00:00:03
e quando alguém quer estudar teoria
00:00:06
linguística o primeiro problema é qual o
00:00:10
terrorista da ao Contrário de outras
00:00:13
áreas do conhecimento não há na
00:00:16
linguística é uma resposta tão simples
00:00:18
para essa pergunta porque dentro da
00:00:21
nossa área ele não existe apenas uma
00:00:23
teoria mais uma multidão de teorias
00:00:27
linguísticas distintas algumas delas e a
00:00:31
gente quiser sempre ficar poderiam ser a
00:00:34
teoria gerativa a sócio linguística o
00:00:36
funcionalismo a linguística cognitiva a
00:00:40
linguística textual semântica formal
00:00:42
semântica argumentativa e etc para citar
00:00:46
apenas algumas
00:00:47
em diante disso surge a pergunta por que
00:00:51
há tantas teorias diferentes dentro dos
00:00:55
estudos linguísticos ou dito de outra
00:00:57
forma Quais são as razões para a
00:01:01
diversidade teórica dentro dos estudos
00:01:03
linguísticos
00:01:04
e nesse vídeo nós vamos apresentar
00:01:08
respostas para essa questão Com base no
00:01:11
autor José Borges Neto Mais
00:01:14
especificamente com base em três textos
00:01:17
desse eu tô primeiro texto é diálogo
00:01:20
sobre as razões da diversidade teórica
00:01:22
na linguística o segundo é do que trata
00:01:26
a linguística final e o terceiro é
00:01:29
história e filosofia da linguística uma
00:01:31
entrevista com José Borges Neto os dois
00:01:34
primeiros textos estão no livro ensaios
00:01:38
de filosofia da linguística do próprio
00:01:40
Borges Neto e o terceiro texto está
00:01:44
publicado na revista virtual de estudos
00:01:47
da linguagem IEL
00:01:48
é basicamente Borges Neto apresenta três
00:01:53
razões para essa diversidade A primeira
00:01:56
é a própria complexidade do fenômeno
00:01:59
é a segunda diz respeito à diferença de
00:02:03
recorte e a terceira a diferenças
00:02:06
conceituais sendo que esses dois últimos
00:02:09
pontos estão relacionados ao conceito de
00:02:12
objeto observacional e ao conceito de
00:02:15
objeto teórico nós vamos falar de cada
00:02:18
uma dessas três ações nesse vídeo Então
00:02:22
a primeira razão da diversidade de
00:02:25
teorias dentro da linguística diz
00:02:27
respeito à própria complexidade do
00:02:30
fenômeno da linguagem e essa
00:02:33
complexidade não diz respeito apenas a
00:02:35
existência de alguns temas que são
00:02:37
difíceis de entender o que está falando
00:02:40
é sobre a multidão de aspectos
00:02:43
diferentes que a linguagem envolvem
00:02:46
e a linguagem tem relações com várias
00:02:49
áreas da realidade por exemplo toda
00:02:52
língua existe em uma sociedade não
00:02:55
existe linguagem individual não existe
00:02:57
língua individual E por estarem na
00:03:01
sociedade ela acaba sendo influenciada
00:03:04
por características dessa sociedade e
00:03:06
acaba influenciando também Essa
00:03:08
sociedade de alguma maneira então um
00:03:11
tipo de estudo possível seria a estudar
00:03:13
as relações entre linguagem e sociedade
00:03:16
mas também a outros aspectos como por
00:03:19
exemplo a uma ligação entre a língua e
00:03:21
biologia
00:03:23
O que é Biologia humana e Esse aspecto e
00:03:27
essa relação com a Biologia pode ser
00:03:28
naturezas pode ser de natureza muito
00:03:31
diferente por exemplo há uma relação
00:03:34
entre a língua EA fisiologia corporal
00:03:37
porque para falar nós precisamos
00:03:40
produzir ções e exceções são a
00:03:42
produzidos a partir daquilo que se chama
00:03:44
de aparelho fonador que envolvem nosso
00:03:46
pulmão envolvendo essa boca envolver a
00:03:49
nossa traqueia envolve as cordas vocais
00:03:51
então a descrição desse aspecto da
00:03:55
linguagem humana tem um pé na fisiologia
00:03:57
e na nossa anatomia existe também um
00:04:00
aspecto neurológico nos a linguagem a
00:04:03
usar a linguagem a gente tá usando parte
00:04:08
do nosso cérebro partes do nosso cérebro
00:04:11
que têm mais ligação com a linguagem do
00:04:14
que outras partes nosso cérebro então a
00:04:17
descrição de isso aí é bem diferente de
00:04:20
dar descrição das relações sociais LG
00:04:23
a imagem é bem diferente da descrição
00:04:25
das relações fisiológicas que envolvem a
00:04:28
produção dos sonhos só aí nós temos três
00:04:32
aspectos muito diferentes entre si com
00:04:35
as com os quais a linguagem em relação a
00:04:39
isso para gente não falar de todas as
00:04:42
relações históricas das relações
00:04:44
políticas das relações ideológicas e de
00:04:48
várias outras coisas com as quais a
00:04:49
linguagem entre em contato e mantém
00:04:52
relações então reconhecendo essa
00:04:56
complexidade a pergunta que se coloca é
00:04:59
o que que o pesquisador de vir estudar
00:05:01
qual desses aspectos é o mais central ou
00:05:05
é o mais fundamental para compreender a
00:05:08
linguagem humana
00:05:09
em qual desses pectus é o aspecto mais
00:05:12
intensificamente linguístico ou seja
00:05:15
qual é que deve ser o ponto de vista do
00:05:19
estudo porque o pescador não vai
00:05:22
conseguir estudar todos esses aspectos
00:05:25
ao mesmo tempo mesmo que alguém diga não
00:05:27
para compreender a linguagem nós vamos
00:05:29
precisar compreender todos esses
00:05:31
aspectos essa tarefa é muito difícil de
00:05:35
ser feita de uma única vez daí surge o
00:05:39
segundo motivo
00:05:41
o segundo motivo apresentado por Borges
00:05:44
Neto decorre do primeiro que é
00:05:46
justamente a necessidade de fazer algum
00:05:49
tipo de recorte algum tipo de seleção
00:05:53
dentre esses vários aspectos do fenômeno
00:05:56
para o que que vai ser de fato estudado
00:05:59
né vai ser um recorte do objeto de
00:06:02
estudo na prática cada pesquisador cada
00:06:06
teoria vai fazer uma espécie de recorte
00:06:09
de seções diferentes da realidade da
00:06:12
realidade linguística para examinar cada
00:06:15
teoria vai considerar que determinados
00:06:18
aspectos da linguagem são mais centrais
00:06:21
para compreender o fenômeno do que
00:06:24
outros alguns exemplos que nós podemos
00:06:27
apresentar são as seguintes a teoria
00:06:29
gerativa toma prioritariamente como
00:06:33
objeto de estudo fenômenos sintáticos
00:06:35
ela até Olha também para um outro
00:06:38
fenômeno não simpática mas a considera
00:06:41
que os
00:06:41
Oi Tati você somos mais centrais no
00:06:44
fenômeno da linguagem humana uma outra
00:06:47
teoria como uma teoria da otimalidade
00:06:49
ela está mais preocupada com fenômenos
00:06:52
fonético-fonológicos o quê com fenômenos
00:06:55
da natureza uma outra teoria chamada
00:06:58
morfologia distribuída pelo próprio nome
00:07:01
a gente já percebe que ela tá mais
00:07:03
voltada para descrição de fenômenos
00:07:06
morfológicos do que outros tipos de
00:07:09
fenômenos mesmo com uma teoria tinta
00:07:13
Abarca várias coisas simultaneamente
00:07:17
como por exemplo estruturalismo que lida
00:07:20
tanto com fenômenos fonológicos contra
00:07:23
morfológicos quantas sintáticos ainda
00:07:26
assim ela não dá conta de vários outros
00:07:30
fenômenos que também existem e ela deixa
00:07:33
de fora e até nessa seleção ela faz
00:07:37
algum tipo de hierarquia
00:07:39
se você não me fonológicos para
00:07:41
estruturalismo foram na prática muito
00:07:43
mais importantes no desenvolvimento da
00:07:46
teoria no que fenômenos sintáticos por
00:07:48
exemplo
00:07:49
e ainda falando sobre tipos de recortes
00:07:53
diferentes nós podemos perceber que
00:07:55
muitas vezes duas teorias podem até ter
00:07:59
algum recorde semelhante mas apenas
00:08:02
parcialmente ser verdade então nós
00:08:05
podemos dizer que tanto o estruturalismo
00:08:07
quanto o gerativismo lido com sintax mas
00:08:11
quando nós vamos olhar na prática
00:08:12
conjunto de fenômenos eles incluem como
00:08:16
fenômenos simpáticos não é exatamente o
00:08:19
mesmo o tio trialismo coloca dentro das
00:08:23
em táxi alguns fenômenos e o gerativismo
00:08:26
Coloca outro nome quando a gente compara
00:08:29
também o estruturalismo EA linguística
00:08:32
cognitiva ambos lidam com semântica mas
00:08:36
eles também colocam coisas diferentes
00:08:41
nessa semântica a coisas distintas que
00:08:43
eles consideram como fenômenos
00:08:45
semânticos ou não consideram como
00:08:47
fenômenos semânticos então
00:08:49
e quando o recorte é aparentemente igual
00:08:53
ele acaba não sendo tão igual assim
00:08:55
então isso também contribui para a
00:08:58
diferenciação entre as teorias
00:09:00
linguísticas a gente pode ver isso muito
00:09:03
bem nessa ilustração que está na tela e
00:09:05
corresponde uma maneira simples de
00:09:07
pensar em que cada teoria teria o seu
00:09:10
recorte e esse recorte é exclusivo dela
00:09:13
é o fenômenos com os quais ela vai lidar
00:09:16
não entrariam em a sobreposição com
00:09:21
sinônimos de nenhuma outra teoria isso
00:09:24
na prática nunca acontece é muito
00:09:27
difícil que teorias linguísticas
00:09:29
diferentes se realmente lidem com
00:09:33
fenômenos e nunca tem algum tipo de
00:09:36
ligação entre ser
00:09:38
e essa segunda ilustração que está até
00:09:41
colorida é mais realista ela mostra
00:09:44
várias sobreposições espaciais entre as
00:09:47
teorias Então até existem teorias que
00:09:49
não tem nenhuma sobreposições esse
00:09:51
Porque elas estão lhe dando o realmente
00:09:53
com objeto diferente mas é muito difícil
00:09:55
a ver não haver sobreposição com alguma
00:09:59
outra teoria e também lida com um
00:10:02
recorte dos Sinos linguísticas
00:10:05
continuando ainda sobre essa segunda
00:10:07
razão da diversidade teórica na
00:10:10
linguística que é a necessidade de se
00:10:13
fazer recortes do seu nome nos dá a
00:10:16
serem estudados esse tipo de recorte
00:10:19
está relacionado ao que Borges Neto
00:10:22
chama de objeto observacional
00:10:25
basicamente o que ele disse o seguinte
00:10:27
quando a gente fala de qual é o objeto
00:10:31
de estudo de uma ciência Qual é o objeto
00:10:34
de estudo de uma teoria há dois tipos de
00:10:37
respostas
00:10:38
e para essa pergunta há dois tipos de
00:10:41
objetos diferentes de estudo O primeiro
00:10:45
é o que ele chama de objeto
00:10:47
observacional que é essa seleção dos
00:10:51
fenômenos essa seleção bruta dos
00:10:53
fenômenos é a área da realidade
00:10:57
selecionada para ser estudada e isso
00:11:00
aqui não se aplicaria apenas a
00:11:01
linguística se aplicaria qualquer
00:11:02
ciência na visão dele então a física tem
00:11:06
uma determinada um determinado objeto
00:11:08
observacional que não conheci de com o
00:11:12
objeto observacional da sociologia que
00:11:15
não conheci de com o objeto
00:11:17
observacional da nutrologia que não
00:11:21
conhecido com o objeto observacional da
00:11:23
linguística da mesma forma dentro de
00:11:26
cada uma dessas ciências dentro da
00:11:29
física vai ter vai existir teorias
00:11:33
voltadas para descrever fenômenos dormir
00:11:38
e a outra teoria voltada para descrever
00:11:41
fenômenos gravitacionais então a área da
00:11:44
realidade que essa subteorias dentro da
00:11:48
Física recortam não é a mesma
00:11:52
e a terceira razão para a diversidade
00:11:56
teórica dentro da linguística na visão
00:11:59
de Borges Neto tem a ver com as
00:12:01
diferenças conceituais ou seja depois
00:12:05
que a teoria depois que o pesquisador
00:12:07
faz o recorte dos fenômenos a serem
00:12:10
analisados ele precisa começar a
00:12:13
descrever EA explicar esses fenômenos e
00:12:17
para fazer essa descrição e explicação
00:12:19
dos fenômenos é necessário criar
00:12:22
determinados conceitos teóricos né
00:12:24
conceitos descritivos e conceitos
00:12:26
teóricos que tentam da conta dos
00:12:29
fenômenos esse é outro aspecto que vai
00:12:32
diferenciar as teorias porque cada
00:12:34
teoria vai criar o seu conjunto de
00:12:38
conceitos diferença que é o seu
00:12:40
instrumental teórico diferente para dar
00:12:43
conta do fenômeno então por exemplo a
00:12:48
teoria sim táticas que possuem um
00:12:51
conceito de
00:12:52
é de constituintes
00:12:54
Oi e o conceito de gramática
00:12:56
internalizada
00:12:58
Oi e a outras teorias sintáticas que não
00:13:01
tem esses com seres eles não vai falar
00:13:03
sobre esses conceitos agora é apenas
00:13:04
para as se tá diferenças não tem da
00:13:08
mesma maneira se a gente pegar teoria
00:13:11
semântica extintas alguma teorias que
00:13:14
tem um conceito de composicionalidade e
00:13:17
o conceito de valor de verdade e outras
00:13:20
que não tem esse conceito
00:13:23
e essa criação dos conceitos básicos de
00:13:26
uma teoria está relacionado ao que se
00:13:28
chama de objeto teórico vimos abóbora
00:13:33
por o objeto observacional então o
00:13:36
segundo tipo de objeto de estudo de uma
00:13:38
teoria é o objeto teórico e diz respeito
00:13:42
justamente aos conceitos que a teoria
00:13:45
desenvolve para descrever e explicar
00:13:50
aquela hora da verdade então para dar
00:13:52
alguns exemplos nós pegar mas
00:13:55
pesquisadores diferentes como socie
00:13:59
labov chomiski e pegamos os vários
00:14:02
autores funcionalistas todos eles estão
00:14:05
estudando a linguagem humana todos eles
00:14:09
estão preocupados com as línguas humanas
00:14:10
é só que cada um deles de e definir o
00:14:16
aspecto principal do seu estudo de
00:14:19
maneira de tinta então só se coloca como
00:14:22
objeto o seu objeto de estudo aquele que
00:14:24
ele chama de Lang o a língua e língua
00:14:28
para ele tem uma definição bem
00:14:30
específica que é diferente do uso
00:14:33
corrente do termo língua gente a gente
00:14:35
não vai explicar novamente esse conceito
00:14:38
o que que é bem conhecido mas em algum
00:14:39
outro vídeo A gente pode retomar esse
00:14:41
conceito Cala a bolsa aqui é considerado
00:14:44
o pai das suas linguística desenvolve o
00:14:46
conceito de vernáculo objeto de estudo
00:14:50
dele a língua entendida como o vernáculo
00:14:53
já temos que criador do gerativismo
00:15:00
considera-se objeto de estudo a
00:15:02
competência linguística e alguns autores
00:15:05
funcionalistas consideram que o seu
00:15:07
objeto de estudo e a competência
00:15:08
comunicacional cada
00:15:10
os conceitos tem diferenças entre si
00:15:14
eles não eles não estão focando no mesmo
00:15:18
tipo de aspecto tão sobre os fenômenos
00:15:21
linguísticos e outro
00:15:25
a outra razão dessa diversidade de entre
00:15:30
as teorias podemos finalizar esse vídeo
00:15:34
recapitulando as razões para a
00:15:36
diversidade de teorias dentro da
00:15:38
linguística tem a ver com primeiro a
00:15:41
própria complexidade do fenômeno da
00:15:43
linguagem que cria a necessidade de se
00:15:47
fazer algum tipo de seleção do seu
00:15:49
objeto de estudo ao selecionar o seu
00:15:52
objeto de estudo esse objeto pode ser de
00:15:54
dois tipos primeiro é o objeto
00:15:57
observacional que é o recorte bruto do
00:16:02
conjunto de fenômenos que vão ser
00:16:04
estudadas é a área da realidade que vai
00:16:07
ser selecionada para o estudo
00:16:10
ah e também existe objeto teórico que é
00:16:12
o conjunto dos conceitos criados pelos
00:16:16
pesquisador e pela teoria para descrever
00:16:19
essa realidade para descrever esse
00:16:21
objeto observacional em tese é até
00:16:25
possível que duas teorias tenham o mesmo
00:16:28
objeto observacional para selecionar
00:16:31
exatamente o mesmo tipo de fenômeno para
00:16:33
estudar mas elas não têm o mesmo objeto
00:16:37
teórico porque elas tenham visões
00:16:40
diferentes sobre como é que esse objeto
00:16:42
observacional funciona logo elas criam
00:16:45
conceitos teóricos diferentes para lidar
00:16:47
com isso aí com quem não por hoje é só
00:16:51
a gente continua no próximo vídeo