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França, 1787. As tensões
sociais não paravam de crescer,
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resultando num processo que iria
desencadear na Revolução Francesa.
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Mas, mesmo antes da Queda da
Bastilha e da morte de Luís XVI,
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a Europa como um todo já era
palco de um movimento que mudaria
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todo o cenário sócio-político da época:
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o Iluminismo.
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Ao colocar a razão como peça central da sociedade,
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o Iluminismo mudou totalmente
os rumos do pensamento humano.
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Foi com esse movimento que
surgiram grandes pensadores,
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como Immanuel Kant, Rousseau e Hobbes.
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Todos os movimentos, sejam eles políticos,
econômicos ou artísticos, também foram.
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Na política, a monarquia absolutista
e o mercantilismo perdiam força;
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na economia, o liberalismo de Adam
Smith ganhava cada vez mais notoriedade;
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e na arte, o Período Clássico
ressurge com o neoclassicismo,
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que tem como seu principal
artista Jacques-Louis David
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ou Jacques-Louis David [sotaque em francês].
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Esse movimento, como o próprio nome diz,
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é uma tentativa de reviver os elementos
culturais da Antiguidade Clássica,
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principalmente da Grécia Antiga.
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Oi, eu sou o Tinôco e sem sombra de dúvidas
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o maior nome da Grécia Antiga é Sócrates.
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Suas ideias permanecem vivas até hoje,
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mesmo sua morte tendo acontecido
há mais de 2 mil anos.
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Essas mesmas ideias que libertaram as mentes
de bilhões de pessoas ao longo da história
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são as mesmas que fizeram Sócrates
ser preso e condenado à morte.
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Esse momento foi imortalizado por David
com o quadro “A Morte de Sócrates”,
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que por incrível que pareça não
representa somente a morte de Sócrates,
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mas também a importância de sua vida.
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Sócrates ficou amplamente conhecido
na sua época pela sua didática,
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pela sua simplicidade de ensinar
temas complexos a muitos jovens
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e que, por conta disso, começaram a rever a forma
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como eles entendiam o mundo.
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Isso incomodou os poderosos de Atenas,
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que julgaram Sócrates e o condenaram à morte.
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Pouco se sabe sobre o que aconteceu
dentro das celas daquela cadeia,
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mas o que nós sabemos é
que, pouco antes de morrer,
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Sócrates diz uma de suas mais belas frases:
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“Eis a hora de partir: eu para
a morte, vós para a vida.”
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Sócrates, sabia da sua
influência na mente dos jovens
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e sabia do poder que sua morte carregava.
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E tudo isso pode ser facilmente notado
no quadro de Jacques-Louis David.
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Observa a tensão no rosto de cada um.
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A forma como a iluminação deixa
Sócrates mais brilhante, quase divino,
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com uma pose imponente.
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Percebe as correntes no chão,
os detalhes na parede da cela.
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E no centro de tudo isso está
um único símbolo: o cálice.
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Que contém cicuta, o veneno que
Sócrates foi condenado a beber,
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mas, ele não carrega somente
isso, ele também carrega o peso
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da responsabilidade pela morte de um dos seres
humanos mais brilhantes de todos os tempos.
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Enquanto todos parecem estar desesperados
pelo que estava prestes a acontecer,
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o próprio Sócrates parece nem se importar.
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Inclusive, existem historiadores que
acreditam que Sócrates, após beber o veneno,
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começou a dar uma caminhada por ali
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para que o efeito da cicuta surtisse mais rápido.
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Ele não aparenta ter medo, dor ou
qualquer outro sentimento hostil,
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afinal de contas, isso foi uma escolha dele.
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Segundo relatos da época, Sócrates
teve a oportunidade de fugir da cadeia
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e se exilar em outro país,
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mas ele preferiu sofrer as
consequências pelos seus atos.
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E é exatamente por isso que David
representa Sócrates com um shape absurdo.
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Enquanto isso, você consegue perceber
que as cores nas laterais do quadro
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são cada vez mais escuras, mais neutras.
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Enquanto o centro da obra tem uma
coloração mais brilhante, mais viva.
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É interessante notar também o contraste
entre Sócrates vestindo um manto branco
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com o homem de vermelho entregando o cálice,
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sendo esse o ponto de maior
carga narrativa na obra.
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É possível sentir a dor, a
vergonha no rosto do carrasco
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que entrega o veneno ao homem
mais sábio de sua época.
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Esses sentimentos crescem
e ficam ainda mais tensos
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ao notarmos seus seguidores
angustiados à direita do quadro.
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É possível perceber como os homens
lamentando a morte do filósofo
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estão todos com uma postura curvada,
regidos pelos seus sentimentos e emoções,
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criando um contraste com a
figura do próprio Sócrates que,
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representando sua racionalidade,
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é desenhado em ângulos retos
e linhas bem definidas.
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Com isso, toda essa dor e esse sofrimento
parecem não ter efeito sobre Sócrates,
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caindo totalmente sobre quem entrega o cálice.
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E isso fica ainda pior quando chegamos
ao velho sentado no pé da cama.
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Este é Platão, reconhecidamente o nome
mais importante da história de Sócrates
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e da Grécia Antiga.
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Sem Sócrates não haveria Platão,
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mas também podemos dizer que sem Platão,
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não haveria Sócrates.
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Por seu mestre nunca ter deixado nada escrito,
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os únicos registros que temos de Sócrates
vem de seu fiel escudeiro Platão,
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que anotava tudo o que ele falava.
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No quadro, Platão é representado
sendo paralizado, parado no tempo,
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na forma de uma figura praticamente imperceptível,
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assim como muitas vezes ele é
representado na filosofia de Sócrates.
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Mas aqui, nós temos um problema:
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Platão, na vida real, não esteve
presente na hora da morte de seu mestre.
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Na verdade, ele esteve somente em seu julgamento,
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onde escreveu o livro “Apologia de Sócrates”,
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narrando tudo que estava acontecendo.
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Ah, mas então você está me falando que Platão
foi inserido ali do nada, sem contexto nenhum!?
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Calma aí, meu parceiro,
segura essa ansiedade sua aí!
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Na verdade, tudo isso representa
justamente a parte mais genial do quadro.
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Quando colocamos Platão como
figura central, tudo muda.
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Percebe como desse ângulo, tudo parece
fluir diretamente da sua cabeça.
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Sendo representado apenas como um
homem velho, sentado na sua cama,
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relembrando os momentos mais
importantes de sua vida.
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Tudo isso soa quase como uma memória
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de seu mestre, idealizado
e imponente diante a morte.
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David tenta mostrar essa
admiração de Platão por Sócrates
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ao representar o filósofo
apontando o dedo para cima,
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como uma referência ao mesmo
movimento feito por Platão
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em “A Escola de Atenas”, de Rafael.
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Além disso, David também faz uma referência ao
quadro “A Última Ceia”, de Leonardo da Vinci,
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diminuindo intencionalmente
o número de pessoas na cena.
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Na vida real, 15 testemunhas estavam
presentes na hora da morte de Sócrates,
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já no quadro, nós temos 12,
sem contar com o próprio.
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Além de Sócrates e Platão,
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David não tentou representar
de fato ninguém no quadro,
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mas alguns historiadores
especulam que ao fundo da imagem,
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quase fora da cena ali,
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estava Xântipe, a esposa de Sócrates.
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Agarrado a ele, temos outra pessoa real:
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Críton, conhecido por ser o segundo
maior discípulo do filósofo.
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E assim como Sócrates foi
uma referência para Platão,
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Platão também foi uma referência para David.
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Para simbolizar isso, ele coloca
quase que um easter egg na cena
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assinando suas iniciais
abaixo de Platão e de Críton.
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Isso tudo nos transporta
para a realidade de David,
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mostrando como a figura de Sócrates
era venerada no Iluminismo.
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Sócrates não fugiu quando teve a oportunidade.
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Ele enfrentou o mundo da
forma que podia enfrentar:
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com as suas ideias.
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Jamais abaixando a cabeça para algo
que parecia mais forte que ele.
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Suas ideias seguiram perpetuando
pelo mundo após séculos
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e influenciaram a vida de
muitos ao longo da história.
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E teve que dar a sua vida
para que isso fosse possível.
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Bom, esse foi o vídeo, eu
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abraço do Tinôco e lembre-se:
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a existência é passageira.
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Tchau!
