura.
  • 00:01:05
    A Lura e eu temos uma história que já dura anos.
  • 00:01:07
    Eu inclusive indico os cursos para minha própria equipe.
  • 00:01:09
    Quer aprender a usar chat GPT para não ficar para trás enquanto o mundo passa por uma revolução, a Alura tem um curso completo disso.
  • 00:01:15
    Quer aprender a editar vídeos como esses do Ciência Todo Dia?
  • 00:01:18
    A Alura também tem cursos disso.
  • 00:01:20
    São mais de 1.400 cursos para você aprender,
  • 00:01:23
    todos disponíveis com apenas uma matrícula.
  • 00:01:25
    E por sinal, você tem 15% de desconto se usar o meu link
  • 00:01:29
    que está na descrição e no comentário fixado.
  • 00:01:31
    Então não esqueçam, cliquem no link aqui na descrição.
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    E agora, de volta ao vídeo, como que nós podemos memorizar qualquer coisa.
  • 00:01:38
    Antes de aprender como decorar uma nova sequência de milhares de números,
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    primeiro a gente precisa entender o que é a memória e como ela funciona.
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    Sempre começa pelo básico.
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    Em resumo, a memória é a capacidade que o nosso cérebro tem de armazenar e evocar informações.
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    E tudo começa quando a pessoa recebe algum tipo de estímulo.
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    Por exemplo, quando ela lê um texto, ou ela ouve uma música, ou assiste um vídeo como esse.
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    No momento em que isso acontece, inclusive está acontecendo com você agora,
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    o nosso cérebro começa a atuar como uma rede.
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    A informação que acabou de chegar é convertida em um impulso elétrico
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    que é transmitido através dessa rede que é formada por células nervosas.
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    As conexões vão se dando através das sinapses,
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    que são pontos de proximidade entre os neurônios.
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    Até que a informação é finalmente armazenada em alguma parte do cérebro,
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    dependendo do tipo de memória.
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    E com o tempo ela pode migrar para outros lugares do nosso cérebro.
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    E quem coordena todo esse sistema é o chamado hipocâmico,
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    que é a porta de entrada para o início do armazenamento.
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    E é pra ele que essas memórias voltam sempre que a gente quer se lembrar de alguma coisa,
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    ou até quando a gente não quer se lembrar.
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    Pensa nisso a próxima vez que você ficar pensando naqueles momentos constrangedores na hora de dormir.
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    Enfim, existem muitas classificações dos tipos de memória,
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    mas no geral existem dois grandes grupos que são mais importantes para esse vídeo,
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    as de curto prazo e as de longo prazo.
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    A memória de curto prazo é aquela que dura apenas alguns segundos ou minutos, ou no máximo algumas horas.
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    Ela é responsável por armazenar um número de telefone que você vai precisar ligar daqui a pouco,
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    e que logo depois você já pode esquecer.
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    A memória de curto prazo também garante que você vai se lembrar de uma frase que você acabou de ler em um texto
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    antes de partir para a frase seguinte.
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    E é por isso que ela é fundamental para as tarefas cognitivas do dia a dia.
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    Por outro lado, existem as memórias de longo prazo.
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    Elas podem durar dias, anos ou até a nossa vida inteira.
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    As memórias de longo prazo podem ser episódicas, ou seja, elas podem guardar episódios, que
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    são acontecimentos específicos da nossa vida.
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    Pode ser aquela viagem dos sonhos, ou a sua festa de 15 anos, ou um dia em que você conheceu
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    a sua pessoa amada.
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    Mas percebam que junto dessas memórias existe também um componente afetivo, que também
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    está ligado no quanto essa memória nos impacta e perdura nas nossas vidas.
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    E elas também podem ser semânticas, que é meio que ligadas ao sentido das coisas.
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    É graças a esse tipo de memória que você sabe o significado das palavras,
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    dos gestos, dos sinais e de tudo aquilo que é básico para se comunicar e viver em sociedade.
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    Além disso, se você até hoje sabe as capitais de vários países ou se lembra da fórmula de Bhaskara,
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    agradeça também as memórias semáticas.
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    E por fim, as memórias de longo prazo podem ser não declarativas.
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    É o tipo de lembrança que a gente não consegue verbalizar ou ensinar para alguém,
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    mas que a gente armazena naturalmente conforme cresce.
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    É o caso da nossa memória motora.
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    E sabe aquele famoso ditado que diz que
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    ah, fazer tal coisa é igual andar de bicicleta, a gente nunca esquece.
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    É exatamente graças às memórias não declarativas que a gente nunca esquece.
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    Isso mostra que a nossa memória vai muito além do que a gente pode imaginar em um primeiro momento.
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    Na verdade, tudo é memória.
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    O ser humano só funciona porque ele se lembra.
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    De certa forma, daria pra dizer que
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    se lembro logo existe. Mas como tudo que é humano pode apresentar
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    defeitos e parar de funcionar, com a memória não é diferente. E talvez o
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    maior exemplo disso seja a famosa amnésia. Quem nunca viu um filme que o
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    personagem leva uma paulada na cabeça e esquece tudo sobre a própria vida?
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    Esse nível de apagão completo da memória até pode acontecer na vida real,
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    mas é extremamente raro. O mais comum quando alguém sofre um acidente, por
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    exemplo, é o esquecimento de fatos que aconteceram minutos antes ou depois da pancada, dependendo da intensidade
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    do local exato do impacto.
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    Existem também alguns problemas de saúde que podem afetar o funcionamento da nossa
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    memória.
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    Mas antes de falar sobre isso, eu já deixo um alerta.
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    Vídeo no YouTube não é para fazer autodiagnóstico, então se eu citar algum sintoma que você
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    possui, não quer dizer que você necessariamente tenha alguma doença.
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    Se for um sintoma persistente, a ponto de atrapalhar a sua vida, então procure um médico.
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    Dito isso, algumas doenças atingem diretamente a memória de longo prazo.
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    O exemplo mais conhecido é o Alzheimer.
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    Tanto a idade avançada quanto a predisposição genética ou fatores como obesidade, diabetes
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    e colesterol alto podem levar a pessoa a ter risco de desenvolver essa doença, que afeta
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    primeiramente as células do hipocampo.
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    E com isso, quem tem Alzheimer pode ter diversas memórias apagadas.
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    O paciente pode não se lembrar de fatos marcantes da própria vida e deixar até de reconhecer
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    os próprios filhos.
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    E em ensaios mais avançados, o Alzheimer pode afetar até a memória não
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    declarativa, que é aquela responsável por coordenação motora.
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    E é por isso que em alguns casos a pessoa tem problemas motores que podem ser muito
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    sérios, além de perigosos para a saúde. A memória de curto prazo também pode enfrentar
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    falhas causadas por questões de saúde. É o caso do transtorno do déficit de atenção
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    com hiperatividade, o famoso TDAH. Quem tem TDAH costuma esquecer alguma instrução
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    recebida em uma questão de segundos. Ou então, lê uma página de um livro e percebe logo em seguida que já esqueceu de tudo que
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    acabou de ler.
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    Eita, lê tudo de novo!
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    E isso mostra como o nosso foco também é importante para acionar mecanismos envolvidos
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    da memória.
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    Outro problema associado à memória de curto prazo é a dislexia.
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    Isso porque a dificuldade para armazenar informações fonológicas pode causar dificuldades na leitura.
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    Ou seja, com tudo isso que eu trouxe até aqui, eu espero que tenha dado para você
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    perceber que uma pessoa pode ter problemas somente em um tipo de memória e não no outro.
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    A sua memória de curto prazo, por exemplo, pode não ser tão boa,
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    mas a de longo prazo pode ser incrível.
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    Por isso que é comum que a gente esqueça o que tomou no café da manhã,
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    mas se lembre perfeitamente, sei lá, de como foi o primeiro dia de aula na escola.
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    Mas é aí que as coisas ficam um pouco mais complexas.
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    Será que a gente realmente lembra de como foi o nosso primeiro dia de aula na escola?
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    Nosso cérebro recorre, digamos assim, a uma certa licença poética
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    na hora de reconstruir os fatos do nosso passado.
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    E com isso ele cria memórias que nunca aconteceram, ou que não são bem assim.
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    É que o cérebro não tem capacidade para guardar literalmente tudo o que a gente vê ou vissente.
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    Então ao invés de armazenar 100% da informação, ele guarda só a parte mais importante,
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    que é a essência do que aconteceu.
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    E isso se mantém cada vez que evocamos essa memória.
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    E aí na hora de lembrar, ele preenche as lacunas se baseando na associação a outras memórias.
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    Ou então naquilo que nós queremos enfatizar nessa vez que estamos contando.
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    E por aí vai.
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    No caso do primeiro dia de aula, por exemplo, você provavelmente se lembra de quem era
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    sua professora, de alguns dos seus colegas de classe, ou talvez a de uma imagem geral
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    da sala de aula.
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    Mas os detalhes da decoração da sala, os itens do material escolar e os diálogos que
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    você escutou são parcialmente recriados pelo seu cérebro com base em outras lembranças
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    da sua vida.
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    Ou até mesmo no que te contaram sobre aquele dia.
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    Você certamente já esteve em outras salas de aula, você já assistiu a filmes que mostraram
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    na escola, você já conversou com pessoas que frequentaram a mesma turma e com isso
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    o seu cérebro misturou um pouco de realidade com um pouco de ficção para recriar na sua
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    mente o filme da sua vida.
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    E é por isso que o reconhecimento de criminosos somente através de retratos falados não
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    é nem um pouco precisa.
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    A pessoa que foi vítima de um roubo, por exemplo,
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    pode ter certeza sobre quem foi o ladrão.
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    Mas, sem querer, ela pode estar misturando a lembrança real
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    com uma descrição imaginada,
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    baseada em alguma notícia que ela tenha visto algum outro dia,
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    ou algum outro sonho que ela tenha tido recentemente,
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    ou até mesmo com algum tipo de preconceito.
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    E, como resultado, pessoas inocentes podem ir parar na cadeia.
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    Outro problema ligado à memória, que você provavelmente já vivenciou é o chamado Déjà vu. Déjà vu.
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    A expressão vem do francês e significa já visto.
  • 00:08:31
    É quando você tem a sensação de que está vivendo numa cena repetida.
  • 00:08:34
    Aquela impressão de que o que está acontecendo agora já aconteceu exatamente da mesma forma no passado.
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    A neurociência ainda não tem plena certeza de por que isso acontece.
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    O que a gente sabe é que existe um fluxo de informações entre o lobo temporal,
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    que é onde fica o hipocampo, e que é aquele que coordena o funcionamento da nossa memória,
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    com o lobo frontal, que fica na nossa testa.
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    Algumas vezes esse fluxo pode acabar tendo imprecisões de quando aquela memória aconteceu,
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    dando a sensação de já termos vivido algo totalmente inédito, ou muito parecido com uma recordação nossa.
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    E existe também o irmão menos conhecido do déjà vu, que é o jamais-vu.
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    Eu tô falhando miseravelmente na pronúncia de francês aqui.
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    Eu tô passando vergonha pra fazer esse vídeo.
  • 00:09:11
    O que significa jamais visto.
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    É quando a gente deveria tratar alguma coisa com familiaridade, mas por alguma razão ela
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    passa a ser algo estranho pra nós.
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    Um exemplo disso é quando a gente fala tantas vezes uma determinada palavra de uma maneira
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    sucessiva até um ponto em que ela deixa de fazer sentido.
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    E isso pode acontecer com basicamente qualquer palavra.
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    Palavra.
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    Palavra.
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    Palavra.
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    Pa-lavra.
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    Pa-lavra.
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    Ok, ela não faz mais sentido na minha cabeça.
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    Será que é palavra que fala mesmo?
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    Mas e quando uma imprecisão na memória afeta não apenas uma pessoa, e sim milhares de
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    pessoas que sequer se conhecem ao mesmo tempo?
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    É possível que tanta gente tenha uma espécie de falsa memória coletiva?
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    Esse é o fenômeno conhecido como efeito Mandela.
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    O conceito foi criado em 2010 pela pesquisadora americana Fiona Broome.
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    Ela tinha certeza que o ex-presidente da África do Sul, Nelson Mandela, tinha morrido na prisão
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    nos anos 80.
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    E segundo ela, várias outras pessoas tinham essa mesma percepção.
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    Acontece que nessa época, o Mandela estava vivo.
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    E nesse mesmo ano de 2010, inclusive, ele participou da cerimônia de encerramento da Copa do Mundo.
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    Será que pode tocar o acauaca aqui ou vai dar ruim?
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    Eu vou tocar o acauaca pra vocês.
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    Tsa mina mina, e e... Não lembro essa.
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    Por um lado aqui entre nós, isso pode denotar mais a falta de conhecimento
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    que pessoas de certos países têm sobre a história do continente africano.
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    Mas tirando esse detalhe, de fato existem memórias coletivas falsas.
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    Muita gente, por exemplo, acha que o Pikachu tem a ponta da cauda preta, ou que o mascote do Monopoly usa um monópolo.
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    Ou ainda, num exemplo bem famoso aqui no Brasil, tem gente que jura que era criança e estava assistindo Dragon Ball Z na TV Globinho
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    quando o desenho foi interrompido por um plantão noticiando o ataque ao World Trade Center.
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    Pausa o vídeo e comenta aqui se você tem alguma dessas lembranças.
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    Acontece que nenhuma delas é verdadeira.
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    Todas são memórias reais misturadas com a imaginação.
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    No caso do 11 de setembro, a própria TV Globo fez uma busca no Acervo e provou que a história do Dragon Ball não passa de um engano coletivo.
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    O desenho que estava passando naquela hora era o Mickey Mouse.
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    Assim como o nosso cérebro faz um mix de lembranças quando nós pensamos no nosso primeiro dia de aula,
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    é provável que ele confunda, por exemplo, os desenhos que a gente assistia na infância.
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    E se uma pessoa falar algo que aconteceu nesse momento, que você também viveu, que também
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    era uma criança, você pode ser influenciado por isso e achar que lembra, pois gostamos
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    de fazer parte de grupos sociais.
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    No fundo, você não se lembra de fato do que estava vendo na TV em 2001.
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    Mas de tanto ouvir relatos por aí e ter certa familiaridade com coisas que você viveu,
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    o seu cérebro acaba criando ou aceitando uma memória que nunca existiu.
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    Eu inclusive estou pensando que outro exemplo eu posso usar para a galera que não estava vivo em 2001.
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    É, a gente está velha.
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    Se você não estava vivo em 2001 e está assistindo esse vídeo, comenta aqui.
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    Ok, mas então o que a gente pode fazer para evitar confusões e melhorar nossa memória?
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    De maneira geral, a ciência nos diz que dormir e boas noites de sono,
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    ter uma alimentação balanceada e praticar atividades físicas
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    são fundamentais para o bom funcionamento do nosso cérebro e, por consequência, nossa memória.
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    Mas existem também algumas dicas específicas dependendo do que
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    exatamente você está querendo melhorar na sua memória. Se você sempre se esquece de
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    objetos do dia a dia, uma dica é guardar esses objetos próximos a outros que você
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    usa. Por exemplo, se você sempre esquece a sua carteira em casa, uma sugestão é
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    deixar ela junto com a chave da sua casa, porque para sair de casa você é obrigado
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    a ver a sua carteira e levá-la junto. E essa técnica também serve para atividades do
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    dia a dia. Vamos supor que você sempre esquece de jogar o lixo fora. A dica nesse caso é dormir com o lixo jogado na sua cama e aí quando
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    você acordar você vai lembrar de jogar ele fora. Isso foi uma piada, não façam isso
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    e digam que fui eu que sugeri, por favor. Mas e se o seu problema for outro? Por exemplo,
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    vamos supor que você esquece o nome das pessoas. Também existe uma solução. A dica nesse
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    caso é associar essa nova pessoa a alguém que você já conhece com esse mesmo nome.
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    Vamos supor que você conheceu uma Fernanda e a sua avó se chama Fernanda. Cria uma imagem
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    mental, sei lá, das duas saindo pra tomar sorvete.
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    Ou as duas lutando com um sabre de luz.
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    Quanto mais bizarra for a associação, mais fácil vai ser de se lembrar.
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    Agora, caso você não conheça ninguém com aquele nome, a dica é associar imagens inusitadas ao som daquele nome.
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    Por exemplo, eu te digo que eu me chamo Pedro Loz.
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    Mas você não conhece nenhum Pedro.
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    Então você pode passar a olhar pra mim e pensar sempre numa pedra.
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    Com uma lâmpada enroscada em cima.
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    Pronto.
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    Pedro...
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    Luz.
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    Por favor, não pense em isso toda vez que vocês me deram a partir de agora.
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    Mas e se você quiser decorar, por exemplo, uma sequência gigantesca de itens, ou quem sabe até números?
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    Como, por exemplo, aqueles milhares de dígitos que eu mostrei no começo do vídeo.
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    Para levar a memória para esse nível, você precisa recorrer a algumas técnicas bem mais avançadas.
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    Elas inclusive foram usadas pelo brasileiro Mike Anthony, que entrou pro livro dos recordes, o Guinness Book, como a primeira
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    pessoa a decorar mais de 10 mil dígitos do número de Euler.
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    E quais são essas estratégias utilizadas por ele e por outros decoradores?
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    Uma das principais técnicas usadas para lembrar de listas de tarefas ou de objetos se chama
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    Link System.
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    Ela consiste em não pensar em todos os itens de uma vez só.
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    Você só precisa se lembrar do primeiro.
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    E aí a partir dele você cria uma associação com o segundo item.
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    Então o segundo item te faz lembrar do terceiro,
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    e ele te faz lembrar do quarto,
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    que te lembra do quinto, e assim por diante.
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    Mas atenção! Assim como no caso dos nomes próprios
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    que eu trouxe agora há pouco,
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    o grande truque para que isso funcione é fazer uma associação visual.
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    Nesse caso é necessário
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    conectar o que você precisa lembrar
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    a um lugar que você conheça bem
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    e que já esteja enraizado na sua memória.
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    Esse lugar vai ser o chamado
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    Palácio da Memória.
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    Pode ser a sua casa, a sua escola, ou, sei lá, o seu trabalho.
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    A ideia se baseia em imaginar que você está andando por esse lugar e visualizando os objetos
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    que você quer lembrar em pontos específicos desse ambiente.
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    E a dica de ouro, como eu também falei agora há pouco, é imaginar tudo de maneira bem
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    bizarra e inusitada, para que se torne inesquecível.
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    Deixa eu dar um exemplo. Vamos supor que você precisa decorar uma lista de compras que tem
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    carne, leite, ovos, macarrão, refrigerante e guardanapos.
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    Primeiramente você tem que escolher qual que vai ser o seu palácio da memória.
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    Então vamos imaginar que seja sua casa.
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    Você pode começar o passeio pela sala, e aí pra lembrar da carne, pode imaginar que
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    tem um boi sentado no sofá.
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    E ele está sentado junto com uma vaga, e ela vai te fazer lembrar do leite.
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    Você então vai pro corredor, que está cheio de ovos quebrados e espalhados pelo chão.
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    E quando você tenta entrar no seu quarto, a maçaneta está mole, como se ela fosse
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    macarrão.
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    E aí quando você abre a porta, seu quarto está todo alagado com refrigerante.
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    E o único jeito que você tem pra secar é pegando no seu bolso um pedaço de guardanapo.
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    Pronto!
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    Quando você pensa nesse roteiro surreal, você listou todos os elementos na sua lista
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    de compras.
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    Outra opção era você ter anotado a lista no celular, mas tudo bem.
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    O fato é que a técnica do Link System pode ser expandida pra pensar em centenas de itens,
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    usando o seu bairro inteiro como palácio de memória.
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    Mas essa estratégia não serve pra decorar sequências de números.
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    E aí o jeito é recorrer a uma outra técnica, o Major System.
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    Nesse caso você vai associar cada número a um som,
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    seguindo uma tabela padronizada mundialmente.
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    É essa tabela daqui.
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    Cada dígito se refere ao som de uma consoante.
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    O zero, por exemplo, equivale ao som de SSSSSS.
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    O um ao som de TÃ, ou DÃ.
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    O dois ao som de NÃ.
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    O três ao som de MÃ.
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    E por aí vai.
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    Seguindo essa tabela, a palavra bola, por exemplo, pode ser convertida para 9,5.
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    A palavra moeda é 3,1.
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    A palavra sabonete é 0,921. E assim por diante.
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    E aí, para decorar números gigantes, é só você fazer o procedimento contrário.
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    Vamos pegar as primeiras casas decimais do pi, por exemplo.
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    1,41592.
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    Você pode dividir em blocos de dois, três ou quatro números, como você achar melhor.
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    Nesse caso, 141 pode virar TRD. E aí você pode pensar na palavra tourada. Já o 592 seria equivalente a LPN.
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    E aí você pode lembrar da Lapônia, a terra do Papai Noel.
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    Em seguida você aplica essas palavras a um sistema de lincagem visual.
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    Por exemplo, você pode se imaginar em uma tourada em que o toureiro é o Papai Noel.
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    E aí basta continuar com esse procedimento por quantos números você quiser,
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    criando uma imagem mental bem esquisita que te ajude a decorar um número gigantesco.
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    Pode parecer trabalhoso, e realmente é.
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    Pra você chegar a memorizar milhares de números pode demorar até meses.
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    Mas o fato é que essa é a única maneira que já permitiu que alguém decorasse, por
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    exemplo, os 10 mil primeiros dígitos do número de Euler.
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    Você talvez esteja pensando que isso tudo é meio inútil.
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    Mas são formas de você treinar o seu cérebro.
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    Ainda que elas não busquem um resultado prático, o importante é estimular a memória.
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    É a mesma ideia de você correr numa esteira.
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    Ela obviamente não vai te levar pra nenhum lugar, mas ela vai servir pra melhorar o seu preparo físico.
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    O que eu quero dizer é que cuidar da nossa mente é tão importante quanto cuidar do nosso corpo.
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    E usando algumas das técnicas que eu trouxe nesse vídeo,
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    eu tenho certeza que o seu cérebro vai se desenvolver ainda mais e de maneira memorável.
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  • 00:17:36
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    Muito obrigado e até a próxima!
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