🎥 Documentário - Lixo Estrutural

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https://www.youtube.com/watch?v=jtQPA3ZQ6LQ

概要

TLDRO documentário aborda a história do Lixão da Estrutural em Brasília, que já foi o segundo maior do mundo, destacando as difíceis condições enfrentadas pelos catadores que lá trabalhavam. O lixão foi essencial para a economia dos habitantes da área, formando uma comunidade em torno dele. Com o fechamento do lixão em 2018, devido a políticas governamentais e judiciais, muitos catadores enfrentaram desafios ao serem movidos para cooperativas de triagem, que oferecem melhores condições de trabalho, mas menos renda. A estruturação de cooperativas ajudou a dar mais dignidade ao trabalho, facilitando uma transição ainda em progresso, marcada por desafios como a obtenção de material reciclável suficiente e apoio governamental eficaz. As histórias enfatizam a resiliência das pessoas frente às adversidades e a necessidade de políticas públicas efetivas que possam melhorar suas vidas.

収穫

  • 🗑️ O Lixão da Estrutural foi o segundo maior do mundo.
  • 🔍 Catadores viam o lixo como fonte de renda, apesar das dificuldades.
  • 🏘️ A comunidade estrutural surgiu em torno do lixão.
  • 📉 Fechamento do lixão causou perda de renda significativa.
  • 🔄 Transição para cooperativas enfrenta desafios de adaptação.
  • 📚 Cooperativas e capacitações melhoraram a autoestima dos catadores.
  • 👩 Mulheres tiveram papel crucial na estruturação das cooperativas.
  • 💡 Separação de lixo domiciliar é fundamental para apoiar catadores.
  • 📜 Legislação reconhece catadores, mas execução é limitada.
  • 🚜 Condições de trabalho precárias geravam riscos à saúde e segurança.

タイムライン

  • 00:00:00 - 00:05:00

    O vídeo começa relatando o contexto difícil de trabalhadores enfrentando precariedades em um lixão, mencionando a invisibilização e a brutalidade das condições, como acidentes frequentes e doenças devido ao ambiente. Fala-se das origens do Lixão da Estrutural em Brasília, que surgiu irregularmente mas foi oficializado pelo governo e se tornou o segundo maior do mundo.

  • 00:05:00 - 00:10:00

    A narrativa continua sobre a dura realidade dos trabalhadores do lixão, que se viam sem apoio estatal e precisavam atuar em condições ruins para conseguir sustento. Essa parte enfatiza o perigo e as dificuldades do trabalho no lixão, onde acidentes eram frequentes e não havia equipamentos de proteção.

  • 00:10:00 - 00:15:00

    É abordado o nascimento da cidade Estrutural em torno do lixão, com comunidades formadas por habitantes que dependiam do lixo para sobreviver. Destaca-se a tensão constante com o governo e a tentativa de manter a área apesar das condições adversas, e como com o fechamento do lixão houve grande impacto econômico.

  • 00:15:00 - 00:20:00

    Discussão sobre o fechamento do lixão e transição para novos sistemas de gestão de resíduos, como a construção de aterros sanitários e criação de cooperativas para catadores. No entanto, muitos trabalhadores enfrentaram desafios com a mudança, como perda de renda e dificuldades financeiras.

  • 00:20:00 - 00:25:40

    Nos últimos trechos, há um foco na necessidade de políticas públicas que apoiem os catadores, o reconhecimento de seu trabalho, e a importância da reciclagem para a economia e o meio ambiente. Enfatiza a relação entre sociedade de consumo e lixo, e a luta dos catadores por maior dignidade e suporte social.

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ビデオQ&A

  • Qual foi o impacto do fechamento do Lixão da Estrutural?

    O fechamento levou a uma perda de renda significativa para muitos catadores e obrigou-os a se adaptarem a novas condições de trabalho em cooperativas.

  • Por que o Lixão da Estrutural foi considerado o segundo maior do mundo?

    Apesar de Brasília ter uma população menor, o lixão acumulou mais de 40 milhões de toneladas de lixo ao longo dos anos.

  • Quais eram as condições de trabalho no Lixão da Estrutural?

    Os catadores trabalhavam em condições precárias, muitas vezes sem equipamentos de proteção, enfrentando risco de acidentes e exposição a poluentes e doenças.

  • Como os catadores viam seu trabalho no lixão?

    Embora o trabalho fosse penoso e estigmatizado, para os catadores era uma fonte de renda necessária e uma forma de sustento.

  • O que ocorreu após o fechamento do lixão?

    Os catadores foram realocados para galpões, enfrentando desafios de adaptação e redução de renda, apesar de melhorias nas condições de trabalho.

  • Como a comunidade estrutural se formou?

    Ela se formou em função do lixão, com pessoas buscando sobrevivência se estabelecendo ao redor do local para criar uma economia informal.

  • Quais são alguns dos desafios enfrentados pelas cooperativas de catadores?

    Desafios incluem falta de infraestrutura, insuficiência de materiais recicláveis e necessidade de assistência financeira.

  • Qual foi o papel das mulheres na transformação da comunidade de catadores?

    As mulheres desempenharam um papel importante, liderando a formação de cooperativas e ajudando a melhorar o associativismo e as condições de trabalho.

  • Qual a importância da separação do lixo doméstico por parte da população?

    A separação correta ajuda a melhorar a renda dos catadores e a reduzir acidentes, além de aumentar a vida útil dos produtos e mitigar impactos ambientais.

  • Como a legislação brasileira impactou os catadores de lixo?

    A legislação reconheceu a importância dos catadores, mas sua implementação prática ainda enfrenta desafios devido à falta de vontade política.

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    [Música]
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    e a gente vim para um lugar cheio de
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    barro né lama água difícil e trabalhar
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    no lixo né que a gente não tinha costume
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    eu sofria demais
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    [Música]
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    Já vi muitas mortes carreta passando por
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    cima da mesa trator
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    muita Fatalidade
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    [Música]
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    a gente pensar que Brasília né Tem
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    62 anos ainda é uma cidade recente e
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    como é que o Lixão da Estrutural se
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    tornou segundo maior do mundo perdendo
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    só para o de Jacarta né na Indonésia e a
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    população de Jacarta na Indonésia seis
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    vezes maior que a nossa ele era um
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    segundo maior do mundo e o maior da
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    América Latina a gente pensar que o
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    nosso lixão chegou a ser maior que o de
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    São Paulo de Rio de Janeiro de cidades
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    muito maiores que a nossa o Lixão da
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    Estrutural surgiu de forma irregular mas
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    foi oficializado pelo governo do
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    Distrito Federal a 40 anos ocupa uma
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    área de 200 hectares o que equivale a
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    243 campos de futebol faz divisa com o
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    Parque Nacional de Brasília e fica
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    apenas 15 km do congresso nacional
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    acumula mais de 40 milhões de toneladas
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    de lixo e inúmeras histórias de vida a
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    gente ia pra escola voltava e subia para
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    trabalhar aí meu pai minha mãe é de
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    manhã às 6 horas da manhã e a gente
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    chegava da escola e ia trabalhar pegava
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    levava o almoço para eles e começava a
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    trabalhar junto com eles tomava café da
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    manhã em casa Aí enquanto os meninos era
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    pequeno aí eu levava o almoço né
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    esquentava lá mesmo no fogãozinho fazer
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    um fogãozinho e esquentava lá no álcool
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    né aí depois que os meninos começou a
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    estudar aí eu ia 5 horas da manhã aí
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    vinha 10 horas da manhã arrumar almoço e
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    os meninos para ir para escola Aí
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    voltava às 5 horas da tarde eu vinha
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    para casa a estrutural quando eu cheguei
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    era barraco de madeira puro barraco de
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    madeira o esgoto corria a céu aberto mas
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    difícil era nessas época de seca Muita
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    poeira aqueles vídeo muito né que dava
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    Então tampava tudo de poeira as vezes a
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    gente tinha alguns problemas até de
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    respiração lá modo de o acúmulo de
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    poeira demais lá e na época da chuva
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    também muita lama né por dia mais de
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    duas mil toneladas de lixo eram
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    despejadas aqui além de 5.000 toneladas
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    de Entulhos de construções era só vai
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    chegar para a multidão de catadores
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    começaram o trabalho de separar o
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    material reaproveitável o que sempre foi
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    descartado por muitos como lixo virou
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    sustento de gerações
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    antes eu trabalhava na roça fazendo né
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    trabalhava como lavrador labrador e aí
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    era a minha vida era era essa aí aí os
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    meus filhos vindo lá para cá com a minha
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    família trabalhava eu e minha mãe e meu
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    pai e meus irmãos são três irmãos
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    tudo na reciclagem minha vida era chorar
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    chorar chorar com vontade de voltar para
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    trás mas não podia porque eu tinha um
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    irmão aqui também né que tava doente aí
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    a gente tinha que ajudar ele né E aí com
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    duas crianças pequenas aí a minha
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    solução era trabalhar no lixão
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    entrevistas com algum desses catadores
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    em 2007 dizia para alguns o que é lixo
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    para gente é dinheiro é fonte de renda
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    claro que era um dinheiro e condições
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    precárias até em termos de saúde pública
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    Mas eles tinham a vida dependente
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    daquelas sobras
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    brechas do nosso sistema social de
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    alguma forma e durante muito tempo
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    estavam atuantes lá e trabalhavam lá de
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    manhã de tarde de noite horas jornadas
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    longas de trabalho uma vida de trabalho
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    com mais que a gente soubesse que na
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    estrutural tinha um lixão tinha um
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    catadores que viviam do Lixão as
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    condições de vida deles em geral foi
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    muito invisibilizada durante esses Quase
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    60 anos de existência do Lixão o lixo da
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    Estrutural Ele criou problemas
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    estruturais né Os catadores acharam uma
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    solução para sua vida Naquele lixo
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    estrutural então a solução eles criaram
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    esses postos de trabalho eles não
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    existiam Os catadores foram lá e criaram
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    um posto de trabalho Tiraram um material
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    e revender esse material sem nenhuma
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    apoio do Estado eles eram Fantasmas eles
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    estavam ali de forma oficiosa no lixão
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    aquele tempo lá era muito difícil uma
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    porque tinha muito os guardinha né que
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    não deixava trabalhar mas a gente ia
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    escondido a trabalhar e depois quando eu
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    completei uma idade ali de 15 anos aí
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    que oficializou mesmo da gente trabalhar
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    que ele tava dava mais para a gente
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    trabalhar mais lá que no começo mesmo os
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    guardinha a gente ia mas eles pegava e
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    tirava a gente a gente de novo e tirava
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    a gente ia e tirava o Lixão uma área que
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    não tinha muito controle né era uma área
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    que você podia chegar no portão o portão
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    não tinha um grande controle da da
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    entrada dos caminhões e a entrada de
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    Pedestre não tinha controle nenhuma
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    então você não tinha certeza de quantos
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    captadores e quais captadores estavam lá
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    naquele momento na entrada como eu falei
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    era um quase 6 km de perímetro de cerca
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    abertos Então os catadores entravam na
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    hora que eles queriam trabalharm da
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    forma que eles queriam também um bocado
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    de roupa comprida igual a essas aqui
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    assim né e a calça da mesa a gente disse
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    umas duas calças uma mais apertada e
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    arruma mais folgada sempre por fora
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    assim quando era de tarde era quase a
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    mesma coisa e você tirar a base de cima
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    embolava e trazer para casa já lavava na
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    época da chuva que suja mais né aí já
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    descia para casa e lavava ela no outro
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    dia já ia com outra e era assim a vida
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    de lá o risco era grande sim porque a
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    briga pelo material a gente é tinha eu
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    tinha o outro aqui do lado quem fosse
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    mais rápido pegava Pet quem fosse mais
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    rápido pegava a latinha
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    em cima do montanha de lixo de 60 metros
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    de altura convivendo com os gases e os
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    líquidos poluentes ali que fazem mal à
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    saúde entre máquinas né tratores
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    caminhões tinham na faixa de 2 a 4
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    acidentes fatais por ano e dezenas de
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    assistentes graves todos os anos
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    envolvendo catadores naquele local não
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    usava esses epi né de máscara aí ela
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    falou que nós usava mesmo era as luva é
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    um risco grande que a gente podia lá
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    também era isso que não usava as
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    máscaras né E aí a gente não usava
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    máscara mas as luvas sempre nós usamos
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    lá Trabalhei esses 20 e Poucos Anos lá
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    mas ela fala a verdade
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    não era fácil para você dizer assim não
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    eu acostumei tô acostumada a gente é
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    leva né mas a gente não acostuma porque
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    você vê muita coisa né Muito difícil
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    muita muita lama tá chovendo é lama né
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    tá sol é sol e poeira entendeu Então
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    você leva na fé e na precisão foi uma
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    vida difícil ao mesmo tempo muito bom
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    porque daí
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    dinheiro lá também com graças a Deus tem
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    algumas condiçãozinha aí não tanto assim
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    mas umas boas condiçãozinha um carrinho
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    para tá andando aí foi dinheiro de lá né
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    do lixo não veio só o sustento veio uma
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    cidade inteira estrutural nasceu em
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    função dessa questão do lixo que passou
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    a ser depositado nessa região e as
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    pessoas em busca de sobrevivência com
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    muitas cidades nas terão perto de Rio
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    perto de indústrias perto de local de
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    trabalho as pessoas foram criando
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    moradias improvisadas em torno do Lixão
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    justamente para tê-lo como fonte de
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    renda e foi aí que nasceu estrutural
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    o espaço
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    de uma de uma economia né Qualquer lixão
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    Então isso é comum sim nos outros lixões
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    que a gente trabalhou acho que quanto
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    maior o Lixão maior era essa circulação
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    de riqueza que acaba formando ao redor
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    essas essas
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    estruturas assim de bairros né de
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    moradia muitas famílias né vieram de
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    fora por causa da situação né da crise
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    Então você adaptou ele no chão começou
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    pelas barraquinhas né de lona todo mundo
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    que vinha de Fora começou pelas as
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    casinhas de lona e depois foi fazendo de
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    madeirite aí depois foi legalizado aí
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    começaram a construir mas infelizmente
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    foi pela necessidade do Lixão mesmo e do
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    sustento né hoje em dia tem uma
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    população grande que mora na estrutural
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    e alguns estudos até mostrando a questão
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    do lazer para os jovens na estrutural a
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    participação política dos jovens na
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    estrutural foi fundado também um polo da
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    UnB na estrutural então foi o espaço que
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    foi se consolidando apesar da situação
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    meio precária e vulnerável ligado à
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    questão do lixo e a questão da saúde
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    pública também que era considerado
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    desaconselhado as pessoas ficarem
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    vivendo lá por uma questão sanitária mas
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    como o lixo virou uma fonte de renda e
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    as pessoas foram se consolidando naquele
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    espaço o espaço acabou se fixando não
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    tinha né
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    o asfalto também não tinha e tudo
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    barraco de
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    Oi como já pode ver tem várias
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    construçãos lá né de até de apartamentos
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    prédiozinhos né então melhorou bastante
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    a estrutural em 2018 a principal fonte
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    de renda da cidade mudou de endereço por
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    determinação do Tribunal de Justiça do
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    DF e para atender a política nacional de
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    resíduos sólidos o Lixão da Estrutural
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    foi fechado e passou a receber apenas
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    entulho de construção da Estrutural ele
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    ficou aberto antes porque não tinha onde
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    colocar o resíduo aqui em Brasília então
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    só foi solucionado no dia que se criou
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    uma solução para o resíduo foi Um aterro
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    sanitário e nós só somos catadores foram
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    um Centro de Triagem 50 anos foram 50
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    anos para achar uma solução né e a
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    política de resíduos Nacional de Jesus
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    ela facilitou muito que os governos
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    buscassem essa solução e foi deixado um
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    passivo ambiental enorme lá você tem
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    aproximadamente 25 milhões de toneladas
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    de resíduos enterradas naquele local que
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    continuam gerando passiva mental
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    impactos ambientais no solo na água e no
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    ar importante que a gente frise e para
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    ter para que quando falarmos né como tá
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    na própria legislação que cuida aí do
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    tratamento ambientalmente adequado dos
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    resíduos sólidos no Brasil a 12 3 x 5
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    nós interpretarmos né a regra que
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    menciona essa obrigação que a gente
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    concorda né os lixões tem que ser
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    digamos todos assim exterminados mas com
  • 00:10:49
    cuidado de fazer com que essas pessoas é
  • 00:10:55
    sejam realocadas
  • 00:10:57
    no sistema de coleta seletivo de ficar
  • 00:11:02
    reversa Ou seja que não fiquem é de uma
  • 00:11:06
    hora para outra Sem o sem a sua de onde
  • 00:11:09
    tirar a sua a sua subsistência sempre
  • 00:11:12
    foi um embate muito grande entre a
  • 00:11:14
    população local e o estado tanto que
  • 00:11:16
    houver algumas tentativas de remoção da
  • 00:11:19
    Estrutural dos moradores da estrutura
  • 00:11:21
    inclusive algumas em governo que
  • 00:11:23
    entraram na estrutural à noite tentaram
  • 00:11:25
    desmantelar os barracos e tentaram
  • 00:11:27
    desmantelar o espaço mas o espaço aos
  • 00:11:30
    poucos foi criando movimento
  • 00:11:31
    associativos comunitários e muito
  • 00:11:33
    movimento de resistência também dos
  • 00:11:36
    moradores locais e algumas lideranças
  • 00:11:38
    para o espaço permanecer quando a gente
  • 00:11:41
    começou a trabalhar lá que tá esse tiro
  • 00:11:42
    e não tira tira não tira tira não tira
  • 00:11:44
    eu acho que ficou plantado na cabeça de
  • 00:11:46
    todos os catadores aquele dia hoje é
  • 00:11:49
    cooperado né mas Naquele tempo era
  • 00:11:50
    catador de não ter de acreditar né que
  • 00:11:53
    ia sair o Lixão Então acho que já tinha
  • 00:11:54
    isso na cabeça não sai não sai então eu
  • 00:11:56
    dei uma hora para outro saiu muito dono
  • 00:12:00
    de mercado que tinha seus mercados virou
  • 00:12:01
    catador de matéria reciclado também
  • 00:12:03
    porque o que gerava economia da
  • 00:12:05
    Estrutural era um antigo lixão o antigo
  • 00:12:08
    lixão ele gerava a economia aqui na
  • 00:12:10
    cidade estrutural mas depois do
  • 00:12:12
    fechamento a economia caiu para muitos
  • 00:12:15
    foi uma perda de renda muito grande
  • 00:12:17
    então teve um impacto porque a gente
  • 00:12:19
    tinha gerações tinham pessoas que
  • 00:12:21
    estavam lá desde os 12 anos e diferente
  • 00:12:23
    gerações e pessoas estavam mais de 30
  • 00:12:25
    anos vivendo a coleta do lixo era um
  • 00:12:28
    trabalho como outros tipos de trabalho
  • 00:12:30
    mas mais estigmatizado mas degradante e
  • 00:12:33
    a gente pensar um pouco qual é as
  • 00:12:35
    representações sociais do lixo na nossa
  • 00:12:37
    sociedade eu quase como se o lixo também
  • 00:12:39
    fosse outro lado da moeda da nossa
  • 00:12:41
    sociedade de consumo e é um lado que
  • 00:12:43
    fica geralmente invisibilizado na nossa
  • 00:12:45
    sociedade o aterro sanitário de Brasília
  • 00:12:47
    foi construído entre as regiões
  • 00:12:49
    administrativas de Ceilândia e Samambaia
  • 00:12:52
    para receber os Descartes e as
  • 00:12:55
    cooperativas de catadores espalhadas
  • 00:12:57
    pela cidade precisaram se adaptar a nova
  • 00:13:00
    realidade no começo não cabia todo mundo
  • 00:13:03
    até porque a quantidade de material que
  • 00:13:05
    vinha e até hoje não atende a quantidade
  • 00:13:08
    de pessoas que tem uma esteira precisava
  • 00:13:11
    de mais quantidade de material e aí no
  • 00:13:15
    começo muita gente desistiu até porque o
  • 00:13:18
    ganho era pouco os galpões eram tinha
  • 00:13:21
    que pagar passagem E aí muita gente
  • 00:13:23
    desistiu por causa disso aí quando
  • 00:13:25
    fechou para mim foi um motivo assim um
  • 00:13:27
    pouco de tristeza porque que era para
  • 00:13:29
    nós ir aqui para os galpão e nós não
  • 00:13:31
    tinha conhecimento como nós ia conviver
  • 00:13:33
    aqui nos galpão nós não tinha certeza
  • 00:13:35
    como ia ser lá no lixão nós já sabia que
  • 00:13:38
    era nós tirar o nosso materialzinho e
  • 00:13:39
    vender para os comprador lá e pegar o
  • 00:13:41
    nosso dinheirinho na hora e aqui é muita
  • 00:13:43
    coisa mudou de lá para cá então aí já
  • 00:13:46
    até aí então a gente não sabia como ia
  • 00:13:49
    ser é o andar como diz o ditado aí dos
  • 00:13:52
    pessoal aí não tá carruagem aí mas
  • 00:13:54
    graças a Deus que aqui tá dando pra
  • 00:13:55
    gente sobrevivendo Acho que depois nos
  • 00:13:58
    primeiros meses ainda não caiu na
  • 00:14:00
    realidade né aí depois de uns dois três
  • 00:14:03
    meses caiu na realidade então foi aonde
  • 00:14:05
    começou a bater a dificuldade porque
  • 00:14:07
    pegou todo mundo de surpresa e ali no
  • 00:14:09
    começo ele tem uma dificuldade para
  • 00:14:11
    todas as cooperativas não tá se
  • 00:14:12
    adaptando ainda não tava se adaptando
  • 00:14:14
    não tava levando aquele dinheiro
  • 00:14:16
    necessário para casa porque no lixão da
  • 00:14:19
    estrutural ali mesmo a gente levava
  • 00:14:20
    dinheiro por semana por mês o jeito que
  • 00:14:24
    você quiser se fazer o seu dinheiro você
  • 00:14:26
    fazia e na cooperativa não E já começou
  • 00:14:28
    naquela necessidade ainda além de ganhar
  • 00:14:30
    pouco né que no começo ninguém tava
  • 00:14:32
    tirando nem o seu sustenta ali eu mesmo
  • 00:14:34
    cheguei a ganhar 59 reais por mês
  • 00:14:36
    na primeiro mês depois 110
  • 00:14:39
    então para se adaptar foi difícil a
  • 00:14:42
    gente passou muito aperto muito a
  • 00:14:45
    precisão sabe se a gente não tivesse uma
  • 00:14:48
    pequena economia a gente tinha passado
  • 00:14:50
    fome e quem teve não passou mas quem não
  • 00:14:54
    tinha passou fome falar a realidade para
  • 00:14:57
    você passou fome que tinha dia da gente
  • 00:14:59
    levar r$ 28 para casa dia não meses
  • 00:15:02
    entendeu porque a gente pagava o
  • 00:15:05
    transporte né E quando fechar o final do
  • 00:15:07
    mês a gente tinha que pagar o ônibus e
  • 00:15:10
    chegava em casa que suava para a gente
  • 00:15:12
    era r$ 28 foi difícil a gente reciclável
  • 00:15:16
    o próprio material da gente a gente
  • 00:15:18
    mesmo tirava o dinheiro da gente
  • 00:15:20
    porém não tinha infraestrutura tipo
  • 00:15:23
    igual hoje hoje a gente é amparado pelo
  • 00:15:26
    INSS caso eu me machucar eu vou ser
  • 00:15:29
    amparado só que compensação o dinheiro é
  • 00:15:32
    pouco se eu chegar adoecer também o
  • 00:15:35
    dinheiro talvez não seja suficiente para
  • 00:15:36
    mim comprar medicação Só que lá no lixão
  • 00:15:39
    também eu poderia ter dinheiro mas não
  • 00:15:42
    seria amparada pelo INSS a grande
  • 00:15:45
    mudança que aconteceu esses catadores
  • 00:15:46
    foram colocados em galpões centros de
  • 00:15:48
    triagem onde você tem um piso embaixo do
  • 00:15:51
    pé um telhado em cima da cabeça estavam
  • 00:15:53
    dando no chão que era em cima do lixo
  • 00:15:54
    quando anda com gás combinando com um
  • 00:15:57
    chorume comendo com os tratores os
  • 00:15:58
    caminhões com acidentes graves e fatais
  • 00:16:00
    acontecendo assim anualmente naquele
  • 00:16:02
    local hoje eles estão em galpões com
  • 00:16:04
    condições mais dignas de trabalho mais
  • 00:16:06
    seguras Mas em compensação eles ficaram
  • 00:16:08
    uma perda de renda tenta ser tiravam o
  • 00:16:10
    lixo do lixo de toda a cidade dá mais ou
  • 00:16:13
    menos 3.000 toneladas por dia tirava o
  • 00:16:15
    material reciclado Hoje ele só consegue
  • 00:16:17
    tirar o material da coleta seletiva que
  • 00:16:19
    é o que é entregue nesses galpões que
  • 00:16:21
    não chega a 300 toneladas por dia a
  • 00:16:24
    criação de cooperativas de associações
  • 00:16:26
    ajudou eles a melhorarem a autoestima e
  • 00:16:29
    criar uma ideia de uma identidade
  • 00:16:30
    profissional também por mais que fosse
  • 00:16:33
    um trabalho precário estigmatizado
  • 00:16:34
    masionalizado mas ajudou a ter uma
  • 00:16:37
    profissionalização E qual é
  • 00:16:39
    desestruturação com desmantelamento do
  • 00:16:42
    Lixão da Estrutural e a criação do
  • 00:16:44
    aterro sanitário em Samambaia os
  • 00:16:47
    projetos do governo eram bons mas ainda
  • 00:16:49
    eram pequenos para quantidade de pessoas
  • 00:16:51
    que dependiam daquele lixo para
  • 00:16:53
    sobreviver essa relação do da questão
  • 00:16:56
    social da questão dessas trabalhadoras e
  • 00:16:59
    desses trabalhadores
  • 00:17:02
    retiram sua subsistência do Lixão a
  • 00:17:05
    legislação não deixou também de perceber
  • 00:17:09
    isso então
  • 00:17:12
    é importante que esses processos de
  • 00:17:15
    encerramento sejam
  • 00:17:16
    acompanhados ou tem uma ETA inferior de
  • 00:17:22
    transição aí tem a questão da
  • 00:17:23
    qualificação E tem também a questão da
  • 00:17:25
    idade né E também muitas mulheres muitos
  • 00:17:28
    idosos é diferente gerações pessoas que
  • 00:17:31
    é 40 anos tinham a vida ali então para
  • 00:17:33
    elas terem uma nova reinserção eu acho
  • 00:17:36
    que as cooperativas a capacitação são
  • 00:17:38
    saídas sim mas precisam ser ampliadas em
  • 00:17:41
    termos de oportunidades para marcar mais
  • 00:17:44
    pessoas e para dar conta da
  • 00:17:46
    heterogeneidade dessas pessoas que
  • 00:17:48
    viviam dessa coleta do lixo lá na
  • 00:17:50
    estrutural na realidade precisa o
  • 00:17:53
    governo cumprir com que ele prometeu que
  • 00:17:56
    ele falou o material selecionado não vem
  • 00:17:59
    vem material mais lixo às vezes de que
  • 00:18:02
    material então preciso de verba para
  • 00:18:05
    poder
  • 00:18:06
    manter cooperativa né que nós Depende de
  • 00:18:10
    ônibus e aí às vezes não tem né precisa
  • 00:18:13
    de dinheiro para abastecer
  • 00:18:15
    E é isso que precisa preciso de
  • 00:18:16
    assistência precisa de melhorar melhorar
  • 00:18:19
    os materiais né uma coisa melhor para
  • 00:18:23
    nós
  • 00:18:25
    a legislação que o estado brasileiro
  • 00:18:28
    reconhecer o trabalho
  • 00:18:30
    da catadora e do catador e a importância
  • 00:18:33
    da sua permanência no processo pós
  • 00:18:38
    tratamento mentalmente adequado dos
  • 00:18:41
    resíduos sólidos então a legislação em
  • 00:18:45
    si ela já empresta esse desenho O
  • 00:18:48
    problema é a vontade política no
  • 00:18:53
    cumprimento sobretudo
  • 00:18:55
    encarando essa política como uma
  • 00:18:58
    política pública inclusiva não do ponto
  • 00:19:01
    de vista de um assistencialismo que
  • 00:19:03
    também isso acostuma a acontecer mas
  • 00:19:05
    ponto de vista de um resgate de uma
  • 00:19:08
    dívida histórica e foi feito pela
  • 00:19:10
    legislação mas precisa ser executada
  • 00:19:13
    pelo estado brasileiro no lixo é
  • 00:19:15
    estrutural e a gente pensar como a gente
  • 00:19:17
    tem desigualdades estruturais na nossa
  • 00:19:19
    sociedade e como é que quem vai
  • 00:19:21
    trabalhar com esse lixo muitas vezes
  • 00:19:23
    está numa situação de vulnerabilidade
  • 00:19:24
    precariedade social muito grande mas
  • 00:19:27
    fala o que para a gente é trabalho para
  • 00:19:29
    os outros é lixo né então para essas
  • 00:19:31
    pessoas elas foram através das
  • 00:19:33
    cooperativas e das capacitações e tem
  • 00:19:35
    muitas cooperativas e muitas lideranças
  • 00:19:37
    importantes que surgiram na estrutural
  • 00:19:39
    inclusive com muito papel também
  • 00:19:40
    protagonismo das mulheres que vieram
  • 00:19:43
    mostrar a importância de uma identidade
  • 00:19:46
    coletiva para melhorar a questão do
  • 00:19:48
    associativismo da Solidariedade da
  • 00:19:51
    capacitação dessas pessoas e pensar as
  • 00:19:54
    perspectivas de empregabilidade dessas
  • 00:19:56
    pessoas né
  • 00:19:57
    34 contratos com cooperativas de
  • 00:20:00
    catadores do Distrito Federal são 11
  • 00:20:02
    contratos de coleta seletiva com
  • 00:20:04
    cooperativa de catadores e 23 contratos
  • 00:20:06
    de triagem para suas cooperativas
  • 00:20:08
    fazerem o que elas faziam no lixão que é
  • 00:20:09
    separar o material a diferença que eles
  • 00:20:11
    hoje separa o material dar coleta
  • 00:20:12
    seletiva no galpão que tem uma estrela o
  • 00:20:15
    lixo passa por eles eles não passam mais
  • 00:20:17
    pelo lixo é grande diferença a renda
  • 00:20:19
    alguns catadores falam que abaixou um
  • 00:20:21
    pouco a renda hoje eles têm uma renda
  • 00:20:22
    média de 1.800 por captador por mês tem
  • 00:20:26
    que comprar um pouco mais cooperativas
  • 00:20:27
    ganhar um pouco menos mas é um renda
  • 00:20:29
    média com o INSS sendo pago isso para
  • 00:20:32
    mim é uma grande vantagem se um catador
  • 00:20:33
    sofreu um acidente ele é considerado
  • 00:20:35
    acidente do trabalho ou doença do
  • 00:20:37
    trabalho ele pode se afastar e receber o
  • 00:20:39
    seguro acidente de trabalho para nós foi
  • 00:20:40
    uma dificuldade no começo mas eu já vejo
  • 00:20:42
    um exemplo né que a cidade está se
  • 00:20:43
    mantendo com essa moto assim com esse
  • 00:20:46
    com essa necessidade que tinha então a
  • 00:20:48
    gente que a gente parou para pensar que
  • 00:20:49
    a gente não podia viver só naquele meio
  • 00:20:51
    uma que ali não era um serviço Digno né
  • 00:20:53
    que todo serviço é de mas ele não era
  • 00:20:55
    ele é um serviço bem dizer se botar para
  • 00:20:57
    aqueles tempo das antigas um serviço
  • 00:20:58
    escravo né a pessoa tinha
  • 00:21:01
    hoje não hoje eu vejo que a pessoa se
  • 00:21:03
    adaptou que cada um procurou sua melhor
  • 00:21:05
    ele tá a visibilidade dessas pessoas ou
  • 00:21:08
    a não visibilidade é a forma eu acho que
  • 00:21:12
    é um pouco da forma como a gente enxerga
  • 00:21:15
    a nossa participação ou não participação
  • 00:21:19
    para esse resultado que é que são os
  • 00:21:23
    lixões a gente acaba não percebendo que
  • 00:21:26
    são muito responsáveis também existe a
  • 00:21:29
    responsabilidade do poder público do
  • 00:21:31
    setor Empresarial existe também a
  • 00:21:33
    responsabilidade da sociedade e como não
  • 00:21:36
    enxergamos dessa forma acabamos via de
  • 00:21:39
    consequência por não valorizar né
  • 00:21:42
    o labor de da catadores e do catador que
  • 00:21:47
    nesse processo é tão importante
  • 00:21:49
    relevante que acaba ainda sem o apoio
  • 00:21:53
    sem receber né de quem quer que seja
  • 00:21:57
    fazendo alguma diferença
  • 00:22:01
    para que isso não seja ainda mais mais
  • 00:22:04
    drástico para a cidade do estado para o
  • 00:22:07
    país e do planeta as pessoas não
  • 00:22:09
    conseguem entender que uma pequena ação
  • 00:22:10
    que é uma ação cotidiana rotineira ela
  • 00:22:13
    pode mudar a vida de 1.500 a 3 mil
  • 00:22:15
    famílias né então qual que é essa ação
  • 00:22:17
    você tem que chegar na sua casa todos os
  • 00:22:19
    dias da semana de segunda a domingo
  • 00:22:20
    feriado com dor de cabeça gripado de
  • 00:22:23
    ressaca não interessa você tem que
  • 00:22:25
    separar o seu lixo em duas frações a
  • 00:22:27
    fração orgânica né que é o lixo da
  • 00:22:29
    cozinha junto com o lixo do banheiro que
  • 00:22:31
    a gente chama de rejeito e um outro lixo
  • 00:22:32
    Com uma fração seca que as embalagens
  • 00:22:35
    papel papelão plástico metais você deixa
  • 00:22:37
    tudo separado e mais importante do que
  • 00:22:39
    isso é tão importante que isso é você
  • 00:22:41
    colocar para fora só o lixo que vai ser
  • 00:22:42
    coletado Naquele dia quando você separa
  • 00:22:45
    o material seu na sua casa você tá
  • 00:22:47
    ajudando na renda de vários catadores e
  • 00:22:50
    ajudando também para que vários
  • 00:22:52
    catadores não venha perder o dedo ou se
  • 00:22:54
    cortar igual aconteceu comigo
  • 00:22:56
    é importante as pessoas fazer essa
  • 00:22:59
    separação porque não é só no bem do
  • 00:23:01
    catador a gente tem nossas gerações que
  • 00:23:04
    a gente tá deixando aí então a gente
  • 00:23:06
    Além de pensar no catador tem que pensar
  • 00:23:08
    no nosso futuro cada vez que você por
  • 00:23:11
    exemplo né descarta de forma equivocada
  • 00:23:14
    né um produto e aquele produto vai por
  • 00:23:18
    exemplo o Aterro vai para um outro
  • 00:23:20
    ambiente
  • 00:23:21
    inadequado do ponto de vista ambiental
  • 00:23:24
    primeiro né você interrompe precocemente
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    né o ciclo de vida daquele produto né ou
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    seja ele poderia ter circulado mais que
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    ter sido utilizado de outras formas
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    reciclada enfim ele teria um tipo de
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    vida maior e isso é o impacto né e não
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    impactaria na natureza e a gente vê toda
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    a importância que tiveram políticas
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    públicas voltadas capacitação desses
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    catadores e para criação de cooperativas
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    que através desse processo eles se deram
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    conta que também eram trabalhadores e
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    foram buscar maior dignidade uma maior
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    autoestima numa profissão que é
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    extremamente o lixo extremamente
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    marginalizado na nossa sociedade Quem
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    Vive do lixo também eu vi depoimentos de
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    catadores de ótica que a gente trabalha
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    no com lixo a gente é lixo também e
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    dizendo que é o que para alguns é lixo
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    para a gente é dinheiro para a gente é
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    trabalho lixo para mim a riqueza é
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    dinheiro
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    lixo para mim
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    eu não consigo ver o lixo como lixo eu
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    para mim quando eu vou na rua que eu
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    vejo uma latinha ali é uma notinha de r$
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    1 que tá andando entendeu
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    Para mim significa muita coisa mesmo é
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    além da gente a ajudar o meio ambiente
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    os aterro ter mais um tempo de vida aí
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    com os material que a gente arrecada que
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    Invista aqui para lá minha filha por
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    dentro da gente também é um serviço que
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    eu acho que era um serviço que era para
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    ser reconhecido não só pelo uma das
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    pelos governos pelos órgãos mas sim pela
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    população pela cidadania e querendo não
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    é quantas árvores no salvo né na
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    reciclagem a gente tá limpando o planeta
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