"Rede Globo era emissora da ditadura militar" | Jornal TVT News Primeira Edição

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https://www.youtube.com/watch?v=Ora8UvRT_fQ

概要

TLDRA TV Globo, a maior emissora do Brasil, completou 60 anos, mas sua trajetória é marcada por polêmicas, especialmente seu apoio ao regime militar. O jornalista Altamiro Borges discute a dualidade da emissora, que, apesar de produzir conteúdo de qualidade, também omitiu crimes e manipulou informações ao longo de sua história. A conversa destaca a importância de relembrar os aspectos negativos da Globo, como sua relação com a ditadura e a criminalização de movimentos sociais. A emissora continua a influenciar a política brasileira, especialmente em relação ao governo Lula, e enfrenta críticas por sua cobertura tendenciosa, que busca desgastar a imagem do governo atual.

収穫

  • 📺 A TV Globo é a maior emissora do Brasil e completou 60 anos.
  • 🕵️‍♂️ A emissora tem um histórico controverso, incluindo apoio ao regime militar.
  • 📉 A Globo é criticada por omitir crimes e manipular informações.
  • 🗳️ A emissora influenciou a política brasileira, apoiando candidatos e manipulando narrativas.
  • 📽️ O filme 'Ainda Estou Aqui' é uma crítica à ditadura, mas a Globo não menciona seu apoio ao regime.
  • ⚖️ A Globo é acusada de criminalizar movimentos sociais e a esquerda.
  • 📊 A emissora critica o governo Lula, especialmente sua política econômica.
  • 📰 A cobertura da Globo durante a Lava-Jato foi tendenciosa e prejudicial ao PT.
  • 🤝 Altamiro Borges discute a dualidade da Globo em sua produção de conteúdo.
  • 🔍 A história da Globo é marcada por omissões e manipulações que moldaram a percepção pública.

タイムライン

  • 00:00:00 - 00:05:00

    A TV Globo, a maior emissora do Brasil, celebrou 60 anos de história, marcada por produções nacionais e um complexo de comunicação significativo na América Latina. No entanto, sua trajetória inclui apoio ao regime militar, um aspecto que a emissora tenta omitir em suas comemorações. O jornalista Altamiro Borges discute essa dualidade, ressaltando que, enquanto a Globo se apresenta como um ícone da comunicação, esconde crimes e manipulações de sua história, como a promoção de figuras políticas controversas.

  • 00:05:00 - 00:10:00

    O aniversário da Globo é amplamente celebrado, mas Borges critica a forma como a emissora omite seu papel no apoio à ditadura militar e na manipulação da opinião pública. Ele menciona que a Globo ajudou a projetar figuras como Collor de Mello, enquanto agora ignora seu passado. A emissora é acusada de manipular a narrativa histórica, omitindo crimes e apoiando regimes autoritários, o que levanta questões sobre sua credibilidade e responsabilidade social.

  • 00:10:00 - 00:15:00

    Borges destaca que a Globo não apenas apoiou a ditadura, mas também criminalizou movimentos sociais e figuras políticas de esquerda, como o PT. Ele critica a cobertura da emissora durante eventos significativos, como as Diretas Já, e sua postura em relação a escândalos políticos, como o Mensalão e a Lava Jato, que foram usados para deslegitimar a esquerda no Brasil. A narrativa da Globo é vista como uma tentativa de limpar sua imagem, enquanto ignora seu papel na história política do país.

  • 00:15:00 - 00:20:00

    Edu e Laura, participantes da conversa, concordam com a crítica à Globo, destacando que a emissora sempre teve uma agenda política que favoreceu a direita. Eles mencionam que a Globo utilizou sua influência para moldar a percepção pública, especialmente em relação a figuras políticas e movimentos sociais. A discussão também aborda a importância da dramaturgia da Globo, que, apesar de ter contribuído para a cultura brasileira, não pode ser dissociada de sua agenda política.

  • 00:20:00 - 00:29:00

    O debate conclui que a Globo, apesar de sua relevância na mídia, continua a ser uma força polarizadora no Brasil. A emissora é vista como responsável por criar condições que permitiram o surgimento de figuras políticas extremistas, como Bolsonaro. A crítica se estende à sua atual estratégia de desgastar o governo Lula, enquanto tenta se distanciar de seu passado problemático. A conversa termina com um apelo à reflexão sobre o papel da Globo na sociedade e a necessidade de uma crítica mais profunda sobre sua influência na política brasileira.

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ビデオQ&A

  • Qual é a importância da TV Globo no Brasil?

    A TV Globo é a maior emissora do Brasil e uma das maiores do mundo, com um papel significativo na produção de conteúdo nacional.

  • Quais controvérsias estão associadas à história da TV Globo?

    A emissora é criticada por seu apoio ao regime militar e por omitir crimes cometidos durante esse período.

  • Como a TV Globo influenciou a política brasileira?

    A Globo tem uma longa história de manipulação de informações e apoio a candidatos, influenciando eleições e a percepção pública.

  • O que foi o apoio da Globo ao regime militar?

    A Globo apoiou a ditadura militar brasileira, omitindo crimes e demonizando opositores.

  • Como a Globo lida com sua imagem atualmente?

    A emissora tenta redimir sua imagem através de especiais e homenagens, mas enfrenta críticas por sua cobertura tendenciosa.

  • Quem é Altamiro Borges?

    Altamiro Borges é um jornalista e presidente do Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Tararé.

  • Quais são os principais crimes mencionados na discussão sobre a Globo?

    Os crimes incluem apoio à ditadura, manipulação de informações e criminalização de movimentos sociais.

  • Como a Globo se posiciona em relação ao governo Lula?

    A Globo critica a política econômica do governo Lula e busca desgastar sua imagem.

  • Qual é a relação da Globo com a Lava-Jato?

    A Globo foi acusada de criminalizar o PT e a esquerda durante a cobertura da Lava-Jato.

  • O que é o filme 'Ainda Estou Aqui'?

    É um filme que aborda o desaparecimento e assassinato de opositores durante a ditadura, mas a Globo é criticada por não mencionar seu apoio ao regime.

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    A TV Globo, a maior emissora do Brasil,
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    dona do maior complexo de produção de
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    conteúdo da América Latina, fez
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    aniversário de 60 anos essa semana. É o
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    marco de uma empresa brasileira que
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    produz conteúdo nacional pro mundo. Mas
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    nesses 60 anos há histórias que ficaram
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    apagadas, como o apoio da emissora ao
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    regime militar, já admitido inclusive
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    como um erro num editorial. Vamos
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    conversar sobre tudo isso, sobre essa
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    história da TV Globo com o jornalista
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    Altamiro Borges, presidente do Centro de
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    Estudos da Mídia Alternativa Barão de
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    Tararé, sempre aqui na nossa editoria de
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    Mic Comunicação. Boa tarde, Jaamiro,
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    como vai? Tudo bem por aí?
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    Tudo bem, Talita? Tranquilinha, mocinha?
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    Tudo tranquilo por aqui. Hoje eu tô com
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    a Laura e o Edu para fazerem parte da
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    nossa conversa também. Vamos rodar um
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    pouquinho porque quero ouvi-los todos
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    sobre 60 anos da TV Globo. E aí,
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    pessoal, o que que dá para ressaltar?
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    Que que a gente precisa relembrar
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    enquanto crítica? Lembrando que há
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    sempre houveram interesses eh comerciais
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    e políticos da emissora e que ficam às
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    vezes explícitos, às vezes implícitos,
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    enfim. Como que você enxerga esses 60
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    anos, Miro?
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    Vamos lá. Primeiro, prazerzão estar com
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    Edua, com as pessoas brilhantes,
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    queridas. Prazerão. Eh, dá um pitaco
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    aqui. Aí, Edu e
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    Laura tem tem maiores conhecimentos
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    complementam e problematizam. É, eu acho
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    isso. A Globo tá fazendo, já era de se
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    esperar, o maior Scarcel com os 60 anos,
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    né? Então é, todo dia, toda hora, todo
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    minuto tem uma um agito sobre o
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    aniversário, tá utilizando todo o seu
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    elenco, pessoal da teledramaturgia, os
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    artistas, tal, né,
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    osistas, utilizando todo seu time de
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    jornalistas para fazer um a sobre a os
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    60 anos. São 60 anos que, evidente,
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    construíram a maior empresa de
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    comunicação do Brasil e uma das 10
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    maiores do mundo, né? Entre as 10
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    maiores do mundo, né? Eh, que tem vários
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    aspectos. Professor Denis Moraes no
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    livro que trata do assunto, ele levanta,
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    tem a teledramaturgia da Globo,
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    realmente é um é um é um destaque, né?
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    Muita coisa boa produzido por muita
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    coisa, por muita gente boa. O do Valdo
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    Viana Fil, Dias Gomes, um time de
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    primeira, né? Tem muita coisa que foi
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    construída nesse período. O que chama
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    atenção é isso que você destacou,
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    Talita. fala dos 60 anos, é tudo glória,
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    é tudo ótimo. Agora esconde os crimes
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    cometidos. Esconde os crimes cometidos,
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    né, professor Denis Moraes? É um dos que
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    diz, né, manipular é omitir e realçar.
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    Omite os crimes cometidos, né? Não fala
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    nada. Talvez daqui a mais 60 anos ela vá
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    fazer alguma autocrítica, né? Mas não
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    fala nada, né? E aí é um jogo de
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    cimismo, né? Você vê. E é um sinismo em
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    toda, eu tenho acompanhado um pouco esse
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    noticiário sobre a prisão do Color de
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    Melo. A Globo tá fazendo a maior onda
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    sobre essa prisão do color de Melo, né?
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    Eh, até porque tá em briga com a TV
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    Gazeta, que é afiliada da Globo em
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    Alagoas, tá uma briga na justiça, né? E
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    então a Globo rompeu com o Colleg e
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    agora faz o maior escarcel com a prisão
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    do dele, né? E só esquece de dizer que
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    quem alavancou o Color de Melo foi ela.
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    Quem transformou o ex-governador de
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    Alagoas num herói nacional, num caçador
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    de Maraj. Foi ela em dobradinha com a
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    revista Veja. Veja deu macacapa pro
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    caçador de Marajaz. E a Globo, ela tinha
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    testado outros candidatos, a FIF, Mário
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    Covas, não conseguiam vingar. Lula na
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    frente nas eleições. A Globo embarcou na
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    candidatura do seu queridinho de
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    Alagoas, era o empresário da TV Gazeta,
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    da afiliada da Globo em Alagoas, né? E e
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    fez toda a campanha do Color de Melo.
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    Agora do Col, esquece de dizer isso.
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    Quem projetou o Color de Melo, eu vi
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    outro dia uma jornalista da Globo,
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    Natusa, dizendo assim: "Ele é uma
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    criação desse mundo da política". Ô
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    Natusa, ele é uma criação da Globo. Ele
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    é uma criação da Globo. A Globo criou o
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    Colo de Melo. Não foi do mundo da
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    política, não foi umide assim. Quem quem
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    projetou color de Melo foi a Globo. Foi
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    a Globo que manipulou o debate do Color
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    de Melo com o Lola. Foi a Globo que
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    destacou as partes boas do color e
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    espinafrou o Lula. Foi a Globo que
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    manipulou. Ela hoje esquece. esquece no
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    aniversário de falar desse crime, falar:
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    "Ó, nós é que projetamos esse corrupto
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    que agora tá preso chamado color de
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    Melo." Você vê também todo escarcel que
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    faz justíssimo com o filme Ainda estou
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    aqui, não é isso? Sobre o
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    desaparecimento assassinato na ditadura,
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    né? E e Paiva, né? Do Rubens Paiva, do
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    ex-deputado, né? Saga da família da UNIC
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    Paiva faz todo o escarcel, o Oscar, tá
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    tudo corretíssimo. Só esquece de dizer
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    que a Globo apoiou o golpe de
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    64. Apoiou enquanto empresa, enquanto
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    jornal Globo, né, com toda a sua rede e
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    apoiou enquanto televisão a ditadura.
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    Apoiou a ditadura nos anos mais pesados
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    da ditadura de prisões, de fechamento de
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    congresso, de fechamento de sindicatos.
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    de torturas, você tinha denúncia de
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    mortes, de desaparecidos. A Globo
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    chamava quem lutava contra a ditadura
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    militar de terrorista.
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    A Globo retirou de todo seu plantel de
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    jornalistas, comentaristas, quem fazia
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    qualquer crítica à
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    ditadura foi a Globo. Então a Globo
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    agora faz todo o corretíssimo em torno
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    do filme Ainda estou aqui, né, no Oscar,
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    tal, né, mas deixa de dizer que foi ela
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    que patrocinou a ditadura, que a
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    ditadura foi fundamental. Foi só lembrar
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    o o garracho azul médice, o general, um
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    dos mais violentos sanguinários da
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    ditadura, dizendo: "Eu acordo feliz, né?
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    Eu durmo feliz porque o mundo tá pegando
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    fogo e o Brasil tá ótimo." Segundo a
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    Globo, foi ele que disse isso. Era a
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    Globo que fazia isso. A Globo era que
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    tava pra frente Brasil, né? Era era
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    Globo. A Globo era era a emissora da
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    ditadura, era emissora das torturas, das
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    mortes dos Rubens Paiva. Era Globo. Ela
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    não fala isso também. Então é uma coisa,
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    vai lá pega os aspectos positivos da
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    Globo, dessa empresa, que é um império,
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    né? Mas deixa de falar dos crimes. Quem
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    fez um
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    belíssimo, belíssimo
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    levantamento, Alita, Laura, Du, eu achei
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    foi o Fernando Moraes. Fernando Moraes
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    fez o seguinte: 60
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    anos de aniversário, 60 mentiras da
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    Globo. e pegou e foi listando 60
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    mentiras da Globo desde o nascimento da
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    TV, que já foi uma mentira, que foi um
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    acordo ilegal contra uma empresa
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    estrangeira, Timele. Um acordo ilegal
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    feito na na na fundação da empresa. Era
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    proibido por lei uma empresa estrangeira
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    ter participação de mais de 30% numa
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    empresa de comunicação brasileira. Esse
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    acordo foi feito, a ditadura deixou
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    quieto porque a Globo interessava a
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    ditadura. Desde o apoio, desde desse
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    acordo com a Timel, até todo toda o
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    apoio que a ditadura deu no esquema de
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    satélites para transformar a Globo na
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    grande rede de televisão no Brasil, né?
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    Então, a fortuna da Globo não foi
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    construída só pela pelo brilhantismo de
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    Roberto Marinho, foi construído com
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    apoio da ditadura que interessava. Então
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    o Fernando Moraes, ele vai pegando todo
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    o período da ditadura, o que a Globo fez
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    depois do período da transição, como a
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    Globo, Laura, Edu, né? A Globo escondeu
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    o comício das diretas já, escondeu a
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    luta contra a
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    ditadura. Comício das diretas já, o
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    primeiro com diretas já virou uma
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    atividade de aniversário de São
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    Paulo, não é isso? A Globo patrocinou a
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    candidatura do Color. Depois a Globo
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    entrou com tudo na candidatura de
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    Fernando Henrique Cardoso, com as suas
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    privatizações, com a reeleição, né, com
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    a privataria, como foi chamado na época
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    pelo jornalismo independente, né? Essa
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    foi a Globo. E a Globo agora mesmo
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    continua, continua com a sua postal e tá
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    e ativa, né? A Globo não mudou. A Globo
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    tem linha, ela discorda do governo Lula
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    na política econômica. E olha que o
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    governo tem cedido bastante na política
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    econômica, mas mesmo assim ela discorda,
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    ela quer mais
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    austeridade, ela quer mais austeridade,
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    ela quer contenção do crescimento do
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    país. Esse índice de desemprego paraa
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    Globo é um desespero. 7% só de
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    desempregado, isso força, né? Quando
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    você diminui o exército industrial de
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    reserva, melhora a renda do trabalhador,
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    força o patronato para isso. A Globo
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    detesta isso, né? A Globo é pela mais
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    austeridade, é por mais juros
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    pornográficos, né? A Globo é por mais
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    privatizações, entreguismo. Essa é a
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    Globo continua. Então ela tem uma
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    postura contra o governo Lula por causa
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    da da política econômica, por causa da
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    política externa, por causa da relação
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    do governo Lula com os movimentos
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    sociais.
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    A Globo continua cometendo seus crimes.
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    É esse império global que completa agora
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    60 anos, um pitaquinho inicial. O Miro
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    diz humildemente que vai dar um
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    pitaquinho e traz um histórico completo
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    aí do que desses 60 anos da história de
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    história da TV Globo. Sensacional. Quero
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    ouvi-los também, Edu, Laura.
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    Não, eu assisti o especial sim, de 60
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    anos.
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    Eh, da Globo, não vê a Fafá de Belém
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    cantando amigo é coisa para se
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    guardar. Eh, com uma imagem do Roberto
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    Marinho ali na frente.
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    Mano, calma, né, gente? A gente tá essa
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    imagem na tela, inclusive, né? Daqui a
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    pouco vai aparecer. Calma, né? Amigo de
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    quem? Amigo dele mesmo. Amigo da do
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    do império que ele construiu, né? Quer
  • 00:10:41
    dizer, é uma aí, ó, essa cena é uma
  • 00:10:44
    loucura. Amigo, amigo, amigo. Esses
  • 00:10:46
    caras primeiro não sabe o que é amigo.
  • 00:10:48
    Estamos nesse momento entrando. É,
  • 00:10:51
    entrou uma imagem errada aqui pra gente.
  • 00:10:55
    Entrou uma imagem. Ponto. Não. Ah, agora
  • 00:10:58
    o Miro citou vários crimes. Eh, não, eu
  • 00:11:01
    achei que eh a a
  • 00:11:04
    assim como uma avaliação geral, eu acho
  • 00:11:07
    o seguinte, esse esse show foi feito
  • 00:11:10
    para redimir o jornalismo da Globo. Isso
  • 00:11:13
    eu acho que é muito importante porque o
  • 00:11:14
    Miro falou
  • 00:11:18
    na na questão da dramaturgia, a Globo, o
  • 00:11:22
    Roberto Marin ele sabe, ele sabia que o
  • 00:11:26
    a narrativa da direita nunca chegou no
  • 00:11:29
    coração do povo brasileiro. Então ele
  • 00:11:31
    tinha um negócio que ele chamava os meus
  • 00:11:33
    comunistas, nos meus comunistas ninguém
  • 00:11:36
    mexe que era um entre esses comunistas
  • 00:11:39
    era o Dias Gomes, que fazia novelas
  • 00:11:42
    incríveis, que punha o imaginário
  • 00:11:45
    popular dentro das novelas. E ele era de
  • 00:11:46
    fato, ele vinha de uma história
  • 00:11:48
    comunista. Tinha o Mário Lago, que era
  • 00:11:49
    um comunista também, que tava nas
  • 00:11:52
    novelas da Globo e tal, Vianinha, que o
  • 00:11:56
    Vianinha que que era uma coisa de de do
  • 00:12:00
    afeto. Então, no afeto o Roberto Maril
  • 00:12:02
    sempre foi muito mais inteligente do que
  • 00:12:04
    o resto da direita, porque ele pegou e
  • 00:12:08
    colocou para eh eh para falar sobre esse
  • 00:12:11
    mundo do afeto, o mundo do mundo da
  • 00:12:13
    alegria brasileira e tal, ele trouxe
  • 00:12:15
    quê? Ele trouxe gente ligada à esquerda
  • 00:12:18
    para pegar e fazer esse essa essa
  • 00:12:20
    transposição. Agora, no que diz respeito
  • 00:12:23
    ao jornalismo, o jornalismo da Globo
  • 00:12:24
    sempre
  • 00:12:28
    foi o ariet com que a Globo lutou contra
  • 00:12:30
    os movimentos sociais, desde
  • 00:12:34
    criminalizando eh um MST, que foi uma
  • 00:12:36
    vergonha durante todo o tempo, desde
  • 00:12:39
    pegar isso que o Miro falou da luta das
  • 00:12:42
    diretas, já desde o apoio ao color,
  • 00:12:45
    desde o apo, enfim, aquela coisa. Agora
  • 00:12:46
    vamos
  • 00:12:49
    lembrar, esse mesmo jornalismo da Globo
  • 00:12:53
    foi quem pegou e criminalizou de maneira
  • 00:12:57
    dramática todo o PT e a esquerda através
  • 00:12:58
    do escândalo da Lava-Jato, que vamos
  • 00:13:01
    lembrar mensalão no primeiro momento,
  • 00:13:03
    Mençalão, depois Lava-Jato. Mençalão e
  • 00:13:05
    Lava-Jato. Vamos lembrar. Alguém acha
  • 00:13:07
    que é
  • 00:13:10
    isento? Alguém acha que é isento? um
  • 00:13:12
    noticiário que toda vez que falava do
  • 00:13:16
    Lula, falava da da do PT, falava dos
  • 00:13:18
    movimentos sociais, punha dutos de
  • 00:13:25
    esgoto, eh dutos de esgoto jogando eh eh
  • 00:13:28
    fees e e dólares e tal. Isso é
  • 00:13:30
    jornalismo isento. Isso foi um
  • 00:13:33
    jornalismo feito para criminalizar o PT,
  • 00:13:36
    como criminalizar e e que nos custou,
  • 00:13:40
    vamos lembrar, eh, os quatro os os anos
  • 00:13:44
    de governo Bolsonaro, os o golpe contra
  • 00:13:47
    Dilma nos custou muito caro, né? quer
  • 00:13:50
    dizer, muito caro. E eu acho muito legal
  • 00:13:52
    quando eles mostram os no jornalismo,
  • 00:13:55
    mostram os momentos ali, mostram até
  • 00:13:57
    mostrar Ulisses levantando a
  • 00:14:00
    Constituição, mas a grande e incrível
  • 00:14:04
    vitória do Lula, né? Quer dizer, isso
  • 00:14:08
    não apareceu, foi simplesmente limado.
  • 00:14:11
    Isso, o primeiro operário tal, não sei o
  • 00:14:13
    que nãeito presidente da República, não
  • 00:14:16
    apareceu na retrospectiva. Mesma coisa a
  • 00:14:19
    Dilma, mesma coisa. E e a Lava-Jato
  • 00:14:21
    também não se mencionou. Então é isso.
  • 00:14:26
    Foi uma o mestre de cerimônias ser o
  • 00:14:28
    como chama o que apresentador do Jornal
  • 00:14:31
    Nacional? William Bonner com a Renata
  • 00:14:35
    Vasconcelos. lá no começo e tal, foi uma
  • 00:14:38
    operação, vamos limpar um pouquinho com
  • 00:14:41
    o prestígio que a Globo tem nas outras
  • 00:14:43
    áreas, porque ela tem mesmo prestígio
  • 00:14:45
    nas outras áreas, nas outras áreas
  • 00:14:48
    limpar a imagem de uma imprensa
  • 00:14:51
    golpista, que ela sempre foi, uma
  • 00:14:53
    imprensa golpista, uma imprensa a
  • 00:14:55
    serviço dos poderosos, uma imprensa. E
  • 00:14:59
    quem tava lá eh apresentando isso, o
  • 00:15:01
    William Boner foi protagonista. Quer
  • 00:15:03
    dizer, a gente lembra da alegria do
  • 00:15:06
    William Boner pegando e falando do
  • 00:15:08
    último vazamento da Lava-Jato, as
  • 00:15:10
    invencionistes do Sérgio Moro,
  • 00:15:12
    repercutidas no Jornal Nacional, como se
  • 00:15:16
    fosse a verdade que Deus pôs na na nas
  • 00:15:19
    tábuas da lei. Então eu acho que foi
  • 00:15:23
    essa operação toda foi uma operação para
  • 00:15:27
    tentar tirar da Globo aquela pecha que
  • 00:15:29
    nós tanto gritamos na época do golpe
  • 00:15:32
    contra a presidenta Dilma. O povo não é
  • 00:15:36
    bobo, abaixa a Rede Globo. Foi o tema do
  • 00:15:40
    Brizola depois de ser praticamente a
  • 00:15:42
    Globo tentou roubar a eleição do
  • 00:15:44
    Brizola, como o Miro lembrou, entendeu?
  • 00:15:46
    E o Brizola que inventou essa história.
  • 00:15:48
    O povo não é bobo abaixa a Rede Globo.
  • 00:15:51
    Prestígio do qual o jornalismo da Globo
  • 00:15:54
    se ressente até hoje, porque ninguém
  • 00:15:57
    mais confia, nem claro que tem gente que
  • 00:15:59
    confia, mas uma grande parcela da
  • 00:16:01
    população brasileira perdeu a confiança
  • 00:16:04
    no no noticiário da Rede Globo. Então,
  • 00:16:08
    eu acho que eh foi uma operação passa
  • 00:16:10
    passação de pano no jornalismo e por
  • 00:16:13
    isso o jornalismo teve 1000 homenagens
  • 00:16:15
    ali nesse show, né? Era Renata Lupret
  • 00:16:18
    aparecendo ali, era não sei que lá, era
  • 00:16:20
    Glória Maria, era não sei que lá. Tudo
  • 00:16:24
    para tentar dar uma melhorada no
  • 00:16:27
    prestígio desse jornalismo que tão mal,
  • 00:16:30
    tanto mal causou ao povo brasileiro. Eu
  • 00:16:32
    eu entrei na faculdade de jornalismo em
  • 00:16:34
    93 aqui na Casper Líbero, aqui vizinha
  • 00:16:39
    nossa na Avenida Paulista. E uma das
  • 00:16:41
    primeiras coisas que eu vi no centro
  • 00:16:43
    acadêmico, aquela época era
  • 00:16:46
    vídeocassete, aquele de duas partes, né,
  • 00:16:50
    corda e caçamba, foi uma cópia proibida
  • 00:16:56
    de um filme. falava que era da BBC, da
  • 00:16:58
    TVI, enfim, alguma televisão inglesa, eu
  • 00:17:01
    não me lembro qual era, que chamava-se
  • 00:17:03
    Por trás do
  • 00:17:05
    cidadão,
  • 00:17:07
    quem, né, que era negócio do por causa
  • 00:17:09
    da referência do filme, uma das
  • 00:17:11
    primeiras coisas era da BBC, era da BBC.
  • 00:17:14
    Então, hoje em dia esse filme
  • 00:17:17
    está na internet, é só você procurar por
  • 00:17:19
    trás do cidadão Ken, por volta do
  • 00:17:22
    cidadão Ken. Quem? Então se dá o que
  • 00:17:24
    essas imagens estão no fim. Conta a
  • 00:17:26
    história da TV Globo até então. Tô
  • 00:17:28
    falando de 90, comecinho dos anos 90,
  • 00:17:31
    principalmente com relação ao timelife
  • 00:17:33
    que o Miro
  • 00:17:37
    deu deu a letra e depois a relação com o
  • 00:17:38
    período
  • 00:17:41
    militar. A Globo entra com o Jornal
  • 00:17:44
    Nacional em primeiro de setembro de
  • 00:17:48
    1969 por causa da Imbratel conseguir o
  • 00:17:52
    satélite para Globo fazer isso, né?
  • 00:17:53
    Eh, dou outras referên, esse filme, para
  • 00:17:58
    quem quer entender perdível. Dou outras
  • 00:18:02
    referências também. O o Leonêncio Nossa,
  • 00:18:04
    foi repórter cidadão, eh, lançou a
  • 00:18:07
    primeira parte da história do Roberto
  • 00:18:10
    Marinho alguns anos o livro e teve
  • 00:18:12
    dificuldades com a editora, tal. tá
  • 00:18:14
    lançando agora segunda parte acabou de
  • 00:18:16
    lançar, eu não comprei ainda, mas
  • 00:18:18
    recomendo. Tem muito sobre essa parte do
  • 00:18:20
    essa coisa que a Laura falou do meus
  • 00:18:22
    comunistas cuido eu, tem um capítulo
  • 00:18:26
    inteiro na acho que é uma trilogia eh
  • 00:18:28
    saiu o primeiro livro há alguns anos,
  • 00:18:30
    agora tá saindo o segundo. Recomendo
  • 00:18:32
    para entender. Tem lá também uma um
  • 00:18:35
    trecho em que ele explica como é que foi
  • 00:18:38
    a briga. Ó lá, ó. Tá lá o a hegemonia.
  • 00:18:39
    Ah, essa é esse é o livro que saiu
  • 00:18:42
    agora. Tá o o Miro mostrando ali no
  • 00:18:45
    telefone. Ele explica por que Carlos
  • 00:18:47
    Frederico Vernec de Lacerda, então
  • 00:18:49
    governador da
  • 00:18:53
    da Guanabara, briga com eh Roberto
  • 00:18:56
    Marim. Foi por causa de um terreno no
  • 00:18:58
    Parque Lage que é em frente à Globo.
  • 00:19:00
    Parque Laje existe até hoje. É um parque
  • 00:19:04
    lá colado com o Jardim Botânico. Roberto
  • 00:19:06
    Marinho queria comprar aquele terreno
  • 00:19:08
    para fazer um queria comprar, comprou e
  • 00:19:09
    daí voltou atrás. Eu não me lembro dos
  • 00:19:11
    detalhes, para criar um
  • 00:19:14
    conjunto habitacional para ricos, né?
  • 00:19:16
    Criar um um grande de um negócio
  • 00:19:19
    imobiliário. E o por qualquer motivo que
  • 00:19:20
    eu me lembro, não me lembro exatamente
  • 00:19:23
    se era bom ou se era ruim, o Carlos
  • 00:19:26
    Acerda meteu o pé em cima e aí eles
  • 00:19:28
    brigaram. A gente não sabe como as
  • 00:19:30
    coisas começam e às vezes sabe como
  • 00:19:33
    terminam. Carlos Carlos Lacerda também
  • 00:19:36
    brigou com ele por causa da CPI, né, da
  • 00:19:37
    história
  • 00:19:41
    da CPI da Time Life, porque Carlos
  • 00:19:43
    Lacerda Mas Carlos Lacerda se tinha se
  • 00:19:45
    beneficiado muito da Rádio Globo para
  • 00:19:48
    fazer os discursos da época do golpe de
  • 00:19:51
    64. Enfim, é muito interessante a gente
  • 00:19:54
    encontrar esses pontos e juntar esses
  • 00:19:58
    nacos eh para chegar às conclusões que a
  • 00:19:59
    gente chegou. Quer ver uma outra coisa
  • 00:20:00
    também que eu acho que é legal? a gente
  • 00:20:02
    saber e que nós aqui paulistas e
  • 00:20:06
    paulistanos sabemos pouco, a história da
  • 00:20:09
    briga da
  • 00:20:12
    ahia pela implementação da televisão da
  • 00:20:15
    hoje TV Bahia, afiliada da Rede Globo,
  • 00:20:18
    com eh cujo dono era Antônio Carlos
  • 00:20:19
    Magalhães, que era ministro das
  • 00:20:23
    comunicações do governo do Sarnei e a
  • 00:20:26
    ficou em era a TV Aratu que era a
  • 00:20:28
    emissora e ela entrava no ar, ficava
  • 00:20:30
    dois dias saía liminar
  • 00:20:32
    saía, ficava um mês e saía. Uma briga
  • 00:20:35
    fantástica que nós também sabemos, pô.
  • 00:20:37
    É interessante a gente juntar essas
  • 00:20:40
    partes porque a TV Globo, eu não tenho
  • 00:20:43
    dúvida, hoje, hoje em termos do que ela
  • 00:20:45
    entrega para o Brasil e para o mundo,
  • 00:20:48
    tem uma relevância fundamental, até
  • 00:20:50
    porque o outro lado também detesta a TV
  • 00:20:54
    Globo, porque a TV Globo coloca ah eh
  • 00:20:57
    homossexualidade como assunto, coloca
  • 00:21:00
    casamento eh gay como tema e isso há
  • 00:21:04
    muitos anos. São essas. O a esquerda tem
  • 00:21:08
    a questão ligada à TV Globo por causa da
  • 00:21:11
    política e à direita por causa dos
  • 00:21:13
    costumes, não é? E acho que jogar
  • 00:21:16
    costumes na cara das pessoas em lares às
  • 00:21:19
    8 das 8 horas da noite em diante é
  • 00:21:21
    interessante. Então a gente tem é aquela
  • 00:21:23
    coisa, é difícil ver só problema e só
  • 00:21:25
    vantagem, mas a gente tem que entender
  • 00:21:28
    como as coisas chegaram lá e por que
  • 00:21:30
    elas chegaram lá. É tão importante a
  • 00:21:34
    gente retomar não só o lado bom, vai,
  • 00:21:35
    que é o resultado da entrega, vamos
  • 00:21:37
    chamar assim, da máquina de cultura,
  • 00:21:40
    como também os objetivos dessa máquina
  • 00:21:43
    de cultura, não só ao falar, como também
  • 00:21:47
    ao esconder. É Foucault, né? Foucault
  • 00:21:50
    fala que o segredo é a principal parte
  • 00:21:53
    do poder ou o poder tem no segredo a sua
  • 00:21:54
    principal.
  • 00:21:56
    Como é que uma máquina de falar, né, e
  • 00:21:57
    de
  • 00:22:01
    mostrar pelos segredos que que segurava
  • 00:22:04
    fez tão mal ao Brasil? E também, só para
  • 00:22:06
    terminar na peroração, por isso é que
  • 00:22:08
    tem que ter uma estátua do engenheiro
  • 00:22:11
    Leonel de Moura Brizola, né, em cada
  • 00:22:14
    bairro em que a TV Globo tem uma sede
  • 00:22:17
    sua para fazer um mínimo de contraponto.
  • 00:22:19
    Ah, ah, outra história, busca lá também.
  • 00:22:21
    TV Manchete vezes TV Globo. Paulo
  • 00:22:24
    Henrique Amorim conta a eleição do
  • 00:22:28
    Brison 82 e também a briga da Globo por
  • 00:22:30
    causa do Sambódo. Dá para falar muito,
  • 00:22:33
    uns 60 anos dos males e dos bens da TV
  • 00:22:34
    Globo. É, eu tô achando sensacional
  • 00:22:36
    porque é uma baita de uma aula que vocês
  • 00:22:39
    três proporcionam aqui pra gente em
  • 00:22:40
    relação a essa história e de
  • 00:22:42
    interferência totalmente. Diabo. Não é
  • 00:22:44
    diabo porque é diabo. O diabo é diabo
  • 00:22:46
    porque ele é velho. Entendeu? Demais.
  • 00:22:49
    Demais. Miro, quero te ouvir para
  • 00:22:53
    fechar. Não, excelente, excelente
  • 00:22:56
    bate-papo. Ped citou aí o o filme, né?
  • 00:22:58
    Eu lembro também de um livro que foi
  • 00:22:59
    importantíssimo para desmascarar a
  • 00:23:02
    Globo, que é História Secreta da Rede
  • 00:23:05
    Globo. Daniel, exato. Fale Daniel Herz.
  • 00:23:07
    Livro fundamental, um dos primeiros a
  • 00:23:09
    mostrar o que que era o império da
  • 00:23:12
    Globo, como foi formado, tal. Ah, eu
  • 00:23:13
    acho isso. Esse mundo é tudo muito
  • 00:23:15
    contraditório. É a mardita dialética,
  • 00:23:16
    não é isso?
  • 00:23:18
    tudo muito contraditório. Então você tem
  • 00:23:20
    o o jornalismo,
  • 00:23:22
    telejornalismo,
  • 00:23:25
    eh, era o Alicâel, era o Alicâel, era o
  • 00:23:26
    homem que dizia que não tinha racismo no
  • 00:23:29
    Brasil, né? Não somos um país racista,
  • 00:23:31
    não somos racista. Era o Alicâel que
  • 00:23:34
    manipulou durante todos esses anos a
  • 00:23:37
    cobertura jornalística, né? Trabalhando
  • 00:23:39
    isso, o próprio Roberto Marinho dizi, "O
  • 00:23:41
    importante não é o que sai na Globo, é o
  • 00:23:45
    que a gente esconde, né? É, é a omissão
  • 00:23:47
    e o realce". trabalhando essa eh desde a
  • 00:23:51
    mentira até essa manipulação mais um
  • 00:23:52
    padrão de
  • 00:23:56
    manipulação mais delicado que é o da
  • 00:23:58
    realissão. Isso era o jornalismo da
  • 00:24:00
    Globo, continua sendo o jornalismo da
  • 00:24:03
    Globo. A outra coisa você tinha na
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    dramaturgia com essas figuras que Laura
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    lembrou, né? Dias Gomes, Vianinha, do
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    Valana Filho, Maril, era outra coisa,
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    né? Então isso construiu, ajudou a
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    construir esse império. Esse império, só
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    real, só destacar dois aspectos para
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    finalizar, Talita, esse império tem uma
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    outra um outro grande crime cometido,
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    né? Foi foi o crime ditadura. Todos
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    esses foram citados. Agora tem um outro
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    grande crime cometido. Esse império foi
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    o principal responsável por chocar o ovo
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    da serpente fascista no
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    Brasil. Foi o principal responsável com
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    a sua negação da política. Quando você
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    nega a política, você abre a porta pro
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    fascismo com a sua satanização,
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    demonização das esquerdas. Isso que a
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    Laura lembrou dos canos de esgoto, a
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    satanização do do campo popular, né? A
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    Globo chocou o Bolsonaro, não apoiou na
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    eleição, mas criou as condições pro
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    Bolsonaro virar presidente. Criou as
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    condições. Então, a Globo é responsável
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    pelo que ocorreu no Brasil nos últimos
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    anos, pelo retrocesso que nós tivemos no
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    Brasil nos últimos anos. Posteriormente,
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    a Globo até passou a ser vítima do
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    Bolsonaro, porque havia a
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    Globo nisso que foi o poço de maldade do
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    fascismo no Brasil, que é juntar
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    fascismo na política, autoritarismo na
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    política, com obscurantismo nos
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    costumes, nos valores, negacionismo na
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    ciência e ultra neoliberalismo na
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    economia. A Globo gostava do Paulo
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    Guedes, sempre gostou do projeto do
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    Paulo Guedes e achava inclusive que o
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    Paulo Guedes ia enquadrar o
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    Bolsonaro. Como não
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    enquadrou como Bolsonaro o fascismo na
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    política e o obscurantismo,
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    negacionismo, incluso da Covid, por
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    exemplo, na pandemia, isso criou atrito
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    com a Globo. Criou atrito com a Globo.
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    Não dá para negar o papel que a Globo
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    teve, por exemplo, na crítica ao
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    negacionismo na pandemia.
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    né? Ou o obscurantismo, o preconceito na
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    questão racial, na questão das mulheres,
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    na questão ambiental, em todo todas as
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    ações, né, de retrocesso, né, praticado
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    pelo governo Bolsonaro. Isso criou um
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    atrito. Mas quem chocou esse ovo da
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    serpente, isso precisa entrar na
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    história dos 60 anos. Quem chocou esse
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    ovo da serpente foi a TV Globo. E eu
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    acho, para fechar, Talita, eu acho que a
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    Globo continua muito
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    habilidosa. Ela é muito habilidosa, né?
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    Ela ela continua. Hoje a impressão que
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    eu tenho é que ela tem uma estratégia
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    bem definida para 2026.
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    A estratégia é, não dá para contar com o
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    Bolsonaro, porque o Bolsonaro chama a
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    Globo de Globo lixo e os bolsonaristas
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    não gostam da Globo, então não dá para
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    contar com o Bolsonaro. Então prende
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    logo o Bolsonaro, deixa, descarta logo
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    esse sujeito, joga esse sujeito paraas
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    traças para possibilitar que outros
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    apareçam.
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    talvez um bolsonarista moderado, como
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    diz a Folha, sobre o Tarcísio, né, para
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    possibilitar que outros apareçam. Então,
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    a Globo tá bater, ela quer se livrar do
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    Bolsonaro, mas na outra ponta ela vai
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    fazer de tudo para desgastar o governo
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    Lula. É só ver agora o que ela tá
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    fazendo com essa questão da dos
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    aposentados e pensionistas de INSS. Ela
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    vai fazer de tudo para desgastar esse
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    governo. Então ela joga para enfraquecer
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    aquele polo do
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    Bolsonaro e para desgastar o governo
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    Lula em função da sua política, né, em
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    função de ser um projeto que a Globo
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    sempre discordou para ver se nisso,
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    nesse vácuo, nasce a terceira via. Eu
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    acho que é o que a Globo tá forçando com
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    muita habilidade. E lamento, fecho com
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    isso, lamento dizer, acho que o governo
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    Lula tá bobeando com relação a
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    isso. Não tá se preparando pra guerra
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    que tá em curso. Não tá se preparando
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    pra guerra que tá em curso. A Globo tá
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    muito contente com o governo Lula. A
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    publicidade do governo federal aumentou
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    muito na Globo. Aumentou muito na Globo.
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    Voltou a patamares do passado. A Globo
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    tá muito contente com o governo Lula
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    nesse sentido. Ela tá descontente com a
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    política e vai tentar desgastá-la, né?
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    Então, me dá a impressão que o governo
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    Lula continua dormindo com o inimigo.
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    Parece que não
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    aprendeu com o que deu no passado
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    recente, mas é um pitaquinho, é uma
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    impressão que eu tenho. Espero estar
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    totalmente equivocado.
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    Perfeito, Miro, muito obrigada. Sempre
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    muito bom recebê-lo aqui. O papo é
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    sempre muito legal. Um beijo para você.
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    Ótima semana, bom trabalho por aí.
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    Beijão. Tá ali, tá?
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